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POLÍTICA INSTITUCIONAL DE INCENTIVO À INOVAÇÃO 1. APRESENTAÇÃO A presente proposta foi desenvolvida para atender ao objetivo de número 14 do Planejamento Estratégico – 2013-2017, o qual prevê a criação de uma POLÍTICA INSTITUCIONAL DE INCENTIVO À INOVAÇÃO para o IFC. As diretrizes aqui propostas foram elaboradas considerando a especificidade e complexidade da instituição, a Resolução 009/2011/CONSUPER/IFC, a legislação pertinente vigente e a Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. São apresentados a seguir aspectos importantes que embasam a proposta. A Lei 11.892/08, que criou os Institutos Federais, apresenta cinco finalidades voltadas para o desenvolvimento da inovação, são os incisos II, IV, VII, VIII, IX, conforme segue: 1. Para geração e adaptação de soluções técnicas e tecnológicas, o inciso II indica desenvolver a educação profissional e tecnológica como processo educativo e investigativo de geração e adaptação de soluções técnicas e tecnológicas às demandas sociais e peculiaridades regionais. 2. Para consolidação e fortalecimento dos arranjos produtivos, sociais e culturais locais o inciso IV sugere orientar sua oferta formativa em benefício da consolidação e fortalecimento dos arranjos produtivos, sociais e culturais locais, identificados com base no mapeamento das potencialidades de desenvolvimento socioeconômico e cultural no âmbito de atuação do Instituto Federal. 3. Para divulgação científica e tecnológica o inciso VII recomenda desenvolver programas de extensão e de divulgação científica e tecnológica. 4. Para o desenvolvimento da pesquisa o inciso VIII sugere realizar e estimular a pesquisa aplicada, a produção cultural, o empreendedorismo, o cooperativismo e o desenvolvimento científico e tecnológico. 5. No tocante à promoção da produção, do desenvolvimento e da transferência de tecnologias sociais o inciso IX orienta promover a produção, o desenvolvimento e a transferência de tecnologias sociais, notadamente as voltadas à preservação do meio ambiente. Diante do exposto, observa-se na legislação citada, a indicação de uma política de inovação focada no atendimento às demandas locais, onde a pesquisa é orientada para o atendimento das necessidades sociais. Contribuindo desta forma para a composição e consolidação dos arranjos locais, o incremento da produção e o fortalecimento da organização social e identidades culturais de cada região. Já, a Lei da Inovação (Lei 10.973/04), considerada o marco regulatório da inovação no Brasil procura aproximar as Instituições Científicas e Tecnológicas (ICT) das empresas estabelecendo mecanismos de gestão da inovação e atribuindo ao Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) a função de gerir as políticas de inovação. Assim, o foco da Lei é propiciar um ambiente dinâmico, de cooperação entre ICT e setor produtivo, para que o conhecimento produzido nas Instituições se transforme em inovação (processos e/ou produtos) nas empresas, favorecendo o desenvolvimento industrial do país. Neste sentido, as atividades de inovação foram regulamentadas visando a: I. Constituição de ambiente propício às parcerias estratégicas entre as ICT e empresas, atuando principalmente na estruturação de redes e projetos internacionais de pesquisa tecnológica; ações de empreendedorismo tecnológico; e criação de incubadoras e parques tecnológicos. II. Estímulo à participação de ICT no processo de inovação propiciando a celebração de contratos de transferência de tecnologia e de licenciamento de patentes de sua propriedade, prestar serviços de consultoria especializada em atividades desenvolvidas no âmbito do setor produtivo, assim com estimular a participação de seus funcionários em projetos onde a inovação seja o principal foco. Além disto, determina que cada ICT, constitua um NIT próprio ou em associação com outras ICT. III. Incentivo à inovação na empresa por meio da concessão, por parte da União, das ICT e das agências de fomento, de recursos financeiros, humanos, materiais ou de infraestrutura, para atender às empresas nacionais envolvidas em atividades de pesquisa e desenvolvimento. Mediante contratos ou convênios específicos tais recursos serão ajustados entre as partes, considerando ainda as prioridades da política industrial e tecnológica nacional. Em Santa Catarina o estímulo à inovação está regulamentado na Lei 14.328/08, a qual permite a celebração de acordos para desenvolver projetos de inovação tecnológica com instituições públicas e privadas do setor produtivo catarinense. Conforme §1º e §2º do artigo 5º da referida Lei, são competências das Instituições Científicas e Tecnológicas do Estado de Santa Catarina (ICTESC): I – implantar sistemas de suporte à inovação no setor produtivo e de produção e comercialização de criações; II – prestar serviços a instituições públicas ou privadas, compatíveis com suas finalidades e com os objetivos desta Lei, mediante contrapartida; III – resguardar os resultados de suas pesquisas e desenvolvimentos passíveis de proteção pela legislação da propriedade intelectual; e IV – apoiar as Sociedades de Economia Mista, Autarquias e Fundações do Estado no planejamento e implantação de sistemas de suporte à inovação, de proteção ao conhecimento inovador e de produção e comercialização de criações. § 2º Cada ICTESC deverá estabelecer sua política de estímulo à inovação e à proteção dos resultados das pesquisas, observada a legislação federal e estadual. Outro documento importante que balizou as diretrizes aqui propostas foi o Termo de Acordo Metas e Compromissos (TAM) firmado entre a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica e o IFC, em junho de 2010. Na cláusula segunda deste documento, o IFC compromete-se a desenvolver dezenove metas propostas pelo MEC, entre as quais, três são relativas à aplicação de uma política interna que envolva o processo de inovação, quais sejam: Meta 14: Pesquisa e Inovação Apresentação e desenvolvimento de, em média, pelo menos um projeto de pesquisa, inovação e/ou desenvolvimento tecnológico por câmpus, que reúna, preferencialmente professores e alunos de diferentes níveis de formação, em todos os campi, até o início de 2011, e ampliação em pelo menos 10% ao ano dessas atividades em parceria com instituições públicas ou privadas que tenham interface de aplicação com o interesse social. Meta 15: Projetos de Ação Social Apresentação e desenvolvimento de projeto de ação social, em média, de um em cada câmpus, até o início de 2011, e ampliação dessas atividades em pelo menos 10% ao ano, pela implementação de projetos de ações inclusivas e de tecnologias sociais, preferencialmente, para populações e comunidades em situação de risco, atendendo às áreas temáticas de extensão; Meta 16: Núcleo de Inovação Tecnológica Implementação do NIT e programas de estímulo à organização cooperativa que incentivem a pesquisa, inovação e o empreendedorismo; À luz dos documentos citados conclui-se que os Institutos Federais foram criados com o intuito de atuar como agentes colaboradores na estruturação das políticas públicas para a região que polarizam, estabelecendo uma interação junto ao poder público e às comunidades e representações locais e regionais, significando maior articulação com os arranjos produtivos sociais e culturais locais. Assim, o presente documento foi elaborado com a responsabilidade de se tornar um mecanismo de indução do desenvolvimento acadêmico e social. Desenvolvimento este, pautado no compromisso de preservar o equilíbrio entre as diversas áreas do conhecimento e a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Com as diretrizes aqui propostas, pretende-se criar estímulos e apoio institucionalà transferência de tecnologia, bem como, o aumento de oportunidades de atuação dos servidores e alunos no campo da ciência, tecnologia e inovação. 2. POLÍTICA INSTITUCIONAL DE INCENTIVO À INOVAÇÃO Este documento se refere aos princípios e orientações a serem observados no âmbito do IFC por todos os integrantes de sua comunidade e por todas as instâncias de sua administração. Sua formulação leva em consideração as especificidades das instituições de ensino técnico e tecnológico em geral, e do IFC em particular, e seu compromisso com o ensino, a produção e a difusão do conhecimento. 2.1 Princípios Consistentes com a missão, valores e normas institucionais, a POLÍTICA DE INCENTIVO À INOVAÇÃO, alinha o IFC ao marco legal nacional sobre propriedade intelectual e às Leis de Inovação Federal e Catarinense, orientando-se pelos seguintes princípios: I. Contribuir para a criação de um ambiente favorável à geração de novos conhecimentos e a sua transferência para a sociedade, em consonância com a missão de proporcionar educação profissional atuando em ensino, pesquisa e extensão, e o compromisso com a formação cidadã, a inclusão social e o desenvolvimento regional. II. Promover a proteção da Propriedade Intelectual de modo que sua utilização gere benefícios à sociedade por meio do desenvolvimento da relação do IFC com os setores público e empresarial, entre outros. III. Garantir que medidas de proteção legal e sigilo da Propriedade Intelectual sejam tomadas proporcionando a adequada retribuição ao IFC e aos seus pesquisadores pela exploração de inovações. IV. Assegurar que as atividades de pesquisa em parceria ou colaboração com terceiros sejam previamente formalizadas por instrumentos jurídicos adequados, nos quais a Propriedade Intelectual do IFC esteja protegida. V. Contribuir com o ensino, a pesquisa e a extensão na geração e difusão de conhecimento, na inovação e na consequente transferência da tecnologia para a sociedade, buscando sempre o maior benefício social. VI. Estimular a popularização e o uso do conhecimento para a melhoria das condições de vida da comunidade local, preferencialmente, as em situação de risco. VII. Ampliar a interação com organizações públicas e privadas, voltadas ao desenvolvimento científico, tecnológico e na promoção da inovação, através da realização de pesquisa colaborativa e multidisciplinar. VIII. Facilitar o processo de inovação, tendo sempre em consideração a legislação vigente, os valores, a missão e os objetivos institucionais do IFC. 3. DIRETRIZES A inovação é o resultado do desenvolvimento de soluções para as necessidades da sociedade, assim, os Arranjos Produtivos Locais (APL) são os fatores motivadores que impulsionam as pesquisas e as ações de extensão no IFC. Neste processo, a inovação tecnológica está relacionada essencialmente à criação ou melhoria de um produto, processo ou forma de organização com uma motivação essencialmente comercial. Por outro lado, a inovação social busca criar instrumentos para lutar por novos arranjos sociais, nesse caso, a inovação não mais tem o mercado como guia e sim as demandas sociais. Ambos os tipos de inovação, seja tecnológica ou social, tem a mesma premissa, a criação de algo novo para atingir a um objetivo. A presente POLÍTICA INSTITUCIONAL DE INCENTIVO À INOVAÇÃO têm por objetivo estimular as condições para o aparecimento do fenômeno da inovação, para tanto, propõe diretrizes para três distintas dimensões: empreendedorismo, proteção da propriedade intelectual e transferência do conhecimento em forma de produto ou processo. 3.1 Empreendedorismo O empreendedorismo é um fator crítico de sucesso para a inovação, entretanto, empreendedorismo e inovação não existem sem conhecimento, o principal insumo da inovação é o conhecimento. Tripé da inovação Fonte: Cavalcanti e Gomes (2001, p. 56). O IFC como um espaço em que o conhecimento norteia todas as suas ações, cumpre seu papel na contribuição para a formação de empreendedores inovadores e na criação de instrumentos que fortaleçam a cooperação e integração com os demais agentes – Empresa e Governo. Várias são as ações que auxiliam neste processo, desde a criação de disciplinas voltadas ao desenvolvimento do pensamento empreendedor e inovador, como o incentivo à criação de empresas juniores, incubadoras de empresas e parcerias envolvendo os docentes, discentes e o setor produtivo. Sendo assim, para estimular o desenvolvimento tecnológico o IFC: a) incentiva parcerias com empresas públicas e privadas para execução de projetos voltados à inovação; b) apoia a realização de projetos de P&D, especialmente pesquisa aplicada, orientada pelos APL; c) interage com a sociedade oferecendo prestação de serviços tecnológicos como forma de transferir o conhecimento desenvolvido na instituição; d) busca prospecção de recursos externos a fim de ampliar e dar estabilidade ao financiamento das atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação; e) incentiva parcerias com pré-incubadoras e incubadoras de empresas com o objetivo de transformar ideias em produto/processo com potencial de mercado; f) apoia iniciativas para criação de empresas juniores como um espaço para a preparação de novos empreendedores; g) estimula o empreendedorismo como atividade acadêmica institucionalizada, visto que articula ensino, pesquisa e extensão. h) apoia ações que visem a aproximação do IFC com o setor produtivo. i) incentiva parcerias com organizações internacionais para execução de projetos/ações voltados à inovação. 3.2 Propriedade intelectual A proteção à propriedade intelectual assegura o direito sobre o conhecimento gerado na instituição e traduz a informação ou o conhecimento incorporado a produtos, serviços ou processos. Dimensões da Propriedade Intelectual Fonte: JUNGMANN e BONETTI, 2010, p. 20. A propriedade intelectual é um ativo intangível do IFC, resultado da interação entre ensino, pesquisa e extensão. Para garantir a proteção do conhecimento gerado, a presente POLÍTICA INSTITUCIONAL DE INCENTIVO À INOVAÇÃO estabelece orientações a serem observadas no âmbito do IFC: a) O IFC detém exclusivamente a propriedade intelectual de todas as criações desenvolvidas em atividades acadêmicas (de ensino, de pesquisa e de extensão), podendo ser reconhecidos os direitos de terceiros. b) A gestão da propriedade intelectual desenvolvida no IFC é de responsabilidade do NIT, conforme Lei 10.973/04. c) A divulgação de informações relacionadas com as atividades acadêmicas (projetos de pesquisa, extensão ou outros) não pode prejudicar a eventual obtenção de proteção da propriedade intelectual sobre os conhecimentos gerados. d) Todos os envolvidos em atividades de ensino, pesquisa e extensão são responsáveis por verificar se a execução de tais atividades produz ou poderá produzir resultado potencialmente objeto de propriedade intelectual. e) O NIT deverá ser informado sempre que a atividade acadêmica apresentar potencial de propriedade intelectual. f) Todos os envolvidos em atividades que gerem resultados passíveis de propriedade intelectual deverão manter sigilo e confidencialidade quanto a resultados, processos, documentos, informações e demais dados de que tenham ciência. g) Os direitos de propriedade das criações literárias, artísticas e pedagógicas pertencem aos autores. Livros e artigos acadêmicos, teses, dissertações e trabalhos similares tem os direitos assegurados aos autores. h) As pesquisas realizadas em parceria com outras instituições públicas ou privadas terão os direitos à propriedade intelectual estabelecidos em instrumento jurídico firmado. i) Nos casos em que os resultados forem obtidos emparceria com instituições públicas ou privadas a titularidade dos direitos de PI poderá ser compartilhada na proporção equivalente ao montante do valor agregado do conhecimento já existente no início da parceria e dos recursos humanos, financeiros e materiais alocados pelas partes. j) Os contratos e convênios que envolvam desenvolvimento passível de proteção à propriedade intelectual deverão conter cláusulas de sigilo que assegurem os critérios de originalidade necessários à obtenção de direitos de propriedade intelectual. 3.3 Transferência de tecnologia As pesquisas realizadas no IFC consolidam-se como vetores do desenvolvimento científico e tecnológico, podendo resultar em inovação tecnológica ou tecnologias sociais. A transferência de tecnologia pode se dar por: comercialização de tecnologias, ações de transferência de soluções técnicas e tecnológicas aos APL, prestação de serviços tecnológicos, e será orientada pelos objetivos de facilitar a transformação da criação em inovação. a) A propriedade intelectual do IFC poderá ser comercializada por meio do licenciamento ou da cessão dos direitos de propriedade intelectual. b) O licenciamento da propriedade intelectual do IFC será feito preferencialmente de forma não exclusiva. c) Os rendimentos obtidos da exploração econômica das criações e de transferência de tecnologia, sob a forma de cessão de direitos, royalties, lucros de exploração direta ou indireta, participação regulada por contratos, convênios, ajustes e instrumentos congêneres, a qualquer título, obedecerão às proporções indicadas na regulamentação do NIT. d) O IFC poderá obter o direito de uso ou de exploração de criação protegida, mediante parecer favorável do NIT e do órgão jurídico que o representa, sendo imprescindível a elaboração de instrumento contratual para esse fim. e) As atividades de prestação de serviços tecnológicos do IFC devem atender às necessidades de entidades públicas ou privadas, transferindo à sociedade o conhecimento gerado e/ou a capacidade instalada e disponível na instituição. f) As ações de incentivo à inovação do IFC terão como foco, preferencialmente, o desenvolvimento de tecnologias sociais, voltadas ao desenvolvimento dos Arranjos Produtivos Sociais Culturais e Locais. g) Todas as iniciativas de P&D estão alinhadas a esta POLÍTICA INSTITUCIONAL DE INCENTIVO À INOVAÇÃO. h) A transferência do conhecimento não amparadas por direitos de propriedade industrial pode se dar por meio de treinamento e capacitação tecnológica, tanto para a comunidade interna e externa. 4. O PAPEL DO NIT O desenvolvimento científico e tecnológico é consequência do processo educativo e investigativo da instituição, logo, o NIT tem como objetivo principal o incentivo a este desenvolvimento, suas ações devem estar organizadas para criar um ambiente propício para a geração de inovação. Seu papel é fomentar e mediar as relações com o setor produtivo e governo, estimulando as atividades empreendedoras e de inovação, gerindo de maneira produtiva as tecnologias criadas dentro do IFC. Assim, o NIT se estabelecer como um canal institucional que visa formalizar e potencializar estas relações. NIT: mediação entre atores do processo de inovação Fonte: Pedroza e Diniz (2015) O NIT será responsável pela implementação da POLÍTICA INSTITUCIONAL DE INCENTIVO À INOVAÇÃO, com as atribuições de: I. desenvolver e gerir políticas de proteção à propriedade intelectual, de licenciamento de tecnologias e inovação; II. avaliar e classificar os resultados decorrentes de atividades e projetos de pesquisa da instituição, assim como de inventor independente; III. promover e acompanhar o processo de proteção da propriedade intelectual e o seu licenciamento; IV. opinar quanto à conveniência de divulgação das criações desenvolvidas na Instituição, passíveis de proteção intelectual; V. acompanhar e zelar pela manutenção e defesa dos títulos de Propriedade Intelectual da Instituição; VI. avaliar acordos, contratos ou convênios a serem firmados entre o IFC e instituições públicas ou privadas, que tenham relação direta com o processo de inovação tecnológica; VII. promover as ações de transferência de tecnologia e licenciamento mediante celebração de instrumentos contratuais, com a aprovação do reitor. VIII. inserir o IFC no âmbito dos sistemas de inovação, representando-o junto às entidades regionais e nacionais, redes e colegiados com atuação na área de inovação, empreendedorismo e propriedade intelectual; IX. criar mecanismos de difusão de conhecimentos e transferência de tecnologias para empresas e instituições privadas e públicas; X. estimular o alinhamento das competências internas do IFC às demandas da sociedade e do setor produtivo, de forma a contribuir para o desenvolvimento social, econômico e cultural da região. XI. apoiar projetos de empreendedorismo tecnológico e ações nas áreas de incubação de empresas e empresas juniores, no âmbito do IFC. XII. atuar na disseminação da cultura da inovação e da propriedade intelectual. GLOSSÁRIO Arranjos Produtivos Locais (APL) São conjuntos de atores econômicos, políticos e sociais, localizados em um mesmo território, desenvolvendo atividades econômicas correlatas. Criação Invenção, modelo de utilidade, desenho industrial, programa de computador, topografia de circuito integrado, nova cultivar ou cultivar essencialmente derivada e qualquer outro desenvolvimento tecnológico que acarrete ou possa acarretar o surgimento de novo produto, processo ou aperfeiçoamento incremental, obtida por um ou mais criadores. Inovação Introdução de novidade ou aperfeiçoamento no ambiente produtivo ou social que resulte em novos produtos, processos ou serviços. Inovação tecnológica Criação e implantação de produtos e processos tecnologicamente novos e significativas melhorias tecnológicas em produtos e processos. A inovação é considerada implantada se tiver sido introduzida no mercado (inovação de produto) ou usada no processo de produção (inovação de processo) (OCDE, 1997). Instituição Científica e Tecnológica (ICT) Órgão ou entidade da administração pública que tenha por missão institucional, dentre outras, executar atividades de pesquisa básica ou aplicada de caráter científico ou tecnológico (BRASIL, 2004). Inventor independente Pessoa física, não-ocupante de cargo ou emprego público, que seja inventor, obtentor ou autor de criação. Núcleo de inovação tecnológica Núcleo ou órgão constituído por uma ou mais ICT com a finalidade de gerir sua política de inovação. Resolução 009/2011 CONSUPER/IFC Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) Refere-se aos trabalhos de criação empreendidos de modo sistemático com o objetivo de aumentar a soma de conhecimentos, incluindo-se o conhecimento do homem, da cultura e da sociedade, bem como o uso desse conhecimento para novas aplicações. Abrange três áreas: pesquisa básica, pesquisa aplicada e desenvolvimento experimental. Pesquisa Aplicada Tem por objetivo contribuir para fins práticos, solucionar problemas concretos, buscando transformar em ação concreta os resultados do trabalho (CERVO e BERVIAN, 2006; KERLINGER, 1980) Seu propósito é entender a natureza e a fonte dos problemas humanos e tem como foco as questões consideradas importantes pela sociedade (PATTON, 1990). Processo, bem ou serviço inovador Resultado de aplicação substancial de conhecimentos científicos e tecnológicos, demonstrando um diferencial competitivo no mercado ou significativo benefício social. Propriedade intelectual Soma dos direitos relativos às obras literárias,artísticas e científicas, às interpretações dos artistas intérpretes e às execuções dos artistas executantes, aos fonogramas e às emissões de radiodifusão, às invenções em todos os domínios da atividade humana, às descobertas científicas, aos desenhos e modelos industriais, às marcas industriais, comerciais e de serviço, bem como às firmas comerciais e denominações comercias, à proteção contra a concorrência desleal e todos os outros direitos inerentes à atividade intelectual nos domínios industrial, científico, literário e artístico” (JUNGMANN E BONETTI, 2010, p. 31). Serviços tecnológicos Toda atividade complementar às funções de ensino, pesquisa e extensão solicitadas por entidades públicas ou privadas, por meio de convênios de cooperação, contratos institucionais ou por oferta do IFC em atendimento à demanda social. As atividades devem envolver preferencialmente, ações destinadas à criação, à inovação e/ou à melhoria de processos e produtos ou ao desenvolvimento de conhecimentos e informações sobre os mesmos ou ainda, voltada à inovação e a pesquisa científica no ambiente produtivo. Esses serviços são prestados por servidores, podendo haver participação de alunos. RESOLUÇÃO Nº 064 – CONSUPER/2014 Tecnologia Social ou Inovação Social Atividades e serviços inovadores que são motivadas para atender uma necessidade social e que são desenvolvidas e difundidas por organizações com fins sociais (MULGAN et al, 2007). Ainda que atuem nas áreas de sustentabilidade, acessibilidade e inclusão social. buscam desenvolver soluções para os problemas sociais na interação dos atores do conhecimento científico e tecnológico com as comunidades, levando em conta seu contexto cultural local, tradições, arranjos organizacionais, saberes populares e o potencial natural e econômico da região. Treinamento e capacitação tecnológica Atividade cujo principal objetivo é transmitir conhecimentos na área tecnológica, compreendendo a formação de recursos humanos, como: cursos de curta duração; promoção de eventos (palestras, encontros, seminários); entre outros. REFERÊNCIAS BRASIL. LEI N. 10.973, DE 2 DE DEZEMBRO DE 2004. dispõe sobre incentivos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/civil_ 03/_ato2004-2006/2004/lei/l10.973.htm>. Acesso em: 20/02/2015. CAVALCANTI, M.;GOMES, E. Inteligência empresarial: um novo modelo de gestão para a nova economia. Production, São Paulo, vol.10 no.2 Jul/Dec. 2001 CERVO, A. L. Bervian, P. A. Metodologia Científica. 5 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. DINIZ, A.; PEDROZA, C. Grandes responsáveis pela implantação da cultura de valorização de patentes no Brasil, os NIT’s podem ser uma ponte segura entre universidade e mercado. Disponível em: http://www.mosaico.com.br/?canal=1&pg=show_noticias_informativa&in=209&path=Noticias. Acesso em: 20/02/2015. JUNGMANN, D. M.; BONETTI, E. A. Inovação e propriedade intelectual: guia para o docente. Brasília: SENAI, 2010 KERLINGER, Fred N. Metodologia da pesquisa em ciências sociais; um tratamento conceitual. São Paulo: EPU/EDUSP, 1980. MULGAN, G., et al. Social Innovation: What it is, why it matters and how it can be accelerated. Skoll Centre for Social Entrepreneurship Working Paper, 2007. OCDE – Organização para a cooperação e o Desenvolvimento Econômico. Manual de Oslo: diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação. 3. ed. Rio de Janeiro: OCDE, EUROSTAT, FINEP, 1997 _____. Frascati Manual: Proposed Standard Practice for Surveys on Research and Experimental Development. Paris: OCDE Publication Service, 2002. PATTON, M. Q., 1990, Qualitative Evaluation and Research Methods, Sage Publications, Inc. Newbury Park: London, 2nd ed.
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