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A linguagem humana AUROUX, Sylvain. Filosofia da Linguagem. Campinas: Editora da UNICAMP, 1998. p.29-61 Por que a natureza da linguagem é um problema filosófico? “A questão da natureza e da origem da faculdade de linguagem e das línguas foi objeto de inúmeras especulações e de grandes debates filosóficos. De certa maneira, pode-se admitir que hoje a pesquisa nesse domínio depende amplamente de disciplinas como a pré-história, as neurociências ou a psicolinguística. Isso não significa entretanto que tenhamos abandonado de uma vez por todas a discussão filosófica, em favor dos conhecimentos assegurados” (p.33) A linguagem é articulada (p.29) As capacidades linguísticas revestem provavelmente um caráter inato. (p.31) O verbum mentalis e o mantalês O homem é um animal racional / logos - (p.34) “O ponto importante é a autonomização progressiva da noção de linguagem interior” (p.34) Era estabelecido – “teoria da linguagem como tradução do pensamento” e esta constitui “a base da gramática especulativa e, mais tarde, de toda a gramática geral” (p.35) Mas “deixava aberta a difícil questão da natureza do pensamento” Toda linguagem possui o caráter de ser arbitrário (p.35) As partes do discurso e o teorema de Platão Teoria das partes do discurso – a propriedade essencial da linguagem humana é a sua natureza categorial (p.36-37) Diferentes categorias “Há então categorias linguísticas” (p.38) As funções da linguagem “A análise clássica da linguagem atribuía como função externalizar o pensamento” (p.39) Emotiva Referencial Conotativa Poética Fática Metalinguística “A natureza da linguagem humana não é redutível a código” (p.41) “Ela é um elemento novo, não o conteúdo de um código que dispõe somente de mensagem preestabelecidas. Não é a estruturação em código que é a parte mais essencial da linguagem humana, mas sua natureza inferencial” (p.42) Os traços característicos da linguagem humana A linguagem humana possui suas próprias funções e “ela tem a possibilidade de podem assumi-las a partir de características que lhe são particulares e a definem. Geralmente, expõem-se como essenciais três propriedades: A dupla articulação; A marcação da subjetividade; A criatividade” (p. 42 e 43) Chomsky e depois toda a escola gerativa tomaram a “criatividade” como um atributo da linguagem. E ao identificar que “as frases são engendradas por algoritmos que não lhes limitam a extensão minimiza que a sede da linguagem não é na propriedade de “criatividade” e assim responde a questão “como você definiria a linguagem” (p.44) “A faculdade de linguagem era uma simples faculdade calculatória” (p.54) Jakobson - “Função metalinguística” – propriedade constitutiva das línguas humanas (p.44) “C. F. Hockett propôs uma lista dos traços cuja conjunção caracterizaria as línguas humanas em relação a todos os outros sistemas de comunicação, animais ou artificiais” (p.44) A questão da linguagem animal “Pode-se dizer que o problema moderno da linguagem nimal foi aberta pelo dualismo cartesiano” (p.46) Separar alma e corpo humano – animais não possuem alma e são máquinas mecânicas – o homem possui alma, pois tem a linguagem que é própria dele (p.46) Abade Bougeant – os animais dispõem de linguagem (p.46) Condillac – Recusará que os animais dispõem de uma verdadeira linguagem (p.46) Rompeu com o antropomorfismo (p.47) Estudo de K. Von Frisch – Estudo com as abelhas (p.47) “Não há nenhuma dúvida de que os animais dispõe de sistemas de comunicação simbólica. Eles utilizam tanto códigos analógicos quanto códigos digitais. No primeiro caso, o sinal é contínuo e possui uma relação icônica com aquilo que significa; e no segundo, é discreto e arbitrário” (p.48) “Benveniste concluiu que o sistema de comunicação das abelhas não é uma linguagem mas ‘um código de sinais’”. (p.48) Corrazé (1980) – “a reflexividade é o único traço integralmente ausente dos sistemas de comunicação animal” (p.48) “Não encontramos, entre os sistemas de comunicação animal, algo que seja exatamente da natureza da linguagem humana” (p.49) A questão da origem das línguas “A questão da origem das línguas foi objeto, como vimos, de especulações míticas, mas igualmente de discussões racionais” (p.54) Os gregos – discussões filosóficas / origem natural e origem convencional / a linguagem é phusei e a linguagem é nomo (p.55) discussão mais desempenhada quanto a sua natureza, do que quanto à verdadeira origem da linguagem. (p.55)
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