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Ecoturismo no Brasil

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Universidade de Brasília - UnB 
Agronomia 
Dasonomia - 165174
ECOTURISMO
Brasília - DF
19 de junho de 2019 
Introdução 
“Ecoturismo ou turismo da natureza é o deslocamento de uma ou mais pessoas de um local de origem para um destino, seja para lazer, educação ou cultura. Esse deslocamento deve ocorrer primordialmente de forma sustentável.”
O termo “ecoturismo” começou a ser utilizado no início da década de 1980, primeira iniciativa de ordenar a atividade ocorreu em 1987 com a criação da Comissão Técnica Nacional, formada por técnicos do Ibama e da Embratur, a fim de monitorar o projeto, pois o turismo que era realizado na época não tinham a finalidade sustentável. Infelizmente os esforços governamentais ou privados não foram suficientes para ultrapassar as barreiras que ainda permanecem presentes nos dias de hoje, onde a teoria da atividade ecoturística não se assemelha a prática, principalmente em relação aos modelos nacionais (Manual MPE, EcoBrasil).
O ecoturismo surgiu como um conceito de atividade diferente, onde o turista também é responsável pelo ambiente e sociedade que visita, tendo como missão promover um maior contato do homem com a natureza e com seus habitantes para sensibilizá-lo e conscientizá-lo quanto à importância da preservação, da conservação do meio ambiente e das tradições culturais, por meio de práticas e atitudes sustentáveis. 
O ecoturismo é também uma alternativa de apoio ao progresso das atividades sustentáveis que trazem maior impacto ao meio ambiente, além de promover a obtenção de renda para as comunidades localizadas em áreas de conservação e de preservação ambiental; servindo também como um segmento da atividade turística que faz uso, de forma consciente, do patrimônio natural e cultural, incentivando a sua conservação. 
 Apesar das várias definições utilizadas para o termo “ecoturismo”, três conceitos básicos são essenciais para essa atividade: 
1. Desenvolvimento sustentável; 
2. Educação ambiental; 
3. Envolvimento das comunidades locais. 
Sendo objetivos do ecoturismo: a preservação da biodiversidade e dos “habitats” naturais; a conservação do contexto natural, cultural e construído; o esclarecimento sobre o uso ilegal dos recursos naturais, bem como sobre o abuso na sua exploração; e a integração das áreas naturais protegidas, com os objetivos de conservação nos planos e programas de desenvolvimento locais e regionais (OMT, 2002).
Lamentavelmente o ecoturismo brasileiro é uma atividade ainda muito incompreensível, desordenada, e impulsionada basicamente pelo marketing, comprometendo o conceito e a imagem do produto ecoturístico brasileiro nos mercados interno e externo.
Desenvolvimento 
O Ecoturismo brasileiro surgiu como uma proposta de contemplação e conservação da natureza. Os debates sobre a necessidade de conservação do meio ambiente por meio de técnicas sustentáveis atingiram a atividade turística e inserem uma nova maneira de vivenciar e usufruir as paisagens rurais, as áreas florestais, as regiões costeiras, e os mais diversos ecossistemas que são vistos como um modelo para um turismo mais sustentável. O Brasil sendo um dos países com maior biodiversidade, qualificado por seus biomas (Amazônia, Mata Atlântica, Campos Sulinos, Caatinga, Cerrado, Pantanal, Zona Costeira e Marítima) e seus diversos ecossistemas, apresenta um cenário rico para esse segmento turístico.
O turismo natural engloba os recursos naturais ao mercado turístico, resultado na amplificação das oportunidades de gerar postos de trabalho, receitas, impostos e inclusão social ,e, principalmente promover a proteção dos recursos naturais, ocasionando de fato a essa categoria de turismo um crescimento extraordinário no Brasil e em todo o mundo.
 O Ecoturismo exige o seguimento de alguns ideais e orientações para que haja seu desenvolvimento, sob os princípios da sustentabilidade, são eles:
* Uso de recursos de forma sustentável: A conservação e o uso sustentável dos recursos, podendo ser eles, naturais, sociais e culturais, são cruciais, e garante o desenvolvimento do negócios a longo prazo.
* Redução do consumo exagerado e do desperdício: A redução do consumo exagerado e do desperdício evita o custo da recuperação do meio ambiente que é danificado ao longo do tempo, e, contribui para a boa qualidade do turismo.
* Manter a diversidade: Manter e promover a diversidade natural, social e cultural é essencial para o turismo sustentável de longo prazo. 
* Integrar o turismo ao planejamento: O empreendedorismo turístico integrado a um contexto de planejamento estratégico, nacional e local, e submetido aos EIAs (Estudos de Impacto Ambiental) aumenta a viabilidade a longo prazo do turismo. 
* Apoiar a economia local: O turismo que apoia uma ampla série de atividades econômicas locais e que leva em conta os custos/valores ambientais, protege essas economias e evita danos ao meio ambiente. 
* Envolver as comunidades locais: O envolvimento total da comunidade local não só traz benefícios a elas e ao meio ambiente em geral, mas também melhora a qualidade da experiência do turismo.
* Consultar investidores e o público: As consultas a investidores, comunidades locais, organizadores e instituições são essenciais se todos quiserem trabalhar juntos e conciliar interesses potencialmente conflitantes. 
* Treinar equipes: O treinamento de equipes que integram o turismo sustentável, além do recrutamento de pessoal local em todos os níveis, melhora a qualidade do produto do turismo. 
* Fazer o marketing: O marketing que fornece informações completas e responsáveis, aumenta o respeito dos turistas pelo ambiente natural, social e cultural das áreas de destino, e aumenta a satisfação dos clientes. 
* Realizar pesquisas: a pesquisa contínua e o monitoramento pela indústria do turismo, coletando e analisando dados, é essencial para a resolução de problemas, além de trazer benefícios às localidades de destino, à indústria do turismo e a seus consumidores (NOGUEIRA et al., 2008).
* Importância do Ecoturismo
 
O Ecoturismo vem registrando uma ótima taxa de crescimento, estando intimamente ligado à distribuição de renda, o ecoturismo permite que haja maior divisão de recursos e atividades econômicas, devido ao fato de pessoas com grande poder aquisitivo se deslocarem de centros urbanos para locais menos desenvolvidos, estimulando assim, o surgimento e o crescimento de outras atividades. 
As instituições brasileiras voltadas para a organização e execução do ecoturismo funcionam dentro da lógica do mercado e priorizam os aspectos voltados à prestação de serviços e ao retorno econômico em detrimento das prioridades conservacionistas e sustentáveis.
De acordo com a OMT, em 2004 o crescimento do segmento de ecoturismo foi três vezes maior que o do setor turístico como um todo. Além disso, pesquisas mostram que os empreendimentos voltados para esse segmento contribuem mais para o desenvolvimento local. Enquanto 80% do dinheiro arrecadado com a venda de pacotes tradicionais vão para empresas multinacionais (companhias aéreas, cadeias hoteleiras, etc.). As pousadas ecológicas contratam mão de obra e compram insumos da localidade deixando, em alguns casos até 95% de sua receita na economia local (United Nations Environment Programme). 
Um estudo da WTTC, em parceria com a Universidade de Oxford, revela que o setor representa 7,9% do PIB nacional e é responsável por 6,59 milhões de empregos
* Planejamento e gestão
Quando se designa a utilização do Ecoturismo como meio de obtenção de renda, é necessário seguir alguns princípios; inicialmente é preciso pensar nos atrativos do local, os elementos que vão despertar o interesse para que as pessoas viagem até a região. Existem três atrativos considerados principais, são eles:
* Naturais: elementos da natureza que despertam o interesse devido a sua beleza, a possibilidade recreativa e sua inspiração emocional. Exemplo desses são os penhascos, rios, praias, lagoas, dunas, cavernas, espécies de flora e fauna, florestas, entre outros.
* Culturais: são todos os elementos que mostram a forma de viver de uma população, como as crenças populares, o artesanato, culinária, festas tradicionais, músicas, danças, etc. 
* Históricos: tudo aquilo que representa a história da região (ruínas, conjuntos arquitetônicos de época, arquitetura religiosa, esculturas, pinturas, sítios históricos, etc).
O Ecoturismo brasileiro é privilegiado pela extensão territorial e variedade de biomas, oferecendo inúmeras opções de lazer em cenários naturais que contemplam as cinco regiões do país. Segundo o Fórum Econômico Mundial o Brasil é apontado como o primeiro do ranking em belezas naturais, entre 136 países.
Um levantamento do Ministério do Turismo com turistas estrangeiros revelou que metade dos 46,8% de visitantes internacionais que vêm ao Brasil por motivos de lazer, está em busca de atividades junto à natureza. 
* Agregação de atratividade 
A incorporação de atividades, serviços e valores é importantíssima para tornar o local mais atrativo. Produtos diferentes acabam se tornando desejados por serem mais inovadores e competitivos, dando assim um maior valor a este. Isso faz com que o turista note que seu investimento na viagem valeu a pena devido a toda a identidade peculiar do local, podendo assim também estimular a ampliação da permanência no destino e o indicando a outros.
São meios de agregar a atratividade:
* Promover o conhecimento: por meio das informações corretas, aprender sobre a dinâmica dos ecossistemas, o significado e a significação dos elementos da natureza, podendo assim desfrutar corretamente os recursos. 
* Incentivo à pesquisa e promoção de conhecimento: Incentivar e patrocinar pesquisas e publicações direcionadas à região é estratégia para agregar atratividade ao produto oferecido, pois além de produzir informações exatas e atuais, esse meio serve para oferecer ao turista a possibilidade de acompanhar um projeto de pesquisa ou até de receber recursos para instituições voltadas às questões ambientais.
* Responsabilidade social: promover iniciativas de turismo que favoreçam o desenvolvimento local e a inclusão social nas comunidades menos favorecidas. Nas áreas ecoturísticas com notável índice de pobreza, podem ser desenvolvidos projetos pelas operadoras ou mesmo pelos turistas, de proteção da natureza, narração de histórias, artes, educação ambiental, promovendo dessa forma a qualidade de vida dessas populações. 
* Valorização da cultura local: conhecimento e ajuda na preservação das artes, artesanato, gastronomia típica, sítios históricos, danças, músicas, folclore, museus. A história, os costumes, o cotidiano da comunidade são, também, fontes de aprendizado e experiência cultural para o turista, proporcionando o intercâmbio entre a comunidade e o turista. Para que isso ocorra de forma autêntica para o turista e com o devido respeito à cultura local.
* Integração de atividades e segmentos: Usar os recursos com motivações e segmentos distintos, sendo assim possível promover diferentes práticas, tais como caminhadas, passeios a cavalo, de bicicleta, de canoa, mergulho, arvorismo, que podem fazer parte tanto do Turismo Rural, como do Ecoturismo,do Turismo de Aventura, do Turismo Náutico e outros segmentos.
 
Alguns fatores são importantes no planejamento do projeto para se trabalhar com o Ecoturismo sem perder o foco e os conceitos que foram citados acima, fatores esses: 
* Inclusão dos aspectos da biodiversidade nos planos de uso de território; 
* Participação de redes de trabalho em áreas protegidas, com o objetivo de trocar experiências e conhecimentos sobre a gestão de recursos naturais e do turismo; 
* Práticas de reflorestamento, conservação do solo, reabilitação de áreas naturais,“habitats” e espécies animais afetadas; 
* Controle e/ou erradicação de espécies estranhas ao ambiente; 
 Programas de pesquisa sobre flora, fauna e “habitats”; 
* Utilização de novas tecnologias e técnicas na gestão de áreas naturais (uso do Sistema de Informação Geográfica e de modernas técnicas de conservação de florestas, do solo e da água);
* Diversificação da oferta de ecoturismo, por meio da criação de roteiros e programas que incluam aspectos da cultura e do modo de vida no campo, com o objetivo de aliviar o impacto nas áreas frágeis e de maior visitação;
* Garantia de que o ensino de práticas ambientais e de conservação para a equipe de trabalho em áreas protegidas seja estendido às comunidades;
As rendas obtidas com o ecoturismo acarretam melhorias na região através de:
* Oportunidades de negócios e de empregos diretos ou indiretos;
* Desenvolvimento da infra-estrutura; 
* Melhoria das condições sociais, por meio da introdução de serviços de saúde e educação; 
* Aumento do valor da terra; 
* Treinamento para a população local; 
* Incentivo à produção local e compra dos produtos locais por parte dos operadores de ecoturismo; 
* Possibilidade dos membros de comunidade que participam do desenvolvimento e da gestão de instalações e áreas de ecoturismo tornarem-se proprietários, formando a base para a criação de pequenas empresas; 
* Criação de fundos de desenvolvimento comunitário, para os quais parte da renda produzida pelo turismo é direcionada, a fim de ser utilizada em infraestrutura e serviços sociais; 
* Atividades de Ecoturismo 
O ecoturismo é caracterizado basicamente por serem atividades que tem como pressuposto a observação e conservação da natureza, porém este termo é amplamente usado para designar atividades que estão relacionadas a segmentos turísticos específicos, sendo muitas vezes confundidos com práticas esportivas.
As atividades do segmento ecoturismo como oferta turística correspondem à complementaridade das atividades tradicionalmente ditas turísticas (hospedagem, transporte, alimentação, recreação, entretenimento, operação, agenciamento, recepção, guiamento, condução e outras) e das práticas que as geram, ou seja, as atividades de experienciação da natureza e que dão consistência ao segmento, tidas como tipicamente ecoturísticas. 
Ao serem contempladas no âmbito desse segmento, quaisquer dessas atividades devem considerar: 
* Aspectos construtivos das instalações em relação ao porte, ao estilo arquitetônico e aos materiais utilizados, técnicas e procedimentos adotados. 
* Meios e vias de transporte de baixa potencialidade de degradação e poluição e adequados ao ambiente. 
* Serviços e produtos harmonizados a os princípios da qualidade, da sustentabilidade e da cultura local. 
As atividades tipicamente ecoturísticas devem ocorrer estrita e necessariamente seguindo premissas conservacionistas. Podem realizar-se concomitantemente ou em conjunto com outras, de formas e por meios diversos, e devem ser estruturadas e ofertadas de acordo com normas e certificações de qualidade e de segurança de padrões reconhecidos internacionalmente. 
 De modo geral, as atividades ecoturísticas buscam atender às motivações específicas por meio de atividades passíveis de serem praticadas com outras finalidades, configurando outros segmentos.Porém, o que caracteriza o segmento são as atividades resumidas em observação e contemplação da natureza que podem ocorrer de diversas formas e meios. 
Algumas atividades ecoturísticas são:
* Arvorismo: é travessia de um percurso suspenso entre plataformas montadas na copas das árvores.; 
* Montanhismo: atividade de caminhada ou escalada praticada em ambiente de montanha; 
* Rafting: descida de rios com corredeiras em botes infláveis; 
* Observação da fauna: Observação do comportamento de diversos animais (aves, mamíferos, peixes, cetáceos, insetos, répteis e anfíbios);
* Observação da flora: Observação e compreensão da diversidade da flora; sua distribuição e as paisagens que compõem o bioma.; 
* Compreensão dos usos tradicionais das plantas pelas comunidades (medicamentos, cosméticos, ornamentais);
* Observação de formações geológicas: Caminhada em diversas áreas com características geológicas distintas que ofereçam condições para discussão da origem dos ambientes, sua a idade e outros fatores; 
* Visitas a cavernas: Exploração de cavidades subterrâneas; 
* Observação astronômica: Observação de estrelas, astros, eclipses, queda de meteoros em locais preferencialmente com reduzida influência de iluminação artificial; 
* Mergulho livre: Mergulho no mar, rios, lagos ou cavernas.
* Programas de apoio ao Ecoturismo (PROECOTUR) 
O PROECOTUR Amazônia é um programa de planejamento e investimentos, criados pelo Governo Federal com o objetivo de desenvolver o ecoturismo na região amazônica brasileira. Esse programa tem como propósito criar uma estrutura apropriada e implementar as condições necessárias para que os nove estados da Amazônia legal (Acre, Amapá, Pará, Amazonas, Rondônia, Roraima e parte dos estados de Mato Grosso, Tocantins e Maranhão) possam administrar e gerenciar de forma correta as áreas selecionadas para o ecoturismo de forma responsável e adequada. 
Este programa dividiu-se em duas fases: 
* Fase de pré investimento: Iniciou-se em 2000, com o objetivo de verificar a viabilidade técnica, ambiental, social e econômica do ecoturismo na Amazônia. 
* Fase de investimento: Teve como objetivo suprir os pré-requisitos essenciais para a implantação com sucesso de uma próxima fase.
Estes pré-requisitos envolvem um planejamento cuidadoso nas áreas de ecoturismo selecionadas, avaliação da demanda do mercado, estabelecimento de uma base normativa, treinamentos básicos necessários, assistência técnica e investimentos necessários nos locais priorizados. 
Em 2004 foi criado o Programa de Apoio ao Ecoturismo e à Sustentabilidade Ambiental do Turismo, ampliando neste, as ações do PROECOTUR Amazônia e assumindo o desafio de estruturar o desenvolvimento desse segmento em todo o país, dando especial ênfase às áreas protegidas e seu entorno, onde se concentram os principais destinos ecoturísticos nacionais. 
O PROECOTUR tem com o príncipio buscar o envolvimento das comunidades anfitriãs em todas as etapas das atividades turísticas e o investimento na capacidade dessas comunidades para esta participação. 
* Polos do ecoturismo
 Os pólos são as zonas prioritárias nas quais o poder público implanta projetos e normas visando à atração de empreendimentos ecoturísticos particulares. Não são necessariamente definidos geograficamente podendo consistir de corredores turísticos ou de grupos de atrativos complementares unidos por um roteiro turístico. 
Seu planejamento visa maximizar a competitividade da região como destino de ecoturismo internacional; minimizar a concorrência entre estados, mediante a identificação de nichos de mercado diferenciados para cada estado; maximizar a viabilidade econômica e minimizar os riscos financeiros dos empreendimentos de ecoturismo a serem implantados em cada pólo.
 A proposta do PROECOTUR é integrar os pólos de ecoturismo por meio de roteiros com atrativos complementares, dotando-os de toda infra-estrutura e serviços públicos e privados para atendimento aos visitantes. 
Os polos pertencentes ao Brasil são:
- Pólo ecoturístico do Acre: conta com os atrativos da floresta de terra firme e o movimento dos seringueiros em defesa das reservas extrativistas. 
- Polo ecoturístico do Amapá: atrai turistas à Linha do Equador e ao fenômeno da Pororoca, como são chamadas as ondas que resultam do avanço das águas do Oceano Atlântico sobre os rios. 
- Pólo ecoturístico do Amazonas: se posiciona como porta de entrada para o ecoturismo e oferece ecolodges e serviços de padrão internacional. 
- Pólo ecoturístico do Maranhão: promove a Floresta dos Guarás, com aves, manguezais e pesca artesanal. 
- Pólo ecoturístico do Mato Grosso: destaca as áreas para observação de pássaros e a transição entre cerrado e floresta. 
- Pólo ecoturístico do Pará: oferece roteiros partindo de Santarém para as águas verdes do rio Tapajós e as praias com areias brancas de Alter do Chão. 
- Pólo ecoturístico de Rondônia: investe no Vale do Guaporé, onde se associam os ecossistemas do cerrado, do pantanal e da floresta. 
- Pólo ecoturístico de Roraima: apresenta grande diversidade de atrativos que vão de pinturas rupestres a paisagens com montanhas tropicais e savanas abertas. 
- Pólo ecoturístico de Tocantins: há a região do Cantão, a bacia do rio Araguaia e a Ilha do Bananal (maior ilha fluvial do mundo), além do Jalapão (região árida com dunas peculiares), nascentes, rios e cachoeiras com águas cristalinas. 
* Dificuldades 
Apesar do Brasil ser um país de imensa riqueza em termos ambientais e culturais, em muitos lugares quando a atividade começa a gerar lucro, as pessoas esquecem que o gerador dessa renda é o local em si, e que se ele não for conservado os benefícios deixaram de surgir. O problema se agrava com a ausência de uma demarcação territorial apropriada por parte do governo, o que possibilita ocupações ilegais, queimadas perigosas e apropriação de recursos, sem que haja uma fiscalização adequada. 
Como consequência do uso inapropriado dos recursos naturais, o país tem em seu território o 2º bioma florestal mais devastado do mundo, a Mata Atlântica, que é tão rica quanto a Amazônia em diversidade de espécies (WWF, 1999 apud SINAY, 2002, p. 32).
Se por um lado o intercâmbio de ideias, costumes e estilos de vida entre visitantes e visitados pode ser proveitoso durante uma atividade ecoturística, por outro essa experiência pode converter-se em perda de valores tradicionais em consequência da homogeneização das culturas (SERRANO, 2001).
Impactos sociais e econômicos negativos que podem ser causados por um turismo mal planejado: 
* Impactos sociais: Destruição dos padrões tradicionais de emprego; o turismo pode criar mercado para prostituição e drogas; introdução de padrões morais que criam, violência e crime; geração de tensões entre visitantes e moradores; diminuição da qualidade de vida tradicional; mudança de hábitos; disseminação de doenças.
* Impactos econômicos: Inflação dos preços locais (bens e terrenos); desemprego durante a baixa estação; evasão de lucros e/ou divisas; distribuição desigual de renda; dependência de indústria turística; cargos de níveis mais altos geralmente são ocupados por não nativos.
Assim, as vantagens e desvantagens decorrentes do uso de um determinado recurso natural, para exploração turística, devem ser racionalmente ponderadas, visando-se a otimização da harmonia entre os aspectos econômicos, sociais e ambientais (MARTINS, 2002, p. 05). 
* Principais destinos ecoturísticos pelo mundo 
* Quênia - desenvolveu um modelo de valoração sobre a atração turística dos animais do Parque Nacional Amboseli; 
* Ruanda – tem como principal local o Parque Nacional dos Volcans, cuja atração principal são os gorilas; 
* Estados Unidos – 30% dos visitantes são americanos, que viajam com o objetivo de observar e fotografar a fauna; 
* Costa Rica – Apesar de ser um país de território pequeno (um pouco maior que o do Estado do Espírito Santo), recebe mais de 260 mil ecoturistas por ano, faturando cerca de US$ 600 milhões, com essa modalidade de turismo; (GAZETA MERCANTIL apud LASKOSKI, 2006, p. 17). 
* Peru – É o maior concorrente do Brasil, na disputa pelo mercado de ecoturistas, devido a sua boa infra-estrutura, confortáveis hotéis de selva, parques administrados por pessoal bem treinado, ingressos com custos reduzidos, e tarifas aéreas também baratas, situação está radicalmente oposta à do Brasil (GAZETA MERCANTIL apud LASKOSKI, 2006, p. 17).
* Melhores destinos para Ecoturismo no Brasil
* Bonito, MS – É considerado por muitos como o melhor destino do ecoturismo do Brasil. Destaca-se pelos rios cristalinos, nos quais os turistas podem nadar e ficar flutuando na companhia de cardumes de peixes de diversas espécies, tamanhos e cores! Além do contato com a água, existem as atividades em cavernas históricas e os circuitos de aventura, onde é possível fazer caminhadas, trilhas, passeios de bicicleta, botes e outros atrativos. Não se esqueça de passar na Lagoa Azul. 
* Fernando de Noronha, PE – Essa ilha é um paraíso em terras brasileiras. Considerado um dos lugares mais lindos do mundo, com certeza, é a perfeição do litoral brasileiro. São muitos atrativos além da praia, como observação de golfinhos, natação em corais, passeios de buggy e atividades de mergulho. Também é possível fazer trilhas surpreendentes na ilha. 
* Foz do Iguaçu, PR – Consideradas patrimônio mundial da humanidade, as 275 quedas d’água que formam as cataratas estão posicionadas na fronteira do Brasil e Argentina. Turistas de todas as partes do mundo visitam a região para conhecer as quedas, sempre em passeios com guias. Além de conhecer esse espetáculo da natureza, os turistas podem aproveitar para dar um pulinho na Argentina. 
* Chapada Diamantina, BA – Localizada no Parque Nacional da Chapada Diamantina, possui belezas naturais muito características deste ponto do país, como a Cachoeira da Fumaça e o Poço Encantado. Os principais atrativos são grutas, cachoeiras, cavernas, trekking, trilhas dos antigos garimpeiros do local e esportes de aventura.
* Brotas, SP – Em Brotas, a adrenalina é um componente garantido para os aventureiros. As famílias também aproveitam muito bem o local, que oferece a os ecoturistas grande diversidade de cachoeiras e trilhas, além de inúmeras atividades monitoradas como cavalgadas, passeios de quadriciclo, canoagem, rafting e tirolesa. 
* Pantanal (MS - MT) – O local possui uma das maiores concentrações de pássaros do Brasil, com mais de 650 espécies catalogadas. Além disso, é um ótimo refúgio para pescarias e safáris fotográficos, inclusive com passeios noturnos para visitar os animais. 
* Caravelas, BA – Neste local na Bahia é um ponto de ecoturismo imperdível para os apaixonados por natureza, mergulho e corais. Quem gosta de observar a vida marinha e de passeios de barco, vai poder curtir momentos inesquecíveis no Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, dono da maior concentração de corais do sul do Oceano Atlântico.
Conclusão
O turismo é multidisciplinar pois exige de uma ampla variedade de áreas de conhecimento e todas essas áreas estão interligadas, como já anteriormente descritas são elas: educação, instrução, organização, proteção dos patrimônios e sustentabilidade.
 O ecoturismo se bem planejado e desenvolvido pode levar para a população local benefícios amplos, como oportunidade de diversificação e consolidação econômica, geração de empregos, conservação ambiental, valorização da cultura, conservação e/ou recuperação do património. 
 Logo pode-se concluir que em maior parte o ecoturismo e seu desenvolvimento tem somente a acrescentar para a população.
Bibliografia
1. abides.org.br/proecotur-programa-de-apoio-ao-eco t
2. urismo-e-a-sustentabilidade-ambiental-do -turismo/ 
3. www.mma.gov.br/port/sca/proeco/turverde.html 
4. www.mma.gov.br/port/sca/proeco/index1.html 
5. www.mma.gov.br/estruturas/sedr_proecotur/_publicacao/140_publicacao040220091
6. 13510.pdf www.sober.org.br/palestra/9/453.pdf 
7. www.turismo.gov.br/sites/default/turismo/o_ministerio/publicacoes/downloads_public
8. acoes/Ecoturismo_Versxo_Final_IMPRESSxO_.pdf Cartilha: Ecoturismo: 
9. Orientações básicas www.alemdeeconomia.com.br/blog/?p=13494 
10. revistaecoturismo.com.br/turismo-sustentabilidade/turismo/ecoturismo/

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