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RESUMO PROCESSO CIVIL 1 AV2

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Competência em Razão do Valor da Causa: 
Lei 9099/95, Art. 3- O Juizado Especial Cível (JEC) tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, sendo assim consideradas:
I- as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo;
II - as enumeradas no art. 275, inciso II, do Código de Processo Civil ;
III - a ação de despejo para uso próprio;
IV - as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não excedente ao fixado no inciso I deste artigo.
§ 1º Compete ao Juizado Especial promover a execução:
I- dos seus julgados;
II - dos títulos executivos extrajudiciais, no valor de até quarenta vezes o salário mínimo, observado o disposto no § 1º do art. 8º desta Lei.
§ 2º Ficam excluídas da competência do Juizado Especial as causas de natureza alimentar, falimentar, fiscal e de interesse da Fazenda Pública, e também as relativas a acidentes de trabalho, a resíduos e ao estado e capacidade das pessoas, ainda que de cunho patrimonial.
§ 3º A opção pelo procedimento previsto nesta Lei importará em renúncia ao crédito excedente ao limite estabelecido neste artigo, excetuada a hipótese de conciliação.
⦁ Juizados Especiais Estaduais: Tem competência para atuar em causas de até 40x o salário mínimo vigente. Até 40x o salário mínimo cabe a o autor escolhe aonde quer ajuizar a ação na JEC, ou na Justiça comum civil, sendo assim possui natureza opcional. 
- Esse valor sendo ultrapassado é obrigatório ajuizar na Vara Civil, caso o autor da ação erre a competência no ajuizamento, o processo será extinto, sendo assim o processo deve ser a juizado, verificando a abrangência territorial.
Lei 10259 /01, Art. 3 Compete ao Juizado Especial Federal Cível processar, conciliar e julgar causas de competência da Justiça Federal até o valor de sessenta salários mínimos, bem como executar as suas sentenças.
§ 1o Não se incluem na competência do Juizado Especial Cível as causas:
I- Referidas no art. 109, incisos II, III e XI, da Constituição Federal, as ações de mandado de segurança, de desapropriação, de divisão e demarcação, populares, execuções fiscais e por improbidade administrativa e as de mandas sobre direitos ou interesses di fusos, coletivos ou individuais homogêneos;
II - sobre bens imóveis da União, autarquias e fundações públicas federa is;
III - para a anulação ou cancelamento de ato administrativo federal, salvo o de natureza previdenciária e o de lançamento fiscal;
IV - que tenham como objeto a impugnação da pena de demissão imposta a servidores públicos civis ou de sanções disciplinares aplicadas a militares.
§ 2o Quando a pretensão versar sobre obrigações vincendas, para fins de competência do Juizado Especial, a soma de doze parcelas não poderá exceder o valor referido no art. 3o, caput.
§ 3o No foro onde estiver instalada Vara do Juizado Especial, a sua competência é absoluta.
⦁ Juizados Especiais Federais: Não há escolha de competência, estando acima do valor de 60x o salário mínimo vigente, deve ser ajuizado na Justiça Federal Comum, se for abaixo disso deverá ser no JECF. Caso haja erro no ajuizamento por causa da competência o processo será declinado, pois ela é Absoluta.
OBS: Toda vez que a competência for Absoluta o juiz poderá declinar.
OBS PROVA: Ocorrendo erro de competência na Justiça Estadual, o processo é extinto. Já na Justiça Federal haverá o declino uma vez que essa é Absoluta.
Lei 12153 /09 Art. 2 É de competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública processar, conciliar e julgar causas cíveis de interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, até o valor de 60 (sessenta) salários mínimos.
§ 1o Não se incluem na competência do Juizado Especial da Fazenda Pública:
I- as ações de mandado de segurança, de desapropriação, de divisão e de marcação, populares, por improbidade administrativa, execuções fiscais e as demandas sobre direitos ou interesses difusos e coletivos;
II - as causas sobre bens imóveis dos Estados, Distrito Federal, Territórios e Municípios, autarquias e fundações públicas a eles vinculadas;
III - as causas que tenham como objeto a impugnação da pena de demissão imposta a servidores públicos civis ou sanções disciplinares aplicadas a militares.
§ 2o Quando a pretensão versar sobre obrigações vincendas, para fins de competência do Juizado Especial, a soma de 12 (doze) parcelas vincendas e de eventuais parcelas vencidas não poderá exceder o valor referido no caput deste artigo.
§ 4o No foro onde estiver instalado Juizado Especial da Fazenda Pública, a sua competência é absoluta.
⦁ Juizado Especial Fazendário: Não há escolha de competência, estando acima do valor de 60x o salário mínimo vigente, deve ser ajuizado na Vara Fazendária Comum, estando abaixo Juizado Especial Fazendário (JEFAZ).
Caso haja erro no ajuizamento por causa da competência o processo será declinado, pois ela é Absoluta.
Conexão: Quando houver 2 ou + ações com o mesmo objeto ou pedir será unificado os processos em uma única Vara, para que sejam analisados sem que haja decisões conflitantes.
Mas é possível verificar ações conflitantes sobre o mesmo objeto ou pedir. 
Ex: (Testamento e inventário) 2 ações sem objeto comum, que são conexas pelo risco de decisões conflitantes.
Sempre que as ações forem conexas pelo risco de decisões conflitantes, vão ser unidas sempre aonde a PRIMEIRA AÇÃO, foi ajuizada.
Quando as ações conflitantes forem Civil e Criminal: O processo Civil será suspenso pelo período máximo de 1 ano, esperando o resultado do Penal sair, para vincular as decisões.
Ajuizamento de ações simultâneas na Vara Civil e na JEC (ex: ação de cobrança ajuizada na Vara Especial, réu abre uma “conexa” na Vara Civil). Nesse caso, não será reunida para não prejudicar nenhuma das partes (ex: gastar dinheiro com ação na vara civil), sendo assim o processo é suspenso aguardando o resultado do outro. Então irá Tramitar a questão prejudicial e suspender a prejudicada.
Ajuizamento de ações simultâneas e conexas na Federal e Estadual: Irá ser suspendida a ação estadual, até a resolução da federal. Ex: Ação de indenização do bêbado que foi agredido, por assediar inúmeras vezes as funcionarias da Caixa EF e Banco do Brasil, foi agredido por elas, dentro da agência.
Continência: Reunião de um objeto que está abrangido, no objeto da outra ação.
Conflito de Competência Art. 66 CPC
Art. 66. Há conflito de competência quando:
I - 2 (dois) ou mais juízes se declaram competentes;
II - 2 (dois) ou mais juízes se consideram incompetentes, atribuindo um ao outro a competência;
III - entre 2 (dois) ou mais juízes surgem controvérsia acerca da reunião ou separação de processos.
Par. único. O juiz que não acolher a competência declinada deverá suscitar o conflito, salvo se a atribuir a outro juízo.
⦁ Conflito Positivo: Quando 2 ou mais juízes se entendem competentes para julgar o processo.
⦁ Conflito Negativo: Quando 2 ou mais juízes se entendem incompetentes para julgar o processo.
Lites Pendência: caracteriza através do ajuizamento de duas ações que possuam as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido, de tratamento simultâneo. Busca-se uma entidade superior aos envolvidos para resolução do problema. (Ex: Um conflito entre juízes do STJ e do TST o STF que resolveria. tenta evitar 2 ou + ações idênticas. (Identidade de partes, pedido e causa de pedir). A primeira ação ajuizada ainda não julgada, a segunda aberta será a litispendência.
Resolução de Conflito de Competências:
STF: Supremo Tribunal Federal
⦁ Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, aguarda da Constituição, cabendo-lhe: STF
 I - processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;
STJ: Supremo Tribunal de Justiça⦁ Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: STJ
I - Processar e julgar, originariamente:
d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, o, bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos;
TRF: Tribunais Regionais Federais
⦁ Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais: TRF
I- processar e julgar, originariamente:
e) os conflitos de competência entre juízes federais vinculados ao Tribunal;
⦁ Sumula 3, STJ. Compete ao TRF
Dirimir conflito de competência verificado, na respectiva Região, entre Juiz Federa l e Juiz Estadual investido de jurisdição federal.
⦁ Sumula 428, STJ. Compete ao TRF: Decidir os conflitos de competência entre juizado especial federal e juízo federal da mesma seção judiciária.
 Ou seja: No conflito Juiz Estadual (RJ) X Juiz Estadual (RJ) TJ (2 vara civil Niterói X 2 vara civil Iguaba).
Juízes Estaduais (R J) X Juízes Estaduais (SP) TRF.
Juízes Federais X Juízes Estaduais STJ.
Vara Federal X Juizado Federal (mesma região) STJ. Conflito entre juízes do STJ e do TST o STF que resolveria.
Partes: 
⦁ Capacidade de ser parte: Pode se r parte todo aquele que tiver capacidade de direito, decorre da capacidade de direito, ou seja, significa a aptidão para ser autor, réu ou interveniente em qualquer ação. A doutrina fala em personalidade judiciária, entendida como a possibilidade de integrar a relação jurídica processual, como autor, réu ou interveniente. Os entes despersonalizados são, ex: condomínio espólio
Art. 8º Não poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil.
 § 1o Somente serão admitidas a propor ação perante o Juizado Especial: 
⦁ I- as pessoas físicas capazes, excluídos os cessionários de direito de pessoas jurídicas
⦁ II-as pessoas enquadradas como micro empreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte na forma da Lei Complementar n° 123, de 14 de dezembro de 2006
⦁ III- as pessoas jurídicas qualificadas como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, nos termos da Lei n° 9.790, de 23 de março de 1999
⦁ IV- as sociedades de crédito a o micro empreendedor, nos termos do art. 10 da Lei n° 10.194, de 14 de fevereiro de 2001. 
⦁ § 2º O maior de dezoito anos poderá ser autor, independentemente de assistência, inclusive para fins de conciliação.
Ter direito é diferente de exercê-lo.
⦁ Capacidade de Exercício: Já a capacidade processual é a aptidão para agir em juízo. Toda pessoa que se acha no exercício dos seus direitos tem capacidade para estar em juízo. Poder exercer seus direitos e deveres. Nem todos que são parte, podem exercer, vão necessitar de representantes, assistentes e curadores (não são partes). Mãe representa> f i l h o .
Art. 72. O juiz nomeará curador especial ao:
I - incapaz, se não tiver representante legal ou se os interesses deste colidirem com os daquele, enquanto durar a incapacidade;
II - réu preso revel, bem com o ao réu revel citado por edital ou com hora certa, enquanto não for constituído advogado.
Parágrafo único. A curatela especial será exercida pela Defensoria Pública, nos termos da lei.
⦁ Legitimidade Ordinária: Aquele que alega ser titular de um direito pode ir a juízo, em nome próprio, para postulá-lo e defendê-lo. Trata-se, portanto, de legitimidade ordinária, em que os sujeitos vão ajuízo, em nome próprio, para litigar sobre os seus direitos.
Quando a lei atribui legitimidade ao titular da relação jurídica discutida, ou seja, a parte corresponde com o legitimado, que defenderá em nome próprio direi to próprio. Titular do direito material integra ao processual.
⦁ Capacidade Postulatória: em regra, pertence somente aos advogados, pois somente eles podem ajuizar ações.
Art. 104. O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para evitar preclusão, de cadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente.
Exceção
Art. 9 º Nas causas de valor até vinte salários mínimos, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas de valor superior, a assistência é obrigatória. (Em causas com valor abaixo de vinte salários mínimos não é necessário a utilização de advogado). Ou Habeas Corpus, pois pode ser impetrado por qualquer um.
⦁ Legitimidade Extraordinária: Quando o legitimado não coincide com o titular do direito, portanto, será legitimado para agir em nome próprio defendendo interesse alheio. O Código de Processo Civil consagra a legitimação extra ordinária nos termos do artigo 6º: "Ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito alheio, salvo quando autorizado por lei".
É dada por lei: Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade.
EX: Advogado sendo parte, em causa própria cobrando seus honorários.
Litisconsórcios
⦁ Litisconsórcios: É a pluralidade de partes em 1 ou ambos pólos na relação jurídica processual, deve haver algo em comum, direito, deveres ou o fato(liame fático) EX: Acidente nas barcas, várias pessoas se reúnem para ajuizar a ação contra elas .
Objetivo: Otimizar o processo, para não haver uma carga.
⦁ Ativo: Pluralidade de Autores.
⦁ Passivo: Pluralidade de Réus
⦁ Misto: Pluralidade de Autores e Réus.
Em regra: Facultativo, pois é uma escolha ex: se quiserem ajuízam ação juntos, mas pode ser separados. 
***Classificação: Facultativo/Necessário.
⦁ Litisconsórcio Facultativo: É uma escolha ajuizar juntos ou ajuizar separados. Ex: 2 servidores com direitos em comum os exigindo. Ex: Tv que explode na cara do comprador, pode ser ajuizada a ação contra a loja/fabricante.
⦁ Litisconsórcio Necessário: Presente apenas no Pólo Passivo, pois ninguém é obrigado a ajuizar um a ação, sendo assim não há Necessário e Ativo. É obrigatória a presença de todos os réus, pois ou o contrato se aplica para todos ou para ninguém. EX: Compra de um imóvel de 2 proprietários, sendo que o imóvel possuía um vazamento é necessária a abertura da litis consorcio contra os 2. Pois caso a sentença seja proferida sem a inclusão de uma das partes, não é válida, será nula ou ineficaz.
Art. 115. A sentença de mérito, quando proferida sem a integração do contraditório, será:
I - nula, se a de cisão deveria ser uniforme em relação a todos que deveriam ter integrado o processo;
II - ineficaz, nos outros casos, apenas para os que não foram citados. (Pessoa que não foi citada na litis, não se aplica a ela a sentença).
⦁ Caso a ação não tenha sido ajuizada incorretamente, contra todas as partes o JUIZ, dará um prazo de 15 dias úteis optara inclusão dos litis faltantes, sobre pena de exclusão do processo.
⦁ A própria lei pode expressar um litis necessário. Ex: Uso capião.
**Classificação: Unitário/Comum.
⦁ Litisconsórcio Unitário: (1 por todos e todos por 1)
⦁ Deve atingir a todos da mesma maneira ex: anulação de casamento a mesma decisão para todos, deve englobar todos.
⦁ Condutas:
⦁ Alternativas (Positiva): Ganho para todos
⦁ Determinantes (Negativa): Perda para todos
⦁ Litisconsórcio Comum: (cada 1 por si) autonomia.
⦁ A decisão da litis pode ser diferente para cada 1 dos litis ex: no acidente das barcas uma pessoa quebra a perna, essa recebe indenização.// a outra ajuíza danos morais e perde.
Em regra: Só favorece (positiva) ou prejudica (negativa) a quem ajuizou.
Exceção: Art. 345 A revelia não produz o efeito mencionado no art. 344 se:
I - havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação;
II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis;
III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato;
IV - as alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante dos autos.
⦁ Condutas: 
⦁ Alternativas (Positiva): Ganho para apenas 1 ou alguns
⦁ Determinantes (Negativa): Perda para apenas 1 ou alguns
Obs: Em regra Todo Necessárioé Unitário, salvo em processos de Uso Capião.
Uso Capião: Necessário + Comum.
***Classificação: Inicial/Superveniente.
⦁ Litisconsórcio Inicial: Tem seu surgimento junto com a petição inicial.
⦁ Litisconsórcio Superveniente: Surge depois da petição inicial.
⦁ Só cabe se estiver previsto na lei, para que não haja violação do princípio do Juiz Natural, sendo assim, o que não estiver previsto será ilícito. 
Ex: Professor que ganha petição de gratificação, um outro professor fica sabendo e quer entra, como “litisconsórcio superveniente e”, não poderá ocorrer pois se não irá contra o princípio do juiz natural.
***Classificação: Eventual/Incongruente.
⦁ Litisconsórcio Eventual: Criado por decisão judicial.
Art. 50 /CC DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
⦁ Litisconsórcio Incongruente: É a extinção de um litisconsórcio existente. No caso há um litisconsórcio que vai ser Dissolvido na Decisão Judicial. 
Ex: Há 2 partes dentro de um litis, sendo que um é reconhecido como ilegítimo, sendo assim, é retirada e o litis é desfeito.
Intervenção de Terceiros
O terceiro deve sempre demonstrar interes se jurídico, sendo assim, que poderá ser afetado pelo processo em questão, no qual o mesmo não faz parte.
Tipos de Intervenção de 3º
⦁ Voluntária ex: locatário não paga dívida, que irá afetar fiador/ex: mulher traída, e patrimônios do casal penhorado, marido passou cheque no nome dele, para pagar faculdade de amante, mulher mostra interesse, pois decisão poderá afeta-la.
⦁ Provocadas Terceiro que do nada é convida do a participar do processo. Ex: Seguradora, convidada a participar por quem atropelou.
Intervenção de Terceiros Atípicas: não estão previstas no CPC. 
Art. 1.698/ CC - Se o parente, que deve alimentos em primeiro lugar, não estiver em condições de suportar totalmente o encargo, serão chamados a concorrer os de grau imediato; sendo várias as pessoas obrigadas a prestar alimentos, todas de vem concorrer na proporção dos respectivos recursos, e, intentada ação contra uma delas, poderão as demais ser chamadas a integrar a lide.
Ex: Pai impossibilitado de pagar alimentos (sendo comprovado), os avôs paternos possuíram assim uma (responsabilidade indireta), o que constitui os alimentos avoendos, que caso não seja pago o avô será preso.
Art. 12 lei 1.741/03-A obrigação alimentar é solidária, podendo o idoso optar entre os prestadores.
Ex: Idoso sem condições, filho sem condições, quem deve pagar os alimentos ao idoso é o Neto.
OBs: Não são chamamentos pois podem ser feitos pelo autor. (chamamento só o réu faz).
Intervenção de Terceiros Típicas: São previstas no CPC. São essas:
1) Chamamento do Processo,
2) Despersonalização da Pessoa Jurídica,
3) Amicus Curae, 
4) Assistência,
1) Chamamento do Processo: Somente o réu pode chamar, torna-se uma relação solidária.
Art. 1 30 CPC É admissível o chamamento ao processo, requerido pelo réu:
I - do afiançado, na ação em que o fiador for réu;
II - dos de mais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles;
III - dos de mais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o pagamento da dívida comum.
⦁ Comentário: Devedor chamando os outros devedores, somente cabe ao réu no momento da sua defesa (na contestação), para que junto com ele se forme o pólo passivo.
IMP OBS: STF Na questão que envolva saúde pública, não é permitido o chamamento ao processo de entes federativos. 
Art. 131 CPC. A citação daqueles que devam figurar em litisconsórcio passivo será requerida pelo réu na contestação e deve ser promovida no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de ficar sem efeito o chamamento.
Par. único. Se o chamado residir em outra comarca, seção ou subseção judiciária, ou em lugar incerto, o prazo será de 2 (dois) meses.
⦁ Comentário: Uma vez requerido o chamamento do réu na contestação, haverá o prazo de 30 dias, nesse prazo deverá o réu recolher custos e apresentar o endereço do chamado, para que o mesmo seja citado, passado o prazo não terá efeito. Sendo o chamado de outra comarca, o prazo será de 2 meses.
2) Desconsideração da Pessoa Jurídica: Requisitos: Desvio de Funcionalidade ou Confusão Patrimonial (Insolvência da Empresa), os mesmos devem ser cumulativos, ou os 2 ou nenhum. 
Ex: Não pagamento de funcionários (Pagamento da escola de filho de sócio), Padaria que vende carros.
⦁ IMPORTANTE: Não é possível nenhuma intervenção de 3º, nos JEC salvo: Desconsideração da Personalidade jurídica. Art. 1.062. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica aplica-se ao processo de competência dos juizados especiais.
3) Amicus Curae (Amigo da Justiça) – Todos tem dever de colaborar com o poder judiciário. Pessoa física ou jurídica que é convocada ou espontaneamente colabora com a justiça com pareceres ou conhecimento técnicos nas relações de cunho social ou relevante a comunidade (conhecimentos técnicos, científico ou filosófico).
O terceiro deverá ser Imparcial, para não se tornar assistente. Animus Curae é auxiliar do judiciário. Função de colaboração.
Pode ser utilizado a qualquer momento do processo, podendo ser convocado ou espontaneamente nesse caso o juiz deverá aceitar, a parte pode até chamar, mas quem decide é o magistrado.
Única Intervenção de Terceiro que não possui interesse jurídico, apenas colaborativo.
4) Assistência – Vem espontaneamente querendo auxiliar uma das partes (Parcial), possui um interesse jurídico direto ou indireto.
Assistente é Parcial, pode ser feito a qualquer momento no processo basta peticionar informando a vontade, o juiz então deverá citar as partes e ela devem aceitar.
⦁ Assistência Simples Interesse Jurídico Indireto (locador, locatário --> Sublocatário) não é parte do processo, não tem condições para ser autor ou réu, mas pode ser atingido por decisões. 
⦁ Figurante da rede globo: é acessório, compõe a ambiente. Sua atuação é AD COADJUVANTE em regra tem sua atuação subordinada ao assistido. 
⦁ Exceto: caso o assistido fique inerte o assistente pode assumir o protagonismo do processo, mas caso ele volte, ele perde e volta a ser auxiliar.
⦁ Assistência Litisconsorcial Interesse Jurídico Direto, poderia ser parte, mas não foi, pois autor não escolheu. (torna-se parte) ex: fiador.
- Poderia ser parte do litisconsórcio, mas não teve nada a juizado contra ele, ou seja, não é parte por vontade do autor ou do réu.
⦁ Atua de forma independente do assistido, muitas das vezes se torna assistente, pois sabe que caso o réu perca, a decisão poderá alcançá-lo, ele participa da mesma forma que a parte.
5) Denunciação da Lide (Art. 125 CPC) É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes:
I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferi do ao denunciante, afim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam;
II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo.
§ 1º O direito regressivo será exercido por ação autônoma quando a denunciação da lide for indeferida, deixar de ser promovida ou não for permitida.
§ 2º Admite-se uma única denunciação sucessiva, promovida pelo denunciado, contra seu antecessor imediato na cadeia dominial ou quem seja responsável por indenizá-lo, não podendo o denunciado sucessivo promover nova denunciação, hipótese em que eventual direito de regresso será exercido por ação autônoma.
Ocorre quando a parte já sabe ou acredita que irá perder, e para que hajaum julgamento simultâneo aciona a seguradora ou o alienante do bem evicto no processo, no intuito de um eventual ressarcimento caso veja perder, caso não perca a ação é extinta.
⦁ Hipóteses que não é permitida a denunciação da Lide:
Art. 88 CDC – Na hipótese do art. 13, parágrafo único deste código, a ação de regresso poderá ser ajuizada em processo autônomo, facultada a possibilidade de prosseguir-se nos mesmos autos, vedada a denunciação da lide.
Ex: Pedaço de rato dentro do Danone, não pode haver denunciação (pois há relação de consumo). Mesmo que tenha sido um func. Com dolo, a empresa deverá tratar em uma outra ação.
OBS:Responsabilidade Objetiva não permite denunciação da lide, somente o Chamamento ao Processo.
⦁ Havendo relação de Consumo cabe Chamamento ao processo.
⦁ Não tendo relação de Consumo cabe Denunciação da lide.
Partes na Denunciação da Lide: Pode ser feita tanto pelo autor ou réu.
Art. 127, CPC - Feita a denunciação pelo autor, o denunciado poderá assumir a posição de litisconsorte do denunciante e acrescentar novos argumentos à petição inicial, procedendo-se em seguida à citação do réu.
Ex: Comodato de um Apartamento, não devolvido no momento estipulado, então o dono do imóvel, o aluga para um terceiro que tira o comodatário que realizou benfeitorias necessárias no apartamento, ajuíza uma ação para reaver o bem e simultaneamente, uma para receber sobre as benfeitorias necessárias.
(PROVA) Ar t. 128, CPC - Feita a denunciação pelo réu:
I - se o denunciado contestar o pedido formulado pelo autor, o processo prosseguirá tendo, na ação principal, em litisconsórcio, denunciante e denunciado; EX: seguradora pode contestar a ação ou até o próprio réu (quem convocou), sendo assim pode se contestar ou a lide ou a parte. Se ocorrer a Vitória do autor (ação procedente): Será criado um litisconsórcio passivo, sendo possível ser exigido da seguradora até o limite da apólice. Se ocorrer ao contrário a questão será extinta. OBS a relação do réu e da seguradora não é solidária.
II - se o denunciado for revel, o denunciante pode deixar de prosseguir com sua defesa, eventualmente oferecida, e abster-se de recorrer, restringindo sua atuação à ação regressiva; SÓ SERÁ APLICADO NO Art. 125, inc. I (EVICÇÃO). Não se aplica ao Art. 125, inc. II (seguradora).
III - se o denunciado confessar os fatos alegados pelo autor na ação principal, o denunciante poderá prosseguir com sua defesa ou, aderindo a tal reconhecimento, pedir apenas a procedência da ação de regresso.
Parágrafo único. Procedente o pedido da ação principal, pode o autor, se for o caso, requerer o cumprimento da sentença também contra o denunciado, nos limites da condenação deste na ação regressiva.
Qual momento pode ser a juizado a Denunciação da Lide
⦁ Autor: Petição Inicial.
⦁ Réu: No momento da Contestação.
Atos que o juiz pratica Art. 203- Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.
⦁ Sentenças: Não extingue um processo, e sim uma fase dele. (Art. 1009, CPC) Da sentença cabe apelação. (é possível recorrer todo ato que encerra a fase de resolução/conhecimento com ou sem resolução do mérito.
⦁ Decisões Interlocutórias: É toda decisão que não encerra uma fase processual. Ex: Juiz negando um pedido.
⦁ Despachos: Nele não há conteúdo decisório. (ex: cite-se, intima-se). Sendo assim são irrecorríveis, não cabem recurso, possui conteúdo ordinatório.
Princípios 
⦁ Juiz Natural: Será sempre julgado por órgão superior.
Há suspeição do juiz: vínculo de ordem subjetivo, sentimento pessoal que o impede de ser imparcial.
⦁ O Ministério Público: é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado (essencial para a justiça), não integra nenhum poder, incumbindo-lhe (funções): a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Ou 1 ou outro, ou fiscaliza ou defende os interesses pessoais indisponíveis.
⦁ A Defensória Pública: É membro do Poder Executivo, podendo ser da União ou Estadual. (CUSTOS VUNERABILIS). Tem intuito de dar Capacidade Postulatória aos Hiposuficientes (economicamente e juridicamente).
⦁ Atos Processuais: São atos praticados pelos personagens do processo. (ex: juiz, MP, Defensória Pública, Fazenda Pública).
 Atos
⦁ Postulatórios: Petição Inicial, Contestação, Recurso.
⦁ Instrutórios: Testemunhas busca demonstrar alegações feitas no processo.
⦁ Reais: essencial para o andamento do processo (não há congruência com o direito material.)
⦁ Dispositivos: parte ou prática a Desistência e Renúncia.
Desistência: Gera extinção do processo sem resolução do mérito. É a desistência da ação, opera no plano processual, pode reabrir o processo.
Renuncia: Abre mão do direito material com a resolução do mérito. Uma vez renunciado o direito, e homologado pelo juiz, não há o que se fazer.
Obs: Alimentos dos Incapazes são irrenunciáveis.
Tempo das Ações Processuais: IMPORTANTE
⦁ Horário da Prática: Pode variar de estado para estado, no RIO DE JAN EIRO de 6:00hrs até 20:00hrs, as audiências só poderão ter início até as 20hrs, mas pode-se ultrapassar se já tiver em andamento.
OBS: Atos em Processos Eletrônicos – A qualquer hora do dia.
⦁ Plantão Judiciário: Cada região possui horário específico, somente para atos urgentes ex: Habeas Corpus.
⦁ Recesso Judiciário: Vai de 20 de dezembro até 6 de janeiro. Apenas atos urgentes.
⦁ Férias Florences: Vai de 20 de dezembro até 20 de janeiro, é para os Advogados
Art. 215. Processam-se durante as férias forenses, onde as houver, e não se suspendem pela superveniência delas Continuam a tramitar durante as férias. 
ALÉM dos atos urgentes, I , II , III...
I - os procedimentos de jurisdição voluntária e os necessários à conservação de direitos, quando puderem ser prejudicados pelo adiamento;
II - a ação de alimentos e os processos de nomeação ou remoção de tutor e curador;
III - os processos que a lei de terminar.
Prazos
⦁ Prazos Peremptórios (regra): Perde-se a oportunidade de praticar o ato, caso tenha perdido o prazo para praticá-lo (intempestiva), caso não obedeça o prazo. Uma vez esgotado ocorre a PRECULSÃO TEMPORAL: ato não será mais admitido
⦁ Prazos Dilatórios: Ainda que ultrapassado o prazo, ainda poderá entrar com a ação, se o juiz ainda não extinguiu o processo. (PRICÍPIO da Duração Razoável do Processo).
⦁ Prazos Judiciais: Em determinados casos cabe ao juiz de terminar prazo, a lei irá conferir a ele esse poder.
Ex:
Art. 352. Verificando a existência de irregularidades ou de vícios sanáveis, o juiz determinará sua correção em prazo nunca superior a 30 (trinta) dias. (lei da um limite, mas o juiz que escolher dentro dele).
OBS: Toda vez que a lei não determinar prazo, e nem o juiz = o prazo será de 5 DIAS.
Atos Prematuros/Extemporâneo: São permitidos no Brasil, pois não prejudica as partes, dá mais celeridade a o Processo.
 Contagem de Prazo (Art. 219 e 224 CPC)
Prazo processual é contado em dias úteis somente.
Para contagem dos prazos exclui-se o primeiro dia (termo inicial) e inclui-se o ultimo dia, ou seja, termo final, considerando-se os dias úteis (art.224 caput.)
Em caso de encerramento mais cedo ou inicio mais tarde do expediente forense, o inicio do prazo ou vencimento será deslocado para o primeiro dia útil seguinte.
PROCESSO ELETRONICO 
Inicio do prazo contado a partir da publicação da decisão ou de findado o prazo da intimação eletrônica.
Art. 229 - Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento.
Art.229 § 1°- Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 (dois) réus, é oferecida defesa por apenas um deles. (30 dias úteis.)
Art.229 § 2°- Processo eletrônico não há prazo em dobro.
FORMA DO ATO PROCESSUAL
Tendo em vista o principio da economia processual o novo CPC adotaa liberdade quanto a forma do ato desde que cumpra a sua finalidade exceto os casos que a lei exigir determinada forma.
DOS ATOS EM PROCESSO ELETRONICO
Em se tratando de processo eletrônico os prazos serão cumpridos na forma eletrônica devendo eventuais documentos anexados serem digitalizados.
Entretanto será admitida a pratica de ato não eletrônico em processo eletrônico caso não haja disponibilidade de equipamentos eletrônicos no local.
Prazo art. 183 CPC – Prazos em dobro para a fazenda púbica, independente se físico ou eletrônico o processo.
LUGAR DOS ATOS PROCESSUAIS 
Os atos processuais terão que ser praticados na sede do juízo. Excepcionalmente admiti-se a pratica do ato em local diverso conforme ART.217.
SUSPENSÂO E INTERRUPÇÂO DO PRAZO
A interrupção tem como conseqüência a devolução integral do prazo.
Na suspensão o prazo será contado de onde parou.
CITAÇÂO
O processo se inicia a partir do protocolo da petição inicial. A citação dará ciência ao réu do processo movido em face dele.
Citação e o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou interessado a fim de se defender.
A citação tem ligação direta com principio do contraditório e ampla defesa.
Ela confere eficácia do processo do réu, Pressuposto de validade do processo, Comparecimento espontâneo e citação valida (Art.240, CPC) 
Interrupção e Suspensão do Prazo. (Prova)—> como contar os prazos????
⦁ Interrupção: Quando acontece algo, e é ganho o prazo inteiro novamente, a contagem do prazo volta ao zero.
⦁ Suspensão: Quando suspenso, volta de onde parou, vai retornar de onde parou. Ex: Férias Florences.
Art. 1.026. Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de recurso.
Prazo Próprio e Impróprio.
⦁ Prazo Próprio (regra geral): Quando não observado gera sansão, podendo acarretar na extinção do processo. 
Ar t. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30(trinta) dias;
⦁ Prazo Impróprio: Não acarretam punibilidade de perda da pratica do ato processual.
 Art. 226. O juiz proferirá: 
I- os despachos no prazo de 5(cinco) dias;
OBS: O juiz poderá exceder por igual tempo, os prazos que estão submetidos. (Art. 225/226/ 227)
Art. 225. A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor, desde que o faça de maneira expressa.
Art. 226. O juiz proferirá:
I - os despachos no prazo de 5(cinco) dias;
II - as decisões interlocutórias no prazo de 10(dez) dias;
III - as sentenças no prazo de 30(trinta) dias.
Cartas precatórias e rogatórias art.260 a 275 CPC.
Art. 260 São requisitos das cartas de ordem, precatória e rogatória:
I – a indicação dos juízes de origem e de cumprimento do ato;
II – o inteiro teor da petição, do despacho judicial e do instrumento do mandato conferido ao advogado;
III – a menção do ato processual que lhe constitui o objeto;
IV – o encerramento com a assinatura do juiz.
§ 1o O juiz mandará trasladar para a carta quaisquer outras peças, bem como instruí-la com mapa, desenho ou gráfico, sempre que esses documentos devam ser examinados, na diligência, pelas partes, pelos peritos ou pelas testemunhas.
Art. 261 Em todas as cartas o juiz fixará o prazo para cumprimento, atendendo à facilidade das comunicações e à natureza da diligência.
§ 1o As partes deverão ser intimadas pelo juiz do ato de expedição da carta.
§ 2o Expedida a carta, as partes acompanharão o cumprimento da diligência perante o juízo destinatário, ao qual compete a prática dos atos de comunicação.
§ 3o A parte a quem interessar o cumprimento da diligência cooperará para que o prazo a que se refere o caput seja cumprido.
§ 2o Quando o objeto da carta for exame pericial sobre documento, este será remetido em original, ficando nos autos reprodução fotográfica.
§ 3o A carta arbitral atenderá, no que couber, aos requisitos a que se refere o caput e será instruída com a convenção de arbitragem e com as provas da nomeação do árbitro e de sua aceitação da função.
Art. 262 A carta tem caráter itinerante, podendo, antes ou depois de lhe ser ordenado o cumprimento, ser encaminhada a juízo diverso do que dela consta, a fim de se praticar o ato.
Parágrafo único.  O encaminhamento da carta a outro juízo será imediatamente comunicado ao órgão expedidor, que intimará as partes.
Art. 263 As cartas deverão, preferencialmente, ser expedidas por meio eletrônico, caso em que a assinatura do juiz deverá ser eletrônica, na forma da lei.
Art. 264 A carta de ordem e a carta precatória por meio eletrônico, por telefone ou por telegrama conterão, em resumo substancial, os requisitos mencionados no art. 250, especialmente no que se refere à aferição da autenticidade.
Art. 265 O secretário do tribunal, o escrivão ou o chefe de secretaria do juízo deprecante transmitirá, por telefone, a carta de ordem ou a carta precatória ao juízo em que houver de se cumprir o ato, por intermédio do escrivão do primeiro ofício da primeira vara, se houver na comarca mais de um ofício ou de uma vara, observando-se, quanto aos requisitos, o disposto no art. 264.
§ 1o O escrivão ou o chefe de secretaria, no mesmo dia ou no dia útil imediato, telefonará ou enviará mensagem eletrônica ao secretário do tribunal, ao escrivão ou ao chefe de secretaria do juízo deprecante, lendo-lhe os termos da carta e solicitando-lhe que os confirme.
§ 2o Sendo confirmada, o escrivão ou o chefe de secretaria submeterá a carta a despacho.
Art. 266 Serão praticados de ofício os atos requisitados por meio eletrônico e de telegrama, devendo a parte depositar, contudo, na secretaria do tribunal ou no cartório do juízo deprecante, a importância correspondente às despesas que serão feitas no juízo em que houver de praticar-se o ato.
Art. 267 O juiz recusará cumprimento a carta precatória ou arbitral, devolvendo-a com decisão motivada quando:
I – a carta não estiver revestida dos requisitos legais;
II – faltar ao juiz competência em razão da matéria ou da hierarquia;
III – o juiz tiver dúvida acerca de sua autenticidade.
Parágrafo único.  No caso de incompetência em razão da matéria ou da hierarquia, o juiz deprecado, conforme o ato a ser praticado, poderá remeter a carta ao juiz ou ao tribunal competente.
Art. 268 Cumprida a carta, será devolvida ao juízo de origem no prazo de 10 (dez) dias, independentemente de traslado, pagas as custas pela parte.
Art. 269 Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do processo.
§ 1o É facultado aos advogados promover a intimação do advogado da outra parte por meio do correio, juntando aos autos, a seguir, cópia do ofício de intimação e do aviso de recebimento.
§ 2o O ofício de intimação deverá ser instruído com cópia do despacho, da decisão ou da sentença.
§ 3o A intimação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de suas respectivas autarquias e fundações de direito público será realizada perante o órgão de Advocacia Pública responsável por sua representação judicial.
Art. 270 As intimações realizam-se, sempre que possível, por meio eletrônico, na forma da lei.
Parágrafo único.  Aplica-se ao Ministério Público, à Defensoria Pública e à Advocacia Pública o disposto no § 1o do art. 246.
Art. 271 O juiz determinará de ofício as intimações em processos pendentes, salvo disposição em contrário
Art. 272 Quando não realizadas por meio eletrônico, consideram-se feitas as intimações pela publicação dos atos no órgão oficial.
§ 1o Os advogados poderão requerer que, na intimação a eles dirigida, figure apenas o nome da sociedade a que pertençam, desde que devidamente registrada na Ordem dos Advogados do Brasil.
§ 2o Sob pena de nulidade, é indispensável que da publicação constem os nomes das partes e de seus advogados, com o respectivo número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil, ou, se assim requerido, da sociedade de advogados.
§ 3o A grafia dos nomes das partes não deve conter abreviaturas.
§ 4o A grafia dos nomes dosadvogados deve corresponder ao nome completo e ser a mesma que constar da procuração ou que estiver registrada na Ordem dos Advogados do Brasil.
§ 5o Constando dos autos pedido expresso para que as comunicações dos atos processuais sejam feitas em nome dos advogados indicados, o seu desatendimento implicará nulidade.
§ 6o A retirada dos autos do cartório ou da secretaria em carga pelo advogado, por pessoa credenciada a pedido do advogado ou da sociedade de advogados, pela Advocacia Pública, pela Defensoria Pública ou pelo Ministério Público implicará intimação de qualquer decisão contida no processo retirado, ainda que pendente de publicação.
§ 7o O advogado e a sociedade de advogados deverão requerer o respectivo credenciamento para a retirada de autos por preposto.
§ 8o A parte arguirá a nulidade da intimação em capítulo preliminar do próprio ato que lhe caiba praticar, o qual será tido por tempestivo se o vício for reconhecido.
§ 9o Não sendo possível a prática imediata do ato diante da necessidade de acesso prévio aos autos, a parte limitar-se-á a arguir a nulidade da intimação, caso em que o prazo será contado da intimação da decisão que a reconheça.
Art. 273 Se inviável a intimação por meio eletrônico e não houver na localidade publicação em órgão oficial, incumbirá ao escrivão ou chefe de secretaria intimar de todos os atos do processo os advogados das partes:
I – pessoalmente, se tiverem domicílio na sede do juízo;
II – por carta registrada, com aviso de recebimento, quando forem domiciliados fora do juízo.
Art. 274 Não dispondo a lei de outro modo, as intimações serão feitas às partes, aos seus representantes legais, aos advogados e aos demais sujeitos do processo pelo correio ou, se presentes em cartório, diretamente pelo escrivão ou chefe de secretaria.
Parágrafo único.  Presumem-se válidas as intimações dirigidas ao endereço constante dos autos, ainda que não recebidas pessoalmente pelo interessado, se a modificação temporária ou definitiva não tiver sido devidamente comunicada ao juízo, fluindo os prazos a partir da juntada aos autos do comprovante de entrega da correspondência no primitivo endereço.
Art. 275 A intimação será feita por oficial de justiça quando frustrada a realização por meio eletrônico ou pelo correio.
§ 1o  A certidão de intimação deve conter:
I – a indicação do lugar e a descrição da pessoa intimada, mencionando, quando possível, o número de seu documento de identidade e o órgão que o expediu;
II – a declaração de entrega da contrafé;
III – a nota de ciente ou a certidão de que o interessado não a apôs no mandado.
§ 2o Caso necessário, a intimação poderá ser efetuada com hora certa ou por edital.

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