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Universidade do Estado do Rio de Janeiro Instituto politécnico do Rio de Janeiro Curso de Graduação em Engenharia Mecânica RELATÓRIO DA PRÁTICA DE COMPOSTAGEM Grupo: Alexandre Oliveira Amanda Mendel Azeredo Gustavo Guedes Natyele Gabrig Rocha Raphael Baptista Teixeira Professora: Ana Cristina Moreira Fontes Nova Friburgo/RJ, Janeiro de 2019 RESUMO O presente relatório visa abordar o processo de realização da atividade proposta no segundo semestre de 2018, visando a prática de compostagem com minhocas em laboratório e possíveis resultados. A proposta consiste na obtenção de resultados do acompanhamento da compostagem através de gráficos, resultados em massa de composto e biofertilizante, pH de ambos e variação de temperatura na composteira, e por último e não menos importante, o ensinamento adquirido com uma prática simples de compostagem. LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURA Página Figura 1 - Massa sem desconto do recipiente..............................................................7 Figura 2 - Massa real com desconto dos recipientes..................................................7 LISTA DE TABELAS TABELAS Página Tabela 1 - Massa total sem descontar o peso dos recipientes................................. 6 Tabela 2 - Valor em massa dos recipientes................................................................ 6 Tabela 3 - Valor em massa de biofertilizante............................................................. 9 SUMÁRIO RESUMO ...................................................................................................................... 2 1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................5 2. MASSA DO COMPOSTO.........................................................................................5 2.1 Massa do composto de acordo com as semanas.................................................5 2.2 Gráfico referente a massa do composto..............................................................7 2.3 Temperatura..........................................................................................................8 3. RESULTADO EM MASSA DO BIOFERTILIZANTE E GRÁFICOS................8 4. pH..................................................................................................................................9 5. RELATO DEO RESULTADO DA COMPOSTEIRA AO FINAL........................9 6. RELATO DA EXPERIÊNCIA PARA O GRUPO.................................................10 7. CONCLUSÃO............................................................................................................11 5 1. INTRODUÇÃO Foi desenvolvido na prática da compostagem, um pensamento mais crítico a respeito do meio ambiente e de como estamos nos posicionando a respeito de práticas sustentáveis, principalmente no que relaciona resíduos orgânicos que representam mais de 50% dos resíduos domésticos de todo o mundo. A compostagem é um conjunto de métodos que busca uma valorização para a matéria orgânica, que objetiva a redução dos resíduos. É um processo que pode ser realizado em domicílios, universidades, empresas, entre outros locais. O vilão, dito resíduo orgânico, pode se tornar uma fonte de renda tanto para as famílias como para as indústrias ao se transformarem em adubos ou aproveitamento de energia por meio do gás que é liberado. Na realização da compostagem, obtivemos um composto que se transformará em adubo e biofertilizante natural para o solo e plantas sem agredi-los. 2. MASSA DO COMPOSTO Para que pudéssemos ao final da prática obter resultados e avalia-los, ao longo do trabalho foram coletados dados em massa do que foi depositado ao longo das atividades. 2.1.Massa do composto de acordo com as semanas A tabela 1, indica a massa do composto, ou seja, de todo orgânico que foi depositado ao longo das semanas sem descontar o peso dos baldes, o peso dos recipientes antes e depois de depositar o resíduo orgânico. Para compor a composteira, três baldes foram utilizados, mas apenas um deles que recebeu o composto obtinha de massa para que a pesagem fosse realizada, os outros dois baldes, não obtiveram de significativo peso para que fossem gerados resultados através deles, por esse motivo, apenas um balde será demostrado na tabela 1 que engloba a massa do composto orgânico. Os resultados finais dos recipientes, englobam além dos resíduos orgânicos, pó de serra e grama que foram usados como fonte de carbono, a fim de ajudar também a não proliferação de mosquitos mantendo a composteira menos úmida. 6 Tabela 1: Massa total sem descontar o peso dos recipientes. Para que saibamos a massa real das composteiras, é necessário descontarmos o peso dos baldes, a fim de se obter o valor final do composto gerado. A tabela 2 indica o valor da massa em grama (Kg), de cada um dos recipientes. Recipientes Massa (kg) 1 0,40 2 0,44 3 0,38 Tabela 2: Valor em massa dos recipientes Semanas Composto Massa do composto Peso do balde antes do composto Massa final no recipiente 02/10/2018 Semente de abóbora, verdura, casca de banana, abobrinha, borra de café, casca de ovo, casca de cenoura, melancia. 900 g 380 g 1,77 Kg 09/10/2018 Casca de banana, tomate, alface, casaca de ovo. 160g 1,68 Kg 1,930 Kg 16/10/2018 Casca de banana, maçã, tomate, alface 378 g 1,910 Kg 2,385 Kg 19/10/2018 Casca de ovo, casca de banana. 360 g 2,690 Kg 3,150 Kg 31/10/2018 Casca de ovo, casca de banana, maçã, alface. 430 g 2,890 Kg 3,370 Kg 22/11/2018 Banana 113 g 3,240 Kg 3,420 Kg 27/11/2018 Casca de Ovo 132 g 3,425 Kg 3,535 Kg Final ____ ____ ____ 3.495 Kg 7 2.2. Gráfico referente a massa do composto Para que os dados referentes as semanas de trabalho pudessem ser analisados, dois gráficos foram plotados analisando o comportamento e a variação em massa com o peso em quilogramas do recipiente mostrado na figura 1 e com o desconto do mesmo nos dando a massa real final mostrado na figura 2. Figura 1: Massa sem desconto do recipiente Figura 2: Massa real com desconto dos recipientes O comportamento de ambos os gráficos foram iguais, pois a única mudança foi no desconto da massa referente aos recipientes. Com os dados plotados verificou-se um 1,770 1,930 2,385 3,150 3,370 3,420 3,535 3,495 0,000 0,500 1,000 1,500 2,000 2,500 3,000 3,500 4,000 Massa (Kg) x Semanas 1,390 1,550 2,005 2,770 2,990 3,040 3,155 3,115 0,000 0,500 1,000 1,500 2,000 2,500 3,000 3,500 Massa real (Kg) x Semanas 8 aumento gradativo na massa dos recipientes variando muito pouco em relação as semanas em que os dados foram coletados. Não foram descontados o peso em massa do pó de serra e da grama utilizados como fonte de carbono na composteira. 2.3.TemperaturaA temperatura foi medida apenas nos dias 22/11 e 27/11 sendo respectivamente 22,9 °C e 23,6 °C. A temperatura tem grande influência nas composteiras, visto que é um fator de equilíbrio biológico e reflete a eficiência do processo, evitando que a vermicompostagem não seja prejudicada pela falta de livre passagem do oxigênio devido ao excesso de umidade causando a morte dos decompositores e ineficiência da mesma. O ambiente deve estar em equilíbrio e a passagem do oxigênio livre visto que a diminuição da temperatura e umidade excessiva causam uma maior probabilidade de proliferação de insetos. 3. RESULTADO EM MASSA DO BIOFERTILIZANTE E GRÁFICOS O biofertilizante, também conhecido como biochorume é o resultado da decomposição de matéria apenas orgânica. O biofertilizante é composto por água, matéria orgânica e sais minerais. A quantidade de biofertilizante obtido através do processo de compostagem vai depender principalmente do tipo de resíduo orgânico utilizado e da frequência que se alimenta as composteiras. A tabela a seguir apresenta os valores em massa do biofertilizante que foi recolhido nos baldes 1 e 2, nas primeiras semanas não se observou a presença de biofertilizante nas composteiras. Semanas Massa do biofertilizante 02/10/2018 ____ 09/10/2018 ____ 16/10/2018 ____ 9 19/10/2018 ____ 31/10/2018 105g 22/11/2018 ____ 27/11/2018 ____ Final ____ Tabela 3: Valor em massa de biofertilizante Observou-se pequena quantidade de biofertilizante ao final da prática se comparado aos demais grupos, porém o valor em massa não foi medido. Vale ressaltar que inicialmente não havia biofertilizante para ser pesado, assim iniciou-se o processo a partir do dia 31/10/2018. O outro valor medido pelo grupo foi o Final, porém com um episódio infeliz, o grupo não possui o resultado em mãos e com isso não foi possível realizar o gráfico pedido. De qualquer forma, com a hipotética utilização dos dois dados obtidos, o esboço seria representado por uma reta com uma pequena variação nos valores. 4. pH O pH do húmus obtido ao final da prática de compostagem foi medido utilizando um indicador de fitas. O resultado observado foi um pH entre 7 e 8, consistente com os valores da literatura, com caráter neutro ligeiramente alcalino. Devido a pequena quantidade de biofertilizante obtida, seu pH não foi medido, porém é esperado que seu valor seja similar ao do húmus. O pH neutro do húmus, obtido através da vermicompostagem, atua como um regulador do pH do solo, evitando valores indesejados como, por exemplo, um solo muito ácido. A função corretiva do pH é característica tanto do húmus quanto do biofertilizante, garantindo maior qualidade da agricultura orgânica. 5. RELATO DO RESULTADO DA COMPOSTEIRA AO FINAL Após o fim da atividade, o grupo analisou o estado da composteira que foi abastecida ao longo de uma série de visitas ao laboratório do IPRJ. Alguns aspectos foram facilmente notados e estes serão citados a seguir. Inicialmente, percebeu-se que existiam ainda algumas cascas de ovos, que por 10 sua vez eram um dos materiais que o grupo abastecia a composteira. Encontrou-se também um ambiente um pouco úmido, com pouca presença de moscas e mosquitos que ocasionalmente eram encontrados dentro da composteira. Com respeito ao chorume, que posteriormente pode ser utilizado como fertilizante, não foi possível sentir o odor e nem quantificar devido a pouca quantidade gerada ao redor do balde. Foram encontrados, por fim, minhocas vivas dentro da composteira, muitos ovinhos e filhotes de minhocas. Foram todas separadas do composto e colocadas em um pote a parte. As minhocas, após a separação, foram entregues a professora responsável. 6. RELATO DA EXPERIÊNCIA PARA O GRUPO De início, o contato com o representante da Organokits foi fundamental para os componentes do grupo terem um conhecimento próximo com a teoria e a prática da Compostagem. Após esse primeiro contato, uma experiência para realização da compostagem foi proposta pela professora Ana dentro do IPRJ. Experiência essa que possibilitou com que o grupo pudesse conhecer o que é o processo de compostagem profundamente, como por exemplo: como montar, como funciona a estrutura, quais elementos jogar na composteira para alimentar as minhocas, entre outros fatores. O conhecimento adquirido após as aulas fez com que tratássemos o processo de compostagem como um importantíssimo redutor de poluição, haja vista, todas as consequências causadas pelo resíduo sólido orgânico. O processo de compostagem realizado pelos alunos consistiu basicamente por 3 baldes, minhocas, terra, serragem e lixo orgânico. Uma experiência completamente nova pra todos do grupo e de fácil aceitação. Além de conhecer a compostagem, vimos também que cada componente introduzido no sistema tem uma função diferente para que a compostagem aconteça de forma eficaz. Há de se lembrar que não é qualquer minhoca que pode ser utilizada no processo e que no fim da experiência as minhocas ainda estavam vivas. A partir do processo de compostagem há produção de chorume. O grupo sempre teve conhecimento de que o chorume era um líquido completamente perigoso e poluidor, porém na compostagem efetuada, o chorume produzido nas composteira não é prejudicial, podendo assim ser utilizado para outros fins, como fertilizantes. Logo, a experiência sobre compostagem foi de suma importância para o grupo, 11 pois conscientizou sobre o quão poluidor o resíduo orgânico pode ser, e principalmente nos ensinou a destinar corretamente os resíduos sólidos orgânicos. Além disso, tal experiência pode ser implementada em residências, pode ter um custo baixo e é de fácil acesso. 7. CONCLUSÃO O excesso de resíduos sólidos gerados em função do consumo é um dos grandes problemas da sociedade em geral, podendo ser provadas pela experiência dos trabalhos realizados na matéria de Reciclagem. Com respeito aos resultados obtidos nos gráficos das massas no experimento, percebeu-se um comportamento semelhante, com um aumento da massa ao longo das semanas que foram medidas. Já com relação ao pH do húmus, o resultado observado foi um pH entre 7 e 8, consistente com os valores da literatura, com caráter neutro ligeiramente alcalino. Não foi medido o valor do pH do biofertilizante devido a baixa quantidade obtida. Quando não se tem o tratamento adequado e destinação correta dos resíduos sólidos orgânicos, são ocasionados diversos problemas ambientais, como poluição de ar, contaminação de lençóis freáticos, enchentes e assoreamento. Além de que durante a decomposição há a liberação de gases que prejudicam diretamente a saúde das pessoas.
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