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1 Teoria atômica Os gregos já supunham a existência de átomos. Por volta de 400a.c., na Grécia, Demócrito supôs que todo a matéria era constituída de partículas indivisíveis, impenetráveis e invisíveis, que chamou de Átomo (do grego: indivisível) . Modelo de Dalton : Átomo indivisível (1803) John Dalton, inglês e professor de ciências, sugeriu em 1803 que a maioria das observações químicas feitas no século XIII poderiam ser explicadas simplesmente admitindo-se que a matéria é constituída de átomos. Ele propôs que os átomos seriam: - INDIVISÍVEIS - IMUTÁVEIS - SEM ESTRUTURA Sua teoria explicou a conservação da massa durante uma reação química e representou uma grande revolução no desenvolvimento da química. Mas ele não forneceu nenhuma informação sobre a composição dos átomos. Histórico - Modelos atômicos de Dalton, Thomson , Rutherford e Bohr 2 Modelo de Thomson : Descoberta do ELÉTRON (1898) No final do século XIX, os físicos começaram a investigar o comportamento de uma corrente elétrica em tubos de descarga contendo gás chamados TUBOS DE CROOKES. Observaram que nesses tubos havia formação de um raio de partículas que saia do cátodo em direção ao polo positivo (ânodo). Esses raios catódicos: - têm trajetórias retilíneas - produzem fluorescência em certas substâncias - são negativamente carregados - possuem energia cinética - são desviados por um campo elétrico ou magnético - são independentes do metal que constitui o cátodo As partículas daqueles raios catódicos são ELÉTRONS Em 1898 Thomson mostrou que os elétrons podem ser retirados do átomo Modelo de Thomson: Esfera carregada positivamente na qual alguns elétrons estão incrustados (modelo da melância ou pudim de passas) Histórico - Modelos atômicos de Dalton, Thomson , Rutherford e Bohr 3 TUBOS DE CROOKES 4 TUBOS DE CROOKES 5 TUBOS DE CROOKES 6 Modelo de Rutherford : O átomo NUCLEAR (1911) Em 1911 Rutherford queria testar o modelo de Thomson e elucidar o interior do átomo. Por isto, realizou o seguinte experimento: uma folha de ouro muito fina foi bombardeada por um feixe de partículas alfa (partículas positivas) na presença de um anteparo móvel para detectar as partículas alfa depois de atravessar a folha. Constatou-se que a maioria das partículas alfa passam sem ser desviadas. Mas algumas partículas sofreram desvios com ângulos até superior a 90°. Por que somente poucas partículas se desviavam, e por que alguns dos ângulos medidos eram tão grandes? Rutherford deduziu que: A carga positiva do átomo é concentrada num volume muito pequeno do espaço chamado NÚCLEO que tem uma massa grande (praticamente toda a massa do átomo) para poder desviar as partículas alfa (densidade do núcleo = 1014 g/cm3 !!) Os elétrons carregados negativamente ocupam a maior parte do espaço do átomo. Histórico - Modelos atômicos de Dalton, Thomson , Rutherford e Bohr 7 8 Modelo de Rutherford : O átomo NUCLEAR (1911) Diâmetro do átomo é 100.000 vezes maior que do núcleo Se o núcleo fosse uma bola de tênis Diâmetro do átomo =6,4 km !!! MATEIRA É QUASE CONSTITUIDA DE VACUO Rutherford conseguiu fornecer uma explicação sobre a natureza do núcleo mas para ele foi impossível descrever o movimento dos elétrons: o elétron não pode estar em movimento como a lua em volta da terra por exemplo (modelo planetário) pois assim ele (elétron = partícula carregada) deveria irradiar energia por causa da aceleração sofrida e cair em direção do núcleo. Modelo de Rutherford = modelo planetário 9 A física clássica não pode explicar a estabilidade do átomo. 10 Histórico - Modelos atômicos de Dalton, Thomson , Rutherford e Bohr O átomo moderno O modelo atual do átomo é um descendente direto do átomo de Rutherford Pequeno núcleo com toda a carga positiva e a massa do átomo. Ele é constituído de dois tipos de partículas responsáveis pela massa do átomo (massa dos elétrons é desprezível): Prótons com carga + (descoberto por Rutherford 1919) Nêutrons sem carga (descoberto por Chadwick 1932) Massa do prótonMassa do nêutron1,67x10-24 g Carga do próton = - (carga do elétron) = +1,6 x10-19 c Os prótons e os nêutrons são chamados de núcleons. Região extra-nuclear = elétrons com carga negativa 11 Histórico - Modelos atômicos de Dalton, Thomson , Rutherford e Bohr O átomo moderno A Todos os elementos são representados da seguinte maneira: ZX onde: X é o símbolo do elemento Z é o número atômico e representa o número de carga positiva (próton) ou negativa (elétron). É ele que vai dar a natureza do elemento. Cada elemento é caracterizado por um número atômico específico. Ex: Z=1 hidrogênio, Z=6 carbono. A é o número de massa e representa o número de núcleons 12 Histórico - Modelos atômicos de Dalton, Thomson , Rutherford e Bohr 12 Ex: 6C corresponde a um átomo de carbono (6 prótons, 6 elétrons) que contem um núcleo com 12 núcleons (6 prótons e 6 nêutrons). 14 Ex: 6C corresponde a um átomo de carbono (6 prótons, 6 elétrons) que contem um núcleo com 14 núcleons (6 prótons e 8 nêutrons). Átomos com mesmo número atômico (Z), mas com diferentes números de massa (A) são chamados isótopos Diferença no número de nêutrons. 13 Modelo atômico de Bohr (1913) Bohr, físico dinamarquês, percebeu que a elucidação da estrutura atômica seria encontrada na natureza da luz emitida pelas substâncias à temperaturas altas ou sob influência de uma descarga elétrica. A luz é uma mistura de radiações eletromagnéticas ou ondas (figura 1) caracterizadas pelo: Comprimento de onda (lambda) em metro: corresponde à distância entre 2 picos consecutivos. Freqüência (nu) em Hz ou s-1: corresponde ao número de picos que passam por um dado ponto por segundo. Todas as ondas eletromagnéticas têm a mesma velocidade (c=3x108 ms-1) mas comprimento de onda (m) e freqüência (s-1 ou Hertz) diferentes. A relação entre essas grandezas é a seguinte: c = Histórico - Modelos atômicos de Dalton, Thomson , Rutherford e Bohr Figura 1: Onda eletromagnética 14 Histórico - Modelos atômicos de Dalton, Thomson , Rutherford e Bohr 15 O espectro de emissão (ou atômico) de uma substância pura que sofreu um aquecimento ou uma descarga elétrica é característico desta substância. Na figura 2, está representado o espectro atômico do hidrogênio. A luz emitida quando o gás hidrogênio sofre uma descarga elétrica é vermelha. Isso pode ser bem compreendido considerando que a linha do espectro mais forte tem um comprimento de onda = 656,3 nm (região visível do vermelho). O espectro do hidrogênio têm linhas que saem nas regiões visível, infravermelho e ultravioleta constituindo assim uma série de linhas (Figura 2). Figura 2: O espectro atômico do hidrogênio Histórico - Modelos atômicos de Dalton, Thomson , Rutherford e Bohr 16 Teoria Quântica de Planck (1900) Para a física clássica, a energia é uma função contínua e não tem valor mínimo. Teoria de Planck : Faixa de luz ou qualquer radiação eletromagnética = Soma de pequenos pacotes de energia = fótons Cada fóton representa 1 quantum de energia Para uma onda eletromagnética a energia é quantizada Planck propôs o quantum de energia como sendo a menor unidade de energia que está associada à radiação eletromagnética. Mostrou que a energiadesse quantum (fóton) é proporcional à freqüência da radiação: E: energia do fóton J E = h h: constante de Planck = 6,63x10-34 J s : freqüência s-1 ou Hz como c = E= hc/ Quanto maior a freqüência da radiação maior será a energia associada Ex: E (Raio X) > E (ultravioleta) Histórico - Modelos atômicos de Dalton, Thomson , Rutherford e Bohr 17 E = h Aumento da energia 18 Modelo atômico de Bohr (1913) Utilizando a teoria de Planck e os espectros atômicos dos elementos, Bohr propôs em 1913 uma brilhante explicação da estrutura atômica sob a forma de postulados. OS POSTULADOS DE BOHR (1913) para o átomo de hidrogênio: 1) No átomo de hidrogênio, o elétron gira em torno do núcleo em órbitas circulares. 2) A energia de um elétron em um átomo é quantizada. O átomo tem disponível um conjunto de energias permitidas, ou níveis de energia, para seus elétrons. 3) O elétron pode passar de um nível de energia para um outro mediante emissão ou absorção de uma quantidade de energia igual à diferença de energia entre os níveis. E = h Histórico - Modelos atômicos de Dalton, Thomson , Rutherford e Bohr O estado fundamental de um átomo é quando todos os elétrons estão nos níveis mais baixos disponíveis. 19 E1 E2 Estado fundamental Energia E1 E2 Estado excitado Átomo absorve energia (E>0) E E1 E2 Estado excitado Átomo emite energia sobre forma de luz Energia fóton= E1-E2=h< 0 h E1 E2 Estado fundamental Energia 20 -5,45 10 -19 J -2,42 10 -19 J -21,8 10 -19 J E = n 2 n 2 n 2 1 2 _1 11 = equação de Rydbergn2 > n1 0 Energia Figura 3: Níveis de energia no átomo de hidrogênio -21,8 10 -19 J 21 Modelo atômico de Bohr (1913) O modelo de Bohr corresponde a um modelo planetário modificado (Figura 4) com níveis de energia dos elétrons quantizados. Ele funciona muito bem para o hidrogênio e todos o átomos monoelétronicos (He+, Li2+). Bohr afirmou que a física clássica não é suficiente para explicar o átomo estável e para prever o comportamento de pequenas partículas. Histórico - Modelos atômicos de Dalton, Thomson , Rutherford e Bohr núcleo + n=1 n=2 n=3 e _ Figura 4: Modelo de Bohr 22 23 A mecânica quântica foi uma revolução porque a mecânica clássica ou Newtoniana não pode descrever as pequenas partículas. Dualidade Onda-Partícula (1925) Em 1925 o físico francês Louis de Broglie declarou que qualquer onda pode também ter propriedades de partícula e qualquer partícula pode ter um comportamento de onda!! Um elétron ou qualquer objeto ou partícula pode ter um comportamento de onda e ter comprimento de onda. Essa teoria foi demonstrada experimentalmente por Davisson e Germer e por Thomson (filho) em 1927 que fizeram difratar elétrons. Modelo da mecânica quântica (1926) 24 25 Princípio da incerteza de Heisenberg (1927) Em 1927 o físico alemão Heisenberg declarou que é impossível no mesmo tempo determinar: - a posição de uma partícula (elétron); - sua velocidade. A aplicação do princípio para o elétron vai contra a representação do átomo de Bohr com elétrons em órbitas bem definidas. Modelo da mecânica quântica (1926) 26 Equação de Schrödinger (1926) Como descrever o movimento dos elétrons? Todas as ondas (ondas sonoras, electromagnéticas) obedecem à uma equação diferencial de uma forma específica chamada equação de onda. De Broglie tinha proposto que os elétrons podem se comportar como uma partícula ou uma onda. Então a onda associada ao elétron pode ser descrita por uma equação de onda de tipo diferencial, pensou Schrödinger. Em 1926 Erwin Schrödinger escreveu uma equação de onda para o elétron num átomo de hidrogênio: Assim nasceu a mecânica quântica!! Equação de Schrödinger : HY = EY Y (psi) : função de onda = solução (equação de onda) equação de onda Soluções dessa equação de Schrödinger são funções matemáticas chamadas funções de onda Y (psi) que descrevem as formas e as energias das ondas eletrônicas. Existem um número infinito de soluções. Essas ondas eletrônicas são do tipo estacionárias tridimensionais. Cada uma dessas diferentes possíveis ondas é chamada de orbital. Cada orbital em um átomo possui uma energia característica e é visto como uma descrição de região em torno do núcleo onde se espera poder encontrar o elétron. Modelo da mecânica quântica (1926) 27 Quinta conferência de Solvay - 1927: Elétrons e fótons Piccard, E. Henriot, P. Ehrenfest, E. Herzen, Th. de Donder, E. Schrödinger, J.E. Verschaffelt, W. Pauli, W. Heisenberg, R.H. Fowler, L. Brillouin; P. Debye, M. Knudsen, W.L. Bragg, H.A. Kramers, P.A.M. Dirac, A.H. Compton, L. de Broglie, M. Born, N. Bohr; I. Langmuir, M. Planck, M. Skłodowska-Curie, H.A. Lorentz, A. Einstein, P. Langevin, Ch.-E. Guye, C.T.R. Wilson, O.W. Richardson 28 As funções de onda que descrevem os orbitais são caracterizadas pelos valores dos três números quânticos n, l, m. A mecânica quântica evita contradizer o princípio da incerteza de Heisenberg do seguinte modo: em vez de especificar exatamente a posição e o movimento de um elétron, a teoria quântica fornece probabilidades de encontrar um elétron em várias posições. Mais importante é o valor de Y 2 que, de acordo com a mecânica quântica, representa a probabilidade de encontrar um elétron numa estreita região específica do espaço. Y 2 é chamado densidade de probabilidade. 29 30 Números Quânticos: São eles que descrevem os orbitais. - O número quântico principal, n n representa o nível energético principal do elétron. Esses níveis são chamados de camadas. Este número quântico é fundamentalmente igual ao n da teoria de Bohr Valores permitidos: n= 1, 2, 3, 4, ...., número inteiro positivo A energia dos elétrons aumentam com o aumento do valor de n Número quântico n 1 2 3 4 ... Designação por letra K L M N ... População eletrônica máxima de uma camada= 2n2 2 8 18 32 ... Orbitais 31 -5,45 10 -19 J -2,42 10 -19 J 0 -21,8 10 -19 J 32 -O número quântico azimutal, l l representa a subcamada. Cada camada principal é composta de uma ou mais subcamadas. Este número quântico l determina a forma de um orbital. Valores permitidos: l= 0, 1, 2, 3, ...., n-1 Ex: n=2 l= 0, 1 L tem 2 subcamadas n=1 l= 0 K tem 1 subcamada n=3 l= 0, 1, 2 M tem 3 subcamadas o número de subcamadas em qualquer camada é simplesmente igual a seu valor de n Número quântico l 0 1 2 3 4 ... Designação por letra s p d f g ... População eletrônica máxima 2 6 10 14 18 ... No estado fundamental (estado de mais baixa energia) de todos os átomos somente as subcamadas s, p, d e f vão ser ocupadas por elétrons. Dentro de uma camada, as subcamadas não têm as mesmas energias. Ordem de energia crescente : s, p, d, f.... 33 -O número quântico magnético, m Cada subcamada é composta de um ou mais orbitais. Um orbital dentro de uma subcamada particular é caracterizado por seu valor de m, que serve para determinar sua orientação no espaço em relação aos outro orbitais. Valores permitidos: m= -l até +l valores inteiros Ex: l=0 (s) m= 0 subcamada s tem 1 orbital l=1 (p) m= -1, 0, +1subcamada p tem 3 orbitais l=2 (d) m= -2, -1, 0, +1, +2 subcamada d tem 5 orbitais A população eletrônica máxima de cada orbital = 2 elétrons Os orbitais de uma mesma subcamada têm a mesma energia. As orientações descritas por m servem para minimizar a repulsão elétron-elétron nos átomos polieletrônicos. 34 Orbital: Definição: Região do espaço no qual é provável que se encontre um elétron com certa energia. Os valores de m descrevem as orientações permitidas, no espaço, para uma nuvem eletrônica. Os valores de l descrevem a forma da nuvem. 35 m= -1, 0, +1 36 Sumário dos números quânticos Número Quântico Principal n camada Número Quântico Azimutal l subcamada Designação da subcamada Número Quântico Magnético m orbital n°orbitais na subcamada n° máximo de e- por subcamada n° máximo de e- por camada 2n2 1 0 1s 0 1 2 2 2 0 1 2s 2p 0 -1, 0, +1 1 3 2 6 8 3 0 1 2 3s 3p 3d 0 -1, 0, +1 -2, -1, 0, +1, +2 1 3 5 2 6 10 18 4 0 1 2 3 4s 4p 4d 4f 0 -1, 0, +1 -2, -1, 0, +1, +2 -3, -2, -1, 0, +1, +2, +3 1 3 5 7 2 6 10 14 32 37 Forma dos orbitais: l=0 (subcamada s) m=0 (orientação única) Esfera Orbital de tipo s 38 Forma dos orbitais: l=1 (subcamada p) m=-1, 0, +1 3 orientações em funções de x, y, z Orbital de tipo p 39 Forma dos orbitais: l=2 (subcamada d) m=-2, -1, 0, +1, +2 5 orientações Orbital de tipo d 40 Em adição aos três números quânticos n, l e m que aparecem na resolução da equação de onda, existe ainda outro número, o número quântico de spin, s. Sem esse número a equação de Schrödinger para um sistema polieletrônico não pode ser resolvida. Os números n, l e m servem para descrever o orbital Os números n, l, m e s servem para descrever o elétron O elétron gira em torno de seu eixo e se comporta como um pequeno eletro-imã. Em função do sentido da rotação o elétron terá dois valores de spin. s= +1/2 ou -1/2 Princípio de exclusão de Pauli e o spin do elétron O spin do elétron 41 Princípio de exclusão de Pauli: Dois elétrons em um átomo não podem ter os quatro números quânticos iguais. Ex: Os dois elétrons de um orbital 2s terão por números quânticos n=2, l=0, m=0, s=+1/2 e n=2, l=0, m=0, s=-1/2 Isto limita a dois o número de elétrons em um dado orbital e também requer que os spins destes dois elétrons estejam em direções opostas = spins opostos ou antiparalelos. Princípio de exclusão de Pauli e o spin do elétron Evidência experimental do spin eletrônico Stern- Gerlach [1920] Stern-Gerlach obtiveram sucesso ao separar um feixe de átomos neutros (Ag) em dois grupos, passando através de um campo magnético não-homogêneo O campo magnético separa o feixe em dois sugerindo que há somente dois valores equivalentes para o campo magnético do próprio elétron 42 43 A configuração eletrônica corresponde à maneira específica pela qual os orbitais de um átomo (no estado fundamental) são ocupados por elétrons. Por isso tem que começar pelos orbitais de menor energia. Porque num átomo no seu estado fundamental, os elétrons são encontrados nos mais baixos níveis de energia disponíveis. Para conhecer a ordem de preenchimento dos orbitais tem que usar a Figura abaixo representando a seqüência de preenchimento das subcamadas. Configuração eletrônica Seqüência de preenchimento das subcamadas 44 Configuração eletrônica Seqüência de preenchimento das subcamadas 45 Configuração eletrônica H (Z=1) : 1s 1 valor de n valor de l número de elétron configuração eletrônica 1s caixa de orbital A configuração eletrônica de um elemento fornece o número de elétrons e as subcamadas (valor de n e l) que contêm esses elétrons. Podemos utilizar uma representação chamada de caixa de orbital que fornece também o spin dos elétrons 46 Configuração eletrônica He (Z=2) : 1s 2 1s Li (Z=3) : 1s 2 2s 1 2s Be (Z=4) : 1s 2 2s 2 B (Z=5) : 1s 2 2s 2 2p 1 2p C (Z=6) : 1s 2 2s 2 2p 2 No caso do lítio (Z=3) o terceiro elétron tem que entrar num novo orbital (2s) para não violar o princípio de Pauli. O quinto elétron do boro pode estar em qualquer orbital 2p porque os três orbitais têm a mesma energia. No caso do carbono, o sexto elétron entrou num novo orbital 2p segundo a regra de Hund. Regra de Hund: No estado fundamental, os elétrons em uma dada subcamada tendem a permanecer desemparelhados (em orbitais separados) com spins paralelos. Isso para minimizar as repulsões elétron-elétron. 47 Configuração eletrônica N (Z=7) : 1s 2 2s 2 2p 3 O (Z=8) : 1s 2 2s 2 2p 4 F (Z=9) : 1s 2 2s 2 2p 5 Ne (Z=10) : 1s 2 2s 2 2p 6 Resumo: Para achar a configuração eletrônica de um dado elemento no estado fundamental, tem que: - Preencher de elétrons os orbitais em ordem crescente de energia usando a Figura do slide 43. - Respeitar o princípio de exclusão de Pauli - Utilizar a regra de Hund 48 Configuração eletrônica O conjunto de números quânticos para os elétrons marcados de vermelho e azul são: Vermelho: n=1, l=0, m= 0, s= -1/2 Azul: n=2, l=1, m= -1, s= +1/2 Quando os elétrons vão preencher orbitais a partir do nível n=4, começa a ser mais difícil a prever a configuração eletrônica porque as subcamadas têm energias muito próximas. Nesse caso existem varias exceções à ordem da seqüência de preenchimento das subcamadas da Figura do slide 43. Ex: Cr (Z=24):[Ar] 4s1 3d5 a configuração eletrônica 4s1 3d5 é mais estável que 4s2 3d4, por causa do preenchimento por um elétron de todos os orbitais da subcamada 3d. C (Z=6) : 1s 2 2s 2 2p 2 49 21Sc : [Ar] 4s 2 3d1 22Ti : [Ar] 4s 2 3d2 23V : [Ar] 4s 2 3d3 24Cr: [Ar] 4s 1 3d5 25Mn: [Ar] 4s 2 3d5 26Fe : [Ar] 4s 2 3d6 27Co : [Ar] 4s 2 3d7 28Ni : [Ar] 4s 2 3d8 29Cu : [Ar] 4s 1 3d10 30Zn : [Ar] 4s 2 3d10 31Ga : [Ar] 4s 2 3d10 4p1 camada semi-preenchida 3d camada 3d totalmente preenchida Menor energia – mais estável 50 11Na: [Ne] 3s1 12Mg: [Ne] 3s2 13Al: [Ne] 3s 2 3p1 14Si: [Ne] 3s 2 3p2 15P : [Ne] 3s 2 3p3 16S : [Ne] 3s2 3p4 17Cl: [Ne] 3s2 3p5 18Ar: [Ne] 3s2 3p6 19K : [Ar] 4s1 20Ca : [Ar] 4s2 51 Configuração eletrônica A camada de valência de um átomo é a última camada eletrônica parcialmente ou completamente preenchida por elétrons. 1s 2s 2p 1s 2s 2p 3s 3p N (Z=7) : Cl (Z=17) : CAMADA DE VALÊNCIA n=2 CAMADA DE VALÊNCIA n=3 Fe (Z=26) [Ar] 4s2 3d6 Camada de valência:no último nível que é n=4 52 Configuração eletrônica Propriedades magnéticas: Devido ao spin do elétron (elétron = pequeno ímã) : - Substâncias (átomo ou íon) onde orbitais são completos ou contêm somente elétrons emparelhados são diamagnéticas (números iguais de elétrons de cada spin de maneira que seus efeitos magnéticos se cancelam). Estas substâncias não sofrem atração por outro ímã. Ex: - Substâncias que têm pelo menos um elétron desemparelhado são paramagnéticas. Elas vão se comportar como pequeno ímã e sofrem atração por outro ímã. Ex: Be (Z=4) : 1s 2 2s 2 Li (Z=3) : 1s 2 2s 1 53 Configuração dos íons Cátions :Quando um ou mais elétrons são removidos de um átomo neutro Regra: Para achar a configuração dos cátions deve-se tirar do átomo neutro no estado fundamental elétrons suficientes na seguinte ordem: - np - ns - (n-1)d onde n representa a última camada do átomo neutro no estado fundamental (camada de valência). Ex: Fe (Z=26) [Ar] 4s2 3d6 Íon ferroso Fe2+ [Ar] 4s0 3d6 (não tem elétrons na subcamada 4p) Íon férrico Fe3+ [Ar] 4s0 3d5 Ânions : ânions monoatômicos são formados adicionando-se suficientemente elétrons nos orbitais vazios para obter a configuração estável do próximo gás nobre. Ex: F (Z=9) 1s2 2s2 2p5 +1e - F - 1s2 2s2 2p6 = Ne F- e Ne são isoeletrônicos , têm a mesma configuração eletrônica.
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