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Periodontia I - UFMG - Parte 1

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1 Mariana Magalhães – 6º Período 
PERIODONTIA I 
 
EXAME E DIAGNÓSTICO PERIODONTAL 
 
 Anamnese: 
 
- Queixa principal e expectativas do paciente 
- Historia familiar e social (A periodontite tem um 
caráter familiar, mas isso não quer dizer que ela 
seja transmitida geneticamente) 
- História dentária (susceptibilidade do paciente) 
- Hábitos de higiene oral >> condizem com a 
condição do paciente?? 
- História de paciente tabagista >> Alteração do 
quadro clínico periodontal; é um fator de risco para 
a doença periodontal; pode diminuir o sangramento 
pela vasoconstrição (mascara o sangramento). 
Tabagismo não é uma contra-indicação, mas a taxa 
de insucesso é maior em pacientes tabagistas. 
- História médica e medicamentosa: Podem haver 
questões sistêmicas que interferem na condição 
periodontal. 
Medicamentos podem causar mudança na salivação 
do paciente, hiperplasia de tecido mole.. 
 
 Periodontite: 
 
- Processo inflamatório que causa uma série de 
complicações. É induzido por bactérias (biofilme) 
que geram uma inflamação dos tecidos de suporte. 
- É causada pelo acúmulo de bactérias que fazem 
parte da flora bucal do paciente. Então seu 
tratamento consiste em criar um ambiente favo-
rável ao crescimento de bactérias benéficas em 
detrimento das bactérias maléficas – odontopato-
gênicas. 
- O paciente precisa de uma terapia de manutenção 
rigorosa, pois qualquer desequilíbrio pode fazer com 
que a periodontite volte. 
- É muito importante um controle mecânico de 
placa por parte do paciente para se evitar recidiva. 
- Dar um feedback positivo para o paciente, quando 
ele estiver fazendo um controle de placa correto é 
fundamental para incentivá-lo a continuar fazendo. 
- Perda/reabsorção óssea: Processo inflamatório 
que se inicia para combater a infecção bacteriana, 
isso gera uma série de mediadores, que causam 
sangramento, reabsorção óssea, aprofundamento 
do epitélio juncional (causa a bolsa periodontal)... 
- Avaliamos estados de Saúde x Doença através da 
sondagem periodontal. Não dá para avaliar apenas 
clinicamente algumas alterações periodontais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Anamnese: Após a anamnese realizar 
sempre o exame clínico intra-oral 
 
 Exame clínico intra-oral: 
 
Exame periodontal: 
- Profundidade de sondagem 
- Nível de inserção clínico 
- Sangramento à sondagem 
- Mobilidade 
- Lesão de furca 
 
 Características clínicas da periodontite: 
 
- Sangramento à sondagem 
- Perda de inserção clínica (óssea) 
- Bolsa periodontal 
(profundidade de sondagem alterada) 
- Alteração de cor/textura da gengiva 
- Mobilidade 
- Recessão gengival 
- Pode haver também halitose e lesão de furca 
 
 Exames complementares: 
 
- Exame radiográfico: Planejar enxerto ósseo, 
mostrar para paciente a perda óssea 
- Periapical de boca toda 
 
 Efetivo plano de tratamento: 
 
- Avaliar TODOS os dentes em TODAS as faces 
- Identificar a localização, topografia e extensão das 
lesões periodontais na totalidade dos sítios e 
dentes. 
- Periodontite é uma doença sitio específica 
 
 Sondagem: 
 
- Sonda Carolina do Norte (vai de 1 a 15mm) 
- Sonda Willians 
 
- O exame periodontal deve ser sistemático, come-
çando na região de molares (para evitar interferência 
de sangramento de um 
dente sobre o outro) 
- Utilizar uma sonda 
periodontal graduada 
com diâmetro de 
ponta padronizado 
- Utilizar uma força de 
0,75N – Tolerância e 
precisão 
- A sonda deve ser 
inserida paralela ao eixo vertical do dente 
- Sondagem circunferencial do dente (a sonda deve 
ser passada em toda a superfície) 
- Avaliar envolvimento de furca 
- Implante: Utilizar sonda periodontal plástica, pois 
a sonda de metal pode criar micro ranhuras no 
pino do implante > nicho p/ colonização bacteriana. 
 
A periodontite é uma doença multifatorial de 
origem bacteriana que leva à uma inflamação 
dos tecidos periodontais de suporte. 
Sempre 
presentes na 
periodontite 
 
2 Mariana Magalhães – 6º Período 
 Erros de sondagem: 
 
- Espessura da sonda utilizada 
- Direção de inserção da sonda 
- Inclinação de inserção da sonda 
- Posicionamento da sonda devido à fatores 
anatômicos 
- Pressão aplicada no instrumento no momento da 
sondagem 
- Muita força: encontra bolsa onde não tem 
- O grau de infiltração de células inflamatórias nos 
tecidos moles pode causar resistência dos tecidos 
(Quanto maior o número de células inflamatórias, 
maior o edema, menor a adesão do epitélio 
juncional, a sonda desce mais) 
 
A sondagem deve ser realizada antes e após a 
terapia periodontal. 
 
 Exame clínico periodontal: 
 
Sangramento à sondagem: 
 
- 30 a 60 seg após sondagem 
- Deve ser avaliada por 
sextante 
- Infiltrado inflamatório na 
base do sulco/ bolsa 
periodontal 
- A ausência de sangramento é um importante 
indicador de estabilidade periodontal 
- Anotar no periodontograma 
 
 PERIODONTOGRAMA: 
- Mais completo que o CPI 
- Avalia o grau da periodontite 
- Definir o prognóstico e tratamento da doença 
 
 Profundidade de sondagem (PS): 
- É a medida da margem gengival até o fundo do 
sulco gengival/bolsa periodontal 
- Circunferencial 
- Em pontos de contato anotar maior valor 
- Até 3mm -> Sulco gengival 
- 4mm ou mais -> Bolsa periodontal 
(Anatomia do periodonto: 1mm inserção conjuntiva, 
1mm epitélio juncional, 1mm de epitélio do sulco) 
 
 
 
 Nível de inserção clínica (NIC): 
 
- Distância que vai do limite amelocementário até o 
fundo do sulco gengival/ bolsa periodontal 
- NIC – PS = Recessão gengival 
 
 
 
NIC é um padrão ouro para avaliar nível de estabili-
dade da doença na reavaliação do paciente. Pois 
tem um valor fixo de referência. 
 
 Lesão de furca: 
 
- FURCA: área localizada entre os cones radiculares 
que deve estar preenchida por osso 
- Lesão de furca: o quanto eu perdi de osso na furca 
- É uma medida horizontal de perda óssea na furca 
- Área favorável para colonização bacteriana e 
manutenção do processo inflamatório 
- Sonda de Nabers: Avaliar nível da perda óssea na 
furca 
 
- Classificação: 
o Grau 1: Até 1/3 da região da furca 
o Grau 2: Mais de 1/3 da região furca 
o Grau 3: Destruição lado a lado 
 
 
 
- Localização das furcas: 
o Molar superior: V, M (entrar pela palatina) e D 
o Molar inferior: V e L 
o 1º Pré-molar superior: M e D 
Pré-molar com envolvimento de furca não tem um 
prognóstico muito bom na maioria dos casos. 
 
3 Mariana Magalhães – 6º Período 
 Mobilidade: 
 
- Há vários fatores associados 
- Trauma oclusal: 
 Avaliar oclusão 
 Espessamento do Ligamento periodontal na 
radiografia 
- A mobilidade proveniente do trauma geralmente é 
reversível. 
- Pode ser causada pela perda de suporte dentário 
(periodontite); Lesão inflamatória periapical 
- Cirurgia periodontal: Mobilidade dentária no pós-
operatório imediato 
- Processos patológicos dos maxilares: Ceratocisto 
- Avaliar a mobilidade com instrumentos rígidos no 
sentido horizontal e vertical 
 
 
 
- Avaliar se a mobilidade está compatível com o 
nível de perda de inserção do dente. 
 
- Classificação: 
o Grau I: Mobilidade fisiológica. O tanto que o 
dente movimenta normalmente dentro do 
ligamento periodontal. Mobilidade de 0,1 a 
0,2mm no sentido horizontal 
o Grau II: Mobilidade aumentada de no 
máximo 1mm no sentido horizontal 
o Grau III: Mobilidade maior que 1mm no 
sentido horizontal (Maior amplitude)o Grau IV: Mobilidade horizontal e vertical 
 
 Índice de placa: 
- Monitorar o controle de placa do paciente 
- Evidenciador de placa 
- Dentes com resina: Passar vaselina antes, para 
evitar manchamento da restauração 
- Anotar maior valor do sextante 
- V, L e P (somente superfícies livres) 
- Grau 0,5: pontos espaçados (fora da margem 
cervical) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 Mariana Magalhães – 6º Período 
Profa. Renata Cyrino 
 
TERAPIA PERIODONTAL INICIAL/ BÁSICA 
TERAPIA ASSOCIADA À CAUSA 
Terapia não cirúrgica 
 
 TRATAMENTO PERIODONTAL: 
 
- Terapia inicial 
- Terapia corretiva 
- Terapia de manutenção: realizada quando as 
outras terapias não são suficientes; Quando 
paciente já saiu da fase ativa; Paciente está estável 
 
 Objetivos: 
- Restaurar a compatibilidade biológica das superfí-
cies radiculares periodontalmente doentes 
- Determinar a reorganização tecidual, através da 
remoção dos fatores que provocam inflamação 
(placa, cálculo, cemento alterado) 
- Reduzir ou eliminar a inflamação (facilita a fase de 
terapia corretiva) 
 Reduzir a profundidade de sondagem 
 
 Terapia Inicial/Básica: 
 
- Remoção e controle das infecções bacterianas 
- Eliminação e prevenção da recorrência de 
depósitos bacterianos 
- Remoção do cálculo: Muito rugoso, facilita a 
retenção de placa 
- Exodontias também entram nessa fase 
 
 Métodos: 
- Informação/ Motivação/ Instrução do paciente: 
Boa higienização; auto-controle de placa bacteriana 
- Raspagem e alisamento 
- Remoção de fatores de retenção (Exodontia, 
polimento de restaurações..) 
 
 Métodos de controle de placa: 
- Identificação do biofilme dental 
- Técnica de escovação: Técnica de Bass 
- Fita/fio dental 
- Escova interdental 
- Controle químico: Colutório/Enxaguante 
- Avaliação do comprometimento do paciente no 
processo terapêutico 
O melhor método deve ser avaliado individualmente 
para cada paciente. 
- Usar apenas uma técnica? Associar mais de uma? 
 
 DIAGNÓSTICO: 
 
- O diagnóstico é todo feito através do exame clínico 
 
 Sondagem: 
- Introdução de uma sonda periodontal dentro do 
sulco ou bolsa periodontal, marcação no 
periodontograma 
- Profundidade de sondagem e nível de inserção 
clínico 
 
 
 Avaliação do envolvimento de furca: 
- Grau I 
- Grau II 
- Grau III 
 
 
 Avaliação de mobilidade: 
- Grau 1: 0,2 a 1mm no sentido horizontal 
- Grau 2: > 1mm no sentido horizontal 
- Grau 3: mobilidade no sentido horizontal e 
vertical 
 
 Índice de placa: 
 
- 0: Ausência de placa 
- 0,5: Presença de placa em pontos esparsos, fora 
da junção dento-gengival 
- 1: Presença de placa supra gengival, estendendo-
se até 1/3 da superfície exposta do dente 
- 2: Presença de placa supra gengival, cobrindo 
mais de 1/3 e menos de 2/3 da superfície exposta 
- 3: Presença de placa supra gengival, cobrindo 
mais de 2/3 da superfície exposta do dente 
 
- Anotar maior valor do sextante. 
 
Significados: 
1: ótimo = 0 a 16% 
2: bom = 16 a 33% 
3: mau = 33 a 66% 
4: péssimo 66 a 100% 
 
 
 
 
 Raspagem e alisamento radicular: 
- Raspagem: remoção de placa 
- Alisamento: alisamento de cemento 
Doença ativa/ Inflamação 
 
5 Mariana Magalhães – 6º Período 
- Cuidado com a sobreraspagem!! Pode causar 
sensibilidade 
 
Métodos para debridamento das superfícies 
radiculares: 
- Sensação tátil 
- Raspagem: é o processo pelo qual o biofilme e o 
cálculo são removidos das superfícies dentárias 
supra e subgengivais 
- Alisamento (aplainamento) radicular: técnica de 
instrumentação pelo qual o cálculo incrustado e as 
porções do cemento são removidos das raízes para 
produzir uma superfície lisa, dura e limpa 
 
 INSTRUMENTAÇÃO MANUAL: 
 
- Permitem boa sensação tátil 
- Minimizam o risco de contaminação por aerosol 
- Maior tempo operatório 
- Pode levar a excessiva remoção de substância 
dental 
- Instrumentos adequados e afiados 
- Habilidade do operador- sensibilidade tátil 
- Limitação técnica 
 
 CURETAS: 
 
- Instrumento de escolha para remoção do cálculo 
subgengival, alisamento, radicular do cemento 
alterado e remoção do revestimento de tecido mole 
da bolsa 
- Possui bordos arredondados 
- Ângulos de corte: 
• Somente um ângulo de corte à instrumentação 
• Ângulos de corte curvos adaptam- se às 
superfícies curvas 
 
- Curetas Universais: McCall 
- Instrumento de escolha: Cureta Gracey 
 
 
 
- A remoção de tecido mole da bolsa nem sempre é 
necessária 
- Quanto menor o sangramento, maior o sucesso do 
tratamento 
- PS grande: alto grau de inflamação 
 
 
 
 FOICE: 
- Remoção de cálculo em área interproximal, onde o 
ultrassom não entra 
- Usada principalmente para remover cálculo supra 
gengival 
- Bordas cortantes que se convergem a uma ponta 
afiada e aguda 
 
 
 
 ENXADA: 
- Quase não é mais utilizada 
- Usada para raspagem de saliências 
- Raspagem supregengival 
 
 LIMA: 
- Função principal de esmagar ou fraturar grandes 
depósitos de cálculo retentivo ou placa polida de 
cálculo 
- Não são adequadas para raspagem delicada e 
para o alisamento radicular 
 
 
 
 CINZEL: 
- Desenhado para as superfícies proximais dos 
dentes muito próximos para permitir o uso de 
outros raspadores 
 
 
6 Mariana Magalhães – 6º Período 
 TÉCNICA DE RAR: 
- Anestesiar por quadrante/sextante 
- Sondagem exploratória 
- Perceber o que você está fazendo no dente 
- Seleção do instrumental 
- Operação de corte 
- Avaliar se a raspagem foi satisfatória 
- Ressondagem 
 
 PRINCÍPIOS GERAIS DA INSTRUMENTAÇÃO 
 
- Acessibilidade (posicionamento do paciente e do 
operador) 
- Visibilidade, iluminação e afastamento 
- Condições dos instrumentos (afiação) 
- Manutenção do campo limpo 
- Estabilização do instrumento 
- Não existe raspagem sem apoio!! 
 
 Ativação do instrumento: 
- Bom posicionamento do instrumento 
- Afiação 
- Adaptação 
- Angulação 
- Pressão lateral. 
- Movimentos (exploratório e de raspagem e alisa-
mento radicular). 
 
 Acessibilidade: 
- Posicionamento do paciente: 
Dentes inferiores: 
- Paciente sentado, levantar o encosto da cadeira 
- Mandíbula paralela ao chão 
 
Dentes superiores: 
- Paciente deitado 
- Queixo levantado para visualização das áreas 
- Angulação de braço e ante-braço em 90º 
 
 Manuseio do instrumental: 
- Estabilização do instrumento 
- Empunhadura: Caneta modificada e padrão 
caneta 
- Fulcro extra-oral: Apoio no queixo 
 
 Fatores que predizem alterações clínicas 
com RAR: 
- Grau de Inflamação tecidual 
- Facilidade de sangramento na instrumentação ou 
sondagem 
- Proporção e distribuição da inflamação na parede 
da bolsa 
- Correlação das alterações clínicas com fatores 
etiológicos 
 
 Cálculo dental (Tártaro): 
- Quanto mais antigo, mais escuro 
- Placa mineralizada de coloração branco-
amarelada ou marrom 
- Cristais de fosfato de cálcio 
- Adere-se de forma persistente às superfíceis 
dentárias 
 
 RAR: 
- Sondagem antes e depois da raspagem 
- Empunhadura da cureta (forma de caneta 
modificada). 
- Ponto de apoio 
- Determinação correta da extremidade ativa da 
cureta 
- Adaptação da lâmina da cureta- Posicionamento subgengival da lâmina da cureta 
 
o Ângulo de trabalho 
o Pressão lateral 
o Movimento de exploração 
o Movimento de raspagem 
o Aplainamento radicular 
o Avaliação da área 
 
Permanência de cálculo pós-raspagem: 
- Remoção de cemento (repetidas raspagens) 
- Persistência de bolsa periodontal 
 
 Polimento coronário: 
- Remover a placa bacteriana 
- Reduzir a aspereza superficial para se inibir a 
formação de placa e tártaro (cálculo dental) 
- Dentes restaurados com resina, devem ser vaseli-
nados antes de corar 
 
 INTRUMENTAÇÃO ULTRASSÔNICA: 
 
- Alternativas para raspagem supragengival 
- Alternativa aos instrumentos manuais 
- Utilizam ar pressurizado para criar vibrações 
mecânicas na ponta do instrumento 
- Úteis para remoção de cálculos pesados, depósitos 
bem aderidos de cálculo e manchas 
- Menor trauma tecidual, menos desconforto 
- Possível redução da bacteremia causada pela 
instrumentação, lavagem da bolsa 
 
 Indicações: 
- Debridamento supragengival de cálculo e 
manchas extrínsecas 
- Subgnegival de cálculo, biofilme e patógenos 
- Doenças periodontais 
- Remoção de cimento 
- Intervenções cirúrgicas 
- Ajustes de bordas 
 
 Precauções: 
- Marca-passos não blindados 
- Doenças infecciosas (aerossol/aspiração de gotículas) 
- Superfície dentária desmineralizada 
- Dentina exposta 
- Materiais restauradores 
- Conectores de implantes 
- Crianças 
- Imunodeprimidos 
- Diabetes tipo II não controlada 
 
 
 
7 Mariana Magalhães – 6º Período 
 Contra-indicação: 
- Pacientes deficientes 
- Macroglossia 
- Doença pulmonar crônica: asma, enfisema, 
fibrose cística, pneumonia 
- Doença cardiovascular com doença pulmonar 
secundária 
- Disfagia (dificuldade de deglutição) 
 
 Vantagens x Desvantagens: 
 Técnica: 
1. Sintonizar o instrumento produzindo leve jato de 
água na ponta ativa 
2. Usar o sugador 
3. Segurar o instrumento em forma de caneta 
modificada 
4. Ligar o instrumento pisando no pedal 
5. Fazer movimentos verticais leves e curtos 
6. Deslocar o cálculo com a energia vibratória do 
instrumento 
7. Não colocar o instrumento perpendicular à 
superfície do dente 
8. Completar a raspagem ou alisamento radicular 
com instrumentos manuais 
 
 REAVALIAÇÃO: 
- Muito importante no tratamento 
- Avaliar quais serão as futuras condutas 
- Verificar o prognóstico em relação ao paciente e ao 
sítio: 
o Controle de placa 
o Ausência de sangramento 
o Profundidades de sondagem 
o Monitoramento da progressão 
- Avaliação do efeito da terapia inicial 
o Grau de resolução da inflamação 
o Grau de redução da OS 
o Grau de redução da mobilidade 
o Melhoria da higiene 
 
“Full mouth desinfection” 
Reduzir a carga baceriana. Minimizar o risco de 
reinfecção em bolsas tratadas a partir de nichos que 
abrigam bactérias periodontopatpogênicas 
- Resultados: 
Melhora dos parâmetros clínicos e microbiológicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 Mariana Magalhães – 6º Período 
Prof. Luis Otávio 
 
EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS PERIODONTAIS 
 
Epidemiologia é a descrição da distribuição da doença ou 
condição fisiológica em diferentes populações e dos 
fatores que influenciam essa distribuição. 
 
Houve uma mudança na classificação das doenças 
periodontais em 2018. 
 
 DOENÇAS PERIODONTAIS: 
 
- São doenças infecciosas inflamatórias crônicas (de 
longa duração), que afetam os tecidos de suporte 
dos dentes. 
- Gengivite: inflamação da gengiva, sem destruição 
das estruturas de suporte 
 (Infecção + inflamação) 
- Periodontite: inflamação do periodonto de prote-
ção e de sustentação com destruição. Aumento da 
perda de inserção e aumento da profundidade de 
sondagem 
 (Inflamação + infecção > Destruição) 
 
 
 
 PERIODONTITE: 
 
- Perda do ligamento periodontal 
- Perda de osso alveolar 
- Aprofundamento do sulco gengival (migração do 
epitélio juncional) 
- Formação de bolsa periodontal 
 
- Causa: Presença de bactérias 
o Placa bacteriana: Fator primário 
o Tártaro/Cálculo: Fator secundário 
O cálculo em si, não causa problema, e sim a 
bactéria presente dentro dele. Ele é um meio de 
retenção da bactéria, e não um fator irritante. 
 
 DOENÇA PERIODONTAL: 
 
Anos 70/80: MICROORGANISMOS 
 
- Natureza infecciosa das DP 
- Grupo de bactérias Gram negativas e anaeróbias 
- A presença bacteriana: 
 Era necessária para a doença 
 Sozinhas não causam a doença 
 Interação com o hospedeiro: fatores de risco 
 
Anos 90: HOSPEDEIRO 
 
O hospedeiro tem um papel essencial na manifes-
tação da doença 
 
- Mecanismo de defesa 
- Fatores de risco extrínsecos e intrínsecos que 
podem modificar o curso da doença 
- O mecanismo inflamatório fica descontrolado 
 
Hoje: 
 
A manifestação clínica da doença é uma interação 
complexa entre microorganismo e hospedeiro. 
Sendo que o indivíduo tem um papel crucial no 
curso clínico da doença (mecanismos de defesa). 
Mais de 80 a 90% da destruição dos tecidos 
periodontais ocorre por mecanismos do indivíduo, e 
não da bactéria. 
A bactéria desperta no individuo uma resposta, e 
essa resposta é mais ou menos efetiva, de acordo 
com cada caso. Com isso ela consegue controlar ou 
não a doença. 
 
Gengivite: 
Inflamação inespecífica 
Acúmulo de qquer microorganismo -> Inflamação 
Disbiose na quantidade de microorganismos 
Maior acúmulo de placa -> desperta a inflamação 
no indivíduo 
 
Periodontite: 
O desequilíbrio é ligado a patógenos mais especí-
ficos 
Mudança na qualidade e na quantidade 
 
 PERIODONTITE: 
 
- Doença de origem infecciosa bacteriana mista 
(existe um grupo de patógenos, capaz de despertar no 
indivíduo essa resposta que leva à destruição de osso, 
ligamento e cemento) 
- Natureza inflamatória crônica 
- Hospedeiro dependente: 
 Manifesta diferentes expressões clínicas 
- Sítio específica: 
Afeta os sítios de diferentes maneiras 
 Heterogeneidade de distribuição 
- Progressão não linear 
 Surtos de atividade 
Períodos de quiescência 
 
“Toda periodontite, é precedida de uma gengivite. 
Nem toda gengivite evolui para uma periodontite” 
 
O que faz uma gengivite se transformar em periodontite? 
- Mudança na proporção de bactérias 
- Mudança na proporção de mediadores inflamatórios 
Alternância 
 
9 Mariana Magalhães – 6º Período 
Mas não se sabe exatamente o que faz essa “chave virar”. 
 
Gengivite -> Periodontite 
Sítio saudável -> Sítio doente 
 
 
 COMPLEXOS BACTERIANOS: 
 
 
 
- Divisão dos microorganismos do biofileme em 5 
complexos bacterianos 
- As bactérias foram agrupadas por afinidade de 
nutrientes, pH, oxigênio, fatores de virulência 
- Cada complexo é composto por patógenos 
específicos 
- A periodontite e a destruição dos tecidos, está 
fortemente relacionada com bactérias do complexo 
vermelho e laranja, e ao Aa (Aggregatibacter actino-
mycetencomitans) do complexo verde 
- Complexos Roxo, Amarelo e Verde: Colonizadores 
iniciais 
Em saúde há altas proporções desses complexos no 
ambiente subgengival 
São os chamados complexos benéficos (que vivem 
simbiose com o indivíduo) 
- Em estágios avançados da doença, há altas 
proporções de bactériasdo complexo vermelho e 
laranja 
- Bactérias do complexo vermelho, laranja e o Aa do 
complexo verde, possuem fator de virulência alto. 
Despertam respostas muito importantes no 
hospedeiro. 
São recuperados em: Doenças avançadas, sítios 
com alta destruição, formas de progressão mais 
rápida da doença 
Esses patógenos são o desafio no tratamento da 
doença, pois não são tão fáceis de serem eliminados 
por RAR somente 
 
- RAR: remoção de cálculo, desorganização e 
remoção de uma quantidade de biofilme 
Reorganização da ecologia dentro do sulco gengival 
Diminuição da carga bacteriana total → Propicia 
microorganismos benéficos de colonizar o sulco 
- Em alguns casos a RAR pode não ser capaz de 
reorganizar essa ecologia, pois algumas dessas 
bactérias do complexo vermelho e laranja são mais 
resistentes (se fixam mais aos tecidos, invadem 
tecidos moles). Falhas no tratamento, geralmente 
estão associadas à permanência de concentrações 
mais elevadas desses patógenos nos sítios. 
 
- 90 a 95% dos casos, respondem bem ao trata-
mento convencional, e a doença é estabilizada. 
- 3 a 5% não estabiliza com o tratamento conven-
cional. Indivíduos que tem muitos casos de 
recorrência da doença: testes microbiológicos. 
O uso de antibióticos não é uma prática comum, é 
reservada para alguns casos 
 
- Uso de clorexidina, e outros antissépticos, têm baixa 
substantividade de ação (baixa permanência de ação 
naquele sítio), não são suficientes para se ter uma ação 
contra os patógenos. 
 
Complexo vermelho: 
Porphyromonas gingivalis 
Tannerella forsythia 
Treponema denticola 
 
Complexo laranja: 
Fusobacterium nucleatum sp 
Prevotela intermédia 
Prevotela nigrescens 
Parvimonas micra 
Campylobacter rectus 
Eubacterium nodatum 
Streptococcus constellatus 
 
Complexo verde: 
Capnocytophaga sp 
Campylobacter concisus 
Eikenella corrodens 
Aggregatibacter actinomycetencomitans 
 
Complexo amarelo: 
Streptococcus: 
 S. mitis 
S. oralis 
S. sanguis 
 
Complexo roxo/azul: 
Actinomyces odontolyticus 
Veillonella parvula 
 
 PATOGENICIDADE: 
 
 
- O biofilme interage com a resposta do hospedeiro 
através dos fatores de virulência, antígenos e do 
Complexos 
associados a DP 
 
10 Mariana Magalhães – 6º Período 
LPS presente na membrana das bactérias. O hospe-
deiro interage com esse desafio microbiano produ-
zindo anticorpos e a primeira linha de defesa PMN 
(polimorfonucleares/neutrófilos) 
- A gengiva saudável possui sinais de inflamação 
(neutrófilos; resposta controlada). Quando essa res-
posta do hospedeiro é mais exacerbada/descon-
trolada, menos efetiva, estimulada por um desafio 
microbiano maior, mais específico, que existe uma 
transição, essa resposta de anticorpos e de 
neutrófilos gera citocinas e mmps (colagenase, 
hialuronidase), de uma maneira mais importante, e 
isso começa a alterar o metabolismo do tecido ósseo 
e do tecido conjuntivo levando à destruição. 
- Essa destruição leva aos sinais clínicos de doença. 
Quando eu começo a ter o caminho da resposta 
mais exacerbado, que muda essa estrutura há a 
presença desses sinais clínicos (aprofundamento do 
sulco, perda óssea). Esses sinais clínicos podem 
aumentar o desafio microbiano, pois eles começam 
a criar um ambiente subgengival mais satisfatório 
para os patógenos dos complexos laranja e 
vermelho, eles criam condições melhores de 
oxigênio, de alteração de pH, distribuição de 
nutrientes, e com isso o desafio microbiano pode 
aumentar e interagir com a resposta do hospedeiro. 
Se essa resposta não for eficiente, haverá mais 
destruição, mais sinais clínicos, mais desafios 
microbianos. 
Quando a resposta é eficiente, o lado de anticorpos 
e defesa contêm o desafio, o processo fica mais 
estável. Quando há um desequilíbrio na resposta e 
na agressão, o processo fica instável. 
 
 EVIDÊNCIA DA EXISTÊNCIA DE FATO-
RES DE RISCO: 
 
- Gengivite é uma condição comum. Periodontite 
não é uma condição comum 
- Uma pequena quantidade de pessoas e sítios 
desenvolve perda de inserção 
- Há uma baixa prevalência de formas destrutivas 
graves (atinge em torno de 25% das pessoas, nas formas 
leve e moderada; 10-15% forma grave). 
- A atividade da doença não tem curso linear e 
contínuo 
- Há diferentes formas e modelos de progressão 
- Diferentes manifestações na falta de boa higiene 
oral 
 
A periodontite era vista como um resultado 
primário da infecção, hoje é abordada como uma 
complexa interação entre infecção bacteriana e 
resposta do hospedeiro, frequentemente modificada 
por fatores de risco. É uma simbiose constante. 
 
◦ É na terapia de manutenção que deve ser feito um 
rigoroso controle de placa, para que o paciente fique livre 
da gengivite. 
◦ A resposta do hospedeiro pode ser modificada pelos 
fatores de risco (genéticos, adquiridos, ambientais) 
◦ Estudos mostram que, indivíduos com alta recorrência 
de sítios sangrantes em manutenção, são indivíduos com 
risco aumentado para reincidência de doença. 
◦ Manejo/Controle dos fatores modificáveis (tabagismo, 
por exemplo) maior estabilidade da doença 
◦ Vários fatores de risco são estudados p/ a periodontite 
(stress, obesidade, tabagismo..) 
◦ Essa avaliação de controle de risco deve ser contínua 
durante a fase de manutenção, deve ser investigada a 
presença de novos fatores. 
 
 DOENÇA PERIODONTAL: 
 
- É multifatorial 
- Fatores de risco conhecidos: 
o Patógenos específicos (Carga bacteriana) 
o Tabagismo 
o Diabetes descompensada 
 
 Patógenos específicos: 
 
- Altas cargas bacterianas destes pató-
genos pode colocar o indivíduo em 
risco: 
Porphyromonas gingivalis 
Tannerella forsythia 
Aggregatibacter actinomycetemcomitans 
 
 Tabagismo/fumo: 
 
- Sinais de doença de 3 a 
6 vezes maiores e mais 
graves 
- Progressão de doença 
mais rápida 
- Importante no efeito do 
tratamento 
- Não pode ser atribuída a 
maior precariedade do 
controle de placa ou a composição da microbiota 
- Importante fator de risco para as DPs 
 
Efeitos locais: 
- Afetam a vascularização 
o Podem agir como vasoconstritores 
o Casa isquemia dos tecidos 
o Redução da resposta vascular inflamatória 
o Redução do reparo celular 
o Diminuição do potencial de oxigênio 
 
Efeitos sistêmicos: 
- Resposta celular e humoral: 
o Diminuição da quimiotaxia e sinalização 
o Diminuição da fagocitose 
o Diminuição da produção de anticorpos 
 
 Diabetes Mellitus - descompensado: 
 
- Maior destruição periodontal e risco aumentado 
para indivíduos diabetes tipo I e tipo II 
- A gravidade da DP parece estar 
associada ao controle do diabetes 
- Importante fator de risco para 
as DPs 
- Espessamento de vasos 
 
11 Mariana Magalhães – 6º Período 
- Diminuição da quimiotaxia de neutrófilos 
- Alteração na fagocitose 
- Alterações no metabolismo de colágeno 
- Pequenas diferenças na microflora 
- Pacientes possuem resposta exagerada (alta 
inflamação), mas menos efetiva 
 
 PERIODONTITE 
 
Infecção bacteriana mista 
↓ 
Apresentações clínicas polimórficas 
 
“Diferentes formas da mesma doença? Ou são 
doenças diferentes?” 
 
 
 
Evidências para a existência de formas verdadeira-
mente diferentes? 
 
Sempre houve certa dificuldade na classificação das 
doenças. Nenhum critério molecular e microbiológico é 
capaz de separar as formas clínicas. Pois é possível 
recuperar altas proporções de patógenos periodontais, em 
diferentes tipos de doenças – mais destrutivas e menos 
destrutivas. 
Embora, altasconcentrações de P. gingivalis e A. 
actinomycetemcomitans estejam relacionadas com casos 
de doenças mais destrutivas, Pg e Aa também podem 
estar presentes em doenças menos destrutivas. 
Os sistemas de classificação foram baseados em 
características CLÍNICAS (gravidade, taxa de 
progressão e idade de início). 
As classificações foram sendo modificadas, a partir 
do momento em que se foi adquirindo conheci-
mento em torno do comportamento dessas doenças. 
 
- Consenso clínico de 
 Prognóstico diferente 
 Necessidade de abordagem terapêutica diferente 
- Heterogeneidade do fenótipo 
- Heterogeneidade na suscetibilidade genética e 
ambiental 
 
 EPIDEMIOLOGIA: 
Compreensão da história natural: 
 
 Curso clínico e resposta ao tratamento: 
- Nenhuma característica clínica, histopatológica ou 
microbiológica que realmente diferencie formas 
distintas de doença pode ser identificada 
 
 SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO: 
 
- Organização e ordenação de informações 
- Estrutura para estudos científicos e pesquisa 
o Etiologia 
o Patogênese 
o Tratamento 
- Planejamento e ações de saúde 
- Direcionamento de tratamento e necessidades 
clínicas 
 
 Classificação – 1989 
- Havia a classificação de Periodontite Juvenil 
- 2 grandes grupos de doenças: 
Periodontites de início precoce: acometiam 
indivíduos em idades mais jovens 
 Pré-puberal: Acometia dentição mista e 
decídua 
 Juvenil: Jovens (altamente associada ao Aa) 
 Periodontite de progressão rápida: Adultos 
jovens, formas mais destrutivas (Progressão rápida, 
e destruição não condizente com a quantidade de 
placa e tártaro – pouca placa, pouco cálculo e 
doença altamente agressiva, com alta destruição e 
alta progressão) 
Periodontite do adulto: doenças com progressão 
mais moderada, lenta; destruição mais moderada. 
A quantidade de depósitos condizia mais com o 
grau de destruição da doença. 
 
A nomenclatura dessa classificação era baseada em 
idade. 
 
 Classificação internacional – 1999: 
- Crônica 
- Agressiva 
- Necrosante 
 
Gengivites – AAP 1999: 
- Sinais e sintomas restritos a gengiva 
- Presença de biofilme dental para iniciar ou 
exarcerbar a gravidade da lesão 
- Sinais clínicos de inflamação: 
o Aumento de volume por edema ou fibrose 
o Coloração alterada para vermelhidão ou 
roxo-azulado 
o Aumento de temperatura sulcular 
o Sangramento após estímulo 
o Exsudato gengival aumentado 
- Sinais associados a níveis de inserção estáveis 
(em periodonto normal ou reduzido) 
- Reversibilidade do processo com a remoção da 
causa(s) 
- Possível papel como precursor da perda de 
inserção 
 
Periodontites crônicas – AAP 1999: 
- Mais prevalente em adultos (mas pode ocorrer em 
crianças e adolescentes) 
- Destruição tecidual consistente com a presença de 
fatores locais 
- Cálculo subgengival é um achado freqüente asso-
ciado com padrões microbianos variados 
- Taxas de progressão lenta a moderada (mas pode 
ter períodos de progressão rápida) 
- Classificada com base na extensão e gravidade. 
Pode ser associada a fatores locais predisponentes 
- Pode ser modificada ou associada a doenças 
sistêmicas (ex. diabetes, infecção HIV, etc.) 
- Pode ser modificada por outros fatores (ex. fumo, 
stress, etc.) 
- Defesa do hospedeiro tem papel importante na 
patogênese 
 
 
12 Mariana Magalhães – 6º Período 
Periodontites agressivas – AAP 1999: 
- Pacientes clinicamente saudáveis 
- Rápida perda de inserção e destruição óssea 
- Quantidade de depósitos bacterianos inconsis-
tente com a gravidade 
- Agregação familiar 
- Elevadas proporções de Aa e Pg 
- Anormalidades fagocitárias 
- Fenótipo de macrófagos hiperresponsivos (PGE-2 
e IL-1 elevados) 
 
Classificação de acordo com a distribuição: 
 
Localizada: 
30% ou menos dos sítios afetados 
Generalizada: 
Mais de 30% dos sítios afetados 
 
Classificação de acordo com a gravidade de 
perda de inserção: 
 
Leve: 1 ou 2mm 
Moderada: 3 ou 4mm 
Avançada: 5mm ou mais 
 
Com base nessa classificação: 
Ex: Paciente com periodontite crônica localizada 
avançada. 
 
 Classificação 2018 
 
A classificação nova mudou toda a nomenclatura, 
mas o entendimento desse fenótipo diferenciado 
existe. 
 
Sistema multidimensional: A periodontite é classi-
ficada em estágios e em graus 
 
Estágios: 1, 2, 3 e 4 
Graus: A, B, e C 
 
- Estágios dependentes da gravidade e complexi-
dade no manejo clínico 
- Graus baseados em características biológicas, 
análise histórica da progressão, avaliação de risco 
para perda futura, antecipação de pobres resulta-
dos ao tratamento 
 
 
 
 
 
Indivíduos fumantes e com diabetes descompen-
sado seriam Grau C. 
 
*Sempre a característica pior, define o estágio em 
que o paciente se encontra. 
 
Com base nessa classificação: 
Ex: Paciente com periodontite Estágio III grau A. 
 
Objetivos terapêuticos: 
- Alterar ou eliminar a microbiota etiológica e fato-
res de risco contribuintes 
- Paralizar a progressão da doença 
- Preservar a dentição em função, conforto e 
estética 
- Prevenir a recorrência de doença 
- Regeneração periodontal pode ser almejada 
quando indicado 
 
Tratamento com antibiótico: 
- Deve ser bem indicado, em casos específicos para 
evitar a resistência bacteriana 
- Mais indicado: Amoxicilina (amplo espectro) + 
Metronidazol (espectro reduzido) 
 
Condições para tratamento: 
- Instruções de higiene oral 
- Reforço no controle de placa 
- Motivação do paciente 
- RAR supra e subgengival 
- Controle de fatores locais 
- Terapia oclusal se necessário 
- Terapia cirúrgica se necessário 
- Terapia periodontal de suporte 
 
Considerações para o tratamento: 
 
Periodontites agressivas: 
- Terapia inicial isolada é geralmente ineficiente 
- Terapia antimicrobiana em conjunto com RAR 
(com ou sem cirurgia) 
- Identificação microbiológica

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