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TRATAMENTO DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA Diagnóstico encurtador.com.br/ejNT7 Diretrizes do Tratamento do TAG (AMB e CFM, 2008). TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO Abordagem Orientadora Psicoterapia encurtador.com.brABSV8 O paciente deve ser encorajado a praticar métodos de relaxamento diários para reduzir os sintomas físicos de tensão; O paciente deve ser encorajado a envolver-se em atividades prazerosas e exercícios físicos e a retomar atividades que foram úteis no passado; Identificar e desafiar preocupações exageradas ou pensamentos pessimistas podem reduzir os sintomas de ansiedade; RECOMENDAÇÕES GERAIS Identificar eventos que desencadeiam preocupação excessiva pode ajudar a formular estratégias para reduzir a ansiedade; Discutir o que o paciente está fazendo para manejar as situações desagradáveis, identificando e reforçando atitudes que estão funcionando; Identificar algumas medidas específicas que o paciente pode tomar nas próximas semanas. RECOMENDAÇÕES GERAIS 1)ISRS 2)Antidepressivos Tricíclicos 3)Benzodiazepínicos OBS: Antipsicóticos não devem ser oferecidos como tratamento para TAG na atenção primária, e só devem ser prescritos para esta condição em qualquer cenário quando especificamente indicado. Tratamento Farmacológico ISRS Primeira linha para ansiedade generalizada em adultos Explicar os prováveis benefícios do tratamento; os efeitos colaterais esperados, síndrome de retirada e interações medicamentos Orientar que a administração seja preferencialmente pela manhã No SUS O fármaco ISRS disponível na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME, 2013) é o cloridrato de fluoxetina, na forma de cápsulas ou comprimidos de 20 mg. ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS Apesar de não estar indicada especificamente para o transtorno de ansiedade generalizada, o cloridrato de clomipramina pode ser uma alternativa. Clomipramida deve ser evitada em idosos, por seus efeitos adversos anticolinérgicos e cardiovasculares. Os tricíclicos podem ser uma opção terapêutica principalmente quando houver depressão comórbida e esta for o foco inicial do tratamento. Taxa de abandono do remédio é maior, pelos efeitos colaterais frequentes. As doses de tricíclicos variam de 75 a um máximo de 250 mg por dia, iniciando-se com 25 mg/dia, em aumentos graduais, na primeira semana. Benzodiazepínicos Tratamentos por curtos períodos de tempo (menor que 12 semanas). Efetivos nos sintomas do TAG, produzem efeito rápido (minutos ou horas) e possuem perfil favorável quanto aos efeitos colaterais. A limitação do uso se deve a propensão para desenvolver tolerância de efeitos e dependência Tempo de tratamento e critérios para interrupção: Um período de 6 meses de tratamento farmacológico estariam indicados para a maioria dos casos. Em muitos casos, o tratamento é mantido por períodos muito longos, de anos, por motivos como a resolução apenas parcial da sintomatologia ou pioras nítidas quando a dose do medicamento é diminuída. PRINCIPAIS CLASSES FARMACOLÓGICAS EMPREGADAS Ação: atua no sistema nervoso central de forma a aumentar as ações do GABA, que é o principal inibidor do SNC. Benzodiazepínicos Farmacocinética Efeitos Adversos: mais frequentemente relatados são: Depressão respiratória Dependência química Náuseas e vômitos Alterações psicomotoras Manejo Clínico Como ansiolíticos devem ser usados por no máximo 4-6 semanas. Cuidados com idosos com doses menores. Não recomendado para grávidas pq passa pela placenta. Mais utilizados Clonazepam, Alprazolam, Lorazepam e Diazepam Ação: Inibem a receptação de serotonina na fenda sináptica, aumentando a atividade serotonérgica. Por serem SELETIVOS, não exercem ação sobre as catecolaminas. Porém, possuem atividades anticolinérgicas, 1-adrenérgica e histaminérgica, menos exacerbadas que ADT. Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina - ISRS INDICAÇÕES: Transtorno depressivo. Transtorno de ansiedade. Transtorno de ansiedade generalizada. Transtorno Obscessivo Compulsivo. Transtorno do pânico. Transtorno do estresse pós traumático. Fobia Social. Transtorno alimentares. Efeitos Adversos: mais frequentemente relatados são: Efeitos gastrointestinais: Náuseas, vômitos, dores abdominais, diarreia. Agitação, ansiedade, insônia, ciclagem para mania. Cefaleia, tonteiras, fadiga, tremores, efeitos extrapiramidais. Xerostomia, sudorese. Efeitos Adversos: mais frequentemente relatados são: Perda ou ganho de peso Disfunções sexuais Fluoxetina Paroxetina Sertralina Citalopram Escitalopram Fluvoxamina Mais usados Menos efeitos colaterais Menos riscos de overdose Ação: Reduzir a recaptação de 5-HT e NA, aumentando a disponibilidade desses neurotransmissores na fenda sináptica. Entretanto, alguns possuem predominância da atividade noradrenérgica (como nortriptilina e maprotilina) e outros da serotoninérgica (como amitriptilina). Antidepressivo Tricíclico Podem ainda bloquear os receptores colinérgicos, muscarínicos e histaminérgicos, responsáveis pela maioria dos efeitos adversos. Antidepressivo Tricíclico Efeitos Adversos: mais frequentemente relatados são: Efeitos Anticolinérgicos: Constipação, xerostomia (boca seca), visão turva, sedação e retenção urinária. Também, podem causar ganho de peso (devido aos efeitos anti-histamínicos), arritmias (devido ao prolongamento do intervalo QT), hipotensão ortostática, redução do limiar convulsivo e alterações cognitivas. Efeitos noradrenérgicos e serotoninérgicos: Em muitos casos pode ocorrer disfunção sexual O tratamento deve ser mantido por um ano após remissão dos sintomas, devido ao curso normalmente crônico e com recidivas deste transtorno. A interrupção deve ser feita após avaliação conjunta entre médico e paciente do quadro atual (com remissão dos sintomas), contexto e risco de recidivas, e compreensão do paciente sobre os riscos e benefícios. Deve ser oferecida durante todo o tratamento e reforçada no momento da interrupção psicoeducação a respeito de fatores desencadeantes e estressores de quadros de ansiedade, sintomas de recidiva e como buscar novo tratamento. Tempo de tratamento KAPLAN, H. I.; SADOCK, B. J.; GREBB, J. A. Compêndio de psiquiatria: ciências do comportamento e psiquiatria clínica. 7. ed. Porto Alegre: Artes médicas, 1997. AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual de Diagnóstico e Estatística de Distúrbios Mentais DSM-IV. São Paulo: Manole, 1994. REFERÊNCIAS STAHL, Stephen M. Psicofarmacologia: bases neurocientíficas e aplicações práticas. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. Kobak KA, Greist JH, Jefferson JW, atzelnick DJ, Henk HJ. Behavioral versus pharmacological treatments of obsessive compulsive disorder: a meta-analysis. Psychopharmacology.(Berl) 998;136:205-16. REFERÊNCIAS Protocolo da Rede de Atenção Psicossocial, baseado em evidências, para o acolhimento e o tratamento de transtornos de ansiedade generalizada. Sistema Único de Saúde - Estado de Santa Catarina, 2015. Transtornos de Ansiedade: Diagnóstico e Tratamento, Associação Brasileira de Psiquiatria, 2008. REFERÊNCIAS
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