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ENFERMAGEM E SAÚDE DO TRABALHADOR

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ENFERMAGEM E SAÚDE DO TRABALHADOR
NR32;
É uma legislação do Ministério do Trabalho que estabelece medidas para proteger a segurança e a saúde dos trabalhadores de qualquer serviço de saúde inclusive os que trabalham nas escolas, ensinando ou pesquisando. 
Seu objetivo é prevenir os acidentes e o adoecimento causado pelo trabalho nos profissionais da saúde, eliminando ou controlando as condições de risco presentes nos Serviços de Saúde. 
Ela recomenda para cada situação de risco a adoção de medidas preventivas e a capacitação dos trabalhadores para o trabalho seguro. 
Atinge não só os empregados próprios do Serviço de Saúde como também os empregados das empresas terceirizadas, cooperativas, prestadoras de serviço.
NR-32
Abrange as situações de exposição aos diversos agentes de risco presentes no ambiente de trabalho, como os agentes de risco biológico; os agentes de risco químico; os agentes de risco físico com destaque para as radiações ionizantes; os agentes de risco ergonômico.
Abrange ainda a questão da obrigatoriedade da vacinação do profissional de enfermagem com comprovante ao trabalhador.
Em relação aos acidentes pérfurocortantes os profissionais de enfermagem são os trabalhadores mais expostos.
São vedados o reencape e a desconexão manual de agulhas. O objetivo deste item é o de diminuir a ocorrência dos acidentes com agulhas.
Determina (em seus artigos normatizadores) que: os trabalhadores com feridas ou lesões nos membros superiores só podem iniciar suas atividades após avaliação médica obrigatória com emissão de documento de liberação para o trabalho.
O empregador deve vedar: 
a utilização de pias de trabalho para fins diversos dos previstos; 
o ato de fumar;
 o uso de adornos e o manuseio de lentes de contato nos postos de trabalho;
 o consumo de alimentos e bebidas nos postos de trabalho e guardar alimentos em locais não destinados para este fim; 
o uso de calçados abertos.
 São exemplos de adornos: alianças e anéis, pulseiras, relógios de uso pessoal, colares, brincos, broches, piercings expostos. Esta proibição estende-se a crachás pendurados com cordão e gravatas.
Entende-se por calçado aberto aquele que proporciona exposição da região do calcâneo (calcanhar), do dorso (peito) ou das laterais do pé.
Os Equipamentos de Proteção Individual – EPI, descartáveis ou não, deverão estar à disposição, em número sufi ciente, nos postos de trabalho, de forma que seja garantido o imediato fornecimento ou reposição.
EPI/EPC
EPI (Equipamento de proteção individual):é destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador.Como:
Óculos;
Luvas;
Capote;
Máscara;
Jaleco;
Touca;
Sapato.
EPC (Equipamento de proteção coletiva):Proteção de todos os trabalhadores expostos a determinado risco. Como:
Enclausuramento acústico de fontes de ruído;
 Ventilação dos locais de trabalho;
 A proteção de partes móveis de máquinas e equipamentos;
 Sinalização de segurança;
 Cabine de segurança biológica, capelas químicas, cabine para manipulação de radioisótopos;
 Extintores de incêndio,
SAUDE DO TRABALHADOR
 É o campo da Saúde Pública que tem como objeto de estudo e intervenção as relações produção-consumo e o processo saúde-doença das pessoas e, em particular, dos trabalhadores. 
 A saúde ocupacional é uma importante estratégia não somente para garantir a saúde dos trabalhadores, mas também para contribuir positivamente para a produtividade, qualidade dos produtos, motivação e satisfação do trabalho e, portanto, para a melhoria geral na qualidade de vida dos indivíduos e da sociedade como um todo.
NR-09 PPRA(PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS)
Identificar riscos potenciais a saúde do trabalhador no seu 
ambiente de trabalho e definir medidas de eliminação e/ou
controle dos mesmos.
Risco biológico;
Risco físico;
Risco químico;
Ergonômicos;
Acidentes;
RISCOS AMBIENTAIS
Processos pelos quais o homem modifica os materiais extraídos da 
natureza, para transformá-los em produtos, capazes de dispensar no 
ambiente dos locais de trabalho substâncias que ao entrarem em 
contato com o organismo dos trabalhadores, podem acarretar 
moléstias ou danos a sua saúde, estão divididos em:
Risco químico;
Risco físico;
Risco biológico;
 Riscos Químicos: São as diversas substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória (poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores) ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão. 
Riscos Físicos: substancia em quantidade superior àquela que o organismo é capaz de suportar, podendo acarretar uma doença profissional:
Temperaturas extremas;
Ruído;
Umidade;
Radiações ionizantes;
Riscos Biológicos: são microorganismos que podem contaminar o trabalhador e são, basicamente: 
Bactérias; 
 Fungos ;
Bacilos;
Vírus
Ergonomia: é a ciência relacionada ao homem e seu trabalho, incluindo os fatores e condições de ambiente de trabalho em relação as capacidades, psicofisiológicas, antropométricas e biomecânicas dos ser humano.
ACIDENTES DE TRABALHO
É o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa
ou pelo exercício do trabalho dos segurados provocando lesão 
corporal ou perturbação funcional que cause a morte, perda ou 
redução, permanente ou temporária da capacidade para o 
trabalho. Podem ser divididos em:
 Acidentes típico: são aqueles que ocorrem no local e horário de trabalho ou fora do mesmo quando o trabalhador está executando ordem a serviço da empresa.
 Acidentes de trajetos: ocorrem no percurso de casa para o trabalho ou vice-versa, não importando o meio de locomoção.
 Doenças relacionadas ao trabalho: incorporam doenças que são necessariamente causadas pelo trabalho (doenças profissionais) e as que são precipitadas, desencadeadas ou agravadas por ele. 
Acidentes típicos: são aqueles que ocorrem no local e horário de 
trabalho ou fora do mesmo quando o trabalhador está executando 
ordem a serviço da empresa, viajando a serviço ou prestando 
espontaneamente serviços ao empregador. 
Acidentes de trajeto: ocorrem no percurso de casa para o trabalho
ou vice-versa, não importando o meio de locomoção. Esses acidentes 
relacionam-se intensamente com as condições de transporte dos 
trabalhadores e a violência do trânsito nos grandes centros urbanos. 
Doenças relacionadas ao trabalho: incorporam doenças que são 
necessariamente causadas pelo trabalho que são desencadeadas ou 
agravadas por ele. Para fins legais e previdenciários, as doenças 
relacionadas ao trabalho são consideradas acidentes de trabalho. 
Principais agravos à saúde dos trabalhadores no Brasil
Distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT) ou lesões por esforços repetitivos (LER): são lesões ocorridas em ligamentos, músculos, tendões e em outros segmentos corporais relacionadas com o uso repetitivo de movimentos, posturas inadequadas e outros fatores como a força excessiva. 
Perda de audição induzida pelo ruído (PAIR);
Intoxicação pelo chumbo;
Intoxicações por agrotóxicos
Dermatoses ocupacionais:é qualquer alteração da pele, mucosa e anexos, direta ou indiretamente causada ou agravada por agentes presentes no ambiente de trabalho.
VACINAÇÃO;
A imunização é de importância fundamental para saúde pública, sendo garantida pela Lei 6.259 de 30 de outubro de 1975, a qual institucionalizou o Programa Nacional de Imunizações – PNI – criado em 1973, sob responsabilidade do Ministério da Saúde. Este programa é referência para a saúde pública em todo o mundo.
FUNÇÕES BÁSICAS DA ENFERMAGEM DO TRABALHO
Dinamometria;
Acuidade visual;
Antropometria e verificação de sinais vitais;
Curativos e administração de medicações prescritas;
Coleta de material para exames laboratoriais;
Campanhas de vacinação;
Campanhas de promoção à saúde;
Desinfecção e esterilização de materiais
Ensino:
Realização de palestras direcionadas à saúde;
Treinamento DST/AIDS e primeiros socorros para membros daCIPA e Brigada de Emergência;
Desenvolvimento de peças teatrais com temas relacionados à saúde e prevenção de acidentes durante a Semana Interna de Prevenção de Acidente do Trabalho;
Elaboração de temas sobre saúde para jornais e murais internos da empresa.
Administrativa:
Organizar o ambulatório de saúde ocupacional;
Organizar arquivos da empresa;
Controlar e enviar equipamentos para manutenção em fornecedores selecionados;
Controlar e enviar equipamentos para calibração anual em fornecedores selecionados;
Controlar estoques e datas de vencimento de materiais e medicamentos.
CIPA(Comissão Interna de Prevenção de Acidente): Tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. 
CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho): é um formulário que tem por objetivo registrar na Previdência Social a ocorrência de Acidentes de Trabalho. A todo e qualquer acidente de trabalho, seja por doença profissional, doença do trabalho ou acidente de trajeto, é dever da empresa informar.
BIOSSEGURANÇA
Conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização eliminação de RISCOS inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico prestação de serviços (laboratórios clínicos);
MEDIDAS UNIVERSAIS DE PROTEÇÃO;
Uso de barreiras ou equipamentos de proteção; 
Prevenção de exposição a sangue e fluidos orgânicos, acidentes perfurocortantes e lavagens de mãos; 
Manejo adequado dos acidentes de trabalho que envolvam a exposição a sangue e fluidos orgânicos.
RESÍDUO HOSPITALAR
O lixo hospitalar, também chamado de resíduo hospitalar é todo tipo de lixo proveniente do atendimento a pacientes ou de qualquer estabelecimento de saúde ou unidade que execute atividades de natureza de atendimento médico, tanto para seres humanos quanto para animais. 
Seja qual for sua origem ou tipo, o descarte do lixo hospitalar deve ser feito seguindo regras específicas que evitem contaminação ambiental.
De acordo com a Resolução RDC nº 33/03, os resíduos hospitalares são 
classificados como:
Grupo A (potencialmente infectantes) - que tenham presença de agentes biológicos que apresentem risco de infecção. Ex.: bolsas de sangue contaminado;
Grupo B (químicos) - que contenham substâncias químicas capazes de causar risco à saúde ou ao meio ambiente, independente de suas características inflamáveis, de corrosividade, reatividade e toxicidade. Ex.: medicamentos para tratamento de câncer, reagentes para laboratório e substâncias para revelação de filmes de Raio-X;
Grupo C (rejeitos radioativos) - materiais que contenham radioatividade em carga acima do padrão e que não possam ser reutilizados, como exames de medicina nuclear;
Grupo D (resíduos comuns) - qualquer lixo hospitalar que não tenha sido contaminado mas que possa provocar acidentes, como gesso, luvas, gazes, materiais passíveis de reciclagem e papéis;
Grupo E (perfurocortantes) - objetos e instrumentos que possam furar ou cortar, como lâminas, bisturis, agulhas e ampolas de vidro.
TIPOS DE LIXO HOSPITALAR
GERENCIAMENTO DOS RESIDUOS HOSPITALARES
 Os resíduos devem ser corretamente separado, armazenado em local específico até sua coleta e correto descarte, uma vez que pode implicar em riscos na segurança e saúde do trabalhador e da comunidade.
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (PGRSS ) 
PGRSS é um documento técnico referente ao gerenciamento de resíduos de saúde ou seja é um conjunto de procedimentos sobre o manejo dos serviços de saúde, que contempla a geração, segregação, acondicionamento, coleta interna, armazenamento, transporte, tratamento e destinação final desses resíduos.
Os resíduos dos serviços de saúde possuem características individuais que exigem processos diferenciados para manejo, pois podem apresentar riscos à saúde humana.
Os estabelecimentos da área de saúde devem elaborar o plano devido aos riscos à saúde pública e ao meio ambiente quando os resíduos de saúde não recebem um gerenciamento correto. 
DESCARTE DE RESÍDUO HOSPITALAR
O descarte de resíduo hospitalar faz grande diferença e evita problemas para hospitais, clínicas, laboratórios e principalmente para pessoas que recolhem tais materiais. 
Os resíduos hospitalares devem ser devidamente separados: materiais especiais, gerais e infecciosos. 
A Anvisa estabeleceu regras nacionais sobre acondicionamento e tratamento do lixo hospitalar desde sua origem até o destino final, abrangendo aterramento, radiação e incineração. 
A determinação tem como meta evitar danos ao meio ambiente e prevenir acidentes que possam atingir profissionais que trabalham diretamente nos processos de coleta, armazenamento, transporte, tratamento e destinação desses resíduos.
DESCARTE DE RESÍDUO HOSPITALAR
Para os resíduos não infectantes poderão ser utilizados sacos plásticos de qualquer cor, exceto branca.
Para resíduos infectantes ou para totalidade dos resíduos gerados, quando não for segura a separação por grupos, serão utilizados sacos plásticos de cor branca-leitosa sempre identificados de forma visível com o símbolo de risco infectante em sua parte frontal. 
A destinação final desses materiais devem seguir a resolução RDC 306/2004 – ANVISA.
Observar que o preenchimento dos sacos alcance somente 2/3 de sua capacidade;
Os materiais radioativos dispõem de regulamentação própria do CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear) e seu procedimento deve ser feito de acordo com essa especificação, porém, é importante ressaltar que os hospitais são os responsáveis por sua destinação final.
Os materiais farmacêuticos devem ser devolvidos aos fabricantes, sendo os próprios fabricantes os responsáveis por sua correta destinação final, contratando uma empresa especializada de coleta de materiais infectantes. 
TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
 
Incineração, porém isso gera a liberação de cinzas contaminadas com substâncias nocivas à atmosfera, o processo gera emissões que podem ser mais tóxicas do que os produtos incinerados.
Esterilização é uma alternativa válida e importante.A colocação deste lixo em valas assépticas é considerada uma opção igualmente válida, porém o espaço necessário para isso e a devida fiscalização limitam o seu uso. Infelizmente, a maioria dos hospitais faz o descarte do lixo hospitalar sem separar esses resíduos corretamente.
RDC 306/2004
O gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde (RSS) consiste em 
um conjunto de procedimentos que devem ser planejados e 
implementados a partir de bases científicas e técnicas, normativas e 
legais inclui:
Segregação - é a separação dos resíduos no momento e local da sua geração.
Acondicionamento - deverá ser ato contínuo à sua geração, em recipientes que não possibilitem rupturas e vazamentos.
Identificação - os resíduos, após ser acondicionados, deverão ser identificados com a expressão e símbolo, específico para cada grupo.
Coleta e Transporte - é a retirada dos sacos plásticos contendo resíduos, desde o ponto de geração até o seu armazenamento. Nessa atividade são utilizados veículos adequados e exclusivos a esse fim.

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