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FACULDADE CIDADE VERDE – FCV 
INSTITUTO BRASILEIRO DE FORMAÇAO - IBF
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
LEIDE TATIANE DA SILVA VIEIRA
Desafios da Supervisão Escolar
SUPERVISAO E ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
ANAPURUS-MA
2019 
INFORMAÇÕES PESSOAIS
	NOME DO ALUNO
	ENDEREÇO
	CONTATO
	OBSERVAÇÃO
	Leide Tatiane da Silva Vieira
	Rua Paulino Francisco Monteles, 2020, bairro Aeroporto, CEP: 65525-000, Anapurus-MA
	leidetatiane@gmail.com
cel.: (98) 984421219
	
 TERMO DE AUTORIZAÇÃO DE USO E APROVAÇÃO
AUTOR: LEIDE TATIANE DA SILVA VIEIRA
DESAFIOS DA SUPERVISAO ESCOLAR
Autorizo que o presente artigo científico apresentado ao Curso de Pós-Graduação Lato Sensu da FCV – Faculdade Cidade Verde, como requisito parcial para obtenção do certificado de Especialista em Supervisão e Orientação educacional e aprovado pelos professores responsáveis pela orientação e sua aprovação, seja utilizado para pesquisas acadêmicas de outros participantes deste ou de outros cursos, afim de aprimorar o ambiente acadêmico e a discussão entorno das temáticas aqui propostas. 
TÍTULO: DESAFIOS DA SUPERVISAO ESCOLAR
AUTOR: LEIDE TATIANE DA SILVA VIEIRA
ORIENTADOR: PROF. ESPECIALISTA ADIVAL JOSÉ REINERT JUNIOR
RESUMO
Este trabalho tem por objetivo ressaltar o desafio atual da supervisão escolar. O trabalho do supervisor escolar é reconhecido como ação de suporte para o professor na prática, potencializa seu trabalho de forma a conectar-se efetivamente com o contexto escolar, aonde vem configurando-se historicamente como um desafio para os novos profissionais da educação em supervisão escolar. O supervisor escolar deve ser inovador, criativo, ousado e dinâmico além de buscar alternativas, caminhos e soluções para avançar, e um de seus grandes desafios é a formação continuada dos professores, e ainda precisa ter iniciativas e coragem, para solucionar, os problemas relacionados a autoconfiança da equipe. A metodologia adotada para efetivação desse trabalho foi através de leituras de várias bibliografias que aborta o papel do supervisor escolar e consulta em sites e artigos relacionados ao tema.
Palavras-chave: supervisão escolar, desafios
INTRODUÇÃO 
Vive-se hoje, em uma época de contradição e poucas certezas. É quase impossível visualizar saídas que não passem pela edificação de um consistente sistema educacional e pela reinvenção da escola. Cresce a importância do Supervisor Escolar que representa uma das pessoas que procura direcionar o trabalho pedagógico na escola em que atua para que se efetive a qualidade em todo o processo educacional.
Todo professor já teve ou terá dificuldades com a supervisão escolar, talvez pelo fato dos supervisores não estarem suficientemente qualificados para atuarem. Tais conflitos instigaram nosso desejo de pesquisa para apontar desafios/falhas a serem fechadas ou completadas com o auxílio do profissional. O sucesso de uma equipe escolar está ligado a um bom relacionamento entre o grupo gestor, o corpo docente, o corpo discente e os funcionários. Quanto mais tranquila e equilibrada for a relação interpessoal entre os integrantes da escola, maior é a possibilidade de bons resultados no campo pedagógico, possibilitando uma melhoria do processo ensino aprendizagem junto aos alunos.
O trabalho de supervisão vai além da visão que o superior deve ter sobre o processo escolar. Ele tem a função de coordenar o trabalho de todas as pessoas envolvidas no processo pedagógico. Sua função não é de “fiscalizador” que fora construída historicamente, mas na concepção atual de supervisão escolar, seu papel é de articulador das ações técnico-pedagógicas entre professores, família, órgão central, obedecendo a um conjunto de normas, diretrizes e práticas das atividades.
Nesse sentido, Vasconcelos (2002, p. 69) relata que: 
“[...] é certo que podemos ter ensino de qualidade só com professores, todavia as pesquisas educacionais têm demonstrado à exaustão que as escolas que têm ensino de melhor qualidade contam sempre com a presença de alguma liderança pedagógica, sendo que muito frequentemente esta liderança é exercida pela direção, orientação, supervisão ou coordenação pedagógica, até pela possibilidade que têm, por contingência do tipo de atividade que exercem, de construírem uma visão de conjunto da instituição.”
Vê-se assim que é bastante expressiva a atuação do Supervisor nas instituições de ensino. Todos estes profissionais citados anteriormente, como orientador, supervisor e coordenador pedagógico, têm papéis significativos dentro do cenário educacional. O supervisor, na atual realidade, é capaz de pensar e agir com inteligência, equilíbrio, liderança e autoridade, qualidades essas que requerem habilidade para exercer suas atividades de forma responsável, eficaz e comprometida.
A metodologia proposta para a realização do trabalho foi feita através de uma pesquisa bibliográfica e webibliográfica efetivada em teóricos que tratam do tema em questão. Com base nisto, desenvolveu-se uma fundamentação teórica que traz as reais funções do supervisor na atualidade e suas contribuições para uma educação de qualidade.
O presente estudo tem como referência o conhecimento científico, visa aprimorar ideias já obtidas e também a produção de novas ideias, trará uma pesquisa de abordagem qualitativa buscando conhecimento bibliográfico e a prática pedagógica adquirida pelo professor e pelo supervisor escolar. Assim, o presente estudo pretende fazer uma análise, sobre alguns desafios do supervisor educacional, levando em consideração seus próprios anseios e limitações, fazendo algumas reflexões e mostrando a possibilidade dos supervisores interagirem com toda a comunidade escolar.
BREVE HISTÓRICO DA SUPERVISÃO ESCOLAR
Para entender o processo da Supervisão Pedagógica, é importante fazer uma retomada histórica sobre o assunto na especificidade da realidade brasileira. No panorama histórico educacional, os jesuítas foram os primeiros a serem considerados como educadores, mas a educação não tinha um valor social importante, na verdade era uma arma de controle social, a tarefa educacional baseava-se na catequese e na instrução para os indígenas.
A supervisão originou-se da necessidade de controle na fábrica, para assegurar maior produção, em menor tempo. Numa visão fordista, a supervisão surgiu como resposta à necessidade de orientar profissionais para exercer novas funções e papéis. O primeiro registro legal sobre a atuação do Supervisor Escolar no Brasil surge em 1931. Neste período, estes profissionais executavam as normas prescritas pelos órgãos superiores e eram chamados de orientadores pedagógicos ou orientadores de escola, tendo como função básica a inspeção (ANJOS, 1988). O Supervisor Escolar tem estritamente a função de controlar e inspecionar.
A pedagogia tradicional deu abertura e trouxe novos horizontes para reformas políticas e pedagógicas, para alterações as funções e as inter-relações entre supervisor, orientador, diretor e professor. A busca de solução conjunta dentro do contexto escolar deu aos supervisores uma autonomia, para implantar inovações em gestão de formação continuada. A profissão Supervisor Escolar vem sustentar a definição de uma atividade sistematizada que busca contribuir com o cenário educativo em seu funcionamento, ligando os diversos setores educacionais para que contribuam uns com os outros. Tornam- se necessárias, para isso, qualificações técnicas, acadêmicas, que resultem num profissional com formação realmente específica.
Segundo Saviani (2003, p. 14),
“[...] a ação supervisora passa da condição de função para a de profissão, pela mediação da ideia de supervisão [...]”
Ainda de acordo com Saviani (2003), 
“A supervisão já era presente nas comunidades primitivas, em que a educação se dava de forma difusa e indiferenciada, como uma vigilância discreta e, a partir da Idade Média, assumiua forma de controle, de conformação e de fiscalização. ”
ALGUMAS ATRIBUIÇÕES DO SUPERVISOR ESCOLAR
As transformações atuais, a globalização, a rapidez das informações tem trazido profundas mudanças para a educação, para os profissionais que nela atuam e também tem transformado o conceito de supervisão escolar. Dessa forma cabe ao supervisor escolar analisar em ação conjunta com os professores, as contradições existentes entre o fazer pedagógico e a proposta pedagógica. 
Socializar o saber docente (troca de experiências)
Discutir permanentemente o aproveitamento escolar e a prática docente.
Assessorar individualmente e coletivamente o corpo docente no trabalho pedagógico interdisciplinar.
Coordenar e participar dos conselhos de classe.
Planejar e acompanhar o currículo escolar.
Investigar, diagnosticar, planejar, implementar e avaliar o currículo em integração com outros profissionais da Educação e integrantes da Comunidade;
Assegurar processo de avaliação da aprendizagem escolar e a recuperação dos alunos com menor rendimento, em colaboração com todos os segmentos da Comunidade Escolar, objetivando a definição de prioridades e a melhoria da qualidade de ensino;
Promover atividades de estudo e pesquisa na área educacional, estimulando o espírito de investigação e a criatividade dos profissionais da educação;
Planejar e coordenar atividades de atualização no campo educacional.
Promover ações que objetivem a articulação dos educadores com as famílias e a comunidade, criando processos de integração com a escola.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB, Lei Nº 9394 de 1996, no Título VI (Artigos 61 a 67) trata da formação dos profissionais da educação. No tocante ao Supervisor é pertinente destacar o Artigo 64:
Artigo 64 - A formação de profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação a base comum nacional.
Mesmo antes da LDB a Constituição Federal de 1988 já trazia essa temática (formação) quando no Artigo 206 estabelece que o ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: "[...] V- valorização dos profissionais do ensino[...] planos de carreira [...]"(BRANDÃO, 2007, p. 140). Ver-se assim que a temática formação continuada de profissionais da educação vem ocupando um espaço cada vez maior na política educacional.
Sabe-se dessa forma que o desafio que a escola enfrenta atualmente exige dos profissionais da educação, como é colocado o supervisor, uma competência técnica e política que o habilita a participar da construção da autonomia escolar construída a partir da autonomia garantida pela lei, isso faz com que na discussão do trabalho pedagógico abram-se amplas perspectivas que estimulam e asseguram a participação de todos.
No entanto, essas atribuições destinadas aos especialistas da educação contemplam as reais funções do supervisor na escola, uma vez que ele deve ser o articulador do trabalho pedagógico e por ele passam todas as questões da escola. Dentre as funções do supervisor, orientar os professores em relação às práticas pedagógicas diferenciadas. Destaca-se, por exemplo, sugestões de trabalhos interdisciplinares, projetos de práticas pedagógicas, discussão sobre rendimento das turmas, avaliação do desempenho dos docentes, evolução desse desempenho e o trabalho de formação continuada. Para melhores resultados no processo de aprendizagem dos alunos, um trabalho conjunto entre estes e o supervisor escolar faz-se imprescindível.
Outra função do supervisor escolar é participar junto aos demais sujeitos da comunidade escolar da construção do Projeto Político Pedagógico da escola, pois todos são responsáveis pela educação dos futuros cidadãos que constituirão uma nova concepção de mundo. Mas, para que isso aconteça é necessário que o setor pedagógico seja assumido por pessoas qualificadas para se ter qualidade no serviço oferecido, qualidade essa merecida pela educação. Como podemos perceber, o setor pedagógico tem como papel na formação continuada do docente mobilizar os diferentes saberes dos profissionais da educação para que a escola possa cumprir com a sua função de maneira efetiva, possibilitando assim que os alunos aprendam, sentindo-se sujeitos pertencentes ao espaço escolar.
Para Medina (1997, p. 22), o papel do supervisor passa, então, a ser redefinido com “base em seu objeto de trabalho, e o resultado da relação que ocorre entre o professor que ensina e o aluno que aprende passa a construir o núcleo do trabalho do supervisor na escola”.
Para Balzan (1983), os pressupostos para a definição do perfil do supervisor estão relacionados às qualidades que definem o perfil. Implica para o supervisor ter um olhar para um contexto social mais amplo, que não se limita apenas à sala de aula. Desta forma, para o autor, o supervisor deve
“Compreender que os problemas com os quais ele e os demais educadores vem se defrontando embora manifestos em salas de aulas, têm suas raízes além do ensino, do currículo e mesmo da área educacional são parte de um contexto mais amplo: social, político, econômico e cultural (BALZAN, 1983, p. 41).”
A Supervisão Educacional é também a facilitadora do desenvolvimento de projetos coletivos na escola. É o agente responsável por uma prática democrática, envolvendo professores, alunos e comunidade. Contribui com o processo de ensino aprendizagem e assessora a equipe no campo das variáveis psicossociais e político administrativas, que interferem nas relações interpessoais diretamente dentro da escola. 
Outro aspecto importante da prática da Supervisão Educacional no trabalho pedagógico é promover a integração e articulação de todo o processo político pedagógico, em que agirá de acordo com suas competências política, humana, técnica e pedagógica, em consonância com a legislação vigente no país. Ela se torna responsável pela formação continuada da equipe que trabalha direta ou indiretamente em sua área de atuação, pois está comprometida com o processo de ensinar, aprender e educar, acompanhando a aprendizagem plena do aluno e a regularização e registro da sua vida escolar.
DESAFIOS ENFRENTADOS PELA SUPERVISÃO ESCOLAR
Os desafios enfrentados pelo profissional da Supervisão Escolar são infinitos e muito diversificados, ele terá que ser muitas vezes um visionário, pois o reflexo de suas ações poderá acontecer talvez no futuro e a construção do educando só será sentida no decorrer dos anos, não se esquecendo de que o trabalho de supervisores e professores é feito coletivamente. A ação do supervisor escolar é movida por qualidades que são necessárias à concretização de objetivos que foram traçados no próprio planejamento escolar. Para isso é preciso força de vontade para elaborar um trabalho que esteja voltado à transformação. Esse profissional necessita ser dotado de compreensão, empatia e consideração por aquilo que os outros pensam e estar conectado à realidade escolar, “oxigenando” esse espaço com provocações e ideias junto com seus pares, além de estar articulando ações integradas na comunidade escolar como um todo. De acordo com Nérice (1990, p. 26), 
“A supervisão escolar visa à melhoria do processo ensino-aprendizagem, para o que tem de levar em conta toda a estrutura teórica, material e humana da escola”. 
O supervisor pedagógico desempenha um papel relevante no ambiente escolar. Apesar de sua função ter sofrido diversas transformações no decorrer da história, percebe-se que a cada dia seu espaço de atuação é ampliado, requisitando o desempenho de inúmeras funções, fato este que lhe acarreta muitos desafios. Assim, de acordo com Vasconcellos (2002), o papel do Supervisor Pedagógico atualmente vem assumindo vertentes negativas e positivas. Ressalta-se que muitas vezes, no âmbito negativo, as definições mais comuns são o dedo duro, aquele que faz fofocas de seus colegas para a direção; o pombo-correio, que levae traz fofocas e intrigas; o coringa, que assume todos os papéis; o tapa-buraco, que na falta de um professor ou outro profissional da escola o substitui; o dicário, que só sabe dar dicas e nada mais.
Por outro lado, há vários aspectos e definições positivas como detentor do conhecimento, ético, inteligente, compromissado. Entretanto, o núcleo de definições principais que o supervisor deve buscar são os pedagógicos. Vasconcellos (2002, p. 88) explicita a ação bem sucedida do Supervisor Pedagógico ao relatar que,
“Nos últimos anos, temos desenvolvido algumas pesquisas de cunho etnográfico, analisando a prática pedagógica bem-sucedida. [...]. Em todos esses trabalhos, o que sobressai, como principal fator para o sucesso da escola, é a presença de um supervisor que vê sua tarefa como essencialmente pedagógica, que está junto com os professores, discutindo com eles os problemas e buscando as soluções, conhecendo as crianças, [...]”
Se efetivar a teoria na prática, já se sabe que o sucesso da instituição de ensino, no que tange à aprendizagem de seus alunos e à parceria escola e família, será alcançado. Por isso, muitas vezes depende da intervenção do supervisor como mediador que se preocupe com uma educação verdadeira e que produza mudanças positivas.
As funções do supervisor em conjunto aos professores mostram-se uma tarefa desafiadora, visto que o supervisor sente-se corresponsável pelos procedimentos de ensino utilizados pelos professores em sala de aula. Alves e Duarte (2012) argumentam que
“a formação continuada (...) conduz a um momento de criação conjunta e, para isso, é preciso que o supervisor esteja conectado com suas práticas inovadoras, suas aspirações e anseios e o modo de agir e pensar do professor.”
Todavia, o que se percebe nas escolas são supervisores sobrecarregados, resolvendo questões envolvendo atividades administrativas da escola, onde a responsabilidade destas tarefas caberia a direção e secretaria escolar. Tais atividades prejudicam o bom rendimento do profissional. Também se observa supervisores desgastados por problemas disciplinares dos alunos, mediando, entre pais e professores, um ponto de equilíbrio que defina procedimentos de controle dos alunos indisciplinados. O professor, ao deparar-se com questões envolvendo indisciplina do discente, em geral, não tem alternativas para controle da situação, deixando a cargo da supervisão escolar as responsabilidades sobre o controle dos procedimentos disciplinares dos alunos.
Deparando-se com tais problemas, a supervisão, limitada pela falta de critérios de suas atribuições, encontra-se em situação delicada. Impõe regras aos alunos que não obedecem. Em alguns momentos, vê-se na situação de recorrer aos pais destes, que, em contrapartida, também encarregam os supervisores de enquadrarem os alunos nas regras sociais de bom comportamento e respeito ao próximo.
No tocante à organização burocrática da escola, muitas atribuem ao supervisor o preenchimento de formulários variados, verificação de diários dos professores, lançamento de nota no sistema da escola, dentre várias outras atividades burocráticas que sobrecarrega o tempo do supervisor e atrapalha o desenvolvimento do trabalho pedagógico com alunos e professores. O supervisor depara-se com situações desfavoráveis, que desestabilizam seu rendimento. Segundo Zieger (2003) 
“o supervisor educacional não pode agir meramente como fiscalizador e revisor de trabalhos, mas sim como parceiro, articulador, reflexivo, provocador, coordenador e líder de sua equipe de professores”. 
A falta de critérios na profissão de supervisor gera brechas nas normas escolares atribuindo aos coordenadores escolares tarefas oriundas de várias esferas da organização escolar.
O bom funcionamento da escola depende de atribuições definidas as diferentes áreas da escola, o papel do diretor, do vice-diretor, da secretaria, da caixa escolar, dos professores, do supervisor. Libâneo (2004) concorda que tais estruturas devem ser regimentadas e organizadas de modo que cada setor escolar exerça sua tarefa específica.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a elaboração desse artigo percebeu-se que o Supervisor escolar poderá contribuir decisivamente para o êxito ou não das práticas avaliativas no contexto escolar, já que tem o papel de garantir que o ambiente escolar cumpra com sua função social de socialização e construção do conhecimento. Para este processo se realize é necessário que haja um planejamento seguro de todas as ações, associando-as, incondicionalmente ao projeto pedagógico. A função principal do supervisor escolar está centrada em impedir que a escola desvie de seu objetivo e tenha uma melhora na qualidade da escola, bem como um planejamento pedagógico coerente, que vise a tornar o pensamento dos alunos mais crítico.
      O Supervisor possui uma função globalizada do conhecimento através da integração dos diferentes componentes curriculares. Sem esta ação integradora, o aluno recebe informações soltas, sem relação uma das outras, muitas vezes inócua. Para que o conhecimento ganhe sentido transformador para o aluno é necessário ter relação com a realidade por ele conhecida, e que os conteúdos das diferentes áreas do conhecimento sejam referidos à totalidade de conhecimento.
    Dentre os principais desafios do supervisor escolar, encontram-se: a falta de previsão legal em relação à sua própria profissão; a falta de formação continuada para si; e o desconhecimento da comunidade escolar da sua importância dentro da escola. Esse profissional é responsável pela formação continuada de professores, entretanto, não recebe, também, uma formação que dê continuidade aos seus conhecimentos.  Assim, acredita-se que uma das funções específicas do Supervisor Escolar é a socialização do saber docente, cabe a ele estimular a troca de experiências entre os professores, a discussão e a sistematização de práticas pedagógicas, função complementada pelos órgãos de classe que contribuirá para a construção, não só de uma teoria mais compatível à realidade brasileira, mas também do educador coletivo.
    Lembrando que não cabe ao supervisor impor critérios ou soluções, cabe-lhe sem dúvida, ajudar na construção da conscientização necessária da luta para uma educação libertadora. Conclui-se que há necessidade de regulamentação das atribuições da profissão de coordenador pedagógico, para que se obtenha tranquilidade nos procedimentos organizacionais.
O mundo no qual estamos vivendo apresenta avanços e transformações em todas as áreas, e em termos educacionais, mesmo que ainda existam práticas enraizadas em paradigmas mais tradicionais, não é diferente. As escolas estão enfrentando dificuldades de ordem social e econômica, sejam elas públicas ou privadas, o que se reflete diretamente no desenvolvimento do trabalho pedagógico desenvolvido. Ao analisar a figura do Supervisor Escolar dentro da escola como responsável pelo planejamento, organização, operacionalização do trabalho pedagógico desenvolvido pelos professores, acabamos por adentrar nos meandros dos sistemas educacionais, pois estes sujeitos são os responsáveis pela execução, de fato, destas propostas.
REFERÊNCIAS 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – 9.394/ 96
BRANDÃO, C. R. O que é educação. Disponível in: www.brasil.gov.br, 1999.
BRASIL, Ministério da Educação e Cultura. Parâmetros Curriculares Nacionais. Ensino Fundamental / Ministério da Educação e Cultura. Brasil: Brasília, 1997.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. Saberes Necessários à Prática Educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1998.
GANDIN, D. Planejamento como prática educativa. São Paulo: Loyola, 1983.
MEDINA, A. S. Novos olhares sobre a supervisão. Supervisor Escolar: parceiro político-pedagógico do professor. Campinas, SP: Papirus, 1997.
SANTOS, R. C. G.; HAERTER, L. Reflexão acerca do projeto de ensino interdisciplinar.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Planejamento: projeto de ensinoaprendizagem e projeto político-pedagógico. 10. ed. São Paulo: Libertad, 2002.
ALVES, A. M. L. S.; DUARTE, E.A. F. G.. Supervisão escolar: missão, exercício, desafios e perspectivas. Revista Pergaminho. Patos de Minas: Centro Universitário de Patos de Minas, n. 3. ano 3. Nov. 2012. P. 1-22. Disponível em: Acesso em: 11 jan. 2019.
LIBANEO, J. C. Organização e gestão da escola: teoria e prática. Goiânia: Alternativa, 2004.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Planejamento: projeto de ensino aprendizagem e projeto político-pedagógico. 10. ed. São Paulo: Libertad, 2002. 
VEIGA-NETO, Alfredo. Espaço e currículo. In: LOPES, Alice C.; MACEDO, Elizabeth F. (Org.). Disciplinas e integração curricular: história e políticas. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
ZIEGER, L. A reconstrução da profissão de supervisor (a) educacional: as possibilidades da universidade e os caminhos do zeitgeist. VI Seminário Intermunicipal de Pesquisa do Campus de Guaíba; o IV Salão de Iniciação Científica e a I Mostra de Atividades Extensionistas. 22-24 out. 2003. Anais… Guaíba: Universidade Luterana do Brasil, 2003. Disponível em: Acesso em: 11 jan . 2019.
Faculdade Cidade Verde – FCV 
instituo brasileiro de formação - ibf
CURSO DE pós graduação EM SUPERVISÃO E ORIENTAÇÃO ESCOLAR
MODALIDADE A DISTÂNCIA - EAD

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