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15 9_Agravo de instrumento contra decisão que indeferiu pedido de justiça gratuita em ação reivindicatória

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15.9	
Agravo de instrumento contra decisão que indeferiu pedido de justiça gratuita em ação reivindicatória (art. 1.015, V, CPC)
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
J. B. S., brasileira, separada, do lar, portadora do RG 00.000.000SSP/SP e do CPF 000.000.000-00, sem endereço eletrônico, residente e domiciliada na Rua Anastácia Sanches Bando, nº 00, bairro Jardim Mirim, cidade de Mogi das Cruzes-SP, CEP 00000-000, por seu Advogado, que esta subscreve (mandato incluso), com escritório na Rua João Vicente Amaral, nº 00, Centro, Mogi das Cruzes-SP, CEP 00000-000, onde recebe intimações (e-mail: gediel@gsa.com.br), vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, não se conformando, data venia, com a r. decisão do Meritíssimo Juiz de Direito da Terceira Vara Cível de Mogi das Cruzes-SP, expedida nos autos da ação reivindicatória que move em face de A. L. R. e/o, da mesma agravar por instrumento, com pedido liminar, observando-se o procedimento previsto nos arts. 1.015 a 1.020 do Código de Processo Civil, em conformidade com as inclusas razões.
Para tanto, junta cópia de “todo o processo” de primeiro grau (petição inicial e documentos que a acompanham, inclusive procuração outorgada pela parte, decisão ora agravada e a certidão de intimação). Deixa de juntar procuração ad judicia dos agravados, vez que ainda não se deu a sua citação nos autos. Reitera, nessa instância, o pedido de justiça gratuita, vez que se declara pobre no sentido jurídico do termo, conforme declaração de pobreza juntada nos autos originais e reproduzida neste instrumento.
O subscritor da presente petição declara, sob as penas da lei, que todas as cópias que formam o presente instrumento conferem com os originais (art. 425, IV, CPC).
Requer, portanto, seja o presente recurso recebido e regularmente processado.
Termos em que,
p. deferimento.
Suzano / São Paulo, 00 de maio de 0000.
Gediel Claudino de Araujo Júnior
OAB/SP 000.000
RAZÕES DO RECURSO
Processo nº 0000000-00.0000.0.00.0000
Ação Reivindicatória
Terceira Vara Cível do Foro de Mogi das Cruzes-SP
Agravante: J. B. S.
Agravado: o Juízo (A. L. R. e/o – não citados)
Egrégio Tribunal
Colenda Câmara
Dos Fatos:
Em 00 de abril de 0000, a agravante ajuizou ação reivindicatória em face dos possuidores do imóvel situado na Rua Esmeraldo José de Oliveira, nº 00, Vila Amorim, cidade de Mogi das Cruzes-SP, em razão de ter adquirido o referido bem em leilão promovido pela Caixa Econômica Federal. Pediu a desocupação do imóvel, e a imissão de posse no imóvel.
Recebida a exordial, o douto Juiz de primeiro grau INDEFERIU à autora os benefícios da justiça gratuita, determinando que a recorrente providenciasse o recolhimento das custas devidas ao Estado.
Em síntese, o necessário.
Da Liminar:
Ab initio, consoante permissivo do artigo 1.019, inciso I, do Código de Processo Civil, “requer-se” seja deferido o efeito suspensivo ao presente recurso, determinando-se ao douto Magistrado de primeiro grau que faça constar nos autos estar a autora amparada pelos benefícios da justiça gratuita.
A medida se justifica: primeiro, por estar presente o fumus boni iuris, fato que se constata pela simples consulta de FARTA JURISPRUDÊNCIA deste Egrégio Tribunal, onde se afirma que para se obter o referido benefício basta a simples afirmação nos autos (declaração de pobreza foi de fato juntada aos autos, firmada pela própria recorrente), sendo sabidamente desnecessário que a requerente faça prova negativa; segundo, por estar presente o periculum in mora, tendo em vista que a ausência do referido benefício trará graves prejuízos processuais à agravante.
Presente, portanto, o fumus boni iuris e periculum in mora, como se demonstrou, requer-se seja concedida a liminar, com escopo de determinar ao douto Juiz de primeiro grau que, por sua vez, anote nos autos ser a autora beneficiária da justiça gratuita, determinando, no mais, o prosseguimento do feito.
Do Mérito:
Ab initio, deve-se registrar a antiga e sabida posição deste Egrégio Tribunal sobre o tema, no sentido de que basta simples afirmação nos autos para ter acesso ao benefício. Sobre o tema, veja-se as seguintes emendas:
Agravo de Instrumento 7234859900, Relator Des. José Reynaldo, DJ 16.4.2008).
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. Pedido mediante simples afirmação da condição de pobreza. Suficiência. Indeferimento. Ausência de fundadas razões. Inadmissibilidade. Inteligência dos artigos 4º e 5º da Lei nº 1.060, de 05.02.1950. Necessidade de concessão do benefício. Recurso provido para esse fim (TJSP, Agravo de Instrumento 7237295700, Relator Des. Gilberto dos Santos, DJ 17.4.2008).
Diante de tão pacífica jurisprudência fica difícil entender-se por que o douto Juiz de primeiro grau ignora acintosamente a posição deste Egrégio Tribunal, causando dificuldades desnecessárias às partes.
De qualquer forma, a agravante é efetivamente pessoa pobre. Vive, ela e os filhos, exclusivamente da pensão que recebe do ex-marido, algo em torno de R$ 1.300,00 (um mil, trezentos reais). Tal importância, considerando a idade das crianças, não é suficiente nem mesmo para as despesas básicas, quanto mais para prover os custos do processo (documentos anexos).
Apesar de tudo, felizmente a agravante não se considera miserável. Entretanto, para ser beneficiário da justiça gratuita não é necessário, ao que consta, ser o requerente miserável. Neste sentido a jurisprudência, in verbis:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. FAMÍLIA. JUSTIÇA GRATUITA. CONCESSÃO. A parte não precisa ser miserável para gozar do benefício da justiça gratuita, bastando não possuir condições de pagar as despesas processuais sem prejuízo de sua manutenção ou da família. Recurso Provido (Agravo de instrumento nº 70022500045, sétima câmara cível, TJRS, Relator Ricardo Raupp Ruschel, j. 10.12.2007).
Do Pedido:
Ante todo o exposto, requer-se o provimento do presente recurso para o fim de reformar a r. decisão do douto Juízo de primeiro grau, determinando-se que seja concedido à agravante os benefícios da justiça gratuita, determinando-se o prosseguimento do feito.
Termos em que,
p. deferimento.
Mogi das Cruzes / São Paulo, 00 de maio de 0000.
Gediel Claudino de Araujo Júnior
OAB/SP 000.000

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