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Virologia - DPC

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Universidade de Brasília - UnB
Instituto de Ciências Biológicas (IB)
DEPARTAMENTO DE FITOPATOLOGIA 
Doenças de Plantas Cultivadas - 122351 
Relatório: Manejo de Doenças de Etiologia Viral
Brasília/DF
05 de Dezembro de 2018
Viroses de Fruteiras
________________
 
CITROS (Citrus spp.)
1. Viroides - CITRUS EXOCORTIS VIROID (exocorte) - CEVd
* Agente causal:
Ordem: -
Família: Pospiviroidae
Gênero: : Pospiviroid
Espécie: Citrus exocortis viroid
* Hospedeiras:
Citrus latifolia (Limão-Tahiti)
	Citrus limettioides (Lima-da-pérsia)
	Citrus limon (Limão)
	Petunia Petunia hybrida (Petunia)
	Poncirus trifoliata (Trifoliata)
	Vitis vinifera L. (Uva) 
	Citrus medica (Cidra) 
	Citrus sinensis (L.) Osbeck (Laranja)
	Gynura aurantiaca Blume (Veludo-roxo)
	Tagetes patula L. (Cravo-de-defunto)
	Coleus hybridus hort. ex Voss (Coleos) 
	Citrus paradisi Macfad. (Toranja)
	
* Sintomas:
A via principal de difusão dos viroides, sobretudo aqueles que afetam plantas lenhosas de interesse econômico, tem sido o intercâmbio de material propagativo infectado. A prática da enxertia é a principal responsável pela disseminação mundial dos viroides (Hadidi et al., 2003).
A copa apresenta definhamento, vegetação esparsa e alteração na coloração das folhas. Certas variedades tendem a apresentam copas mais abertas do que as das copas sadias. Há escamação da casca das variedades sensitivas já citadas, limão Cravo, P. trifoliata e seus híbridos, quando usadas como porta-enxertos. A escamação é geralmente acompanhada por exsudação de goma.
 Os sintomas aparecem normalmente entre os 4 e 10 anos de idade da planta. Em ramos ladrões dos porta-enxertos afetados, acima mencionados, verifica-se, a princípio, amarelecimento dos ramos novos. Posteriormente, aparecem rachaduras, podendo ocorrer exsudação de goma. Árvores de limão Tahiti (C. aurantifolia) afetadas por exocorte apresentam rachaduras longitudinais ou áreas deprimidas no tronco e nos galhos mais grossos. Algumas cidras apresentam sintomas de encarquilhamento e epinastia das folhas, rachadura da parte inferior das nervuras principais, manchas amareladas e rachaduras nos ramos e troncos e definhamento da planta
* Modo de controle: 
O CVEd não é disseminado por vetor, mas sim por enxertia, logo o uso de de clones sadios é uma medida eficaz para o controle da doença. A microenxertia de ápices caulinares é usado para obter material sadio. Deve-se evitar a transmissão mecânica por meio de instrumentos de podas, fazendo a sanitização adequada. A termoterapia também é uma prática usada. 
2. Vírus - CITRUS TRISTEZA VIRUS - CTV
* Agente causal:
Ordem: -
Família: Closteroviridae
Gênero: : Closterovirus
Espécie: Citrus tristeza virus
* Hospedeiras:
Citrus latifolia (Limão-Tahiti)
	Citrus limettioides (Lima-da-pérsia)
	Citrus limon (Limão)
	Citrus aurantium (laranja-azeda)
	Poncirus trifoliata (Trifoliata)
	Vitis vinifera L. (Uva) 
	Citrus medica (Cidra) 
	Citrus sinensis (L.) Osbeck (Laranja)
	Citrus sinensis (L.) Osbeck (Laranja)
	Passifloraceae Passiflora
	Citrus grandis (L.) Osbeck (Pompelo)
	Citrus reticulata Blanco (tangerina)
	Citrus nobilis Lour. (tangor)
	Passiflora sp. (maracujá)
	Citrus sunki 
	Citrus x aurantium L (L. bergamota)
	Citrus volkameriana V. Ten. & Pasq
	Citrus xaurantium
	
* Sintomas:
Danos consideráveis no Brasil, são os sintomas conhecidos pelo nome de caneluras, que são depressões que se formam no lenho das plantas. Esses sintomas são, via de regra, acompanhados por enfezamento da planta, folhas de tamanho reduzido que apresentam clorose semelhantes a deficiências de 
zinco, manganês e outros nutrientes. Ocorre também indução de frutos miúdos, não raro de conformação defeituosa, vulgarmente denominados “coquinhos”. Tais frutos apresentam albedo espesso, elevada acidez e baixo teor de suco. Essa sintomatologia pode ser observada em copas sensitivas como as da laranja-Pêra (Citrus sinensis) e das toranjas (C. paradisi), mesmo quando propagados em cavalo tolerante. 
Nas folhas das limas ácidas (C. aurantifolia) e algumas outras Rutáceas, observa-se característica palidez das nervuras, que se mostram translúcidas quando observadas contra a luz. O aspecto geral das plantas afetadas pelo variante “strain” asiático é o de redução de crescimento, brotação axilar anormal e curta nos galhos, redução de tamanho e cloroses foliares, as caneluras são ligeiramente diferentes das encontradas na laranja-Pêra, mostrando-se em maior número e menos profundas. Também ocorrem os frutos tipo “coquinho”. 
Há também o amarelecimento-do-pé-franco, caracterizado por uma clorose severa e nanismo da planta, é observado em mudas de laranja-azeda, limão verdadeiro, pompelo e limão-galego quando é inoculado com variedades muito severas do CTV.
* Modo de controle: 
Entre os métodos de controle está o uso de combinações de enxerto porta-enxerto tolerantes; a pré-inoculação, ou seja, se inocula estirpe aviral ou fraca do vírus da tristeza, promovendo a infecção da planta, para que venha oferecer proteção contra a infecção com estirpes severas, oferecendo, desta forma, um controle das manifestações fortes da doença. Como a CTV é disseminada por dois pulgões (Aphis gossypii e o Toxoptera citricida) é viável que haja o controle destes insetos que possuem o ciclo de relação com o patógeno sendo circulativa semi-propagativa. Porém impedir a entrada do material vegetal propagativo contaminado com a estirpe viral ou forte do vírus é a melhor solução. 
3. CITRUS LEPROSIS VIRUS - CiLV 
* Agente causal:
Ordem: -
Família: -
Gênero: Cilevirus
Espécie: Citrus leprosis virus 
* Hospedeiras:
Citrus reticulata x sinensis (murcott)
	Citrus L. Osbeck x reticulata Blanco
	Citrus limonia Osbeck (Limão-cravo)
	Citrus aurantifolia Swingle (lima comum)
	Citrus paradisi Macfad. (toranja)
	Citrus deliciosa Ten. (mexerica)
	Citrus reshni Hort. ex Tanaka 
	Thunbergia erecta 
	Citrus sinensis (L.) Osbeck (Laranja)
	Citrus reticulata Blanco (tangerina) 
	
* Sintomas:
O vírus fica restrito e provoca sintomas apenas nas áreas de alimentação do ácaro nas folhas, ramos e frutos e não se distribui pela planta. As folhas apresentam lesões arredondadas e lisas, tanto na face superior como na inferior, de coloração de verde-pálida a amarela, pode haver ocorrência de anéis necróticos no centro. Em grande quantidade, provoca a queda prematura das folhas.
Em ramos novos, as lesões iniciais são amareladas. Com o tempo, assumem a cor marrom avermelhada e se tornam escamadas. Em grande quantidade provoca a morte dos ponteiros e seca dos ramos.
Nos frutos, as lesões geralmente são rasas e necróticas, distribuídas por toda a superfície. Nos frutos verdes, observa-se um halo amarelo em torno da lesão e, à medida que ele amadurece, as lesões se tornam escuras e pouco deprimidas. Ataques intensos provocam a queda dos frutos, principalmente no caso em que as lesões estão próximas ao pedúnculo.
* Modo de controle: 
O controle da leprose é baseado em medidas de redução das fontes de vírus e da população do ácaro vetor (Brevipalpus phoenicis), sendo indicado: Aquisição de mudas sadias livres de ácaros e de vírus; poda de limpeza dos ramos afetados durante o inverno; erradicação das plantas quando as lesões atingem toda a copa; desinfestação de materiais de colheita para evitar a introdução do ácaro em áreas livres; utilização de quebra-ventos para reduzir a entrada e disseminação do ácaro; colheita prioritária de talhões sem o ácaro e a doença antes dos talhões com histórico de contaminação; colheita antecipada e retirada de todos os frutos da planta na ocasião da colheita, sem deixar frutos remanescentes; retirada de frutos temporões ou com sintomas ou caídos no solo; controle da verrugose e do ataque do minador do
citros, uma vez que as lesões servem de abrigo ao ácaro; eliminação de plantas daninhas hospedeiras e controle químico com acaricidas.
4. MORTE SÚBITA DOS CITROS - MSC
* Agente causal
A Morte Súbita dos Citros (MSC) é uma doença destrutiva e representa uma ameaça potencial para a citricultura paulista e nacional, esta doença ainda não tem causa confirmada. Suspeita-se que seja causada por variantes do vírus da Tristeza do Citros (CTV) e/ou pelo CSDaV (Citrus Sudden Death associated virus), transmitido de forma eficiente por um vetor aéreo.
* Hospedeiras:
Citrus reticulata x sinensis (murcott)
	Citrus volkameriana V. Ten. & Pasq
	Citrus limonia Osbeck (Limão-cravo)
	Citrus aurantifolia Swingle (lima comum)
	Citrus paradisi Macfad. (toranja)
	Citrus deliciosa Ten. (mexerica)
	Citrus sinensis (L.) Osbeck (Laranja)
	Citrus reticulata Blanco (tangerina) 
	
* Sintomas: 
O sintoma característico da doença e que confirma o seu diagnóstico é a cor amarela, tendendo para o alaranjado, que aparece na parte interna da casca do porta-enxerto, logo abaixo da zona de enxertia. 
Devido à falta de alimento proveniente da copa, a planta fica com o sistema radicular debilitado, o que reduz suas defesas contra pragas e patógenos secundários e as raízes e radicelas definham e apodrecem. Com o sistema radicular menor, não há absorção de nutrientes e água na copa da planta.
O sintoma mais observado pelo citricultor no campo é a perda generalizada do brilho das folhas por toda a copa da planta. Geralmente ocorre perda de turgidez, acompanhada de desfolha parcial da planta, inicialmente, e total, em estágio mais avançado. Nas plantas afetadas existe pouca brotação, não há brotação no porta-enxerto nem na parte interna da copa.
* Modo de controle: 
Nas áreas contaminadas é preciso produzir e plantar mudas em porta-enxertos tolerantes, como as tangerinas Cleópatra e Sunki ou citrumelo Swingle. Nos pomares novos instalados em regiões afetadas pela doença, uma alternativa é realizar a subenxertia com porta-enxertos tolerantes.
BANANA (Musa spp.)
1. BANANA STREAK VIRUS - BSV
* Agente causal:
Ordem: Ortervirales
Família: Caulimoviridae
Gênero: Badnavirus
Espécie: Banana streak virus 
* Hospedeiras:
Musa Musa sp.
	Asterales Asteraceae
	Musa acuminata Colla
	Canna edulis)
	Musa spp.
	Saccharum sp. L.
	
* Sintomas:
Há formação de estrias amarelas no limbo foliar, evoluindo para estrias necróticas, que também são observadas nas nervuras e pecíolos foliares. Pode ocorrer a deformação dos frutos e a produção de cachos menores. Menor vigor, (as vezes ocorre a morte do topo da planta e necrose interna do pseudocaule).
* Modo de controle: 
 Deve-se ter cuidado com a introdução de novas variedades, para evitar a introdução de plantas infectadas preferindo utilizar mudas livres de vírus. Erradicar plantas jovens com sintomas severos em bananais já estabelecidos. Manter o bananal com suprimento adequado de água, adubação e controle de plantas daninhas e pragas, para evitar estresse
2. CUCUMBER MOSAIC VIRUS - CMV 
* Agente causal:
Ordem: -
Família: Bromoviridae
Gênero: Cucumovirus
Espécie: Cucumber mosaic virus
* Hospedeiras:
Musa Musa sp.
	Musaceae Musa
	Musa acuminata Colla
	Musa Musa coccinea
	Musa spp.
	Diversas plantas invasoras, hortaliças cucurbitáceas 
	
* Sintomas:
Surge no limbo foliar estrias amareladas, mosaico, redução de porte, folhas lanceoladas, necrose do topo. Pode haver distorção dos frutos, com o surgimento de estrias cloróticas ou necrose interna. Pode haver necrose da folha apical e do pseudocaule, quando ocorrem temperaturas abaixo de 24ºC.
* Modo de controle: 
 Deve-se evitar a instalação de bananais próximos a plantios de hortaliças e cucurbitáceas ter cuidado com a introdução de novas variedades, para evitar a introdução de plantas infectadas preferindo utilizar mudas livres de vírus. Manter o bananal com suprimento adequado de água, adubação e controle de plantas daninhas e pragas, para evitar estresse. Controlar as plantas daninhas dentro e em volta do bananal. Erradicar plantas jovens com sintomas severos em bananais já estabelecidos.
Viroses de Hortaliças
________________
TOMATE (Solanum lycopersicum)
1. MOSAICO – ToMV e TMV 
* Agente causal:
Ordem: -
Família: Virgaviridae
Gênero: Tobamovirus
Espécie: Tomato mosaic virus e Tobacco mosaic virus
* Hospedeiras:
Solanum lycopersicum
	Antirrhinum majus L.
	Nicotiana tabacum
	Delphinium andersonii
	Capsicum annuum
	Tagetes lucida
	
* Sintomas:
 Os sintomas podem ocorrer em qualquer idade da planta e variam em função das estirpes do vírus e condições ambientais, as folhas mostram sintomas de mosaico, necroses, enrugamento, manchas e uma ligeira curvatura, para cima, do bordo foliar.
* Modo de controle:
 Por causa da grande estabilidade da partícula viral, sua alta infectividade e fácil disseminação, as medidas de controle são de caráter exclusivo, buscando evitar a entrada do patógeno na área de plantio, uma vez que é difícil o controle após o estabelecimento da lavoura. Dentre outros, os métodos de controle mais eficazes são: utilização de sementes provenientes de matrizes sadias, tratamento de sementes com solução 1% de fosfato trisódio e semeadura em bandeja para diminuir a frequência de manuseio.
 2. Tomato yellow leaf curl disease - TYLCD
* Agente causal:
Ordem: -
Família: Geminiviridae
Gênero: Begomovirus
Espécie: Cerca de 15 espécies de Tomato yellow leaf curl
* Hospedeiras:
Solanum lycopersicum
	Datura stramonium
	Phaseolus vulgaris
	Capsicum annuum
	
* Sintomas:
 As folhas mais novas são ligeiramente cloróticas, as folhas mais velhas apresentam uma dobra do limbo foliar, para baixo. A planta fica com baixa estatura em comparação às demais.
* Modo de controle: 
 Controlar a disseminação do vírus é uma boa medida de controle, evitando o plantio em áreas com histórico da doença, usar sementes sadias, controlando a Bemisia tabaci, que é o vetor. 0
 3. VIRA-CABEÇA – TSWV, GRSV, TCSV e CSNV
* Agente causal
Ordem: -
Família: Bunyaviridae
Gênero: Tospovirus
Espécie: Tomato spotted wilt virus, Groundnut ringspot virus, Tomato chlorotic spot virus e Chrysanthemum stem necrosis virus.
* Hospedeiras:
Solanum lycopersicum L.
	Lactuca sativa L.
	Capsicum annuum L
	Nicotiana tabacum L.
	* Sintomas 
 Os sintomas mais característicos são uma clorose acentuada nas folhas jovens, de cor bronzeada, seguida numa paralisação no desenvolvimento da planta, num estágio avançado, os sintomas podem ser de folhas distorcidas com áreas necróticas no limbo e pecíolo, até necrose e curvatura dos ponteiros, por isso o nome, vira-cabeça do tomateiro.
* Modo de controle:
Deve-se procurar fazer uma rotação com espécies não-suscetíveis, eliminar hospedeiros alternativo do vetor (tripes), plantio em épocas menos atrativas para o vetor e uso de mudas livres de vírus.
 4. Tomato chlorosis virus - ToCV
* Agente causal:
Ordem: -
Família: Closteroviridae 
Gênero: Crinivirus
Espécie:Tomato chlorosis virus
* Hospedeiras:
Solanum lycopersicum L.
	
* Sintomas:
 Sintomas de infecção por crinivírus consistem em manchas poligonais em folhas mais velhas que evoluem para amarelecimento internerval e manchas necróticas vermelhas e marrons. Os sintomas só aparecem em cerca de três a quatro semanas após a infecção da planta.
* Modo de controle: 
 Os principais métodos de controle são: controlar o inseto vetor, no caso, a Mosca Branca e tratamento de sementes, controle químico contra a Mosca Branca não é eficaz, a Mosca Branca consegue transmitir o vírus antes de ser exterminada por inseticidas
ALFACE (Lactuca sativa)
 
1. LETTUCE MOSAIC VIRUS - LMV 
* Agente causal:
Ordem: -
Família: Potyviridae
Gênero: Potyvirus
Espécie: Lettuce mosaic virus
* Hospedeiras:
Lactuca sativa L.
	Cicorium endivia L.
	Erigeron sp. L.
	Sonchus oleraceus L.
	Amaranthus hybridus
L.
	Zinnia Zinnia elegans
	
* Sintomas: 
Os sintomas característicos da doença se apresentam na alface na sua fase adulta, são eles: mosaico, amarelecimento foliar, clareamento da nervura, mosqueado, distorção e amarelecimento foliares, podendo desenvolver necrose de nervuras, resultando na má formação ou distorção das cabeças. Quando plantas jovens são infectadas, as folhas internas permanecem pequenas e inclinam-se para o centro.
* Modo de controle: 
O controle é feito com o uso de sementes sem vírus e por resistência genética. Tendo o pulgão Aphis gossypii como vetor, o uso de inseticidas não funciona, pois o inseto transmite mais rapidamente o vírus em contato com substâncias químicas. Métodos culturais (eliminação da fonte de inóculo) apresentam resultados satisfatórios.
2. TOMATO SPOTTED WILT VIRUS - TSWV
* Agente causal:
Ordem: -
Família: Bunyaviridae
Gênero: Tospovirus
Espécie: Tomato spotted wilt virus (TSWV)
* Hospedeiras:
Lactuca sativa L.
	Solanum lycopersicum L.
	Capsicum annuum L
	Nicotiana tabacum L.
	
* Sintomas: 
Este tospovirus causa manchas necróticas e bronzeamento em folhas, geralmente em um lado da planta. A infecção sistêmica é caracterizada por uma murcha marginal, amarelecimento e bronzeamento de folhas internas e da nervura.
* Modo de controle: 
Deve-se utilizar mudas livres de vírus ou preferencialmente com resistência, aplicar regularmente inseticidas (viveiro e lavoura) para combater o vetor, separar os canteiros com espécies não suscetíveis, como brócolis e couve-flor e reduzir operações de cultivo, evitando movimento do tripes de fontes infectadas.
BATATA (Capsicum annum. L.)
1. POTATO LEAFROLL VIRUS - PLRV
* Agente causal:
Ordem: -
Família: Luteoviridae
Gênero: Polerovirus
Espécie: Potato leafroll virus 
* Hospedeiras:
Solanum tuberosum L.
	Solanum lycopersicumL.
	Capsicum annuum L.
	Ambrosia elatior L.
	Bidens pilosa L.
	Erigeron viarum
	
* Sintomas:
São dois os tipos de sintomas observados nas plantas infectadas e decorrentes da infecção por PRLV. Os sintomas primários resultam da infecção da planta no campo durante o ciclo da cultura e caracterizam-se por apresentar enrolamento dos folíolos apicais, além de amarelecimento da base dos folíolos. Os sintomas secundários resultam do plantio de tubérculos infectados com o vírus e as plantas ficam com aspecto enfezado e apresentam enrolamento das folhas basais 
* Modo de controle: 
 Deve-se usar batata semente de boa qualidade, eliminar plantas soqueiras e plantas voluntárias remanescentes de plantios anteriores, deve manter o cultivo distante de demais solanáceas (pimentão e tomate) pois têm papel fundamental na disseminação do vírus, e, o controle do Myzus persicae (afídeo vetor) visando o controle da população.
 2. MOSAICO DA BATATA - PVY 
* Agente causal:
Ordem: -
Família: Potyviridae
Gênero: Potyvirus
Espécie: Potato virus Y 
* Hospedeiras:
Solanum tuberosum L.
	Solanum lycopersicum L.
	Capsicum annuum L.
	Capsicum frutescens Willd.
	Nicotiana tabacum L.
	Cucurbita pepo L.
	
* Sintomas:
Ocorre um complexo de sintomas, como: manchas nas folhas como um mosaico, anéis necróticos superficiais, necrose de nervuras, mosaico foliar e enrugamento foliar, mosqueado, lesões necróticas, clareamento de nervuras, lesões cloróticas, epinastia, resultando na redução da área foliar,
* Modo de controle: 
 Devido à forma de transmissão não persistente o PVY se dissemina rapidamente carreado pelos afídeos vetores, apenas uma picada de prova pode ser suficiente, sendo que o uso de inseticidas para evitar a disseminação é muitas vezes ineficaz. Para minimizar danos é importante o uso de sementes certificadas isentas ou com taxas de vírus reduzidas. Uma outra forma que visa reduzir a disseminação é o emprego de óleos minerais aplicados rotineiramente. A eliminação das fontes de infecção, ou seja, plantas infectadas dentro ou fora da área de plantio, assim como reboleiras (comuns em áreas de plantio de batata), devem ser eliminadas reduzindo o inóculo de vírus. Deve-se proceder ao desbaste (arranquio) de plantas sintomáticas. 
CUCURBITACEAS 
1. MOSAICO DA MELANCIA - PRSV-W 
* Agente causal:
Ordem: -
Família: Potyviridae
Gênero: Potyvirus
Espécie: Papaya ringspot virus - Type W 
* Hospedeiras:
Cucurbita pepo L.
	Citrullus lanatus(Thunb.) Matsumura & Nakai
	Cucumis melo L.
	Cucurbita moschata Duchesne.
	Cucumis sativus L..
	Cucumis anguria L.
	
* Sintomas:
Os sintomas iniciais são: amarelecimento entre as nervuras, seguido de mosaico, deformação de folhas e bolhas. 
* Modo de controle: 
 Deve-se preferencialmente utilizar variedades resistentes ou tolerantes ao vírus. É importante fazer destruição de plantios velhos, eliminação de hospedeiras, alternativas do vetor, pré-imunização com estirpe fraca do vírus é eficiente para abobrinha,o PRSV-W é transmitido por afídeos de modo não-persistente, portanto, o manejo das populações de afídeos por meio da aplicação de inseticidas não é prática recomendada para o controle do vírus no campo.
2. MOSAICO AMARELO ABOBRINHA-DE-MOITA - ZYMV 
* Agente causal:
Ordem: -
Família: Potyviridae
Gênero: Potyvirus
Espécie: Zuchini yellow mosaic virus
* Hospedeiras:
Cucurbita pepo L.
	Citrullus lanatus(Thunb.) Matsumura & Nakai
	Cucumis melo L.
	Cucurbita moschata Duchesne.
	Cucumis sativus L..
	Cucumis anguria L.
	
* Sintomas:
As plantas infectadas inicialmente manifestam sintoma foliar de clareamento das nervuras, que pode evoluir para mosaico, amarelecimento, diminuição e deformação do limbo, além de bolhas. É muito comum a indução de mosaico acompanhando as nervuras (sintoma, em inglês, denominado vein banding). 
Os frutos podem não se desenvolver, apresentando manchas amarelas e verde-escuras, deformação e bolhas em sua superfície, distorções e redução do tamanho, afetando a qualidade dos mesmos, o que invariavelmente inviabiliza a sua comercialização. 
* Modo de controle: 
 Assim como os demais Potyvírus, o ZYMV é transmitido por afídeos de modo não-persistente, portanto, o manejo das populações de afídeos por meio da aplicação de inseticidas não é prática recomendada para o controle do vírus no campo. O uso de variedades resistentes ainda é o principal método de controle. Alternativas de controle desta virose são: o manejo da cultura com a eliminação das fontes de inóculo do vírus, principalmente plantas infectadas, culturas velhas com plantas infectadas e hospedeiras facultativas; e evitar a implantação de hortas próximas às áreas com cultivos de cucurbitáceas em fim de ciclo de produção.
3. Watermelon mosaic virus - WMV-2
* Agente causal:
Ordem: -
Família: Potyviridae
Gênero: Potyvirus
Espécie: Watermelon mosaic virus
* Hospedeiras:
Cucurbita pepo L.
	Citrullus lanatus(Thunb.) Matsumura & Nakai
	Cucumis melo L.
	Cucurbita moschata Duchesne.
	Cucumis sativus L..
	Cucumis anguria L.
	
* Sintomas:
Em geral, os sintomas causados por este vírus em cucurbitáceas são praticamente idênticos aos induzidos pelo PRSV-W. Este fato torna impossível a separação dessas duas viroses no campo, através da sintomatologia. (mosaico, bolhosidades e manchas cloróticas, mosqueado, necrose, deformação de folhas e de frutos e até mesmo infecção latente, sem sintomas macroscópicos, deformação foliar e de frutos)
* Modo de controle:
As medidas gerais de controle recomendadas para PRSV -W são também adotadas para WMV-2. Onde fontes de resistência para WMV-2 são encontradas em melancia e variedades locais de C. lanatus, da África, parecem possuir certo nível de tolerância.
4. MOSAICO DO PEPINO - CMV
* Agente causal:
Ordem: -
Família: Bromoviridae
Gênero: Cucumovirus 
Espécie: Cucumber mosaic virus
* Hospedeiras:
Cucurbita pepo L.
	Musa spp.
	Cucumis melo L.
	Solanum lycopersicum L.
	Cucumis sativus L..
	Cucumis anguria L.
	
* Sintomas:
Os primeiros sintomas são: folhas mosqueadas, retorcidas, enrugadas e
de tamanho reduzido em plantas jovens. A planta apresenta internódios curtos, resultando em uma roseta. Frutos apresentam-se deformados, mosqueados, verrugosos e de tamanho reduzido. 
* Modo de controle:
Evitar plantios próximos a culturas suscetíveis; eliminar ervas daninhas hospedeiras em áreas cultivadas; controlar o inseto vetor com um programa de inseticidas efetivos. Os híbridos de pepino Runner, Colônia, Indaial, Itapema, Prêmio e Supremo apresentam resistência ao CMV
 5. CLOROSE LETAL - ZLCV
* Agente causal:
Ordem: -
Família: Bunyaviridae
Gênero: Tospovirus
Espécie: Zucchini lethal chlorosis virus 
* Hospedeiras:
Cucurbita pepo L.
	Citrullus lanatus(Thunb.) Matsumura & Nakai
	Cucumis melo L.
	Cucurbita moschata Duchesne.
	Cucumis sativus L..
	Cucumis anguria L.
	
* Sintomas:
Variam de acordo com a variedade e estádio de desenvolvimento da planta no momento da infecção. De modo geral, as folhas apresentam sintomas de intensa clorose, mosaico, redução do limbo e enrolamento das bordas. De forma generalizada, as plantas apresentam amarelecimento severo, necrose e má formação da parte aérea da planta, redução do número e/ou ausência de flores afetando, consequentemente, a produção de frutos.
* Modo de controle:
Devido à indisponibilidade de variedades resistentes e à ineficiência do controle químico do inseto vetor, o uso de inseticidas para conter a dispersão da doença não é uma prática recomendada. Sendo assim, torna-se necessário redobrar a atenção em áreas destinadas aos cultivos onde a presença do ZLCV já tenha sido relatada, pois ao realizar nova semeadura, as mudas podem ser infectadas, inviabilizando a produção. Recomenda-se também eliminar plantas da vegetação espontânea e usar telados a prova de tripes.
6. MOSAICO DA ABÓBORA - SqMV 
* Agente causal:
Ordem: Picornavirales
Família: Secoviridae
Subfamília: Comovirinae
Gênero: Comovirus
Espécie: Squash mosaic virus
* Hospedeiras:
Cucurbita pepo L.
	Citrullus lanatus(Thunb.) Matsumura & Nakai
	Cucumis melo L.
	Cucurbita moschata Duchesne.
	Cucumis sativus L..
	Cucumis anguria L.
	
* Sintomas
Entre os sintomas estão, o mosaico, redução do limbo foliar, deformação nas folhas e frutos, podendo a sintomatologia variar conforme o hospedeiro infectado, assim como com a ocorrência de infecções mistas.
* Modo de controle:
Uso de sementes livres de vírus, recomenda-se aplicar inseticidas para eliminar os besouros transmissores. Não há resistência ou tolerância a esta doença.
 
PIMENTA E PIMENTÃO 
1. VIRA-CABEÇA – TSWV, GRSV, TCSV e CSNV
* Agente causal
Ordem: -
Família: Bunyaviridae
Gênero: Tospovirus
Espécie: Tomato spotted wilt virus, Groundnut ringspot virus, Tomato chlorotic spot virus e Chrysanthemum stem necrosis virus.
* Hospedeiras:
Lactuca sativa L.
	Solanum lycopersicum L.
	Capsicum annuum L
	Nicotiana tabacum L.
	
* Sintomas 
Este tospovirus causa manchas necróticas e bronzeamento em folhas, geralmente em um lado da planta. A infecção sistêmica é caracterizada por uma murcha marginal, amarelecimento e bronzeamento de folhas internas e da nervura.
* Controle: 
Deve-se utilizar sementes livres de vírus, aplicar regularmente inseticidas após plantio (viveiro e lavoura) para combater o vetor, separar os canteiros com espécies não suscetíveis, como brócolis e couve-flor e reduzir operações de cultivo, evitando movimento do tripes de fontes infectadas. Destruir restos culturais.
2. MOSAICO – PVY e PepYMV
* Agente causal:
Ordem: -
Família: Potyviridae
Gênero: Potyvirus
Espécie: Potato virus Y e Pepper yellow mosaic virus
* Hospedeiras:
Solanum tuberosum L.
	Solanum lycopersicum L.
	Capsicum annuum L.
	Capsicum frutescens Willd.
	Nicotiana tabacum L.
	Cucurbita pepo L.
	
* Sintomas:
Ocorre um complexo de sintomas, como: manchas nas folhas como um mosaico, anéis necróticos superficiais, necrose de nervuras, mosaico foliar e enrugamento foliar, mosqueado, lesões necróticas, clareamento de nervuras, lesões cloróticas, epinastia, resultando na redução da área foliar.
* Modo de controle: 
 Devido à forma de transmissão não persistente o PVY se dissemina rapidamente carreado pelos afídeos vetores, apenas uma picada de prova pode ser suficiente, sendo que o uso de inseticidas para evitar a disseminação é muitas vezes ineficaz. Para minimizar danos é importante o uso de sementes certificadas isentas ou com taxas de vírus reduzidas. Uma outra forma que visa reduzir a disseminação é o emprego de óleos minerais aplicados rotineiramente. A eliminação das fontes de infecção, ou seja, plantas infectadas dentro ou fora da área de plantio, assim como reboleiras (comuns em áreas de plantio de batata), devem ser eliminadas reduzindo o inóculo de vírus. Deve-se proceder ao desbaste (arranquio) de plantas sintomáticas. 
3. MOSAICO DO PEPINO - CMV
* Agente causal:
Ordem: -
Família: Bromoviridae
Gênero: Cucumovirus
Espécie: Cucumber mosaic virus
* Hospedeiras:
Musa Musa sp.
	Cucumis sativus L.
	Musa acuminata Colla
	Cucumis anguria L.
	Musa spp.
	Cucumis melo L.
	
* Sintomas:
Surge no limbo foliar estrias amareladas, mosaico, redução de porte, folhas lanceoladas, necrose do topo. Pode haver distorção dos frutos, com o surgimento de estrias cloróticas ou necrose interna. Pode haver necrose da folha apical e do pseudocaule, quando ocorrem temperaturas abaixo de 24ºC.
* Modo de controle: 
 Para evitar a introdução de plantas infectadas preferindo utilizar sementes livres de vírus ou resistentes. Manter a cultura com suprimento adequado de água, adubação e controle de plantas daninhas e pragas, para evitar estresse.
Viroses de Grandes Culturas 
________________
FEIJÃO
1. Bean common mosaic virus - BCMV
* Agente causal:
Ordem: -
Família: Potyviridae
Gênero: Potyvirus
Espécie: Bean common mosaic virus
* Hospedeiras:
Phaseolus vulgaris
	Lupinus luteus
	Rhynchosia minima
	Crotalaria striata
	
* Sintomas:
 Os sintomas compreendem entre mosaico foliar acompanhando as nervuras, com formação de bolhas nas áreas verde-escuras em sintomas mais severos, enrolamento, retorcimento e diminuição do tamanho dos folíolos do feijoeiro.
* Modo de controle: 
 Cultivares resistentes (com o gene 1), uso de sementes sadias e uso de inseticidas para o controle de Pulgões.
 2. Bean golden mosaic virus - BGMV
* Agente causal:
Ordem: -
Família: Geminiviridae
Gênero: Begomovirus
Espécie: Bean golden mosaic virus
* Hospedeiras:
Phaseolus vulgaris
	Macroptilium spp.
	Calopogonium mucunoides
	Nicandra physaloides
	
* Sintomas:
 O tipo e a severidade dos sintomas apresentados varia com a fase fenológica da planta, em plantas jovens, os sintomas consistem trifolíolos encarquilhados ou curvados para baixo, seguido de clareamento ou leve clorose das nervuras. A medida que as folhas vão se desenvolvendo, as cloroses nas nervuras se transformam em manchas amareladas. 
Trifolíolos encarquilhados podem não se desenvolver normalmente, levando a uma drástica redução do tamanho da planta, podendo ocorrer deformação das brotações laterais. Dependendo da cultivar e da estirpe do vírus, ocorre uma variação da predominância de sintomas, ora em encarquilhamento, ora em mosaico.
* Modo de controle: 
 O controle deve ser obtido a partir do uso de diversas técnicas em conjunto, como a escolha de épocas de plantio desfavoráveis para a mosca branca; plantios intercalares com outras espécies e plantar cultivares resistentes.
 3. Bean pod mottle virus - BPMV
* Agente causal:
Ordem: Picornavirales
Família: Secoviridae
Sub-Família: Comovirinae
Gênero:Comovirus 
Espécie: Bean pod mottle virus
* Hospedeiras:
Phaseolus vulgaris
	Glycine max
	
* Sintomas:
 Os sintomas do BPMV são de manchas esverdeadas e amareladas nas folhas mais jovens no dossel superior. Em casos graves, as folhas podem ficar enrugadas e as plantas podem apresentar raquitismo.
* Modo de controle:
Ainda não existem cultivares resistentes ao BPMV, porém, variedades respondem diferentemente à doença, por isso, é recomendado evitar o plantio de cultivares suscetíveis. A outra forma de controle é o manejo do vetor, controlando-o com inseticida, o presente vírus pode ser transmitido por diversos Coleópteros, como por exemplo, a Ceratoma trifurcata, Diabrotica balteata e Epilachna varivestis.
 
CANA-DE-AÇÚCAR
1. Sugarcane mosaic virus - SCMV
* Agente causal:
Ordem: -
Família: Potyviridae
Gênero: Potyvirus
Espécie: Sugarcane mosaic virus
* Hospedeiras:
Saccharum spp.
	Sorghum bicolor
	Zea mays
	H. vulgare
	
* Sintomas:
 Nas folhas novas, aparece um mosaico de ilhas amareladas ou esverdeadas. As touceiras afetadas têm desenvolvimento retardado, podendo ter sua altura reduzida pela metade. 
Os sintomas são mais presentes em plantações novas e com uma boa adubação nitrogenada, doses elevadas de nitrogênio facilitam a identificação das plantas doentes, intensificando o contraste das áreas cloróticas e verdes, em variedades suscetíveis, os sintomas podem ser agressivos de modo que as estrias deprimem e esse sintoma pode evoluir até necrose do tecido subepidérmico.
* Modo de controle: 
 São adotadas medidas exclusivas, tratamento por termoterapia, roguing nas plantas infectadas e cultivo de plantas resistentes.
SOJA
1. Soybean mosaic virus - SMV
* Agente causal:
Ordem: -
Família: Potyviridae
Gênero: Potyvirus
Espécie: Soybean mosaic virus
* Hospedeiras:
Glycine max
	Glycine max
	Macroptilium spp.
	Solanum lycopersicum
	
* Sintomas:
 Plantas infectadas apresentam trifolíolos encarquilhados, deformados e com áreas verde-escuras dispostas irregularmente sobre o limbo foliar, dependendo da cultivar e da estirpe do vírus, podem aparecer lesões escuras nas vargens. Se houve a infecção da planta em um estágio fenológico inicial, a planta pode apresentar um porte reduzido e menor produção, a maturação fica atrasada e pode ser visto plantas verdes enquanto as sadias se encontram amadurecidas. O sintoma de manchas nas sementes variam de acordo com a cultivar.
* Modo de controle: 
 A maneira mais eficiente de controlar o SMV é a introdução de cultivares resistentes
 2. Cowpea mild mottle virus - CPMMV
* Agente causal:
Ordem: Tymovirales
Família: Betaflexiviridae
Sub-Família: Quinvirinae
Gênero: Carlavirus
Espécie: Cowpea mild mottle virus
* Hospedeiras:
Glycine max
	Arachis hypogaea
	Phaseolus vulgaris
	Macroptilium spp.
	
* Sintomas:
 Os sintomas apresentados são: mosaico, necrose foliar, necrose da haste da soja e baixo desenvolvimento da planta.
* Modo de controle:
 O controle consiste em evitar o plantio de cultivares suscetíveis, e utilização de sementes sadias e controle da Mosca-Branca, que é o inseto vetor.
 3. Queima do Broto - TSV
* Agente causal:
Ordem: -
Família: Bromoviridae
Gênero: Ilarvirus
Espécie: Tobacco streak virus
* Hospedeiras:
Glycine max
	Helianthus annuus
	G. hirsutum
	Arachis hypogaea L.
	
* Sintomas:
 Plantas infectadas nos estágios iniciais apresentam o broto apical curvado, necrosado e facilmente curvado. Pode-se também apresentar escurecimento da medula da haste principal, esse é o principal sinal para a diagnose desta doença. Os trifólios mais novos ficam amarelo-castanhos, com inúmeras lesões microscópicas; as folhas caem facilmente; O crescimento é paralisado, conferindo o aspecto de planta anã que produz poucas vagens e sementes de má qualidade.
 Caso a infecção ocorra mais tarde (após 40 a 45 dias de idade), os danos serão bem menores. 
* Modo de controle: 
 Recomenda-se o plantio tardio, pois o vírus é transmitido por tripes, e os mesmos tem a população reduzida pela ação das chuvas, o controle do tripes por pulverizações é ineficiente, pois os tripes virulentos mantêm a migração por muito tempo, vindo de fora para dentro das lavouras e conseguem infectar as plantas antes de morrer por efeito dos inseticidas.
 CAFÉ
1. Mancha Anular do Cafeeiro - CoRSV
* Agente causal:
Coffee ringspot virus, considerado um vírus não classificado da família Rhabdoviridae pela ICTV (A.J Boari, 2011).
* Hospedeiras:
Coffea spp.
	Chenopodium quinoa
	C. amaranticolor
	Tetragonia expansa
	
* Sintomas:
 Os sintomas provocados por esse vírus se caracterizam por manchas cloróticas nas folhas, geralmente em forma de anéis concêntricos e nos frutos em manchas em forma de anéis e de cor amarela. Quando as folhas entram em senescência os anéis verdes ficam mais evidenciados com a folha amarelada.
 O tamanho das manchas varia com a fase de desenvolvimento em que o órgão foi infectado, quanto mais novo o tecido, maior será a mancha. O CoRSV também pode provocar queda das folhas e frutos em plantas infectadas.
 Se tem também necrose no centro das manchas, que coincidem com os pontos de inoculação pelo vetor, o Brevipalpus phoenicis, um ácaro plano.
* Modo de controle:
 Após o estabelecimento da doença, o controle é até mesmo impossível, porém pode ser feito com a técnica de recepa (poda drástica) sem deixar nem uma folha no tronco, e aplicação de acaricida a seguir. Posteriormente, seria realizada a inspeção periódica do plantio para a observação de plantas sintomáticas para proceder a aplicação de acaricidas sistêmicos e poda de ramos doentes.
 
 
 
 
 
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