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AULA_17_ADM I

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FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
Vice-Reitoria de Ensino de Graduação – VREGRAD 
 Divisão de Assuntos Pedagógicos – DAP 
	
	Código e Nome da Disciplina J589 – DIREITO ADMINISTRATIVO I
	Créditos Teórico / Prático 4,0
	
	
	Curso DIREITO
	Centro CCJ
	Segundas e Quartas
19h00min – 20h40min
21h00min – 22h40min
 
	Professor: João Marcelo Rego Magalhães
	Aula 17
	UNIDADE V – ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
Administração Pública 
Atividade administrativa
Órgãos públicos
Agentes públicos
Administração Indireta
Entidades paraestatais
A administração atual e as modernas técnicas de gestão pública
1. Administração Pública
1.1. Estado
O Estado é pessoa jurídica territorial soberana, formada pelos elementos povo, território e governo soberano. Esses 3 elementos são indissociáveis e indispensáveis para a noção de um Estado independente: o povo (aqui em sentido similar ao de população), em um dado território, organizado segundo sua livre e soberana vontade.
O Estado é um ente personalizado (pessoa jurídica de direito público externo, conforme arts. 40 e 41 do Código Civil), apresentando-se como sujeito capaz de adquirir direitos e contrair obrigações na podem jurídica, tanto em âmbito externo (em relações jurídicas com outros países) como em âmbito interno.
 A organização do Estado é tema constitucional, especialmente no que toca à divisão política de seu território, à organização de seus Poderes, ao exercício do poder político e à forma de governo, influenciando, contudo a organização da Administração Pública do Estado, o que insere na órbita do Direito Administrativo.
A forma pela qual um Estado se organiza com vistas à realização de seus fins pode se dar de 3 maneiras: a Federação, a Confederação e o Estado Unitário.
A Federação é a forma de Estado mais comum e difundida, tendo sido idealizada como suporte ao processo de independência norte-americana. Juntamente com a República presidencialista e o constitucionalismo formal, a Federação é um das grandes contribuições dos americanos ao pensamento jurídico-político do Ocidente.
A Federação se caracteriza pela união de estados-membros, dotados de autonomia política. Enquanto a soberania consiste no poder supremo de autodeterminação do Estado, a autonomia representa um governo próprio, dotado de competências estabelecidas em uma Constituição. As Federações estão intimamente ligadas à existência de uma Constituição escrita, documento jurídico e político que, dentre outras funções, concretiza a divisão de competências.
A autonomia dos estados-membros da federação se manifesta por 3 características:
Auto-organização – poder de criação de uma Constituição e ordenamento jurídico próprios;
Autogoverno – governante e parlamentares eleitos pela comunidade do estado-membro / poder de organização dos Poderes Executrivo, Legislativo e Judiciário locais;
Auto-administração – estrutura administrativa própria, voltada à prestação dos serviços públicos.
Numa Federação, o Estado Federal constitui-se em pessoa jurídica de direito público internacional, que se relaciona com os demais países – em nosso caso a pessoa de direito internacional é a República Federativa do Brasil –, enquanto as entidades federadas são pessoas jurídicas de direito público interno. A denominação pessoa política também é empregada para designar as pessoas jurídicas de direito público interno. As pessoas de direito público interno agem somente dentro dos limites estabelecidos pela Constituição, ou seja, dentro de suas competências.
Uma confederação consiste na associação de Estados soberanos, o que se dá por um tratado internacional. Normalmente, os motivos que levaram à formação de Confederações têm a ver com a defesa dos territórios. Em virtude de sua instabilidade política, a Confederação é forma de Estado praticamente abandonada. As comunidades econômicas (ou blocos econômicos) surgidas desde a década de 1980 não devem ser consideradas como Confederações, tendo em vista que sua cooperação se dá, normalmente, para fins puramente econômicos. Como exemplo destas comunidades econômicas temos a Comunidade Européia e o Mercosul.
O Estado Unitário representa a mais simples forma de Estado. Existe uma só soberania e uma só autonomia. Não existem governos regionais. Apesar de sua conformação centralizadora, nada impede que autoridades locais sejam instituídas, tendo em vista a melhor administração de algumas regiões. É o que se pode chamar de Estado Unitário descentralizado. 
 
1.2. Governo
No âmbito do Direito Administrativo, a expressão “Governo” é usualmente empregado para designar o conjunto de órgãos constitucionais responsáveis pela função polítoca do Estado. O Governo tem a incumbência de exercer a direção e geral do Estado, determinar a forma de realização de seus objetivos, estabelecer as diretrizes que pautarão sua atuação e os planos governamentais, sempre visando conferir unidade à soberania estatal. 
Conforme se constata, a noção do Governo está relacionada com a função política de comando, de coordenação, de direção e de fixação de planos e diretrizes de atuação do Estado (as chamadas políticas públicas). Não se confunde com o conceito de Administração Pública em sentido estrito, que vem ser, conforme logo veremos, o aparelhamento de que dispõe o Estado para a simples execução das políticas governamentais (políticas públicas), estabelecidas no exercício da atividade política.
São várias as maneiras de classificar a expressão “Governo”.
Quanto ao sistema de governo (relação entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo na responsabilidade sobre a condução das políticas públicas) temos o sistema de governo presidencialista e o sistema parlamentarista.
Quanto à forma de governo (a maneira como se dá a transmissão do poder e como se relacionam governante e governados) temos a república e a monarquia.
Quanto ao regime de governo (grau de participação popular na escolha de seus governantes) temos a democracia e a ditadura.
 1.3. Administração Pública
Os autores de Direito Administrativo praticamente concordam que o conceito de Administração Pública pode ser tomado em dois sentidos: sentido subjetivo (ou orgânico) e sentido objetivo (dividindo-se ainda em material ou formal).
Antes de explicarmos tal classificação, vale mencionar que parte relevante da doutrina tem tratado a Administração Pública em sentido amplo e em sentido estrito.
A Administração Pública em sentido amplo abrange os órgãos de governo, que exercem função política, e também os órgãos e pessoas jurídicas que exercem função meramente administrativa. Em sentido estrito a Administração Pública só inclui os órgãos e pessoas jurídicas que exercem função meramente administrativa.
Voltando à classificação mais difundida, temos a Administração Pública em sentido subjetivo e em sentido objetivo (liderando tal doutrina temos o professor José dos Santos Carvalho Filho):
Sentido subjetivo (ou orgânico): o conjunto de órgãos e agentes públicos com a missão de desempenhar as tarefas administrativas
Sentido objetivo (que pode ser material ou formal): a atividade administrativa em si, ou seja, os atos concretos que se destinam à realização dos interesses coletivos 
É o sentido objetivo (que pode ser material ou formal) que recebe maior atenção dos doutrinadores, que de forma praticamente unânime classificam as atividades administrativas em: 
Prestação de serviços públicos
Condutas baseadas no poder de polícia
Medidas de intervenção e/ou fomento às atividades das pessoas físicas e jurídicas, públicas ou privadas 
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