Projeto Horta Orgânica

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UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO
CURSO: 2ª LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA
PROFESSORA: FERNANDA DE MACEDO PASSOS
ALUNO: MARLON BRENO VIEIRA DE SOUSA DINIZ
PRODUÇÃO DE VERDURAS ORGÂNICAS NA ESCOLA
CATOLÉ DO ROCHA -PB
2019
MARLON BRENO VIEIRA DE SOUSA DINIZ
PRODUÇÃO DE VERDURAS ORGÂNICAS NA ESCOLA
Projeto apresentado ao curso de 2ª Licenciatura em Ciências Biológicas, UMESP, como requisito avaliativo da disciplina: Prática de Ensino e Biologia, sob a orientação da professora Fernanda de Macedo Passos.
CATOLÉ DO ROCHA
2019
1. INTRODUÇÃO
	Visando trabalhar o conceito de sustentabilidade na prática, o presente projeto visa colaborar com o desenvolvimento escolar no Ensino Fundamental, de maneira que venha a contribuir para o letramento científico dos alunos como orienta a BNCC.
	O projeto tem como objetivo estimular o interesse dos alunos pelo tema, formando consciência crítica sobre meio ambiente, recursos naturais e por fim produção com sustentabilidade tudo isso a partir da observação e participação do educandos no processo ensino aprendizagem.
	Este projeto de construção de uma horta no terreno da escola é indicado para turmas do 7º ano do ensino fundamental, mas pode ser aplicado e adequado para o ensino médio. As atividades propostas serão distribuídas em horas/aulas, teóricas e práticas na construção e manutenção da horta.
2. JUSTIFICATIVA
	Devido à necessidade de aliar teoria e prática para o sucesso no processo de letramento científico dos alunos no ensino fundamental e tendo em vista, a construção de hortas, ser uma ótima estratégia para esse fim, além de propiciar aos alunos a oportunidade de trabalhar em comunidade produzindo alimentos sadios e saborosos de maneira sustentável.
3. OBJETIVOS
Objetivo geral: Construir na escola uma horta orgânica, com a participação dos alunos.
Objetivos específicos: 
Possibilitar o ensino efetivo de práticas de cuidado e preservação ambiental, visando que os alunos entendam que é possível produzir alimentos de maneira sustentável.
Fazer com que os alunos sejam conscientizados da importância de se utilizar os recursos naturais de maneira sustentável, e mostrar na prática, com a participação dos educandos, uma das maneiras disso ser feito.
Promover entre os alunos, o trabalho em equipe.
Conscientizar os alunos da importância da produção orgânica de alimentos para a saúde humana.
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A horta pode ser um laboratório vivo para diferentes atividades didáticas. Além disso, o seu preparo oferece várias vantagens para a comunidade. Dentre elas, proporciona uma grande variedade de alimentos a baixo custo, no lanche das crianças, permite que toda a comunidade tenha acesso a essa variedade de alimentos por doação ou compra e também se envolva nos programas de alimentação e saúde desenvolvidos na escola. Portanto, o consumo de hortaliças cultivadas em pequenas hortas auxilia na promoção da saúde (IRALA; FERNANDEZ, 2001).
A horta na escola também pode servir como fonte de alimentação e atividades didáticas, oferecendo grandes vantagens para as comunidades envolvidas, como a obtenção de alimentos de qualidade a baixo custo e também o envolvimento em programas de alimentação e saúde desenvolvidos pelas escolas. Na região norte, há o consumo de chicória, coentro e mandioca, enquanto que na região Centro-Oeste é mais frequente o consumo de tubérculos como o cará e guariroba (Ministério da Saúde, 2000).
O conhecimento e a ação participativa na produção e consumo principalmente de hortaliças (fonte de vitaminas, sais minerais e fibras) despertam nos alunos mudanças em seu comportamento alimentar, onde segundo TURANO (1990) estendem-se atingindo a família e toda a comunidade envolvida. Essa relação direta com os alimentos também contribui para que o comportamento alimentar das crianças seja voltado para produtos naturais e saudáveis, oferecendo um contraponto à ostensiva propaganda de produtos industrializados e do tipo fast-food. MAGALHÃES (2003) em seus trabalhos verificou que utilizando a horta como estratégia para estimular o consumo de feijões, hortaliças e frutas é possível adequar à dieta das crianças. Outro fator interessante é que as hortaliças cultivadas na horta escolar, quando presentes na merenda escolar, fazem muito sucesso, ou seja, todos querem provar, pois é fruto do trabalho dos alunos.
5. METODOLOGIA
		
		Nas aulas teóricas, o professor apresentará a sugestão do projeto de produção de uma horta que será feita no terreno da escola. Os alunos assistirão vídeos de curta duração, sobre produção orgânica e sustentável, com o intuito de conscientizá-los para a importância do tema e a sua relação com o contexto social e familiar, e assim motivá-los a participar do projeto. Nas aulas teóricas serão discutidos em sala, com a ajuda do professor, sobre que materiais vão ser usados na construção da horta e como será a divisão do trabalho entre os discentes que serão divididos em grupos, e cada grupo realizará diferentes tarefas na construção da horta e se revezarão manutenção da mesma. O professor buscará apoio junto à escola e comunidade escolar na disponibilização de alguns materiais, pois nas aulas práticas de construção da horta serão necessários chibancas, para revolver a terra, pá, carro de mão, peneira para peneirar o adubo (que pode ser esterco bovino ou caprino curtido), enxada para misturar a terra ao adubo, baldes e regadores para molhar a terra e trena e piquetes (pode se fazer pontaletes de madeira) para medir e demarcar os canteiros e se possível uma tela sombrite (produto que controla a entrada de luz solar e umidade). Para o plantio serão utilizadas sementes de cebolinha, coentro, cenoura, couve e alface, de boa qualidade, que podem ser compradas em uma loja de produtos agrícolas ou recebidas por doações. A horta deverá receber água em quantidade controlada, e para isso será feito um cronograma onde os alunos se revezarão para regar, e esse trabalho será feito fora dos horários de aula. Uma sugestão é que os alimentos colhidos sejam doados para contribuir na merenda da escola.
		A avaliação do projeto será feita de forma contínua onde o (a) professor (a) de ciências avaliará a participação e o aprendizado de cada aluno. À conclusão do projeto será aplicada uma discussão avaliativa com questões, formuladas pelo (a) professor (a), baseadas nos assuntos e interações abordadas ao decorrer do projeto.
6. CRONOGRAMA
Em um primeiro momento serão necessárias duas aulas teóricas para apresentação do projeto onde serão apresentados vídeos (de curta duração), sobre produção orgânica e sustentável, com o intuito de conscientizar os alunos para a importância do tema e a sua relação com o contexto social e familiar, e assim motivá-los a participar do projeto. Discutir e tomar decisões a respeito dos materiais e divisão de tarefas entre os alunos. Serão formados grupos, e cada grupo ficará responsável para realizar diferentes tarefas na construção da horta e depois de construída esses grupos se revezarão na manutenção da mesma.
Logo em seguida haverá um espaço de tempo entre as aulas reservado para a disponibilização do material.
Duas aulas práticas para preparar o solo e aprontar os canteiros. Isso se for uma horta pequena, com cada turma construindo um canteiro de 1x3 metros. 
Duas aulas práticas para o plantio e primeira rega. 
Após a germinação de algumas hortaliças será feita mais uma aula prática onde serão abordados assuntos como: germinação e desenvolvimento das plantas, além dos tratos culturais a serem realizados para se obter uma boa colheita.
Após essa última aula prática será realizada uma avaliação final onde serão discutidas, em sala, questões formuladas pelo (a) professor (a), baseadas nos assuntos e demandas abordadas ao decorrer do projeto.
Tendo em vista, que este trabalho com horta é contínuo de acordo com asépocas de plantio e colheitas realizadas, faz-se necessário que ele tenha continuidade, na manutenção da horta, durante todo decorrer do ano letivo, para que não faltem hortaliças para os alunos.
À critério do (a) professor (a) poderão ser realizadas outras aulas práticas por ocasião da colheita das hortaliças (que acontecem em datas diferentes) onde podem ser abordados assuntos como:
Os nutrientes encontrados nos alimentos;
A importância da higienização no preparo de hortaliças;
Como armazenar as hortaliças;
Receitas de como aproveitar as hortaliças (como no preparo de bolos e sucos);
7. RESULTADOS ESPERADOS
	Através da participação dos discentes tanto nas discussões quanto na realização das atividades, ser possível identificar algumas dificuldades iniciais de entendimento nas aulas teóricas, e com o auxílio dos recursos áudio visuais e a aplicação do conteúdo ao contexto regional e cotidiano, conquistar o interesse e a participação voluntária dos educandos obtendo sucesso das aulas teóricas.
	Ao longo das aulas práticas deverá ser desenvolvido um ambiente propício à aprendizagem dos alunos no decorrer das aulas práticas, onde eles serão incentivados a analisar e tirar dúvidas relacionadas aos componentes da horta como: o solo e seus organismos vivos, a água, o adubo orgânico sua composição e importância. Incentivar entre os alunos o trabalho em equipe, levando-os a entender a importância disso, para o sucesso do ensino aprendizagem. 
	Ao final do projeto os alunos deverão estar conscientes da importância de usar os recursos naturais respeitando o meio ambiente para produzir de maneira sustentável.
	Os alunos deverão entender a importância da produção orgânica de alimentos para a saúde humana.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BASENACIONALCOMUM.MEC.GOV.BR. A área de ciências da natureza. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#fundamental/a-area-de-ciencias-da-natureza>. Acesso em: 19 mar. 2019.
IRALA, Clarissa Hoffman; FERNANDEZ, Patrícia Martins. Manual para Escolas: Horta. 2001. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/horta.pdf>. Acesso em: 19 mar. 2019.
MAGALHÃES, A. M. A horta como estratégia de educação alimentar em creche. Florianópolis, 2003. 120 f. Dissertação (Mestrado Agroecossistemas) - Universidade Federal de Santa Catarina.
MEC. Ministério da Educação, 1997 e 1998. Disponível em: www.mec.gov.br
Ministério da Saúde, Alimentos regionais, Versão preliminar, Brasília, 2000.
TURANO, W. A Didática na Educação Nutricional. In: GOUVEIA, E. Nutrição Saúde e Comunidade. São Paulo: Revinter, 1990. 246 p.