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Fasciolose - RESUMO parasitologia

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Fasciolose – Fascíola Hepática 
É um parasito de canais biliares de ovinos, bovinos, caprinos, suínos e vários mamíferos silvestres. É 
encontrada em quase todos os países do mundo, nas áreas úmidas, alagadiças ou sujeitas a inundações 
periódicas. 
Morfologia 
O verme adulto tem um aspecto foliáceo; mede cerca de 3crn de comprimento por 1,5cm de largura e tem 
cor pardo-acinzentada. Apresenta uma ventosa oral (localizada na extremidade anterior), da qual segue 
uma faringe curta. Dessa, partem ramos cecais (um de cada lado) até a extremidade posterior. Os cecos 
são extremamente ramificados. Esse para- sito é hermafrodita, possuindo as seguintes características: 
aparelho genital feminino e aparelho genital masculino. 
O tegumento apresenta-se coberto por espinhos recorrentes disseminados na porção anterior do 
helminto. 
Ciclo Biológico 
É do tipo heteroxênico, uma vez que necessita de hospedeiro intermediário; estes, no Brasil, são caramujos 
principalmente das espécies Lymnaea columela e L. viatrix. 
Os adultos põem ovos operculados que, com a bile, passam para o intestino, de onde são eliminados com 
as fezes. Os ovos possuem uma massa de células que, encontrando condições favoráveis de temperatura 
(25-30ºC), umidade e ausência de putrefação, dão origem a um miracídio. 
Essa forma, ainda dentro do ovo, apresenta uma longevidade de até nove meses, quando permanece em 
ambiente não-putrefeito e em presença de sombra e umidade. Em condições adversas, morre 
rapidamente. O miracídio só sai do ovo quando o mesmo entra em contato com a água e é estimulado pela 
luz solar. Nessas condições, o miracídio sai ativamente do ovo, levantando o opérculo e passando pelo 
orifício deixado. O muco produzido pelo molusco atrai o miracídio, que nada aleatoriamente na água, e ao 
perceber o muco se dirige para ele. Assim, pode penetrar em diversos moluscos aquáticos, porém se 
penetrar em algum diferente morrerá. 
O molusco também sofre com a penetração dos miracídios; caso penetre um grande número, ele morrerá. 
Três a cinco miracídios por molusco é um número ideal para a produção de cercárias. Caso não encontre o 
hospedeiro intermediário, morre em poucas horas. A vida média do miracídio é de seis horas. Penetrando 
no molusco certo, cada miracídio forma um esporocisto, que dá origem a várias (5 a 8) rédias. Essas podem 
dar origem a rédias de segunda geração (quando as condições do meio são adversas) ou cercárias. Desde 
que o miracídio penetrou no caramujo, até que inicie a liberação de cercárias, decorrem de 30 a 40 dias, a 
temperatura de 26°C. 
Cada molusco libera diariamente uma média de seis a oito cercárias, du- rante cerca de três meses. Logo 
que sai do caramujo, nada alguns minutos e depois perde a cauda; com a secreção das glândulas 
cistogênicas, encista-se, aderindo na vegetação aquática ou na superfície d'água (tensão superficial da 
película aquática) e indo para o fundo d'água: é a forma metacercária (cercária encistada). O processo de 
encistamento decorre num tempo de 15 minutos. Essa forma permanece infectante durante três meses, 
em temperatura de 25-30°C; em unidade adequada e em temperaturas baixas (5ºC), permanece viável até 
um ano. 
O homem (ou animal) infecta-se ao beber água ou comer verdura (agrião etc.) com metacercárias. Estas 
desencistam-se no intestino delgado, perfuram a parede do mesmo, caem na cavidade peritoneal, 
perfuram a cápsula hepática (ou cápsula de Glisson) e começam a migrar pelo parênquima hepático. Dois 
meses depois estão nos ductos biliares. 
 
Transmissão 
Processa-se através de ingestão de água e verduras, contaminadas com metacercárias. Os animais se 
infectam bebendo água e alimentos (capins, gravetos etc.) contaminados com metacercárias. 
Patogenia 
A fasciolose é um processo inflamatório crônico do fígado e dutos biliares. E mais grave nos animais, nos 
quais a migração simultânea de grande quantidade de formas imaturas pelo fígado causa uma hepatite 
traumática e hemorragias. Além disso, provocaria uma séria per- da de peso, diminuição da produção de 
leite, e mesmo morte dos animais. Fêmeas grávidas ingerindo metacercárias podem ter seus fetos 
infectados. 
No homem, por não ser o hospedeiro normal do parasito, o número de formas presentes costuma não ser 
elevado. Ainda assim podemos constatar alterações orgânicas provocadas pelo helminto. Essas lesões são 
de dois tipos: a) lesões provocadas pela migração de formas imaturas no parênquima hepático; b) lesões 
ocasionadas pelo verme adulto nas vias biliares. 
Diagnóstico 
Laboratorial: Pode ser feita a pesquisa de ovos nas fezes ou na bile (tubagem). Entretanto, como a 
produção de ovos no homem é pequena, pode haver resultados negativos, mesmo com a presença de 
parasito. O diagnóstico sorológico oferece maior segurança, apesar de não possuir sensibilidade muito 
elevada e poder cruzar com esauistossomose e hidatidose. Os métodos sorológicos mais indicados são: 
intradermorreação, imunofluorescência, reação de fixação do complemento e ELISA. 
Profilaxia 
A profilaxia da fasciolose humana depende primariamente do controle dessa helmintose entre os animais 
domésticos. Para atingir tal objetivo, as medidas fundamentais são: evitar disseminação; destruição dos 
caramujos; tratamento em massa desses animais; isolamento de pastos úmidos; vacinação dos animais. 
Tratamento 
No humanos, a terapêutica deve ser feita com cuidado, em vista de certa toxicidez das drogas e possíveis 
complicações. Os medicamentos em uso atualmente são: Bithionol, Deidroemetina e injetáveis parenteral. 
O albenzadol, na dose de 10mg/kg tem sido empregado com sucesso, tendo-se que considerar, entretanto, 
alguns efeitos colaterais graves, ainda em estudo.

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