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UNIVERSIDADE PITÁGORAS NORTE DO PARANÁ - UNOPAR
Nomes ;
Governador Valadares - MG 2019
5° SEMESTRE 
A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO PROFISSIONAL, A PARTIR DA ELABORAÇÃO DE UM NOVO SIGNIFICADO DO SERVIÇO SOCIAL NO CONTEXTO DE DEMOCRATIZAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA. “
 INTRODUÇÃO
Igreja e Capitalismo, duas esferas importantes que determinam o surgimento do Serviço Social, são o pano de fundo para nossa analise do Serviço Social, como campo do conhecimento profissional. Este que vai reconstruindo bases de fundamentação que rompem com a estrutura social antes classista e que agora se pressupõe como atuação que visa a autonomia da classe trabalhadora, compreendendo-a como portadora de direitos, sujeito social, e que fortalecida pode reconduzir e mudar o padrão das relações de poder concentrada na burguesia industrial e política brasileira.
DESENVOLVIMENTO
O Serviço social se funda na pratica da caridade baseada na ideia de fraternidade. Ideia que tem no cristianismo da idade média, seu alicerce, e forte adesão da nobreza clerical e política, que se via obrigada por sua fé e pelos laços políticos com a Igreja, a dirimir o peso da concentração de poder ajudando a massa empobrecida da época. Desde o século V até meados do século XlV D.C, a igreja criou congregações ou ordem religiosas que atuavam junto a uma massa de pessoas que tinham pouco ou nada de estrutura de subsistência E sob a égide de sua fé justificavam essa atuação através de argumentos místicos. Além de religiosos havia também católicos leigos que organizavam entidades de caridade e davam alimentos, roupas e dinheiro na busca de reproduzir um ideal cristão de ajuda aos pobres. 
Essa era a forma de lhe dar com a pobreza e a miséria até então. Já no inicio do mundo moderno, na ruptura das relações entre Estado e Igreja Católica, e na ascensão do capitalismo, essa dinâmica de relação com a pobreza continuou tomando novas formas. Das revoluções européias, francesa e inglesa especificamente, surgiram as novas classes sociais. A burguesia industrial e o trabalhador da fabrica. O controle das estruturas de produção e das forças de trabalho deu novo sentido a pratica de caridade que supera a ideia mística de caridade e se baseia na solidariedade natural como forma de desempenhar junto aos pobres a reinserção de trabalhadores na ordem natural das coisas e reinseri-los na vida social através do trabalho e do ensino técnico. Na França, por exemplo, foram criadas as damas da caridade, que tinham como missão o Serviço aos Pobres.Ao contrário Pellizzer (2008, p.37), cita Juan Luiz Vivès (1492 – 1540), espanhol e idealizador da atuação do Estado na criação de obras de assistência expressa em seu trabalho “De Subvencione Pauperum” (da Assistência aos Pobres). 
O Serviço Social foi importante no Brasil para a discussão dessa conjuntura política na defesa e definição dos espaços de participação social como as conferências cidadãs, como as organizadas pelos Conselhos Nacionais de Saúde, de Educação. É o assistente social que media e encaminha demandas da população vulnerável e no acesso eficaz a toda e qualquer política pública. Este não atua somente na política de Assistência Social, como por exemplo nos Centro de Referência da Assistência Social – CRAS, do Centro de Referência Especializado em Assistência Social – CREAS, no acompanhamento das definições do Conselho local de Assistência Social – CMAS, do Conselho de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, que tratam de políticas diversas como a da criança e do adolescente, política de mulheres, sobre álcool e outras drogas, da pessoa com deficiência, do idoso, de defesa dos direitos humanos, etc. Sua atuação permeia para além do serviço público e se insere em instituições público-privadas, privadas, organizações da sociedade civil governamental ou não governamentais, filantrópicas ou associações afins.
CONCLUSÃO
É necessário perceber que a construção da pratica teórico metodológica vai se dando na medida dos contextos históricos, econômicos, político-culturais e nas disputas de referencial teórico que orienta a nível macro o caráter e a estrutura da atuação do profissional de Serviço Social.
É crível reconhecer que apesar dos avanços a profissão ainda resvala em muitos fatores como o piso salarial, o quadro de horas de trabalho, o reconhecimento da profissão nas outras políticas públicas, o cerceamento do trabalho, a fragmentação e a descontinuidade das políticas sociais e a plena conquista do Estado de Bem-estar social almejado pelas democracias ocidentais. 
REFERÊNCIAS
PELLIZER, Olema Palmira. História do Serviço Social. Canoas: Editora Ulbra, 2008.
 BRESSER-PEREIRA, Luis Carlos. Revoluções Utopicas. Petrópolis: Editora Vozes, 1979.
SILVA, M. Ozanira da Silva (coord.). O Serviço Social e o popular: resgaste teórico-metodólogico do projeto profissional de ruptura. São Paulo: Editora Cortez, 2004.
 NETTO, José Paulo. Ditadura e Serviço Social - uma analise do Serviço Social pós-64. 2. ed. São Paulo: Editora Cortez, 1994.
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