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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ______ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ____________. Glauci, nacionalidade, estado civil, profissão, inscrita no CPF n._______, no RG n.________, Residente e domiciliando na Rua_______, da cidade de _______, por meio de seu advogado e procurador que a esta subscreve (procuração anexa), vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fundamento no Art. 138; Art. 141 inciso III e Art. 145 "caput", do Código Penal, e Art. 30; Art. 40 e Art. 44 do Código de Processo Penal, propor QUEIXA-CRIME Contra, Luzia, nacionalidade, estado civil, profissão, inscrita no CPF n._______, no RG n._______, Residente e domiciliando na Rua_______, na cidade de _______, devido aos fatos e fundamentos que passa a expor: DOS FATOS No dia __/__/__, a querelante ao entrar em sua rede social Facebook observou que a Sra. Luzia publicou afirmações ultrajantes a seu respeito, descrevendo que esta, à frente de uma associação de servidores públicos, apropriou-se de significativa quantia em dinheiro pertencente a tal associação. A querelada fez ainda, menção que a querelante teria adquirido um automóvel novo e realizado uma viajem ao exterior com o valor apropriado ilicitamente da associação. Justificando para tal alegação, que o salário da querelante, que é servidora pública na cidade onde reside não seria suficiente para tais aquisições. Caso tais imputações fossem verídicas estaria configurado o crime de apropriação indébita, descrito no Art. 312 do Código Penal, o que não se aplica. Diante dos fatos, não há dúvida de que a intenção da querelada foi de macular a honra da Sra. Glauci, tendo em vista que utilizou-se do meio onde o alastramento de suas acusações tornam-se irremediáveis e irreversíveis devido a celeridade e a quantidade de pessoas que podem ser atingidas, o que fez sem nenhuma moderação mesmo sem a conhecer suficientemente para obter informações quanto ao seu estado patrimonial e financeiro e tampouco de suas funções na associação, das quais sempre foram exercidas com probidade administrativa, ou seja, integridade, honestidade e retidão. DO DIREITO A Constituição Federal, em seu Art. 5º, inciso IV, prevê a tutela à livre manifestação de pensamento, e também, em seu mesmo Art. 5º, no inciso X, tutela a honra e a imagem das pessoas, que são bens constitucionalmente invioláveis. Logo, com base no princípio da razoabilidade, a tutela à livre manifestação de pensamento não pode se sobressair ao princípio da inviolabilidade da honra e ao princípio da dignidade da pessoa humana, que rege todo um ordenamento jurídico. Portanto, diante dos fatos já expostos, fica claro que a querelada imputou à Sra. Glauci um fato definido em nosso sistema jurídico como crime, onde possuindo ou não a consciência de que tais imputações eram falsas, assumiu os riscos decorrentes da ofensa a integridade moral da querelante. Assim agindo, incorreu a querelada em delito, tipificado no Código Penal Brasileiro como calúnia, exposto no ilustríssimo Art. 138, no qual dispõe: " Art. 138: Caluniar alguém, imputando- lhe falsamente fato definido como crime". Ademais, as imputações foram divulgadas em rede social, que como é sabido, trata-se de um local de fácil e célere propalação, alcançando um número indeterminado de pessoas, inclusive seus amigos e familiares, motivo pelo qual também deverá responder pela causa de aumento de pena elencada no Art. 141, inciso III do Código penal, que descreve: o "Art, 141: As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço se qualquer dos crimes é cometido: III: Na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria". No qual restaria a seguinte tipificação: Art. 138 c/c Art. 141, inciso III do Código Penal. DO REQUERIMENTO Diante o exposto requer o querelante: A) A designação de audiência de conciliação, na forma do Art. 520 do Código de Processo Penal; B) A intimação do Ministério Público para que intervenha no processo penal para os fins do Art. 45 do Código de Processo Penal; C) O recebimento da presente queixa-crime, caso não haja reconciliação entre o Querelante e o Querelado; D) A citação da acusada para responder à acusação e demais termos do processo, ouvidas as testemunhas ao fim arroladas; E) A emissão da certidão de antecedentes criminais da Querelada junto ao Cartório distribuidor; F) A oitiva das testemunhas arroladas ao final; G) O acolhimento da pretensão acusatória para CONDENAR o Querelado às penas previstas no artigo 138 c/c artigo 141, inciso III do Código Penal; H) Por fim, a fixação o valor da indenização devida em razão dos prejuízos causados pelo querelado, conforme autoriza o artigo 387, inciso IV, do Código de Processo Penal. LOCAL E DATA Assinatura do Advogado OAB/_____nº_____ Rol de testemunhal: 1. Nome, qualificação e endereço. 2. Nome, qualificação e endereço. 3. Nome, qualificação e endereço.
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