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MODELOS TEÓRICOS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PROF. CARLOS XAVIER MODELOS TEÓRICOS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Modelos teóricos de administração pública Prof. Nome do Professor • Podemos definir Administração pública, sob a ótica da máquina do Estado, como: “o aparelho do Estado organizado com a função de executar serviços, visando à satisfação das necessidades da população”. “Em outras palavras, é um conjunto de atividades destinadas à execução de obras e serviços, comissionados ao governo para o interesse da sociedade” (Matias-Pereira, 2010). • Modelos teóricos de administração pública: • Administração pública patrimonialista • Administração pública burocrática • Administração pública gerencial Modelos de administração pública • Administração pública patrimonialista • O Estado é visto como um extensão das posses do monarca / governante. • Não há clara separação entre a res pública e a res principis. • Cargos públicos e patrimônio distribuído de acordo com a vontade pessoal do governante. • Falta profissionalismo e há uma tendência natural à corrupção. • Sinecuras/prebendas: cargos (sinecuras) com boas rendas (prebendas) e pouco trabalho, típicos do patrimonialismo e sua dominação tradicional. • Apesar de ser um modelo em desuso, algumas de suas características persistem até os dias atuais! Teoria Patrimonialista • Max Weber cria a burocracia como sistema que se contrapõe ao patrimonialismo. • Segundo ele, haveria três tipos de dominação: • Tradicional – típica do patrimonialismo – baseada em tradições, clãs, etc. • Carismática – baseada nas características extraordinárias do líder, que fariam com que seus súditos o seguissem cegamente. • Racional-Legal – uso da autoridade baseada na razão, hierarquia e normas. • Por ser a única baseada na racionalidade, a dominação racional-legal deveria ser utilizada pela burocracia. Teoria da burocracia Características principais: • Normas e regulamentos possuem caráter legal; • Comunicações formalizadas e oficiais; • Trabalho dividido de forma racional; • Relacionamentos interpessoais conduzidos com impessoalidade; • Autoridade seguindo a hierarquia da organização; • Rotinas e procedimentos padronizados; • Competência técnica valorizada – meritocracia; • Administração especializada – não deve haver patrimonialismo; • Membros da organização são profissionais; • Funcionamento previsível da organização. Teoria da burocracia Vantagens da burocracia: • Racionalidade dos objetivos; • Cargos e tarefas bem definidos; • Decisões rápidas; • Interpretação clara e única; • Uniformidade de procedimentos e rotinas de trabalho; • Manutenção da continuidade da organização; • Diminuição de atritos entre os indivíduos; • Estabilidade das decisões; • Alta confiabilidade das decisões; • Benefícios para as pessoas na organização, já que há hierarquia, divisão clara do trabalho, racionalidade, treinamento e meritocracia. Apesar disso, a burocracia tem suas desvantagens... Teoria da burocracia Disfunções da burocracia: • Internalização das regras e apego aos regulamentos; • Excesso de formalismo e de papelório; • Resistência às mudanças; • Despersonalização dos relacionamentos; • Categorização como base do processo decisório; • Superconformidade às rotinas e procedimentos; • Exibição de sinais de autoridade; • Dificuldade no atendimento a clientes e conflitos com o público. Teoria da burocracia Principais críticas à burocracia: • Racionalidade excessiva; • Visão mecanicista • Conservadorismo; • Organização fechada – isolada do ambiente. Teoria da burocracia • A administração pública gerencial (NGP) tem suas origens na segunda metade do século XX (por volta de 1960 – 1970) como resposta à expansão das funções econômicas do Estado, do aprofundamento da globalização e do desenvolvimento. • Na década de 1980 o modelo se consolida nos países anglo-saxões (especialmente Reino Unido, EUA e Nova Zelândia, Australia), incorporando ferramentas do setor privado para melhorar a qualidade do gasto público. • Propõe uma gestão pública baseada em (Martins, 2005): 1) resultados; 2) descentralização; 3) flexibilidade; 4) foco no desempenho; 5) competitividade interna e externa; 6) foco estratégico; 7) accountability. Administração Pública Gerencial • Os três modelos principais de administração pública gerencial são: • O Modelo Gerencial puro: • Busca aumentar a eficiência do gasto público, modificando o modelo burocrático. • Busca incorporar ferramentas do setor privado para melhorar a eficiência. • Define responsabilidade para os funcionários e para organizações públicas. • É baseado na lógica fiscal de gastar cada vez melhor. • O Modelo Gerencial com foco no consumidor (consumerism): • O foco é o bom atendimento do cidadão-cliente dos serviços públicos. • Mais flexibilidade de gestão, qualidade dos serviços e prioridade das demandas do cidadão. • Maior ênfase gerencial, com busca de efetividade do gasto público para o cidadão-cliente, não a mera qualidade do gasto. • Há uma crítica forte: não é possível uma comparação direta do cliente com o cidadão, que tem direitos e obrigações. • O Modelo Gerencial orientado ao serviço público (PSO) • Reforça a importância do accountability e da equidade na prestação dos serviços públicos. • Inclui temas contemporâneos na administração pública, como: transparência, prestação de contas, equidade, justiça, participação política da sociedade, etc. Administração Pública Gerencial OBRIGADO PROF. CARLOS XAVIER
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