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Atividade: Fichamento do capítulo 6 do livro Cidade no Brasil, Terra de Quem? de Murillo Marx (1991) Disciplina: Urb 025 – História da Cidade Docente: Gisela Bacellar Discente: Leonardo Maciel de Paula Garcia Data: 05/06/2019 >1828 carta de lei aos edis, conservam, em linhas gerais, ao estipulado nos tempos de colonia (sesmarias) >17/7/1822: resolução que suspende provisoriamente o sistema de sesmarias >até 1850 a única forma de obtenção da terra rural era o da posse de fato, que reforça a concentração de terra nas mãos de muito poucos, onde eram feitas vistas grossas para invasões (dos poderosos) >O sistema de sesmaria dificultava a povoação progressiva e unida, por haver terras não cultivadas e que não eram vendidas e/ou repartidas para melhor aproveitamento >José bonifácio, na época da independência, sugeria, entre outras coisas, que houvesse uma légua disponível, a cada três destinadas para produção agrária, para a criação de vilas e povoados. >Lei de Terras, 1850, a questão das terras passa a ser feita por compra e venda, não mais concessão do Estado. Terras são divididas e registradas com mais rigor. (mesmo período do fim do tráfico negreiro, onde as terras substituem o negro como mercadoria da sociedade). >necessidades de alteração e redesenho do tecido urbano no séc XIX, desenhos mais racionais e geométricos, principalmente para áreas públicas e arruamento. >Estado e Igreja se separam definitivamente na República (1889), mas já estava abalado de antes disso. >1917, Código Civil abole o sistema de foros (contrato, normalmente agrário, de longa duração, eventualmente perpétuo, com pagamento pela terra) e se fortifica o sistema de venda de lotes, onde o adquirente do terreno passa a ter sua propriedade absoluta, não havendo mais a possibilidade, mesmo que teórica, do retorno do terreno ao cedente, como no aforamento. >"Apoiado na rede ferroviária, surge um novo traçado, mais geométrico e atento à orientação, forma e tamanho do seu módulo: o lote a ser vendido." p106 >No campo, de forma geral, o poder se manteve nas mãos de grandes fazendeiros, principalmente cafeicultores paulistas, o que muda é a base da pirâmide, não sendo mais negra e sim de imigrantes "daí o surgimento de loteamentos rurais para colonos e de infinitos povoados, patrimônios agora leigos" (p106) >surgimento de novas fundações urbanas, utilizando o mesmo instrumento de loteamento para as expansões e novos núcleos que despontam. >Bonifácio, em 1821, fala do estreitamento das testadas dos lotes ao longo de rios ou ribeirões, o que traz um problema quanto a formas padronizadas de lotes. >"No que tange a novas ocupações, à expansão do núcleo urbano, fica mais direta a implicação do novo quadro ideológico, econômico e legal." p109 >"Cresce a vila e se adensa; aumenta a importância dos limites de todo tipo e se multiplicam as questões de alinhamento" >a cidade passa a ser desenhada pelo retalhamento de glebas por um loteador, que venderá suas parcelas. O loteador considerava as necessidades mínimas, mais sérias ou incontornáveis, para atender o maior número de casos possível, buscando o maior rendimento possível. >forma do lote tendendo a quadriláteros, principalmente o retângulo, onde a frente continua tendo privilégio, por isso a menor face de tal quadrilátero, para que haja o máximo de lotes possível com esta qualidade, assim como a proporcionalidade do lote, onde lotes muito alongados são pouco desejados, estes são fatores que representam a tensão entre atender as necessidades e lucrar ao máximo. >intensificação do confronto público e privado. >melhor definição de arruamentos e divisão mais clara do público e privado. >meados do séc XIX que se generalizam as questões legais sobre alinhamento dos lotes >O alinhamento é a divisa entre público e privado, logo, zona de conflitos. >O espaço como mercadoria faz não sobrar terra construível, em busca do lucro máximo "Não sobra uma nesga, um sobejo; não se perde um metro quadrado, um vintém." p115. >"Monotonia e modéstia espacial poderão ser uma característica desses conjuntos" p117
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