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Relatório de Gel

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INTRODUÇÃO
Géis são formas farmacêuticas semi-sólidas que consistem na dispersão de um sólido em meio aquoso, gerando uma dispersão coloidal. Um gel pode conter partículas suspensas. São usados polímeros (agentes gelificantes) para dar viscosidade à preparação, sendo eles os principais componentes para a formação do gel. O tipo de polímero escolhido na formulação do gel pode definir a sua estabilidade e a liberação do princípio ativo na pele. 
Podem apresentar natureza iônica, que são estáveis em pH neutro, ou não-iônica, sendo estável em uma faixa mais ampla de pH, possibilitando a veiculação de substâncias de caráter ácido.
Os géis podem ser classificados como:
Gel hidrofóbico: normalmente consiste de parafina líquida com polietileno ou óleos gordurosos com sílica coloidal ou sabões de alumínio ou zinco
Gel lipofílico: obtido pela incorporação de agentes gelificantes (tragacanta, amido, derivados de celulose, polímeros carboxivinílicos e silicatos duplos de magnésio e alumínio) à água, glicerol ou propilenoglicol.
De modo geral, são mais indicados a serem usados em pele oleosa, porém podem ser utilizados em qualquer tipo de pele. Tem ampla utilização devido à sua facilidade de espalhamento e capacidade de veicular princípios ativos hidrossolúveis ou lipossomas, e não tem aspecto gorduroso, o que torna o seu uso mais agradável.
FORMULAÇÃO
Para a preparação do gel de Carbopol, foram utilizados os seguintes componentes, nas quantidades de:
Carbopol 940 – 0,8%
Glicerina – 5%
Nipagin – 0,1%
Nipazol – 0,1%
AMP-95 (Amino Metil Propanol) – quantidade suficiente para atingir pH 6,5
Água – quantidade suficiente para 100 gramas de gel
MATÉRIA PRIMA UTILIZADA
Carbopol 940: polímero que tem a função de agente gelificante (espessante). Confere viscosidade à preparação.
Glicerina: umectante. Forma um filme hidrofílico sobre a pele, impedindo que ela perca água para o meio externo.
Nipagin e Nipazol: parabenos, que possuem a função de conservante.
AMP-95: alcalinizante. Base orgânica que faz com que o gel tenha um pH tópico.
Água: veículo. É o principal solvente utilizado na preparação de géis. 
TÉCNICA DE PREPARAÇÃO
Foram utilizados os seguintes materiais e equipamentos:
Proveta de 100 mL
Béquer de 250 mL
Gral e pistilo
Vidro de relógio
Espátula de metal
Funil de vidro
Bastão de vidro
Agitador
Preparo do gel de carbopol:
Triturou-se o Carbopol no gral e pesou-se a quantidade de 0,8 gramas.
Adicionou-se 74 mL água em um béquer.
Colocou-se o béquer com água no agitador, e o carbopol foi dispensado na água sob agitação. Essa mistura foi agitada por 10 minutos.
Em um outro béquer, adicionou-se 5 gramas de glicerina e os parabenos (0,1 gramas de Nipagin e 0,1 gramas de Nipazol). A mistura foi mexida com bastão de vidro até a solubilização dos parabenos.
Verteu-se essa mistura sobre o béquer contendo água e carbopol.
Adicionou-se três gotas de AMP-95, no que a preparação adquiriu aspecto viscoso, formando o gel.
Preparo do gel de cânfora e mentol:
Pesou-se 0,4 gramas de cânfora e 1 grama de mentol e em uma proveta mediu-se 15 mL de álcool de cereais.
Triturou-se a cânfora e o mentol no gral.
Adicionou-se o álcool no gral, solubilizando os dois sólidos.
Verteu-se essa mistura no gel base obtido anteriormente.
CONSIDERAÇÕES
Nesta prática, obtivemos um gel redutor, que possui propriedade criogênica, tendo a função de quebrar gordura. Dessa forma, ele é utilizado para tratar celulite e gordura localizada, sendo massageado sobre a pele após o banho ou atividade física.
A mistura de água com carbopol é mantida sob agitação mesmo após a sua solubilização, para evitar a formação de grumos e manter a mistura homogênea. A adição do alcalinizante tem o objetivo de dar a viscosidade à preparação, dando a consistência do gel. Com isso, o gel deve ficar transparente e espesso. Porém, no caso desta prática, o gel ficou branco, possivelmente devido à qualidade dos reagentes utilizados, por estarem vencidos. Apesar de um pouco mais espesso do que o desejado – possivelmente devido ao excesso de alcalinizante utilizado – o gel adquiriu uma consistência aceitável, que pode ser facilmente reconhecida como a de um gel.
Ao misturar o mentol e a cânfora, obteve-se uma mistura eutética. Isso ocorre quando dois sólidos se solubilizam em temperatura ambiente ao serem misturados, formando uma fase homogênea semi-líquida. Esse fenômeno ocorre devido ao ponto de fusão da mistura ser menor que os pontos de fusão de seus componentes.
EMBALAGEM / RÓTULO
	Segundo a RDC 67/2007, o rótulo de uma preparação oficinal manipulada deve conter as seguintes informações:
Denominação farmacopéica do produto;
Componentes da formulação com respectivas quantidades;
Indicações do Formulário Oficial de referência;
Data de manipulação e prazo de validade (normalmente de 3 meses a partir da data de fabricação);
Número de unidades ou peso ou volume contidos;
Posologia;
Identificação da farmácia;
CNPJ;
Endereço completo do estabelecimento;
Nome do farmacêutico responsável técnico com o respectivo número de inscrição no Conselho Regional de Farmácia.
Em alguns casos, são necessárias advertências complementares no rótulo, como no caso do gel, em que se adverte “Uso externo”.
REFERÊNCIAS
Ferreira, A. O. Guia Prático da Farmácia Magistral, volume 1. 3a ed. Pharmabooks: 2008
Corrêa, N.F.; Camargo, F.B.J.; Ignácio, R.F.; Leonardi, G.L. Avaliação do comportamento reológico de diferentes géis hidrofílicos. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas 2005, v.41, n.1, p. 73-78.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Farmacopeia Brasileira, volume 1. 5ª ed. Anvisa: Brasília, 2010
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução de Diretoria Colegiada – RDC nº 67, de 8 de outubro de 2007

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