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SUMÁRIO Introdução .................................................................................................................02 Descrição do Surto na OIE .......................................................................................03 Conclusão .................................................................................................................03 Referências Bibliográficas .........................................................................................04 Introdução Highly Pathogenic Influenza (H5N8): A gripe aviária altamente patogênica, mais conhecida em outros países por HPAI (Highly Pathogenic Avian Influenza), é uma doença altamente contagiosa que atinge diversos órgãos e causa grande mortalidade em aves domésticas e selvagens. Foi primeiramente descoberta na Itália em 1878, que a descreveu como uma doença severa e rapidamente disseminada entre aves, chamando-a de “Gripe do Galo”. Disseminou-se pela Europa nos anos 1800 e atualmente é de caráter cosmopolita. Esta doença está presente em diversas aves marinhas, que defecam na água e a contaminam, podendo levar a doença para muitos outros lugares. A HPAI é causada por algumas cepas (H7 e H5) do vírus Influenza A, da família Orthomyxoviridae, que é composto de cepas A, B e C, sendo que o primeiro grupo normalmente é relacionado à zoonoses, enquanto o segundo grupo é relatado apenas em humanos e suínos. Desde seu primeiro relato oficial em 1955, já houveram 17 surtos de HPAI em todo o mundo, matando milhões de aves domésticas. Entre todos os surtos, sete deles atingiram mais de 100.000 aves cada e os outros dez atingiram menos de 100.000 aves cada (SWAYNE, 2000). Sabe-se que o vírus da HPAI está presente na maioria das aves marinhas, como patos, gaivotas e pinguins. Para estes animais, o vírus causa pouca ou nenhuma patogenia, como infecções entéricas brandas. Todavia, alguns surtos já foram reportados em aves marinhas, porém a cepa específica do vírus não foi descoberta. A detecção do vírus é realizada pelas técnicas de imunofluorescência, de isolamento do agente em cultivos celulares/ovos embrionados (considerado método padrão) e PCR. Radiografia de tórax onde é visível infiltrado intersticial bilateral, colapso lobar, consolidação focal e broncograma aéreo sem derrame pleural. Descrição do Surto na OIE Sumário: Número do Relatório Relatório nº 41 Data do Início do Evento 19/06/2017 Data da Confirmação do Evento 22/06/2017 Data do Relatório 14/03/2019 Data de Apresentação a OIE 14/03/2019 Motivo da Notificação Nova cepa da doença listada no país Agente Causador Vírus da gripe aviária altamente patogênico Sorotipo H5N8 Natureza do diagnóstico Clínico, laboratorial (avançado) Este evento pertence a Uma zona definida do país Novo Surto: Data do início do surto 01/02/2019 Status do Surto Continuação (ou data não fornecida) Unidade Epidemiológica Fazenda Espécies Afetadas Espécie Susceptíveis Casos Mortes Morto e descartado Abatidos Aves 4372 75 0 1 0 População Acometida Avestruzes destinados ao comércio Resumo dos Surtos Total de Surtos: 1 Total de Animais Afetados Espécie Susceptíveis Casos Mortes Morto e descartado Abatidos Aves 4372 75 0 1 0 Estatísticas do Surto Espécies Taxa aparente de morbidade Taxa aparente de mortalidade Taxa aparente de letalidade Proporção de animais susceptíveis perdidos* Aves 1,72% 0,00% 0,00% 0,02% *Removido da população suscetível por morte, destruição e / ou abate Epidemiologia: Fonte do Surto ou Origem da Infecção Desconhecido ou inconclusivo Comentário Epidemiológicos Coordenadas modificadas para proteger a confidencialidade, conforme exigido pela Legislação Sul-Africana. Medidas de Controle: Medidas Aplicadas Vigilância com contenção e/ou zonas protegidas Rastreabilidade Vacinação proibida Não tratamento dos animais acometidos Medidas a Serem Aplicadas Destruição oficial dos produtos animais Descarte de carcaças, subprotudos e waste Desinfecção Stamping out Mapa com a Localização do Surto Conclusão A influenza aviária é uma doença viral, infectocontagiosa de alta virulência e com alto índice de mortalidade. Tem caráter cosmopolita, entretanto até o momento não foi diagnosticada clinicamente ou laboratorialmente em território brasileiro. Isto ocorre, provavelmente, porque o Brasil não possui nenhuma colônia de aves marinhas em seu território, impedindo elevadas concentrações do patógeno na água. Todavia, como existem diversas espécies de aves aquáticas que migram das zonas temperadas para o Brasil isto se torna preocupante, pois esta migração é capaz de desencadear surtos da doença no país, uma vez que já foi observado a correlação de surtos com fases de migrações de espécies exóticas. O vírus da influenza aviária é um patógeno de suma importância econômica e de saúde pública no mundo inteiro pois surtos desta doença podem levar a implantação de barreiras sanitárias por outros países, visando a proteção da produção interna. A detecção do vírus é realizada pelas técnicas de imunofluorescência, de isolamento do agente em cultivos celulares e PCR. Na presença de um foco da doença, é necessário a interdição imediata da propriedade, vazio sanitário e descarte adequado das camas do aviário e dos animais acometidos e susceptíveis, segundo a legislação e instruções do Ministério da Agricultura que segue as normas da OIE. Referências Bibliográficas KUNKUN, Zhao et al. Characterization of three H5N5 and one H5N8 highly pathogenic avian influenza viruses in China. Veterinary Microbiology, China, 2013. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23375651. Acesso em: 18 maio 2019. D.E., Swayne; D.L., Suarez. Characterization of three H5N5 and one H5N8 highly pathogenic avian influenza viruses in China. Highly Pathogenic Avian Influenza, United States of America, 2000. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10935274. Acesso em: 18 maio 2019. MODISANE, Bothle Michael. Highly Pathogenic Avian Influenza, South Africa. South Africa, 14 mar. 2019. Disponível em: http://www.oie.int/wahis_2/public/wahid.php/Reviewreport/Review?page_refer=MapFullEventReport&reportid=29842. Acesso em: 18 maio 2019.
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