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1° Prova de IED – resumo 
O Direito não é o único instrumento responsável pela harmonia da vida social. A Moral, Religião e Regras de Trato Social são outros processos normativos que condicionam a vivência do homem na sociedade. No mundo primitivo as diferentes espécies de normas éticas se achavam em um estado de homogeneidade indefinida e incoerente. Todos esses processos de organização social vinham reunidos em um só embrião. A partir da Antiguidade clássica, segundo José Mendes, começou-se a cogitar das diferenciações.
 
Toda norma jurídica é uma limitação à liberdade individual e por isso o legislador deve regulamentar o agir humano dentro da estrita necessidade de realizar os fins reservados ao Direito: segurança através dos princípios de justiça.
 
As normas éticas determinam o agir social e a sua vivência já constitui um fim:
 
 Direito e a Religião
Por muito tempo, a Religião exerceu um domínio absoluto sobre as coisas humanas. A falta do conhecimento científico era suprida pela fé. As crenças religiosas formulavam as explicações necessárias. Segundo o pensamento da época, Deus não só acompanhava os acontecimentos terrestres, mas neles interferia. O Direito era considerado como expressão da vontade divina. Nesse período de vida da humanidade, em que o Direito se achava mergulhado na Religião, a classe sacerdotal possuía o monopólio do conhecimento jurídico. A laicização do Direito recebeu um grande impulso no séc. XVII, através de Hugo Grócio, que pretendeu desvincular de Deus a ideia do Direito Natural.
 
	Antigamente ➡ Direito se achava mergulhado na Religião; a ideia de Direito Natural era vinculada a Deus.
Hoje ➡ são processos independentes em que a religião influencia de modo indireto no fenômeno jurídico.
 
Se na Antiguidade o Direito se achava subordinado à Religião, no presente ambos constituem processos independentes, que visam a objetivos distintos. De um fator de eficácia direta no passado, a Religião, hoje, influencia apenas indiretamente o fenômeno jurídico. Como o homo religiosus é participante no processo social, contribui, com o seu modo de pensar e de sentir, na formação da vontade social que por sua vez é decisiva na elaboração do Direito. Como um traço a marcar ainda a presença da Religião no ordenamento jurídico de nosso país, a lei civil admite efeitos jurídicos ao casamento religioso, mediante certas exigências.
 
Convergências - a vivência do bem
Divergências - a alteridade (essencial apenas ao Direito); e a segurança no Direito a segurança jurídica se alcança a partir da certeza ordenadora, enquanto a religiosa se refere a questões transcendentais.
 
 Direito e Moral
 Direito e Moral são instrumentos de controle social que não se excluem, antes, se completam e mutuamente se influenciam. São conceitos que se distinguem, mas que não se separam. Tratam do dever ser, não nos dizem como as coisas são, mas como devem ser.
 
 Distinções de ordem formal
A Determinação do Direito e a Forma não Concreta da Moral 
A Bilateralidade do Direito e a Unilateralidade da Moral 
Exterioridade do Direito (busca harmonia social) e Interioridade da Moral (aperfeiçoamento do homem)
Autonomia da Moral e Heteronomia do Direito 
Coercibilidade do Direito (sanção imposta pelo Estado) e Incoercibilidade da Moral (sanção somente pela consciência do homem, traduzida pelo remorso, arrependimento, porém sem coerção)
 
 Convergências
Constituem regras de comportamento (dever ser).
 
 
 Direito e as Regras de Trato Social
 
Regras de Trato Social - padrões de conduta social, elaboradas pela sociedade e que, não resguardando os interesses de segurança do homem, visam a tornar o ambiente social mais ameno, sob pressão da própria sociedade. Sua finalidade é o aperfeiçoamento do convívio social
Ex.: regras de cortesia, etiqueta, protocolo, cerimonial, moda, linguagem, educação, decoro, companheirismo, etc. 
 
 Entre os caracteres principais das Regras de Trato Social, apresentam-se: 
aspecto social; - constituem sempre maneira de se apresentar perante o outro.
exterioridade; - via de regra essas normas visam apenas à superficialidade, às aparências, ao exterior.
unilateralidade; - estrutura imperativa: impõem deveres e não atribuem poderes de exigir.
heteronomia; - a sociedade cria essas regras de forma espontânea, natural e, por considerá-las úteis ao bem-estar, passa a impor o seu cumprimento.
incoercibilidade; - por serem unilaterais e não sofrerem a intervenção do Estado, essas regras não são impostas coercitivamente. O constrangimento que pode ocorrer não é dotado de força para induzir à obediência.
sanção difusa; - a sanção que as Regras de Trato Social oferecem é difusa, incerta e consiste na reprovação, na censura, crítica, rompimento de relações sociais e até expulsão do grupo.
isonomia por classes e níveis de cultura. - as obrigações que as Regras de Trato Social irradiam não se destinam, de igual modo, aos membros da sociedade.
 
 
Convergências - ambos são exteriores ao indivíduo
Divergências - Direito (coercibilidade); Fatos sociais (incoercibilidade)
 
 Normas éticas/normas de controle social
	Direito
	Moral 
	Regras de Trato Social
	Preceitos Religiosos
	bilateral - deveres e obrigações
	unilateral - impõem deveres
	unilaterais - impõem deveres
	unilaterais - impõem deveres
	heterônomo - independe da subjetividade individual
	autônoma, com ressalvas à Ética Superior e à Moral Social
	Heterônomas – impõem seu cumprimento mas sem usar da força.
	prevalentemente autônomos
	exterior
	interior
	exterior
	interiores
	coercível
	incoercível
	incoercíveis
	incoercíveis
	sanção prefixada
	sanção difusa
	sanção difusa
	a sanção geralmente é prefixada
	Assuntos pertinentes à segurança, busca uma coesão social
	Procura o aperfeiçoamento do homem; ideia de "bem".
	Maneiras do homem se expressar diante do seu semelhante
	Procura o aperfeiçoamento do homem
 
O conflito entre Direito Positivo e Direito Natural
 
O direito natural inspira o direito positivo para que este se aproxime da perfeição. Na realidade, o direito natural tende a converte-se em direito positivo. Não se pode falar em contraposição entre ambos, pois se um é um fonte de inspiração do outro não exprimem ideias antagônicas, mas tendem a uma convergência ideológica
 
Direito Natural ⇾ revela ao legislador os princípios fundamentais de proteção ao homem, que forçosamente deverão ser consagrados pela legislação, a fim de que se obtenha um ordenamento jurídico substancialmente justo. O Direito Natural não é escrito, não é criado pela sociedade, nem é formulado pelo Estado. Como o adjetivo natural indica, é um Direito espontâneo, que se origina da própria natureza social do homem e que é revelado pela conjugação da experiência e razão. É constituído por um conjunto de princípios, e não de regras, de caráter universal, eterno e imutável.
- ideia abstrata do direito, o ordenamento ideal, correspondente a uma justiça superior e suprema.
Ex.: o direito à vida e à liberdade. Em contato com as realidades concretas, esses princípios são desdobrados pelo legislador, mediante normas jurídicas, que devem adaptar-se ao momento histórico.
 
 LINHA DO TEMPO DIREITO NATURAL
O conteúdo do direito natural era obtido pela observação da natureza (Antiguidade) 
 ⇣
O conteúdo do direito natural vinha diretamente de Deus, direito cristão (Idade Média)
 ⇣
Direito dado pela razão humana (Modernidade)
 
Críticas ao Direito Natural 
- falta clareza
- falta elementos centrais do direito
- ideal de justiça é relativo
 
Direito Positivo ⇾ é o Direito institucionalizado pelo Estado. É a ordem jurídica obrigatória em determinado lugar e tempo. As normas costumeiras, que se manifestam pela oralidade, constituem também DireitoPositivo. As diversas formas de expressão jurídica, admitidas pelo sistema adotado pelo Estado, configuram o Direito Positivo. É o conjunto de normas jurídicas vigentes em determinada sociedade.
- ordenamento jurídico em vigor num determinado país e numa determinada época.
- conjunto de regras que pautam a vida social, não importando se seja escrito ou não escrito.
- compreende toda disciplina da conduta
 
Como defende Tércio Sampaio a dicotomia entre Direito Natural x Direito Positivo foi enfraquecendo na medida em que os Direitos Naturais foram positivados. No entanto, isso acarretou uma série de problemas como a criação de textos legais poucos precisos. 
 
	Deve ser igualmente afastada a falsa impressão de que o Direito Objetivo/Positivo é sempre escrito. Ele é tanto o direito "escrito", elaborado pelo poder competente, como a norma consuetudinária, "não-escrita", resultante dos usos e costumes de cada povo.
	Direito Objetivo (abrange todas as normas jurídicas em vigor NO Estado) e Direito Positivo (abrange apenas as normas jurídicas oriundas DO Estado). 
As normas jurídicas criadas pelo Estado, cuja fonte é o Estado, formam um todo denominado Direito Positivo.
O conjunto de todas as normas jurídicas no Estado chama-se, então, Direito Objetivo. 
 
 
Não são duas realidades distintas, mas dois lados de um mesmo objeto
 
Direito objetivo ⇾ regras para regular a ação dos sujeitos impostas pelo Estado que independe da própria subjetividade, o Direito é norma de organização social (norma agendi). Complexo de normas jurídicas que rege o comportamento humano, autorizando o indivíduo a fazer ou a não fazer algo, indicando-lhe o caminho a seguir, e prescrevendo sanções no caso de violação dessas normas. 
- normas, dotadas de coercibilidade, impostas pelo Estado (normas agendi)
- abstrato = objetivo
Direito subjetivo ⇾ poder de ação, faculdade de agir de acordo com o direito objetivo; direito subjetivo corresponde às possibilidades ou poderes de agir, que a ordem jurídica garante a alguém, é um direito personalizado, em que a norma, perdendo o seu caráter teórico, projeta-se na relação jurídica concreta, para permitir uma conduta ou estabelecer consequências jurídicas. (Facultas agendi). 
Representa a possibilidade de exigir-se, de maneira garantida, aquilo que as normas de direito atribuem a alguém como próprio. O titular de um direito subjetivo pode usar ou não de seu direito
- faculdade de satisfazer determinadas pretensões 
- faculdade individual de agir de acordo com o direito objetivo, de invocar sua proteção.
- meio de satisfazer os interesses humanos
 
	Norma
 || Incide
Fatos ⇾ uma pessoa passa a ser titular de direitos
 
	Caso concreto ⇾ Direito Subjetivo 
 
Ex.: “fulano tem direito à indenização”, ele possui direito subjetivo. É a partir do conhecimento do Direito objetivo que deduzimos os direitos subjetivos de cada parte dentro de uma relação jurídica.
 
	Direito subjetivo (expressão da vontade individual) deriva do Direito objetivo (expressão da vontade geral)
 
Relação entre Direito Objetivo e Direito Subjetivo 
O direito subjetivo é a garantia conferida pelo direito objetivo, à qual se invoca quando a liberdade é violada. Ou seja, enquanto o direito objetivo existe em razão do subjetivo para revelar a permissão de praticar ou não atos (através das normas jurídicas), o direito subjetivo é a permissão para o uso das faculdades humanas para fazer valer as normas jurídicas, é quando o indivíduo invoca a norma ao seu favor. 
 
Direito material/substantivo ⇾ corpo de normas que disciplinam as relações jurídicas referentes a bens e utilidades da vida, regem as relações jurídicas, definindo a sua matéria.
Ex.: direito civil, direito penal, direito comercial etc.
 
Direitos reais (espécies de direitos materiais) ⇾ direito sobre as coisas (propriedade) autorizam o uso e o gozo imediato de uma coisa, garantindo ao titular a faculdade de obter a entrega ou restituição do objeto (res) em face de qualquer um que dele se tenha apoderado. Trata-se de um direito “erga omnes”, isto é, em face de qualquer um ou perante todos indeterminadamente. 
Ex.: a propriedade, o usufruto, a hipoteca. 
 
Direito processual/adjetivo ⇾ emana do direito material, regras para fazer valer o direito material, conjunto de normas e princípios que regulamentam a maneira da aplicação do direito material. 
Ex.: cobrar que o estado intervenha nas relações (meio/instrumento)
 
O direito processual e o direito material caminham juntos diante de uma situação de conflito de interesses (lide). Sendo o direito processual um instrumento que tem como função servir ao direito material que por sua vez carrega os fundamentos do direito.
 
Evolução do Direito Processual
Na Roma antiga os processos eram puramente orais, o que deixava o processo ágil, porém, existia uma grande insegurança nos recursos por não existirem documentos que registrassem as decisões. Posteriormente, os processos passaram a ser escritos, o que aumentou a segurança jurídica e o tempo para resolução. Foi então que surgiu o modelo processual que se utiliza hoje no Brasil, onde parte do processo é realizado através da escrita e parte realizado através de reuniões entre as partes e o juiz, chamadas de audiências. Este modelo é teoricamente o mais eficiente pois nele existe documentação comprovando os fatos e também o diálogo entre as partes o que facilita uma melhor decisão.
 
Evolução do Direito Material
A evolução do direito material se dá de uma maneira diferente, suas modificações ocorrem a partir de circunstâncias históricas que marcam a existência da sociedade, trazendo direitos e deveres em um formato escrito através da constituição e de leis infraconstitucionais.
Um exemplo é a revolução francesa, que representada pelo pelos burgueses trouxe direitos hoje guardados pela constituição como o direito a igualdade entre os cidadãos, liberdade e de propriedade.
 
Quando se tem qualquer direito violado, é necessário informar ao Estado, para que assim se possa dar início a união do direito processual e do material. O direito processual diz como o processo deve tramitar, mostrando às partes quem é o responsável pelo julgamento, quais os possíveis meios de provas, os prazos para manifestações e todas as etapas do processo, enquanto o direito material se preocupa com o bem jurídico que foi violado, e aonde está enquadrado no ordenamento jurídico, a partir dele que o advogado a realiza a defesa de seu cliente.
 
Direito público ⇾ princípio da supremacia da ordem pública (relações verticais - subordinação) 
Trata de relações jurídicas onde o Estado é um dos entes envolvidos, o interesse é preponderantemente público e a relação é de subordinação com particulares e de coordenação com outros Estados. É regido pelos princípios da autoridade pública e da igualdade de tratamento. 
- regula as relações do Estado com outro Estado (coordenação), ou as do Estado com os cidadãos (subordinação)
- são de direito público as normas que visam atender imediatamente o interesse geral
Ex.: Direito Constitucional, Administrativo, Financeiro, Internacional Público, Internacional Privado, Processual.
 
Direito privado ⇾ princípio da autonomia privada - eu posso tudo o que não é proibido, em pé de igualdade (relações horizontais - coordenação) trata, em geral, da relação entre particulares e de seus interesses individuais. A relação entre particulares é de coordenação, regida pelos princípios de igualdade entre as partes. 
- disciplina as relações entre os indivíduos como tais, nas quais predomina o interesse de ordem particular.
- são de direito privado as normas que visam atender imediatamente o interesse particular
Ex.: Direito Civil, Comercial ou Empresarial e do Trabalho.
 
A divisão entre Direito Público e Privado vem dos Romanos. Tratando-se de interesse pertinente às coisas do Estado, o direito era “público”; cuidando-se do interesse particular de cada um, o direito era “privado”. 
Na realidade,o direito deve ser visto como um todo, sendo dividido em direito público e privado para fins didáticos.
Direito objetivo não é apenas a lei. 
 
Direito Natural ⇾ direito espontâneo, que se origina da própria natureza social do homem e que é revelado pela conjugação da experiência e razão, constituído pelos princípios que servem de fundamento do direito positivo.
Ex.: o direito à vida e à liberdade
 
De acordo com Oudot, jurista francês, teríamos ao lado de cada norma do Direito positivo uma correspondente do Direito natural.
 
Direito Positivo ⇾ normas elaboradas por uma sociedade determinada, para reger sua vida interna, com a proteção de sua força social. As diversas formas de Expressão jurídica (normas costumeiras - oralidade), admitidas pelo sistema adotado pelo Estado, configuram o Direito Positivo. Conjunto de normas estabelecidas pelo poder político que se impõem e regulam a vida social de um dado povo em determinada época. Pretende obter o equilíbrio social, impedindo a desordem e os delitos, procurando proteger a saúde e a moral pública, resguardando os direitos e a liberdade das pessoas. 
 
	Direito Natural
	Direito Positivo
	Superior ao Estado
	Posto pelo Estado
	Validade universal 
	Vigência temporal 
	Validade universal 
	Base territorial
	Liga-se a princípios fundamentais, de ordem abstrata; corresponde à ideia de Justiça. 
	Fundamentos: estabilidade e ordem da sociedade
 
 
Direito estatal ⇾ normas jurídicas elaboradas pelo Estado, para reger a vida social. (Código Civil e Constituição). 
 
Direito não-estatal ⇾ normas obrigatórias elaboradas por diferentes grupos sociais destinadas a reger a vida internas dos próprios grupos. (Direito religioso; universitário; esportivo). Esse direito pode existir dentro do Estado, ao lado ou acima.
 
Direito subjetivo ⇾ poder do sujeito/titular, faculdade de exigir de uma pessoa uma prestação, que está obrigada por lei ou por contrato.
Ex.: Ele tem direito à indenização
Lei
Lei em sentido amplo: É uma referência genérica que atinge à lei propriamente, à medida provisória e ao decreto.
Lei em sentido estrito: Neste sentido, lei é o preceito comum e obrigatório, emanado do Poder Legislativo, no âmbito de sua competência. Possui duas ordens de caracteres: 
Substanciais - como a lei agrupa normas jurídicas, há de reunir também os caracteres básicos destas: generalidade, abstratividade, bilateralidade, imperatividade, coercibilidade. É indispensável ainda que o conteúdo de lei expresse o bem comum.
 
Formais - Sob o aspecto de forma, a lei deve ser: escrita, emanada do Poder Legislativo em processo de formação regular, promulgada e publicada.
 
Partes da Lei: 
Lei ➝ conjunto de várias normas jurídicas.
Corpo da Lei ➝ conjunto de artigos. 
 
Epígrafe ➝ espécie normativa (indica uma hierarquia), 
Data de promulgação.
Ex.: LEI Nº 8.313, DE 23 DE DEZEMBRO DE 1991
 
Ementa ➝ resumo do texto da lei.
Ex.: Restabelece princípios da Lei n° 7.505, de 2 de julho de 1986, institui o Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac) e dá outras providências.
 
Artigo ➝ traz o conceito que se pretende regulamentar (Art.)
1 - 9 (numerais ordinais - Art. 9°) 
10 em diante (numerais cardinais - Art. 10) 
 
Caput ➝ "cabeça do artigo" enunciado introdutório do artigo
 
Parágrafo (§) ➝ para complementar, indicar exceção ou oferecer uma especificação ou definição.
Quando o parágrafo for único deve-se escrever por extenso: "Parágrafo único" 
 
Inciso ➝ são desdobramentos do artigo ou do parágrafo representado por números romanos e são encerrados com (;), salvo se for o último inciso do artigo ou parágrafo ou se o inciso for se desdobrar em alíneas
 
Alíneas ➝ são desdobramentos dos incisos ou parágrafos representadas por letras minúsculas (a)
 
Itens➝ é o desdobramento da alínea, representado por número
 
Preâmbulo ➝ declaração de como a lei foi feita
Ex.: O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
CAPÍTULO I
Disposições Preliminares
Art. 1° ...
 
 
Vigência ➝ qualidade da lei, lei só pode produzir efeitos jurídicos se for vigente. Ter força obrigatória.
Expressa - na data de sua publicação, no termo posterior (diz a partir de quando) 
Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Tácita - implícito: lei não traz a data, subentende-se 45 dias no BR e 3 meses no exterior.
 
Revogação ➝ lei deixa de surtir efeitos e perde sua obrigatoriedade
Revogam-se as disposições em contrário. 
Brasília, 23 de dezembro de 1991; 170° da Independência e 103° da República.
Expressa - quando expressamente declare a revogação. A revogação está no texto da lei. 
Tácita - quando seja com esta incompatível, quando regule inteiramente a matéria, mesmo não mencionando a lei revogada ou quando houver incompatibilidade entre a lei de hierarquia superior e a de hierarquia inferior.
 
; Lei maior anula a lei menor; Lei posterior anula a anterior; Lei especial anula lei geral.
 
Rubrica ➝ assinatura do presidente 
Ex.: FERNANDO COLLOR
Jarbas Passarinho
 
Vacatio legis ➝ período entre a publicação e o início da vigência.
 
Normas jurídicas (atributos)
 
Validade ➝ é a sua adequação/pertinência ao ordenamento jurídico em que se insere. Por ter sido criada pelo processo legislativo próprio. Lei que passou por todos os requisitos formais e materiais. 
 
Vigência ➝ é a força que tem a norma cumprindo com sua finalidade, regular condutas, gerando efeitos, sobre os eventos a que se refere seu antecedente, tão logo ocorram no âmbito dos fatos. A norma social que preenche os requisitos técnico-formais e imperativamente se impõe aos destinatários adquiriu vigência. 
Ex.: Se o processo de formação da lei foi irregular, não tendo havido, por exemplo, tramitação perante o Senado Federal, as normas reguladoras não obterão vigência 
 
Eficácia jurídica ➝ é a aptidão que apresenta o fato jurídico (evento previsto no antecedente da norma) de fazer instalar a relação jurídica no momento de sua ocorrência. Quanto a norma incide nos fatos jurídicos produz eficácia. Significa que a Norma jurídica produz, realmente, os efeitos sociais planejados.
 
Para um positivista, na abordagem da norma é suficiente o exame de seus aspectos extrínsecos – vigência.
 
Para as correntes espiritualistas, além de atender aos pressupostos técnico-formais, as normas necessitam de legitimidade. Via de regra, o ponto de referência na pesquisa da legitimidade é o exame da fonte de onde emana a norma.
 
 
 
 Vigência da lei
 
INÍCIO DE SUA VIGÊNCIA:
Obrigatoriedade só surge com a publicação no Diário Oficial, mas sua vigência não se inicia necessariamente no dia da publicação. Pode o legislador apontar termo inicial posterior a publicação. O intervalo entre a data de sua publicação e sua entrada em vigor chamase vacatio legis.
 
DURAÇÃO DA VACATIO LEGIS:
Prazo único: pelo qual a norma entra em vigor a um só tempo em todo o país, ou seja, 45 dias após sua publicação; tendo aplicação no exterior, 3 meses depois de sua publicação. Art. 1º da LINDB
 
 
 
 
CESSAÇÃO DA VIGÊNCIA
 
A Lei pode ter vigência temporária, porque o legislador fixou o tempo de sua duração.
 
A Lei pode ter vigência para o futuro sem prazo determinado, durando até que seja modificada ou revogada por outra.
 
VIGENCIA EXPRESSA:
(REGRA)
Na data da publicação ou termo posterior fixado pelo legislador.
 
VIGÊNCIA TÁCITA: implícita
(EXCEÇÃO)
Art. 1º Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.
Conflito de leis no tempo
 
CRITÉRIOS PARA SOLUCIONAR O CONFLITO DE LEIS NO TEMPO
 
Para o conflito entre as leis, por exemplo, vale o entendimento de que a norma superior prevalece sobre a inferior (a Constituição prevalece sobre as leis e estas sobre os decretos e assim por diante). Se equivalentes, em termos de hierarquia, aplica-se a lei mais nova sobre a antiga(critério cronológico ou da anterioridade). Por fim, existe ainda o critério da especialidade, em que lei especial derroga lei geral.
 
Disposições transitórias elaboradas pelo próprio legislador com o objetivo de resolver e evitar os conflitos emergentes da nova lei em confronto com a antiga.
 
2. Utilização dos princípios da retroatividade e irretroatividade da norma.
 
É retroativa a norma que atinge efeitos de atos jurídicos praticados sob a égide da norma revogada.
 
É irretroativa a que não se aplica a qualquer situação jurídica constituída anteriormente. Convém lembrar: Art. 5º da CRFB “XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu”, que se harmoniza com o princípio da reserva legal. Art. 1º do CP: Não há crime sem lei anterior que a defina. Não há pena sem prévia cominação legal – princípios da reserva legal (legalidade) e da anterioridade da lei penal. – Art. 5º, XXXIX da CRFF.
 
Diz-se que uma lei é ultrativa quando é aplicada a fatos ocorridos posteriormente ao fim de sua vigência. “tempus regit actum”.
 
 Conflitos de leis no espaço
 
Princípio da territorialidade, em que a norma se aplica apenas no território do Estado que a promulgou.
 
Princípio da extra-territorialidade, pelo qual os Estados permitam que em seu território se apliquem, em certas hipóteses, normas estrangeiras.
 
Hierarquia das Leis
 
(1) Constituição Federal: Lei básica ou fundamental. Designa o conjunto de regras e preceitos fundamentais.
Contém normas que: 
− garantem direitos individuais e coletivos (direitos fundamentais);
 − tratam da organização do Estado; 
− tratam da produção de outras normas, etc. 
 
(1) Emenda a Constituição: Alteração ou modificação em parte ou todo o teor da Constituição.
 
(2) Lei Complementar: é criada para explicar aspectos tidos como necessários da Constituição.
 
(2) Lei Ordinária: é a que regula determinada questão não abordada pela Constituição.
 
(2) Lei Delegada: elaborada pelo presidente da República quando o Congresso Nacional lhe delega essa competência.
 
(2) Medida provisória - é ato de competência do presidente da República, que poderá editá-la na hipótese de relevância e urgência, excluída a permissão constitucional sobre determinadas matérias, como prevê o art. 62 da CF/88
Substituíram o antigo decreto-lei. 
Força de lei (art. 62, CR/88). 
Imediatamente submetidas ao Congresso Nacional. 
Perdem sua eficácia se não forem convertidas em lei dentro do prazo de 60 dias, prorrogável por uma única vez por igual período, a partir de sua publicação. 
 
(2) Decretos Legislativos 
 
(2) Resoluções
Conselhos / Órgãos colegiados. 
 Matérias específicas – disciplinam temas de repercussão geral. 
 
 
Constituições Estatuais: conjunto de regras e preceitos fundamentais e reguladores dos Estados Federados.
 
Leis Estaduais: são formuladas para regular matéria, cuja competência tenha sido assegurada pela Constituição Federal e só tem vigência dentro dos limites territoriais do Estado.
 
Leis Municipais: são elaboradas pelo Poder Legislativo Municipal, segundo atribuições que lhe são conferidas pelas Constituições Federal e Estadual.
 
Processo de Elaboração da Lei
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp95.htm
 
 
A lei passa obrigatoriamente por três fases: a da elaboração, a da promulgação e a da publicação, ainda que em eventual regime de exceção que esteja vivendo o país
 
Iniciativa: projeto de lei, por pessoas ou órgãos.
 
Discussão: fase de estudos e deliberação da norma jurídica por meio de debates, emendas e discussões dos representantes do povo, visando transformar o projeto proposto em regra obrigatória.
 
Votação: projeto submetido à Câmara e ao Senado para manifestação de aprovação e depois ao Congresso Nacional.
 
Sanção: é o ato de aquiescência do Poder Executivo ao projeto. (Expressa ou Tácita)
 
Veto: oposição do Poder Executivo. Expresso e retorna ao Poder Legislativo.
 
Promulgação: declaração do Chefe do Poder Executivo ou presidente do Congresso nacional que a lei foi incorporada ao Direito Positivo do país. Confere existência e validade.
 
Publicação: torna a lei conhecida e vigente.
 
Retroatividade das Leis
 
Retroatividade da lei: é a expressão usada para indicar a condição ou qualidade de certas leis que, promulgadas, exercem eficácia mesmo a respeito de atos passados.
 
Leis retroativas: são as que estendem sua eficácia ao passado.
 
Leis irretroativas: são as que não retroagem. Regulam os atos e fatos futuros, respeitando os direitos adquiridos, os atos jurídicos perfeitos e as coisas julgadas.
 
Direito adquirido: é o direito que alguém adquire e incorpora irreversivelmente ao seu patrimônio;
 
Ato jurídico perfeito: qualquer ato lícito que tem sido consumado segundo a lei vigente ao tempo da sua constituição.
 
Coisa julgada: decisão judicial final que não cabe mais recurso.
 
REVOGAÇÃO TÁCITA:
CRITÉRIO HIERARQUICO - LEI SUPERIOR – § 1º DA LINDB.
 CRITÉRIO ESPACIAL - LEI NOVA – § 1º DA LIND
CRITÉRIO DA ESPECIALIDADE – LEI GERAL/LEI ESPECIAL § 2º DA LINDB.
 
ULTRATIVIDADE OU PÓS ATIVIDADE - quando uma lei já revogada é aplicada para casos que ocorreram durante sua vigência. NORMATIVA ou PÓS EFICÁCIA
NORMATIVA: A LEI CONTINUA PRODUZINDO EFETIOS MESMO APÓS A SUA REVOGAÇÃO.
 
EXEMPLO: Art. 1.787 do Código Civil “Regula a sucessão e a legitimação para suceder a lei vigente ao tempo da abertura daquela”.
 
Súmula 112 do STF: o imposto de transmissão segue a alíquota do tributo do momento do falecimento.
 
 
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DA LEI
 
Irretroatividade (regra) - lei entra em vigor e ela não atinge os fatos que ocorreram antes de sua entrada em vigor
Retroatividade (exceção) - deve estar expressa na lei, não poderá ofender o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada
 
Ar. 5º, XL, A lei penal não retroagirá, exceto para beneficiar o réu. 
 
No Direito brasileiro, a lei é, em geral, irretroativa; não retroage no tempo para alcançar fatos, acontecimentos passados. Exceções a esse princípio podem ser vistas no Direito Penal e no Direito Tributário, quando advém uma lei que beneficiará o criminoso ou o contribuinte, respectivamente.
 
Repristinação (renascimento, renovação): é o nome técnico dado para o fenômeno de retorno à vigência de uma lei já revogada. Ocorre quando uma terceira lei revoga uma segunda lei, e a primeira, por esta (segunda lei) revogada, recupera a sua vigência.
 
ATT.: É NECESSÁRIO QUE A LEI EXPRESSAMENTE RESTAURE A LEI ANTERIORMENTE REVOGADA.
 
Nas palavras de Nader (1998, p.290), “esse fenômeno de retorno à vigência, tecnicamente designado por repristinação, é condenado do ponto de vista teórico e por nosso sistema.”
 
Para seguirmos esse entendimento de Nader, devemos dizer que o Direito brasileiro condena, não admite, em regra, o efeito repristinatório da lei, ou seja, a repristinação. É mais adequado dizermos “em regra”, porque ainda permanece a redação do artigo 2º, § 3º, da Lei de Introdução ao Código Civil, dando indícios de que se permite (embora não seja praticada), excepcionalmente, a repristinação da lei no Direito brasileiro:
 
CONFLITOS TEMPORAL DE LEIS
3ª (Lei n. 6.888, de 2003)
↓ REVOGA
2ª (Lei n. 5.998, de 2001) 
↓ REVOGA
1ª (Lei n. 5.000, de 2000)
É a possibilidade de a lei (1ª) voltar ao ordenamento jurídico, quando a lei que a revogou (2ª) perde sua vigência, ou seja, é posteriormente revogada (3ª).
 
EFEITO REPRISTINATÓRIO: Não há uma disposição especifica ordenando a repristinação. Exemplo: No âmbito constitucional, uma norma é revogada por outra, que posteriormente é considerada inconstitucional. Os efeitos da declaração de inconstitucionalidade afetam tudo (eficácia erga omnes e ex tunc) Rext. 517.789/AL. Tal efeito só ocorre no controle concentrado de constitucionalidade, porque tem eficácia erga omnes e ex tunc. Nem todo controle concentrado tem eficácia retroativa, Art. 27 da Lei n.9868/1999.
 
 Fontes da lei
Fontes materiais- De onde o direito surge? Surge das relações sociais, dos diversos conflitos que existem na sociedade.
Fontes formais - Como o direito se manifesta?
 
Lei em sentido material = fonte formal do direito
 
As fontes formais são os meios de expressão do Direito, as formas pelas quais as normas jurídicas se exteriorizam, tornam-se conhecidas. Para que um processo jurídico constitua fonte formal, é necessário que tenha o poder de criar o Direito. 
 
Lei (primária)
 
Jurisprudência - conjunto uniforme de decisões judiciais sobre determinada indagação jurídica. Entendimento dos Tribunais. Não vinculam (regra). 
 
Costumes jurídicos - Conduta praticada ao longo do tempo (USO) + Sentimento de obrigatoriedade (CONVICÇÃO JURÍDICA). = Forma de expressão jurídica. Não goza de força, não existe garantia do seu cumprimento (imposto pela coletividade)
 
Doutrina - Produção científica dos estudiosos do direito: tratados, artigos, pareceres, manuais, monografias. 
 +
Atos particulares (contratos, regulamentos, regimentos..) - considerado para Franco Montoro
 
 
	Formais
	Não formais
	Lei
	Doutrina 
	Analogia
	Jurisprudência
	Costume Jurídico
	 
	Princípios gerais do Direito
	 
 
 
Teorias que justificam as fontes do Direito
 
1. unitária - Civil Law (só reconhece a lei como capaz de criar o direito - o texto da lei confere segurança jurídica)
 
2. dualista - Common Law (reconhece a lei e o costume jurídico) 
 
3. mista (reconhece a lei, jurisprudência, costume jurídico, doutrina - o poder judiciário reconstrói o direito, a segurança jurídica está no precedente)
 
Direito estatal Direito não estatal

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