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1 
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Gramática – Morfologia – Estrutura e Formação de Palavras – Fácil [20 
Questões] 
 
01 - (INTEGRADO RJ) 
O que se indica nos parênteses NÃO está correto na opção: 
a) bordado (vogal temática). 
b) esforço-me (desinência número-pessoal). 
c) desenrolando (característica de gerúndio). 
d) imperceptível (derivado parassintético). 
e) meia-idade (composto por justaposição). 
 
02 - (UFCG PB) 
Considerando os processos de formação das palavras sublinhadas e as relações de sentido 
que elas podem gerar, julgue verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmações abaixo. 
I. Mergulhar os dentes numa solução contendo cálcio, fosfato e cloreto de potássio 
estimula a sua remineralização. A palavra formada por derivação sufixal indica o 
resultado da reconstrução do dente. 
II. Elas seguem a tendência que os analistas chamam de desmetropolização. O neologismo 
é motivado pela derivação prefixal e sufixal e indica diminuição do crescimento das 
grandes cidades. 
III. Esses aparelhos são baseados em reações químicas envolvendo o álcool etílico, presente 
na baforada e um reagente, por isso o nome técnico desses aparelhos é etilômetro. A 
palavra é formada pelo processo de composição e se refere à medição, por reações 
químicas, do teor de álcool etílico no sopro de quem bebeu. 
IV. O caos no trânsito piora, porque o governo não investiu o suficiente em ônibus e metrô. 
A palavra é formada por derivação regressiva, nomeando o transporte das metrópoles. 
 
A seqüência correta é: 
a) FVVF. 
b) FVFV. 
c) VVVF. 
d) FFVF. 
e) VFVV. 
 
03 - (Mackenzie SP) 
Seu metaléxico 
 
 
2 
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economiopia 
desenvolvimentir 
utopiada 
consumidoidos 
patriotários 
suicidadãos 
José Paulo Paes 
 
A palavra economiopia segue o mesmo modelo de formação lexical presente em: 
a) “aguardente”. 
b) “pé-de-moleque”. 
c) “passatempo”. 
d) “minissaia”. 
e) “antidemocrático”. 
 
04 - (UNIFOR CE) 
A série em que os vocábulos são formados pelo mesmo processo é: 
a) enciclopédia - historietas - heróis 
b) página - panorama - acordados 
c) cachecol - restaurante - conhecimento 
d) memória - certeza - realidade 
e) inseparáveis - desconhecidos - desparafusando 
 
05 - (UNIFOR CE) 
O prefixo de origem grega que se encontra na palavra metamorfose tem seu 
correspondente, de origem latina, com o mesmo sentido em: 
a) revolver. 
b) envelhecer. 
c) transformação. 
d) despregada. 
e) ignorada. 
 
06 - (UNIFOA MG) 
Sobre as palavras destacadas, assinale a alternativa correta: 
a) A palavra jantar sofreu processo de derivação imprópria. 
b) A palavra guisadinho sofreu processo de derivação prefixal. 
 
 
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c) A palavra duplicidade sofreu processo de derivação prefixal e sufixal. 
d) A palavra infiltrado é primitiva. 
e) A palavra televisão é derivada. 
 
07 - (Mackenzie SP) 
Assinale a alternativa correta. 
a) Cinemateca È exemplo de vocábulo formado por composição em que o segundo 
elemento é um radical grego que significa “lugar onde se guarda”. 
b) A frase “Cinematecas, que preservam e difundem a cultura cinematográfica, não 
devem ser confundidas com instituições saudosistas” mantém o sentido original, se 
forem retiradas as vírgulas. 
c) A concordância verbal está correta em: “Antes da Cinemateca não haviam lugares 
próprios para a restauração de filmes”. 
d) A frase Embora o acervo cinematográfico tenha sido vítima de incêndios tem sentido 
equivalente a “Já que incêndios costumavam vitimar o acervo cinematográfico”. 
e) O segmento Membro efetivo da Fédération Internacionale des Archives du Film desde 
1949 exerce a mesma função sintática do termo grifado em “Jovens estudantes, 
procurem conhecer a Cinemateca.” 
 
08 - (Mackenzie SP) 
Assinale a afirmativa correta. 
a) As palavras alaúde e “túnel” recebem acento gráfico pela mesma razão. 
b) Nas palavras trovador e asperamente, observa-se processo de derivação sufixal. 
c) No último verso, tangendo um alaúde equivale a uma oração adverbial condicional se 
tange um alaúde. 
d) As reticências usadas no texto têm a função de evidenciar o tom irônico do poema. 
e) Em arlequinal e “cafezal”, o sufixo “al” tem o mesmo sentido. 
 
09 - (UFSM RS) 
Certas palavras, como "possível" , apresentam o sufixo "-vel" e, ao receberem um novo 
sufixo, têm "-vel" substituído por "bil". Isso ocorre em todos os casos a seguir, à EXCEÇÃO 
de 
a) amabilidade. 
b) habilidade. 
c) mobilidade. 
d) miserabilidade. 
e) vulnerabilidade 
 
 
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10 - (FEI SP) 
Em "É IMPOSSÍVEL esquecer as profecias de Aldous Huxley em seu 'Admirável Mundo 
Novo'", o termo em destaque foi formado por qual dos processos de formação das 
palavras: 
a) derivação prefixal 
b) derivação regressiva 
c) derivação parassintética 
d) derivação sufixal 
e) derivação imprópria 
 
11 - (FGV ) 
Assinale a alternativa em que se observe o mesmo processo de formação de palavras que 
ocorre em EMPOBRECER. 
a) Apogeu. 
b) Apelar. 
c) Circular. 
d) Crucifixo. 
e) Apedrejar. 
 
12 - (PUC SP) 
Está presente, no texto, o processo de formação de palavras por derivação imprópria. 
Assinale a alternativa em que ocorre tal processo. 
a) A ética, como morada humana, não é algo pronto e constituído de uma só vez. 
b) O ser humano está sempre tornando habitável a casa que constituiu para si. 
c) ... tudo aquilo que ajuda a tornar melhor o ambiente. 
d) Na ética, há o permanente e o mutável. 
e) A casa, nos seus mais diferentes estilos, deverá ser habitável. 
 
13 - (UEL PR) 
O vocábulo PRÉ-HISTÓRIA é formado por 
a) derivação prefixal, somente. 
b) derivação sufixal, somente. 
c) derivação prefixal e sufixal. 
d) composição por justaposição. 
e) composição por aglutinação. 
 
 
 
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14 - (UFRRJ) 
O prefixo da palavra em destaque na oração "ao TRANSPOR a porta para a rua..." tem, 
respectivamente, o significado de 
a) movimento através de. 
b) movimento em torno. 
c) posição além do limite. 
d) movimento para além de. 
e) movimento intermitente. 
 
TEXTO: 1 - Comum à questão: 15 
 
 
UM SONHO DE SIMPLICIDADE 
 
Então, de repente, no meio dessa desarrumação feroz da vida urbana, dá na gente um 
sonho de simplicidade. Será um sonho vão? Detenho-me um instante, entre duas 
providências a tomar, para me fazer essa pergunta. Por que fumar tantos cigarros? Eles não 
me dão prazer algum; apenas me fazem falta. São uma necessidade que inventei. Por que 
beber uísque, por que procurar a voz de mulher na penumbra ou os amigos no bar para 
dizer coisas vãs, brilhar um pouco, saber intrigas? 
Uma vez, entrando numa loja para comprar uma gravata, tive de repente um ataque de 
pudor, me surpreendendo assim, a escolher um pano colorido para amarrar ao pescoço. 
A vida bem poderia ser mais simples. Precisamos de uma casa, comida simples, mulher, 
quê mais? Que se possa andar limpo e não ter fome, nem sede, nem frio. Para que beber 
tanta coisa gelada? Antes eu tomava a água fresca da talha, e a água era boa. E quando 
precisava de um pouco de evasão, meu trago de cachaça. 
Que restaurante ou boate me deu o prazer que tive na choupana daquele velho caboclo 
do Acre? A gente tinha ido pescar no rio, de noite. Puxamos a rede afundando os pés na 
lama, na noite escura, e isso era bom. Quando ficamos bem cansados, meio molhados, com 
frio, subimos a barraca, no meio do mato e, chegamos à choça de um velho seringueiro.Ele 
acendeu um fogo, esquentamos um pouco junto do fogo, depois me deitei, numa grande 
rede branca - foi um carinho ao longo de todos os músculos cansados. E então ele me deu 
um pedaço de peixe moqueado e meia caneca de cachaça. Que prazer em comer aquele 
peixe, que calor bom em tomar aquela cachaça e ficar algum tempo a conversar, entre 
grilos e vozes distantes de animais noturnos. 
Seria possível deixar essa eterna inquietação das madrugadas urbanas, inaugurar de 
repente uma vida de acordar bem cedo? Outro dia vi uma linda mulher, e senti um 
 
 
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entusiasmo grande, uma vontade de conhecer mais aquela bela estrangeira: conversamos 
muito, essa primeira conversa longa em que a gente vai jogando um baralho meio 
marcado, e anda devagar, como a patrulha que faz um reconhecimento. Mas para quê, essa 
eterna curiosidade, essa fome de outros corpos e outras almas? 
Mas para instaurar uma vida mais simples e sábia, então seria preciso ganhar a vida de 
outro jeito, não assim, nesse comércio de pequenas pilhas de palavras, esse ofício absurdo 
e vão de dizer coisas, dizer coisas... Seria preciso fazer algo de sólido e de singelo; tirar areia 
do rio, cortar lenha, lavrar a terra, algo de útil e concreto, que me fatigasse o corpo, mas 
deixasse a alma sossegada e limpa. 
Todo mundo, com certeza, tem de repente um sonho assim. É apenas um instante. O 
telefone toca. Um momento! Tiramos um lápis do bolso para tomar nota de um nome, um 
número... Para que tomar nota? Não precisamos tomar nota de nada, precisamos apenas 
viver - sem nome, nem número, fortes, doces, distraídos, bons, como os bois, as 
mangueiras e o ribeirão. 
(BRAGA, Rubem. In: 200 crônicas escolhidas, 3 ed. Rio de Janeiro: Record, 1979. p.262-3.) 
 
15 - (USS RJ) 
Está INCORRETO o sentido do sufixo na seguinte alternativa: 
a) ...”urbana”... (L. 2): sufixo - ANA  origem, procedência. 
b) ...”colorido”... (L. 15): sufixo - IDO  resultado de ação. 
c) ...”seringueiro”... (L. 31): sufixo - EIRO  ocupação, ofício, profissão. 
d) ...”moqueado”... (L. 35): sufixo - ADO  resultado de ação. 
e) ...”reconhecimento”... (L. 48): sufixo - MENTO  noção de aumento. 
 
TEXTO: 2 - Comum à questão: 16 
 
 
Morte e Vida Severina 
 
O meu nome é Severino 
não tenho outro de pia. 
Como há muitos Severinos 
que é santo de romaria, 
deram então de me chamar 
Severino de Maria; 
Como há muitos Severinos 
com mães chamadas Maria, 
 
 
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fiquei sendo o da Maria 
do finado Zacarias. 
Mas isso ainda diz pouco: 
há muitos na freguesia, 
por causa de um coronel 
que se chamou Zacarias 
e que foi o mais antigo 
senhor desta sesmaria. 
Como então dizer quem fala 
ora a Vossas Senhorias? 
Vejamos: é o Severino 
da Maria do Zacarias, 
lá da serra da Costela, 
limites da Paraíba. 
Mas isso ainda diz pouco: 
se ao menos mais cinco havia 
com nome de Severino 
filhos de tantas Marias 
mulheres de outros tantos, 
já finados Zacarias, 
vivendo na mesma serra 
magra e ossuda em que eu vivia. 
Somos muitos Severinos 
iguais em tudo na vida: 
na mesma cabeça grande 
que a custo se equilibra, 
no mesmo ventre crescido 
sobre as mesmas pernas finas, 
e iguais também porque o sangue 
que usamos tem pouca tinta. 
E se somos Severinos 
iguais em tudo na vida, 
morremos de morte igual, 
mesma morte Severina: 
que é a morte de que se morre 
de velhice antes dos trinta, 
de emboscada antes dos vinte, 
 
 
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de fome um pouco por dia 
(de fraqueza e de doença é que a morte severina ataca em qualquer idade, e até gente não 
nascida). 
Somos muitos Severinos 
Iguais em tudo e na sina: 
a de abrandar estas pedras 
suando-se muito em cima, 
a de tentar despertar 
terra sempre mais extinta, 
a de querer arrancar 
algum roçado da cinza. 
Mas, para que me conheçam 
melhor Vossas Senhorias 
e melhor possam seguir 
a história da minha vida, 
passo a ser o Severino 
que em vossa presença emigra. 
(João Cabral M. Neto – Morte e Vida Severina – Ed. Nova. Fronteira – 1997 – adaptado) 
 
16 - (UNIFOA MG) 
Todas as palavras abaixo possuem um sufixo, exceto: 
a) sangue 
b) freguesia 
c) havia 
d) crescido 
e) velhice 
 
TEXTO: 3 - Comum à questão: 17 
 
 
 Na memorável regência da princesa Isabel, sua caneta de ouro assinalou fatos 
marcantes na história do país, como é do conhecimento geral. Um episódio, porém, viria a 
criar um certo embaraço ao uso de tão celebrado instrumento: é que a Câmara Municipal 
resolvera criar uns novos “mijadouros públicos”, palavras consideradas impróprias para 
figurar em documento a ser levado ao conhecimento público subscrito por sua alteza 
imperial. 
 
 
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 Seria, porém, um contra-senso privar a população dessa comodidade e a cidade desse 
valioso equipamento por um problema de lexicografia. Criou-se, então, um novo vocábulo, 
como vai registrado no Dicionário etimológico da língua portuguesa, de Antenor Nascentes: 
“Mictório. Neologismo criado quando a princesa imperial regente, D. Isabel, teve de 
sancionar uma postura da Ilustríssima Câmara Municipal acerca de mijadouros públicos. 
Figueiredo tira do lat. mictoriu, que aliás é um adjetivo com o sentido de diurético”. 
Benedito Lima de Toledo, O Estado de São Paulo 
 
 
17 - (Mackenzie SP) 
O trecho destacado em Figueiredo tira do lat. mictoriu, que aliás é um adjetivo com o 
sentido de diurético pode ser entendido como: 
a) crítica explícita aos conhecimentos lingüísticos de Figueiredo, que desconhecia o 
significado de mijadouro e a classe de palavras a que pertencia. 
b) referência sutil à imprecisão do neologismo criado, que não seria um nome para 
lugares, mas um adjetivo. 
c) elogio enfático à boa seleção do termo junto ao latim, já que a palavra antiga e o 
neologismo têm o mesmo sentido e a mesma classificação morfológica. 
d) discreto acréscimo relativo à significação da palavra, que, além de mijadouro, passou a 
significar diurético em português. 
e) menção indireta e ambígüa à classe gramatical em que se insere a palavra mictório em 
português. 
 
TEXTO: 4 - Comum à questão: 18 
 
 
-“Vosmecê me faça a boa obra de querer me ensinar o que é mesmo que é: 
fasmisgerado… faz-me gerado… falmisgeraldo… familhas-gerado…? Disse, de golpe, trazia 
entre dentes aquela frase. Soara com riso seco. Mas, o gesto, que se seguiu, imperava-se de 
toda a rudez primitiva, de sua presença dilatada. Detinha minha resposta, não queria que 
eu a desse de imediato. E já aí outro susto vertiginoso suspendia-me: alguém podia ter feito 
intriga, invencionice de atribuir-me a palavra de ofensa àquele homem; que muito, pois, 
que aqui ele se fanabasse, vindo para exigir-me, rosto a rosto, o fatal, a vexatória 
satisfação? 
-“Saiba vosmecê que saí ind’hoje da Serra, que vim, sem parar, essas seis léguas, 
expresso direto pra mor de lhe perguntar a pregunta, pelo claro…” 
Se sério, se era. Transiu-se-me. 
 
 
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-“Lá, e por estes meios de caminho, tem nenhum ninguém ciente, nem têm o legítimo – 
o livro que aprende as palavras… É gente pra informação torta, por se fingirem de menos 
ignorâncias… Só se o padre, no São Ão, capaz, mas com padres não me dou: eles logo 
engambelam… A bem. Agora, se me faz mercê, vosmecê me fala, no pau da peroba, no 
aperfeiçoado: o que é que é, o que já lhe preguntei?” 
Se simples. Se digo. Transfoi-se-me. Esses trizes: 
-Famigerado? 
-“Sim senhor” … “-e, alto,repetiu, vezes, o termo, enfim nos vermelhões da raiva, sua 
voz fora de foco. E já me olhava, interpelador, intimativo – apertava-me. Tinha eu que 
descobrir a cara. – Famigerado? Habitei preâmbulos. Bem que eu me carecia noutro 
interim, em indúcias. Como por socorro, espiei os três outros, em seus cavalos, intugidos 
até então, mumumudos. Mas, Damázio: 
-“Vosmecê declare. Estes aí são de nada não. São da Serra. Só vieram comigo, pra 
testemunho…” Só tinha de desentalar-me. O homem queria estrito o caroço: o verivérbio. – 
Famigerado é enôxio, é: “célebre”, “notório”, “notável”… 
*…+ 
-Famigerado? Bem. É: “importante”, que merece louvor, respeito… 
-“Vosmecê agarante, pra a paz dass mães, mão na escritura?” 
Se certo! Era para se empenhar a barba. Do que o diabo, então eu sincero disse: 
- Olhe: eu, como o senhor me vê, com vantagens, hum, o que eu queria ma hora destas 
era ser famigerado – bem famigerado, o mais que pudesse!… 
-“Ah! Bem!…” –soltou, exultante. 
(ROSA, Guimarães. O Famigerado. In: __, Primeiras Estérias.) 
 
18 - (CEFET RJ) 
No texto, em “Como por socorro, espiei os três outros, em seus cavalos, intugidos até 
então, mimimidos.” (linhas 22 e 23), a palavra destacada é um: 
a) neologismo, obtido pela repetição de um elemento morfológico, agregado à base um 
novo sentido, em relação icônica com o determinado. 
b) arcaísmo, criação de intensa produtividade neste tipo de texto em que predomina a 
informalidade. 
c) neologismo, o que prova que os falantes da língua portuguesa, principalmente os 
sertanejos, são conservadores. 
d) arcaísmo, de relevante valor expressivo, muito usado pelo autor para mostrar a força 
inovadora da língua portuguesa. 
e) arcaísmo, uso típico da região sertaneja, que se caracteriza pela facilidade de invenção 
de palavras novas. 
 
 
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TEXTO: 5 - Comum à questão: 19 
 
 
Texto I 
O Coronel e o Lobisomem 
 
1 – Que faniquito é esse? Respeite a patente 
2 e deixe de ficar sestrosa. 
3 Foi quando, sem mais nem menos, deu 
4 entrada no meu ouvido aquele assobio fi 
5 ninho, vindo não atinei de onde. Podia ser 
6 cobra em vadiagem de luar. Se tal fosse, a 
7 mula andava recoberta de razão. Por isso 
8 dei prazo de espera para que a peçonha 
9 da cobra saísse no claro. Nisso, outro as 
10 sobio passou rentoso de minha barba, com 
11 tanta maldade que a mula estremeceu da 
12 anca ao casco, ao tempo em que sobrevi 
13 nha do mato um barulho de folha pisada. 
14 Inquiri dentro do regulamento militar: 
15 – Quem vem lá? 
16 De resposta tive novo assobio. Num re 
17 pente, relembrei estar em noite de lobiso 
18 mem – era sexta-feira. Tanto caçoei do 
19 povo de Juca Azeredo que o assombrado 
20 tomou a peito tirar vingança de mim, 
21 como avisou Sinhozinho. Pois muito pesar 
22 levava eu em não poder, em tal estado, 
23 dar provimento ao caso dele. Sujeito de 
24 patente, militar em serviço de água be 
25 nta, carecia de consentimento para travar 
26 demanda com o lobisomem ou outra qual 
27 quer penitência dos pastos, mesmo que 
28 fosse uma visagenzinha de menino pagão. 
29 Sempre fui cioso da lei e não ia em noite 
30 de batizado manchar, na briga de estrada, 
 
 
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31 galão e patente: 
32– Nunca! 
33 A mulinha, a par de tamanha responsabi 
34 lidade, que mula sempre foi bicho de 
35 grande entendimento, largou o casco na 
36 poeira. Para a frente a montaria não an 
37 dava, mas na direção do Sobradinho cor 
38 ria de vento em popa. Já um estirão era 
39 andado quando, numa roça de mandioca, 
40 adveio aquele figurão de cachorro, uma 
41 peça de vinte palmos de pêlo e raiva. Na 
42 frente de ostentação tão provida de ódio, a 
43 mulinha de Ponciano debandou sem mi 
44 nha licença por terra de dormideira e 
45 cipó, onde imperava toda raça de espinho, 
46 caruru-de-sapo e roseta-de-frade. O luar 
47 era tão limpo que não existia matinho de 
48 simportante para suas claridades – tudo 
49 vinha à tona, de quase aparecer a raiz. 
50 Aprovei a manobra da mula na certeza de 
51 que lobisomem algum arriscava a sua 
52 pessoa em tamanho carrascal. Enganado 
53 estava eu. Atrás, abrindo caminho e des 
54 torcendo mato, vinha o vingancista do lo 
55 bisomem. Roncava como porco cevado. 
56 Assim acuada, a mulinha avivou carreira, 
57 mas tão desinfeliz que embaralhou a pata 
58 do coice numas embiras-de-corda. Não 
59 tive mais governo de sela e rédea. Caí 
60 como sei cair, em posição militar, pronto a 
61 repelir qualquer ofendimento. Digo, sem 
62 alarde, que o lobisomem bem podia ter 
63 saído da demanda sem avaria ou agravo, 
64 caso não fosse um saco de malquerença. 
65 Estando eu em retirada, pelo motivo já 
66 sabido de ser portador de galão e patente, 
67 não cabia a mim entrar em arruaça des 
 
 
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68 guarnecido de licença superior. Disso não 
69 dei conta ao enfeitiçado, do que resultou a 
70 perdição dele. Como disse, rolava eu no 
71 capim, pronto a dar ao caso solução brio 
72 sa, na hora em que o querelante apresen 
73 tou aquela risada de pouco caso e debo 
74 che: 
75– Quá-quá-quá... 
76 Não precisou de mais nada para que o gê 
77 nio dos Azeredos e demais Furtados vies 
78 se de vela solta. Dei um pulo de cabrito e 
79 preparado estava para a guerra do lobiso 
80 mem. Por descargo de consciência, do que 
81 nem carecia, chamei os santos de que sou 
82 devocioneiro: 
83 – São Jorge, Santo Onofre, São José! 
CARVALHO, José Cândido de. O coronel e o lobisomen. 46. ed. Rio de Janeiro: Rocco, 2000, 
pp.177-179 
 
19 - (FGV ) 
No texto, fininho (L. 4-5) apresenta: 
a) Sufixo aplicado ao adjetivo e tem sentido intensificador. 
b) Sufixo aplicado ao substantivo e tem sentido emotivo. 
c) Sufixo aplicado ao advérbio e tem sentido diminutivo. 
d) Sufixo aplicado ao adjetivo e tem sentido pejorativo. 
e) Sufixo aplicado ao substantivo e tem sentido aumentativo. 
 
TEXTO: 6 - Comum à questão: 20 
 
 
TEXTO III 
 
(....) 
1“Os ruralistas defendem a proposta - o projeto de lei (PL) que muda substancialmente a 
porcentagem de autorização para derrubada de vegetação nativa em propriedades privadas 
na Amazônia - , alegando que a lei, Se aprovada, vai 5incentivar a adesão dos fazendeiros à 
legislação ambiental e, dessa forma, garantir a sobrevivência de metade da biodiversidade 
 
 
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amazônica. A verdade, porém, é que, num ecossistema frágil como o amazônico, ninguém 
sabe quanto de biodiversidade resistiria se 50% dela fosse 10destruída. conforme a floresta 
encolhe, diminuem o volume de chuvas e a capacidade de a vegetação reter água. Com isso, 
a mata fica cada vez mais seca e vulnerável à ação do calor e do fogo.” 
ARAIA, Eduardo , Projeto de lei pode significar, no prazo de algumas décadas, o fim da 
Floresta Amazônica. 28/05/2008. www.terra.com.br/isto é/sumarios. Acesso em 04/08/08. 
 
20 - (UFCG PB) 
Julgue certas (C) ou erradas (E) as assertivas abaixo em relação às palavras “biodiversidade” 
(l.9) e “ecossistema”(l.8) utilizadas no texto III: 
I. Apresentam, em sua constituição, radicais gregos que significam respectivamente “vida” 
e “casa”. 
II. São palavras formadas pelo processo de composição por justaposição. 
III. Apresentam radicais latinos e gregos que significam respectivamente vida e ambiente. 
IV. São palavras formadas pelo processo de prefixação e sufixação com a presença de 
radicais eruditos. 
 
A seqüência correta é: 
a) CCEE. 
b) CECE. 
c) ECEC. 
d) CECC.e) EECE. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
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GABARITO: 
 
1) Gab: D 
 
2) Gab: A 
 
3) Gab: A 
 
4) Gab: E 
 
5) Gab: C 
 
6) Gab: A 
 
7) Gab: A 
 
8) Gab: B 
 
9) Gab: B 
 
10) Gab: A 
 
11) Gab: E 
 
12) Gab: D 
 
13) Gab: A 
 
14) Gab: D 
 
15) Gab: E 
 
16) Gab: A 
 
17) Gab: B 
 
18) Gab: A 
 
19) Gab: A 
 
20) Gab: A

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