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Curso de desenho online - Iniciante - desenhoonline com

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Copyright de todos artigos, textos, desenhos e lições. A reprodução parcial ou total deste ebook só é 
 permitida através de autorização por escrito de Mateus Machado / E-mail: mateus_vga@hotmail.com 
Visite o site: http://www.desenhoonline.com / E-mail: desenhoonline@gmail.com 
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 permitida através de autorização por escrito de Mateus Machado / E-mail: mateus_vga@hotmail.com 
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O objetivo desta primeira aula é passar a você iniciante alguns 
esclarecimentos sobre a arte de desenhar, prepará-lo para iniciar nas próximas 
aulas e mostrar uma parte das muitas dicas que virão. 
(Mateus Machado) 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
Talvez você não acredite, mas posso dizer-lhe com toda convicção que o mais 
difícil não é desenhar, e sim ver. O desenhista vê o mundo de uma forma 
extremamente diferenciada das demais pessoas, ele compacta e guarda estas 
informações visuais na mente através de uma metodologia específica, para 
posteriormente reproduzi-la sobre um plano; portanto, se você quer aprender a 
desenhar, deve aprender ver, e para despertar este potencial você deverá 
estimular o hemisfério direito do cérebro, lugar onde estão as suas capacidades, 
criativa, intuitiva, imaginativa e inventiva. 
 
Quando começamos a acessar a modalidade direita do cérebro, entramos 
num estado diferente e prazeroso, passamos a perceber o mundo por outro ponto 
de vista, associando uma série de outros objetos e figuras geométricas. Temos 
novas ideias, intuímos novos métodos e despertamos cada vez mais a nossa 
criatividade. Isso é superinteressante, pois com o tempo, passamos a ver que 
tudo está interconectado. 
 
Começando a despertar este potencial, pode ter certeza que soluções 
criativas irão aparecer para que você possa resolver não só dificuldades ao 
desenhar como outros problemas da sua vida; terá ainda um crescimento cada 
vez maior de seu cabedal, permitindo que você atue em diversas áreas que 
envolvam o desenho, o meio que poderá ser a chave para muitos outros objetivos 
seus. 
 
Foi pensando nesta grande metodologia que surgiu a ideia de montar o curso 
de desenho do site desenhoonline.com, reunindo assim bons métodos de 
desenho que estimulam o hemisfério direito do cérebro, para que você chegue 
cada vez mais longe dentro desta incrível arte e ainda veja um pouco da beleza 
oculta do mundo que se obscurece a cada dia pela correria do nosso cotidiano. 
 
Acredite cada vez mais em seu potencial, só assim você terá chance de se 
tornar um grande desenhista. 
 
 
 
 
 
 
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3
O DESENVOLVIMENTO DO DESENHISTA 
 
 
1. QUEM PODE APRENDER A DESENHAR 
Para alguns, desenhar é um talento nato, para outros uma habilidade que 
pode ser tanto nata quanto adquirida através de uma prática constante. 
Mas, quem está certo? 
O último. É possível aprender e aprimorar tanto quanto nascer com tal 
habilidade e aprimora-lá durante a vida; afinal, todos nós em geral somos dotados 
dos mesmos veículos físicos, energéticos, astrais e mentais. É claro que existem 
pessoas que são dotadas de uma habilidade nata, e não é à toa que elas 
apresentam toda uma desenvoltura para desenhar. De qualquer forma elas 
também precisam de um aprimoramento contínuo, para cada vez mais se 
tornarem melhores e não ficarem para trás. 
Muitas das vezes o que nos atrapalha são nossas “travas internas", negamos 
a nós mesmos a chance de aprender. Isso é um entrave muito grave. Em certos 
momentos isto vai sendo alimentado de más experiências que promovemos, fruto 
de um estudo sem direção e ineficiente ou ainda por motivos fúteis. É possível 
que qualquer pessoa consiga desenhar, o requisito principal é saber querer, é 
vontade pura; e à medida que isto ficar claro para você, naturalmente irá se 
dedicar. É principalmente uma questão de interesse. 
A nossa consciência se manifesta conforme os nossos interesses. Assim, as 
atividades que mais despertam nosso interesse são as que mais temos chance de 
ser eficientes. Se você faz um curso ou atividade só por que seus pais querem que 
você faça, muitas das vezes terá poucas chances de ser bem sucedido. 
 
2. A EVOLUÇÃO 
Existem três habilidades do processo de evolução do desenhista que sempre 
necessitarão de aprimoramento, são elas: saber ver, saber reproduzir e saber 
ilustrar. Saber ver e reproduzir geralmente são uma das primeiras habilidades que 
os desenhistas desenvolvem e promovem em paralelo; porém nem sempre no 
mesmo nível, já que alguns vêem melhor do que reproduzem e vice versa. 
Naturalmente todo mundo desenha alguma coisa, mas saber ilustrar depende 
muito de uma observação constante e consciente e se expressa na medida em 
que as duas primeiras habilidades citadas anteriormente estiverem evoluídas. 
Ilustrar é um processo mais complexo, que envolve mais atenção, imaginação, 
memória e discernimento. Neste momento é preciso estar atento as informações 
relacionadas não só ao que você irá desenhar quanto aos conhecimentos teóricos 
do desenho. Quanto mais conhecimento do desenho e consciencia do processo, 
melhores resultados voce terá. 
 
 
 
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 permitida através de autorização por escrito de Mateus Machado / E-mail: mateus_vga@hotmail.com 
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OS MATERIAIS 
 
 
Existe hoje uma incrível variedade de materiais de desenho disponíveis no 
mercado, é claro que se deve ter certo requinte na hora de comprá-los; pois o 
resultado final depende em boa parte deles. Só tome cuidado para não se prender 
tanto na escolha dos materiais. Vamos agora falar um pouco do material básico 
de desenho. 
 
Obs.: Veja na última página a lista do material básico para você comprar e 
iniciar os seus estudos. 
 
O LÁPIS – Em geral é o material mais básico de desenho. Podemos encontrar 
além do lápis de grafite comum, o lápis de cor, o crayon, o de grafite próprio para 
desenho, etc. Os próprios para desenho possuem níveis de dureza e totalizam 20 
tipos de lápis diferentes, veja: 
 
 
 
 
 
A BORRACHA – É geralmente utilizada 
para apagar traços do lápis. O que pouco 
se sabe é que com ela você pode criar 
efeitos muito precisos de sombreamento; 
técnica muito utilizada no realismo de 
desenhos realistas, chegando-se a tornar 
mais eficaz que os tradicionais métodos. 
Nas próximas aulas você verá quais os 
tipos de borrachas são mais adequadas 
para estes efeitos e uso comum. 
 
 
Graduação intermediária. É semelhante ao 
lápis comum nº2 utilizado para escrever, são 
indicados para esboços e escrita. São eles: 
HB e F. 
 
Graduação mais mole. Indicada para 
sombreamentos. O tom de cinza se acentua 
conforme se aumenta a escala. São eles: 
B, 2B, 3B, 4B, 5B, 6B, 7B, 8B e 9B. 
 
Graduação mais dura. Produz traços mais 
finos e precisos, indicada para trabalhos 
detalhados e minuciosos. São eles: 
H, 2H, 3H, 4H, 5H, 6H, 7H, 8H e 9H. 
 
 
 
 
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 O PAPEL – Existe no mercado uma infinidade de 
modelos e marcas. A escolha depende do efeito e da 
qualidade que você deseja aplicar. O que variam entre eles 
são a gramatura, a textura, a composição, a cor e o 
tamanho. 
 
 
 
 
 
 
A RÉGUA – Existem mais modelos além da régua 
comum; temos a curva francesa, a régua flexível, 
transferidores, régua “T”, etc. De uma forma geral eu 
recomendo que você adquira réguas transparentes de 
acrílico, elas possibilitam que você veja os traços sob 
a régua. 
 
 
 
 
 
 
 
 
O ESTILETE – Excelente ferramenta para apontar o 
lápis, se você souber utilizá-lo terá um aproveitamento 
bem superior ao apontador. No caso de crianças é 
recomendado o uso de apontador comum ou o de mesa. 
 
 
 
 
 
 
 
OS LÁPIS DE COR – É o material de desenho 
mais básico para colorir. A marca deles 
influencia bastante na qualidade final dos seus 
desenhos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ESTILOS DE DESENHO 
 
 
Dentre os estilos de desenho temos: o desenho realista, a caricatura, o 
mangá, o cartum, entre muitos outros. Existem diversas áreas que envolvem o 
desenho, e você poderá trabalhar como: retratista, designer gráfico, cartunista, 
mangaká, caricaturista, desenhista de histórias em quadrinhos, etc. Há muitas 
áreas que envolvem o desenho, mas mesmo que você escolha um destes estilos, 
será interessante saber um pouco de cada, já que cada um deles fornecerá 
diferentes elementos e promoverá experiências fantásticas e diferenciadas; seja 
do mais simples até o mais complexo. 
 
Veja a seguir alguns estilos de desenho... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESENHO REALISTA 
MANGÁ CARTUM 
CARICATURA 
 
 
 
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COMO O DESENHISTA VÊ O MUNDO 
 
 
1. SINTETIZANDO INFORMAÇÕES 
 
É indispensável a qualquer desenhista iniciante ou profissional, procurar 
sintetizar as informações que eles veem ao desenhar. Esta busca é natural entre 
eles; mas, a diferença entre ambos está na forma e na eficiência de suas sínteses. 
Vamos ver adiante alguns dos bons métodos de realizar esta síntese. 
 
Por trás de toda imagem ou objeto, sejam eles bidimensionais quanto 
tridimensionais, escondem-se infinitas figuras geométricas. Quando procuramos 
visualizar figuras geométricas que conhecemos dentro das imagens que estamos 
vendo, melhor será a leitura da imagem e maior a fidelidade do que iremos 
desenhar; pois, assim teremos maiores chances de mantermos as mesmas 
proporções de tamanho e referência. As figuras geométricas são excelentes para 
isto, já que elas são os modelos mais simples que conhecemos bem; portanto, 
quando se busca enxergar uma figura geométrica conhecida dentro de um objeto 
ou desenho pronto, você resume bastante informações, ficando bem mais fácil de 
se orientar, memorizar e desenhar. É claro que esta forma de visualização não é 
feita só com os olhos físicos, mas com a própria imaginação, ela deverá sobrepor 
os traços que a sua visão física está vendo. Para chegar a esta condição você 
aprenderá nas próximas aulas a realizar muitos exercícios de imaginação. É 
indispensável um método como este, pois desta forma a memória não só reterá 
os detalhes com mais eficiência como também na hora de desenhar você terá uma 
incrível orientação. 
 
Veja um exemplo de como seria esta forma de visualização: 
 
No desenho a baixo foi utilizada uma figura geométrica simples 
bidimensional (o quadrado), em torno do desenho de um monitor. O quadrado é 
uma figura que conhecemos há muito tempo, e sabemos que ele deverá ter 
sempre a largura igual à altura. Quando associamos o quadrado ao monitor de 
computador ficou mais fácil sintetizar a 
forma geral deste monitor, aumentando 
assim as chances de mantermos as 
proporções e distâncias dos detalhes da 
figura em nossa memória. Procedendo 
desta forma, você saberá que ao desenhar 
este monitor, os detalhes internos não 
deverão exceder a área do quadrado maior 
que contorna o monitor. É bom lembrar 
também que o quadrado, as linhas verticais 
e horizontais sobre a figura devem apenas 
ser imaginados sobre o desenho original e 
em seguida sobre a superfície aonde você 
vai reproduzi-lo, pois eles servirão apenas 
para você se orientar. 
 
 
 
 
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A cada novo detalhe desenhado você deverá se perguntar que elementos 
estão alinhados com quais. É neste momento que você irá utilizar estas linhas 
imaginárias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Você poderá utilizar também, linhas curvas e formas geométricas diversas, 
como círculos, trapézios, retângulos, entre outros. Com estas figuras e formas 
diversificadas você saberá onde se posicionam cada trecho que compõe a figura. 
 
Para um exemplo mais complexo iremos utilizar um sólido tridimensional 
bem conhecido, o cubo. Veja abaixo: 
Neste outro exemplo a figura visualizada é um cubo, podemos ver que a 
parte inferior da cadeira encaixa-se perfeitamente dentro da forma de um cubo. 
Esta é uma forma de sintetizar informações com figuras tridimensionais, mas 
antes é necessário um conhecimento prévio de perspectiva. Para isto você deverá 
se aprofundar nos próximos exercícios do curso, aonde teremos inúmeras dicas 
de perspectiva, não só para resumir informações, mas para também saber como 
se comportam os objetos em perspectiva. 
 
Isto é só o começo; mas, imagina quantas figuras bidimensionais e quantos 
sólidos tridimensionais que poderiam ser visualizados dentro dos objetos? 
 
Isto é apenas uma pequena mostra de uma série de métodos para você não 
só desenhar a partir de modelos como também desenhar à mão livre; aprendendo 
muitos métodos e técnicas referentes a esta forma de visualização, como: linhas 
de expressão, exercícios com práticas do centro, exercícios de imaginação, como 
 
 
 
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encontrar várias figuras ocultas bidimensionais e sólidos tridimensionais nas 
figuras, visualização de contornos, ilusões de ótica, desenhos de observação, etc. 
 
O mais fantástico nisso tudo é que com estes exercícios você poderá estudar 
desenho, em qualquer lugar, até andando pela rua. 
 
 
2. AS ILUSÕES 
 
Aprendemos desde os primeiros anos escolares que a visão é um dos cinco 
sentidos e que cada um deles nos põe em contato com o mundo físico, seja pelo 
tato, paladar, olfato, audição e visão. Cada pessoa tem um nível de percepções 
sobre estes sentidos; mas, por uma falta de consciência não entendemos bem 
estas mensagens dos sentidos, muitas destas informações não são bem 
compreendidas e é o que nos falta desenvolver e aprimorar. Saberver depende de 
aprimorarmos as nossas percepções; de uma forma geral, é ver o que está além 
do que aparenta ser, isso nos tornam cada vez mais conscientes do mundo em 
que vivemos. 
 
Para compreender melhor, podemos citar uma ilusão provocada pela visão. 
Através dela, temos noções de profundidade, dimensão e distância dos objetos, e, 
quando realmente entendemos e compreendemos que existe esta ilusão, 
conseguimos de fato retratá-la bem no desenho, porque conseguimos “tirar os 
primeiros véus” que a encobre. Esta forma de ilustrar o que a visão capta dos 
objetos tridimensionais num plano bidimensional se chama perspectiva. 
 
Existe hoje uma série de softwares de modelagem tridimensional que 
utilizam esta forma de representação em perspectiva; varia entre softwares para 
desenho técnico como o AUTOCAD até softwares mais complexos de modelagem 
3D como o 3DMAX STUDIO, o BLENDER, etc. Estes últimos foram desenvolvidos 
para criar ilustrações, animações e jogos eletrônicos. 
 
 
 
 
Retornemos a perspectiva do desenho. 
 
Nossas mãos têm exatamente o mesmo 
tamanho, mas se colocarmos uma delas 
próximo ao nosso nariz e a outra a uns 30 cm, 
notaremos que a segunda mencionada 
aparenta ser menor do que a primeira. Através 
desta redução que sabemos o quando um 
objeto está distante de outro. É a nossa visão 
quem cria esta ilusão e é nosso cérebro que 
entende e nos traduz esta informação. 
 
 
 
 
 
 
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Quando um desenhista entende bem como se dão algumas destas ilusões, 
ele adquire um domínio excepcional, a ponto de inseri-las artificialmente em suas 
obras artísticas, com a finalidade de iludir as pessoas que as observam. Veja o 
exemplo a seguir: 
 
 
 
 
 
 O artista utilizou um recurso de perspectiva e escondeu uma imagem nesta 
pintura (ao mesmo tempo subliminar), aparentemente parece ser uma mancha. Se 
você for persistente e inteligente terá grandes chances de desvendar o que está 
escondido nesta imagem. É uma coisa que geralmente as pessoas não gostam de 
ver. 
 
Quer uma dica? 
 
Pare por um tempo de ver o mundo como o de costume e veja-o de ângulos 
diferentes. Queira sair da “Matrix”. 
 
 
 
 
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MATERIAL INICIAL 
 
 
 
 Lápis de desenho: 2H, HB, 2B e 6B; 
 
 1 Régua transparente de 30 cm; 
 
 1 Borracha branca (de preferência mole); 
 
 1 Estilete ou apontador; 
 
 100 folhas sulfite no tamanho A4; 
 
 1 Caixa com 12 lápis de cor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não perca as próximas aulas! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Nesta aula você aprenderá um pouco sobre a diferença entre o desenhista e 
o ilustrador e ainda iniciará com os primeiros exercícios de desenho. 
(Mateus Machado) 
 
 
 
O DESENHISTA E O ILUSTRADOR 
 
Ainda que não sejam profissionais todo mundo tem uma certa capacidade de 
desenhar objetos, pessoas e coisas, seja ela através da observação que se faz 
enquanto se desenha ou através da ilustração; esta última baseia-se numa 
memória e estudo anterior que se teve de objetos ou figuras e carrega a 
criatividade e a mensagem de quem o faz. Nos dois casos antes de desenhá-los, 
cada um observou e memorizou as informações de um determinado objeto ou 
desenho, conforme o que entendeu do que viu. 
 
Temos então duas modalidades: 
 
1. O desenhista 
 
2. O ilustrador 
 
Um desenhista reproduz seu trabalho no momento em que se está vendo a 
origem, seja esta um modelo vivo ou a imagem de um desenho. 
 
Exemplo: O desenhista de retrato 
 
 O ilustrador primeiramente baseia-se na mensagem que deve ser 
transmitida através do desenho; antes de desenhar ele visualiza o resultado final 
do trabalho com base tanto na habilidade de reter as informações dos objetos na 
memória quanto de moldá-las na imaginação. 
 
O ilustrador não deixa de ser um desenhista; afinal ele desenha e está além 
deste último, pois, esta modalidade é mais complexa; baseia-se num método não 
só de visualização imaginária quanto num estudo anterior de anatomia humana, 
paisagem, perspectiva, sombreamento, cores, materiais, etc. Podemos dizer que o 
ilustrador cria novos seres e modelos através do desenho; exprime um pouco da 
sua personalidade, das suas idéias, do seu cotidiano e principalmente da 
mensagem que ele quer ou foi encarregado de transmitir. 
 
Exemplo: O Mangaká (desenhista de histórias em quadrinhos japonesa) 
 
É interessante você saber que existe estas modadlidades e identificar se vai 
seguir um ou os dois caminhos. A base inicial de ambos é a mesma; porém o 
estudo posterior do ilustrador é mais complexo. 
 
 
 
 
 
 
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1. A IMPORTÃNCIA DE UM BOM TRAÇO 
 
Uma das características que mais identifica um desenhista ou ilustrador é o 
traço, em muitos dos casos vendo um desenho você até consegue imaginar quem 
seja o desenhista. O traço é praticamente a identidade de quem desenha. 
 
 É certo que exista o estilo de cada um; mas o que se deve levar em 
consideração é que um bom traço transmite mais estética do que um traço 
relaxado, sem uniformidade e precisão; permite ainda que o traçado flua bem. De 
alguma forma sempre que se faz um desenho nós buscamos impressionar as 
pessoas pela precisão de detalhes; por isso nada mais justo que buscar aprimorar 
o traço também. 
 
Desde a infância temos adotado uma série de hábitos, muitos destes atuam 
até hoje, sejam eles bons ou ruins. Já o traço não é só um hábito; pois reflete 
também um pouco da personalidade de cada um. 
 
Se agora o traço não estiver bom será 
necessária uma mudança para que aos poucos 
se adéqüe ao bom traço. É certo que esta 
mudança implicará na resistência de sua 
personalidade; mas ainda assim pra você 
iniciante eu sugiro que dê muita atenção a 
isto, busque aperfeiçoá-lo a cada novo 
desenho que o faça. 
 
Este desenho ao lado possui um tipo de 
traço que você pode se espelhar ao desenhar. 
Um traço nem forte nem fraco, preciso e 
uniforme. 
 
A seguir você verá o traço de certos 
estereótipos de desenhistas, sejam eles 
profissionais ou amadores, alguns destes 
refletem não só ao desenhar como também na 
escrita; pode ser quevocê encontre o seu lá. O 
interessante é que cada traço revela um pouco 
da personalidade de cada um. O que você não 
pode é se identificar com um determinado tipo 
de traço ruim e arrastar com ele por muitos 
anos. 
 
Alguns tipos de traço são recomendados apenas pra determinadas situações, em 
outras poderão lhe prejudicar. É preciso estar consciente do bom traço, resultado 
do trabalho da coordenação; obtido então o bom traço você deve utilizá-lo na 
maioria dos casos e aproveitar os outros tipos de traço quando necessário. É um 
aprimoramento que leva um bom tempo para surtir efeito. 
 
 
 
 
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Abaixo alguns exemplos dos principais traços, e o porquê que alguns 
prejudicarem você como desenhista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
O TRAÇO RABISCADO 
 
Podemos dizer que um traço 
rabiscado deixa o desenho um pouco 
confuso, alguns detalhes da 
composição se misturam e não possui 
clareza quanto aos detalhes. Em 
alguns casos torna-se necessário a 
sua utilização, pois pode ser usado 
para causar um efeito mais rústico ou 
de textura.z 
 
 
 
 
O TRAÇO VAIVÉM 
 
Este é um dos mais comuns e 
apresenta uma série de vaivens no 
percorrer do traço, quem faz um traço 
como este precisa trabalhar bastante a 
sua coordenação motora. Às vezes é 
encontrado entre os perfeccionistas, 
que por não terem uma coordenação 
motora bem trabalhada acabam que 
fazendo uma seqüência de mini traços, 
buscando aproximar bem ao desenho 
original. Este traço serve para alguns 
efeitos de contorno e textura. 
 
 
 
 
 
 
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O TRAÇO FRACO 
 
Um traço fraco dificulta a 
visualização, quem o faz tende a 
sombrear também num tom mais 
fraco. Há alguns casos do traço sair 
um pouco trêmulo, que pode ser um 
problema de postura. 
 
Há muitas pessoas que apesar de 
fazerem um traço como este, têm 
mais facilidade em desenhar; um 
pouco é por ela tencionar menos os 
movimentos, isso lhe dá possibilidade 
de realizar curvas menos quebradas 
 
 
 
 
 
 
O TRAÇO FORTE 
 
Esta forma de traço prende 
bastante a coordenação atrapalhando 
os movimentos do dedo, da mão e do 
braço, tanto que os traços não ficam 
totalmente arredondados, até o 
preenchimento fica irregular. 
 
Além disto, surgirá outro 
problema; quando você for apagá-lo 
ficará a marca do traço anterior, 
como no exemplo abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. EXERCÍCIOS 
 
1) Vamos agora desenhar um copo. Pra você que está começando 
iniciaremos o primeiro desenho com algumas linhas de referência. Lembrando o 
que foi dito na aula anterior o desenhista deve-se orientar por linhas e figuras 
imaginárias; como um iniciante ainda não tem isto desenvolvido, para fins 
didáticos devem ser riscados algumas destas linhas na folha sulfite. Vamos lá! 
 
Utilizando a régua e o lápis 2H crie um quadrado de 10 cm no centro da 
folha. Crie agora uma linha vertical e outra horizontal, ambas ao centro do 
quadrado, como mostra a figura 8. As linhas azuis são linhas de referência para 
você se orientar ao desenhar. 
 
Agora com o lápis HB desenhe o copo ao lado 
dentro do quadrado que você acabou de riscar. Não 
se esqueça de utilizar as linhas de referência que 
você criou, procure ver o alinhamento dos detalhes 
através delas; pois é desta forma que você deve 
começar a ver como um desenhista. Mais adiante os 
exercícios não terão estas linhas de apoio; portanto 
vá se acostumando com esta forma de buscar os 
detalhes, por alinhamento, pois estas linhas nos 
exercícios futuros deverão apenas serem imaginadas 
sobre o papel. 
 
Você pode começar a desenhar de cima para baixo, iniciando pela elipse, 
figura que forma a boca do copo e a outra que situa na base do copo; em seguida 
utilizando a régua ligue as extremidades das elipses com traços retos. Repare 
também os espaços que ficam entre as laterais do copo e as linhas laterais do 
quadrado, veja se os espaços que você reproduziu no seu desenho estão com a 
mesma distância. Deve-se ficar atento 
com as proporções. 
 
2) Mais um exercício para você 
treinar, semelhante ao anterior, mas 
usando apenas curvas. Este vai exigir 
mais de sua coordenação motora. 
 
Utilizando a régua e o lápis 2H 
crie um quadrado de 10 cm no centro 
da folha. Em seguida faça uma linha 
na vertical e outra na horizontal ao 
centro do quadrado, como mostra a 
figura ao lado. 
 
Ao fazer o desenho na folha 
sulfite não se esqueça de orientar-se 
pelas linhas e pelos centros dos 
quadrados. 
 
 
 
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O desenho é praticamente como um plano cartesiano; pois cada trecho pode 
ser localizado com base a informações no eixo horizontal e vertical. 
 
Veja abaixo as perguntas que você deve fazer para você mesmo durante o 
exercício: 
 
 
 Este detalhe está abaixo de qual detalhe e a esquerda de qual 
outro? 
 
 Esta curva termina perto de que detalhe? 
 
 O meu desenho parece estar aprumado ou inclinado? 
 
 A região superior do desenho aparenta estar muito menor do que 
a de baixo? 
 
 Este detalhe parece com alguma figura geométrica que eu 
conheço? 
 
 
Enfim, estas e inúmeras outras perguntas são típicas de quem está 
começando a acessar as modalidades do hemisfério direito do cérebro, se você já 
fazia isto, parabéns, continue assim; se você não entendeu nada, fique tranqüilo; 
nas próximas aulas serão passadas técnicas de visualização, das mais variadas 
formas. 
 
O interessante é que todas elas vão lhe conduzir para um mesmo caminho; 
por isso digo a você com toda a minha experiência: o acesso ás modalidades do 
lado direito do cérebro é a chave mestra que o desenhista precisa. 
 
Na próxima página um exercício extra para você acelerar a sua evolução no 
traço, pode ser feito pelo menos uma vez por dia, veja: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3) Para fazer este exercício, escolha uma folha a parte e em cada face da 
mesma repita como no exemplo abaixo; crie vários círculos, quadrados e 
triângulos; começando com figuras pequenas a esquerda e terminando com 
figuras maiores a direita, sem o auxílio da régua. Procure aplicar um traço 
uniforme como o do exemplo abaixo e não se esqueça das dicas anteriores onde 
se fala dos traços. 
 
Utilize o lápis HB.Não perca as próximas aulas! 
 
 
 
 
 
 
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Nesta aula veremos a importância da coordenação motora para o desenhista 
e como ela pode ser desenvolvida através de exercícios específicos. 
(Mateus Machado) 
 
 
 
 
A IMPORTANCIA DA COORDENAÇÃO MOTORA 
 
Antes de vermos a importância da coordenação motora é indispensável 
saber a sua definição. 
 
A coordenação motora é uma capacidade de coordenação de 
movimentos decorrente da integração entre cérebro e unidades motoras 
dos músculos e articulações. Esta capacidade vem sendo desenvolvida 
desde a infância, época em que a criança precisa aprender a engatinhar, 
andar, correr, agarrar coisas, etc. Inclui-se ainda uma infinidade de outras 
atividades essenciais a nossa vida que dependem consideravelmente deste 
desenvolvimento motor. Temos então uma classificação da coordenação 
motora, são elas: 
 
 
COORDENAÇÃO MOTORA GERAL 
 
Permite a criança perceber e dominar o corpo no espaço, controlando 
os movimentos mais grosseiros. 
Ex: Correr, andar, engatinhar, etc. 
 
 
COORDENAÇÃO MOTORA GERAL ESPECÍFICA 
 
Permite controlar movimentos específicos de uma atividade. 
Ex: Bater peteca, chutar uma bola (futebol), empurrar uma mesa, etc. 
 
 
COORDENAÇÃO MOTORA FINA 
 
É a capacidade de usar de forma eficiente e precisa os pequenos 
músculos, produzindo assim movimentos delicados e específicos. Este tipo 
de coordenação permite dominar o ambiente, propiciando o manuseio dos 
objetos. 
Ex: Desenhar, digitar, tocar violão, costurar, escrever, etc. 
 
Esta coordenação fina é a mais minuciosa das três, no desenho 
estimula os pequenos músculos do pulso, dos dedos e faz um 
desenvolvimento paralelo com os músculos oculares. 
 
 
 
 
 
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1. A COORDENAÇÃO MOTORA NO DESENHO 
 
No desenho a coordenação motora fina é fundamental, pequenos 
traços retos e curvos dependem consideravelmente deste desenvolvimento 
motor; para qualificá-lo é necessária a prática de desenhar que é ainda o 
próprio caminho que irá qualificar os seus traços. É claro que este 
desenvolvimento depende também de um direcionamento; afinal a 
coordenação para desenhar deve ser desenvolvida com exercícios 
específicos. 
 
Se você é um iniciante e fez os últimos exercícios da aula passada 
pode ter tido dificuldades ao realizar os traços curvos; o que é normal; se a 
coordenação motora para o desenho não for desenvolvida você exprimi 
traços e formas irregulares. 
 
O exercício do copo exigiu realizar curvas precisas ao desenhar, como 
por exemplo, a elipse que forma a boca, a superfície do líquido e a base do 
copo. 
 
 Neste momento para um 
iniciante os traços se tornaram 
mais difíceis de serem realizados 
do que os traços laterais, já que 
estes últimos no exercício foram 
recomendados para serem feitos 
com o auxílio da régua. A régua 
lhe dá estabilidade, obtendo-se 
assim um traço uniforme e 
preciso. Uma coordenação pouco 
desenvolvida prejudica reproduzir 
traços retos e curvos como esses. 
 
 
Porque temos dificuldade? 
 
Esta dificuldade se dá tanto pela falta da prática quanto pelo método 
de realizar traços mais expansivos. Desde o menor dos movimentos sejam 
eles dos dedos e do pulso até os movimentos do braço e articulações do 
ombro necessitam de atenção quanto à coordenação. Repare que quando 
escrevemos estimulamos os movimentos dos dedos e do pulso, o que é 
suficiente para escrevermos, pois as letras são consideravelmente 
pequenas. Geralmente ao desenharem, as pessoas utilizam a mesma 
experiência de escrever, o que em certa medida ainda é insuficiente. Ao 
escrever movemos as articulações dos dedos, deixamos uma parte da palma 
da mão sobre o papel e a arrastamos conforme vamos avançando. Se você 
utilizar esta mesma forma para desenhar, com certeza estará prendendo os 
movimentos, impedindo que a coordenação flua. 
 
 
 
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Realizar traços mais longos com a 
mão apoiando sobre o papel irá 
atrapalhar a qualidade de seus traços. 
 
Na aula passada vimos alguns tipos 
de traços muito comuns entre os 
iniciantes; podemos até dizer que a 
maioria deles se dão por esta falta de 
desenvolvimento e direcionamento da 
coordenação. 
 
Quando você não tem claro o que 
vai desenhar ou está inseguro de como 
vai reproduzir alguma coisa no 
desenho é comum o traço sair 
irregular também. 
 
 
Como corrigir? 
 
Quando você for realizar detalhes ou traços, dependendo do tamanho 
de cada um destes, será necessário trabalhar certas articulações e membros 
conforme algumas condições, veja: 
 
 
 TRAÇOS E DETALHES MUITO 
PEQUENOS 
 
Mover dedos e pulso. Pode apoiar a 
palma da mão sobre o papel. 
 
 TRAÇOS MÉDIOS 
 
Mover dedos, pulso, braço e 
antebraço. Não se apóia a palma da 
mão sobre o papel. 
 
 TRAÇOS MUITO GRANDES 
 
Mover, braço e antebraço. Não se 
apóia a palma da mão sobre o papel. 
 
 
É claro que a convenção que eu tenho sobre pequeno, médio e grande é 
diferente da sua; para que cheguemos numa mesma equivalência de 
dimensão, elaborei um exercício para você perceber quando deverá aplicar 
cada uma destas correções acima. Veja o exercício na próxima página. 
 
 
 
 
 
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2. EXERCÍCIOS 
 
1) Faça como no exemplo a seguir, coloque a folha na vertical e na 
parte inferior central desenhe vários círculos, como se estivesse traçando 
uma espiral, começando por um círculo pequeno e terminando com um 
maior, quase da largura da folha. Você só poderá tirar o lápis do papel 
quando terminar todos os círculos. Sempre que retornar com a linha para a 
base inferior ela deverá tocar a base dos círculos anteriores. Use o lápis HB. 
 
 
Ao iniciar este exercício, você 
deve estar com a palma da mão 
sobre o papel, perto de onde você 
vai começar a traçar. Comece a fazer 
os círculos menores usando apenas 
os movimentos dos dedos e do 
pulso; num determinado momento 
você sentirá a necessidade de 
erguer o pulso e desenvolver os 
círculos seguintes. Quando você 
chegar aos últimos círculos, deixe 
apenas os movimentos do braço e 
do antebraço, sem mexer os dedos e 
o pulso, isto possibilitaque o traço 
fique melhor, mais estável. 
 
É desta forma que você deverá 
aplicar em seus desenhos, encontrar 
a aplicação de cada movimento para 
realizar traços com mais qualidade. 
Recomendo até que você faça este 
exercício regularmente, vai 
melhorar bastante os seus traços. 
 
 
 
Notas: É bom lembrar também que se deve estar atento quanto á 
postura corporal. De fato a postura influi bastante no resultado dos seus 
desenhos, dos traços; dependendo do modo que você senta, você pode até 
provocar danos irreversíveis á sua coluna. 
 
Procure sentar de modo que a sua coluna vertebral fique na posição 
vertical. As pernas pouco afastados, caindo verticalmente, ficando os pés 
quase juntos. Use uma mesa ou escrivaninha que esteja na altura do seu 
cotovelo. 
 
 
 
 
 
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2) Vamos agora desenhar um palhaço. Procure aplicar o que você 
aprendeu nas aulas anteriores sobre: traço, linhas de orientação, postura, formas 
de visualização, etc. Vamos lá! 
 
Utilizando a régua e o lápis 2H crie um quadrado de 18 cm no centro da 
folha. Crie agora uma linha vertical e outra horizontal, ambas ao centro do 
quadrado, como mostra a figura 5. Estas linhas verdes são penas uma referência 
para você se orientar ao desenhar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este desenho será comentado na próxima aula, onde estarei passando 
um método fantástico de como desenhar com o lado direito do cérebro. 
 
 
 
 
 
Não perca as próximas aulas! 
 
 
 
 
 
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O que você vai ver a seguir é a primeira parte de um material que podemos 
considerar como um dos mais importantes deste curso. Desenhar com o lado 
direito do cérebro é uma forma de despertar o seu lado criativo, imaginativo e 
intuitivo. Com certeza após esta aula você passará a ver o mundo de uma forma 
diferente, identificando algumas das formas que o compõe. 
(Mateus Machado) 
 
 
 
DESENHANDO COM O LADO DIREITO DO 
CÉREBRO – VISUALIZAÇÃO DE FIGURAS 
GEOMÉTRICAS 
 
 
1. DIFICULDADES EM EXPLICAR O PROCESSO 
 
Podemos dizer que certas atividades impactam as pessoas de uma 
forma inusitada, desenhar é uma delas. É comum as pessoas ficarem 
espantadas ao ver um bom desenho; afinal é um trabalho nobre e 
requintado; e é neste momento que geralmente as pessoas olham para o 
desenhista e lhe perguntam - Como você fez isso? Dá até a impressão de 
que desenhar seja uma coisa do outro mundo. De fato não é em qualquer 
lugar que se encontra um bom desenhista, pois são poucos os que 
dominam esta arte. 
 
Muitas das vezes em que as pessoas admiram o trabalho de um 
desenhista e questionam-no como fez, ele não sabe explicar; não sabe 
verbalizar os pensamentos que se tem durante o ato de desenhar. 
Particularmente eu até compreendo um pouco da dificuldade que estas 
pessoas encontram em explicar como se dá este processo, não só pela 
forma de explicar, mas porque as pessoas em geral não estão acostumadas 
a pensar e interagir com certos elementos da psique humana; é daí que 
surge a dificuldade de transmitir e entendê-las. 
 
 
 
2. PORQUE ACESSAR AS MODALIDADES DO HEMISFÉRIO DIREITO 
 
Apesar de na atualidade estarem sendo desenvolvidas de uma forma 
materialista, as ciências tem realizado inúmeras descobertas. Muitas delas 
tem nos revelado o quão nos falta utilizar do nosso cérebro. Sabe-se ainda 
por outras fontes mais sábias que utilizamos apenas 3% de nosso potencial, 
os outros 97% ainda estão latentes. Dá pra se ter uma idéia de que 
ferramentas nós temos de sobra, o que nos falta é aprender usá-las. 
 
Desde a antiguidade os sábios já tinham conhecimento sobre os 
benefícios que o hemisfério direito do cérebro poderia nos propiciar. De lá 
 
 
 
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para cá não só eles, mas muitos cientistas, psicanalistas entre outros têm 
registrado experiências, relatos e conclusões sobre o assunto. Descobriram 
que assim como inúmeras outras manifestações da natureza o cérebro 
também possuía uma dualidade. Apesar de o cérebro aparentar ter uma 
única forma, ele possui uma divisão que o separa: hemisfério direito e 
esquerdo, ambos com características distintas. 
 
O hemisfério esquerdo é racional, lógico, verbal e analítico; em 
contrapartida o hemisfério direito é o intuitivo, criativo, sintético e não-
verbal. No nosso dia a dia tendemos a usar mais o esquerdo e pouco o 
direito, este último faz muita diferença para um artista, fornece-lhe 
excelentes ferramentas que contribuem consideravelmente com as suas 
habilidades artísticas. Se você buscar acessar as modalidades que o 
hemisfério direito possui, terá com certeza excelentes resultados, não só 
para desenhar como também para muitas outras atividades que resolva 
fazer em sua vida. 
 
 O objetivo principal deste método para desenhar é a síntese de uma 
informação visual, para isto vamos despertar algumas ferramentas incríveis 
que existem dentro do seu cérebro; afinal, são com elas que vão lhe ajudar 
a desenhar. 
 
 
 
 
3. OS ERROS MAIS COMUNS DE QUEM NÃO UTILIZA O HEMISFÉRIO 
DIREITO PARA DESENHAR 
 
Antes de aprender as técnicas vamos fazer um breve adendo dos erros 
mais comuns para você verificar o que já tem trabalhado e os que ainda 
falta superar. 
 
 Não conseguir centralizar o desenho na folha ou num lugar 
específico; 
 Não saber por onde começar; 
 Demorar muito para fazer um desenho simples; 
 Fazer um desenho com partes desproporcionais; 
 O desenho ficar mais inclinado para um lado; 
 Achatar partes do desenho; 
 Não conseguir manter uma visão de centro; 
 O desenho não caber na folha; 
 Não conseguir ampliar desenhos; 
 Não conseguir manter simetria entre os detalhes; 
 Ter dificuldades em encontrar erros no desenho; 
 Não visualizar figuras geométricas dentro de uma imagem; 
 Não identificar as ilusões que uma imagem apresenta. 
 
 
 
 
 
 
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4. TRANSIÇÃO: VISUALIZAÇÃO PARA IMAGINAÇÃO 
 
Existem ainda muitas outras formas de desfrutar das modalidades do 
hemisfério direito do cérebro, umas delas é com o fim de auxiliar na 
ilustração. Esta última será ensinada nas futuras aulas já que o objetivodeste nível iniciante é desenvolver o desenho de observação; é o que você 
verá a seguir. 
 
Na aula passada o último exercício pediu para que você desenha-se um 
palhaço no estilo cartum. Você deve ter percebido que não só neste 
exercício como nos anteriores estas linhas lhe proporcionaram uma 
referencia muito boa ao reproduzir os detalhes. O quadrado da periferia e 
as duas linhas vertical e horizontal lhe proporcionaram mais quatro 
quadrados internos, estes últimos permitem que você veja com mais 
clareza a posição das linhas e as formas que compõe o palhaço. 
 
 Sem estas linhas ou sem o uso das 
modalidades do hemisfério direito do 
cérebro um iniciante mal conseguiria 
desenhar. Como eu disse nas aulas 
anteriores estas linhas deixariam de serem 
desenhadas e visualizadas para serem 
apenas imaginadas, estas marcações no 
desenho serviam apenas como apoio ao 
iniciante para que ele começasse a se 
acostumar com estas formas de referencia; 
portanto agora que começou a se 
familiarizar com este método vamos ganhar 
mais tempo e eficiência ao usar o 
hemisfério direito do cérebro, onde 
estaremos imaginando estas linhas e ainda 
mais um arsenal de figuras geométricas e 
demais formas, que irão aprimorar 
surpreendentemente o seu talento. Estas 
primeiras aulas tiveram o objetivo de fazer você começar a valorizar a 
importância de buscarmos referencias através de alinhamentos e formas. 
 
Notas: Não se aflija se este e os desenhos das aulas anteriores que você 
fez não ficaram bons; mesmo com estas marcações ainda existem pessoas 
que apresentam dificuldades. Nesta e nas próximas aulas você verá o 
método de desenhar com o hemisfério direito do cérebro, que proporciona 
formas diferenciadas de visualização e abrangem não só o desenho de 
observação como também a ilustração. Além destes desenhos disponíveis 
nas aulas é recomendável que você treine em casa com outros desenhos que 
tiver á mão utilizando o método que você verá a seguir. 
 
 
 
Fig. 1 – Palhaço. Desenho 
de observação. 
 
 
 
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5. TÉCNICA – ACESSANDO A MODALIDADE CRIATIVA DO HEMISFÉRIO 
DIREITO 
 
Uma das características desta modalidade é associar figuras 
geométricas a trechos de imagens. À medida que você for aprendendo esta 
técnica você ficará tão criativo que interpretará uma imagem ou desenho de 
uma forma extremamente fora do comum, passando a ver nela, coisas que 
“aparentemente” estão fora do contexto. Veja: 
 
 
Vendo esta imagem você poderia-me dizer que está vendo o que? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Obviamente você responderia que é o desenho de um gafanhoto e imaginaria 
apenas um gafanhoto. 
 
 
Se eu perguntasse a um desenhista que desenha com o lado direito 
do cérebro ele também diria o mesmo; mas, mentalmente ele viria mais 
do que apenas isto, veja: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fig. 2 – Gafanhotos. Uso de formas imaginárias. 
 
 
 
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O objetivo desta forma de visualização é identificar qual forma 
geométrica ou linha se parece com determinado trecho da imagem que 
você está vendo; assim você resume a informação e diminui a 
possibilidade de deturpar a imagem mantendo proporção ao desenhar. 
 
Para facilitar ainda mais a explicação vamos comentar as imagens 
anteriores: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Visualizar um triângulo isósceles na perna 
traseira é uma forma de saber que as distancias 
entre estas três articulações do gafanhoto são 
iguais e que estes detalhes não podem sair fora 
desta forma. Sem esta informação você teria 
grandes chances de reproduzi-las fora da 
proporção ideal. 
Visualizar o olho do gafanhoto como um 
círculo é até muito óbvio; mas aproveitando 
esta forma podemos ver que o diâmetro do 
círculo do olho é igual à largura da pata frontal. 
O quadrado neste trecho permite que uma parte 
dos detalhes da cabeça do gafanhoto não saia da 
proporção. 
Um triângulo eqüilátero lhe dá noção de 
referência deste trecho anterior á cabeça do 
gafanhoto. 
Repare que o ângulo superior direito do 
triangulo está um pouco à esquerda da perna; o 
ângulo abaixo está no centro da mesma. O 
ângulo esquerdo está no canto da asa. 
Visualizar um quadrado para as duas patas 
frontais lhe permite saber que a pata de cima é 
menor que a debaixo e que as articulações das 
patas estão no mesmo alinhamento vertical. 
Fig. 3 – Gafanhotos. Detalhes do uso das formas. 
 
 
 
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A síntese através de formas é tão eficiente que nos permite guardar 
facilmente as informações de uma determinada imagem; esta última é 
constituída por inúmeras formas, tanto visíveis quanto aparentemente 
ocultas. Quando for desenhar você pode ainda encontrar muitas outras 
figuras numa imagem. 
 
 Existem algumas imagens que se baseiam em formas tão claras que 
naturalmente visualizamos. Veja esta joaninha; é uma elipse que por pouco 
poderia ser um círculo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este método de visualização se baseia na imaginação, esta última pode 
ser desenvolvida tanto ao desenhar quanto com exercícios específicos. Nas 
próximas aulas haverá muitos destes exercícios de imaginação para você 
desenvolver cada vez mais este método, podendo ainda praticar em 
qualquer lugar, mesmo sem desenhar. 
 
Veja este pato, nele foram visualizadas diversas figuras geométricas. 
 
Você ainda pode usar mais uma infinidade de formas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 4 – Joaninha. Forma de elipse. 
Fig. 6 – Formas para visualização. 
Fig. 5 – Formas sobrepostas à imagem. 
 
 
 
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6) EXERCÍCIOS 
 
1) Tente agora desenhar este gafanhoto seguindo o método explicado 
anteriormente. Lembre-se que as linhas de apoio não poderão ser feitas 
mais. Faça o desenho de modo que ocupe a metade de uma folha A4 e 
procure desenhar primeiramente os detalhes maiores, deixando os menores 
por último. Use o lápis HB. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2) Tente agora desenhar estes dois perfis seguindo o mesmo método 
anterior. Este desenho será comentado na próxima aula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não perca as próximas aulas! 
 
 
Fig. 7 - Desenho de observação. 
 
 
 
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Você verá nesta aula mais uma forma de desenhar com o lado direito do 
cérebro, e que se baseia em linhas imaginárias como referência. Podemos dizer 
que este é um dos métodos mais eficientes e simples. 
(Mateus Machado) 
 
 
 
Antes, um comentário sobre o exercício da aula anterior: 
 
Se você fez o último exercício da aula 04 e aplicou o método contido 
nele, deve ter conseguido encontrar mais figuras onde se concentram os 
traços menores, como os da região da face dos perfis, e passado ainda a 
encontrar figuras que se encaixam entre eles. Com certeza deve ter 
percebido a facilidade que este método fornece ao desenhar. Procure 
aprimorar esta técnica não só com desenhos como também com imagens 
do ambiente onde você se encontra. 
Caso tenha apresentado dificuldades em realizar os traços da periferia, 
sugiro que treine os seguintes exercícios: aula 2/exercício 3 e aula 
3/exercício 1. 
 
 
 
DESENHANDO COM O LADO DIREITO DO 
CÉREBRO – VISUALIZAÇÃO IMAGINÁRIA DE 
LINHAS 
 
1. O MÉTODO 
 
O método que você verá a seguir é bem básico e ao mesmo tempo bem 
eficiente. Usar linhas imaginárias como referência é mais uma forma de 
sintetizar informações de um desenho, para isto você deve aprender a ver 
com os “olhos da mente”. É usar a própria imaginação. O interessante é que 
tanto este método quanto o da aula passada podem ser treinados sem 
realmente estarmos desenhando, podem ser praticados em qualquer lugar. 
 
O método se baseia em buscarmos sempre duas informações de um 
trecho que vamos desenhar; uma informação vertical e outra horizontal, 
ambas usando linhas imaginárias. O trecho a que me refiro pode ser uma 
curva, reta, figura, vértice, entre outros trechos. 
 
A seguir você verá um desenho de observação que segue este método. 
Leia e veja o processo até o fim, depois recomece e pratique-o desenhando 
este galo abaixo. Lembre-se que você não poderá traçar estas linhas 
horizontais e verticais, busque apenas imaginá-las em todas as etapas. Elas 
lhe servirão como referência para visualizar e desenhar. Use o lápis HB. 
 
 
 
 
 
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Identifique um determinado ponto que esteja o mais próximo do centro do 
desenho original, este será o ponto 1, em seguida tente encontrá-lo na folha em 
que você vai desenhar, bem no centro da mesma. 
 
 
 
 
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Neste momento você deverá imaginar na folha onde terminará o traço, que 
será o ponto 2, neste caso está á direita do ponto 1 e a uma certa distância 
abaixo do mesmo. Atenção! É o primeiro traço que define o tamanho do desenho. 
Faça o traço com uma curva para a direita e outra para a esquerda; repare que 
a primeira curva é mais curta e a segunda mais longa. 
 
 
 
 
 
 
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Quando há muitos detalhes como neste trecho você pode pular a etapa e 
procurar imaginar onde seria o fim. Marque o fim com um ponto, pois ele será o 
ponto 3. Note que a distância entre o ponto 2 e 3 é equivalente a distância entre o 
ponto 1 ao 2. O ponto 3 está à direita do 1 e acima da metade do primeiro traço 
que fizemos. Se você adquiriu a aula 4 e a compreendeu, com certeza vai ter 
notado algo curioso aqui. 
Faça estes detalhes pensando sempre no ponto onde você imaginou e marcou 
como sendo o fim desta área, o ponto 3.
 
 
 
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Veja que o próximo ponto, o 4, tem em comum a mesma distância para os 
pontos 2 e 3. Uma curva sutil abre para a direita e depois tem uma elevação para 
a esquerda, que no final se curva para baixo.
 
 
 
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Esta linha é bem fácil, ela termina no ponto 1. Comece o traço acima, abrindo 
uma curva para a direita, depois outra bem curta para a esquerda. Trace uma 
curva bem aberta para a direita. Finalize com uma curva acentuada para a direita e 
outra curta para a esquerda, terminando no ponto 1.
 
 
 
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Repare que o próximo ponto, o 5, está um pouco a direita e abaixo do ponto 
4, mentalize-o e a partir do ponto 1 faça duas curvas; a primeira que finaliza 
abaixo do ponto 5 e a segunda que termina no mesmo ponto. 
 
 
 
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Para fazer a crista do galo repare que as curvas que a compõe estão alinhadas 
com alguns detalhes já desenhados. Procure buscar referências como estas linhas 
azuis indicam. 
A seguir não haverá mais comentários, como já foram fornecidos alguns 
elementos você já poderá tentar entender na ilustração os detalhes que as linhas 
azuis estão indicando como referência. Siga agora completando o desenho.
 
 
 
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Não perca as próximas aulas! 
 
 
 
 
 
 
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Aprenda nesta aula os primeiros passos para começar a sombrear de forma 
eficiente e estética. 
(Mateus Machado) 
 
 
 
PREENCHIMENTOS 
 
1. CARACTERÍSTICAS DOS LÁPIS DE DESENHO 
 
Antes de realizarmos sombreamentos complexos e exuberantes é 
necessário aprender a manchar uniformemente. Todo este resultado 
depende não só da técnica como também de uma correta escolha do 
material. 
 
No sombreamento preto e branco resultante do grafite, existe uma extensa 
variação que vai desde o preto até o cinza claro; cada uma destas representam 
um “tom” diferente. Na figura a seguir cada quadrado ilustra um variação de tom. 
É possivel reproduzir estas tonalidades e mais uma infinidade de tons regulando a 
pressão sobre o lápis. 
 
Na aula 1 vimos que existem 20 
tipos de lápis diferentes, cada grupo 
com um finalidade específica; a série “H” 
para esboços, o “F” e o “HB” para 
escrever ou uso geral e a série “B” para 
sombreamento. 
 
Cada um deles possui uma uma 
“mina de grafite” com espessuras 
diferentes. Veja na figura abaixo a 
variação delas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As graduações possuem durezas diferentes. A medida que se aumenta a 
graduação H mais duro, a medidada que se aumenta a graduação B, mais mole. 
Mesmo que mantessemos uma mesma pressão sobre o lápis, cada um deles 
possuiriam tons diferenciados. Veja: 
Fig. 1 – Preenchimento á grafite. 
Tons de cinza Com lápis 6B. 
Fig. 2 – Vista superior dos lápis. Espessuras das minas de 
grafite. 
 
 
 
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Fig. 3 – Variações de espessura e tom dos lápis de grafite. 
 
 
 
 
 
 
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Cada um destes lápis produzem tons diferentes, os mais moles como o da 
graduação “B” possibilitam-nos chegar num tom escuro rapidamente. É sobre esta 
última série que vamos comentar nesta aula, afinal é com ela que vamos 
sombrear em diferentes tons de cinza. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. COMO MANCHAR ÁREAS 
 
 
Pegue uma outra folha e desbaste o lápis mantendo 
um ãngulo de 45º em relação ao papel. Isto vai nivelar a 
ponta do grafite. Durante o preenchimento evite girar o 
lápis, isto evita marcas no preenchimento. 
 
Para preencher uma área mantendo um mesmo tom e 
uniformidade é necessário realizar sucessivas manchas na 
horizontal como esta, da esquerda para a direita. Se for canhoto vá 
da direita para a esquerda. Cada mancha é uma sequencia de zigue-
zagues. Lembre-se que é a pressão do lápis que define o tom. 
 
Fáça várias manchas e vá aumentando a 
mancha. Veja que no terceiro quadro, após chegar 
no meio do preenchimento ele ficou com uma 
tonalidade mais forte e suave, isso aconteceu 
porque aqui foi usado uma técnica de “esfumato”, 
foi freccionado o dedo sobre a mancha. 
 
Depois de completar a mancha, foi esfumada a área restante. 
 
É melhor deixar para esfumar toda área só depois de manchar 
completamente a mesma com o lápis. 
 
 
Fig. 4 – Lápis de desenho para sombreamento. Série B. 
 
 
 
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Fig. 7 – Aplicação da série “B”. 
Apesar da pressão do lápis determinar o tom que você vai sombrear, 
existe ainda um fator que interfere e que é bom lembrar, a graduação; se 
você quiser chegar num tom escuro mais rapidamente, deve optar por lápis 
mais moles, como o “6B” e o “9B”, o uso destes últimos dependem ainda do 
efeito que você deseja realizar. Veja por exemplo na figura 6 o efeito que 
uma graduação diferente pode causar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Preenchimento com lápis muito moles como o “6B” são mais 
“grosseiros” e apresentam impurezas no sombreamento. Na figura anterior 
dá para perceber que no caso do “2B” o sombreamento está mais puro e 
suave; é claro que a escolha depende do efeito que você quer causar. 
 
Em alguns casos o 6B torna-se mais adequado, como por exemplo, um 
efeito de textura de pele. Há poros de peles que apresentam mais 
irregularidades, parecendo muito com o efeito do 6B. Isto ainda depende de 
muitos outros fatores. 
 
Para desenhos realistas é importante ter estes conhecimentos básicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lápis 2B 
Lápis 6B 
Fig. 6 – Diferença de preenchimento entre lápis moles e duros. 
 
 
 
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Fig. 8 – Tons de cinza. 
2. EXERCÍCIOS 
 
1) Desenhe em uma folha a parte 10 quadrados de 4 cm como os 
quadrados em branco do exemplo abaixo e reproduza as seguintes 
tonalidades de cinza ao lado correspondentes. Não se esqueça de aplicar as 
dicas do tópico dois. Use o lápis 2B para os da esquerda e o 6B para os da 
direita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Fig. 9 – Desenho e figuras para desenhar e preencher. 
1) Faça estes desenhos em uma outra folha a parte e preencha-os nas 
respectivas tonalidades. Use o lápis HB para contorno e o 2B para 
sombreamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não perca as próximas aulas! 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Veja aqui muitas dicas e macetes que melhorarão consideravelmente a sua 
técnica, seja desenhando ou observando. 
(Mateus Machado) 
 
 
 
DICAS E MACETES PARA MELHORAR O SEU 
DESENHO 
 
3. USAR A FOLHA COMO REFERÊNCIA 
 
Uma forma de você se orientar ao observar uma imagem para desenhá-
la é lembrar sempre que cada objeto ali representado pertence a uma 
organização única e geométrica. Este objeto visto, estando corretamente 
alinhado e representado deve ter um alinhamento com base a um relação 
que existe entre ele e o que está a sua volta. Por exemplo, a imagem de 
uma casa; sabemos que ela está totalmente nivelada quando comparamos o 
seu alinhamento com o que está a sua volta; como o solo, outras casas, 
pessoas árvores, etc. Se for um desenho comum, logo saberemos que o 
objeto ali representado só estará alinhado se estiver aprumado em relação 
à folha e a outros detalhes, no nível. Se soubermos que ele está inclinado é 
porque o comparamos com outros detalhes próximos. 
 
É muito comum o desenhista iniciante fazer um desenho e o mesmo 
ficar inclinado para um lado; muitas das vezes ele não percebe, em outras 
só percebe quando termina o desenho. Para prevenir isto use as técnicas 
das linhas imaginárias da aula 05 mais o uso do canto da folha como 
referência de simetria. Veja: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os brônquios do peixe não estão a uma 
mesma distancia do canto da folha; 
não está simétrico. 
A linha horizontal imaginária ajuda a 
visualizar que as nadadeiras do peixe 
estão simétricas em relação ao papel. 
As linhas horizontais informam-nos um total 
alinhamento do peixe em relação a folha. A superior e 
a inferior revela a simetria do corpo do peixe. 
 
 
 
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Assim, é necessário ficar atento a todos os detalhes e traços que você 
faz em um desenho, a cada novo traço, deve-se relacioná-lo com a borda da 
folha ou o que está a sua volta, só assim você saberá desde o início se o 
seu desenho está mais inclinado para um lado ou para o outro. 
 
 
4. NÃO GIRAR A FOLHA 
 
É muito comum iniciantes girarem a folha para desenhar, seja para 
fazer um traço ou para sombrear. Eis um mau hábito que infelizmente 
surge para substituir uma limitação técnica. Isto é fruto da necessidade de 
realizar traços para determinados lados, e como a coordenação está mal 
desenvolvida o iniciante apela para este mau recurso. Há ainda um outro 
problema, se a folha original onde está o desenho e a outra que você vai 
desenhar estiverem fora do alinhamento, a sua capacidade de visualizar e 
desenhar estará comprometida, pois implicará em referências não 
correspondentes. Portanto, para fins didáticos é interessante evitar girar a 
folha para que você obtenha o desenvolvimento dos traços e para que não 
comprometa a sua observação, evitando assim um desalinhamento do que 
for desenhado. Veja as linhas verdes, são as orientações imaginárias que 
podemos buscar; mas se o desenho em cada momento fora do alinhamento, 
voce perderá grande parte das referencias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O ideal é você manter as duas folhas no mesmo alinhamento, o que dá a possibilidade de 
encontrar referencias muito mais exatas, equivalentes. 
 
 
 
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5. DISTANCIAR-SE DESENHO 
 
Interessante no desenho é que há uma relação de alguns elementos 
com a nossa vida. Nela é necessário distanciarmos dos problemas e 
procurar vê-los de longe, para identificarmos o que está causando um 
possível erro. No desenho existe um problema bem análogo; em muitos 
momentos cometemos sucessivos erros, porque estamos muito próximos 
do desenho, isto atrapalha vermos o todo, o conjunto; por isso é necessário 
levarmos a folha a uma distancia maior para melhorar a nossa percepção 
visual, dando possibilidade do campo de visão abarcar mais elementos de 
um mesmo desenho e analisá-los de uma forma unificada. 
 
 
6. O PROBLEMA DE QUANDO SE DESENHA SOBRE UMA MESA COMUM 
 
Quando se desenha sobre uma mesa comum, o nosso campo de visão 
fica comprometido; se não estivermos conscientes de um efeito causado 
pela disposição do que observamos e do que reproduzimos, o desenho terá 
grandes chances de sair achatado. Veja: 
 
 
 
 
 
Esta é a forma que visualizamos um desenho 
sobre a mesa; é um efeito criado pelos nossos 
olhos. Geralmente isso não está tão claro para um 
iniciante, e faz com eu ele desenhe da forma com 
que está vendo, achatado e com um 
estreitamento na parte superior. 
 
 
 
 
Geralmente as mesas de desenhistas são 
inclinadas e evitam este problema. Já que você 
usa uma mesa comum, para não cair nesta 
armadilha você pode pegá-los e segurá-los na sua 
frente na vertical em alguns momentos ou 
levantar-se e olhá-los de cima para conferi-lo, 
para saber como está ficando os traços, as 
proporções, etc. Este problema comentado se 
relaciona com o do tópico 5. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7. COMO ACELERAR O SEU DESENVOLVIMENTO NO DESENHO 
 
É muito comum e normal para quem começa a desenhar errar inúmeras 
vezes. O que não é normal para algumas pessoas é elas errarem inúmeras 
vezes numa mesma área e ficarem bitoladas, impedindo que o desenho 
flua. É certo que errar faz parte do processo e que devemos corrigi-los; 
mas, devemos ficar atentos aos excessos, principalmente por parte de 
pessoas de caráter mais exigentes, perfeccionistas. 
 
Um mesmo desenho normalmente apresenta dificuldades no início, 
quando não há ainda muitas referências para se ter noção de como realizar 
os outros traços. Se você erra muitas vezes

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