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PROCESSO CIVIL -competencia

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PROCESSO CIVIL I
COMPETÊNCIA 
CONCEITO: é o resultado de critérios para distribuir entre vários órgãos as atribuições relativas ao desempenho da jurisdição. A competência jurisdicional é o poder de exercer a jurisdição nos limites estabelecidos pela lei. Refere-se ao limite do exercício de um poder. 
DISTRIBUIÇÃO DA COMPETÊNCIA: faz-se por meio de normas constitucionais, legais, regimentais e até negociais.
PRINCIPIOS DA DISTRIBUIÇÃO DE COMPETÊNCIAS: Canotilho identifica dois: indisponibilidade (as competências constitucionalmente fixadas não possam ser transferidas para órgãos diferentes daqueles a quem a Constituição as atribui) e tipicidade (as competências dos órgãos constitucionais sejam, em regra, apenas as expressamente numeradas na Constituição). 
O STF reconhece a existência de competências implícitas (não há vácuo de competências). 
REGRA DA KOMPETENZKOMPETENZ: todo juízo tem a competência de julgar sua própria competência (sempre terá competência para decidir se é ou não competente). 
PERPETUAÇÃO DA JURISDIÇÃO: É necessário que se determine, in concreto, qual o juízo que será o competente para o processamento e o julgamento da causa. Se houver mais de uma vara, a petição inicial será distribuída, se for só uma, seu registro é o fato que fixa a competência. 
Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato (mudança de domicílio do réu) ou de direito (ampliação do teto da competência do órgão em razão do valor da causa) ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
No entanto, há fatos supervenientes que impedem a perpetuação da jurisdição:
Supressão do órgão judiciário: extinção da vara ou comarca; 
Alteração superveniente da competência absoluta: em razão da materia, da pessoa ou da função (não alcança os processos já julgados);
COMPETÊNCIA POR DISTRIBUIÇÃO: a distribuição deve ser feita imediatamente para respeitar o princípio da razoável duração. 
Art. 284. Todos os processos estão sujeitos a registro, devendo ser distribuídos onde houver mais de um juiz.
CLASSIFICAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS: 
Competência de foro (territorial) e de juízo: foro é o local onde o órgão jurisdicional exerce as suas funções. No mesmo local, conforme as leis de organização judiciária, podem funcionar vários juízes com atribuições iguais ou diversas. Para uma mesma causa, verifica-se primeiro qual o foro competente, depois o juízo (vara, cartório, unidade administrativa).
Competência originária e derivada: originaria é aquela atribuída ao órgão jurisdicional para conhecer da causa em primeiro lugar; pode ser atribuída tanto ao juízo singular, em primeiro grau, como ao tribunal. A derivada é atribuída ao órgão jurisdicional destinado a rever decisão já proferida. 
Competência relativa e absoluta: regra de competência absoluta é para atender principalmente ao interesse público, e regra de competência relativa para atender preponderantemente ao interesse particular. 
A TRANSLATIO IUDICII: a preservação da litispendência e dos seus efeitos (materiais e processuais), a despeito do reconhecimento da incompetência. 
a incompetência (absoluta ou relativa) é defeito processual que, em regra, não leva à extinção do processo, apenas gera a remessa dos autos ao juízo competente. Exceção: incompetência dos juizados especiais e incompetência internacional (art 21 e 23)
a decisão sobre alegação de incompetência deverá ser proferida imediatamente após a manifestação da outra parte. 
Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação. 
§ 1o A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada de ofício. 
§ 2o Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá imediatamente a alegação de incompetência. § 3o Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competente. 
§ 4o Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente.
DISTINÇÃO ENTRE INCOMPETÊNCIA RELATIVA E INCOPETÊNCIA ABSOLUTA: 
Colar tabela p. 206.
FOROS CONCORRENTES: A existência de foros concorrentes significa que todos eles são igualmente competentes para, em tese, julgar um determinado tipo de demanda. Essa circunstância, porém, não impede que se controle in concreto o exercício de direito de escolha do foro que, se se revelar abusivo, deverá ser rechaçado pelo órgão jurisdicional, que sempre tem a competência de julgar a própria competência. 
COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL: Quando um órgão extrapola a fração de poder que a CF concedeu, há falta de competência, e não de jurisdição. É uma sentença invalida. 
COMPETÊNCIA INTERNACIONAL: essa competência visa delimitar o espaço em que se deve atuar a jurisdição, na medida em quem o Estado possa fazer cumprir soberanamente as suas sentenças. A competência internacional brasileira diz quais as causas que deverão ser conhecidas e decididas pela justiça brasileira. Art 21-25 CPC. 
COMPETÊNCIA CONCORRENTE: Art 21 e 22. Causas que podem também ser julgadas em tribunais estrangeiros. A sentença proferida no estrangeiro será eficaz no território brasileiro, desde que seja homologada no STJ de acordo com os critérios do art. 963.
COMPETÊNCIA EXCLUSIVA: Art. 23. Sentença estrangeira não produz quaisquer efeitos. 
COMPETÊNCIA CONCORRENTE E LITISPENDÊNCIA: Art. 24. Sendo concorrente a competência, é natural que a lei interna prefira o julgamento por nossos tribunais. E a verificação da litispendência haveria de ser feita por um juiz de primeira instancia, tendo ele que examinar se a sentença proferida no estrangeiro possui certos requisitos de admissibilidade para eventual homologação. Sucede que a competência para isso é do STJ. Assim, teria de fazer um exame provisório e precário de uma matéria que não lhe compete. Desse modo, a pendencia de causa perante a jurisdição brasileira não impede a homologação de sentença judicial estrangeira quando exigida para produzir efeitos no Brasil.
MÉTODOS PARA IDENTIFICAR O JUÍZO COMPETENTE: 
Verificar se a justiça brasileira é competente para julgar; 
Se o for, é preciso investigar se o caso é de competência originaria de Tribunal ou de órgão jurisdicional atípico (Senado, Câmara); 
Não sendo o caso, verificar se é da justiça especial (eleitora, trabalhista ou militar) ou justiça comum;
Sendo competência da justiça comum, verificar se é da justiça federal (art, 108 e 109 da CF), pois não sendo será residualmente da estadual; 
Sendo da justiça estadual, deve-se buscar o foro competente (competência absoluta e relativa, material, funcional, valor da causa e territorial);
Determinado o foro competente, verifica-se o juízo competente, de acordo com o sistema do CPC (prevenção, por exemplo) e das normas de organização judiciária. 
CRITÉRIOS DETERMINATIVOS DE DISTRIBUIÇÃO DE COMPETÊNCIA: territorial (relativa), funcional, em razão da pessoa, matéria a ser decidida e valor da causa (relativa). Todos esses elementos devem constar na Petição Inicial: 
OBJETIVO: em razão da matéria, em razão da pessoa e em razão do valor da causa
O critério objetivo é aquele pelo qual se leva em consideração a demanda apresentada ao Poder Judiciário como o dado relevante para a distribuição da competência. Elementos da demanda: partes, pedido e causa de pedir. 
Competência em razão da pessoa: tem em contas as partes envolvidas. Competência absoluta. 
Competência em razão da matéria: definida pelo fato jurídico que lhe dá causa. Competência absoluta. 
Competência em razão do valor da causa: o valor da causa é definido a partir do valor do pedido. Abaixo do limite imposto pela lei há uma competência relativa, acima é incompetência absoluta.
TERRITORIAL: os órgãos jurisdicionais exercem jurisdição no limite da usa circunscrições territoriais. Competência relativa,derrogável por vontade das partes. 
FUNCIONAL: Relaciona-se com a distribuição das funções que devem ser exercidas em um mesmo processo. Toma-se por critério de distribuição aspectos endoprocessuais relacionados ao exercício das diversas atribuições que são exigidas do magistrado durante toda a marcha processual. Pode ser sistematizado em: graus de jurisdição (originária ou recursal), por fases do processo (cognição e execução), por objeto do juízo (assunção de competência, etc).
TEORIA DA AÇÃO
CONCEITO DO DIREITO DE AÇÃO: A jurisdição é inerte, logo, a ação é o instrumento para tirar a jurisdição de sua inércia, ou seja, o mecanismo pelo qual se provoca o Judiciário a da uma resposta. 
É um direito subjetivo público, exercido contra o Estado: o caráter subjetivo é relacionado com a facultatividade do direito de ação. Contra o Estado, pois a máquina judiciária se põe em movimento em razão da ação. 
TEORIAS SOBRE O DIREITO DE AÇÃO: 
TEORIA CONCRETISTA: condicionava a existência do direito de ação ao direito material. Condições de ação para os concretistas eram que o autor necessariamente deveria ter razão. Só teria ação em sentido estrito quando ao final fosse proferida sentença de procedência. 
TEORIAS ABSTRATIVISTAS PURAS: A ação não estaria condicionada à titularidade do direito material. Se a ação é exista sem julgamento de mérito, também exerceu o direito de ação. Ou seja, a existência do direito de ação não dependia do tipo de resposta dada pelo judiciário, ou seja, existira mesmo em casos de sentença de procedência, improcedência ou extinção sem julgamento de mérito. 
TEORIA ABSTRATIVISTA ECLÉTICA: Adotada pelo Código de 1973 e de 2016. Enrico Túlio Liebman, o direito de ação conceituado como direito a uma resposta de mérito. Ou seja, obter uma resposta de mérito seria obter uma decisão positiva ou negativa a respeito da pretensão autoral. Exclui-se do conceito uma extinção do processo sem resolução de mérito. Ela é abstrata, pois ela não condiciona o direito ação à titularidade do direito material, por outro lado, não cabe uma resposta que não julga procedente ou improcedente o pedido, por isso se trata de uma teoria eclética. 
Art. 17. CPC. Tem-se duas condições da ação: interesse e legitimidade. (O interesse absorve a noção de possibilidade jurídica do pedido). As condições da ação constituem matéria de ordem pública, a ser examinada de oficio pelo juiz. 
TEORIAS E AS CONDIÇÕES DA AÇÃO:
 LEGITIMIDADE DE PARTES, INTERESSE DE AGIR E POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO: 
LEGITIMIDADE: Art.18. A legitimidade ordinária só pode ser exercida pelo próprio titular. A legitimidade extraordinária (pode ser exclusiva ou concorrente) permite que se defenda em juízo direito alheio (diferente de representação).
INTERESSE DE AGIR: Art. 17. É composto em necessidade e adequação. A ideia de que a pretensão depende da demanda e que a demanda seja adequada ao atendimento em ação. 
Ex de falta de necessidade: ação fundada em dívida ainda não vencida. 
Ex de falta de adequação: demanda que não serve para atingir o resultado pretendido pelo autor. 
TEORIA DA ASSERÇÃO: Desenvolvida no Direito italiano, considera que o exame das condições de ação deve ser feito em abstrato de acordo com a versão dos fatos trazida na petição inicial. Independente do mérito, se pela afirmação em abstrato na petição inicial estiverem preenchidas as condições de ação, para um assertivista elas estariam presentes. Para os defensores da mencionada teoria, o juiz pode examinara presença das condições da ação a qualquer tempo nos autos, mas deve ser ressaltado que só poderá analisar o afirmado na inicial e não as provas do processo. Predomina no Brasil 
EXAME CONCRETO DAS CONDIÇÕES DA AÇÃO: Em antagonismo aos defensores da teoria da asserção, existem pensadores que defendem que as condições da ação devem ser examinadas em concreto. Ou seja, o juiz não considera apenas o que for afirmado na petição inicial, mas sim exatamente tudo o que for apurado nos autos. 
ELEMENTOS DA AÇÃO: 
PARTES: quem solicita a tutela jurisdicional e de quem a mesma é solicitada. Ou seja, quem pede e em face de quem ocorre a postulação. Não tem qualidade de parte os representantes. Existe ação sem parte (inventário) e ação sem réu (separação consensual). 
PEDIDO: O pedido pode ser classificado em pedido imediato e pedido mediato. O provimento jurisdicional é o pedido imediato. O pedido mediato é o chamado bem da vida que o autor almeja alcançar com a ação. Nos termos do art. 322 e 324 o pedido tem que ser certo e determinado. 
CAUSA DE PEDIR: art. 319, III. A petião inicial devera indicar o fato e os fundamentos jurídicos do pedido. 
Fundamento jurídico: o direito que o autor quer que seja aplicado ao caso, ou seja, o que prevê a norma abstrata a respeito do caso concreto em questão. 
Fatos: acontecimentos concretos e específicos que ocorreram dos quais decorreu a provocação do judiciário. 
SUBSTANCIAÇÃO: Dos componentes mencionados, somente um desses componentes possui a essência da causa de pedir o poder de vincular o juiz ao final do processo. Trata-se da descrição dos fatos. Os fundamentos jurídicos se tratam de uma norma abstrata e legal, então se aplica o brocardo: Jura Novit Curia (O juiz conhece o direito). Nesse sentido, o juiz não pode receber a petição inicial se os fatos não estiverem indicados de forma inteligível. OS fatos vinculam o juiz, os fundamentos não porque o juiz pode escolher aplicar um direito diferente daquele indicado na petição inicial. 
Trata-se na verdade da diferenciação entre a chamada teoria da substanciação e a chamada teoria da individuação (nessa teoria, o que vincula a decisão do magistrado ao final do processo seria a indicação dos fundamentos jurídicos – teoria não usada no Brasil).
Conclui-se que alteração dos fatos modifica a ação. Assim, não há litispendência ou coisa julgada, de duas ações com mesmas partes e pedido, porem fundamentadas em fatos diferentes). 
 Posição do atual CPC sobre as condições da ação
Posição do STJ sobre o tema
PETIÇÃO INICAL
Art 282. 
PROCURAÇÃO
Art. 105
Pelo presente instrumento particular de mandato por mim abaixo assinado:
OUTORGANTES: MARIA DA SILVA, brasileira, autônoma, solteira, profissão, portadora da Carteira de Identidade RG nº XXXXXXXXXX, inscrita no CPF sob o nº XXXXXXXXXXXX residente e domiciliado Rua xxxxxxxxxxxxxxxxx, nº XX, Bairro XXX, CEP: XXXX-XXX - Cidade – Estado, endereço eletrônico: XXXX@XXXX.com, constituo (imos) e nomeio (amos) a bastante procuradora:
OUTORGADO (O) A: Dr (a). MARIO DA SILVA, brasileiro, solteiro, advogado, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil Seccional XXXX sob nº. XXXXXXX, profissional com escritório localizado na Rua XXXX, nº XXX, XXº andar, Conjunto XXX, Bairro XXX, CEP: XXXXX-XXX – Cidade – Estado, endereço eletrônico: XXXX@XXX.com
OBJETO: representar o (s) Outorgante (s), promovendo a defesa dos seus direitos e interesses, podendo, para tanto, propor quaisquer ações, medidas incidentais, acompanhar os processos administrativos e/ou judiciais em qualquer Juízo, Instância, Tribunal, ou Repartição Pública.
PODERES: Por este instrumento particular de procuração, constituo meus bastantes procuradores os outorgados, concedendo-lhe os poderes inerentes da cláusula ad juditia et extra, para o foro em geral, especialmente para propor AÇÃO XXXXXX C/C XXXXX em face de XXXXXX, inscrito no CPF sob o nº XXXXXXXX podendo, portanto, promover quaisquer medidas judiciais ou administrativas, assinar termo, oferecer defesa, direta ou indireta, interpor recursos, ajuizar ações e conduzir os respectivos processos, solicitar, providenciar e ter acesso a documentos de qualquer natureza, sendo o presente instrumento de mandato oneroso e contratual podendo substabelecer este a outrem, com ou sem reserva de poderes, dando tudo por bom e valioso, a fim de praticar todos os demais atos necessários ao fiel desempenho deste mandato.
PODERES ESPECÍFICOS: A presente procuração outorga aos Advogados acima descritos, os poderes especiaispara receber citação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre que se funda a ação, firmar compromissos ou acordos, receber valores, dar e receber quitação, receber e dar quitação, levantar ou receber RPV e ALVARÁS, pedir a justiça gratuita e assinar declaração de hipossuficiência econômica, em conformidade com a norma do art. 105 da Lei 13.105/2015.
Local e data
Assinatura 1º Outorgante
Assinatura 2º Outorgante.
PARTES
Denomina-se partes os chamados sujeitos parciais do processo: autor (aquele que formula o pedido em juízo, mediante o exercício da ação) e réu (aquele em face de quem se pede a tutela jurisdicional). 
As partes são normalmente definidas na demanda, mas existem casos em que, supervenientemente, acrescentam-se novos sujeitos (intervenção de terceiros) ou até mesmo altera-se o sujeito que detém a condição de parte (é citado no processo um litisconsorte passivo necessário que originalmente não havia sido demandado pelo autor). 
LEGITIMIDADE: O conceito de parte não se confunde com o de legitimidade para a causa. A condição de parte existe independentemente da legitimação, porque pode existir parte ilegítima, que continua sendo parte. 
CAPACIDADE: aptidão para ter direitos, obrigações e deveres processuais (capacidade para ser parte); aptidão para estar em juízo (capacidade processual strictu sensu); aptidão para representar alguém em juízo (capacidade postulatória). 
CAPACIDADE DE SER PARTE: de gozo, de direito; aptidão para tornar-se (formar-se como) autor ou réu. O art. 1º do CC prevê que toda pessao é capaz de direitos e deveres na ordem civil. Isso quer dizer que todo ser humano é dotado de personalidade jurídica e pode ser titular da relação jurídica. 
CAPACIDADE PROCESSUAL (no sentindo estrito): aptidão para exercer, praticar atos processuais. Para estar em juízo não basta a capacidade de ser parte (de direito), é preciso que exista a capacidade de fato (aptidão para a prática dos atos decorrentes da capacidade de direito – tem capacidade de fato quem pode, por si mesmo, praticar os atos da vida civil). 
CAPACIDADE POSTULATÓRIA: poder atuar, ou representar alguém – imediata e pessoalmente em juízo: advogado. As partes devem ser representadas no processo por advogado regularmente inscrito na OAB (art. 103). O principio geral é que esse profissional possui a capacidade postulatória. Assim, a parte deve constituir como seu procurador um advogado para atuar no processo. 
Se o ato técnico não for praticado no processo por esse profissional, ele será nulo. No entanto, as partes podem praticar os atos pessoais (prestar depoimento, confessar, participar de audiência de conciliação, exibir documentos, etc). A realização de tais atos só pode ser delegada ao advogado mediante procuração com poderes expressos. 
Não basta o advogado estar inscrito regularmente na OAB, ele precisa possui uma procuração devidamente outorgado pela parte, caso contrário, serão considerados ineficazes os atos (art 104, inciso 2º). 
Duas exceções: parte é advogada ou os advogados podem praticar atos urgentes (art. 104). 
FORMAS DE INTEGRAÇÃO DA CAPACIDADE: o representante e o assistente não constituem parte do processo, as partes do processo são o representado e o assistido. 
REPRESENTAÇÃO: art. 71. só ocorre quando se tratar de pessoa física, e tem lugar diante da ausência absoluta da capacidade. 
ASSISTÊNCIA: complementação da capacidade diante de um relativamente incapaz, onde assistente e assistido agem em conjunto. 
A capacidade é pressuposto processual positivo de validade. Se ausente, deve impedir o juiz de julgar o mérito. Sendo proferida a decisão de mérito apesar de uma das partes não ser capaz, é uma decisão rescindível – art. 485, IV e 966, V.

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