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Copyright de todos artigos, textos, desenhos e lições. A reprodução parcial ou total deste ebook só é 
 permitida através de autorização por escrito de Mateus Machado / E-mail: mateus_vga@hotmail.com 
Visite o site: http://www.desenhoonline.com / E-mail: desenhoonline@gmail.com 
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 permitida através de autorização por escrito de Mateus Machado / E-mail: mateus_vga@hotmail.com 
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O objetivo desta primeira aula é passar a você iniciante alguns 
esclarecimentos sobre a arte de desenhar, prepará-lo para iniciar nas próximas 
aulas e mostrar uma parte das muitas dicas que virão. 
(Mateus Machado) 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
Talvez você não acredite, mas posso dizer-lhe com toda convicção que o mais 
difícil não é desenhar, e sim ver. O desenhista vê o mundo de uma forma 
extremamente diferenciada das demais pessoas, ele compacta e guarda estas 
informações visuais na mente através de uma metodologia específica, para 
posteriormente reproduzi-la sobre um plano; portanto, se você quer aprender a 
desenhar, deve aprender ver, e para despertar este potencial você deverá 
estimular o hemisfério direito do cérebro, lugar onde estão as suas capacidades, 
criativa, intuitiva, imaginativa e inventiva. 
 
Quando começamos a acessar a modalidade direita do cérebro, entramos 
num estado diferente e prazeroso, passamos a perceber o mundo por outro ponto 
de vista, associando uma série de outros objetos e figuras geométricas. Temos 
novas ideias, intuímos novos métodos e despertamos cada vez mais a nossa 
criatividade. Isso é superinteressante, pois com o tempo, passamos a ver que 
tudo está interconectado. 
 
Começando a despertar este potencial, pode ter certeza que soluções 
criativas irão aparecer para que você possa resolver não só dificuldades ao 
desenhar como outros problemas da sua vida; terá ainda um crescimento cada 
vez maior de seu cabedal, permitindo que você atue em diversas áreas que 
envolvam o desenho, o meio que poderá ser a chave para muitos outros objetivos 
seus. 
 
Foi pensando nesta grande metodologia que surgiu a ideia de montar o curso 
de desenho do site desenhoonline.com, reunindo assim bons métodos de 
desenho que estimulam o hemisfério direito do cérebro, para que você chegue 
cada vez mais longe dentro desta incrível arte e ainda veja um pouco da beleza 
oculta do mundo que se obscurece a cada dia pela correria do nosso cotidiano. 
 
Acredite cada vez mais em seu potencial, só assim você terá chance de se 
tornar um grande desenhista. 
 
 
 
 
 
 
Copyright de todos artigos, textos, desenhos e lições. A reprodução parcial ou total deste ebook só é 
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O DESENVOLVIMENTO DO DESENHISTA 
 
 
1. QUEM PODE APRENDER A DESENHAR 
Para alguns, desenhar é um talento nato, para outros uma habilidade que 
pode ser tanto nata quanto adquirida através de uma prática constante. 
Mas, quem está certo? 
O último. É possível aprender e aprimorar tanto quanto nascer com tal 
habilidade e aprimora-lá durante a vida; afinal, todos nós em geral somos dotados 
dos mesmos veículos físicos, energéticos, astrais e mentais. É claro que existem 
pessoas que são dotadas de uma habilidade nata, e não é à toa que elas 
apresentam toda uma desenvoltura para desenhar. De qualquer forma elas 
também precisam de um aprimoramento contínuo, para cada vez mais se 
tornarem melhores e não ficarem para trás. 
Muitas das vezes o que nos atrapalha são nossas “travas internas", negamos 
a nós mesmos a chance de aprender. Isso é um entrave muito grave. Em certos 
momentos isto vai sendo alimentado de más experiências que promovemos, fruto 
de um estudo sem direção e ineficiente ou ainda por motivos fúteis. É possível 
que qualquer pessoa consiga desenhar, o requisito principal é saber querer, é 
vontade pura; e à medida que isto ficar claro para você, naturalmente irá se 
dedicar. É principalmente uma questão de interesse. 
A nossa consciência se manifesta conforme os nossos interesses. Assim, as 
atividades que mais despertam nosso interesse são as que mais temos chance de 
ser eficientes. Se você faz um curso ou atividade só por que seus pais querem que 
você faça, muitas das vezes terá poucas chances de ser bem sucedido. 
 
2. A EVOLUÇÃO 
Existem três habilidades do processo de evolução do desenhista que sempre 
necessitarão de aprimoramento, são elas: saber ver, saber reproduzir e saber 
ilustrar. Saber ver e reproduzir geralmente são uma das primeiras habilidades que 
os desenhistas desenvolvem e promovem em paralelo; porém nem sempre no 
mesmo nível, já que alguns vêem melhor do que reproduzem e vice versa. 
Naturalmente todo mundo desenha alguma coisa, mas saber ilustrar depende 
muito de uma observação constante e consciente e se expressa na medida em 
que as duas primeiras habilidades citadas anteriormente estiverem evoluídas. 
Ilustrar é um processo mais complexo, que envolve mais atenção, imaginação, 
memória e discernimento. Neste momento é preciso estar atento as informações 
relacionadas não só ao que você irá desenhar quanto aos conhecimentos teóricos 
do desenho. Quanto mais conhecimento do desenho e consciencia do processo, 
melhores resultados voce terá. 
 
 
 
Copyright de todos artigos, textos, desenhos e lições. A reprodução parcial ou total deste ebook só é 
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OS MATERIAIS 
 
 
Existe hoje uma incrível variedade de materiais de desenho disponíveis no 
mercado, é claro que se deve ter certo requinte na hora de comprá-los; pois o 
resultado final depende em boa parte deles. Só tome cuidado para não se prender 
tanto na escolha dos materiais. Vamos agora falar um pouco do material básico 
de desenho. 
 
Obs.: Veja na última página a lista do material básico para você comprar e 
iniciar os seus estudos. 
 
O LÁPIS – Em geral é o material mais básico de desenho. Podemos encontrar 
além do lápis de grafite comum, o lápis de cor, o crayon, o de grafite próprio para 
desenho, etc. Os próprios para desenho possuem níveis de dureza e totalizam 20 
tipos de lápis diferentes, veja: 
 
 
 
 
 
A BORRACHA – É geralmente utilizada 
para apagar traços do lápis. O que pouco 
se sabe é que com ela você pode criar 
efeitos muito precisos de sombreamento; 
técnica muito utilizada no realismo de 
desenhos realistas, chegando-se a tornar 
mais eficaz que os tradicionais métodos. 
Nas próximas aulas você verá quais os 
tipos de borrachas são mais adequadas 
para estes efeitos e uso comum. 
 
 
Graduação intermediária. É semelhante ao 
lápis comum nº2 utilizado para escrever, são 
indicados para esboços e escrita. São eles: 
HB e F. 
 
Graduação mais mole. Indicada para 
sombreamentos. O tom de cinza se acentua 
conforme se aumenta a escala. São eles: 
B, 2B, 3B, 4B, 5B, 6B, 7B, 8B e 9B. 
 
Graduação mais dura. Produz traços mais 
finos e precisos, indicada para trabalhos 
detalhados e minuciosos. São eles: 
H, 2H, 3H, 4H, 5H, 6H, 7H, 8H e 9H. 
 
 
 
 
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 O PAPEL – Existe no mercado uma infinidade de 
modelos e marcas. A escolha depende do efeito e da 
qualidade que você deseja aplicar. O que variam entre eles 
são a gramatura, a textura, a composição, a cor e o 
tamanho. 
 
 
 
 
 
 
A RÉGUA – Existem mais modelos além da régua 
comum; temos a curva francesa, a régua flexível, 
transferidores, régua “T”, etc. De uma forma geral eu 
recomendo que você adquira réguas transparentes de 
acrílico, elas possibilitam que você veja os traços sob 
a régua. 
 
 
 
 
 
 
 
 
O ESTILETE – Excelente ferramenta para apontar o 
lápis, se você souber utilizá-lo terá um aproveitamento 
bem superior ao apontador. No caso de crianças é 
recomendado o uso de apontador comum ou o de mesa. 
 
 
 
 
 
 
 
OS LÁPIS DE COR – É o material de desenho 
mais básico para colorir. A marca deles 
influencia bastante na qualidade final dos seus 
desenhos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ESTILOS DE DESENHO 
 
 
Dentre os estilos de desenho temos: o desenho realista, a caricatura, o 
mangá, o cartum, entre muitos outros. Existem diversas áreas que envolvem o 
desenho, e você poderá trabalhar como: retratista, designer gráfico, cartunista, 
mangaká, caricaturista, desenhista de histórias em quadrinhos, etc. Há muitas 
áreas que envolvem o desenho, mas mesmo que você escolha um destes estilos, 
será interessante saber um pouco de cada, já que cada um deles fornecerá 
diferentes elementos e promoverá experiências fantásticas e diferenciadas; seja 
do mais simples até o mais complexo. 
 
Veja a seguir alguns estilos de desenho... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESENHO REALISTA 
MANGÁ CARTUM 
CARICATURA 
 
 
 
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COMO O DESENHISTA VÊ O MUNDO 
 
 
1. SINTETIZANDO INFORMAÇÕES 
 
É indispensável a qualquer desenhista iniciante ou profissional, procurar 
sintetizar as informações que eles veem ao desenhar. Esta busca é natural entre 
eles; mas, a diferença entre ambos está na forma e na eficiência de suas sínteses. 
Vamos ver adiante alguns dos bons métodos de realizar esta síntese. 
 
Por trás de toda imagem ou objeto, sejam eles bidimensionais quanto 
tridimensionais, escondem-se infinitas figuras geométricas. Quando procuramos 
visualizar figuras geométricas que conhecemos dentro das imagens que estamos 
vendo, melhor será a leitura da imagem e maior a fidelidade do que iremos 
desenhar; pois, assim teremos maiores chances de mantermos as mesmas 
proporções de tamanho e referência. As figuras geométricas são excelentes para 
isto, já que elas são os modelos mais simples que conhecemos bem; portanto, 
quando se busca enxergar uma figura geométrica conhecida dentro de um objeto 
ou desenho pronto, você resume bastante informações, ficando bem mais fácil de 
se orientar, memorizar e desenhar. É claro que esta forma de visualização não é 
feita só com os olhos físicos, mas com a própria imaginação, ela deverá sobrepor 
os traços que a sua visão física está vendo. Para chegar a esta condição você 
aprenderá nas próximas aulas a realizar muitos exercícios de imaginação. É 
indispensável um método como este, pois desta forma a memória não só reterá 
os detalhes com mais eficiência como também na hora de desenhar você terá uma 
incrível orientação. 
 
Veja um exemplo de como seria esta forma de visualização: 
 
No desenho a baixo foi utilizada uma figura geométrica simples 
bidimensional (o quadrado), em torno do desenho de um monitor. O quadrado é 
uma figura que conhecemos há muito tempo, e sabemos que ele deverá ter 
sempre a largura igual à altura. Quando associamos o quadrado ao monitor de 
computador ficou mais fácil sintetizar a 
forma geral deste monitor, aumentando 
assim as chances de mantermos as 
proporções e distâncias dos detalhes da 
figura em nossa memória. Procedendo 
desta forma, você saberá que ao desenhar 
este monitor, os detalhes internos não 
deverão exceder a área do quadrado maior 
que contorna o monitor. É bom lembrar 
também que o quadrado, as linhas verticais 
e horizontais sobre a figura devem apenas 
ser imaginados sobre o desenho original e 
em seguida sobre a superfície aonde você 
vai reproduzi-lo, pois eles servirão apenas 
para você se orientar. 
 
 
 
 
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A cada novo detalhe desenhado você deverá se perguntar que elementos 
estão alinhados com quais. É neste momento que você irá utilizar estas linhas 
imaginárias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Você poderá utilizar também, linhas curvas e formas geométricas diversas, 
como círculos, trapézios, retângulos, entre outros. Com estas figuras e formas 
diversificadas você saberá onde se posicionam cada trecho que compõe a figura. 
 
Para um exemplo mais complexo iremos utilizar um sólido tridimensional 
bem conhecido, o cubo. Veja abaixo: 
Neste outro exemplo a figura visualizada é um cubo, podemos ver que a 
parte inferior da cadeira encaixa-se perfeitamente dentro da forma de um cubo. 
Esta é uma forma de sintetizar informações com figuras tridimensionais, mas 
antes é necessário um conhecimento prévio de perspectiva. Para isto você deverá 
se aprofundar nos próximos exercícios do curso, aonde teremos inúmeras dicas 
de perspectiva, não só para resumir informações, mas para também saber como 
se comportam os objetos em perspectiva. 
 
Isto é só o começo; mas, imagina quantas figuras bidimensionais e quantos 
sólidos tridimensionais que poderiam ser visualizados dentro dos objetos? 
 
Isto é apenas uma pequena mostra de uma série de métodos para você não 
só desenhar a partir de modelos como também desenhar à mão livre; aprendendo 
muitos métodos e técnicas referentes a esta forma de visualização, como: linhas 
de expressão, exercícios com práticas do centro, exercícios de imaginação, como 
 
 
 
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encontrar várias figuras ocultas bidimensionais e sólidos tridimensionais nas 
figuras, visualização de contornos, ilusões de ótica, desenhos de observação, etc. 
 
O mais fantástico nisso tudo é que com estes exercícios você poderá estudar 
desenho, em qualquer lugar, até andando pela rua. 
 
 
2. AS ILUSÕES 
 
Aprendemos desde os primeiros anos escolares que a visão é um dos cinco 
sentidos e que cada um deles nos põe em contato com o mundo físico, seja pelo 
tato, paladar, olfato, audição e visão. Cada pessoa tem um nível de percepções 
sobre estes sentidos; mas, por uma falta de consciência não entendemos bem 
estas mensagens dos sentidos, muitas destas informações não são bem 
compreendidas e é o que nos falta desenvolver e aprimorar. Saberver depende de 
aprimorarmos as nossas percepções; de uma forma geral, é ver o que está além 
do que aparenta ser, isso nos tornam cada vez mais conscientes do mundo em 
que vivemos. 
 
Para compreender melhor, podemos citar uma ilusão provocada pela visão. 
Através dela, temos noções de profundidade, dimensão e distância dos objetos, e, 
quando realmente entendemos e compreendemos que existe esta ilusão, 
conseguimos de fato retratá-la bem no desenho, porque conseguimos “tirar os 
primeiros véus” que a encobre. Esta forma de ilustrar o que a visão capta dos 
objetos tridimensionais num plano bidimensional se chama perspectiva. 
 
Existe hoje uma série de softwares de modelagem tridimensional que 
utilizam esta forma de representação em perspectiva; varia entre softwares para 
desenho técnico como o AUTOCAD até softwares mais complexos de modelagem 
3D como o 3DMAX STUDIO, o BLENDER, etc. Estes últimos foram desenvolvidos 
para criar ilustrações, animações e jogos eletrônicos. 
 
 
 
 
Retornemos a perspectiva do desenho. 
 
Nossas mãos têm exatamente o mesmo 
tamanho, mas se colocarmos uma delas 
próximo ao nosso nariz e a outra a uns 30 cm, 
notaremos que a segunda mencionada 
aparenta ser menor do que a primeira. Através 
desta redução que sabemos o quando um 
objeto está distante de outro. É a nossa visão 
quem cria esta ilusão e é nosso cérebro que 
entende e nos traduz esta informação. 
 
 
 
 
 
 
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Quando um desenhista entende bem como se dão algumas destas ilusões, 
ele adquire um domínio excepcional, a ponto de inseri-las artificialmente em suas 
obras artísticas, com a finalidade de iludir as pessoas que as observam. Veja o 
exemplo a seguir: 
 
 
 
 
 
 O artista utilizou um recurso de perspectiva e escondeu uma imagem nesta 
pintura (ao mesmo tempo subliminar), aparentemente parece ser uma mancha. Se 
você for persistente e inteligente terá grandes chances de desvendar o que está 
escondido nesta imagem. É uma coisa que geralmente as pessoas não gostam de 
ver. 
 
Quer uma dica? 
 
Pare por um tempo de ver o mundo como o de costume e veja-o de ângulos 
diferentes. Queira sair da “Matrix”. 
 
 
 
 
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MATERIAL INICIAL 
 
 
 
 Lápis de desenho: 2H, HB, 2B e 6B; 
 
 1 Régua transparente de 30 cm; 
 
 1 Borracha branca (de preferência mole); 
 
 1 Estilete ou apontador; 
 
 100 folhas sulfite no tamanho A4; 
 
 1 Caixa com 12 lápis de cor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não perca as próximas aulas! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Nesta aula você aprenderá um pouco sobre a diferença entre o desenhista e 
o ilustrador e ainda iniciará com os primeiros exercícios de desenho. 
(Mateus Machado) 
 
 
 
O DESENHISTA E O ILUSTRADOR 
 
Ainda que não sejam profissionais todo mundo tem uma certa capacidade de 
desenhar objetos, pessoas e coisas, seja ela através da observação que se faz 
enquanto se desenha ou através da ilustração; esta última baseia-se numa 
memória e estudo anterior que se teve de objetos ou figuras e carrega a 
criatividade e a mensagem de quem o faz. Nos dois casos antes de desenhá-los, 
cada um observou e memorizou as informações de um determinado objeto ou 
desenho, conforme o que entendeu do que viu. 
 
Temos então duas modalidades: 
 
1. O desenhista 
 
2. O ilustrador 
 
Um desenhista reproduz seu trabalho no momento em que se está vendo a 
origem, seja esta um modelo vivo ou a imagem de um desenho. 
 
Exemplo: O desenhista de retrato 
 
 O ilustrador primeiramente baseia-se na mensagem que deve ser 
transmitida através do desenho; antes de desenhar ele visualiza o resultado final 
do trabalho com base tanto na habilidade de reter as informações dos objetos na 
memória quanto de moldá-las na imaginação. 
 
O ilustrador não deixa de ser um desenhista; afinal ele desenha e está além 
deste último, pois, esta modalidade é mais complexa; baseia-se num método não 
só de visualização imaginária quanto num estudo anterior de anatomia humana, 
paisagem, perspectiva, sombreamento, cores, materiais, etc. Podemos dizer que o 
ilustrador cria novos seres e modelos através do desenho; exprime um pouco da 
sua personalidade, das suas idéias, do seu cotidiano e principalmente da 
mensagem que ele quer ou foi encarregado de transmitir. 
 
Exemplo: O Mangaká (desenhista de histórias em quadrinhos japonesa) 
 
É interessante você saber que existe estas modadlidades e identificar se vai 
seguir um ou os dois caminhos. A base inicial de ambos é a mesma; porém o 
estudo posterior do ilustrador é mais complexo. 
 
 
 
 
 
 
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14
1. A IMPORTÃNCIA DE UM BOM TRAÇO 
 
Uma das características que mais identifica um desenhista ou ilustrador é o 
traço, em muitos dos casos vendo um desenho você até consegue imaginar quem 
seja o desenhista. O traço é praticamente a identidade de quem desenha. 
 
 É certo que exista o estilo de cada um; mas o que se deve levar em 
consideração é que um bom traço transmite mais estética do que um traço 
relaxado, sem uniformidade e precisão; permite ainda que o traçado flua bem. De 
alguma forma sempre que se faz um desenho nós buscamos impressionar as 
pessoas pela precisão de detalhes; por isso nada mais justo que buscar aprimorar 
o traço também. 
 
Desde a infância temos adotado uma série de hábitos, muitos destes atuam 
até hoje, sejam eles bons ou ruins. Já o traço não é só um hábito; pois reflete 
também um pouco da personalidade de cada um. 
 
Se agora o traço não estiver bom será 
necessária uma mudança para que aos poucos 
se adéqüe ao bom traço. É certo que esta 
mudança implicará na resistência de sua 
personalidade; mas ainda assim pra você 
iniciante eu sugiro que dê muita atenção a 
isto, busque aperfeiçoá-lo a cada novo 
desenho que o faça. 
 
Este desenho ao lado possui um tipo de 
traço que você pode se espelhar ao desenhar. 
Um traço nem forte nem fraco, preciso e 
uniforme. 
 
A seguir você verá o traço de certos 
estereótipos de desenhistas, sejam eles 
profissionais ou amadores, alguns destes 
refletem não só ao desenhar como também na 
escrita; pode ser quevocê encontre o seu lá. O 
interessante é que cada traço revela um pouco 
da personalidade de cada um. O que você não 
pode é se identificar com um determinado tipo 
de traço ruim e arrastar com ele por muitos 
anos. 
 
Alguns tipos de traço são recomendados apenas pra determinadas situações, em 
outras poderão lhe prejudicar. É preciso estar consciente do bom traço, resultado 
do trabalho da coordenação; obtido então o bom traço você deve utilizá-lo na 
maioria dos casos e aproveitar os outros tipos de traço quando necessário. É um 
aprimoramento que leva um bom tempo para surtir efeito. 
 
 
 
 
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Abaixo alguns exemplos dos principais traços, e o porquê que alguns 
prejudicarem você como desenhista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
O TRAÇO RABISCADO 
 
Podemos dizer que um traço 
rabiscado deixa o desenho um pouco 
confuso, alguns detalhes da 
composição se misturam e não possui 
clareza quanto aos detalhes. Em 
alguns casos torna-se necessário a 
sua utilização, pois pode ser usado 
para causar um efeito mais rústico ou 
de textura.z 
 
 
 
 
O TRAÇO VAIVÉM 
 
Este é um dos mais comuns e 
apresenta uma série de vaivens no 
percorrer do traço, quem faz um traço 
como este precisa trabalhar bastante a 
sua coordenação motora. Às vezes é 
encontrado entre os perfeccionistas, 
que por não terem uma coordenação 
motora bem trabalhada acabam que 
fazendo uma seqüência de mini traços, 
buscando aproximar bem ao desenho 
original. Este traço serve para alguns 
efeitos de contorno e textura. 
 
 
 
 
 
 
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O TRAÇO FRACO 
 
Um traço fraco dificulta a 
visualização, quem o faz tende a 
sombrear também num tom mais 
fraco. Há alguns casos do traço sair 
um pouco trêmulo, que pode ser um 
problema de postura. 
 
Há muitas pessoas que apesar de 
fazerem um traço como este, têm 
mais facilidade em desenhar; um 
pouco é por ela tencionar menos os 
movimentos, isso lhe dá possibilidade 
de realizar curvas menos quebradas 
 
 
 
 
 
 
O TRAÇO FORTE 
 
Esta forma de traço prende 
bastante a coordenação atrapalhando 
os movimentos do dedo, da mão e do 
braço, tanto que os traços não ficam 
totalmente arredondados, até o 
preenchimento fica irregular. 
 
Além disto, surgirá outro 
problema; quando você for apagá-lo 
ficará a marca do traço anterior, 
como no exemplo abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. EXERCÍCIOS 
 
1) Vamos agora desenhar um copo. Pra você que está começando 
iniciaremos o primeiro desenho com algumas linhas de referência. Lembrando o 
que foi dito na aula anterior o desenhista deve-se orientar por linhas e figuras 
imaginárias; como um iniciante ainda não tem isto desenvolvido, para fins 
didáticos devem ser riscados algumas destas linhas na folha sulfite. Vamos lá! 
 
Utilizando a régua e o lápis 2H crie um quadrado de 10 cm no centro da 
folha. Crie agora uma linha vertical e outra horizontal, ambas ao centro do 
quadrado, como mostra a figura 8. As linhas azuis são linhas de referência para 
você se orientar ao desenhar. 
 
Agora com o lápis HB desenhe o copo ao lado 
dentro do quadrado que você acabou de riscar. Não 
se esqueça de utilizar as linhas de referência que 
você criou, procure ver o alinhamento dos detalhes 
através delas; pois é desta forma que você deve 
começar a ver como um desenhista. Mais adiante os 
exercícios não terão estas linhas de apoio; portanto 
vá se acostumando com esta forma de buscar os 
detalhes, por alinhamento, pois estas linhas nos 
exercícios futuros deverão apenas serem imaginadas 
sobre o papel. 
 
Você pode começar a desenhar de cima para baixo, iniciando pela elipse, 
figura que forma a boca do copo e a outra que situa na base do copo; em seguida 
utilizando a régua ligue as extremidades das elipses com traços retos. Repare 
também os espaços que ficam entre as laterais do copo e as linhas laterais do 
quadrado, veja se os espaços que você reproduziu no seu desenho estão com a 
mesma distância. Deve-se ficar atento 
com as proporções. 
 
2) Mais um exercício para você 
treinar, semelhante ao anterior, mas 
usando apenas curvas. Este vai exigir 
mais de sua coordenação motora. 
 
Utilizando a régua e o lápis 2H 
crie um quadrado de 10 cm no centro 
da folha. Em seguida faça uma linha 
na vertical e outra na horizontal ao 
centro do quadrado, como mostra a 
figura ao lado. 
 
Ao fazer o desenho na folha 
sulfite não se esqueça de orientar-se 
pelas linhas e pelos centros dos 
quadrados. 
 
 
 
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O desenho é praticamente como um plano cartesiano; pois cada trecho pode 
ser localizado com base a informações no eixo horizontal e vertical. 
 
Veja abaixo as perguntas que você deve fazer para você mesmo durante o 
exercício: 
 
 
 Este detalhe está abaixo de qual detalhe e a esquerda de qual 
outro? 
 
 Esta curva termina perto de que detalhe? 
 
 O meu desenho parece estar aprumado ou inclinado? 
 
 A região superior do desenho aparenta estar muito menor do que 
a de baixo? 
 
 Este detalhe parece com alguma figura geométrica que eu 
conheço? 
 
 
Enfim, estas e inúmeras outras perguntas são típicas de quem está 
começando a acessar as modalidades do hemisfério direito do cérebro, se você já 
fazia isto, parabéns, continue assim; se você não entendeu nada, fique tranqüilo; 
nas próximas aulas serão passadas técnicas de visualização, das mais variadas 
formas. 
 
O interessante é que todas elas vão lhe conduzir para um mesmo caminho; 
por isso digo a você com toda a minha experiência: o acesso ás modalidades do 
lado direito do cérebro é a chave mestra que o desenhista precisa. 
 
Na próxima página um exercício extra para você acelerar a sua evolução no 
traço, pode ser feito pelo menos uma vez por dia, veja: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3) Para fazer este exercício, escolha uma folha a parte e em cada face da 
mesma repita como no exemplo abaixo; crie vários círculos, quadrados e 
triângulos; começando com figuras pequenas a esquerda e terminando com 
figuras maiores a direita, sem o auxílio da régua. Procure aplicar um traço 
uniforme como o do exemplo abaixo e não se esqueça das dicas anteriores onde 
se fala dos traços. 
 
Utilize o lápis HB.Não perca as próximas aulas! 
 
 
 
 
 
 
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Nesta aula veremos a importância da coordenação motora para o desenhista 
e como ela pode ser desenvolvida através de exercícios específicos. 
(Mateus Machado) 
 
 
 
 
A IMPORTANCIA DA COORDENAÇÃO MOTORA 
 
Antes de vermos a importância da coordenação motora é indispensável 
saber a sua definição. 
 
A coordenação motora é uma capacidade de coordenação de 
movimentos decorrente da integração entre cérebro e unidades motoras 
dos músculos e articulações. Esta capacidade vem sendo desenvolvida 
desde a infância, época em que a criança precisa aprender a engatinhar, 
andar, correr, agarrar coisas, etc. Inclui-se ainda uma infinidade de outras 
atividades essenciais a nossa vida que dependem consideravelmente deste 
desenvolvimento motor. Temos então uma classificação da coordenação 
motora, são elas: 
 
 
COORDENAÇÃO MOTORA GERAL 
 
Permite a criança perceber e dominar o corpo no espaço, controlando 
os movimentos mais grosseiros. 
Ex: Correr, andar, engatinhar, etc. 
 
 
COORDENAÇÃO MOTORA GERAL ESPECÍFICA 
 
Permite controlar movimentos específicos de uma atividade. 
Ex: Bater peteca, chutar uma bola (futebol), empurrar uma mesa, etc. 
 
 
COORDENAÇÃO MOTORA FINA 
 
É a capacidade de usar de forma eficiente e precisa os pequenos 
músculos, produzindo assim movimentos delicados e específicos. Este tipo 
de coordenação permite dominar o ambiente, propiciando o manuseio dos 
objetos. 
Ex: Desenhar, digitar, tocar violão, costurar, escrever, etc. 
 
Esta coordenação fina é a mais minuciosa das três, no desenho 
estimula os pequenos músculos do pulso, dos dedos e faz um 
desenvolvimento paralelo com os músculos oculares. 
 
 
 
 
 
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1. A COORDENAÇÃO MOTORA NO DESENHO 
 
No desenho a coordenação motora fina é fundamental, pequenos 
traços retos e curvos dependem consideravelmente deste desenvolvimento 
motor; para qualificá-lo é necessária a prática de desenhar que é ainda o 
próprio caminho que irá qualificar os seus traços. É claro que este 
desenvolvimento depende também de um direcionamento; afinal a 
coordenação para desenhar deve ser desenvolvida com exercícios 
específicos. 
 
Se você é um iniciante e fez os últimos exercícios da aula passada 
pode ter tido dificuldades ao realizar os traços curvos; o que é normal; se a 
coordenação motora para o desenho não for desenvolvida você exprimi 
traços e formas irregulares. 
 
O exercício do copo exigiu realizar curvas precisas ao desenhar, como 
por exemplo, a elipse que forma a boca, a superfície do líquido e a base do 
copo. 
 
 Neste momento para um 
iniciante os traços se tornaram 
mais difíceis de serem realizados 
do que os traços laterais, já que 
estes últimos no exercício foram 
recomendados para serem feitos 
com o auxílio da régua. A régua 
lhe dá estabilidade, obtendo-se 
assim um traço uniforme e 
preciso. Uma coordenação pouco 
desenvolvida prejudica reproduzir 
traços retos e curvos como esses. 
 
 
Porque temos dificuldade? 
 
Esta dificuldade se dá tanto pela falta da prática quanto pelo método 
de realizar traços mais expansivos. Desde o menor dos movimentos sejam 
eles dos dedos e do pulso até os movimentos do braço e articulações do 
ombro necessitam de atenção quanto à coordenação. Repare que quando 
escrevemos estimulamos os movimentos dos dedos e do pulso, o que é 
suficiente para escrevermos, pois as letras são consideravelmente 
pequenas. Geralmente ao desenharem, as pessoas utilizam a mesma 
experiência de escrever, o que em certa medida ainda é insuficiente. Ao 
escrever movemos as articulações dos dedos, deixamos uma parte da palma 
da mão sobre o papel e a arrastamos conforme vamos avançando. Se você 
utilizar esta mesma forma para desenhar, com certeza estará prendendo os 
movimentos, impedindo que a coordenação flua. 
 
 
 
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Realizar traços mais longos com a 
mão apoiando sobre o papel irá 
atrapalhar a qualidade de seus traços. 
 
Na aula passada vimos alguns tipos 
de traços muito comuns entre os 
iniciantes; podemos até dizer que a 
maioria deles se dão por esta falta de 
desenvolvimento e direcionamento da 
coordenação. 
 
Quando você não tem claro o que 
vai desenhar ou está inseguro de como 
vai reproduzir alguma coisa no 
desenho é comum o traço sair 
irregular também. 
 
 
Como corrigir? 
 
Quando você for realizar detalhes ou traços, dependendo do tamanho 
de cada um destes, será necessário trabalhar certas articulações e membros 
conforme algumas condições, veja: 
 
 
 TRAÇOS E DETALHES MUITO 
PEQUENOS 
 
Mover dedos e pulso. Pode apoiar a 
palma da mão sobre o papel. 
 
 TRAÇOS MÉDIOS 
 
Mover dedos, pulso, braço e 
antebraço. Não se apóia a palma da 
mão sobre o papel. 
 
 TRAÇOS MUITO GRANDES 
 
Mover, braço e antebraço. Não se 
apóia a palma da mão sobre o papel. 
 
 
É claro que a convenção que eu tenho sobre pequeno, médio e grande é 
diferente da sua; para que cheguemos numa mesma equivalência de 
dimensão, elaborei um exercício para você perceber quando deverá aplicar 
cada uma destas correções acima. Veja o exercício na próxima página. 
 
 
 
 
 
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2. EXERCÍCIOS 
 
1) Faça como no exemplo a seguir, coloque a folha na vertical e na 
parte inferior central desenhe vários círculos, como se estivesse traçando 
uma espiral, começando por um círculo pequeno e terminando com um 
maior, quase da largura da folha. Você só poderá tirar o lápis do papel 
quando terminar todos os círculos. Sempre que retornar com a linha para a 
base inferior ela deverá tocar a base dos círculos anteriores. Use o lápis HB. 
 
 
Ao iniciar este exercício, você 
deve estar com a palma da mão 
sobre o papel, perto de onde você 
vai começar a traçar. Comece a fazer 
os círculos menores usando apenas 
os movimentos dos dedos e do 
pulso; num determinado momento 
você sentirá a necessidade de 
erguer o pulso e desenvolver os 
círculos seguintes. Quando você 
chegar aos últimos círculos, deixe 
apenas os movimentos do braço e 
do antebraço, sem mexer os dedos e 
o pulso, isto possibilitaque o traço 
fique melhor, mais estável. 
 
É desta forma que você deverá 
aplicar em seus desenhos, encontrar 
a aplicação de cada movimento para 
realizar traços com mais qualidade. 
Recomendo até que você faça este 
exercício regularmente, vai 
melhorar bastante os seus traços. 
 
 
 
Notas: É bom lembrar também que se deve estar atento quanto á 
postura corporal. De fato a postura influi bastante no resultado dos seus 
desenhos, dos traços; dependendo do modo que você senta, você pode até 
provocar danos irreversíveis á sua coluna. 
 
Procure sentar de modo que a sua coluna vertebral fique na posição 
vertical. As pernas pouco afastados, caindo verticalmente, ficando os pés 
quase juntos. Use uma mesa ou escrivaninha que esteja na altura do seu 
cotovelo. 
 
 
 
 
 
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2) Vamos agora desenhar um palhaço. Procure aplicar o que você 
aprendeu nas aulas anteriores sobre: traço, linhas de orientação, postura, formas 
de visualização, etc. Vamos lá! 
 
Utilizando a régua e o lápis 2H crie um quadrado de 18 cm no centro da 
folha. Crie agora uma linha vertical e outra horizontal, ambas ao centro do 
quadrado, como mostra a figura 5. Estas linhas verdes são penas uma referência 
para você se orientar ao desenhar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este desenho será comentado na próxima aula, onde estarei passando 
um método fantástico de como desenhar com o lado direito do cérebro. 
 
 
 
 
 
Não perca as próximas aulas! 
 
 
 
 
 
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O que você vai ver a seguir é a primeira parte de um material que podemos 
considerar como um dos mais importantes deste curso. Desenhar com o lado 
direito do cérebro é uma forma de despertar o seu lado criativo, imaginativo e 
intuitivo. Com certeza após esta aula você passará a ver o mundo de uma forma 
diferente, identificando algumas das formas que o compõe. 
(Mateus Machado) 
 
 
 
DESENHANDO COM O LADO DIREITO DO 
CÉREBRO – VISUALIZAÇÃO DE FIGURAS 
GEOMÉTRICAS 
 
 
1. DIFICULDADES EM EXPLICAR O PROCESSO 
 
Podemos dizer que certas atividades impactam as pessoas de uma 
forma inusitada, desenhar é uma delas. É comum as pessoas ficarem 
espantadas ao ver um bom desenho; afinal é um trabalho nobre e 
requintado; e é neste momento que geralmente as pessoas olham para o 
desenhista e lhe perguntam - Como você fez isso? Dá até a impressão de 
que desenhar seja uma coisa do outro mundo. De fato não é em qualquer 
lugar que se encontra um bom desenhista, pois são poucos os que 
dominam esta arte. 
 
Muitas das vezes em que as pessoas admiram o trabalho de um 
desenhista e questionam-no como fez, ele não sabe explicar; não sabe 
verbalizar os pensamentos que se tem durante o ato de desenhar. 
Particularmente eu até compreendo um pouco da dificuldade que estas 
pessoas encontram em explicar como se dá este processo, não só pela 
forma de explicar, mas porque as pessoas em geral não estão acostumadas 
a pensar e interagir com certos elementos da psique humana; é daí que 
surge a dificuldade de transmitir e entendê-las. 
 
 
 
2. PORQUE ACESSAR AS MODALIDADES DO HEMISFÉRIO DIREITO 
 
Apesar de na atualidade estarem sendo desenvolvidas de uma forma 
materialista, as ciências tem realizado inúmeras descobertas. Muitas delas 
tem nos revelado o quão nos falta utilizar do nosso cérebro. Sabe-se ainda 
por outras fontes mais sábias que utilizamos apenas 3% de nosso potencial, 
os outros 97% ainda estão latentes. Dá pra se ter uma idéia de que 
ferramentas nós temos de sobra, o que nos falta é aprender usá-las. 
 
Desde a antiguidade os sábios já tinham conhecimento sobre os 
benefícios que o hemisfério direito do cérebro poderia nos propiciar. De lá 
 
 
 
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para cá não só eles, mas muitos cientistas, psicanalistas entre outros têm 
registrado experiências, relatos e conclusões sobre o assunto. Descobriram 
que assim como inúmeras outras manifestações da natureza o cérebro 
também possuía uma dualidade. Apesar de o cérebro aparentar ter uma 
única forma, ele possui uma divisão que o separa: hemisfério direito e 
esquerdo, ambos com características distintas. 
 
O hemisfério esquerdo é racional, lógico, verbal e analítico; em 
contrapartida o hemisfério direito é o intuitivo, criativo, sintético e não-
verbal. No nosso dia a dia tendemos a usar mais o esquerdo e pouco o 
direito, este último faz muita diferença para um artista, fornece-lhe 
excelentes ferramentas que contribuem consideravelmente com as suas 
habilidades artísticas. Se você buscar acessar as modalidades que o 
hemisfério direito possui, terá com certeza excelentes resultados, não só 
para desenhar como também para muitas outras atividades que resolva 
fazer em sua vida. 
 
 O objetivo principal deste método para desenhar é a síntese de uma 
informação visual, para isto vamos despertar algumas ferramentas incríveis 
que existem dentro do seu cérebro; afinal, são com elas que vão lhe ajudar 
a desenhar. 
 
 
 
 
3. OS ERROS MAIS COMUNS DE QUEM NÃO UTILIZA O HEMISFÉRIO 
DIREITO PARA DESENHAR 
 
Antes de aprender as técnicas vamos fazer um breve adendo dos erros 
mais comuns para você verificar o que já tem trabalhado e os que ainda 
falta superar. 
 
 Não conseguir centralizar o desenho na folha ou num lugar 
específico; 
 Não saber por onde começar; 
 Demorar muito para fazer um desenho simples; 
 Fazer um desenho com partes desproporcionais; 
 O desenho ficar mais inclinado para um lado; 
 Achatar partes do desenho; 
 Não conseguir manter uma visão de centro; 
 O desenho não caber na folha; 
 Não conseguir ampliar desenhos; 
 Não conseguir manter simetria entre os detalhes; 
 Ter dificuldades em encontrar erros no desenho; 
 Não visualizar figuras geométricas dentro de uma imagem; 
 Não identificar as ilusões que uma imagem apresenta. 
 
 
 
 
 
 
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4. TRANSIÇÃO: VISUALIZAÇÃO PARA IMAGINAÇÃO 
 
Existem ainda muitas outras formas de desfrutar das modalidades do 
hemisfério direito do cérebro, umas delas é com o fim de auxiliar na 
ilustração. Esta última será ensinada nas futuras aulas já que o objetivodeste nível iniciante é desenvolver o desenho de observação; é o que você 
verá a seguir. 
 
Na aula passada o último exercício pediu para que você desenha-se um 
palhaço no estilo cartum. Você deve ter percebido que não só neste 
exercício como nos anteriores estas linhas lhe proporcionaram uma 
referencia muito boa ao reproduzir os detalhes. O quadrado da periferia e 
as duas linhas vertical e horizontal lhe proporcionaram mais quatro 
quadrados internos, estes últimos permitem que você veja com mais 
clareza a posição das linhas e as formas que compõe o palhaço. 
 
 Sem estas linhas ou sem o uso das 
modalidades do hemisfério direito do 
cérebro um iniciante mal conseguiria 
desenhar. Como eu disse nas aulas 
anteriores estas linhas deixariam de serem 
desenhadas e visualizadas para serem 
apenas imaginadas, estas marcações no 
desenho serviam apenas como apoio ao 
iniciante para que ele começasse a se 
acostumar com estas formas de referencia; 
portanto agora que começou a se 
familiarizar com este método vamos ganhar 
mais tempo e eficiência ao usar o 
hemisfério direito do cérebro, onde 
estaremos imaginando estas linhas e ainda 
mais um arsenal de figuras geométricas e 
demais formas, que irão aprimorar 
surpreendentemente o seu talento. Estas 
primeiras aulas tiveram o objetivo de fazer você começar a valorizar a 
importância de buscarmos referencias através de alinhamentos e formas. 
 
Notas: Não se aflija se este e os desenhos das aulas anteriores que você 
fez não ficaram bons; mesmo com estas marcações ainda existem pessoas 
que apresentam dificuldades. Nesta e nas próximas aulas você verá o 
método de desenhar com o hemisfério direito do cérebro, que proporciona 
formas diferenciadas de visualização e abrangem não só o desenho de 
observação como também a ilustração. Além destes desenhos disponíveis 
nas aulas é recomendável que você treine em casa com outros desenhos que 
tiver á mão utilizando o método que você verá a seguir. 
 
 
 
Fig. 1 – Palhaço. Desenho 
de observação. 
 
 
 
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5. TÉCNICA – ACESSANDO A MODALIDADE CRIATIVA DO HEMISFÉRIO 
DIREITO 
 
Uma das características desta modalidade é associar figuras 
geométricas a trechos de imagens. À medida que você for aprendendo esta 
técnica você ficará tão criativo que interpretará uma imagem ou desenho de 
uma forma extremamente fora do comum, passando a ver nela, coisas que 
“aparentemente” estão fora do contexto. Veja: 
 
 
Vendo esta imagem você poderia-me dizer que está vendo o que? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Obviamente você responderia que é o desenho de um gafanhoto e imaginaria 
apenas um gafanhoto. 
 
 
Se eu perguntasse a um desenhista que desenha com o lado direito 
do cérebro ele também diria o mesmo; mas, mentalmente ele viria mais 
do que apenas isto, veja: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fig. 2 – Gafanhotos. Uso de formas imaginárias. 
 
 
 
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O objetivo desta forma de visualização é identificar qual forma 
geométrica ou linha se parece com determinado trecho da imagem que 
você está vendo; assim você resume a informação e diminui a 
possibilidade de deturpar a imagem mantendo proporção ao desenhar. 
 
Para facilitar ainda mais a explicação vamos comentar as imagens 
anteriores: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Visualizar um triângulo isósceles na perna 
traseira é uma forma de saber que as distancias 
entre estas três articulações do gafanhoto são 
iguais e que estes detalhes não podem sair fora 
desta forma. Sem esta informação você teria 
grandes chances de reproduzi-las fora da 
proporção ideal. 
Visualizar o olho do gafanhoto como um 
círculo é até muito óbvio; mas aproveitando 
esta forma podemos ver que o diâmetro do 
círculo do olho é igual à largura da pata frontal. 
O quadrado neste trecho permite que uma parte 
dos detalhes da cabeça do gafanhoto não saia da 
proporção. 
Um triângulo eqüilátero lhe dá noção de 
referência deste trecho anterior á cabeça do 
gafanhoto. 
Repare que o ângulo superior direito do 
triangulo está um pouco à esquerda da perna; o 
ângulo abaixo está no centro da mesma. O 
ângulo esquerdo está no canto da asa. 
Visualizar um quadrado para as duas patas 
frontais lhe permite saber que a pata de cima é 
menor que a debaixo e que as articulações das 
patas estão no mesmo alinhamento vertical. 
Fig. 3 – Gafanhotos. Detalhes do uso das formas. 
 
 
 
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A síntese através de formas é tão eficiente que nos permite guardar 
facilmente as informações de uma determinada imagem; esta última é 
constituída por inúmeras formas, tanto visíveis quanto aparentemente 
ocultas. Quando for desenhar você pode ainda encontrar muitas outras 
figuras numa imagem. 
 
 Existem algumas imagens que se baseiam em formas tão claras que 
naturalmente visualizamos. Veja esta joaninha; é uma elipse que por pouco 
poderia ser um círculo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este método de visualização se baseia na imaginação, esta última pode 
ser desenvolvida tanto ao desenhar quanto com exercícios específicos. Nas 
próximas aulas haverá muitos destes exercícios de imaginação para você 
desenvolver cada vez mais este método, podendo ainda praticar em 
qualquer lugar, mesmo sem desenhar. 
 
Veja este pato, nele foram visualizadas diversas figuras geométricas. 
 
Você ainda pode usar mais uma infinidade de formas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 4 – Joaninha. Forma de elipse. 
Fig. 6 – Formas para visualização. 
Fig. 5 – Formas sobrepostas à imagem. 
 
 
 
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33
6) EXERCÍCIOS 
 
1) Tente agora desenhar este gafanhoto seguindo o método explicado 
anteriormente. Lembre-se que as linhas de apoio não poderão ser feitas 
mais. Faça o desenho de modo que ocupe a metade de uma folha A4 e 
procure desenhar primeiramente os detalhes maiores, deixando os menores 
por último. Use o lápis HB. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2) Tente agora desenhar estes dois perfis seguindo o mesmo método 
anterior. Este desenho será comentado na próxima aula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não perca as próximas aulas! 
 
 
Fig. 7 - Desenho de observação. 
 
 
 
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Você verá nesta aula mais uma forma de desenhar com o lado direito do 
cérebro, e que se baseia em linhas imaginárias como referência. Podemos dizer 
que este é um dos métodos mais eficientes e simples. 
(Mateus Machado) 
 
 
 
Antes, um comentário sobre o exercício da aula anterior: 
 
Se você fez o último exercício da aula 04 e aplicou o método contido 
nele, deve ter conseguido encontrar mais figuras onde se concentram os 
traços menores, como os da região da face dos perfis, e passado ainda a 
encontrar figuras que se encaixam entre eles. Com certeza deve ter 
percebido a facilidade que este método fornece ao desenhar. Procure 
aprimorar esta técnica não só com desenhos como também com imagens 
do ambiente onde você se encontra. 
Caso tenha apresentado dificuldades em realizar os traços da periferia, 
sugiro que treine os seguintes exercícios: aula 2/exercício 3 e aula 
3/exercício 1. 
 
 
 
DESENHANDO COM O LADO DIREITO DO 
CÉREBRO – VISUALIZAÇÃO IMAGINÁRIA DE 
LINHAS 
 
1. O MÉTODO 
 
O método que você verá a seguir é bem básico e ao mesmo tempo bem 
eficiente. Usar linhas imaginárias como referência é mais uma forma de 
sintetizar informações de um desenho, para isto você deve aprender a ver 
com os “olhos da mente”. É usar a própria imaginação. O interessante é que 
tanto este método quanto o da aula passada podem ser treinados sem 
realmente estarmos desenhando, podem ser praticados em qualquer lugar. 
 
O método se baseia em buscarmos sempre duas informações de um 
trecho que vamos desenhar; uma informação vertical e outra horizontal, 
ambas usando linhas imaginárias. O trecho a que me refiro pode ser uma 
curva, reta, figura, vértice, entre outros trechos. 
 
A seguir você verá um desenho de observação que segue este método. 
Leia e veja o processo até o fim, depois recomece e pratique-o desenhando 
este galo abaixo. Lembre-se que você não poderá traçar estas linhas 
horizontais e verticais, busque apenas imaginá-las em todas as etapas. Elas 
lhe servirão como referência para visualizar e desenhar. Use o lápis HB. 
 
 
 
 
 
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Identifique um determinado ponto que esteja o mais próximo do centro do 
desenho original, este será o ponto 1, em seguida tente encontrá-lo na folha em 
que você vai desenhar, bem no centro da mesma. 
 
 
 
 
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Neste momento você deverá imaginar na folha onde terminará o traço, que 
será o ponto 2, neste caso está á direita do ponto 1 e a uma certa distância 
abaixo do mesmo. Atenção! É o primeiro traço que define o tamanho do desenho. 
Faça o traço com uma curva para a direita e outra para a esquerda; repare que 
a primeira curva é mais curta e a segunda mais longa. 
 
 
 
 
 
 
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Quando há muitos detalhes como neste trecho você pode pular a etapa e 
procurar imaginar onde seria o fim. Marque o fim com um ponto, pois ele será o 
ponto 3. Note que a distância entre o ponto 2 e 3 é equivalente a distância entre o 
ponto 1 ao 2. O ponto 3 está à direita do 1 e acima da metade do primeiro traço 
que fizemos. Se você adquiriu a aula 4 e a compreendeu, com certeza vai ter 
notado algo curioso aqui. 
Faça estes detalhes pensando sempre no ponto onde você imaginou e marcou 
como sendo o fim desta área, o ponto 3.
 
 
 
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Veja que o próximo ponto, o 4, tem em comum a mesma distância para os 
pontos 2 e 3. Uma curva sutil abre para a direita e depois tem uma elevação para 
a esquerda, que no final se curva para baixo.
 
 
 
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Esta linha é bem fácil, ela termina no ponto 1. Comece o traço acima, abrindo 
uma curva para a direita, depois outra bem curta para a esquerda. Trace uma 
curva bem aberta para a direita. Finalize com uma curva acentuada para a direita e 
outra curta para a esquerda, terminando no ponto 1.
 
 
 
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Repare que o próximo ponto, o 5, está um pouco a direita e abaixo do ponto 
4, mentalize-o e a partir do ponto 1 faça duas curvas; a primeira que finaliza 
abaixo do ponto 5 e a segunda que termina no mesmo ponto. 
 
 
 
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Para fazer a crista do galo repare que as curvas que a compõe estão alinhadas 
com alguns detalhes já desenhados. Procure buscar referências como estas linhas 
azuis indicam. 
A seguir não haverá mais comentários, como já foram fornecidos alguns 
elementos você já poderá tentar entender na ilustração os detalhes que as linhas 
azuis estão indicando como referência. Siga agora completando o desenho.
 
 
 
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Aprenda nesta aula os primeiros passos para começar a sombrear de forma 
eficiente e estética. 
(Mateus Machado) 
 
 
 
PREENCHIMENTOS 
 
1. CARACTERÍSTICAS DOS LÁPIS DE DESENHO 
 
Antes de realizarmos sombreamentos complexos e exuberantes é 
necessário aprender a manchar uniformemente. Todo este resultado 
depende não só da técnica como também de uma correta escolha do 
material. 
 
No sombreamento preto e branco resultante do grafite, existe uma extensa 
variação que vai desde o preto até o cinza claro; cada uma destas representam 
um “tom” diferente. Na figura a seguir cada quadrado ilustra um variação de tom. 
É possivel reproduzir estas tonalidades e mais uma infinidade de tons regulando a 
pressão sobre o lápis. 
 
Na aula 1 vimos que existem 20 
tipos de lápis diferentes, cada grupo 
com um finalidade específica; a série “H” 
para esboços, o “F” e o “HB” para 
escrever ou uso geral e a série “B” para 
sombreamento. 
 
Cada um deles possui uma uma 
“mina de grafite” com espessuras 
diferentes. Veja na figura abaixo a 
variação delas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As graduações possuem durezas diferentes. A medida que se aumenta a 
graduação H mais duro, a medidada que se aumenta a graduação B, mais mole. 
Mesmo que mantessemos uma mesma pressão sobre o lápis, cada um deles 
possuiriam tons diferenciados. Veja: 
Fig. 1 – Preenchimento á grafite. 
Tons de cinza Com lápis 6B. 
Fig. 2 – Vista superior dos lápis. Espessuras das minas de 
grafite. 
 
 
 
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Fig. 3 – Variações de espessura e tom dos lápis de grafite. 
 
 
 
 
 
 
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Cada um destes lápis produzem tons diferentes, os mais moles como o da 
graduação “B” possibilitam-nos chegar num tom escuro rapidamente. É sobre esta 
última série que vamos comentar nesta aula, afinal é com ela que vamos 
sombrear em diferentes tons de cinza. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. COMO MANCHAR ÁREAS 
 
 
Pegue uma outra folha e desbaste o lápis mantendo 
um ãngulo de 45º em relação ao papel. Isto vai nivelar a 
ponta do grafite. Durante o preenchimento evite girar o 
lápis, isto evita marcas no preenchimento. 
 
Para preencher uma área mantendo um mesmo tom e 
uniformidade é necessário realizar sucessivas manchas na 
horizontal como esta, da esquerda para a direita. Se for canhoto vá 
da direita para a esquerda. Cada mancha é uma sequencia de zigue-
zagues. Lembre-se que é a pressão do lápis que define o tom. 
 
Fáça várias manchas e vá aumentando a 
mancha. Veja que no terceiro quadro, após chegar 
no meio do preenchimento ele ficou com uma 
tonalidade mais forte e suave, isso aconteceu 
porque aqui foi usado uma técnica de “esfumato”, 
foi freccionado o dedo sobre a mancha. 
 
Depois de completar a mancha, foi esfumada a área restante. 
 
É melhor deixar para esfumar toda área só depois de manchar 
completamente a mesma com o lápis. 
 
 
Fig. 4 – Lápis de desenho para sombreamento. Série B. 
 
 
 
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Fig. 7 – Aplicação da série “B”. 
Apesar da pressão do lápis determinar o tom que você vai sombrear, 
existe ainda um fator que interfere e que é bom lembrar, a graduação; se 
você quiser chegar num tom escuro mais rapidamente, deve optar por lápis 
mais moles, como o “6B” e o “9B”, o uso destes últimos dependem ainda do 
efeito que você deseja realizar. Veja por exemplo na figura 6 o efeito que 
uma graduação diferente pode causar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Preenchimento com lápis muito moles como o “6B” são mais 
“grosseiros” e apresentam impurezas no sombreamento. Na figura anterior 
dá para perceber que no caso do “2B” o sombreamento está mais puro e 
suave; é claro que a escolha depende do efeito que você quer causar. 
 
Em alguns casos o 6B torna-se mais adequado, como por exemplo, um 
efeito de textura de pele. Há poros de peles que apresentam mais 
irregularidades, parecendo muito com o efeito do 6B. Isto ainda depende de 
muitos outros fatores. 
 
Para desenhos realistas é importante ter estes conhecimentos básicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lápis 2B 
Lápis 6B 
Fig. 6 – Diferença de preenchimento entre lápis moles e duros. 
 
 
 
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Fig. 8 – Tons de cinza. 
2. EXERCÍCIOS 
 
1) Desenhe em uma folha a parte 10 quadrados de 4 cm como os 
quadrados em branco do exemplo abaixo e reproduza as seguintes 
tonalidades de cinza ao lado correspondentes. Não se esqueça de aplicar as 
dicas do tópico dois. Use o lápis 2B para os da esquerda e o 6B para os da 
direita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Fig. 9 – Desenho e figuras para desenhar e preencher. 
1) Faça estes desenhos em uma outra folha a parte e preencha-os nas 
respectivas tonalidades. Use o lápis HB para contorno e o 2B para 
sombreamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não perca as próximas aulas! 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Veja aqui muitas dicas e macetes que melhorarão consideravelmente a sua 
técnica, seja desenhando ou observando. 
(Mateus Machado) 
 
 
 
DICAS E MACETES PARA MELHORAR O SEU 
DESENHO 
 
3. USAR A FOLHA COMO REFERÊNCIA 
 
Uma forma de você se orientar ao observar uma imagem para desenhá-
la é lembrar sempre que cada objeto ali representado pertence a uma 
organização única e geométrica. Este objeto visto, estando corretamente 
alinhado e representado deve ter um alinhamento com base a um relação 
que existe entre ele e o que está a sua volta. Por exemplo, a imagem de 
uma casa; sabemos que ela está totalmente nivelada quando comparamos o 
seu alinhamento com o que está a sua volta; como o solo, outras casas, 
pessoas árvores, etc. Se for um desenho comum, logo saberemos que o 
objeto ali representado só estará alinhado se estiver aprumado em relação 
à folha e a outros detalhes, no nível. Se soubermos que ele está inclinado é 
porque o comparamos com outros detalhes próximos. 
 
É muito comum o desenhista iniciante fazer um desenho e o mesmo 
ficar inclinado para um lado; muitas das vezes ele não percebe, em outras 
só percebe quando termina o desenho. Para prevenir isto use as técnicas 
das linhas imaginárias da aula 05 mais o uso do canto da folha como 
referência de simetria. Veja: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os brônquios do peixe não estão a uma 
mesma distancia do canto da folha; 
não está simétrico. 
A linha horizontal imaginária ajuda a 
visualizar que as nadadeiras do peixe 
estão simétricas em relação ao papel. 
As linhas horizontais informam-nos um total 
alinhamento do peixe em relação a folha. A superior e 
a inferior revela a simetria do corpo do peixe. 
 
 
 
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Assim, é necessário ficar atento a todos os detalhes e traços que você 
faz em um desenho, a cada novo traço, deve-se relacioná-lo com a borda da 
folha ou o que está a sua volta, só assim você saberá desde o início se o 
seu desenho está mais inclinado para um lado ou para o outro. 
 
 
4. NÃO GIRAR A FOLHA 
 
É muito comum iniciantes girarem a folha para desenhar, seja para 
fazer um traço ou para sombrear. Eis um mau hábito que infelizmente 
surge para substituir uma limitação técnica. Isto é fruto da necessidade de 
realizar traços para determinados lados, e como a coordenação está mal 
desenvolvida o iniciante apela para este mau recurso. Há ainda um outro 
problema, se a folha original onde está o desenho e a outra que você vai 
desenhar estiverem fora do alinhamento, a sua capacidade de visualizar e 
desenhar estará comprometida, pois implicará em referências não 
correspondentes. Portanto, para fins didáticos é interessante evitar girar a 
folha para que você obtenha o desenvolvimento dos traços e para que não 
comprometa a sua observação, evitando assim um desalinhamento do que 
for desenhado. Veja as linhas verdes, são as orientações imaginárias que 
podemos buscar; mas se o desenho em cada momento fora do alinhamento, 
voce perderá grande parte das referencias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O ideal é você manter as duas folhas no mesmo alinhamento, o que dá a possibilidade de 
encontrar referencias muito mais exatas, equivalentes. 
 
 
 
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5. DISTANCIAR-SE DESENHO 
 
Interessante no desenho é que há uma relação de alguns elementos 
com a nossa vida. Nela é necessário distanciarmos dos problemas e 
procurar vê-los de longe, para identificarmos o que está causando um 
possível erro. No desenho existe um problema bem análogo; em muitos 
momentos cometemos sucessivos erros, porque estamos muito próximos 
do desenho, isto atrapalha vermos o todo, o conjunto; por isso é necessário 
levarmos a folha a uma distancia maior para melhorar a nossa percepção 
visual, dando possibilidade do campo de visão abarcar mais elementos de 
um mesmo desenho e analisá-los de uma forma unificada. 
 
 
6. O PROBLEMA DE QUANDO SE DESENHA SOBRE UMA MESA COMUM 
 
Quando se desenha sobre uma mesa comum, o nosso campo de visão 
fica comprometido; se não estivermos conscientes de um efeito causado 
pela disposição do que observamos e do que reproduzimos, o desenho terá 
grandes chances de sair achatado. Veja: 
 
 
 
 
 
Esta é a forma que visualizamos um desenho 
sobre a mesa; é um efeito criado pelos nossos 
olhos. Geralmente isso não está tão claro para um 
iniciante, e faz com eu ele desenhe da forma com 
que está vendo, achatado e com um 
estreitamento na parte superior. 
 
 
 
 
Geralmente as mesas de desenhistas são 
inclinadas e evitam este problema. Já que você 
usa uma mesa comum, para não cair nesta 
armadilha você pode pegá-los e segurá-los na sua 
frente na vertical em alguns momentos ou 
levantar-se e olhá-los de cima para conferi-lo, 
para saber como está ficando os traços, as 
proporções, etc. Este problema comentado se 
relaciona com o do tópico 5. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7. COMO ACELERAR O SEU DESENVOLVIMENTO NO DESENHO 
 
É muito comum e normal para quem começa a desenhar errar inúmeras 
vezes. O que não é normal para algumas pessoas é elas errarem inúmeras 
vezes numa mesma área e ficarem bitoladas, impedindo que o desenho 
flua. É certo que errar faz parte do processo e que devemos corrigi-los; 
mas, devemos ficar atentos aos excessos, principalmente por parte de 
pessoas de caráter mais exigentes, perfeccionistas. 
 
Um mesmo desenho normalmente apresenta dificuldades no início, 
quando não há ainda muitas referências para se ter noção de como realizar 
os outros traços. Se você erra muitas vezesnuma mesma área e fica 
constantemente apagando, tentando concertar, você não desenvolverá o 
desenho e não gerará bases suficientes para completar o resto, é daí que 
surge a dificuldade. Portanto se errar demais num mesmo detalhe, passe 
para outro ou então deixe aquele erro para servir de referência para os 
outros traços, no final você verá que terá muitas chances de identificar o 
que foi o possível erro inicial. Há casos que alguns destes erros podem 
comprometer e muito o resultado final do desenho; mas de qualquer forma 
você deve arriscar, os erros são importantes para você crescer dentro do 
desenho, permite que você identifique as causas de muitos dos erros seus. 
 
 
8. NO DESENHO TAMBÉM É IMPORTANTE PLANEJAR 
 
Antes de começarmos a desenhar é importante buscar imaginar como e 
qual serão as atitudes tomadas no desenho. Deve-se buscar imaginar onde 
será feito, o tamanho aproximado, por onde será iniciado, quais materiais 
serão usados, se o formato da folha não vai comprometer o resultado final, 
se o material usado combina com o que você vai fazer, etc. Isto impede de 
obter-se resultados indesejados. Pense nisto! 
 
 
9. ANÁLISE DO ESTUDO 
 
Procure após os seus estudos e treinos analisar o que foi produtivo, o 
que não foi e o que lhe ajudou superar os possíveis erros; anote tudo isto 
para uma futura consulta. Lembre-se, existe uma grande chance de 
esquecermos, por isso de anote! 
 
10. COMO CENTRALIZAR O DESENHO NA FOLHA 
 
Esta é uma grande dificuldade encontrada pelos iniciantes, centralizar o 
desenho numa folha ou numa área específica, tem lá as suas dificuldades, 
mas não com o método a seguir, que se baseia nas técnicas da aula 02. 
Voce verá que as linhas imaginárias serão fundamentais para você 
centralizar o seu desenho. 
 
 
 
 
 
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Veja, aqui o desenho toma boa parte de 
uma folha no formato A4. Se você vai 
reproduzi-lo é necessário encontrar o centro 
do desenho para facilitar a reprodução. Após 
definir qual desenho irá fazer procure seguir 
os seguintes procedimentos: 
 
 
 
 
 
 
Imagine duas linhas, uma na vertical à 
esquerda e outra na horizontal inferior, nos 
limites do desenho. 
 
 
 
 
 
 
 
Imagine agora duas linhas, uma na vertical 
à direita e outra na horizontal superior nos 
limites do desenho. Vamos obter um retângulo 
que cerca a área. 
 
 
 
 
 
 
Imaginado duas linhas nas diagonais que 
partem dos vértices, você poderá ver que onde 
elas se encontram é o centro do desenho. 
Neste caso o centro está no meio da folha onde 
está desenhado o Super-herói. 
 
 
 
 
Partindo desta informação, você pode localizar o centro da folha em 
que irá ser feito o desenho e começar a realizar os primeiros traços, ou, 
pelo menos ter uma referência de onde estará o centro do seu desenho. 
 
 
 
 
 
 
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2. EXERCÍCIOS 
 
1) Faça este desenho abaixo utilizando as dicas e macetes passados 
nesta aula. Use o lápis HB. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não perca as próximas aulas! 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O estudo das cores não é peculiar apenas da pintura ou do desenho; é um 
estudo amplo, que sem dúvida está presente dentro de muitas outras áreas e que 
estão diretamente interconectados. Veja nesta aula a teoria elementar das cores 
para que você possa começar a entender o maravilhoso mundo das cores . 
(Mateus Machado) 
 
 
 
TEORIA ELEMENTAR DA COR 
 
1. O QUE É A COR? 
 
Houve-se muitos teóricos que criaram diferentes conceitos de definição 
sobre o que é cor, assim temos as seguintes definições: 
 
 ”Uma propriedade dos corpos”. Aristóteles (322 a. C.); 
 ”É a própria luz”. Issac Newton (em 1666 após decompor a luz 
branca utilizando um prisma); 
 ”Ação da luz sobre os órgãos da visão”. Goethe (em 1810 construiu 
sua teoria com base nas idéias de Newton). 
 
Mas, afinal; o que é cor? 
 
Cor é a sensação provocada 
pela incidência da luz sobre os 
órgãos da visão e decodificada 
pelo cérebro. 
 
As cores que percebemos são 
produzidas pela luz. A luz do sol, 
aparentemente branca, é, na 
verdade, composta por sete 
cores, como as do arco-irís. 
Quando a luz do sol ilumina um 
objeto, algumas dessas cores são 
absorvidas pelo objeto, enquanto 
as outras são refletidas na 
direção dos olhos que as 
percebem. É esse o fenômeno 
captado pelos olhos que nos 
permite dizer qual a cor dos 
objetos. 
 
2. AS CORES PRIMÁRIAS 
 
Diz-se comumente que três são as cores primárias das quais se 
originam as outras cores que conhecemos, na verdade existe duas tríades 
destas cores primárias, uma “pigmento” e outra “luz”. Vamos ver agora um 
pouco mais destas tríades. 
 
 
 
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Primárias do pigmento 
 
 
Para efeitos de impressão, pintura, as cores 
utilizadas são ciano, magenta e amarelo, este 
modelo é chamado “CMY" (do inglês “cyan, yellow e 
magent”. 
 
Neste modelo o preto é criado através da mistura 
de todas as cores e o branco é a ausência das cores 
(assumindo que o papel é branco). Este modelo 
corresponde também ao sistema de “Cor 
subtractiva”. A combinação dos primários dão como resultado uma cor 
preta suja ou indefinido, pelo que é possível adicionar a cor preta obtida 
por outros meios. Quando assim for, o modelo utilizado é o “CMYK 
 
Primárias da luz 
 
Monitores de computador, televisão e vídeo 
projetores, todos os quais utilizam combinações de 
vermelho, verde e azul. Podemos nos referir a este 
sistema através do modelo “RGB” (sigla do inglês 
“Red, Green e Blue). 
 
Existem por tanto outras áreas de aplicação da 
cor e outros modelos. de estudo da cor. Quando 
misturamos cores luz, usualmente 
Vermelho/Verde/Azul, estamos a utilizar um sistema 
de “Cor Aditiva”. Com base neste podemos obter 
outras cores através da mistura destas três cores luz. O branco por 
exemplo, é obtido através da mistura em partes iguais destas três cores na 
intensidade máxima; a medida que reduzimos a intensidade de cada uma 
delas mantendo a mesma equivalência entre as três obteremos diversostons de cinza, assim pode-se chegar totalmente no preto o que seria 
definitivamente a falta destas luzes. Veja nestas tríades abaixo, o que se 
obtém na variação de 0 a 100% de intensidade das cores primárias da luz 
juntas; diferentes tons que nos mostram a obtenção do branco, do cinza e 
do preto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apesar de haver muitas teorias e estudos sobre a cor, podemos dizer 
ainda que as cores são um grande mistério; a cada novo estudo que se faz, 
um novo enigma surge, uma nova analogia se faz. Há uma teoria antiga que 
 
 
 
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considera as cores vermelho, azul e amarelo como primárias; acontece que 
antigamente não era possível encontrar o pigmento magenta e por muito 
tempo estas cores eram consideradas primárias, não permitiam criar um 
corretamente certas cores. 
 
Veja que curioso as tríades da luz e do pigmento, o resultado da 
combinação de duas cores de uma tríade é a cor primária da outra. 
 
 
Combinação das cores pigmento 
 
MAGENTA + AMARELO = VERMELHO 
AMARELO + CIANO = VERDE 
CIANO + MAGENTA = AZUL 
 
 
 
Combinação das cores luz 
 
VERMELHO + VERDE = AMARELO 
VERDE + AZUL = CIANO 
AZUL + VERMELHO = MAGENTA 
 
 
Outra curiosidade é o resultado da combinação das cores primárias, nas 
da luz obtemos o branco, no pigmento o preto; é mais um exemplo da 
dualidade se manifestando na natureza. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É bom destacar que as cores pigmento são obtidas através de uma 
alteração da luz. A luz ao atingir um objeto (que é revestido de um 
pigmento) tem algumas de suas cores absorvidas por estes pigmentos e 
uma outra refletida, esta última é que de fato vemos e que nos fornece a 
informação da cor do objeto. A cor de um objeto é literalmente a única cor 
que ele reflete. 
 
 
 
 
 
 
 
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3. O DISCO DE CORES 
 
Eis aqui o disco de cores que organiza as cores de forma seqüencial, 
iniciando do vermelho e finalizando no violeta, muito bom para fazermos o 
estudo de cores. O triângulo apontando para cima abrange as cores luz 
(vermelho, verde e azul), o que aponta para baixo, as cores pigmento 
(amarelo, ciano e magenta). Entre cada duas cores das primárias do 
pigmento, temos uma cor secundária, vermelho, verde e azul. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. CORES CONTRASTANTES 
 
São cores que, quando usadas próximas umas das outras, produzem 
uma sensação de choque. As cores contrastantes são diretamente opostas 
no disco das cores. Assim, a cor que mais contrasta com o vermelho é o 
ciano; o mesmo acontece com o azul e o amarelo; e com o magenta e 
verde. Se a cor é primária, contrasta sempre com a secundária e vice-versa. 
O resultado estético dessas combinações nem sempre é satisfatório, a não 
ser que haja interesse em explorar o choque visual produzido por elas. 
Quando mais forte forem elas, maior será esse impacto. Veja: 
 
 
 
 
 
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Para saber qual cor é a contrastante da outra, é só ver no disco de cores 
qual cor está oposta da cor que você quer saber. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não perca as próximas aulas! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Veja nesta aula uma introdução aos elementos básicos da perspectiva. 
(Mateus Machado) 
 
 
 
INTRODUÇÃO A PERSPECTIVA 
 
1. DEFINIÇÃO 
 
Podemos dizer que a perspectiva é sem dúvida uma matéria dentro do 
desenho que pouco dos iniciantes conhecem. É sem dúvida uma das matérias 
mais importantes; pois, uma boa representação de um desenho deve se basear 
nas regras da mesma, para que ele ganhe profundidade e realismo. 
 
Mas, o que é perspectiva? 
 
É a arte que nos permite retratar distâncias, volumes e proporções no 
desenho. A perspectiva é uma matéria que fascina cada vez mais, nos revela o 
mundo com uma visão diferente, toda recheada de linhas que aparentemente 
estão ocultas. 
 
Tudo o que vemos possui uma forma correta de ser retratada no desenho, 
quando conseguimos retratá-la bem no desenho, as pessoas visualizam 
claramente o ambiente que se passa a situação; como foi feito pelos artistas que 
realizaram os desenhos ao lado. 
 
Veremos a seguir algumas explicações básicas sobre perspectiva; para 
facilitar a compreensão, vamos falar primeiramente de objetos e figuras menores. 
 
Por exemplo, à medida que se distanciam os objetos dos nossos olhos estes 
primeiros diminuem de tamanho, isso acontece para que tenhamos noção de 
profundidade, por exemplo: 
 
 
 
 
Nossas mãos tem exatamente o mesmo 
tamanho, mas se colocarmos uma delas 
próximo ao nosso nariz, e a outra a uns 30 cm, 
notaremos que a segunda mencionada é menor 
do que a primeira, através desta redução é que 
sabemos o quanto uma está distante da outra e 
de nós. 
 
 
 
 
 
 
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No desenho abaixo estão retratados dois sólidos geométricos que se baseiam 
no mesmo princípio de profundidade do exemplo anterior, os dois cubos tem o 
mesmo volume real; mas, para demonstrar que um deles está mais afastado do 
outro, foi necessário desenhá-lo menor, seguindo algumas regras básicas da 
perspectiva, o que corresponde também com a forma que enxergamos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mais um exemplo com cubos. Aqui estão dispostos horizontalmente três 
cubos de mesmo volume, cada um deles está representado de uma “forma” 
diferente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por que será? 
 
Quando colocamos um ou mais objetos em perspectiva, temos que considerar 
o ângulo de quem os observa, este ângulo de observação além de mostrar um 
novo desenho de uma figura ele distorce a imagem vista. 
 
Se víssemos estes cubos na nossa frente, poderíamos dizer que estes cubos 
estão abaixo dos nossos olhos e a certa distância a frente. Saberíamos dizer 
também quais faces estão mais próximas, quais estão mais distantes, qual cuboestá mais a frente e qual deles estão do lado direito ou esquerdo. 
 
Poderíamos nos perguntar então: se o cubo possui todas as medidas 
proporcionalmente iguais, como pode ele ser representado com tantas 
deformações? 
 
Podemos concluir que de fato não vemos a realidade; o que vemos na verdade 
é uma tremenda ilusão, e graças a ela que concebemos noções de distâncias, 
volumes e proporções. Conhecer bem esta ilusão lhe ajudará a desenhar bem. 
 
 
 
 
 
 
 
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2. PONTO DE FUGA 
 
No desenho abaixo vemos dois grupos de caixas, as superiores e as 
inferiores. Repare que as arestas das caixas tanto superiores quanto as inferiores 
convergem para um ponto, o que chamamos de “ponto de fuga”. 
 
Neste caso o ponto de fuga é 
para onde se convergem às arestas 
paralelas dos cubos, é por isso que 
à medida que se estendem ao 
horizonte elas se afunilam. Se 
notarmos o fundo dos cubos 
podemos ver o quanto as faces do 
fundo reduziram de tamanho. 
 
 Neste caso existe uma linha 
horizontal que representa a altura 
dos nossos olhos em relação aos 
objetos representados, tanto é que 
se você estivesse perto dos cubos a 
sua visão estaria exatamente no 
meio entre as caixas superiores e 
inferiores. O nome desta linha é 
“linha de horizonte”. 
 
 
3. LINHA DE HORIZONTE 
 
O interessante na “linha de horizonte” é que ela sempre será a 
referência para sabermos de que altura o observador está vendo. Existem 
desenhos que utilizam 1, 2 e até 3 pontos de fuga; mas neste caso com 1 
ponto de fuga o olho do observador coincidiu a altura da linha de 
horizonte. 
 
 
 
Agora fica mais fácil compreender a “linha de horizonte” que passa 
entre os cubos a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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São regras que se aplicam a tudo o que existe, mudando apenas a 
forma de serem utilizadas conforme o ângulo de visão. 
 
A princípio todos nós vemos o mundo como aparentemente ele é, mas 
aos poucos vamos descobrindo um pouco de toda inteligência que o rege. 
À medida que for compreendendo estes materiais você verá o mundo da 
forma em que os desenhistas devem ver. 
 
 
4. EXERCÍCIOS 
 
Este será um exercício bem simples, apenas para você começar a 
identificar como se baseiam alguns elementos da perspectiva. 
 
Desenhe este cubo abaixo e tente encontrar o ponto de fuga, use a 
régua para desenhar e encontrar o ponto de fuga. É bom ressaltar que o 
desenho só estará correto se todas as linhas diagonais estiverem 
apontando para o mesmo ponto de fuga. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não perca as próximas aulas! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Veja nesta aula mais alguns exercícios para você aplicar as dicas das aulas 
anteriores. 
(Mateus Machado) 
 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
Faça todos estes desenhos em uma folha A4 usando o lápis HB. 
 
5. LINHAS IMAGINÁRIAS 
 
Nestes dois desenhos de perfil faça os traços retos e curvos sem o auxílio da 
régua, apenas a mão livre utilizando as dicas das linhas imaginárias da aula 5. 
Não se esqueça de usar o canto da folha como referencia. 
 
Obs.: Procure comparar os espaços entre os detalhes quanto entre os 
detalhes e a folha. Comece pelas linhas retas e depois parta para o contorno do 
perfil. É muito importante que você se preocupe com o todo, comparando cada 
detalhe com o restante do desenho. Repare que existem dois perfis para serem 
desenhados, um próprio para um desenhista destro e outro para um canhoto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6. DESENHO DE FIGURAS GEOMÉTRICAS 
 
Faça o desenho de várias figuras geométricas como às abaixo representadas; 
Você pode desenhá-las em diversos tamanhos, só não pode deixar que elas 
percam a proporção entre altura e largura. Isso vai lhe ajudar a dominar mais a 
sua coordenação. Procure treiná-los pelo menos 1 vez por semana, em até umas 4 
folhas frente e verso. 
 
 
 
 
 
 
 
7. COORDENAÇÃO 
 
Mais um exercício para a sua coordenação motora, pegue o caderno 
com pauta (o de linha) e desenhe esta seqüência, faça cada uma delas até 
ocupar toda a folha do caderno. Procure deixar todas elas na mesma 
proporção e ainda mantendo um traço nem muito forte e nem fraco, de 
preferência contínuo, sem rabiscar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. DESENHOS 
 
Faça agora os desenhos a seguir utilizando o que foi ensinado nas aulas 
anteriores, por isso não se esqueça de aplicar: 
 
 A visualização imaginária de linhas e figuras geométricas como 
referencia; 
 
 Uso do canto da folha como referencia; 
 
 Centralização do desenho na folha; 
 
 Distanciamento do desenho; 
 
 Alinhamento entre as folhas; 
 
 Comparar os espaços. 
 
 
 
 
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Veja os tipos de perguntas que deve-se fazer a si mesmo durante o 
exercício: 
 
 Este detalhe está abaixo de qual detalhe e a esquerda de qual outro? 
 
 Esta curva termina perto de que detalhe? 
 
 O meu desenho parece estar aprumado ou inclinado? 
 
 A região superior do desenho aparenta estar muito menor do que a de 
baixo? 
 
 Este detalhe parece com alguma figura geométrica que eu conheço? 
 
Antes de cada um destes desenhos a seguir procure reler estas dicas 
anteriores. 
 
Vamos lá!!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sugiro que no desenho desta girafa 
você deixe estas pintas do pescoço por 
último. Imagine se depois de ter feito 
todas estas pintas você perceba que o 
contorno do pescoço da girafa esteja 
fora da proporção ou inclinado demais 
para um lado? 
Nesta lesma o desenho é tão simples 
que não há detalhes pequenos 
suficientes que possam fazer você 
perder tempo após algum erro de uma 
área. 
 
 
 
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Não perca as próximas aulas! 
 
 
Comece a desenhar este urubu pelos contornos, depois verifique se os traços que 
você fez estão razoavelmente corretos. Após isto faça os detalhes do interior das 
penas. 
No caso deste barco a vela, procure realizar os traços do contorno do barco e do 
mar primeiro, as dicas anteriores irão lhe ajudar muito a realizar estes trechos. 
Lembre-se, faça os detalhes pequenos por último. 
 
 
 
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78
O contorno da periferia é sem dúvida um dos elementos mais importantes 
para julgarmos se um desenho está na proporção e forma corretas. Nesta aula 
você aprenderá como desenhar utilizando um método muito eficiente conhecido 
como “desenho de meros contornos”. 
(Mateus Machado) 
 
 
 
DESENHO DE MEROS CONTORNOS 
 
 
1. O QUE É O DESENHO DE MEROS CONTORNOS 
 
Podemos dizer que de forma em geral as pessoas ao verem algum objeto, 
captam-no de uma forma individualizada, isolada; focando num detalhe específico 
do mesmo. Esta forma de relacionarmos com as imagens está presente também 
em outras ações e que por fim acabam nos afastando de um princípio 
importantíssimo, essencial na nossa vida, o centro. No desenho de meros 
contornos a imagem deve se basear neste princípio, assim como outras técnicas 
de desenho, etc. 
 
Quando desenhamos um objeto estamos não só desenhando a sua forma 
como também o espaço que está para fora dele. Temos então as formas positivas 
e os espaços negativos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nesta joaninha, além de sua forma, existe ainda o espaço negativo que a princípio não foi 
pensado em ser desenhado, mas existe após se criar a forma da mesma. 
 
 
 
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79
Ao desenhar em uma folha, desenhamos não só o que nos importa (a forma 
do desenho) como também o que está a sua volta (os espaços negativos). Lembre-
se dos desenhos animados quando um personagem é jogado contra uma parede; 
ao trespassá-la, deixa o contorno de seu corpo, formando assim um espaço vazio 
nesta parede e ao mesmo tempo a sua forma impressa como um buraco na 
parede. No nosso desenho acontece o mesmo; porém, o que comumente damos 
importância é a forma interna do desenho, os pequenos detalhes do desenho. 
Portanto para todo o desenho que você faça, é importante preocupar inicialmente 
com o contorno da forma. Imagine se após desenvolver todo o desenho perceber 
que a forma está incorreta. Os pequenos detalhes já foram feitos e como os 
pequenos detalhes estão dispostos conforme o contorno do desenho, você verá 
que terá de apagar todos os detalhes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Faça então a forma externa, o contorno, procurando ver cada detalhe das 
curvas em relação com o todo, só no final preocupe-se com os detalhes menores. 
É claro que os detalhes internos maiores podem ser feitos, o que você não pode é 
perder tempo caprichando e sombreando detalhes muito pequenos e no final se 
deparar com a forma geral incorreta. O que está para fora da forma é o espaço 
negativo e entre eles o contorno; portanto o espaço negativo assume a mesma 
importância que a forma positiva. 
 
Podemos fazer uma analogia do contorno do desenho com uma estrada. À 
medida que a percorremos surgirão curvas e retas das mais variadas formas; 
curtas, longas, à esquerda, a direita, sinuosas, etc. No caso do carro que percorre 
uma estrada é guiado por um motorista, já no caso do lápis é o desenhista quem 
comanda o trajeto do lápis. Para que ambos alcancem seus objetivos, deverão se 
guiar conforme a direção de seus percursos. No caso do motorista, ao realizar 
inúmeras curvas para inúmeros lados ele não sabe de fato qual é a forma do 
trajeto que ele percorre, pois não está vendo o percurso do alto. Já o desenhista 
pode muito bem ver todo o percurso do traço e dizer qual é a forma que 
representa todo o contorno. O grande segredo está aí, ao fazer os detalhes, olhe 
de forma que a sua visão abarque o traço que você está desenhando e o restante 
do desenho. 
 
 
Veja estas pintas da joaninha, é melhor 
desenhá-las e preenchê-las no final do 
desenho. Assim também vale para o 
preenchimento dos detalhes da cabeça, 
etc. Esta mesma dica vale para qualquer 
desenho que você faça. 
 
 
 
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2. NÃO IDENTIFICAR AO OBJETO E SIM COM A FORMA 
 
É certo que todos os objetos que conhecemos possuem diversas 
características que ficam gravadas na nossa memória, o grande problema é que 
grande parte delas são falsas, mas tomamos como corretas. Ao fazer um desenho 
de observação, por exemplo, tendemos a sermos influenciado por estas falsas 
informações e não ao que estamos vendo. Por exemplo, ao desenhar-mos o rosto 
de uma pessoa, imediatamente relacionamos cada parte a um símbolo pré-
concebido; muitas das vezes um nariz se assemelha a um modelo padrão de nariz 
que guardamos na mente. Se tratarmos uma imagem como uma figura de várias, 
formas, nuanças e tons, sem se influenciar pelos modelos que já temos na 
memória, logo teremos a possibilidade de visualizá-la como ela é de fato. Este 
problema na verdade é fruto da atuação da modalidade esquerda do cérebro. 
Como foi dito nas aulas anteriores, o desenho deve ser encarado como uma 
complexa combinação de figuras geométricas, dispostas em diversos ângulos, 
nuanças curvas e tons; diferentemente do que inicialmente se faz, restringindo 
um grande complexo de detalhes a um simples combinação de símbolos. 
 
 
 
3. EXERCÍCIOS 
 
1) Desenhe a linha que forma o 
contorno de sua mão; se for destro 
desenhe a sua mão esquerda e vice 
versa. Inicie o traço no mesmo lado 
do polegar próximo ao pulso e faça 
o contorno da sua mão até chegar 
ao outro lado do pulso. A palma da 
mão deve ficar virada para você e 
não deverá olhar para o papel até 
que termine todo o trajeto do traço. 
Lembre-se da analogia que foi feita 
a pouco, assim como um motorista 
deve ficar atento a qualquer curva 
reta que irá surgir durante o 
percurso, você também deverá ficar 
ligado quanto a qualquer nuança 
que surja após cada pequeno traço 
que você faça. 
 
O objetivo deste exercício é não só aumentar a sua percepção tanto aos 
detalhes dos traços quanto conscientizá-lo da importância de preocupar-se 
primeiramente com a forma geral deum desenho, o contorno da periferia. 
 
Todos os detalhes internos de um desenho se estruturam com base a forma 
geral que o compõe, o contorno da periferia; pois, possuem alinhamentos e 
proporções que devem estar em correspondência com a mesma. 
 
 
 
 
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Obs.: Com certeza após terminar este exercício, você verá que o desenho 
estará deformado; afinal você não está vendo como está ficando. Portanto 
após o término, repita o mesmo exercício, seguindo as mesmas instruções, 
exceto que desta vez você poderá olhar como está ficando o desenho; nesta 
capriche bastante e não se esqueça de olhar o todo sempre que realizar cada 
nuança que compõe contorno da sua mão. 
 
 
2) Pegue uma tesoura e coloque-a de pé, encostada em algum objeto e a 
desenhe procurando aplicar as mesmas orientações do exercício anterior, 
lembrando que é necessário traçar o contorno de baixo para cima, do lado oposto 
a mão que você usa, completando uma volta em torno da forma do objeto até 
chegar ao outro lado, próximo de onde você iniciou o contorno. Quanto mais você 
treinar este exercício com outros objetos e figuras, melhor será a apuração de sua 
forma de visualizar os detalhes dos traços e da forma geral da periferia; por isso 
pratique-o bastante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Veja a seguir alguns apontamentos sobre desenho. Um material que com 
certeza será de grande valia para você. São sínteses de experiências que tive 
tanto ensinando aos meus alunos quanto de reflexões que fiz sobre desenho. 
(Mateus Machado) 
 
 
 
APONTAMENTOS – PARTE 1 
 
5. O QUE É BOM FICAR ATENTO NO INÍCIO 
 
1. No início não é bom focar muito na busca das melhores marcas de 
materiais de desenho, o importante no começo é dar os primeiros passos, 
os exercícios básicos. Existe uma tendência em nós de achar que o material 
está insuficiente; é nestes momentos em que se gasta mais tempo 
selecionando materiais do que praticando o desenho. É melhor preocupar-
se com o desenho e deixar uma escolha criteriosa de materiais num nível 
mais avançado. É claro que não se deve cair em extremos também. 
 
2. De início é bom procurar fazer os desenhos de observação um pouco 
maior que os originais. Desenhar do mesmo tamanho, muito menor ou 
muito maior exige bastante de quem está começando, a dificuldade é alta. 
 
3. É bom evitar derrubar os lápis de desenho; a cada nova queda os 
lápis correm o risco de quebrar as minas internas de grafite. O problema só 
aparece ao apontarmos os lápis, verificando que as minas estão quebradas. 
 
4. Substituir o uso do apontador por um estilete gera uma grande 
economia dos lápis. Só não é recomendado o uso de estile para crianças. 
 
5. O apontador quando perde o fio de corte ao ser utilizado gasta bem 
mais da madeira do lápis. Ao perceber uma seqüência de quebras do grafite 
por causa do apontador, substitua-o imediatamente. 
 
6. Usar réguas transparentes é vantajoso porque lhe dá a possibilidade 
de visualizar os outros traços anteriormente feitos. 
 
7. É bom fazer um acervo de desenhos desde já; obter imagens das 
mais variadas formas, colando as mesmas em folhas sulfite, separadas 
numa pasta plástica ou até mesmo imagens digitais da internet, separando-
as por categorias em pastas no seu computador. Este acervo será de grande 
valor para futuras consultas. 
 
8. Realizar exercícios muito avançados sem estar na condição para tal 
só vai lhe deixar frustrado. 
 
9. Não é bom ficar muito tempo sem desenhar, assim como qualquer 
outro o artista, a falta de prática permite grandes quedas de habilidade. 
 
 
 
 
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10. Há dias que não estamos bem psicologicamente, isto com certeza 
reflete ao desenharmos, como o desenho exige muita concentração, ao 
desenharmos o resultado do trabalho fica comprometido. É bom estar 
ciente disto para não se desmotivar por algumas sucessões de erros. 
 
11. Não existe boa pintura sem um bom desenho. 
 
12. Aprender a desenhar é fácil difícil é saber ver; após ter 
desenvolvido bem esta segunda, se gasta muito mais tempo observando do 
que desenhando. 
 
13. Quando se vê um desenho infantil logo se engana quem pensa que 
é fácil realizar o mesmo. Desenhos cheios de curvas como os infantis são 
difíceis de serem feitos por conterem curvas abertas e longas; estas exigem 
mais de sua coordenação motora. Já a observação deste tipo de desenho se 
torna mais fácil, os traços que o constituem são poucos e sintéticos; 
portanto, treinar inicialmente com desenhos infantis é uma boa opção para 
você poder avaliar com mais rapidez o resultado final e desenvolverá com 
mais eficiência a sua coordenação motora. É claro que se pode aprender 
com qualquer tipo de desenho, mas como os desenhos infantis exploram 
melhor a coordenação motora; se torna mais eficiente que outros que 
apresentam traços fragmentados em sua composição, como por exemplo, 
desenhos de anatomia humana. 
 
No caso do desenho de observação da figura humana, as dificuldades 
estão mais presentes na observação do que na execução dos traços. A 
periferia e os detalhes internos neste tipo de desenho se apresentam em 
alguns locais como sombras e outros como a periferia, sendo este último 
mais fácil de identificar, já que ele representa o contorno; ou seja, o 
contorno da forma que aquilo representa. 
 
14. Se você inicia um desenho de observação e não o termina, ao 
depará-lo-á com ele num outro dia, verá com certeza muitos erros que 
anteriormente não havia visto. 
 
15. O melhor exercício de desenho é a correta observação. 
 
16. No fim de cada prática de desenho é fundamental fazer uma análise 
dos pontos positivos e negativos da mesma; esta é uma forma de 
acompanhar e solucionar muitas das dificuldades que se tem com relação 
ao desenho. 
 
 
 
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Veja nesta aula mais um método para você aplicar ao realizar os seus 
desenhos. A orientação através de ângulos lhe auxilia do início até o término do 
desenho, lhe fornecendo os ângulos corretos de cada detalhe ou o próprio 
conjunto do desenho. 
(Mateus Machado) 
 
 
 
ORIENTANDO-SE POR ÂNGULOS 
 
6. COMO FUNCIONA 
 
Assim como os métodos anteriormente ensinados, este é mais um que 
se soma aos anteriores e serve de análise para o desenho de observação. 
Você pode através deste método identificar quando seu desenho ou detalhe 
do mesmo esteja fora de um alinhamento ou ângulo. Vamos então usar 
como exemplo este elefante no estilo cartum. 
 
Criar mentalmente a imagem 
do ângulo que se obtém entre 
alguns detalhes e o canto da 
folha é uma excelente 
informação para desenhar. Com 
base nesta forma de análise ficou 
fácil encontrar nesse exemplo ao 
lado a posição dos traços 
superiores das orelhas do 
elefante. Vejam abaixo outras 
formas de se encontrar ângulos 
em um desenho, existem 
diversas formas de visualizá-las. 
 
A possibilidade de encontrar ângulos é 
muito grande, basta usar a imaginação que 
ela mesma será uma grande aliada nesta 
tarefa. 
 
 
 
 
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Usar linhas internas para formar ângulos é mais uma forma de 
encontrar o alinhamento de um determinado objeto. Neste exemplo abaixo 
foi utilizado este artifício para encontrar o alinhamento central do corpo do 
macaco. Já a cabeça dele não está na direção do corpo, ela se inclina 
levemente para a esquerda; é necessário assim visualizar um novo ângulo 
para encontrar a disposição da mesma. 
 
Assim como o exemplo anterior existem outros detalhes neste desenho 
abaixo que podem ser encontrados por ângulos, como os braços, o rabo, o 
alinhamento dos pés das mãos entre outros detalhes; estes podem ser 
analisados de diversas formas por diversos ângulos. 
 
Se você viu a aula 5 deve ter relacionado às linhas horizontais e 
verticais com as desta aula, as duas que compõem cada ângulo. De fato é 
bem parecido, o que muda é que nesta abarca mais detalhes formando um 
conjunto e se grava na memória o ângulo que este conjunto faz em relação 
à borda do papel. 
 
No início o mais importante 
é analisar em qual ângulo se 
comporta a forma principal de 
um desenho, como o exemplo 
ao lado, o corpo do macaco. 
Ainda que você desenhe os 
membros do mesmo no ângulo 
correto, poderão estar em 
desacordo com a posição do 
central corpo. 
 
 
Obs.: Neste caso como 
podemos ver o corpo esta 
centralizado na folha. Buscar 
um ângulo pode não lhe 
ajudar a centralizá-lo 
corretamente, é nestes 
momentos que você deve 
buscar uma visão do todo, 
buscando o centro da forma 
principal juntamente com o 
ângulo formado pelo 
alinhamento central da forma. 
 
Estes ângulos devem ser 
memorizados temporariamente como uma fotografia; você olha, fixa na 
memória as informações dos detalhes e do ângulo que elas formam, depois 
você expressa no seu desenho o que observou anteriormente, mesmo 
processo dos outros métodos. 
 
 
 
 
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7. EXERCÍCIOS 
 
1) Faça este desenho abaixo usando a técnica anterior. Agora você tem 
uma moldura em torno deste desenho, representando uma folha, use ela 
para determinar os ângulos. Use o lápis HB e faça o desenho nesta mesma 
proporção de tamanho na folha em que irá desenhar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Veja a seguir alguns exercícios para melhorar a sua coordenação. São 
exercícios direcionados a este aspecto do desenho que se complementam com a 
observação, permitindo que esta última seja mais bem exprimida. 
(Mateus Machado) 
 
 
 
EXERCÍCIOS DE COORDENAÇÃO MOTORA 
 
8. NOTAS 
 
Como vimos anteriormente, assim como outras atividades o desenho 
também necessita de uma boa coordenação motora. Ao desenhar lidamos 
com detalhes pequenos, de alta complexibilidade, precisos. Se há um bom 
aprimoramento neste aspecto, com certeza irá aumentar a qualidade do seu 
desenho e maior será o efeito causado a quem observa o seu desenho. 
 
 
 
9. EXERCÍCIOS 
 
1) Pegue uma folha no 
tamanho A4 e faça 6 pontos 
na horizontal e 8 na vertical, 
como estes ao lado, de 
aproximadamente uns 4 
centímetros de distância um 
do outro. Use o lápis HB. 
 
Assim como no exemplo 
ao lado, ligue estes pontos 
com linhas retas, procurando 
o máximo possível deixá-las 
com o traço preciso e 
uniforme. Você poderá ligar 
os pontos até preencher 
toda a folha. 
 
Dica: Ao realizar cada 
traço, procure firmar bem 
o lápis com a mão e 
visualizar os pontos que 
estão sendo ligados 
simultaneamente. Parece 
difícil, mas é um dos 
grandes segredos para 
deixar o traço alinhado e 
preciso. 
 
 
 
 
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2) Pegue o caderno de linha e com o lápis HB faça os seguintes 
exercícios: 
 
Realize esta seqüência de curvas e semi-retas com traços precisos e 
limpos; procurando ainda reproduzir cada conjunto de curvas numa 
disposição simétrica e proporcional. Repare que tanto na área superior da 
linha quanto na inferior, nos dá a idéia de círculos. Durante este exercício, 
tente imaginar uma linha horizontal entre as duas linhas, isto lhe auxiliará 
ao reproduzir a seqüência numa mesma proporção. Caso erre, não apague, 
continue assim mesmo, tentando realizar cada trecho com mais fidelidade a 
este exemplo abaixo, até completar 1 página do caderno de linha. 
 
 
 
 
 
 
Este segundo toma conta de 2 linhas; faça este exercício até preencher 
umas 2 páginas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estes são semelhantes às letras manuscritas “c” e “s”; repare que ambas 
são bem curvas. Assim como o anterior de 1 linha, repita esta seqüência em 
1 página seguindo as mesmas dicas apresentadas no primeiro exercício 
deste grupo. 
 
 
 
 
 
 
Este se baseia nas mesmas recomendações do segundo exercício deste 
grupo. Faça este até preencher umas 2 páginas.Copyright de todos artigos, textos, desenhos e lições. A reprodução parcial ou total deste ebook só é 
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3) Com a folha na posição horizontal faça estas duas linhas, uma na 
horizontal e outra na diagonal. Assim como o exemplo da direita, complete 
este espaço com círculos da esquerda para a direita, um iniciando a partir 
de onde o outro termina. Cada linha deve ter 25 cm. Use o lápis HB. Repita 
este exercício em mais umas duas folhas. 
 
É bom alertar que este exercício vai exigir bastante de você, afinal 
realizar bons círculos é uma tarefa difícil para quem está aprendendo a 
desenhar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3) Faça novamente este desenho em uma folha A4 utilizando o lápis HB. 
Se você fez os exercícios anteriores vai perceber que seus traços estarão 
um pouco melhores do que o habitual. Procure relembrar as dicas das aulas 
de observação anteriores somadas a estas de coordenação; afinal de contas 
é a soma delas que garantirão um salto de evolução como desenhista. 
 
 Na terceira aula você deve ter feito este desenho abaixo com o auxílio 
de linhas verticais e horizontais desenhadas no papel; agora com a 
aplicação das dicas anteriores este desenho estará mais fácil de ser 
desenhado sem o apoio das linhas desenhadas, agora só com as 
ferramentas imaginárias da mente e do lápis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A seguir você verá algumas dicas para melhorar a qualidade do seu colorido. 
São dicas simples mas que melhoram consideravelmente o resultado final do seu 
trabalho. 
(Mateus Machado) 
 
 
 
DICAS PARA COLORIR 
 
Preencher áreas com o lápis de grafite pode parecer complicado; mas 
realizar o mesmo procedimento com os lápis de cor é uma tarefa que exige 
até mais habilidade, qualquer descuido o preenchimento pode ganhar uma 
marca que talvez não tenha volta, contrário do grafite que se pode tentar 
apagar com uma borracha. 
 
10. COMO MANCHAR ÁREAS 
 
Pegue uma outra folha e desbaste o lápis mantendo 
um ãngulo de 45º em relação ao papel. Isto vai nivelar a 
ponta do lápis para que durante o preenchimento não 
apareça marcas. Ainda assim não gire a ponta do lápis até 
que se termine de preencher a área que você esta 
colorindo. 
 
Colora primeiramente as bordas internas da forma que será 
preenchida, utilizando uma pressão menor no lápis para que o 
contorno fique mais claro que o tom final. Sem este contorno 
interno as chances de voce sair com o colorido para fora da forma 
são grandes. 
 
Preencha a área mantendo um mesmo tom e uniformidade 
realizando sucessivas manchas, compostas por uma sequencia 
de zigue-zagues na horizontal, de cima para baixo. Lembre-se é a 
pressão do lápis que define a tonalidade da cor. 
 
 
 
Faça agora uma mesma sequencia de zigue-zagues, só que no 
sentido vertical, da esquerda para a direita; isto irá preencher os 
espaços em branco menores. 
 
 
Quer melhorar ainda mais a qualidade do preenchimento? 
Se tiver o lápis branco utilize-o para desfocar o 
preenchimento. Repare ao lado como o uso do lápis branco 
deixou o preenchimento uniforme. É bom ressaltar que o uso 
deste lápis sobre outros irão clareá-los. 
 
 
 
 
 
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2. EXERCÍCIOS 
 
1) Em uma folha sulfite, desenhe 8 quadrados de aproximadamente 4 cm e 
preencha-os nas respectivas cores abaixo usando os lápis de cor. Não se esqueça 
de aplicar as dicas anteriores. 
 
 
 
 
 
Nota: Caso a sua caixa de lápis de cor não possua uma destas cores acima, 
repita uma outra cor destas a cima ou escolha uma outra cor da caixa. 
 
 
 
 
 
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2) Faça este desenho abaixo e em seguida colora-o nas respectivas 
cores do exemplo. Não se esqueça das dicas anteriores, principalmente de 
colorir o contorno interno com a cor respectiva de cada área. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Veja a seguir mais alguns apontamentos sobre desenho. Esta é a segunda 
parte do material que relato as experiências que tive tanto ensinando aos meus 
alunos quanto de sínteses que fiz sobre desenho. 
(Mateus Machado) 
 
 
 
APONTAMENTOS – PARTE 2 
 
11. CONTINUAÇÃO 
 
Opiniões 
 
Uma forma interessante de analisar os próprios desenhos é pedir a opinião de 
outras pessoas sobre os desenhos que se tem feito. Não é uma questão de não 
poder avaliar o próprio desenho, afinal somos nós mesmos quem avaliamos e 
sintetizamos estas experiências; mas, ouvir o que as pessoas têm a dizer sobre o 
nosso desenho auxilia muito. Elas podem “ver” algo que não tenhamos visto ou 
comentar algo que lhes tenham gerado incomodo ao ver. Muitas poderão elogiar 
outras criticarem algo que não gostaram. O desenho é uma forma de se 
comunicar com as pessoas usando figuras que elas mesmas conhecem; todas elas 
têm pelo menos algumas informações básicas sobre o que o desenhista está 
retratando; o que ele faz é reproduzir, recombinar ou moldar os objetos com seu 
estilo, expressando os mesmos num plano bidimensional; se algoestiver muito 
fora do padrão, com certeza uma ou outra pessoa irá perceber. 
 
 Durante esta experiência pode-se observar como pode ser diferente a reação 
entre uma pessoa e outra. É uma experiência muito interessante, pois também 
podemos ver como as pessoas podem ter opiniões tão diferentes. Tanto o elogio 
quanto à crítica são importantes e ambos devem ser avaliados. Por exemplo: 
 
-- Ficou igualzinho! 
 
-- A cabeça deste rato está muito grande! 
 
-- Este colorido que você fez no cabelo dela ficou muito bom! 
 
-- Acho que o seu traço está muito rabiscado! 
 
É preferível pedir opinião de pessoas sinceras; através delas é possível 
identificar tanto os possíveis acertos quanto os possíveis erros; é claro que esta 
conclusão depende de uma série de opiniões, aliadas ao discernimento do próprio 
desenhista; pois nem sempre as opiniões quanto às críticas estarão 
fundamentadas. 
 
 
 
 
 
 
 
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A parte teórica 
 
Apesar de o desenho ser uma arte em que se compreende em boa parte pela 
própria ilustração; é interessante que se busque entender e parte teórica do 
desenho, lendo: livros, tutoriais e revistas; com certeza estes materiais agregam 
bons elementos ao nosso cabedal e auxiliam na compreensão de vários elementos 
que compõe o desenho, como a perspectiva, os estilos, o sombreamento, etc. 
 
Grande parte dos melhores livros de desenho são de desenhistas de outros 
países; portanto torna-se viável encontrar estes bons livros traduzidos ou em uma 
língua que se entenda. Contentar-se apenas com as revistas nacionais é pouco. 
 
 
O ambiente 
 
É fundamental que o espaço que se utiliza para desenhar esteja em boas 
condições. Uma boa disposição das ferramentas, a luz, o ar entre outros detalhes 
influenciam consideravelmente. 
 
No caso de produzir algum tipo de lixo, deixar o cesto ao seu lado é uma boa 
alternativa para não precisar ter que sair toda vez para jogar algum resíduo no 
lixo. A praticidade é essencial. 
 
Uma iluminação adequada fornece excelentes resultados, tanto para não ter 
de forçar a vista quanto para não comprometer o próprio trabalho. O adequado é 
que a luz diurna venha lateralmente num ângulo de 45º em relação ao papel. Seja 
dia ou noite o local deve ser bem iluminado, de forma que não se crie sombras 
sobre o desenho ou a mesma incida diretamente sobre a vista. 
 
Um loca arejado, é fundamental. 
 
 
Observações e sínteses 
 
Nem tudo é encontrado nos livros, grande parte do que se sabe é fruto de 
sínteses de nossas experiências, de nossas observações. Em alguns casos o livro 
irá induzir, apontar e não fazer-nos ver. Este “ver” provém da própria consciência; 
afinal este primeiro está para além de um simples olhar. 
 
 
 
 
Não perca as próximas aulas! 
 
 
 
 
 
 
 
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A ilustração é sem dúvida uma habilidade complexa. Para que se trilhe este 
caminho com sucesso, é necessário um direcionamento muito mais minucioso que 
o desenho de observação. Vamos nesta aula indicar bons meios para que você 
possa desenvolver o seu lado criativo. 
(Mateus Machado) 
 
 
 
DESENVOLVENDO O SEU LADO CRIATIVO 
ILUSTRAÇÃO - PARTE 1 
 
12. DESENHO DE OBSERVAÇÃO E ILUSTRAÇÃO 
 
Melhor que o desenho de observação, obviamente é a ilustração. Muitos 
iniciantes anseiam por esta capacidade que é sem dúvida a mais importante e 
vantajosa, com ela pode-se ilustrar mil e uma coisas de forma estética, simétrica. 
 
O desenho de observação é uma etapa que antecede a ilustração; mas, para 
que este primeiro seja efetivo nesta última é necessário um desenvolvimento 
perspicaz e bem direcionado para compreender alguns elementos que servirão de 
base à ilustração. 
 
No início do curso você viu vários meios de reproduzir um desenho. Tanto a 
origem quanto o destino são planos bidimensionais, semelhantes ao plano 
cartesiano que aprendemos na escola, nele encontramos os eixos x e y, onde 
cada gráfico deste é localizado com base a informações nestes dois eixos. No 
desenho cada item está posicionado com base a duas referências, é como se os 
dois eixos do plano cartesiano representassem as dimensões de altura e largura. 
Na realidade os objetos que desenhamos são tridimensionais, no desenho apenas 
imitamos a forma com o que os nossos olhos captam esta aparente realidade, 
expressando assim no papel uma ilusão. 
 
Desenhando no papel a partir de um outro desenho é observar um plano 
bidimensional e expressa-lo em outro plano bidimensional; desenhando de um 
modelo que se vê ou que está na mente (animais, pessoas, plantas, carros, etc.) 
para o papel é retratá-lo de um plano tridimensional para um plano 
bidimensional. Em ambos os casos são aplicados os elementos de perspectiva, 
sombreamento, proporção, geometria, entre outros; a diferença entre os dois 
modos é que no primeiro o desenhista apenas transfere o que vê de um plano 
bidimensional para outro, o esforço maior foi de quem criou o desenho que este 
se baseou (o ilustrador). No segundo é necessário um estudo apurado de cada 
figura que se queira desenhar de memória; pois, cada objeto que vemos tem uma 
aparência diferente para cada ângulo que o olhamos, é neste também que se 
torna necessário um estudo de perspectiva, geometria, proporção, e um 
desenvolvimento de memória, centro, coordenação, etc. Para isto você iniciará 
nesta aula a dar os primeiros passos para ilustrar. É um sistema bem básico, 
porém muito importante para compreender o processo de “criação”, onde se torna 
necessário uma preparação. 
 
 
 
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13. QUEBRANDO ALGUNS PARADIGMAS 
 
Muitas pessoas têm o costume de dizer: “Não sei desenhar nem uma bolinha!” 
Isto é obvio; afinal elas não fizeram o estudo próprio que cada desenhista deve 
fazer; tal habilidade é complexa, mas pode ser tanto nata quanto adquirida; e 
ainda que seja nata exige esforço e muitos anos de dedicação. Um talento nato 
proporciona a pessoa um grande avanço, mas não o sucesso. A natureza de cada 
um também interfere neste processo, geralmente quem não tem uma natureza 
artística poderá apresentar mais dificuldades, mas não o impedirá de aprender, já 
que o requisito fundamental é gostar. 
 
Estes tipos de pensamentos são com certeza grandes empecilhos que tornam 
as pessoas mais distantes desta e de muitas outras coisas na vida; afinal, você 
assim como outras pessoas possui os mesmos subcorpos: mentais, astrais, 
energéticos e físicos. Você poderia então me perguntar por que algumas pessoas 
não conseguem aprender a desenhar. Bom,há uma série de razões, mas estas 
não justificam que tais pessoas não tenham a capacidade, mas sim por que elas 
mesmas não sabem usar as ferramentas que possuem e por ouvir de outras que 
elas mesmas não consigam aprender, o que desencadeia uma grande 
contaminação e por isso grande parte das pessoas de hoje pensam assim. Bom, 
vou contar uma lenda chinesa, esta poderá auxiliar-lhe a compreender. 
 
"Certa lenda chinesa conta que estavam duas crianças patinando em cima de um 
lago congelado. Era uma tarde nublada e fria e as crianças brincavam sem 
preocupação. De repente, o gelo se quebrou e uma das crianças caiu na água. 
A outra criança vendo que seu amiguinho se afogava debaixo do gelo, pegou uma 
pedra e começou a golpear o gelo com todas as suas forças, conseguindo quebrá-
lo e salvar o amigo. Suas mãos estavam feridas e doía muito todo o seu corpo. 
Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido, perguntaram ao 
menino: 
- Como você conseguiu fazer isso? É impossível que você tenha quebrado o gelo 
com essa pedra e suas mãos tão pequenas! 
Nesse instante apareceu um ancião e disse: 
- Eu sei como ele conseguiu. 
Todos olharam para ele aguardando a resposta. O ancião então respondeu: 
- não havia ninguém ao seu redor para dizer-lhe que não era capaz." 
 
As pessoas mal sabem da capacidade delas mesmas, quem dirá saber das de 
outras. O menino que havia mencionado anteriormente talvez não soubesse que 
pudesse quebrar o gelo, mas conseguiu; pois a circunstância lhe deu um 
“empurrãozinho”, o mérito foi obtido pela coragem e inteligência que teve em 
quebrar o gelo, a esperança em salvar o seu amigo o motivou , servindo de 
“combustível” para tal feito. “Como bem disse o ancião: - não havia ninguém ao 
seu redor para dizer-lhe que não era capaz.” 
 
Para que tenhamos sucesso, é necessário quebrarmos alguns paradigmas que 
absorvemos da sociedade atual. 
 
 
 
 
 
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14. DESPERTANDO O SEU LADO CRIATIVO 
 
 Uma das primeiras coisas que você deve saber com relação à ilustração é que 
inicialmente necessitará de desenvolver uma espécie de fórmula para estudar 
cada objeto. Este processo envolve muita proporção matemática e geometria, 
sendo que este primeiro é um cálculo que está na forma que se vêem os detalhes 
de uma figura. É uma forma diferente de observar as coisas que se passa em boa 
parte pela própria imaginação, é através desta última que você irá encontrar e 
usar as principais ferramentas. 
 
Para ilustrarmos um objeto ou ser é necessário primeiramente termos na 
memória imagens de vários ângulos destes primeiros; e, para isto existe um 
método muito eficiente que se baseia no uso de figuras geométricas; com elas 
você irá guardar facilmente os detalhes de uma figura. 
 
Nesta primeira aula sobre ilustração iremos focar nas figuras geométricas 
planas, vejam algumas delas: 
 
 
Se você encontrar estas figuras em alguma imagem, facilmente as guardará 
na memória, podendo posteriormente desenhá-la sem ter de recorrer à imagem 
da mesma. Quando encontramos uma figura geométrica no contorno de uma 
imagem, encontramos uma forma de desenhá-la e ao mesmo tempo de manter a 
proporção da mesma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Veja a seguir alguns exemplos: 
 
 
 
Um trapézio lhe ajudará a memorizar a forma lateral de um 
copo. 
 
 
 
 
 
Por uma vista diagonal de uma pirâmide captamos esta com 
a forma de um triângulo isósceles. Observe que o ângulo 
superior deste triângulo ao lado tem pouco menos de 90º. 
 
 
 
 
 
 
Independentemente dos ângulos observados, os objetos 
esféricos deverão ser representados por círculos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Um favo de mel possui inúmeros hexágonos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A face de um dado vista de frente tem a forma 
de um quadrado. 
 
 
 
 
 
 
Na tela de um monitor podemos encontrar um retângulo. 
 
 
 
 
 
 
 
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Após encontrar uma figura que se assemelha ao contorno de uma imagem, 
torna-se necessário identificar as variantes internas e externas presentes nesta 
imagem. 
 
No caso deste cubo você terá de usar um quadrado, arredondar 
os cantos e acrescentar seis círculos; mas para acrescentar estes 
últimos e distribuí-los proporcionalmente como na imagem será 
necessário recorrermos mais uma vez à geometria. 
 
Vamos entender isso passo a passo para facilitar ainda mais esta leitura das 
imagens. 
 
 
 
Ao visualizar este dado lateralmente você irá 
relacioná-lo rapidamente a um quadrado. 
 
 
 
 
Observe que o dado possui os cantos 
arredondados, esta é um variante presente nesta 
forma quadrada. Mais figuras serão encontradas. 
 
 
 
 
Traçando-se uma linha vertical e outra horizontal 
ao centro encontramos a altura dos dois círculos 
horizontais; divide-se assim o dado em quatro partes. 
 
 
 
Estes quatro círculos restantes estão centralizados 
próximo ao centro dos quatro novos quadrados que 
irão aparecer. Finalmente encontramos a localização 
dos seis círculos brancos do dado. 
 
 
 
 
Basta agora identificar as cores, neste caso é 
notável o branco dos furos e a cor preta do cubo. 
 
 
 
Aqui foi usado um exemplo bem simples para que você possa entender como 
se faz a leitura geométrica de um objeto. Nas próximas aulas serão passados 
modelos mais complexos. Algumas destas associações de figuras planas a 
determinadas imagens parecem até muito óbvias, principalmente no caso do 
 
 
 
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quadrado e do círculo. O que não é obvio é a forma que estas se comportam a 
determinadas deformações. 
 
Veja: 
 
 
 
 
 
 
 
Veja estes dados, cada 
uma das seis faces deles 
deveriam ter o formato 
próximo a um quadrado. Isso 
só é possível se as 
olhássemos totalmente de 
frente. 
 
 
 
 
 
 
Por se apresentarem de 
ângulos e posições diferentes 
e ainda pela forma de 
captação da nossa visão, elas 
sofrem distorções, criando-
nos diversas ilusões; em 
algumas faces encontramos: 
losangos, linhas, trapézios, 
etc. Veja que interessante, 
nenhuma destas faces ao lado 
se apresentam como um 
quadrado perfeito. 
 
 
 
 
 
Para desenhar estes e muitos outros em ângulos diferentes torna-se 
necessário desenvolver certas habilidades e estudar algumas teorias, como: 
 
 A perspectiva; 
 O estudo da própria figura a ser desenhada; 
 A coordenação motora; 
 A consciência. 
 
 
 
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Nas próximas aulas você aprenderá como desenvolver e usar estes elementos, 
que aumentaram consideravelmente a sua capacidade de ilustrar figuras. 
 
 
4. EXERCÍCIOS 
 
1) Para você começar a memorizar o desenho destas figuras, pegue inicialmente 
objetos bem simples, como: um lápis, uma borracha, uma laranja e um pendrive; 
vendo-os de frente tente encontrar formas geométricas, tanto no contorno do 
objeto quanto nos detalhes do centro. É importante que você desenhe e anote o 
nome destas figuras e variações que compõe estes objetos para depois poder 
estudar os mesmos. Após o estudo tente desenha-los de memória. Procure 
observar o maior número possível de detalhes destes objetos, para finalmente 
desenhá-los com o maior requinte possível. 
 
2) Se você tiver uma câmera digital, tire várias fotos de diversos objetos vistos de 
frente. Em seguida estude este material, tentando encontrar figuras que compõe 
estes objetos. Esta é uma prática muito gostosa de fazer, ela irá desenvolver a sua 
criatividade e o fará ver o mundo com outros olhos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não perca as próximas aulas! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Para desenhar é essencial um aprimoramento constante do uso da 
imaginação. Tal ferramenta nos ajuda a enxergar o que não está fisicamente 
manifestado, como por exemplo, as idéias das formas geométricas, que por 
ventura não podem ser vistas com os olhos físicos. As idéias destas formas 
geométricas são com certeza um grande aporte na realização do desenho de 
observação; é uma forma de ver e relacionar formas com base a referências mais 
claras e exatas. 
(Mateus Machado) 
 
 
 
DESENHANDO COM O LADO DIREITO DO 
CÉREBRO – VISUALIZAÇÃO DE FIGURAS 
GEOMÉTRICAS - PARTE 2 
 
15. FORMAS VISÍVEIS E A IDÉIA DAS FORMAS 
 
É necessário que o desenhista não se bitole apenas ao que se vê, 
indubitavelmente ele deve admitir a existência do que está para além da 
imagem. Quando digo isto, me refiro ao que o filósofo Platão dizia sobre o 
mundo inteligível. Um plano onde as idéias são perfeitas e imutáveis. Ele 
diz que o mundo em que vivemos é o mundo sensível, reflexo do mundo 
inteligível, falado anteriormente. Para não fugirmos muito do assunto desta 
aula iremos ir direto ao ponto que nos interessa; mas, sugiro que você leia 
algumas obras de Platão. 
 
Todo desenho esconde uma infinidade de formas geométricas, algumas 
visíveis, outras sendo apenas a idéia da forma. Muitas das vezes o que chamamos 
curva nada mais é que um trecho de um círculo; um ângulo a parte de um 
triângulo, etc. 
 
 
 
 
Veja, por exemplo, este cogumelo ao lado, se ignorarmos 
a idéia das formas veremos apenas curvas interligadas. 
 
 
 
 
 
As formas estão presentes mesmo que não se desenhe as 
mesmas. É a idéia da forma que se deve conceber e utilizar 
para que se tenha mais consciência do que estamos 
desenhando. Veja o emaranhado de círculos que constitui 
esta figura do cogumelo. 
 
 
 
 
 
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Complexo, 
não é mesmo? 
Calma! Você não 
precisa ser tão 
preciso assim. 
Estes exemplos podem ser vistos se você usar a sua imaginação sobre as 
curvas de uma figura ou imagem, podendo não só relaciona-los a um círculo 
como também a um quadrado, triângulo, losango, trapézio, etc. 
 
Mas, você poderia me perguntar: - E esta aparente elipse no centro?! Não é 
uma forma perfeita. E agora? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É demasiadamente complexa a constituição geométrica da mesma, mas seria 
o seguinte: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É importante que você encontre 
apenas as formas básicas para poder 
desenhar com mais precisão. A quantidade 
de formas presentes em uma figura é 
praticamente infinita e o número de 
figuras irá depender da precisão com que 
você queira obter ao desenhar. 
 
Este é mais um meio de desenharmos 
por referências mais claras e exatas das 
figuras, o resultado irá depender da sua 
capacidade de imaginação. Praticando este 
e os métodos anteriores que envolvem 
imaginação, você estará aprimorando o 
uso desta incrível ferramenta. Nas aulas 
futuras você terá acesso a exercícios 
direcionados ao desenvolvimento da 
imaginação. 
 
 
 
 
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3. EXERCÍCIOS 
 
1) Tente desenhar esta cobra e este pato procurando encontrar os círculos 
mais evidentes. Não esqueça de aplicar as dicas anteriores, como: linhas de 
referência, ângulos, figuras geométricas, alinhamentos, centro, etc. Desenhe-os 
em papel sulfite usando o lápis HB. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não perca as próximas aulas!

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