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Roteiro para avaliação do sistema vascular

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ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO - USP 
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM GERAL E ESPECIALIZADA 
DISCIPLINA: ERG 0237 SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA 
 
Roteiro para a aula de avaliação clínica do sistema vascular 
 
 Material: estetoscópio, torniquete, fita métrica 
 Ambiente: silêncio, iluminação, proteção contra correntes de ar, temperatura agradável, privacidade 
 Posição do paciente: decúbito dorsal, decúbito lateral, em pé 
 Posição do examinador: em pé à direita do paciente 
ANAMNESE 
 Dados de identificação, hábitos diários, atividades desempenhadas 
 Antecedentes pessoais e familiares, tratamentos anteriores, medicamentos em uso 
 Manifestações clínicas atuais: dor em veias ou artérias MMII/MMSS, peso nos MMII, fatores que exacerbam a dor, 
alteração de temperatura e cor da pele, edemas MMII, ulcerações, sinais flogísticos, falta de ar, cianose, síncopes, 
êmbolos, mudança no padrão de respiração, sensibilidade alterada, dificuldade para andar, cansaço, sensação de peso e 
queimação nas pernas ou nos braços, alteração trófica (edema, celulite, eczema, úlceras, dermatites) 
EXAME FÍSICO 
1. Inspeção 
 Simetria das extremidades: diâmetro do membro, edema, cor, padrões venosos 
 Presença de anormalidades: pigmentação/cianose, ulcerações, edema 
 Características de vasos: localização, trajeto, calibre, estado da parede, estado da pele subjacente, sensibilidade, frêmitos 
ou sopros, direção de fluxo 
 Pulso venoso jugular: avaliar o formato da onda de pulso da veia jugular interna direita. Não é visível, mas nota-se a onda 
por meio do músculo esternocleidomastóideo 
- Técnica: coloque o paciente deitado num ângulo de 25º, em qualquer ponto em que seja possível observar melhor as 
pulsações. Remova o travesseiro, para evitar dobrar o pescoço; a cabeça deve estar no mesmo plano do tronco. Gire 
suavemente a cabeça do paciente para o lado oposto ao examinado e projete uma luz forte tangencialmente sobre o pescoço, 
para destacar as pulsações e sombras. As veias jugulares externas podem ser observadas superpostas ao músculo 
esternocleidomastóideo. 
2. Palpação 
 Circulação colateral (anormal): direção de fluxo se veias dilatadas e presença de frêmito (tato) 
 Temperatura e sensibilidade da pele 
 Edemas: consistência, presença de cacifo; Ascite: dimensão 
 Características dos pulsos 
 Enchimento capilar: O tempo de enchimento capilar, usualmente, é de 3 a 5 segundos. Ele pode ser determinado pela 
compressão das polpas dos dedos até ficarem brancas. O prolongamento do tempo para retorno à coloração rosa normal 
após a liberação é sinônimo de insuficiência vascular arterial 
- Carótida (não palpar seio carotídeo): o paciente deve estar sentado no início do exame. Palpar o pulso carotídeo à direita e 
depois à esquerda, nunca simultaneamente. O examinador fica à direita do paciente e com os dedos indicador e médio esquerdos, 
palpa a carótida direita e, com os dedos indicador e médio direitos, a carótida esquerda. O melhor local de palpação é a borda 
anterior do esternocleidomastóideo ao nível da laringe, mas em geral prefere-se a palpação no terço inferior do pescoço. 
- Radial/Ulnar: o examinador deve se posicionar de frente para o paciente. Os pulsos radiais e os ulnares são avaliados 
segurando-se ambos os punhos do paciente e palpando os pulsos com os dedos indicador e médio. O examinador envolve o punho 
direito do paciente com os dedos esquerdos e o punho esquerdo do paciente com os dedos direitos. A simetria dos pulsos é 
avaliada pela frequência e amplitude. 
Teste de Allen: Avalia se há insuficiência da artéria radial ou ulnar (arco palmar). O examinador deve aplicar pressão firme com o 
dedo indicador e médio, ocluindo a artéria radial e, em seguida, solicitar para o paciente fechar o punho intensamente. Então, 
solicita-se que ele abra a mão e a coloração da região palmar é observada. O teste é repetido com a oclusão da artéria ulnar. A 
palidez da região palmar durante a compressão de uma artéria indica oclusão da outra. 
- Braquial: o braço do paciente deve ser posicionado paralelamente ao tronco, com a palma da mão para cima, o antebraço 
levemente fletido e o cotovelo apoiado sobre a mão esquerda do examinador. O examinador localizará a fossa antecubital, na qual 
a artéria braquial está localizada medialmente logo acima da barriga ou do tendão do músculo bíceps, e em seguida fará uma 
suave e progressiva compressão. Ambas as artérias braquiais podem ser palpadas simultaneamente. 
- Femoral: o melhor local de palpação localiza-se no ponto médio entre a espinha ilíaca ântero-superior e o púbis e situa-se logo 
abaixo do ligamento inguinal. A palpação é feita com o paciente em decúbito dorsal e com o examinador à sua direita. A artéria 
femoral direita é palpada com o polegar esquerdo, e a artéria femoral esquerda, com o polegar direito. 
- Poplíteo: o paciente deve estar em decúbito dorsal, o joelho discretamente fletido e a perna apoiada sobre um travesseiro. O 
examinador, utilizando a face palmar dos seus dedos de ambas as mãos, começa a comprimir a fossa poplítea, até que a amplitude 
máxima de pulso seja percebida. 
- Tibial: curve os dedos ao redor da maléolo medial. A pulsação é perceptível logo atrás do maléolo, no sulco entre o maléolo e o 
tendão de Aquiles. 
- Pedioso: o pulso pedioso é mais bem sentido com a dorsiflexão do pé. Em geral, é facilmente palpável na fossa entre o tendão do 
extensor longo dos dedos e o tendão longo do hálux. O pulso pedioso pode ser palpado simultaneamente. 
- Aorta abdominal (profunda): linha mediana do abdome, 5cm acima do umbigo. 
- Artéria Renal: 3 cm da linha mediana (D e E), 5 cm acima do umbigo. 
3. Ausculta 
Verificar presença de sopros usando o diafragma do estetoscópio sobre a artéria (paciente em posição supina). 
-Carótida: A ausculta de sopros (som que se ouve em um vaso como resultado do fluxo turbilhonar) na carótida é realizada pela 
colocação do diafragma do estetoscópio sobre a artéria carótida, enquanto o paciente está em posição supina. A cabeça do 
paciente deve ser levemente elevada sobre um travesseiro e levemente rodada para o lado contrário ao da artéria a ser avaliada. 
Auxilia o examinador pedir que o paciente prenda a respiração durante a ausculta. 
-Aorta abdominal (profunda): linha mediana do abdome, 5cm acima do umbigo. 
-Artérias Renais: 3 cm da linha mediana (D e E), 5 cm acima do umbigo. 
 
Avaliação do Sistema Venoso Periférico 
Investigar sinais e sintomas: dor nos membros inferiores, edema, ulcerações, êmbolos, alteração na temperatura da pele, tontura, 
AVC. 
Inspeção 
É fundamental para a sensibilização do exame do sistema venoso manter o paciente em posição ortostática, isso permite o 
enchimento de veias varicosas e consequentemente seu diagnóstico. 
Palpação 
-Exame para Incompetência das Veias Safenas/ Teste da Compressão Manual: O paciente deve permanecer em posição ortostática 
durante esse exame. O examinador deve comprimir a veia varicosa dilatada na sua parte superior por 20 segundos e em seguida 
realiza-se a palpação na parte inferior da mesma veia, mantendo-se a compressão superior. Caso as válvulas estejam competentes, 
o examinador não deve perceber nenhum impulso durante a palpação da extremidade inferior dessa veia, caso contrário, estará 
diante de uma insuficiência valvar. (Figura A) 
-Exame de Enchimento Retrógrado / Manobra de Trendelenburg: Coloca-se um torniquete no terço proximal da coxa após esta ter 
sido elevada a 90º por 15 a 20 segundos. O paciente é instruído a ficar de pé, enquanto o examinador observa o enchimento 
venoso. A veia safena deve encher lentamente, debaixo pata cima, em aproximadamente 30 segundos. O enchimento rápido de 
veias superficiais de cima para baixo indica fluxo retrógradopor meio de válvulas incompetentes das veias comunicantes. Após 
30 segundos, retira-se o torniquete. (Figura B) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 cm 
Figura B 
Figura A 
 
Referências: 
 
ROBERTI, M. R. F.; PORTO, C. C. (Ed.). Exame dos Linfonodos. In: PORTO, C. C.; PORTO, A. L. (Ed.). 
Exame Clínico. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 
 
SWARTZ, M. H. Tratado de semiologia médica. Tradução de Alexandre Maceri Midão. 5 ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2006, 908p.

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