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Trabalho Alzheimer

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4 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A expectativa de vida da população brasileira vem aumentando nos últimos 
anos e, com isso é preciso maior atenção com a saúde física e mental na terceira 
idade. E como se vive mais tempo, ocorrem com mais frequência questões como 
dificuldade de memória, de raciocínio e de capacidade intelectual, que, na maior parte 
das vezes, são causadas pelo Mal de Alzheimer. Um problema comumente ligado ao 
envelhecimento caracterizada por prejuízo cognitivo. É responsável por cerca de 70% 
dos casos de demência em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial de 
Saúde (OMS). A alta incidência da doença, que se manifesta na terceira idade, faz 
com que especialistas destaquem a necessidade de que a sociedade e a classe 
médica dediquem mais atenção ao Alzheimer. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
2 DEFINIÇÃO 
 
 A doença de Alzheimer é uma doença degenerativa do cérebro que acomete 
pessoas com mais idade. Funções cerebrais como memória, linguagem, cálculo, 
comportamento são comprometidas de forma lentamente progressiva levando o 
paciente a uma dependência para executar suas atividades de vida diária. 
É um processo diferente do envelhecimento cerebral, pois ocorrem alterações 
patológicas no tecido cerebral como deposição de proteínas anormais e morte celular. 
É importante frisar que as memórias afetadas pelo Alzheimer são as chamadas 
“recentes”, aquelas que vêm de antes costumam ser mantidas. A pessoa lembra-se 
de fatos ocorridos há muitos anos, mas tem dificuldades com o que aconteceu ontem 
ou na semana passada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
2.1 TIPOS E ESTÁGIOS 
 
Segundo Vale et al. (2013), o aumento da população do número de idosos em 
todo mundo, reflete em um aumento considerável de doenças crônicas e 
degenerativas, que ocasionam danos as habilidades físicas e mentais, que resultam 
em piora na qualidade de vida e sofrimento emocional para o idoso em si e de seus 
cuidadores ou familiares; sendo que a capacidade funcional do indivíduo é um 
componente principal de avaliação de saúde e bem-estar do idoso, em relação a 
doenças incapacitantes como o a doença do Alzheimer. 
A doença do Alzheimer, é responsável por aproximadamente 50-70% 
de todas as demências, resultando em uma doença neurodegenerativa 
progressiva, com início insidioso que é comumente diagnosticada de acordo 
com critérios clínicos diferenciais. Muitos esforços de pesquisas visam 
retardar a evolução dos sintomas e evitar complicações que possam agravar 
a doença ou causar a morte. (VALE et al. 2013). 
Segundo Arcoerde et al. (2012) a capacidade funcional pode ser definida bem 
como em habilidade para realizar atividades diárias básicas e complexas, o que requer 
melhor estado cognitivo, que estão relacionados com auto cuidado, a função motora 
e cognitiva influenciam para desempenhar as atividades diárias, já nos portadores de 
Alzheimer, tais atividades podem muitas vezes estar comprometidas, e resulta 
aumento na demanda de cuidados prestados por familiares ou cuidadores, o 
portadores de Alzheimer, em estágios iniciais da doença, podem apresentar perda de 
memória esporádica ou dificuldade em executar tarefas básicas do cotidiano, esses 
danos podem envolver outros comprometimentos cognitivos, como capacidade de 
julgamento, cálculo e capacidade visuoespacias. Já na fase intermediaria da doença, 
o portador, perde a capacidade de reconhecer ou nomear objetos, ou expressar 
pensamentos ou ideias, resultando em alterações do sono ou comportamentais. 
 Segundo o Instituto News Medical Life Sciences (2010), relata que a doença 
do Alzheimer é a forma mais comum de demência que tem um fator de risco mais 
elevado com o aumento da idade, com o aumento da população de idosos no mundo, 
é uma doença silenciosa que assusta a população em um contexto geral, sendo uma 
doença progressiva que piora com o tempo. Além do sintoma inicial mais comum da 
doença de Alzheimer, que é a dificuldade de lembrar novas informações, existem sete 
estágios da doença de Alzheimer, de acordo com a Associação de Alzheimer. 
7 
 
Associação de Alzheimer identifica os sete estágios da doença de Alzheimer, 
tais como: 
Fase 1: Sem redução: A pessoa não sente nenhum problema de memória. Uma 
entrevista com um profissional médico não mostra qualquer evidência de sintomas. 
Fase 2: Muito leve declínio: A pessoa pode sentir como se ele ou ela está a ter 
lapsos de memória esquecendo palavras familiares ou a localização de objetos do 
cotidiano. Mas não os sintomas podem ser detectados durante um exame médico ou 
por amigos, familiares ou colegas de trabalho. 
Fase 3: queda leve: amigos, familiares ou colegas de trabalho começam a notar 
dificuldades. Durante uma entrevista médica detalhada, os médicos podem ser 
capazes de detectar problemas na memória ou concentração. 
Estágio 4: declínio moderado (estágio leve ou precoce): Neste ponto, uma 
entrevista médica cuidadosa deve ser capaz de detectar claros problemas, tais como 
o esquecimento de acontecimentos recentes. 
Etapa 5: declínio moderadamente grave (moderada ou meados de-estágio): 
lacunas na memória e pensamento são perceptíveis, e as pessoas começam a 
precisar de ajuda com o dia-a-dia 
Etapa 6: declínio grave (moderadamente grave ou meados de-estágio): 
Memória continua a piorar, alterações de personalidade podem ter lugar e as pessoas 
precisam de ajuda extensiva com atividades diárias. 
Fase 7: declínio muito grave (estágio grave ou final): No estágio final da doença, 
os indivíduos perdem a capacidade de responder ao seu ambiente, para manter uma 
conversa e, eventualmente, para controlar o movimento. Podem ainda dizer palavras 
ou frases. Nesta fase, os indivíduos precisam de ajuda com grande parte de seu 
cuidado diário pessoal, incluindo comer ou usar o banheiro. Eles também podem 
perder a capacidade de sorrir, de se sentar sem apoio e para manter a cabeça erguida. 
Reflexos se tornam anormais. Músculos crescem rígida. A deglutição é prejudicada. 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
2.2 CAUSAS 
 
Segundo Associação Alzheimer Portugal não se sabe qual é a causa da 
Doença de Alzheimer, até agora só se tem relação dos fatores de riscos da doença, 
porém investigadores estão a descobrir várias causas suspeitas da Doença de 
Alzheimer, incluindo fatores ambientais, perturbações bioquímicas e processos 
imunitários. A causa pode variar de pessoa para pessoa e pode ser devida a um ou a 
vários fatores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
2.3 FATORES DE RISCO 
 
Segundo Paul et al. (1996), apud Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas 
(2013), os fatores de risco bem estabelecidos para a Doença de Alzheimer (DA) são 
idade e histórico familiar da doença, onde o risco é maior quando o número de 
familiares de primeiro grau afetados é crescente. 
Embora a compreensão dos mecanismos bioquímicos da DA tenham 
tido um progresso considerável, sua etiologia permanece indefinida. É sabido 
que o fragmento de 42 aminoácidos da proteína precursora B-amilóide tem 
alta relevância na patogênese das placas senis e que a maioria das formas 
familiais da doença é associada a super produção desta proteína (PJW, 1997; 
SELKOE, D.J, 1997, apud PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES 
TERAPÊUTICAS, 2013). 
De acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz) a idade é o 
principal fator de risco para o desenvolvimento de demência da Doença de Alzheimer 
(DA), sendo que após os 65, o risco de desenvolver a doençadobra a cada cinco 
anos, parece que as mulheres têm risco maior para o desenvolvimento da doença, 
mas talvez isso aconteça pelo motivo delas viverem mais que os homens. 
A Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz) (2018), enfatiza que os 
familiares de pacientes com DA têm maior risco de desenvolver essa doença no futuro 
se comparados com indivíduos que não possuem parentes com Alzheimer, porém isso 
não significa que a doença seja hereditária e mesmo a doença não sendo considerada 
hereditária, existem casos, principalmente quando a doença se inicia antes dos 65 
anos, em que a herança genética é importante. Esses casos correspondem a 10% 
dos pacientes com DA. 
Pessoas com histórico de complexa atividade intelectual e alta 
escolaridade tendem a desenvolver os sintomas da doença em um estágio 
mais avançado da atrofia cerebral, pois é necessário uma maior perda de 
neurônios para que os sintomas de demência comecem a aparecer. Por isso, 
uma maneira de retardar o processo da doença é a estimulação cognitiva 
constante e diversificada ao longo da vida. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE 
ALZHEIMER (ABRAz), (2018). 
“Outros fatores importantes estão relacionados ao estilo de vida. São 
considerados fatores de risco: Hipertensão, diabetes, obesidade, tabagismo e 
sedentarismo.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ALZHEIMER (ABRAz), 2018. 
10 
 
“Esses fatores relacionados aos hábitos são considerados modificáveis. Alguns 
estudos apontam que se eles forem controlados podem retardar o aparecimento da 
doença.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ALZHEIMER (ABRAz), 2018.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
2.4 SINTOMATOLOGIA 
 
Segundo Lucas et al. (2013), apud Ávila (2003); Department of Human Health 
& Human Services, (2006), a Doença de Alzheimer apresenta uma grande variedade 
de comportamentos e sintomas, sendo que os primeiros sintomas a surgir são os 
défices na capacidade da memória, os quais geram ainda mais frustrações ao 
portador da doença, pois influenciam a capacidade do paciente realizar as atividades 
diárias, comprometendo assim a sua qualidade de vida. Isto faz com que o doente, 
com o avanço da patologia se torne cada vez mais dependente, o que implica o 
aumento da necessidade de cuidados. 
 “Problemas com a memória, dificuldade principalmente em lembrar 
informações recentemente aprendidas, são normalmente os primeiros sintomas da 
doença de Alzheimer”. (ALZHEIMER’S ASSOCIATION, 2018). 
 
PRIMEIROS 10 SINAIS: 
 
1. Perda de memória que perturba a vida cotidiana 
Um dos sinais mais comuns da doença de Alzheimer, especialmente 
no estágio inicial, é esquecer as informações recentemente 
aprendidas. Outros incluem esquecer datas ou eventos importantes, pedir 
repetidamente as mesmas informações e, cada vez mais, depender de ajudas 
de memória (por exemplo, lembretes ou dispositivos eletrônicos) ou membros 
da família para coisas que eles usavam por conta própria. 
2. Desafios no planejamento ou solução de problemas 
Algumas pessoas podem experimentar mudanças em sua 
capacidade de desenvolver e seguir um plano ou trabalhar com 
números. Eles podem ter dificuldade em seguir uma receita familiar ou 
acompanhar as contas mensais. Eles podem ter dificuldade em se concentrar 
e levar muito mais tempo para fazer as coisas do que antes. 
3. Dificuldade em completar tarefas familiares em casa, no 
trabalho ou no lazer 
As pessoas com doença de Alzheimer muitas vezes acham difícil 
completar tarefas diárias. Às vezes, as pessoas podem ter problemas para 
dirigir até um local familiar, gerenciar um orçamento no trabalho ou lembrar 
as regras de um jogo favorito. 
12 
 
4. Confusão com o tempo ou lugar 
Pessoas com Alzheimer podem perder a noção de datas, estações e 
a passagem do tempo. Eles podem ter dificuldade em entender algo se não 
estiver acontecendo imediatamente. Às vezes, eles podem esquecer onde 
estão ou como chegaram lá. 
5. Problema na compreensão de imagens visuais e relações 
espaciais 
Para algumas pessoas, ter problemas de visão é um sinal da doença 
de Alzheimer. Eles podem ter dificuldade em ler, julgar a distância e 
determinar a cor ou o contraste, o que pode causar problemas na direção. 
6. Novos problemas com palavras falando ou escrevendo 
Pessoas com Alzheimer podem ter dificuldade em seguir ou participar 
de uma conversa. Eles podem parar no meio de uma conversa e não têm 
ideia de como continuar ou podem se repetir. Eles podem ter dificuldades 
com o vocabulário, ter problemas para encontrar a palavra certa ou chamar 
coisas pelo nome errado (por exemplo, chamar um "relógio" de "relógio de 
mão"). 
7. Interromper as coisas e perder a capacidade de refazer os 
passos 
Uma pessoa com doença de Alzheimer pode colocar as coisas em 
lugares incomuns. Eles podem perder coisas e serem incapazes de voltar aos 
seus passos para encontrá-los novamente. Às vezes, eles podem acusar 
outros de roubar. Isso pode ocorrer com mais frequência ao longo do tempo. 
8. Julgamento diminuído ou pobre 
Pessoas com Alzheimer podem experimentar mudanças no 
julgamento ou na tomada de decisões. Por exemplo, eles podem usar pouco 
julgamento ao lidar com dinheiro, dando grandes quantias para os operadores 
de telemarketing. Eles podem prestar menos atenção à higiene ou manter-se 
limpos. 
9. Retirada do trabalho ou atividades sociais 
Uma pessoa com Alzheimer pode começar a se afastar de hobbies, 
atividades sociais, projetos de trabalho ou esportes. Eles podem ter 
dificuldade em acompanhar um time favorito ou lembrar-se de como 
completar um hobby favorito. Eles também podem evitar ser social por causa 
das mudanças que sofreram. 
10. Mudanças de humor e personalidade 
13 
 
O humor e as personalidades das pessoas com Alzheimer podem 
mudar. Eles podem se tornar confusos, desconfiados, deprimidos, medrosos 
ou ansiosos. Eles podem ficar facilmente chateados em casa, no trabalho, 
com amigos ou em lugares onde estão fora de sua zona de conforto. 
(ALZHEIMER’S ASSOCIATION, (2018). 
 De acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz) a doença de 
Alzheimer é caracterizada pela piora progressiva dos sintomas. Porém, muitos 
pacientes podem apresentar períodos de maior estabilidade. A evolução dos sintomas 
das doenças de Alzheimer pode ser dividida em três fases: leve, moderada e grave. 
 Na fase leve, podem ocorrer alterações como dificuldade para encontrar 
palavras, perda de memória recente, desorientação no tempo e no espaço, dificuldade 
para tomar decisões, perde de motivação e iniciativa, sinais de depressão, 
agressividade. 
 Na fase moderada, são comuns dificuldades mais evidentes com atividade do 
dia a dia, com esquecimentos de fatos mais importantes, nomes de pessoas 
próximas, incapacidade de viver sozinho, necessidades de ajuda com higiene pessoal 
e autocuidados, alterações de comportamento, ideias sem sentido e alucinações. 
 Na fase grave, observa-se prejuízo gravíssimo da memória, com incapacidade 
de registro de dados e muita dificuldade na recuperação de informações antigas como 
reconhecimento de parentes, amigos, locais conhecidos, dificuldade para se 
alimentar-se associada a prejuízo de deglutição. Pode haver incontinência urinária e 
fecal e intensificação de comportamento inadequado. Há tendência de prejuízo motor, 
que interfere na capacidade de locomoção, sendo necessário auxílio para caminhar. 
Posteriormente, o paciente pode necessitar de cadeiras de rodas e ficar acamado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
2.5 DIAGNÓSTICO 
 
Segundo Chaves (2008) na última década assistimos a substancialavanço das 
pesquisas dirigidas ao diagnóstico da doença de Alzheimer (DA), particularmente 
aquelas voltadas para a detecção precoce. Os consensos e recomendações das 
sociedades de especialidades médicas que atuam na área geralmente são 
atualizados a intervalos variáveis, com o intuito de analisarem o impacto de novos. 
Os exames laboratoriais de sangue têm sido tradicionalmente empregados no 
contexto da propedêutica da síndrome demencial para excluir possíveis causas 
secundárias. Não existe um exame específico para fazer o diagnóstico da Doença de 
Alzheimer ou para a maioria das outras formas de Demência. Os médicos utilizam 
vários exames e avaliações para determinar se os sintomas se encaixam em certos 
critérios e para excluir outras causas possíveis para esses sintomas. 
O médico irá avaliar o paciente ou referenciá-lo para um médico especialista, 
tal como um neurologista (especialista nas perturbações do cérebro e das vias 
nervosas) ou um psiquiatra (especialista nas perturbações do pensamento, das 
emoções e do comportamento). 
 
HISTÓRIA PESSOAL: 
“O médico geralmente irá despender algum tempo a discutir a sua história 
médica e a reunir informação sobre as suas alterações de memória e do pensamento.” 
(CHAVES, 2008). 
 
EXAME FÍSICO E TESTES LABORATORIAIS: 
Ainda segundo Chaves, (2008) os sintomas de Demência podem ser devidos a 
uma série de outras causas médicas, tais como deficiências vitamínicas, infeção, 
distúrbios metabólicos e efeitos secundários dos medicamentos, situações que muitas 
vezes são facilmente tratadas. Portanto, um passo inicial no diagnóstico da Demência 
é excluir estas causas através do exame físico e das análises ao sangue e à urina. 
Os testes laboratoriais de rotina utilizados no diagnóstico de demência incluem: 
Análises ao sangue para investigar: Anemia, infeção, equilíbrio de 
eletrólitos (sal e água), função hepática, deficiência de vitamina B12, função 
tiroideia, interações medicamentosas e problemas de dosagem, análises à 
urina para investigar uma infeção. (CHARCHAT, 2017) 
15 
 
AVALIAÇÃO DO ESTADO MENTAL INCLUINDO AVALIAÇÃO COGNITIVA: 
Segundo Charchat (2017) os testes cognitivos são utilizados para medir e 
avaliar as funções cognitivas, ou do pensamento, tais como concentração, memória, 
orientação visuo-espacial, resolução de problemas, capacidade de contagem e 
linguística. 
A maioria dos médicos utiliza testes breves de despiste cognitivo quando está 
a avaliar estas funções. Alguns exemplos destes testes incluem: Exame breve do 
estado mental, avaliação cognitiva de Montreal, escala de avaliação para a doença de 
alzheimer - cognitiva. Se forem solicitados testes mais detalhados, será referenciado 
para um neuropsicólogo - psicólogo especialista na avaliação da capacidade 
cognitiva. 
Segundo Charchat (2017) estes testes são vitais no diagnóstico de Alzheimer 
e frequentemente são utilizados para diferenciar vários tipos de Demência. Também 
podem ser utilizados para avaliar o humor e podem ajudar a diagnosticar a depressão, 
que pode causar sintomas semelhantes aos da Demência. A avaliação 
neuropsicológica também é utilizada para monitorizar a progressão da Doença de 
Alzheimer e de outras causas de demência. 
Sendo assim, alguns dos testes cognitivos mais utilizados incluem: 
 
Exame do Estado Mental (Mini Mental State Examination - MMSE): 
Segundo Chaves (2008) este teste é geralmente realizado pelo seu ou 
especialista no consultório e leva cerca de 5 minutos para concluir. O MMSE é o teste 
neuropsicológico mais comum para o rastreio da Doença de Alzheimer e de outras 
causas de demência. Avalia capacidades, tais como leitura, escrita, orientação e 
memória a curto prazo. Neste teste ser-lhe-ão realizadas questões sobre o sítio em 
que se encontra e que dia é. Também será solicitado a realizar testes mentais breves, 
como por exemplo subtrair números, soletrar uma palavra na ordem inversa, lembrar-
se de três palavras (sem qualquer ligação entre si) e copiar um diagrama. 
 
Escala de avaliação para a Doença de Alzheimer: 
Segundo Chaves (2008) este teste é constituído por 11 provas de desempenho, 
é mais aprofundado que o MMSE e pode ser utilizado em pessoas com sintomas 
ligeiros. É considerado o melhor exame de avaliação clínica para a memória e 
capacidades linguísticas, sendo frequentemente utilizado nos ensaios clínicos 
16 
 
farmacológicos. A sua aplicação demora habitualmente cerca de 30 minutos e 
geralmente é realizado por um especialista no consultório, ou poderá ser referenciado 
para fazer o teste com um psicólogo. 
 
Exame neuropsicológico: 
Segundo Chaves (2008) o exame neuropsicológico envolve vários 
instrumentos psicométricos muito sensíveis e é realizado por um neuropsicólogo 
(psicólogo que tem formação na avaliação da demência e de outras perturbações das 
funções executivas). Uma avaliação típica demora cerca de 1 a 2 horas e pode ser 
realizada em mais do que uma consulta. 
 
Exame radiológico: 
Segundo Charchat (2017) podem ser realizados raios-X standard e nas 
pessoas que fumam geralmente será solicitado um raio-X ao tórax para fazer o 
despiste do cancro do pulmão, que possa estar a provocar um tumor cerebral 
secundário. 
 
Técnicas de imagiologia: 
Existem várias técnicas de imagiologia cerebral utilizadas para mostrar as 
alterações cerebrais e para despistar outras situações tais como tumor, enfarte 
(acidente vascular cerebral (AVC) - zonas mortas do tecido cerebral) e hidrocefalia 
(liquido no cérebro). Estas técnicas incluem: 
 
• Tomografia Axial Computorizada (TAC): Segundo Charchat (2017) esta 
técnica envolve tirar muitos raios-x de diferentes ângulos num curto espaço de tempo. 
Estas imagens são depois utilizadas para criar uma imagem tridimensional do cérebro. 
Esta técnica é sobretudo utilizada para despistar outras causas de Demência tais 
como AVC, tumor cerebral, esclerose múltipla ou hemorragia. 
As TACs podem mostrar algumas alterações que são características da 
Doença de Alzheimer ou de outras causas de Demência, nas fases mais avançadas, 
tais como a redução do tamanho do cérebro, denominada por atrofia. 
 
• Ressonância Magnética (RM): Segundo Charchat (2017) esta técnica 
utiliza poderosos magnetos e ondas de rádio para produzir imagens tridimensionais 
17 
 
muito nítidas do cérebro. Atualmente a RM é o exame radiológico de eleição. Para 
além de permitir excluir as causas de Demência tratáveis, a RM pode revelar padrões 
de perda do tecido cerebral, que são característicos da Demência e pode ser utilizada 
para discriminar entre as diferentes formas de Demência, tal como a Doença de 
Alzheimer e a Demência Frontotemporal. 
 
• Tomografia por emissão de positrões (PET) e Tomografia 
Computorizada por emissão de fotão único (SPECT): Segundo Charchat (2017) em 
ambos os exames, é injetado no paciente uma pequena quantidade de material 
radioativo e os detetores são colocados no cérebro para detetar as emissões. A PET 
fornece imagens visuais de atividade no cérebro. A SPECT é utilizada para medir o 
fluxo de sangue para as várias regiões do cérebro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
2.6 TRATAMENTO E MEDICAMENTOS 
 
O tratamento da DA deve ser multidisciplinar, envolvendo os diversos sinais e 
sintomas da doença e suas peculiaridades de condutas. De acordo com o Protocolo 
Clínico de Diretrizes Terapêuticas – Doença de Alzheimer, p.150, (2013), o objetivo 
do tratamento medicamentoso é propiciar a estabilização do comprometimento 
cognitivo, do comportamento e da realização das atividades da vida diária (oumodificar as manifestações da doença), com um mínimo de efeitos adversos e ainda 
segundo o Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas – Doença de Alzheimer, p. 
150, (2013), desde a introdução do primeiro inibidor da acetilcolinesterase, os 
fármacos colinérgicos donepezila, galantamina e rivastigmina são considerados os de 
primeira linha, estando todos eles recomendados para o tratamento da DA leve a 
moderada. 
O fundamento para o uso de fármacos colinérgicos recai no aumento 
da secreção ou no prolongamento da meia-vida da acetilcolina na fenda 
sináptica em áreas relevantes do cérebro. É sabido há muitos anos que a 
degeneração das vias colinérgicas cerebrais desencadeia algumas das 
manifestações da DA avançada e, em particular, contribui para os déficits 
característicos da cognição. Diversas abordagens colinérgicas, como 
agonistas muscarínicos e nicotínicos e compostos para aumentar a liberação 
da acetilcolina, foram experimentadas como tratamento para a DA, mas sem 
efeitos clínicos úteis. Alguns compostos foram muito efêmeros em seus 
efeitos terapêuticos, e um problema comum e previsível foi a incidência de 
efeitos adversos devido à ação colinérgica periférica. (PROTOCOLO 
CLÍNICO DE DIRETRIZES TERAPÊUTICAS – DOENÇA DE ALZHEIMER, 
P.151, 2013). 
Segundo Qizilbash et al. (1998), apud Protocolo Clínico de Diretrizes 
Terapêuticas – Doença de Alzheimer, p. 151, (2013), os inibidores da colinesterase, 
que retardam a degradação da acetilcolina naturalmente secretada, ofereceram um 
avanço mais significativo. Para serem úteis, tais fármacos devem cruzar a barreira 
hematoencefálica; para minimizar os efeitos adversos, devem inibir a degradação da 
acetilcolina a um menor grau no resto do corpo do que no cérebro. 
 
TEMPO DE TRATAMENTO: 
De acordo com Evans, Wilcock, Birks, (2004), apud Protocolo Clínico de 
Diretrizes Terapêuticas – Doença de Alzheimer, p. 153, (2013) os critérios de 
19 
 
interrupção: Somente devem ser mantidos em tratamento pacientes com Escala CDR 
igual ou abaixo de 2. 
O tratamento deve ser suspenso em três situações distintas: 
• Após 3-4 meses do início do tratamento, não havendo melhora ou 
estabilização da deterioração do quadro à reavaliação (por falta de benefício); 
 • Mesmo que os pacientes estejam em tratamento contínuo, este 
deve ser mantido apenas enquanto o MEEM estiver acima de 12 para 
pacientes com mais de 4 anos de escolaridade e acima de 8 para pacientes 
com menos de 4 anos de escolaridade, abaixo do que não há qualquer 
evidência de benefício; 
• Em casos de intolerância ao medicamento, situação em que pode-
se substituir um medicamento por outro. 7.4 benefícios esperados; 
• Redução na velocidade de progressão da doença; 
• Melhora da memória e da atenção. (EVANS, WILCOCK, BIRKS, 
2004, apud PROTOCOLO CLÍNICO DE DIRETRIZES TERAPÊUUTICAS – 
DOENÇA DE ALZHEIMER, P. 153, 2013). 
 
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO: 
Segundo o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Doença de Alzheimer, 
p. 150, (2013), serão incluídos no protocolo de tratamento pacientes que preencherem 
todos os critérios abaixo: 
• Diagnóstico de DA provável, segundo os critérios do 
NationalInstituteofNeurologicandCommunicativeDisordersandStrokeandthe 
Alzheimer Diseaseand Related Disorders Association (NINCDS-ADRDA) 
Criteria for Alzheimer Disease – NINCDS-ADRDA20; 
• MEEM com escore entre 12 e 24 para pacientes com mais de 4 anos 
de escolaridade ou entre 8 e 21 para pacientes com até 4 anos de 
escolaridade; 
• Escala CDR 1 ou 2 (demência leve ou moderada); 
• TC ou RM do encéfalo e exames laboratoriais que afastem outras 
doenças frequentes nos idosos que possam provocar disfunção cognitiva: 
hemograma (anemia, sangramento por plaquetopenia), avaliação bioquímica 
(dosagem alterada de sódio, potássio, glicose, ureia ou creatinina), avaliação 
de disfunção tiroidiana (dosagem de TSH), sorologia para lues (VDRL) e nível 
sérico de vitamina B12. (PROTOCOLO CLÍNICO DE DIRETRIZES 
TERAPÊUTICAS, P. 150, 2013). 
 
CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO: 
20 
 
Segundo o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Doença de Alzheimer, 
p. 150, (2013), serão excluídos do Protocolo de tratamento pacientes que 
apresentarem pelo menos uma das condições abaixo: 
• Identificação de incapacidade de adesão ao tratamento; 
• Evidência de lesão cerebral orgânica ou metabólica 
simultânea não compensada (conforme exames do item 
Critérios de Inclusão); 
• Insuficiência cardíaca ou arritmia cardíaca graves; 
• Hipersensibilidade ou intolerância aos medicamentos. 
Além dos citados, o uso de galantamina está contraindicado em 
casos de insuficiência hepática ou renal graves. (PROTOCOLO 
CLÍNICO DE DIRETRIZES TERAPÊUTICAS, P. 150, 2013). 
 
MEDICAMENTOS: 
“Donepezila: comprimidos de 5 e 10 mg, galantamina: cápsulas de liberação 
prolongada de 8, 16 e 24 mg, rivastigmina: cápsulas de 1,5; 3; 4,5 e 6 mg; solução 
oral de 2 mg/Ml.” (PROTOCOLO CLÍNICO DE DIRETRIZES TERAPÊUTICAS – 
DOENÇA DE ALZHEIMER, P. 152, 2013). 
 
ESQUEMAS DE ADMINISTRAÇÃO: 
“• Donepezila: Iniciar com 5 mg/dia por via oral. A dose pode ser aumentada 
para 10 mg/dia após 4-6 semanas, devendo ser administrada ao deitar. Os 
comprimidos podem ser ingeridos com ou sem alimentos; 
• Galantamina: Iniciar com 8 mg/dia, por via oral, durante 4 semanas. A dose 
de manutenção é de 16 mg/dia por, no mínimo, 12 meses. A dose máxima é de 24 
mg/dia. Como se trata de cápsulas de liberação prolongada devem ser administradas 
uma vez ao dia, pela manhã, de preferência com alimentos. Em insuficiência hepática 
ou renal moderada, a dose deve ser ajustada considerando a dose máxima de 16 
mg/dia; 
• Rivastigmina: Iniciar com 3 mg/dia por via oral. A dose pode ser aumentada 
para 6 mg/ dia após 2 semanas. Aumentos subsequentes para 9 e para 12 mg/dia 
devem ser feitos de acordo com a tolerabilidade e após um intervalo de 2 semanas. A 
dose máxima é de 12 mg/dia. As doses devem ser divididas em duas administrações, 
junto às refeições. Não é necessário realizar ajuste em casos de insuficiência hepática 
21 
 
ou renal, mas deve-se ter cautela na insuficiência hepática (administrar as menores 
doses possíveis).” (PROTOCOLO CLÍNICO DE DIRETRIZES TERAPÊUTICAS, P. 
152-153, 2013) 
 
MONITORIZAÇÃO: 
Segundo o Protocolo de Clínico de Diretrizes Terapêuticas – Doença de 
Alzheimer, p. 153, (2013), três a quatro meses após o início do tratamento, o paciente 
deve ser submetido a uma reavaliação. Após este período, ela deve ocorrer a cada 6 
meses, para estimar o benefício e a necessidade de continuidade do tratamento pela 
avaliação clínica e realização do MEEM e da Escala CDR. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
2.7 PAPEL DO ENFERMEIRO 
 
Segundo o psiquiatra e neuropatologista alemão Alois Alzheimer em 1906, a 
Doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurológica incurável em que as células do 
cérebro se deterioram de forma lenta e progressiva, provocando atrofia cerebral. 
O enfermeiro tem papel fundamental na orientação e cuidados de enfermagem 
ao paciente e sua família, desde o diagnóstico ao estágio mais grave. Logo, é 
importante possuir conhecimentos, habilidades, técnicas e humanização para o 
manejo de pacientes portadores da doença de Alzheimer. 
Na assistência de enfermagem, pode ser adotada o Processo de Enfermagem, 
para facilitar o atendimento do paciente tanto nos hospitais como na orientação aos 
familiares de uma forma eficaz. No ambiente domiciliar, é importante que a 
enfermagem prepare o cuidador para a execução das atividades assistenciais 
necessárias ao cotidiano. Cabe à enfermagema possibilidade de fazer visitas 
domiciliares e encaminhamentos para outros profissionais, além de planejar, executar, 
monitorar e avaliar os planos de cuidado. 
A enfermagem pode estimular a família a envolver-se ao máximo para que 
possa verificar se há a necessidade de uma revisão e modificação nos planos de 
cuidados, considerando que a evolução da doença se torna cada vez maior a sua 
dependência. 
No ambiente hospitalar, uma das atribuições da assistência de enfermagem é 
orientar e fiscalizar a equipe de trabalho para que a prescrição médica e terapêutica 
seja seguida corretamente, orientar a equipe a auxiliar os pacientes durante todo o 
processo, solicitar o acompanhamento multiprofissional com médicos, nutricionistas, 
psicólogos quando necessário. 
O atendimento também pode ocorrer em ambulatórios, onde a enfermeira faz 
o exame físico, coleta os dados e aplicação de instrumentos de avaliação cognitiva e 
funcional, elabora um plano de cuidados para cada paciente. A enfermeira por meio 
da consulta de enfermagem deve identificar o cuidador principal, verificar a estrutura 
e dinâmica familiar e estruturas sociais e econômicas. Após a avaliação diagnóstica, 
a família deve receber esclarecimentos quanto à patologia, tratamento e prognóstico. 
A família é essencial nesse quadro para que a enfermeira possa fazer as primeiras 
orientações. 
 
23 
 
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM: 
Confusão crônica, risco de lesão, ansiedade, intolerância à atividade, déficit de 
autocuidado, banho e higiene íntima, interação social prejudicada, processos 
familiares interrompidos. 
 
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM: 
• Proporcionar um ambiente calmo e previsível para reduzir ao mínimo a 
confusão e a desorientação do paciente; 
• Proporcionar um ambiente seguro (seja em casa ou no hospital) que 
permita ao paciente movimentar-se da maneira mais livre possível, e ajudar a aliviar 
a família da preocupação sobre a segurança do paciente; 
• Manter o ambiente simples, familiar e sem ruídos; 
• Simplificar as atividades diárias ao dividi-las em etapas curtas e 
realizáveis, de modo que o paciente possa ter uma sensação de realização; 
• Incentivar o paciente a fazer escolhas, quando apropriado, e a participar 
nas atividades de autocuidado o máximo possível; 
• Incentivar as visitas, cartas e telefonemas da família e amigos (as visitas 
devem ser breves e não devem causar estresse, limitando-se a um ou dois por vez); 
 
O CUIDADOR: 
Cuidar de uma pessoa idosa com patologia, não é uma tarefa fácil e se essa 
patologia for Alzheimer, torna essa tarefa bem mais difícil. A pessoa que cuida (seja 
ela da saúde ou não, da enfermagem ou não) não se qualifica pelo alto grau de 
exigência física ou emocional, mas pelos requisitos de criatividade e sabedoria para 
lidar diariamente com os portadores da doença. Uma experiência dolorosa, frustrante 
e estressante. O cuidador deve ser uma pessoa bem informada sobre a doença em 
seu processo de evolução, sobre as decisões que a família irá tomar (estas que são 
orientadas pela enfermagem e o médico), em relação a pessoas a ser cuidada. Tem 
que ter flexibilidade, considerando que: 
• A pessoa já tem uma idade avançada; 
• Tem uma história e experiência de vida; 
• Os fatores de cada etapa das doenças; 
24 
 
• Condições de adaptação e de ajuda que a família, a comunidade 
(vizinhos, amigos, parentes, igreja) e o poder público oferecem. 
Com esse conhecimento e a consciência desses aspectos irão ajudar ao 
cuidador a construir um plano de trabalho adequado à realidade da pessoa portadora 
da doença. O portador DA, em suas necessidades que precisam ser atendidas, 
necessidades essas que se materializam em: ambiente físico adequado; pessoas 
capacitadas (seja eles ou não da saúde) compreensivas e amorosas, profissionais de 
diversas áreas. 
A pessoa portadora da DA, podem apresentar inquietação e agitação, que são 
características muito comuns da doença, podendo ter múltiplas causas delas evitáveis 
podendo apresentar também fase de agressividade. Essas fases são passageiras, 
mas é importante que o cuidador ou cuidadora consiga identificar o que pode estar 
desencadeando essa agressividade e agitação. Com dedicação, com capacidade de 
atenção e observação o cuidador consegue identificar o que pode estar provocando 
as alterações de comportamento do portador da doença, com isso buscar ajuda 
correta e podem realizar as mudanças oportunas. 
O cuidador ou cuidadora é a parte essencial no cuidado. Mesmo com os 
desafios que enfrenta, é preciso sentir a beleza do mundo, o valor das relações de 
afeto, e o vínculo familiar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
3 CONCLUSÃO 
 
É importante entender que a doença de Alzheimer é uma doença que provoca 
deficiência cognitiva e afeta principalmente a memória, atrasando o aprendizado, 
dificultando o convívio em sociedade e prejudica os afazeres individuais. É essencial 
que a família de um portador da doença de Alzheimer entenda as fases da doença e 
compreenda cada dificuldade que esse portador venha a ter. 
O enfermeiro tem o papel fundamental na orientação e cuidados de 
enfermagem ao paciente e sua família. O cuidado precisa ser frequente, como 
cuidados de higiene, alimentação, lazer, remédios e no convívio social. 
A enfermagem é uma arte; e para realizá-la como arte, requer uma 
devoção tão exclusiva, um preparo tão rigoroso, quanto a obra de qualquer 
pintor ou escultor; pois o que é tratar da tela morta ou do frio mármore 
comparado ao tratar do corpo vivo, o templo do espírito de Deus? É uma das 
artes; poder-se-ia dizer, a mais bela das artes! (FLORENCE NIGHTINGALE, 
1860). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
REFERÊNCIAS 
 
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<https://www.einstein.br/doencas-sintomas/alzheimer>. Acesso em: 27 de set. 2018. 
 
ALZHEIMER’S ASSOCIATION, 2018. Demência. Disponível em: 
<https://www.alz.org/br/demencia-alzheimer-brasil.asp> Acesso em: 21 de set. 2018. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ALZHEIMER (ABRAz), 2018. O controle social 
ligado a pessoa com Alzheimer. Disponível em: <http://abraz.org.br/web/>. Acesso 
em: 21 de set. 2018. 
 
CHARCHAT, Helenice; NITRINI, Ricardo; CARAMELLI, Paulo; SAMESHIMA, Koichi. 
Investigação de Marcadores Clínicos dos Estágios Iniciais da Doenca de Alzheimer, 
Revista Eletrônica Psicologia: Reflexão e Critica, São Paulo, v.14, n.2, p. 305-316, 
2017. 
 
CHAVES, Marina B.; TALES, Aversi Ferreira. Terapia medicamentosa Doença de 
Alzheimer. Revista Eletrônica de Farmácia. V. 1, n. 7, 2008. 
 
D’ALENCAR, R. S. Santos, E. M. P. Pinto, J. B. T. Alzheimer: Manual do cuidador 
situações e cuidados práticos do cotidiano. Ilhéus: Editus, 2010. 
 
DR NORTON SAYED. O que causa a doença de Alzheimer. Disponível em: 
<http://www.alzheimermed.com.br/perguntas-e-respostas/o-que-causa-a-doenca-de-
alzheimer> Acesso em: 21 de set. 2018. 
 
ENFERMEIRO APRENDIZ. Atuação de enfermagem frente ao paciente com 
Alzheimer. Disponível em: <http://www.enfermeiroaprendiz.com.br/atuacao-da-
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2018. 
 
27 
 
INSTITUTO NEWS MEDICAL LIFE SCIENCE. Alzheimer. Disponível em: 
<https://www.news-medical.net/news/20101112/6445/Portuguese.aspx> Acesso em: 
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PASSEIO DA MAMÓRIA. Doença de Alzheimer. Disponível em: 
<http://alzheimerportugal.org/pt/text-0-9-30-14-a-doenca-de-alzheimer-Adaptado 
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PSICOLOGIA.PT - O Portal dos Psicólogos. Sintomase Intervenções. Disponível 
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SCIELO. Alterações motoras e funcionais em diferentes estágios da doença de 
Alzheimer. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rpc/v39n5/a03v39n5> Acesso 
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UNIFESP. Doença de Alzheimer: Declínio funcional e estágio da demência. 
<https://www2.unifesp.br/acta/pdf/v26/n3/v26n3a3.pdf> Acesso em: 18 de set.2018.

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