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Doenças de Notificação Compulsória 1 Enfª. Me. Bianca alves Definição PORTARIA Nº204, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2016 PORTARIA Nº782, DE 15 DE MARÇO DE 2017 Doenças de notificação compulsória (DNC) são assim designadas por fazerem parte da lista de doenças e agravos de notificação em âmbito nacional. 2 2 Vigilância epidemiológica “A vigilância epidemiológica constitui-se importante instrumento para o planejamento, organização e operacionalização dos serviços de saúde, bem como a normatização das atividades técnicas correlatas”. Tem como funções a coleta e o processamento de dados, análise e interpretação dos dados processados, recomendação das medidas de controle apropriadas, promoção das ações de controle indicadas, avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas e a divulgação de informações pertinentes (Ministério da Saúde, 2005.) 3 CENTRO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA A Vigilância Epidemiológica é definida pela Lei nº 8080, de 19 de setembro de 1990, como "conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos". Função: coleta e processamento de dados, análise e interpretação dos dados processados, divulgação das informações, investigação epidemiológica de casos e surtos, análise dos resultados obtidos e recomendações e promoção das medidas de controle indicadas. 4 http://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=3412 5 Dados que alimentam o Sistema nacional de vigilância epidemiológica Dados demográficos Dados socioeconômicos Dados ambientais Dados sobre serviços de saúde Dados de morbidade Eventos vitais 6 Atualmente em nosso país existem cinco grandes bancos de dados nacionais, continuamente alimentados SIM – Sistema de Informação sobre Mortalidade; SINASC – Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos; SINAN – Sistema de Informação sobre Agravos de Notificação; SIA/SUS - Sistema de Informações Ambulatoriais do Sistema Único de Saúde; SIH/SUS - Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde. 7 Notificação Comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde; feita a autoridade sanitária por profissional de saúde ou qualquer cidadão, visando à adoção das medidas de intervenção. 8 Notificação compulsória 9 A notificação “deve” ser SIGILOSA, só pode ser divulgada fora do âmbito médico sanitário em caso de risco para a comunidade, respeitando-se o direito de anonimato dos cidadãos. Notificação Compulsória Compete: Art3º - é obrigatória para os médicos, outros profissionais de saúde, ou responsáveis por serviços públicos ou privados de saúde, que prestam assistência ao paciente. As instituições de saúde, sejam públicas, privadas ou filantrópicas, serviços de hemoterapia, unidades laboratoriais e instituições de pesquisa, instituições de ensino, e cidadãos. Aspectos a serem considerados: notificar a suspeita da doença notificação sigilosa (Art.7º) / Clareza da definição de caso - Guia de VE (BRASIL, 2014) 10 Notificação Compulsória 11 Sua inobservância é considerada infração as normas sanitárias brasileiras, pressupondo penalidades que vão desde uma simples advertência, até multas, previstas no Lei nº 6.259, de 1975. Artigo 5 da portaria nº 5, de 21 de fevereiro de 2006 “os profissionais da saúde no exercício da profissão, bem como os responsáveis por organização e estabelecimento públicos e particulares de saúde e ensino, são obrigados a comunicar aos gestores do SUS a ocorrência de casos suspeitos e confirmados nas doenças relacionadas. O não cumprimento desta obrigatoriedade será comunicado aos conselhos de entidades de classe e ao ministério público.” 12 Art. 2º Para fins de notificação compulsória de importância nacional, serão considerados os seguintes conceitos: I - agravo: qualquer dano à integridade física ou mental do indivíduo, provocado por circunstâncias nocivas, tais como acidentes, intoxicações por substâncias químicas, abuso de drogas ou lesões decorrentes de violências interpessoais, como agressões e maus tratos, e lesão autoprovocada; III - doença: enfermidade ou estado clínico, independente de origem ou fonte, que represente ou possa representar um dano significativo para os seres humanos; V – epizootia; 13 14 15 Tipos de notificação VII - notificação compulsória imediata (NCI) Notificação compulsória realizada em até 24 horas, a partir do conhecimento da ocorrência de doença, agravo ou evento de saúde pública, pelo meio de comunicação mais rápido disponível. 16 VIII - notificação compulsória semanal (NCS) Notificação compulsória realizada em até 7 dias, a partir do conhecimento da ocorrência de doença ou agravo. 17 IX - notificação compulsória negativa Comunicação semanal realizada pelo responsável pelo estabelecimento de saúde à autoridade de saúde, informando que na semana epidemiológica não foi identificado nenhuma doença, agravo ou evento de saúde pública constante da Lista de Notificação Compulsória. 18 Objetivo Doenças de disseminação e desenvolvimento rápidos - investigação de urgência Romper a cadeia de transmissão, utilizando quimioprofilaxia ou vacinação. 19 Doenças de evolução e disseminação lentos - investigação de rotina Recolher informações que instrumentalizem a VE investigação de rotina - outros agravos Ex.: TB - busca ativa para identificar o foco responsável pela contaminação do caso-índice, através da Visita Domiciliar Padronização Ficha individual de notificação (FIN); Ficha individual de investigação (FII). 20 21 Modelo 22 22 Fluxo das informações no SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVO DE NOTIFICAÇÃO: SINAN Local SMS SRS SES SVS/MS LOCAL – MUNICIPAL – REGIONAL – ESTADUAL - FEDERAL 23 As DNC têm sua gravidade, magnitude, transcendência e capacidade de disseminação do agente causador, com potencial para causar surtos e epidemias. 24 Sendo assim, o enfermeiro e sua equipe multiprofissional são os responsáveis em desenvolver medidas e estratégias eficazes para sua prevenção e controle. 25 3 Aspectos particulares devem ser considerados na notificação Notificar a suspeita da doença; A notificação tem que ser sigilosa, só podendo ser divulgada fora do ambiente médico sanitário em caso de risco para a comunidade, respeitando o anonimato dos cidadãos; O envio dos instrumentos de coleta de notificação deve ser feito mesmo na ausência de casos, o que denomina a notificação negativa. 26 27 28 29 30 31 32 Conclusão - Permite o conhecimento dos determinantes e das causas dos problemas de saúde; Rompe a cadeia de transmissão; Reduz a disseminação de doenças; Facilita a avaliação dos programas; Fundamenta as ações de planejamento e alocação de recursos. 33 Atividade Para refletir... Um hospital geral possui 250 leitos distribuídos da seguinte forma: 30 leitos de UTI neonatal, pediátrico e adulto; 20 de neurocirurgia, 30 de cirurgia geral, 30 de ortopedia, 20 de unidade coronariana, 60 clínica médica, 10 de queimados, 20 de obstetrícia, 30 de pediatria, Unidade de Pronto Socorro e Ambulatório de Especialidades. - O Núcleo de Vigilância Epidemiológica tem apenas 04 técnicos. - Como você, fazendo parte desse núcleo faria a vigilância epidemiológica desse hospital? 34 35 Referência www.saude.sp.gov.br/.../lista_nacional_de_doencas_de_notificacao_com http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prc0004_03_10_2017.html http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/Calendario_de_Vacinacao_SITE.pdf 36
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