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A importância da tecnologia na evolução das cadeias produtivas

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A importância da tecnologia na evolução das cadeias produtivas das aves
A ciência e a tecnologia são fundamentais no processo de inovação. A tecnologia é o conjunto de todos os conhecimentos científicos, empíricos ou intuitivos, empregados na prática para produção de bens e serviços.
A inovação é reconhecida como um dos fatores decisivos para o desenvolvimento econômico e social. O mercado está cada vez mais competitivo, dessa forma é necessário que as empresas tenham vantagens competitivas, as quais podem ser adquiridas por meio da inovação.
Quanto mais se conhecem as especificidades da geração e difusão da inovação, mais se sabe sobre a importância para que empresas e países reforcem sua competitividade na economia mundial. As empresas que investem em pesquisa e desenvolvimento têm maiores chances de gerarem inovação e consequentemente obterem vantagens competitivas sobre as demais do mesmo setor, sendo mais competitivas.
Fatores como qualidade, sanidade e preço contribuíram para aperfeiçoar a produtividade no setor. O Brasil buscou modernização e empregou instrumentos como o manejo adequado do aviário, sanidade, alimentação balanceada, melhoramento genético e produção integrada. Em um sistema produtivo é importante que o primeiro elo da cadeia desenvolva os produtos considerando todos os elos subsequentes, culminando com as demandas do consumidor final.
A preocupação com o meio ambiente, a elevação da temperatura deve direcionar as novas mudanças na forma de criar aves. A inovação tecnológica em decorrência da difusão e transferência do conhecimento tem um efeito inicial de ganho na competitividade, aumentando a produtividade e reduzindo os custos.
A tecnologia contribui para o desempenho ao longo prazo das empresas, oferecendo vantagens competitivas, que resultem em menor custo por unidades produzidas associadas à melhor qualidade. A inovação tecnológica visa absorver, gerar e acumular conhecimentos de forma contínua, em constante aprendizado e a tecnologia representa justamente o domínio desse conjunto de conhecimentos.
Tecnologias presentes ao longo da cadeia produtiva de aves
No ano 1990, a agroindústria passou para a era da competitividade, onde a reestruturação tecnológica, a eficiência, a diminuição dos custos e a reestruturação administrativa das empresas transformaram-se nas estratégias de sobrevivência.
Os avanços tecnológicos proporcionaram o aumento acentuado dos índices agropecuários e as propriedades rurais passaram a gerar excedentes de consumo, atendendo assim, novos mercados cada vez mais exigentes.
Com a integração entre os criadores de frango e as agroindústrias foi possível aprimorar todo o processo, além da redução de custos de produção, fomento à produção de grande escala, foi possível o acompanhamento da qualidade do produto, desde o pinto de 1 dia até o abate e a comercialização.
Para compreender a modernização tecnológica ocorrida na cadeia produtiva, torna-se necessário acompanhar os avanços tecnológicos das indústrias correlatas e de apoio, como os fabricantes de material genético, de produtos veterinários e aditivos químicos como também os fornecedores de máquinas e equipamentos, os quais influenciaram de forma secundária o desenvolvimento da indústria avícola brasileira. 
As instalações e os equipamentos sofreram evoluções, buscando inicialmente melhor desempenho e rentabilidade e bem estar dos animais. Surgiram os aviários climatizados, já incorporando equipamentos mais tecnificados, comedouro automático, ventilação negativa (exaustores), nebulizadores, auxiliando no resfriamento e monitoramento da temperatura, umidade e ventilação automática.
A maioria dos aviários da Aurora Alimentos possui 1.200mts, sendo que 90% estão automatizados com comedouros automáticos, ventiladores ou exautores, descarga de ração automatizada, aquecimento com máquinas e campânulas a lenha.
Para a Seara Alimentos a tendência futura se concentrará na redução de água, energia nos aviários, nos abatedouros e na introdução da robótica como alternativa à falta de mão de obra na criação, nos abatedouros e na indústria.
Quanto às instalações, os galpões continuam diversificados, variando desde a altura do pé direito de 2,4 a 6 metros e largura de 3 a 15 metros ao comprimento de 100 a 150 metros. Nestes galpões são colocadas as gaiolas com dois andares (chamados de californianos) ou de sistemas de baterias, com 6 conjunto de gaiolas sobrepostas umas nas outras. O tamanho das gaiolas varia de 25 cm de frente por 45 de profundidade com duas aves, o mais comum encontrado é de 50 por 50 cm com 5 aves, no entanto pode ser encontradas no tamanho de 60 por 62 cm sendo alojado 10 aves por gaiola.
A automação tornou-se muito presente em muitas granjas da região de Bastos, desde o fornecimento de ração e água até a coleta de ovos, atualmente é possível que o produto final, o ovo, seja coletado nos galpões e chegue ao consumidor sem que haja contato manual, um processo totalmente automatizado. Os ovos são coletados em esteiras que os conduzem para o depósito de ovos onde são levados diretamente para as máquinas de lavar, selecionar, classificar e embalar. 
O trato das aves é feito de forma automática utilizando diversos sistemas, podendo ser de cocho de zinco com sistemas de espiral que conduzem as rações ou cocho tradicional com caçamba automática. O material utilizado pode variar de madeira, zinco, plástico, tubo PVC cortado ao meio, fibra de vidro, sendo o mais comum madeira e o zinco.
A água de bebida é fornecida por sistemas mais econômicos como o copo e chupeta (niple). A calha de alumínio está ultrapassada. A quantidade de água necessária no sistema de copo ou chupeta é de 300 ml de água enquanto que no sistema de calha é de 1 litro por ave por dia.
A iluminação é feita com lâmpadas fluorescentes PL de 9 a 11 Watts trazendo economia com relação às utilizadas anteriormente, a lâmpada incandescente de 40W.
As excretas das aves são coletadas frequentemente nos sistemas de criação em bateria, e retirado através de esteiras dispostas sob as gaiolas. Em sistemas onde as gaiolas ficam dispostas ao longo do galpão em dois andares em linha, costuma-se utilizar ripados sob as gaiolas para facilitar a secagem do esterco e dificultar a proliferação de moscas e exalar odor fétido. O adubo tem mercado valorizado, a sua venda gera renda e emprego. A preocupação com o meio ambiente, a elevação da temperatura deve direcionar as novas mudanças na forma de criar aves.
O método a laser através da energia de um laser e produzido calor suficiente para promover o corte do bico das aves de um dia de idade, sendo que, por volta de 16 semanas, as aves debicadas através deste método possuem os bicos semelhantes ao das aves não debicadas, no entanto, sem a ponta, o que indica que não houve impedimento do crescimento do bico (Rooijen e Van der Haar,1997). Como a maioria dos aparelhos e equipada com um sistema de resfriamento que promove um efeito anestésico no local do bico, espera-se que ela seja mais bem aceita sob o ponto de vista do bem-estar animal.
O método com raios infravermelhos os bicos das aves são submetidos à energia infravermelha de alta densidade e, apos alguns dias, a ponta do bico torna-se flácida e cai apos duas semanas. Durante esse período, as aves alimentam-se normalmente. Este método e considerado preciso por favorecer uma melhor uniformidade da debicagem e por não ocorrer perda de sangue. Esta tecnologia evita o contato direto do bico da ave com as tradicionais laminas aquecidas, estando, portanto, ajustada as normativas internacionais de bem estar animal. No entanto, esta técnica requer o uso de analgésicos durante as duas primeiras semanas para evitar problemas com o consumo de agua, o que aumenta o custo de produção.
A inovação tecnológica em decorrência da difusão e transferência do conhecimento tem um efeito inicial de ganho na competitividade, aumentando a produtividade e reduzindo os custos.
Referências
ARAUJO, MassilonJ. Fundamentos de Agronegócio. 2. ed. São Paulo. Atlas, 2009.
VASCONCELOS. M.C.; Bassi.N.S.S.; Silva.C.L.; Caracterização das tecnologias e inovação na cadeia produtiva do frango de corte no brasil. VII Seminário de pesquisa interdisciplinar.
LEMOS, C. Inovação na Era do conhecimento. Parcerias estratégicas, Brasília,n.8, maio, p.157-179, 2000.
MOTA, R. A institucionalização do paradigma inovação dentro da visão sistêmica e integrada de ciência e tecnologia, Parcerias Estratégicas. Brasília:Centro de Gestão e Estudos Estratégicos: Ministério da Ciência e Tecnologia, v.15,n.31, p. 21-28. jul./dez. 2010.
MEZA, Maria Lúcia F. G. de. O Processo de Inovação Tecnológico: Um Estudode caso da Indústria Avícola Brasileira. Dissertação de Mestrado em Engenharia de Produção. Universidade Federal do Paraná, 1999.
KAKIMO.S.K. Evolução tecnológica na avicultura de postura. XXVIII Encontro nacional de engenharia de produção/RJ, Brasil, 2008.
PEREIRA.L.M.R. Tópicos atuais na produção de suínos e aves.2013
OLIVO, RUBSON. O mundo do frango: cadeia produtiva de carne de frango/Editado por Rubson Olivo. Criciúma, SC: Ed. do autor, 2006.

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