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QUEST PROCESSO PENAL I

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Q1 - Em um dos casos penais que alçaram notoriedade no país, um advogado, policial reformado, foi condenado pelo homicídio que vitimou sua ex-namorada, também advogada. Ao proferir a sentença condenatória, o juiz presidente do tribunal do júri entendeu que o fato de o acusado ter mentido aos jurados durante seu interrogatório deveria repercutir negativamente no cálculo de sua pena, especificamente quanto à dosagem da pena-base (sob o aspecto da ¿personalidade¿ do agente). Desse modo, o juiz assentou em sua decisão: ¿Ora, como a mentira tem por escopo iludir os jurados, ludibriar o `ex adverso¿, enganar a coletividade e provocar um erro judiciário, tal circunstância negativa sobre a personalidade do acusado será sopesada pelo juiz-presidente na fixação da pena [...]. A mentira jamais poderá ser interpretada como direito ínsito, mas como subterfúgio repudiável ao exercício da atividade investigativa e judicante¿. A partir dessas premissas, o juiz presidente aumentou a pena-base do condenado em dois anos em razão das declarações tidas como inverídicas dadas pelo réu perante os jurados. Tendo em consideração o sentido e alcance dos princípios fundamentais que regem o direito processual penal brasileiro, responda: o juiz agiu corretamente? Justifique sua resposta.
R: Não. Pois a "mentira" não pode gerar qualquer efeito gravoso para o réu, caso seja realizada sob o manto da ampla defesa e, ainda mais, da plenitude de defesa e, do direito à não auto-incriminação.
Q2 - O Promotor de Justiça ofereceu denúncia, mas deixou de arrolar as pessoas ouvidas no inquérito policial para servirem de testemunhas na instrução criminal. Sem perceber a omissão do Parquet, o magistrado recebeu a exordial e, no momento procedimental próprio, designou audiência de instrução e julgamento e determinou a intimação das pessoas nominadas no inquérito policial, invocando os dispositivos dos arts. 156 e 209, CPP. A defesa impetra HC, sustentando violação de o princípio inerente à imparcialidade do juiz. Procede a alegação da defesa?
R: A CF quer, implicitamente, que o juiz seja imparcial, dentro 
do estado democrático de direito, pois há uma valorização da atuação das partes. 
posição pela inconstitucionalidade: viola a parcialidade. O juiz não pode ter iniciativa probatória. Pelo sistema inquisitivo o juiz 
participa das provas, mas o sistema em vigor no Brasil é o 
acusatório, quando o juiz não participa da prova. Com isso, tanto pelo art. 209, quanto pelo art. 156 do CPP, a iniciativa do juiz é 
inconstitucional. 
2- posição compatível: pelo caráter subsidiário, supletivo, se já estiver 
no processo. 
3- posição mista: as duas posições acima e se for a favor da defesa . 
Q3 - Raimundo Nonato, saiu de casa para comemorar a aprovação no exame da OAB dirigindo seu carro. Após ingerir excessiva quantidade de bebida alcóolica, resolve voltar pra casa na direção do seu veículo, quando é surpreendido na blitz da Lei Seca. Informado pelo agente de trânsito que ele deveria se submeter ao bafômetro, Raimundo recusou-se a fazer o teste. À Luz dos princípios informadores do processo penal, diga se Raimundo está obrigado a se submeter a testes de alcoolemia, tais como bafômetro, exame de sangue, urina.
R: Não estará Raimundo obrigado a realizar o teste de alcoolemia uma vez que de acordo com os princípios da presunção de inocência (art. 5º, LVII, CF), ampla defesa (art. 5º, LV, CF) e o direito ao silêncio (art. 5º, LXIII, CF), ninguém está obrigado a produzir prova contra si mesmo. O estado de embriaguez pode ser comprovada por diversos m ios, tais como exames de alcoolemia, vídeos, testemunhas ou outras provas admitidas em direito.
Q4 - O processo penal brasileiro adota o sistema acusatório ou o inquisitivo? Trace as diferenças estruturais entre eles, apontando eventuais dispositivos legais pertinentes:
R: O sistema Inquisitivo correspondia à concepção de um poder central absoluto, com a centralização de todos os aspectos do poder soberano (legislação, administração e jurisdição) em uma única pessoa.”
O sistema acusatório, antítese do inquisitivo, tem nítida separação de funções, ou seja, o juiz é órgão imparcial da aplicação da lei, que somente se manifesta quando devidamente provocado; o autor é quem faz a acusação (imputação penal + pedido), assumindo, segundo nossa posição, todo o ônus da acusação, e o réu exerce todos os direitos inerentes à sua personalidade, devendo defender-se utilizando todos os meios e recursos inerentes à sua defesa, sendo este o sistema adotado no Brasil.
Q6 - AS ATIVIDADES DA AUTORIDADE POLICIAL NA FASE PRÉ-PROCESSUAL, NECESSITAM A OBSERVÂNCIA DOS PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA?
R: Assim como o contraditório e a ampla defesa andam lado a lado, a inquisitoriedade e a sigilosidade também podem ser consideradas siamesas. E tais princípios não são incompatíveis com as mencionadas características do inquérito policial.
A Constituição Federal, que em seu artigo 5º, LV garante o contraditório e a ampla defesa aos litigantes em processo judicial ou administrativo e aos acusados em geral. Daí se conclui que não estão incluídos os investigados em inquérito policial, por não serem litigantes ou acusados e por não constituir o procedimento policial um processo.
Q7 - Um transeunte anônimo liga para a circunscricional local e diz que Toninho, comerciante local, está repassando a seus clientes notas de R$ 50,00 falsas. A simples delatio deu ensejo a instauração de inquérito policial com o indiciamento de Toninho pelo crime previsto no art. 289, p. 1º do CP, na modalidade introduzir na circulação moeda falsa. Pergunta-se: é possível instaurar inquérito policial, seguindo denúncia anônima? Responda, orientando-se pela doutrina e jurisprudência.
R: Denúncia anônima, por si só, não justifica a instauração de inquérito penal. Entretanto, ao recebê-la, a autoridade pública pode adotar medidas para averiguar se os fatos narrados são verossímeis.
Q8 - Regiclécio da Silva foi preso em flagrante por violação à norma do artigo 157, parágrafo 2, I e II do CP. Por oportunidade da lavratura do auto de prisão em flagrante, a Autoridade Policial, por despacho devidamente fundamentado, determinou a incomunicabilidade do indiciado, ressaltando que tal medida era conveniente para a investigação, uma vez que ainda era necessária a identificação de outros indivíduos envolvidos na prática do crime. Inconformados, os familiares do preso procuram você e indagam se tal incomunicabilidade é admissível nos dias atuais. O que você responderia? Fundamente a sua resposta, apontando eventuais dispositivos legais pertinentes.
R: Sim. A incomunicabilidade do indicado é admissível quando o interesse da sociedade ou conveniência da investigação o exigir, só que não vai poder passar de três dias. Art. 21 Parágrafo Único CPP.

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