Buscar

Aula de Contrato de Prestação de Serviços _Art 593 a art 609, CC_

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aula de Contrato de Prestação de Serviços (Art. 593 a art. 609, 
CC) 
 
� Quando do estudo da locação, verificamos que no direito romano 
havia três modalidades de negócios jurídicos a ele ligados: 
• Locatio rerum (atual locação); 
• Locatio operis (atual empreitada); 
• Locatio operarum (atual prestação de serviços). Nessa 
última, em Roma – um sujeito, normalmente escravo – 
colocava os seus serviços à disposição de outrem, em 
determinado período, em troca de retribuição. O Código 
Civil de 1916 por apego à tradição manteve a “locação de 
serviços” e o CC de 2002 intitulou o capítulo VII dos 
contratos em espécie como contrato de prestação de 
serviços; 
 
Como ensina Tereza Ancona Lopez, agiu bem o legislador ao 
adotar a prestação de serviços e não mais locação de serviços, 
pois o trabalho se inclui nos direitos de personalidade do ser 
humano; atributo essencial que se vincula à sua própria 
existência. E assim sendo a locação no mundo contemporâneo é 
só de coisas, vez que dentro do respeito à dignidade humana do 
ser humano, não cabe mais, como na época do período antigo da 
humanidade, na qual a escravidão era um fato e as pessoas eram 
coisas, a denominação de locação de serviços. 
 
Orlando Gomes ensina: Locação é só de coisas. 
 
� CONCEITO: O contrato de prestação de serviços é o negócio 
jurídico por meio do qual uma das partes, chamada prestador, se 
obriga a realizar uma atividade em benefício de outra, 
denominado tomador, mediante remuneração. 
Art. 593, do Código Civil. 
� Trata-se de uma modalidade aplicável a qualquer tipo de 
atividade lícita, seja manual, seja intelectual, conforme explicita 
o art. 594 do CC-02. 
� Contrato de trabalho: A proximidade do contrato de prestação de 
serviços com o contrato de emprego é evidente, diferenciando-se 
os dois pelo elemento subordinação jurídica (entendida como 
hierarquização), que é indispensável no segundo e ausente no 
primeiro. 
� Visa a obtenção de determinado resultado. 
 
� Art. 594, CC: A prestação de serviços contempla uma ampla 
gama de atividades lícitas realizadas, como, por exemplo, um 
carpinteiro, um advogado, um médico, um contador. Quando se 
fala em serviços imateriais, temos como exemplo os serviços 
intelectuais. 
 
 
 
 
� Características: 
 
• Bilateral: que geram direitos e obrigações para ambas as 
partes. O prestador assume a obrigação de fazer perante o 
dono o serviço (obrigação de um resultado), que por sua 
vez se obriga a remunerá-lo; 
• Oneroso: Pois os sacrifícios e vantagens são recíprocos; 
o Art. 596: Na ausência de estipulação de preço, nem 
chegando a um acordo as partes, “fixar-se-á por 
arbitramento a retribuição, segundo o costume 
do lugar, o tempo do serviço e sua qualidade. 
Evidente que em serviços de grandes proporções o 
magistrado se servirá de apoio de um perito a definir 
com precisão o arbitramento dos serviços. 
o Art. 597: Acrescenta o art. 597: “A retribuição pagar-
se-á depois de prestado o serviço, se, por convenção, 
ou costume, não houver de ser adiantada, ou paga em 
prestações. 
• Sinalagmático: Pressupondo um perfeito equilíbrio entre 
a prestação e a contraprestação; normalmente realizada 
intuitu personae. 
• Consensual ou não solene: Aperfeiçoando-se mediante 
simples acordo de vontades, sem a necessidade de 
adoção de formalidades; Art. 595 – Assinatura a rogo: 
É assinatura prestada por pessoa em favor de outra, 
quando esta última não tem possibilidade de fazê-la. 
(Exemplo: Um analfabeto que for prestar um serviço – 
uma outra pessoa assinará a rogo dele). Pela vigência do 
Código de 1916 eram necessárias 04 assinaturas. 
• Duração do contrato: Para evitar prestações de serviços 
por tempo demasiado longo, o Código Civil estabeleceu o 
prazo limite a 04 (quatro) anos para o contrato. 
• 
• Art. 599, CC: Caso o contrato de prestação de serviços 
tenha sido estipulado sem prazo, não sendo possível 
determinar o seu instante derradeiro pela natureza do 
serviço ou pelo costume local, qualquer das partes poderá 
denunciá-lo, de acordo com o tempo em que se fixou a 
percepção da retribuição (I, II, II). 
• Aliás, o parágrafo único traz uma regra de 
proporcionalidade, pois pretende adequar o aviso 
(denúncia) ao ajuste da periodicidade do pagamento da 
retribuição. Quanto maior a contratação, maior será o prazo 
para o exercício da denúncia. 
• Tem sido criticada pela doutrina a utilização das 
expressões como “aviso prévio” “salário” e “despedida sem 
justa causa”, próprias da legislação trabalhista, sendo mais 
adequadas ao direito civil, respectivamente “denúncia ou 
resilição unilateral, retribuição e denúncia imotivada. 
Art. 608 do Código Civil. 
 
 
 
 
 
� Diferença para relação de trabalho: O contrato de prestação de serviços só incidirá quando o 
serviço realizado não detiver as características de subordinação hierárquica que atrai a 
incidência da CLT (Art. 3), pois toda a relação de emprego é qualificada por uma subordinação 
jurídica, com sujeição do empregado às ordens legítimas emanadas do empregador. 
� Prestador de serviços: O prestador de serviços não se emprega e não se faz empregado, pois 
não se afirma o estado de dependência econômica e submissão as ordens. Aliás, via de regra, a 
direção técnica e controle sob o modo de execução do serviço prestado é do prestador com 
gestão do tomador dos serviços. 
� A outro giro, o fenômeno da prestação de serviços (terceirização dos serviços) resulta da 
contratação de um serviço especializado com redução de custos, em razão da natureza 
autônoma do vínculo que se forma entre o tomador e o prestador de serviços, já que 
aquele transfere os encargos sociais para a pessoa jurídica prestadora que contratará 
os empregados. Em suma, as atividades-meio das empresas são terceirizadas – com a 
descentralização operacional – a fim de que elas possam exercer com maior afinco e 
competitividade a sua atividade-fim. 
� Serviços públicos em geral: as concessionárias e permissionárias de serviços públicos ão regidas 
ou por normas de direito público ou por legislação especial; 
� Na dúvida entre existência de autonomia ou subordinação, prefere-se a relação de trabalho, 
tendo-se em consideração a tutela do hipossuficiente.

Continue navegando