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TCC Ergonomia

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO
CENTRO DE ENSINO MÉDIO INTEGRADO UPF
CURSO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO
WESLEY PATRICK FERRÃO MACHADO
ERGONOMIA NO AMBIENTE DE TRABALHO
PASSO FUNDO
2019
WESLEY PATRICK FERRÃO MACHADO
ERGONOMIA NO AMBIENTE DE TRABALHO
Trabalho Final apresentado ao curso de Técnico em Segurança do Trabalho do Centro de Ensino Integrado UPF- da Fundação Universidade de Passo Fundo, como requisito parcial para obtenção de titulo de Técnico em Segurança do Trabalho sob a Orientação da Professora Fernanda Ceolin Teló.
PASSO FUNDO
2019
RESUMO
O presente trabalho teve como finalidade analisar a Ergonomia no Ambiente de Trabalho. A ergonomia é de suma importância para o bem-estar do colaborador, pois estuda vários aspectos ligados ao trabalho ou ao cotidiano das pessoas: a postura e os movimentos corporais, fatores ambientais, e vem contribuindo diretamente nos ambientes de trabalho, nas mais diversas atividades. Neste trabalho procura-se relatar, informar, melhorar e conscientizar as pessoas de que é possível trabalhar com maior segurança e conforto, oferecendo uma melhor qualidade de vida aos colaboradores, evitando futuras doenças ocupacionais. A primeira parte foi feita a justificativa da escolha do tema, além de apresentar os objetivos propostos. A metodologia utilizada para o desenvolvimento do tema foi de caráter exploratório com base em pesquisas bibliográficas. No referencial teórico verificam-se os conceitos básicos da ergonomia, os campos de estudo, as condições ambientais e as principais doenças, e por último quais os benefícios da ergonomia no ambiente de trabalho. 
Palavras Chave: Ambiente de Trabalho, Colaboradores, Ergonomia, Segurança..
 
INTRODUÇÃO
Ao longo dos anos tem se estabelecido novos cenários empresariais em um mundo cada vez mais globalizado o que torna evidente as mudanças no ambiente de trabalho buscando melhores condições e desempenhos efetivos em relação à qualidade e a produtividade. Sendo assim, as condições de trabalho vêm sendo gradualmente reconhecidas como de suma importância para que as empresas cumpram suas metas, prazos e demandas do mercado de trabalho. 
Conforme Silveira e Salustiano (2012 p. 01) 
“conforme a Previdência Social (2010), as estatísticas de acidentes e doenças nos ambientes laborais retratam a necessidade da intensificação no conhecimento da ergonomia como fator de extrema importância para as organizações”.
Atendendo a isso, é verifica-se a necessidade de estudo do tema, pois, a aplicabilidade da ergonomia é extremamente importante e tem conseguido grande ênfase dentro dos ambientes laborais, pois um ambiente ergonomicamente efetivado tende a reduzir a ausência no trabalho e fidelizar os colaboradores para que se obtenham resultados positivos mostrando as empresas que prover ambientes laborais que procurem atender as exigências dos seus trabalhadores é uma tendência positiva que vem avançando em inúmeras esferas empresariais. 
Mendes (2003, p. 1778) diz que: “estudo do trabalho a não ser enquanto abordagens ou explicações mais ou menos superficiais, que devem ser mais cedo ou mais tarde aglutinadas num todo mais global e coerente”. 
A contribuição da ergonomia para que o processo organizacional torne se cada vez mais imprescindível no que abrange as atividades do ser humano, principalmente, em um ambiente produtivo. Nos dias de hoje, inúmeras empresas estão realizando estudos ergonômicos que atestam que investir no bem estar do trabalhador traz um retorno cada vez mais eficaz.
Assim sendo, este trabalho objetiva mostrar a importância da ergonomia no ambiente de trabalho, assim como seus benefícios tanto para a empresa quanto para o trabalhador, demonstrando resultados positivos de investimento e economia para a empresa. 
A metodologia utilizada foi a Revisão Bibliográfica de natureza qualitativa, fundamentada em documentos diversos, tais como livros e artigos, nas quais se analisou sobre a importância da ergonomia, tais como conceitos, objetivos e resultados. 
2. REVISÃO DE LITERATURA 
2.1. Origem da Ergonomia 
No ano de 1857, o Polonês Woitej Yastembowky foi o primeiro a definir o termo Ergonomia, O conceito deste cientista, trata da maneira de mobilizar quatro aspectos da natureza anímica (Que pertence à alma), que são: a natureza, a natureza estética sensorial, a natureza mental-intelectual e a natureza espiritual-moral. Esta ciência do trabalho, portanto significava a ciência do esforço, jogo, pensamento e devoção. Sua ideia básica é a proposição chave de que estes atributos humanos dividem e declinam devido a seu uso excessivo ou insuficiente.
Durante todo o dia 12 de julho de 1949, durante a Segunda Guerra Mundial reuniram-se pesquisadores e então nasceu a Ergonomia, estes cientistas tinham o intuito de descobrir o porquê da incompatibilidade dos homens as novas maquinas que teriam que usar, todos os novos equipamentos exigiam decisões rápidas e execução acertada, o que era complexo e ariscado devido ao risco de se tomar uma decisão errônea. Sendo assim foram instaurados, tanto na Inglaterra como nos Estados Unidos, grupos interdisciplinares, com psicólogos, engenheiros e médicos, onde o objetivo em comum era “elevar a eficácia, a segurança e o conforto dos soldados”. 
No dia 16 de fevereiro de 1950, em uma segunda reunião desse mesmo grupo, foi proposto o neologismo Ergonomia, formado dos termos gregos ergo, que significa trabalho e nomus que significa regras, leis naturais. A Ergonomia se fundiu nos principais países europeus na década de 50, dando origem à primeira sociedade Ergonômica. Com uma crescente evolução entre 1960 a 1980, onde as indústrias se conscientizaram da real importância que a Ergonomia traria na fabricação dos produtos e a influência nos sistemas de trabalho, criando condições mais favoráveis para o trabalho humano nas empresas. 
A ergonomia passou por três fases importante, primeiro o direcionamento nas máquinas, o qual o trabalhador tinha que se adaptar a ela. Em seguida observar os problemas obtidos pelos erros humanos, procurou-se modificar as máquinas adaptando-se ao limite do homem e por fim veio à análise do sistema do homem-máquina, “[...] seu fim é determinar como esses locais de trabalho devem ser projetados ou adaptados, de forma a evitar problemas de saúde para o trabalhador e aumentar a sua eficiência” (FERREIRA et al, 2012, p 60).
Surgiu na Europa no inicio dos anos 70, um novo conceito, a intervenção Ergonômica, hoje, expressão usada nos EUA, Japão, França, Alemanha, Canadá, Suécia e Brasil, que também são países com um maior avanço da Ergonomia, com as mudanças econômicas dos anos 80, aumentaram os avanços fazendo surgir duas novas considerações que dão seu formato atual da ação ergonômica. Os projetos de melhoria Ergonômica são mais bem sucedidos numa perspectiva maior e inseridos na estratégia organizacional, chamada mais tarde de Macro ergonomia por Brown Jr. em 1990. A segunda amplia este mesmo debate para o nível de contingência social e cultural.
Atualmente, muitas pesquisas demonstram que a Ergonomia se desenvolve e se diversifica com bastante intensidade. A ergonomia tem sido objeto de estudo por ser de fácil entendimento e se encaixar em muitos assuntos de pesquisas como, por exemplo, a antropometria, biomecânica, fisiológica e do ambiente de trabalho. 
Na década de 60, o Brasil começou a estudar a Ergonomia e no ano de 1983 foi criada a ABERGO (Associação Brasileira de Ergonomia), com o principal objetivo de estimular a formação, pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico no campo da Ergonomia através da promoção e apoio a reuniões, cursos, eventos e outras atividades que contribuam para o desenvolvimento, formação, difusão e o intercâmbio de conhecimentos em Ergonomia no Brasil, hoje conta com aproximadamente 600 sócios de todas as regiões dopaís e com formação em diversas áreas de conhecimento, tais como, administração de empresas, arquitetura, assistência social, biologia, desenho industrial, enfermagem, engenharias diversas, fisioterapia, medicina, psicologia, terapia ocupacional, etc. 
Hoje, a ergonomia esta difundida em praticamente todo o mundo, porem, ainda que exista grande bibliografia em relação a isso, os mesmos ainda não foram suficientemente divulgados e aplicados pela sociedade, o que com certeza seria muito importante para reduzir o sofrimento dos indivíduos, aumentar a produtividade e melhorar a qualidade de vida em geral.
2.2. Conceito da Ergonomia
Segundo a Associação Brasileira de Ergonomia – ABERGO, a palavra “Ergonomia” vem de duas palavras Gregas: “Ergon” que significa trabalho, e “Nomos” que significa leis. Hoje em dia, a palavra é usada para descrever a ciência de “conceber uma tarefa que se adapte ao trabalhador, e não forçar o trabalhador a adaptar-se à tarefa”.
De acordo com Moraes e Soares (1989, p 33) as noções sobre os “componentes humanos“ dos sistemas homem-máquina começaram antes do surgimento da Ergonomia. O interesse para entender como funcionava o organismo humano partiu de fisiologistas, pesquisadores e físicos dando origem as primeiras informações sistemáticas do corpo humano. A palavra Ergonomia originou-se do grego Ergon [trabalho] e nomos [normas, regras, leis]. Atualmente trata-se de uma ciência que estuda, desenvolve e aplica normas e regras a fim de organizar o trabalho abordando todos os aspectos da atividade humana, para que isso ocorra uma infinidade de outras ciências são utilizadas. Segundo Dul e Weerdmeester (2004, p.1),
[...] Ergonomia é a reunião das leis que regem o trabalho, é uma ciência multidisciplinar (psicologia, fisiologia, biomecânica), que estuda as características com a finalidade de adaptar as tarefas eas ferramentas de trabalho às capacidades e necessidades [...].
São varias as definições de ergonomia, pois procuram ressaltar o caráter interdisciplinar e como diz Iida (2005, p. 02) 
“o objeto de estudo é a interação entre o homem e o trabalho no sistema homem-máquina-ambiente, ou mais precisamente, as interfaces desse sistema, onde ocorrem trocas de informações e energias entre o homem, máquina e ambiente, resultando na realização do trabalho”. 
Segundo Iida, a melhor definição é da Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO) que diz:
Entende-se por Ergonomia o estudo das interações das pessoas com a tecnologia, a organização e o ambiente, objetivando intervenções e projetos que visem melhorar, de forma integrada e não dissociada, a segurança, o conforto, o bem-estar e a eficácia das atividades humanas. 
Conforme exposto verifica-se que é extremamente importante garantir o bem-estar dentro dos ambientes de trabalho, pois a ergonomia visa à satisfação, a segurança e a saúde do colaborador para que se obtenham resultados satisfatórios. 
Assim sendo, Dul e Weerdmeest (2004, p. 2), dizem que: 
A ergonomia difere de outras áreas do conhecimento pelo seu caráter interdisciplinar e pela sua natureza aplicada. O caráter interdisciplinar significa que a ergonomia se apoia em diversas áreas do conhecimento humano. Já o caráter aplicado configura-se na adaptação do posto de trabalho e do ambiente às características e necessidades do trabalhador.
 
Entende-se que a ergonomia já faz parte do ambiente organizacional de forma a contribuir de forma positiva para adaptação do trabalhador ao posto que ocupará. De acordo com Iida (2005, p. 03).
“os praticantes da ergonomia são chamados de ergonomistas e realizam o planejamento, projeto de tarefas, postos de trabalho, produtos, 3 ambientes e sistemas, tornando-os compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações das pessoas”. Iida (2005, p. 03) 
Segundo Iida, os ergonomistas trabalham na especialização de domínios da ergonomia, analisando características específicas, os domínios de especialização da ergonomia são: 
Ergonomia física – analisa as características da anatomia humana, antropometria, fisiologia e biomecânica, relacionadas com a atividade física, incluem a postura no trabalho, manuseio de materiais, movimentos repetitivos, distúrbios musculoesqueléticos relacionados ao trabalho, projeto de postos de trabalho, segurança e saúde do trabalhador. 
Ergonomia cognitiva – Analisam os processos mentais, tais como a percepção, memória, raciocínio e resposta motora, relacionados com as interações entre as pessoas, incluem a carga mental, tomada de decisões, interação homem-computador, estresse e treinamento. 
Ergonomia organizacional – Analisam a otimização dos sistemas sócio técnicos, englobando as estruturas organizacionais, políticas e processos, incluem comunicações, projeto de trabalho, programação do trabalho em grupo, projeto participativo, trabalho cooperativo, cultura organizacional, organizações em rede, tele trabalho e gestão da qualidade. 
Conforme descrito pela Associação Brasileira de Ergonomia- ABERGO, entende-se que a ergonomia estuda tanto as condições prévias quanto as consequências do trabalho e como o homem interage com a máquina e o ambiente durante a realização do trabalho, e consequentemente, poderá intervir da melhor maneira possível nos fatores organizacionais.
2.3. Objetivos da Ergonomia
A ergonomia abrange conhecimentos de inúmeras especialidades. São quatro os conceitos básicos a serem compreendidos. O primeiro deles trata da distinção entre tarefa e atividade.
 Tarefa é aquilo que a organização do trabalho estabelece ou prescreve para o trabalho a ser realizado. A atividade, aquilo que o sujeito realmente faz para atingir os objetivos prescritos. O esclarecimento destes termos leva necessariamente ao conceito de trabalho e sua relação com a ergonomia. 
O segundo está associado ao conceito de variabilidade. Esta é associada tanto às características e condutas do homem que trabalha, bem como, às características da empresa. Trata-se de reconhecer a diversidade no interior das situações produtivas. 
O terceiro trata do conceito de carga de trabalho. Este está associado às diferentes dimensões humanas mobilizadas pelo o sujeito que trabalha, englobando sua dimensão biológica, cognitiva e subjetiva. 
Finalmente o conceito de modo operatório que decorre dos conceitos anteriores e representa a resposta individual às determinantes de uma situação de trabalho. Diz a NR 17, em seu item 17.1.2.“[...] para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psico fisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a Análise Ergonômica do trabalho”. 
 Segundo Taylor (apud CHIAVENATO 2011, p. 57). O trabalho e executado melhor por meio da análise do trabalho, isto é, da divisão e subdivisão de todos os movimentos necessários à execução de cada tarefa. Nos postos do trabalho e as situações cotidianas, a ergonomia focaliza o homem. As condições de insegurança, insalubridade, desconforto e ineficiência são eliminadas adaptando-as às capacidades e limitações físicas e psicológicas do homem (trabalhador). A ergonomia estuda vários aspectos: a postura e os movimentos corporais (sentados, em pé, empurrando, puxando e levantando cargas),fatores ambientais (ruídos, vibrações, iluminação, clima), informações captadas pela visão, audição e outros sentidos, relações entre mostradores e controles, bem como cargos e tarefas adequadas.
A adequação desses fatores permite projetar ambientes seguros, saudáveis, confortáveis e eficientes, tanto no trabalho quanto na vida cotidiana. A ergonomia baseia-se em conhecimentos de outras áreas científicas, como a antropometria, biomecânica, fisiologia, psicologia, toxicologia, engenharia mecânica, desenho industrial, eletrônica, informática e gerência industrial. Ela reuniu e integrou os conhecimentos dessas áreas, para desenvolver métodos e técnicas para aplicação desses conhecimentos na melhoria do trabalho. 
3. Importância da ergonomia no ambiente de trabalho
Um dos princípios básicos para o funcionamento de uma empresaé o trabalhador, diante disso, pode se dizer que a aplicação da ergonomia nos ambientes de trabalho assegura o pleno funcionamento concretizando a produtividade alavancando a empresa, garantindo saúde, bem estar e qualidade de vida aos trabalhadores.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) define a ergonomia como "a aplicação das ciências biológicas humanas em conjunto com os recursos e técnicas da engenharia para alcançar o ajustamento mútuo, ideal entre o homem e o seu trabalho, e cujos resultados se medem em termos de eficiência humana e bem-estar no trabalho". 
A busca permanente pela qualidade e eficiência dos serviços demonstra que são as empresas e as condições de trabalho que devem se adaptar ao colaborador e não ao contrário, minimizar os efeitos de trabalho físicos e também psicológicos, como: a atenção, estresse, pressão por resultado, dentre outras, vem se comprovando ao longo dos tempos ser o melhor investimento das empresas em relação a seus colaboradores.
Neste contexto, surgiu a norma regulamentadora nº 17 (Ergonomia) do Ministério do Trabalho e Emprego, regulamentada pela Portaria Nº 3.214, de 08 de Junho de 1978, que aprova as normas regulamentadoras do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho.
A NR-17 é de extrema relevância, eis que algumas doenças de trabalho são desenvolvidas a partir da exposição ao risco ergonômico que muitos trabalhadores estão sujeitos, como por exemplo: Esforços repetitivos (LER); Trabalhos realizados em pé durante toda a jornada; Levantamentos de cargas; Monotonia, dentre outros.
Cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, através de qualquer profissional capacitado para tal que irá elaborar um laudo descritivo de tal análise ergonômica, que consiste em analisar quais as atividades são realizadas e como são realizadas, bem como as dificuldades encontradas pelos colaboradores. Conforme tal análise irá se definir quais os procedimentos ergonômicos a serem desenvolvidos.
As empresas que pretendem continuar a exercer suas atividades no atual mercado que é bastante competitivo, necessitam de uma estrutura ergonomicamente projetada para seus colaboradores, buscando não apenas aumentar a produtividade, mas visando a melhoria da imagem da empresa junto aos seus colaboradores.
3.1. Riscos Ergonômicos 
São considerados riscos ergonômicos: esforço físico, levantamento de peso, postura inadequada, controle rígido de produtividade, situação de estresse, trabalhos em período noturno, jornada de trabalho prolongada, monotonia e repetitividade, imposição de rotina intensa. 
A ergonomia ou engenharia humana é uma ciência relativamente recente que estuda as relações entre o homem e seu ambiente de trabalho. 
 Os riscos ergonômicos podem gerar distúrbios psicológicos e fisiológicos e provocar sérios danos à saúde do trabalhador porque produzem alterações no organismo e no estado emocional, comprometendo sua produtividade, saúde e segurança, tais como: cansaço físico, dores musculares, hipertensão arterial, alteração do sono, diabetes, doenças nervosas, taquicardia, doenças do aparelho digestivo (gastrite e úlcera), tensão, ansiedade, problemas de coluna, etc. 
Para evitar que estes riscos comprometam as atividades e a saúde do trabalhador, é necessário um ajuste entre as condições de trabalho e o homem sob os aspectos de praticidade, conforto físico e psíquico por meio de: melhoria no processo de trabalho, melhores condições no local de trabalho, modernização de máquinas e equipamentos, melhoria no relacionamento entre as pessoas, alteração no ritmo de trabalho, ferramentas adequadas, postura adequada, etc.
3.2. Custo e benefício da ergonomia
É necessário analisar o custo beneficio de um projeto ergonômico, de acordo com Iida (2005, p. 22): “a ergonomia, assim como qualquer outra atividade relacionada com o setor produtivo, só será aceita se for capaz de comprovar que é economicamente viável, ou seja, se apresentar uma relação custo/benefício favorável”. 
Atendendo a esse contexto, é necessário elaborar um projeto de interferência inicial para que se possa fazer a verificação para a economia de material, mão de obra e energia, de acidentes, absenteísmo e aumento de qualidade e produtividade. 
Um primeiro passo é conscientizar os trabalhadores contribuindo assim para aumentar a produtividade. Com a aplicação da ergonomia pode-se ter um aumento de produtividade bastante considerável, poiso retorno de investimento ocorre gradativamente.
São inúmeros os benefícios ao se investir em ergonomia no ambiente de trabalho, conforme descrito abaixo:
Diminuição de afastamentos e ausências:  a ergonomia reduz consideravelmente o número de afastamentos por problemas de saúde e acidentes de trabalho, uma vez que é responsável pela saúde e bem estar dos funcionários.
Diminuição de desperdício: O ambiente laboral saudável assegura trabalhadores motivados e atentos com a tarefa exercida, favorecendo na diminuição do desperdício de matéria prima e demais materiais utilizados na empresa. 
Melhoria na qualidade de vida: Investir na qualidade de vida das pessoas, através de exercícios e métodos, com isso diminuir o número de acidentes de trabalho e afastamentos.
Valorização profissional:  proporcionar a valorização profissional dos colaboradores, existência de sentimento de reconhecimento.
Produtividade: reduzindo o número de ausências, a produção é feita no prazo estipulado, gerando aumento de produtividade para a empresa.
As empresas necessitam investir em uma estrutura ergonômica que garanta a qualidade e o bem estar no ambiente de trabalho, pois com funcionários saudáveis, motivados e satisfeitos, a empresa garante produtividade para que continue atuante no mercado.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo objetivou mostrar a notoriedade da ergonomia nos ambientes de trabalho, pois com o passar dos anos, as empresas tem se conscientizado de que o colaborador é a peça fundamental para que a empresa cresça e evolua nos mercados competitivos, para isso é necessário cuidar de sua saúde e bem estar dentro do ambiente laboral.
É explicito que as mudanças no ambiente de trabalho estão buscando rever a relação ambiente - máquina –homem adaptando os ambientes, para oferecer um ambiente adequado e agradável para os colaboradores.
 Ao longo deste trabalho expuseram-se de forma breve e clara os conceitos e vantagens da ergonomia, livrando-se de métodos ineficazes e inadequados na execução das atribuições favorecendo a adequação ergonômica dos colaboradores com a sua produtividade, buscando resultados positivos tanto para a empresa, quanto para o colaborador, onde a aplicação correta de projetos ergonômicos adequados tende a atenuar episódios de acidentes e doenças ocupacionais, mostrando uma melhora considerável na produtividade, na qualidade dos produtos e serviços, assim como proporcionando uma melhor qualidade de vida e bem estar aos colaboradores.
REFERÊNCIAS
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FREITAS, Marcelo Pinto de. A importância da ergonomia dentro do ambiente de produção http://www.saepro.ufv.br/wp-content/uploads/2014.5.pdf. Acesso em 05 jun. 2019
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