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Educao de Jovens e Adultos Mtodos e Fundamentos

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Educação de
Jovens & Adulto
Métodos e Fundamentos
Mayara Martins de Lima Silva
Educação de
Jovens & Adulto
Métodos e Fundamentos
Mayara Martins de Lima Silva
Ementa
Dados contemporâneos acerca da EJA na atualida-
de brasileira. Os Métodos e Fundamentos Histórico-
-Sociais da Educação de Jovens e Adultos. Legislação 
que embasam a EJA no Brasil. Parâmetros Curricula-
res Nacionais da EJA. O perfil do professor da EJA. 
Pressupostos teórico-metodológicos do processo de 
alfabetização de Jovens e Adultos. Solução de proble-
mas e aplicação prática da aprendizagem: exercício 
de cidadania.
Apresentação
O pensar desta apostila parte do princípio de que 
a construção de uma educação básica para jovens e 
adultos, que se volta para a cidadania, não se resolve 
apenas garantindo oferta de vagas para os estudan-
tes, mas proporcionando ensino comprometido com 
a qualidade, ministrado por docentes capazes de in-
serir ao seu trabalho os avanços das pesquisas nas 
diferentes áreas do conhecimento e de estar atentos 
às dinâmicas sociais e suas implicações no âmbito es-
colar. 
Sendo a Educação de Jovens e Adultos um dos 
mais importantes instrumentos de inclusão social, é 
preciso que todos os envolvidos no processo tenham 
consciência que aqueles que procuram esta modali-
dade de ensino merecem respeito, principalmente 
por estarem preocupados em completar a trajetória 
escolar; muitas vezes motivadas pela demanda cres-
cente de um nível de escolaridade cada vez maior, a 
fim de que tenham aumentadas as chances de inser-
ção no mercado de trabalho, ou ainda quando que-
rem se inserir ou saber mais sobre a cultura da sua 
própria sociedade. 
Assim, acreditamos ser necessário compreender a 
EJA a partir de seus históricos e políticas públicas de-
senvolvidas, refletir sobre métodos e práticas de en-
sino, bem como a necessidade de se conhecer o aluno 
da EJA. Deixamos claro que o conteúdo ora apresen-
tado deve ser entendido, estudado e analisado como 
o começo de uma caminhada; onde o seu desenvol-
vimento e a sua conclusão devem ser trilhados, cons-
truídos por cada um de vocês discentes, estudantes, 
comprometidos com o aprender a aprender. 
Sucesso nessa caminhada que se inicia...
Sumário
1 Introdução
Página 06
2 Um Pouco do Históricoda EJA no Brasil
Página 07
3 O Contexto Brasileiro de Jovens e Adultos sem Escolaridade 
Página 10
4 As Diretrizes Curriculares Nacionais paraa Educação de Jovens e Adultos
Página 12
5 O perfil do Professorda EJA 
Página 13
6 Os sujeitosda EJA
Página 15
7 Formas deAvaliar
Página 17
8 O Método da Educação Popularem Paulo Freire
Página 19
9 O Uso de Recursos Didáticose Tecnológicos
Página 21
10 A Identidade da ModalidadeEducação de Jovens e Adultos
Página 22
11 Cidadania, Direitos Humanose Qualidade
Página 24
12 Princípios
Norteadores
Página 25
13 Conclusão
Página 26
A educação de jovens e adultos no Brasil sempre 
foi marcada por iniciativas individuais de grupos, 
órgãos públicos e privados, isto é, pessoas decididas 
a enfrentar a realidade da existência de um grande 
número de pessoas que não tiveram a oportunidade 
de frequentar a escola regular. Impulsionados mui-
tas vezes pela luta de movimentos sociais, marcados 
pelo domínio e pela exclusão entre elite e classes po-
pulares. 
Estando em uma sociedade que exclui e que im-
põe profundas injustiças à grande parte de sua po-
pulação, pensamos que se faça urgente a questão da 
aprendizagem da leitura e da escrita, de luta política 
necessária à superação dos obstáculos impostos as 
classes populares, bem como o compromisso políti-
co de diante a injustiça social do analfabetismo ser 
necessário reconhecer o universo cultural das expe-
riências, expectativas e desejos dos alunos jovens e 
adultos, assim também como perceber o significado 
social e político da educação no mundo atual.
É preciso que o corpo teórico, os professores em 
formação, as orientações destinadas à educação de 
jovens e adultos contribuam com novos conhecimen-
tos, seja através de relatos, problematizações e refle-
xões relacionadas a sua prática, numa expectativa 
que possamos contribuir com novos fazeres pedagó-
gicos na Educação de Jovens e Adultos.
Neste material você estudará alguns métodos e 
fundamentos histórico-sociais da Educação de Jovens 
e Adultos, bem como a legislação que embasam a EJA 
no Brasil. Os Parâmetros Curriculares Nacionais da 
EJA. O perfil do professor da EJA, a teoria e o mé-
todo da educação popular em Paulo Freire, isto é, a 
sua epistemologia, e ainda, alguns pressupostos te-
órico-metodológicos do processo de alfabetização de 
Jovens e Adultos. 
1
Introdução
EAD / FACULDADE DO MACIÇO DE BATURITÉ
7
2
Um Pouco do Histórico
da EJA no Brasil
A educação do Brasil remonta à época colonial, a chegada dos jesuítas e a sua for-
ma de conduzir sua atuação para transmitir a crença religiosa cristã, o que os fazia 
transmitir normas de comportamentos, boas maneiras e educação, sempre voltada 
para valores portugueses. Contudo, como sua intenção era uma educação com refe-
rência ao catolicismo, não havia uma preocupação com a leitura e a escrita de jovens 
e adultos. Esta veio surgir oficialmente no século XIX, com as primeiras classes no-
turnas. 
O marco legal desta ação foi a Constituição de 1824, onde se garantia a educação 
primária gratuita para todos os cidadãos, e trazia consigo ideais libertários e de igual-
dade. Outro marco foi o Ato adicional de 1834, neste estava delegado aos Estados a 
responsabilidade da Educação Básica do povo, o que com a grande demanda não foi 
possível atender.
Nessa época, as turmas noturnas de alfabetização de 
adultos, criadas por associações civis sem fins lucrativos, 
faziam uso do método silabação-soletração das famílias 
silábicas. Havia uma preocupação muito maior com a ca-
ligrafia do que com a leitura e a escrita do aluno. O ensino 
pautado quase que todo num processo de memorização 
nem sempre permitia aos alunos um aprendizado efeti-
vo. Quando isso acontecia, o aluno era culpado por não 
aprender, passando a ser visto como uma pessoa sem ha-
bilidade para as letras. Ao aluno por sua vez, só cabia acei-
tar o que lhe era imposto: sua incapacidade.
Só com a proclamação da República, em 1889 se observou algumas mudanças, con-
tudo, não menos preocupante, pois a gratuidade da educação foi tirada e o voto foi 
permitido apenas aqueles que eram alfabetizados, o que vai fazer continuar as ações 
civis das associações, quase sempre interessadas em formar eleitores. 
No início do século XX houve a necessidade da alfabetização dos recrutas do exér-
cito, contudo, o governo se recusa a fazer a tão necessária reforma de ensino, deixan-
do para os municípios e estados a responsabilidade do ensino primário; estes sem 
recurso para tanto. Já para o governo ficava a responsabilidade do ensino secundário 
e superior, mas se eu não tenho acesso ao ensino primário, sem dúvida os demais 
eram ainda mais restritos, o que contribuía para um grande número de analfabetos.
Em 1928, Fernando Azevedo propôs uma reforma com relação ao EJA, trazendo 
à tona a urgência da alfabetização de pessoas jovens e adultas. Contudo, mesmo no 
início, o ensino era repleto de lacunas: escrita do nome, pequenas contas e/ou lista de 
palavras já era o suficiente. Somente em 1938, com a criação do Instituto Nacional de 
EAD / FACULDADE DO MACIÇO DE BATURITÉ
8
estudos Pedagógicos, é que houve uma série de estudos voltados para a alfabetização 
de jovens e adultas. Já no âmbito internacional, surgem após 1945 muitas ações edu-
cativas em parceria com a UNESCO, criada no mesmo ano. 
Neste período as missões rurais passam a ter significado, começa o incentivo a for-
mação do professor leigo e a construção de escolas dentro das propriedades rurais. 
Oque vai contribuir para o ensino da EJA se firmar como política pública, incenti-
vando as campanhas neste sentido ( Ex: a campanha nacional Educação Rural (1952) 
e a campanha nacional de Erradicação do Analfabetismo (1958). Estas seguem até 
meados da década de 60, década marcada por grandes movimentos políticos, onde 
no campo da educação, os movimentos populares ganham força; nesta mesma épo-
ca, tem-se a emergência dos grupos nacionalistas, com destaque para Paulo Freire e 
outros educadores pernambucanos que defendia uma educação de qualidade como 
direito de todos.
Diante da intensa mobilização da sociedade civil e dos apelos da UNESCO, o go-
verno militar cria o Movimento Brasileiro de Alfabetização, o MOBRAL. Acreditavam 
que sabiam o que era melhor para o povo, trazendo com isso a descrença da junção da 
elite com o povo na historicidade da horizontalidade destes dois. Aqui a palavra não 
era geradora como pensou e idealizou Paulo Freire, isto é, não era retirada do meio, 
ela era imposta a partir da definição de um pequeno grupo de pessoas.
O MOBRAL foi criado pela Lei nº 5.379, de 15 de de-
zembro de 1967, propondo a alfabetização funcional de 
jovens e adultos, visando “conduzir a pessoa humana a 
adquirir técnicas de leitura, escrita e cálculo como meio de 
integrá-la a sua comunidade, permitindo melhores condi-
ções de vida”. Apesar da ênfase na pessoa, o objetivo é 
relacionar a ascensão escolar a uma condição melhor de 
vida, baseada numa compreensão limitada de que bastava 
aprender a ler, escrever e contar para melhorar de vida. 
Em 1985, o governo fecha o MOBRAL e institui a Fundação Educar, que fornecia 
apoio técnico e financeiro às iniciativas do governo e da sociedade civil. Em 1990, 
Collor extinguiu esse programa e alguns governos estaduais começam a tentar preen-
cher lacunas deixadas ao longo da educação do cidadão, contudo, não é fácil atender 
as demandas da sociedade. 
Com a Constituição de 1988 a década de 90 traz mudanças positivas para a política 
da EJA, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 retoma o conceito 
de supletivo e contrapõe ao que a lei chama de ensino noturno regular. Entretanto, a 
consequência era um ensino rápido e de menor qualidade. O MEC não tomou o EJA 
como prioridade.
No final da década de 1990, alguns programas federais são criados sem, contudo, 
garantir muitas conquistas legais para esta modalidade de ensino, mas que trazem o 
objetivo de desenvolver a cidadania destes que a procuram. São exemplos de progra-
mas: 
• Programa de Formação e Qualificação Profissional- Planfor (1995);
• Programa de Alfabetização Solidária (1996);
EAD / FACULDADE DO MACIÇO DE BATURITÉ
9
• Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária- PRONERA (1998);
• Plano Nacional de Qualificação (2003-2007);
• Programa Brasil Alfabetizado (2003).
Dica de vídeo:
• http://www.yotube.com/watch?v=i27gI8iKAw (EJA e Cidadania)
EAD / FACULDADE DO MACIÇO DE BATURITÉ
10
3
O Contexto Brasileiro de Jovens e 
Adultos sem Escolaridade 
Ainda são restritas pesquisas quanto ao contexto do aprendizado dos jovens e 
adultos, bem como sobre a organização do trabalho pedagógico do professor que 
auxiliem neste aprendizado. Mas o que temos de certeza é várias concepções teóricas 
afirmam as diferenças individuais quanto ao tempo de aprendizagem dos alunos; por 
isso a necessidade da valorização das experiências dos alunos e suas relações com a 
escola. 
O trabalho do professor também precisa ser valorizado, afinal, este precisa de um 
embasamento teórico para conseguir realizar um trabalho tão complexo. Ao mesmo 
tempo que diferente da escola regular, é tradicional quanto a atenção em desenvolver 
leitura, escrita e cálculo. E todo este trabalho culmina com uma mudança econômica, 
social e ideológica do país.
A existência desta mudança substancial de valores entre os elementos desses alu-
nos, fazem com que aconteça uma valorização dos padrões, embora com expectati-
vas tradicionais em relação à escola, ou seja, esta é vista como uma possibilidade de 
trampolim para ascensão social. Em que o baixo índice de motivação para a alfabeti-
zação é superado, e o estudo passa agora a ser visto como uma necessidade básica de 
sobrevivência. 
Identificamos que os objetivos são práticos, tais como o desejo de assinar o nome, 
utilizar documentos, preencher fichas de emprego, ou mesmo quando veem o EJA 
como uma forma de conseguir um emprego melhor e dar continuidade aos estudos. 
Com relação as capacidades cognitivas do analfabe-
tismo adulto, referenciadas na epistemologia genética de 
Piaget, gostaríamos de destacar os estudos de Dauster 
(1975), que submeteu alunos do MOBRAL, pelo método 
clínico, as provas piagetianas de determinação de estágios 
de desenvolvimento cognitivo. Os resultados encontrados 
levaram a autora à descoberta da existência de um déficit 
em relação ao processo de desenvolvimento cognitivo tal 
como descrito por Piaget. Os alunos com pouca escolari-
zação ou sem nenhuma possuem limites para resolver o 
problema abstrato, isto é, esses adultos encontram dificul-
dade com raciocínio hipotético-dedutivo. Necessitam tra-
balhar com a presença de materiais concretos. A autora 
aponta para a necessidade de pensar alternativas que es-
timulem as inter-relações entre pensamento e linguagem 
afim de que os adultos possam desenvolver suas estrutu-
ras lógicas .
EAD / FACULDADE DO MACIÇO DE BATURITÉ
11
Afirmar então que adultos analfabetos podem aprender a ler e a escrever contra-
diz alguns pensamentos de professores e/ou ignorantes que acreditam no grau de 
esquecimento destes, de que o conhecimento se dar por memorização e repetição na 
infância. Eles comprovam que o desenvolvimento cognitivo é fruto de um aprendiza-
do individual decorrente da interação do sujeito com o meio sociocultural, mediado 
por alguém. Este construído previamente ao processo de escolarização.
Ao chegar neste processo, o que sugerimos é a busca de alternativas metodológicas 
mais adequadas a estes, como o material didático. O livro precisa ser pensado pelo o 
professor como algo que não é único e nem mais importante, e que cada um possuem 
suas habilidades e certas competências sociais e profissionais, que serão favoráveis 
ou não para sua inserção na sociedade, em contextos de economia e política. 
Com base no que já vimos até aqui, responda para melhor fixar o conteúdo:
• Como se deu a Educação de Jovens e Adultos no Brasil?
• Escreva sobre o Movimento Brasileiro de Alfabetização –MOBRAL. 
EAD / FACULDADE DO MACIÇO DE BATURITÉ
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4
As Diretrizes Curriculares Nacionais 
para a Educação de Jovens e Adultos
As Diretrizes Curriculares Nacionais são documentos reguladores que consolidam 
os princípios e objetivos desta modalidade de ensino. Elas determinam uma certa 
autonomia aos sistemas de ensino para definição da estrutura e duração dos cursos 
da EJA, tratam da formação dos professores, das avaliações e certificação dos alunos. 
Acreditamos que todas as escolas devam estabelecer alguns princípios que as nor-
teiem em suas ações, tais como os dos Parâmetros Curriculares Nacionais, que au-
xiliam no cotidiano escolar e faz com que reflexões sobre os desafios educacionais 
sejam possíveis. Daí os princípios norteadores serem: éticos de autonomia, da respon-
sabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum. Princípios dos direitos e 
deveres da cidadania, do exercício da criatividade e do respeito a ordem democrática. 
E os princípios estéticos da sensibilidade, da criatividade e da diversidade de mani-
festação artísticas e culturais. 
Assim, cabe ao sistema de ensino proporcionar-lhe oportunidades educacionais 
apropriadas, considerando as características do alunado, seus interesses e condições 
de vida e trabalho. Por isso, espera-se que os cursos da EJA devam ser pautados pela 
flexibilidade,tanto de currículo quanto de tempo e espaço para que seja possível per-
cursos individualizados e conteúdos significativos para jovens e adultos, bem como 
atividades diversificadas, valorizando-se as vivências socializadoras, culturais, recre-
ativas, esportivas, enfim, geradoras de enriquecimento do percurso formativo.
Muitos educadores participaram da construção destes parâmetros, contudo, não é 
algo fechado, há espaço para novas análises e interpretações. O que esperamos é que 
o percurso formativo do aluno da EJA venha agregado de competência para o traba-
lho, que seja promovida a motivação e a orientação permanente, visando o melhor 
aproveitamento e desempenho dos educandos e educadores jovens e adultos. 
Quanto a sua organização, os PCNs do Ensino Fundamental estão em quatro ci-
clos, correspondendo cada um a duas séries escolares. São organizados em dois blo-
cos principais: Áreas do conhecimento - língua portuguesa, história, geografia, ciên-
cias naturais, educação física, arte e língua estrangeira – e Temas transversais – ética, 
saúde, orientação sexual, meio ambiente, trabalho e consumo e pluralidade cultural. 
Eles seguem o estabelecido no Art. 26 da LDB, base nacional comum, constituída pela 
língua portuguesa, matemática, conhecimento do mundo físico e natural, realidade 
social, política e arte, principalmente do Brasil. Traz ainda a obrigatoriedade de uma 
língua estrangeira moderna, e a educação física, mas é facultativa nos cursos notur-
nos. E parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da socieda-
de, da cultura, da economia e dos educandos. 
EAD / FACULDADE DO MACIÇO DE BATURITÉ
13
5
O perfil do Professor
da EJA 
Ainda que admitamos que a educação depende de decisões políticas, a verdade é 
que qualquer mudança concreta na educação tem no professor seu principal agente 
como mediador entre a educação e a sociedade. E este professor sendo professor da 
EJA, é preciso alguns requisitos a mais, como por exemplo, a motivação para traba-
lhar nesta modalidade de ensino. 
É significativo o percentual de professores que se refere ao fato de gostar da profis-
são e de gostar de atuar na EJA, mas a lista de motivos é bem diversificada: devido ao 
horário noturno, o interesse dos alunos, necessidade financeira e preenchimento de 
carga horária, ter experiência, ou por ter sido convidado; o fato é que este profissional 
que estará em contato direto com os jovens e adultos, precisam entender que estes 
estão em outros estágios de vida, têm experiências, expectativas, condições sociais e 
psicológicas que os distanciam do mundo infantil e adolescente, o que faz com que os 
professores que se dedicam a esse trabalho devam ser capazes de conferir significado 
aos currículos e às práticas de ensino para eles. 
O desenvolvimento profissional do professor de EJA e suas competências são 
construídos num processo contínuo, que se inicia em sua formação inicial e perma-
nece durante toda sua prática, sendo, portanto, algo permanente. Essa característica 
de estudo permanente do profissional se justifica em função dos avanços das inves-
tigações relacionadas ao desenvolvimento profissional do professor, ao seu processo 
de desenvolvimento pessoal, às transformações ocorridas em função da evolução da 
sociedade, esta que está sempre em transformação e precisa ser envolvida na prática 
escolar. Assim, é preciso que os sistemas de ensino garantam aos professores espaços 
para a reflexão de sua prática num processo de formação continuada. Tematizar sua 
prática, construir conhecimentos sobre seu fazer, aperfeiçoando-se constantemente. 
Os professores têm o direito de experimentar em seu próprio processo de aprendi-
zagem o que, do ponto de vista metodológico, lhes é sugerido como necessário e bom 
para os alunos – práticas orientadas para o desenvolvimento do pensamento crítico, 
da aprendizagem ativa, da criatividade, da autonomia, dos valores democráticos, do 
exercício da cidadania. Pois o processo de aprender é construtivo, e aqui se faz ne-
cessário a compreensão de que cada turma terá uma grande diversidade de alunos, e 
que lidar com a especificidade de cada um não é uma tarefa fácil, pois vai do jovem 
aos pertencentes a terceira idade, dos animados a aqueles que já chegam fadigados do 
trabalho, enfim, é preciso atenção redobrada.
A atividade do professor é desenvolvida no campo da subjetividade, onde o cam-
po de atuação é o da consciência não acontece de forma imediata e homogênea. Pois 
na atividade do professor o objeto dele é a consciência do aluno, e nem sempre ele vai 
alcançar o seu objetivo, o fim idealizado. O que ele pode fazer é provocar interven-
ções sobre a consciência dele, daí sua importância no processo de reprodução social.
EAD / FACULDADE DO MACIÇO DE BATURITÉ
14
O professor desempenha o papel de colocar o patrimônio cultural à disposição 
dos indivíduos, ele media o processo de apropriação dos resultados da prática social. 
E para isso, ele vai precisar se apropriar das condições sócio históricas de produção 
que os alunos e até, eles próprios constituíram como seres sociais, trabalhadores que 
ocupam uma posição na sociedade.
Entendendo que o objeto do trabalho do professor é a 
consciência do aluno, o professor de jovens e adultos ne-
cessita compreender que esses alunos são sujeitos traba-
lhadores que se relacionam precariamente com o mercado 
de trabalho, ou seja, suas atividades de trabalho, muitas 
vezes, não têm o mínimo significado para o modelo de 
produção capitalista. Deve-se entender que essa realidade 
é consequência de relações sócio históricas de produção, 
específicas de uma sociedade fundada em bases colonial-
-capitalista, mas seguindo a lógica do capitalismo contem-
porâneo, aumento da produtividade e do lucro.
Diante disso, os alunos do EJA, mesmo sem terem vivenciado um processo longo 
de educação sistemática, eles detêm uma experiência de vida e de trabalho que ne-
cessita fazer parte do contexto de sala de aula, este é o encontro de consciência, é aqui 
que está o principal papel do professor da EJA, aquele que contribui coma tomada 
de consciência da necessidade de aprender. E transformar o conhecimento que já 
possuíam em algo novo, é melhorar a qualidade de vida. Sabemos que isto pode até 
parecer óbvio, mas não é uma tarefa simples para o professor. Este que muitas vezes 
foi direcionado ao ensino de crianças, e está aqui vendo em uma disciplina não mais 
a pedagogia, mas a andragogia, um ensino voltado para o adulto em dimensão bioló-
gica, jurídica, social e psicológica. 
Este adulto já possui outros interesses e motivações, precisam saber o motivo, a 
razão pela qual devem aprender determinado conteúdo, ele analisa os benefícios, 
as vantagens que essa formação lhe trará, quais são as suas necessidades, o que lhe 
impulsiona para realizar tal formação e refletirá sobre as consequências do abandono 
dessa decisão, isto é, ele tem consciência de ser responsável por suas próprias deci-
sões e por sua vida. 
Embora os adultos possam totalmente conduzir-se a si mesmos em várias dimen-
sões da sua vida (tais como: pais, esposos, filhos, trabalhadores, cidadãos), quando 
participam de uma turma da EJA, trazem de volta o condicionamento adquirido das 
experiências da escola anterior a sua fase adulta, e exercem, nesse momento, o papel 
de dependência e solicitam que o professor lhe diga o que deve ser feito e como deve 
ser feito. Daí a importância do professor planejar suas atividades a serem desenvol-
vidas em sala de aula a partir da realidade do aluno, do saber que ele já se apropriou 
em outros espaços educativos, inclusive o do trabalho destes, se já o possuírem. 
O aluno espera que a educação interaja com sua realidade, que lhes sirvam de 
instrumento na resolução de problemas e que lhes seja útil posteriormente para con-
seguir sua subsistência. Assim, possibilitaráo diálogo entre os sujeitos do processo e 
o ensino aprendizagem, e o professor sairá do senso comum e compreenderá que a 
expectativa do aluno é diferente da criança, pois este tem clareza do que busca e para 
que busca. 
EAD / FACULDADE DO MACIÇO DE BATURITÉ
15
6
Os sujeitos
da EJA
A educação de adultos sempre foi realizada de maneira informal, pois antes o sis-
tema de ensino não conseguia dar conta de socializar a cultura letrada ao povo. Mais 
tarde, por meio dos projetos governamentais de incentivo a sociedade civil, é que o 
Estado prover todos os meios para sua promoção, reconhecendo e se responsabilizan-
do por esta modalidade de ensino. 
O professor é um dos sujeitos desta modalidade, ele é um elemento importante no 
desenvolvimento das práticas de ensino e na implementação de reformas, contudo, 
sua desvalorização muitas vezes os desmotiva; esta desvalorização muitas vezes vem 
do fato de estarem submetidos à autoridade de outras instâncias, como o Estado, 
ou por cumprir determinações prescritas em documentos oficiais, projetos político-
-pedagógicos sobre os quais tem pouca ingerência. Ou ainda, a remuneração nunca 
adequada à proporção do seu trabalho realizado.
Assim, é preciso o empoderamento da categoria: comportamentos, conhecimen-
tos, habilidades e atitudes envolvendo valores e crenças, onde a sua profissionalidade 
se ligue à pratica escola para atender as diversas expectativas postas sobre a escola e 
sobre ele enquanto profissional. Pois o que esperamos destes docentes é que não se 
alienem e não percam a capacidade de reflexão sobre o seu trabalho, nem tão pouco 
permitam que o desgaste físico e emocional os leve ao adoecimento. Deste profissio-
nal é esperado uma formação acadêmica, tecnológica, personalista, prática e crítica, 
assim este será uma pessoa investigadora de sua própria prática, crítico de si mesmo. 
Será apto a identificar e resolver dificuldades, problemas, bem como o saber-fazer 
será uma procura incansável deste, pois estará refletindo sobre sua prática a todo 
instante, na intenção de aperfeiçoa-la. Pois não basta ter o domínio do conteúdo das 
disciplinas ministradas, é preciso ter conhecimento de outros saberes que ajudam o 
profissional na resolução de outros problemas e conflitos, o que está muito ligado as 
experiências, as competências e aos saberes profissionais. 
Desta forma, a formação vai além da aquisição de técnicas e conhecimentos, a ar-
ticulação entre os cursos e a escola é um fator que precisa ser considerado, o contato 
entre professores e professores experientes faz com que a socialização e a construção 
do profissional aconteçam. 
O desenvolvimento profissional relaciona-se direta-
mente com a profissão docente e sua construção se dá na 
coletividade. Os professores são chamados a construir o 
conhecimento em conjunto e também a compartilhá-lo. 
Essa postura contribui para sua autonomia no exercício da 
profissão. O desenvolvimento organizacional fundamen-
ta-se na produção da escola. Para ocorrer uma mudança 
EAD / FACULDADE DO MACIÇO DE BATURITÉ
16
em seu âmbito, é preciso que o docente se assume como 
produtor da sua profissão e a escola como um espaço em 
que a formação e o trabalho devem caminhar juntos. A 
formação deve ser contínua e estar interligada às práticas 
curriculares e à troca de experiências. 
Esta ação apresenta consciência de que transformações provocam alterações na 
forma de agir e pensar, e que o ato de ensinar representa fabricar novos saberes, o 
que implementará novas aulas, novas lições e novos materiais que culminarão com 
uma coletividade de aprendizagens que modificarão a sociedade e contribuirá com a 
cidadania. 
Um outro sujeito, é o aluno. Este que por diferentes motivos teve negado o direito 
à educação na infância ou adolescência, e que tempo mais tarde retornam para as 
escolas para concluir sua escolaridade. Muitas vezes já estão inseridos no mercado de 
trabalho, ou desejam entrar neste e precisam do certificado, daí a busca pela institui-
ção. Desejam terminar o ensino médio, entrar na universidade e ascender profissio-
nalmente. 
Chegar novamente a escola não é fácil, é preciso romper com barreiras erguidas 
pela família, preconceitos, exclusão, enfim, usar o desejo de aprender para superar 
qualquer obstáculo. O aumento da demanda por esta modalidade de ensino eviden-
cia o desejo de superar a exclusão e alcançar seus sonhos. 
Há um retrato evidente da situação do analfabetismo e da oferta de escolarização 
para pessoas de quinze anos ou mais.
O último censo demográfico indicou que nove em cada 
cem pessoas, jovens e adultas, são analfabetas, ou seja, 
não sabem ler e escrever (IBGE, 2010). Em nosso país, são 
13.940.729 de pessoas com quinze anos ou mais, aponta-
dos como analfabetos absolutos. O número assustador 
para um país que abrigou um grande educador, Paulo 
Freire, que, com suas ações e sua vasta obra, indicou mu-
danças possíveis no cenário educacional brasileiro. Esses 
mais de 13 milhões de brasileiros constituem um grupo 
bastante heterogêneo, distribuído em todo o território na-
cional, residente m localidades rurais e urbanas, nos gran-
des centros ou nas periferias. Trata-se de um contingente 
de atores sociais que foram historicamente excluídos dos 
processos educativos. 
Em se tratando do EJA, é preciso enfatizar o direito à aprendizagem e à educação, 
que não deve ser desatendido também ao se considerar a diversidade que compõe a 
sociedade brasileira. Assim, conhecer os sujeitos da EJA é essencial, suas trajetórias, 
identificando seu perfil, suas expectativas e suas vivências, para que eles possam ser 
considerados na construção do processo, da proposta de ensino, para que venham 
a ser atendidos de maneira específica e próxima, pois esta modalidade não é só um 
direito, é o caminho para que pessoas com pouca escolarização tenham melhores 
condições e oportunidades no mercado de trabalho, tenham uma vida digna e feliz. 
EAD / FACULDADE DO MACIÇO DE BATURITÉ
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7
Formas de
Avaliar
Os critérios de avaliação devem ser elaborados e compartilhados pela equipe es-
colar, considerando as aprendizagens essenciais e possíveis à maioria dos alunos 
submetidos às condições de aprendizagem propostas. Onde os critérios de avaliação 
devem apontar as experiências educativas a que os alunos precisam ter acesso e que 
são consideradas essenciais para o seu desenvolvimento e socialização.
 
Nesse sentido, deve-se refletir de forma equilibrada os diferentes tipos de capaci-
dades dos alunos e as dimensões de conteúdo (conceituais, procedimentais e atitudi-
nais) para o encaminhamento da programação e das atividades de ensino e aprendi-
zagem que precisam ser desenvolvidas.
 
O termo avaliação é complexo e polêmico. Exige do professor um analisar de for-
ma crítica a sua própria função e avaliar de forma mais humana, isto é, a avaliação 
dos Jovens e Adultos não pode ter um caráter que amedronte, ameace. Ela deve ga-
rantir a qualidade do aprendizado, quando através dela o professor direciona ações 
complementares para corrigir o percurso e superar alguma deficiência observada. 
 
Muitas vezes, e infelizmente, ainda é possível se observar avaliações punitivas e 
autoritárias nas instituições de ensino, contudo, é preciso deixar claro que se estas 
acontecerem para os alunos da EJA será mais negativa ainda seu resultado, pois elas 
não levam em conta as limitações do meio em que os alunos vivem, muitas vezes eles 
não possuem tempo para frequentar bibliotecas e/ou lerem o suficiente, contam ape-
nas com o tempo de sala de aula como espaço para sua aprendizagem. 
 
Cabe ao professor promover o desenvolvimento humano do aluno dando sentido 
aos conteúdos estudados e intervindo em seu desenvolvimento.
Os instrumentos de avaliação deverão assumir caracte-
rísticas mais condizentes com a realidade denossas esco-
las, tais como: resgatar a identidade do aluno, trabalhar na 
sua autoestima, valorizar suas experiências de vida e prin-
cipalmente, conceber o aluno como sujeito deste proces-
so, como ser pensante, crítico e criativo. Como e quando o 
professor utilizará este ou aquele instrumento? A tomada 
de decisão deve ser feita ou realizar ao planejamento, ou 
seja, na formulação das situações de ensino e dos seus des-
dobramentos para trabalhar o tema com a sala . 
Existem muitos instrumentos de avaliação que pode ser utilizado pelo professor da EJA 
com objetivo de envolver os alunos no processo avaliativo da escola, o importante é perceber 
como os alunos constroem seu conhecimento, lembrando que estes já possuem experiências 
EAD / FACULDADE DO MACIÇO DE BATURITÉ
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de vida que podem servir como partida para o trabalho do professor e para a sua decisão na 
forma de avaliar; mas algumas dicas que podemos deixar é que este processo de avaliação pode 
ser realizado através da coleta de dados, portfólio, socialização dos saberes, relatório, autoava-
liação, observação, enfim, o que realmente importa é saber conhecer o mais adequado para o 
determinado grupo de alunos. 
Pois acreditamos que as avaliações possibilitam romper com os mecanismos impostos pela 
sociedade no processo de ensino-aprendizagem, numa expectativa que o ensino possa ir para 
além das perspectivas da sala de aula, buscando uma formação recheada de valores que pro-
movam efetivamente a emancipação do sujeito histórico - o estudante. Esperamos que o aluno 
desta modalidade de ensino contribua com a transformação da própria sociedade, visando a 
construção de uma nova ordem social, livre da alienação, do consumismo desenfreado, do 
egoísmo, da competição desumanizadora. Criando a possibilidade de construir uma cultura 
escolar do diálogo e que “enterre” a neutralidade política e promova uma revolução do sistema 
em favor do estudante e do professor como sujeitos que constroem as relações dentro e fora da 
sala de aula.
EAD / FACULDADE DO MACIÇO DE BATURITÉ
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8
O Método da Educação Popular
em Paulo Freire
Paulo Freire é conhecido mundialmente pelo seu método de alfabetização para adultos. Ini-
ciou seus trabalhos com iniciativas populares nas paróquias católicas, abraçando projetos que 
abrangiam desde a educação infantil até a educação de adultos, buscando o desenvolvimento 
do currículo e a formação de professores. 
As técnicas desenvolvidas nestes projetos comumente eram compartilhadas, técnicas como 
estudo em grupo, mesas redondas, debates e distribuição de fichas temáticas. Também falava 
de seus convencimentos, como por exemplo, dizia estar convencido da capacidade inata das 
pessoas, isto baseado em experiências nos domínios visuais e auditivos daqueles que estavam 
aprendendo a ler e a escrever, o que os faltava, segundo ele, era a “consciência” dos termos in-
dividuais. 
O método dele trazia que o papel do educador era mediar a aprendizagem, priorizando, 
nesse processo, a bagagem trazida pelos alunos, ajudando-o a trazer este conhecimento para o 
“conhecimento letrado”. Na realidade ele nem admitia que tinha criado um método, e sim uma 
reflexão sobre a educação. 
Na constituição do seu método pedagógico, Paulo Freire fundamentava-se nas Ciências da 
Educação, principalmente a Psicologia e a Sociologia; teve importância capital a metodolo-
gia das Ciências Sociais. A sua teoria de codificação e da decodificação das palavras e temas 
geradores (interdisciplinares), caminhou passo a passo com o desenvolvimento da chamada 
pesquisa participante .
O que mais chamava atenção não era nem o alfabetizar, mas a forma como este acelerava 
o processo de alfabetização de adultos. Assim, ele mostrou que não só estes adultos podiam 
aprender, mas que todos sabem alguma coisa e que cada sujeito é responsável pela construção 
do conhecimento, bem como pela significação que dão a este novo aprendizado. 
Os alunos da EJA, quando chegam à escola, trazem muitos conhecimentos, é bem verdade 
que podem não ser aqueles sistematizados pela escola, mas são “saberes nascidos dos seus faze-
res”. Esses saberes devem ser respeitados pela instituição, e servir como ponto de partida para 
a aquisição de outros. 
O desafio do professor consiste exatamente em considerar as estratégias pessoais, explici-
tá-las, enfim, fazer com que o aluno compreenda que os conhecimentos que vai construir na 
escola têm relação com os já construídos em sua vida cotidiana e como é útil e interessante 
relacioná-los e ampliá-los.
Um aspecto de grande destaque na obra de Paulo Freire é a afirmação da educação como 
caráter emancipatório, libertador, problematizador da realidade, no sentido oposto ao de uma 
educação para a submissão. 
EAD / FACULDADE DO MACIÇO DE BATURITÉ
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Ele chama a atenção para o fato de que a educação sistemática, numa sociedade repressiva, 
age como instrumento de controle social e de preservação dessa sociedade. Nesse sentido, a 
opção educacional, assim como toda ação educacional, nunca é neutra, sempre está a favor de 
uma posição política, que repercute na relação professor/aluno/conhecimento e, como conse-
quência, no tipo de ser que se quer formar para atuar na sociedade. 
Ao observamos esta fala emancipatória concluímos que o pensamento de Paulo Freire pode 
ser relacionado a de muitos educadores contemporâneos, quando defendem que o aluno pode 
organizar sua própria aprendizagem. Ele associava a leitura da palavra a leitura de mundo, por 
isso insistia na necessidade da alfabetização.
Assim, para Paulo Freire, toda educação ou ação educativa, devem estar precedida de uma 
reflexão sobre o homem, seu meio e sua capacidade de educar-se. Onde cada um deve refletir 
sobre seu ambiente concreto, construindo a si mesmo, sendo sujeito, enfrentando desafios, 
integrando-se e construindo cultura. 
• Agora, registre em seu caderno suas impressões sobre: 
Quem foi Paulo Freire e qual sua importância para a Educação 
de Jovens e Adultos? Se necessário, faça pesquisas extras, aqui é 
só a ponta do iceberg.
EAD / FACULDADE DO MACIÇO DE BATURITÉ
21
9
O Uso de Recursos Didáticos
e Tecnológicos
O professor da EJA precisa entender a importância das tecnologias para seu planejamento, 
organização e fortalecimento do trabalho em grupo em sala de aula. Daí ser necessário desen-
volver no educando competências que permitam aos indivíduos aperfeiçoar a organização dos 
fazeres que envolvam a construção de identidade social responsáveis por si e pelo o outro. 
Sabemos que a falta de equipamentos em algumas das escolas públicas e a inadequação 
de recursos didáticos estão entre os problemas sérios da EJA. Estes recursos desempenham 
papel muito importante no processo de ensino e aprendizagem nesta modalidade de ensino e 
quando a seleção de recursos didáticos é feita pela equipe de professores da escola, cria-se uma 
oportunidade de potencializar o seu uso e escolha, contudo, em tópicos anteriores já vimos que 
muitas vezes o professor não participa de algumas escolhas essenciais a sua função, então, nem 
sempre estes recursos são prioridades.
A tecnologia põe à disposição da escola uma série de recursos que podem ser valiosos para 
o ensino aprendizagem, como por exemplo o computador, a televisão, Datashow, filmadoras, 
gravadores, dos quais os professores devem fazer o melhor uso possível destes instrumentos. 
Uma dica seria fazer com que o aluno produza atividades com estes materiais, tornando a aula 
mais dinâmica, atrativa. No entanto, não estamos aqui dizendo que só estes recursos sejam su-
ficientes, existem tantos outros que com sua importância só acrescentam positivamente, como 
podemos citar alguns destes aqui: o quadro, ilustrações, mapas, globo terrestre, livros, dicioná-
rios, revistas, jornais, folhetos de propaganda, cartazes, modelos, jogos etc. 
Entre os diferentesrecursos, o livro didático é um dos materiais de mais
forte influência na prática de ensino brasileira. Por isso, os professores devem ficar atentos 
a sua qualidade, isto com relação a coerência, restrições etc. Ele não é o único instrumento 
utilizado que deva ser considerar no ensino, pois a variedade de fontes de informação é que 
contribuirá para o aluno ter uma visão ampla do conhecimento, do mundo. 
Todos estes recursos, principalmente os de cunho social (revistas, jornais), são maravilho-
sos, os alunos aprendem em algo que tem uma função social, se mantém atualizado, cria víncu-
lo com o aprendizado da escola e o que traz de fora, e se constrói enquanto cidadão autônomo, 
de identidade e capaz de exercer sua cidadania. 
EAD / FACULDADE DO MACIÇO DE BATURITÉ
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10
A Identidade da Modalidade Educação 
de Jovens e Adultos
O papel da EJA na escola é de vital importância para o cumprimento das funções a ela 
atribuída, isto é, reparar, equalizar e qualificar. Não que mude em relação as demais fases da 
Educação Básica, mas há especificidades marcantes que precisam ser identificadas, particular-
mente quando a tarefa é construir uma proposta curricular. Pressupõe um olhar diferenciado 
para seu público, acolhendo de fato seus conhecimentos,
interesses e necessidades de aprendizagem. Pressupõe também a formulação de propostas 
flexíveis e adaptáveis às diferentes realidades, contemplando temas como cultura e sua diver-
sidade. 
Acreditamos que hoje a educação de jovens e adultos é concebida como a possibilidade de 
corresponder a aprendizagens e qualificação permanentes. Segundo as Diretrizes Curriculares 
Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos, é necessário que a escola assuma a função 
reparadora de uma realidade muitas vezes injusta. Ela deve também contemplar o aspecto 
equalizador, possibilitando novas inserções no mundo do trabalho, abrindo possíveis canais de 
participação. Mas há ainda outra função a ser
desempenhada: a qualificadora, com apelo à formação permanente, voltada para o desen-
volvimento do aluno integral, que se desenvolve nos aspectos físicos, cognitivos e socioemo-
cionais. 
A permanência dos alunos na EJA é um problema que precisa ser enfrentado pela educa-
ção, a não-permanência têm múltiplos fatores, muitas vezes a falta de colhimento na escola (a 
escola tende a o ver como um aluno regular, pois ele precisa ser visto de maneira diferenciada), 
o fato de já estarem inseridos no mundo do trabalho, as experiências pessoais, enfim, se dife-
renciam de uma criança ou adolescente. É preciso que o professor esteja atento, e não encare 
estas especificidades como algo negativo, e sim vejam nestes o cidadão que pode modificar a 
sociedade em um tempo mais hábil. 
Contribuir para o processo de acolhimento dos alunos da EJA 
não é tarefa simples, pois envolve lidar com emoções, motiva-
ções, valores e atitudes, responsabilidades e compromissos. O 
acolhimento ao aluno envolve tanto a valorização dos conheci-
mentos e da forma de expressão de cada um como seu proces-
so de socialização, levando em conta, nas situações de ensino e 
aprendizagem, dúvidas e inquietações, realidades socioculturais, 
jornada de trabalho e condições emocionais decorrentes da ex-
clusão escolar .
 Assim, o desenvolvimento das potencialidades dos alunos jovens e adultos pressupõe 
que se tome como ponto de partida o respeito por suas necessidades, somadas aos seus saberes 
construídos ao longo da vida, que agora, sendo letrados inseridos em uma sociedade letrada, 
a possibilidade de analisar, criticar e enfrentar questões que fazem parte de seu contexto terão 
EAD / FACULDADE DO MACIÇO DE BATURITÉ
23
bem mais sentido. Pois estarão sendo estimulados, valorizados e sendo oferecido subsídios 
para enriquecer as suas manifestações e produções que contribui para que eles se reconheçam 
como produtores da cultura; como seres capazes de propor, criar e participar. O acesso à edu-
cação deve permitir a reflexão e a ação do indivíduo sobre o mundo para atuar e transformar 
a realidade.
O aluno adulto tem como característica responder pelos seus 
atos e palavras, além de assumir responsabilidades diante dos de-
safios da vida. O predomínio da racionalidade é outro aspecto 
relevante dentro das distinções possíveis dos adultos; ao contrá-
rio de crianças e adolescentes, o adulto tende a ver objetivamente 
o mundo e os acontecimentos da vida, de modo que pode tomar 
decisões movido mais pela razão. Os alunos, ao retomarem ou 
iniciarem seu percurso escolar, trazem para dentro da sala de 
aula suas representações sobre a escola, o papel do professor e o 
do aluno.
A escola que estes adultos esperam é um local onde possam ser consumidores passivos de 
conhecimentos transmitidos pelos professores, mas também pelos colegas e por eles próprios. 
Onde as relações sejam definidas no início do percurso, quando os professores precisam estar 
preparados para repassar o seu plano didático, deixando claro o que podem e devem esperar 
dos alunos e o que os alunos podem e devem esperar deles
A intensidade dos desafios e das descobertas vivenciados por estes adultos que hoje procu-
ram a escola leva-os a uma extrema valorização do convívio entre eles na turma fazendo com 
que a sociabilidade ocupe posição central em sua vivência: os grupos de amigos, o espaço em 
que vão buscar respostas para suas questões, enfim, eles possuem uma diversidade de conheci-
mentos sobre seu meio e utilizam diferentes formas de expressão que devem ser consideradas 
na escola, expressam suas opiniões de modo crítico, na maior parte das vezes, falando de suas 
dificuldades, de seus valores, suas perspectivas de futuro, do desemprego. E tudo isto, torna-se 
condição para o professor estabelecer um diálogo com os alunos, o que, por sua vez, é condição 
para que o conhecimento escolar tenha sentido para eles.
É preciso despertar e conscientizar os alunos de todos os ní-
veis e de todas as idades, motivando-os a aprender e mostran-
do a necessidade de aprendizado permanente. Nesse sentido, as 
Tecnologias da Informação e Comunicação são poderosos ins-
trumentos aos quais os alunos da educação de jovens e adultos 
precisam ter acesso, percebendo que a comunicação oral e a es-
crita convivem cada dia mais intensamente com a comunicação 
eletrônica, e que, por meio delas, se pode compartilhar informa-
ções para a ampliação do universo cultural e a inserção social .
Desta forma, ao buscarmos identificar as concepções que fundamentam uma proposta cur-
ricular para a EJA, a contribuição do educador brasileiro Paulo Freire ganha destaque. Não só 
deste, mas destacamos aqui seu nome por ele nos leva a pensamentos e atitudes libertadoras. 
NO entanto, é necessário interpretar suas ideias, extraindo delas as marcantes concepções do 
âmbito político-ideológico, inseridas na ação educativa e agregando contribuições de novos 
estudos – como por exemplo as das chamadas teorias socioconstrutivistas, que orientam hoje 
grande parte das práticas pedagógicas.
EAD / FACULDADE DO MACIÇO DE BATURITÉ
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Cidadania, Direitos Humanos
e Qualidade
Para ser cidadão é preciso ter a concepção de direito e de exercício deste direito. Segundo 
Stela C. a ONU (Organização das Nações Unidas) formulou recentemente o conceito de desen-
volvimento humano, tornando-o como uma oportunidade. Esta que pode ser construída, alar-
gada, potencializada, dependendo da participação da sociedade, e o ensino pode ser o caminho 
para esta construção. O índice de desenvolvimento humano composto de três indicadores 
(educação, expectativa de vida e poder de compra) precisa estar em harmonia de qualidade e 
quantidade, para que assim as pessoas criem a possibilidade de desenvolver sua consciência 
crítica, e seja viável a sua participação e conhecimento neste desenvolvimento. Isto é, as pessoas 
se percebam ou descubraque o desenvolvimento é um direito dele.
Dadas as características do nosso país – extensão territorial, 
cultura vigente, heterogeneidade de raças, recursos naturais, 
bem como as dificuldades encontradas, como desemprego, fome, 
analfabetismo, educação atrasada --, cabe à sociedade, em todas 
as suas instâncias, construir um projeto dotado de qualidade que 
permita a geração de oportunidades próprias de desenvolvimen-
to. Somente assim, a cidadania, concebida com a capacidade cul-
turalmente construída de fazer uma história própria, participa-
tiva, depende primeiramente da qualidade da educação. Por aí, 
a nosso ver começa a oportunidade. No entanto, nossas escolas 
continuam enciclopedista tal qual a escola do século XIX .
Sabemos das desigualdades que existem em nosso país, desigualdade estas que atingem até 
os modelos educacionais, como por exemplo, a educação diferenciada por classes sociais. Já 
passamos por muitas transformações políticas que reforçaram o direito de igualdade à edu-
cação, bem como criação de várias escolas públicas, universal e gratuita, contudo, o acesso ao 
conhecimento se faz desigual ainda. O número de aulas de uma escola de uma disciplina na 
escola particular não se compara a duas-aulas por semana de uma escola pública; a disputa 
para a conquista de uma vaga na universidade é desleal desta forma
Daí batermos a “tecla” de que é um direito do homem à apropriação do conhecimento. Mes-
mo sabendo que este pode vir de forma desigual muitas vezes. É preciso que todos fiquemos 
atentos ao futuro profissional destes que buscam a escola, pois não é só chegar na escola para 
se ter um futuro promissor, muitas vezes depende também da condição social que este carrega 
ocultamente, e nesta perspectiva nós sabemos que a educação pode fazer toda a diferença na 
constituição de um cidadão. Agora, de qual cidadão estamos falando? 
O conhecimento é continuamente alterado por transformações sucessivas que o meio es-
colar recebe, como por exemplo a inserção dos avanços tecnológicos e as experiências de vida 
de quem está inserido nele; onde tudo culmina para o exercer da cidadania e a qualidade dos 
direitos humanos.
EAD / FACULDADE DO MACIÇO DE BATURITÉ
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12
Princípios Norteadores
de uma Educação Possível
 Aqui já nos aproximamos das páginas finais de nossos estudos, começamos a fazer nos-
sas reflexões e gostaríamos de deixar aqui a preocupação, ou melhor a intenção de se pensar 
um projeto de desempenho do ensino e aprendizagem dos adultos que não tiveram na idade 
certa a vivência do processo de escolarização. 
É preciso organizar princípios norteadores, considerar o que será significativo para este 
aluno aprender, pensar diretrizes organizacionais que oriente os possíveis e passíveis métodos 
avaliativos e trabalhos propostos para a turma. 
Quando trazemos esta fala de significativo aprendizado, estamos resgatando a importância 
dos conteúdos no processo de ensino aprendizagem, contudo, entendendo-os como formas 
de saberes culturais que precisam ser levados em conta quanto aos seus valores, crenças, habi-
lidades, sentimentos, condutas, explicações etc., o educador terá aqui a função determinante 
na escolha do quê e como abordar em sala de aula o conteúdo, de forma o deixar atrativo e ao 
mesmo tempo não distanciar da vivência de seu aluno.
Assim, o educador deve planejar situações de aprendizagem considerando os princípios e 
valores relacionados ao tema de estudo, sem perder de vista o conhecimento que o educando 
traz, o que certamente fará a aprendizagem ser significativa; é propiciar que os educandos 
possam participar da cultura letrada, formulando e reformulando valores e conceitos, relacio-
nando a nova informação que o professor traz ao conhecimento que já possuíam. Para Paulo 
Freire, valorizar o conhecimento que o educando possui é o ponto de partida da aprendizagem. 
Além de simbolizar o respeito ao educando, quando o educador tem ciência deste saber 
anterior fica mais fácil planejar o desenvolvimento do trabalho, pensando sempre em relações 
dialógicas para a sala de aula. Uma boa situação seria levar uma situação-problema para a aula 
e levantar o conhecimento prévio dos alunos, ouvir os relatos e reconhecer seus conhecimen-
tos, visando à organização de situações de aprendizagens significativas. 
Dia da professora e do Professor
Sou professor a favor da decência
Contra o despudor, a favor da liberdade
Contra o autoritarismo, da autoridade
Contra a licenciosidade, da democracia
Contra a ditadura de direita ou de esquerda.
Sou professor a favor da luta constante contra 
qualquer forma de discriminação, 
Contra a dominação econômica dos indivídu-
os ou das classes sociais. 
Sou professor contra a ordem capitalista vi-
gente que inventou esta aberração: a miséria 
na fartura. 
Sou professor a favor da esperança que me ani-
ma apesar de tudo.
Paulo Freire – Pedagogia da Autonomia, 1996. 
EAD / FACULDADE DO MACIÇO DE BATURITÉ
26
13
Conclusão
A realidade da EJA no Brasil exige que o foco do processo educativo esteja na diversidade 
de sujeitos, pois embora saibamos do quanto é necessário avançar em direção aos direitos que 
muitas vezes são negados, há também as distâncias que precisam ser superadas, distâncias de 
bens culturais, avanços tecnológicos, enfim, é preciso observar que em nossa sociedade há cri-
ses étnicas, ausências de cidadania que clamam por vivências democráticas. 
A sociedade educa em todas as práticas que realiza, e educar jovens e adultos não se restrin-
ge a conteúdos intelectuais, implica lidar com valores, com formas de reconhecer as diferenças 
e os iguais. E os protagonistas deste processo precisam resgatar seus valores, principalmente o 
professor, que apesar de não receber tanto investimento em sua carreira, reinventa um futuro, 
faz educação de qualidade, é insubstituível em meio a tantas tecnologias, sobrevive. Já o aluno 
interage com as diferentes linguagens, é flexível as mudanças, possui um potencial humano de 
aprendizado que só precisa de oportunidade para ser desenvolvido, é um sobrevivente, guer-
reiro. 
Assim, acreditamos ser possível que a educação cumpra seu papel de função social, de de-
senvolver competências de comunicação, de senso crítico e criativo, de autonomia intelectual, 
enfim, é preciso identificar nas diferentes culturas a possibilidade de respeito, este que é o ver-
dadeiro sentimento do cidadão solidário e participativo, onde juntos possamos intervir posi-
tivamente na transformação futura do mundo. E fazendo de nossos conteúdos de sala de aula, 
enquanto professores da EJA, a possibilidade de transcender, isto é, fazer com que deles o aluno 
perceba o mundo. Nada é impossível! 
EAD / FACULDADE DO MACIÇO DE BATURITÉ
27
Referências Bibliográficas
Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Proposta 
Curricular para a Educação de Jovens e Adultos segundo segmento do ensino funda-
mental: 5a a 8a série : introdução / Secretaria de Educação Fundamental, 2002. 148 p
DURANTE, Marta. Alfabetização de adultos: Leitura e Produção de textos/Marta 
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cação. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. 
Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013. 562p. 
JARDILINO, José Rubens Lima. Educação de Jovens e Adultos: sujeitos, saberes e 
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FREIRE, Paulo, 1921-1997. A Importância do Ato de Ler: em três artigos que se 
completam/Paulo Freire. - 51.ed.- São Paulo: Cortez, 2011. 102p.
Fundamentos Teóricos e Metodológicos da Educação de Jovens e Adultos/ F981. 
Elisabeth F. da Silva; Tatyana Suely R. Lopes; Vera Lúcia A. Bahiense (Orgs).–Teresi-
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PICONEZ, Stela C. Bertholo. Educação Escolar de Jovens e Adultos/ Stela C. Ber-
tholo Piconez.-Campinas, SP: Papirus, 2002. 144p. 
Práticas de Educação de Jovens e Adultos: Complexidades, desafios e propostas/ 
Marisa Narciso Sampaio, Rosilene Sousa Almeida (organizadoras). – Belo Horizonte: 
Autêntica Editora, 2009. 255 p. 
SILVA, Adelson Ferreira da. Educação de jovens e adultos – Ilhéus, BA: Editus, 
2012. 153 p. : il. (Pedagogia - módulo 6 - volume 3 – EAD)
EAD / FACULDADE DO MACIÇO DE BATURITÉ
28
Educação de
Jovens & Adulto
Métodos e Fundamentos
Mayara Martins de Lima Silva
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29
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Sanharão . Baturité . Ceará
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