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16/03/2018 1 Introdução à Ergonomia Josué Junior Araujo Pierote Ergonomia Ergonomia Do grego: Ergon (trabalho) + nomos (normas, regras) Barros, O. B., 1990 “Estudo da adaptação do trabalho ao homem e do homem ao seu trabalho” Ergonomia Há dois vocábulos gregos para trabalho: Ponein Penoso, sofrido, pesado e difícil Ergon Criação ou obra de arte Prazeroso Dignificante Recompensador Que enobrece o homem Trabalho e bem estarTrabalho e bem estar Ergonomia CONCEITOS Ergonomia CONCEITOS Ergonomic Research Society, 1950 “É a disciplina que estuda as leis naturais do trabalho humano.” Murrel, K.F., 1965 “É o estudo científico das relações entre o homem e o seu ambiente de trabalho.” 16/03/2018 2 Kimmel, K. 1972 “É a disciplina que estuda a adaptação do homem ao trabalho e deste ao homem, para conseguir melhores resultados sob condições ideais.” Ergonomia CONCEITOS Ergonomia CONCEITOS Associação Internacional de Ergonomia, 2000 “É uma disciplina científica relacionada ao entendimento das interações entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas, à aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a projetos, a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistema.” Ergonomia CONCEITOS Ergonomia CONCEITOS Ciência interdisciplinar que estuda as leis de movimentos, as diversas posturas, mas também representa a reunião de diversos campos especializados, que são: Anatomia Fisiologia Psicologia Sociologia Tecnologia Ergonomia CONCEITOS Ergonomia CONCEITOS HistóricoHistórico Woitej Yastembowsky, 1857 “Ensaios de ergonomia ou ciência do trabalho.” 1o. Encontro de Oxford, 1949 2o. Encontro de Oxford, 1950 Adoção oficial do termo ERGONOMIA Murrel : Ergonomic Research Society, 1951, Inglaterra International Ergonomic Association (IEA), Oxford, 1959 Primeiro congresso da IEA, 1961, Estocolmo-Suécia HistóricoHistórico USP, Engenharia de Produção,1960 Abordagem do tópico "O produto e o homem" por Ruy Leme e Sérgio Penna Kehl. Primeiro livro, 1968 "Ergonomia: notas de aulas", de Itiro Iida e Henri Wierzbicki, lançado em São Paulo. Disciplina de Ergonomia na USP, 1980, Itiro Iida Histórico Brasil Histórico Brasil 16/03/2018 3 Fundação da ABERGO, 1983 Associação Brasileira de Ergonomia. www.abergo.org.br Histórico Brasil Histórico Brasil ABERGO Associação Brasileira de Ergonomia “É uma associação sem fins lucrativos cujo o objetivo é o estudo, a prática e a divulgação das interações das pessoas com a tecnologia, a organização e o ambiente, considerando as suas necessidades, habilidades e limitações” Histórico Brasil Histórico Brasil O Homem Anatomia Antropometria Fisiologia Psicologia Sociologia Campos de Atuação SISTEMA HOMEM-MÁQUINA-AMBIENTE Campos de Atuação SISTEMA HOMEM-MÁQUINA-AMBIENTE A Máquina Física Engenharia Design Metalurgia Campos de Atuação SISTEMA HOMEM-MÁQUINA-AMBIENTE Campos de Atuação SISTEMA HOMEM-MÁQUINA-AMBIENTE O Ambiente Arquitetura Engenharia Design Antropometria Fisiologia Campos de Atuação SISTEMA HOMEM-MÁQUINA-AMBIENTE Campos de Atuação SISTEMA HOMEM-MÁQUINA-AMBIENTE Ergonomia de Concepção Ergonomia de Correção Ergonomia de Conscientização Formas de AtuaçãoFormas de Atuação WISNER, 1987 citado por IIDA, 1990 16/03/2018 4 Ergonomia de Concepção Criação e/ou projeto de: Produto Instrumental Máquina Ambiente Forma de trabalho WISNER, 1987 citado por IIDA, 1990 Formas de AtuaçãoFormas de Atuação Ergonomia de Correção Análise e adequação de situação para: Solução de problema Melhorar produtividade Melhorar segurança Eliminar doença ocupacional Reduzir fadiga WISNER, 1987 citado por IIDA, 1990 Formas de AtuaçãoFormas de Atuação Ergonomia de Conscientização Acompanhamento e novas situações: Reforço de conceitos Reavaliações Novos problemas Novas tecnologias WISNER, 1987 citado por IIDA, 1990 Formas de AtuaçãoFormas de Atuação Adaptação do homem ao trabalho e deste ao homem para: Simplificação do trabalho, com permanência da qualidade Melhorar a produtividade Melhorar a qualidade do produto Melhorar a remuneração Prevenir doenças ocupacionais Aumentar longevidade do trabalhador Qualidade de vida ObjetivosObjetivos Adaptação do homem ao trabalho e deste ao homem para: Produzir conhecimentos específicos sobre a atividade do trabalho humano; Racionalizar o trabalho; Eliminação de manobras não produtivas; Maior conforto e segurança para trabalhadores e pacientes; ObjetivosObjetivos APLICAÇÕES Revolução Industrial 16/03/2018 5 APLICAÇÕES Revolução Industrial APLICAÇÕES Maior lucratividade APLICAÇÕES II Grande Guerra APLICAÇÕES Corrida Espacial APLICAÇÕES A adaptação para a evolução APLICAÇÕES A adaptação para a evolução 16/03/2018 6 APLICAÇÕES A adaptação para a evolução CADEIRAS APLICAÇÕES A adaptação para a evolução CARROS CARROS APLICAÇÕES A adaptação para a evolução ESCRITÓRIOS APLICAÇÕES Conforto e funcionalidade APLICAÇÕES Conforto e funcionalidade prof.josuepierote@inapos.edu.br josuepierote@hotmal.com josueperote@gmail.com A Ergonomia aplicada a Odontologia 16/03/2018 7 HistóricoHistórico Europa Inglaterra, Alemanha e França Estados Unidos Brasil 1965, Fac. de Odontologia de Araraquara PROF. FÁBIO DE ANGELIS PORTO 1966, Fac. de Odontologia de Bauru PROF. ERNESTO PILOTTO G. DE MEDEIROS 1967, Ribeirão Preto e São José dos Campos DÉCADAS DE 1950 e 1960 Adaptação do homem ao trabalho e deste ao homem para: Simplificação do trabalho Aumento da produtividade Melhor conforto para CD, ACD e paciente Melhorar a remuneração Prevenir doenças ocupacionais Reduzir a fadiga física e o estresse RACIONALIZAÇÃO DO TRABALHO ObjetivosObjetivos Racionalização: Organização e realização do trabalho segundo os princípios de Ergonomia, com o objetivo de aumentar a produtividade e a qualidade do seu resultado. ConceitosConceitos PORTO, 1994 Produtividade: Relação entre a quantidade de bens ou serviços produzidos e o tempo gasto para tanto. ConceitosConceitos PORTO, 1994 Produtividade: Quantidade de bens ou serviços Tempo gasto PORTO, 1994 ConceitosConceitos Gilbreth & Gilbreth: Analisaram os movimentos que operários realizavam durante o trabalho e sua relação com a produtividade. Todo trabalho é realizado por meio de movimentos definidos; Quanto maior o número de movimentos, maiores serão o tempo gasto e o desgaste, diminuindo a produtividade. O Trabalho e os MovimentosO Trabalho e os Movimentos PORTO, 1994 16/03/2018 8 Os movimentos dependem de: Forma e disposição do equipamento Distância entre os elementos Espaço físico Posicionamento e postura do operador O Trabalho e os MovimentosO Trabalho e os Movimentos PORTO, 1994 Movimento No. 1: Movimento de apenas alguns dedos Instrumentação de canal Passagem do dique de borracha Movimento No. 2: Movimento de toda a mão Preparo cavitário Raspagem periodontal Tipos de Movimentos em Odontologia Tipos de Movimentos em Odontologia PORTO, 1994 Movimento No. 3: Movimento de antebraço Pegar algo localizado a até 50 cm da boca Espaço ideal de pega Movimento No. 4: Movimento de braço Pegar algo utilizando todo o braço Espaço máximo de pega Tipos de Movimentos em Odontologia Tipos de Movimentos em Odontologia PORTO, 1994 Movimento No. 5: Movimento de deslocamento de corpo Alcançar objetosalém do movimento 4 Vai desde girar a coluna até levantar-se Deve ser evitado ao máximo PORTO, 1994 Tipos de Movimentos em Odontologia Tipos de Movimentos em Odontologia Frederick W. TAYLOR: Analisou o tempo médio (padrão) que os operários gastavam para executar funções específicas. O tempo é inversamente proporcional à produtividade; O tempo é IRREVERSÍVEL; O tempo é INELÁSTICO. O Trabalho e os TemposO Trabalho e os Tempos BARROS, 1999 Tempo Profissional: É todo o tempo dedicado às atividades profissionais de cirurgião-dentista. Atendimento de pacientes; Organização do consultório; Planejamento de casos; Participação em congressos; Aulas ou cursos; Atividades junto a entidades de classe. O Trabalho e os TemposO Trabalho e os Tempos BARROS, 1999 16/03/2018 9 Tempo Operatório: É o tempo dedicado atendimento do paciente no consultório. AÇÕES DIRETAS: Realizadas na boca do paciente; Podem ser: Irreversíveis (exclusivas do CD) Preparo cavitário, cirurgia, restauração, etc Reversíveis (CD ou pessoal auxiliar) Aplicação de flúor, moldagem, condensação O Trabalho e os TemposO Trabalho e os Tempos BARROS, 1999 Tempo Operatório: AÇÕES INDIRETAS: Podem ser dentro ou fora da boca; Podem ser: Preparatórias Preparo paciente, organização da bandeja Concomitantes Ajuste do refletor, manipulação de material Subseqüentes Lavagem cuspideira, troca do instrumental PORTO, 1994 O Trabalho e os TemposO Trabalho e os Tempos Tempo de Espera: Interrupção do trabalho para aguardar algo. Esperar efeito da anestesia Aguardar a presa do material restaurador Esperar o paciente cuspir: 15% do tempo cuspindo PORTO, 1994 O Trabalho e os TemposO Trabalho e os Tempos Cadeira operatória relax Mocho rodante ergonômico Suctores de alta potência AVANÇOS ERGONÔMICOS Marcos da Odontologia AVANÇOS ERGONÔMICOS Marcos da Odontologia BARROS, 1999 Cadeira Operatória Cadeira Operatória Primeira Cadeira Josiar Flagg, 1790 Primeira Cadeira Josiar Flagg, 1790 Cadeira Reclinável James Snell, 1832 Cadeira Reclinável James Snell, 1832 Cadeira Morrison, 1887 Controle de Altura Suporte lombar ajustável Permitia o CD sentar Cadeira Morrison, 1887 Controle de Altura Suporte lombar ajustável Permitia o CD sentar Cadeira Operatória Cadeira Operatória 16/03/2018 10 1918 1930 Desconforto Limitação de movimentos Cadeira Operatória Cadeira Operatória CD trabalhando em pé CD trabalhando em pé Cadeira Operatória Cadeira Operatória John Anderson, 1944 Cadeira do tipo Relax Mais confortável e anatômica Permitia a variação do posicionamento do paciente John Anderson, 1944 Cadeira do tipo Relax Mais confortável e anatômica Permitia a variação do posicionamento do paciente B-29 Cadeira Operatória Cadeira Operatória Posicionamento ergonômico de CD, ACD e paciente Posicionamento ergonômico de CD, ACD e paciente Cadeira Operatória Cadeira Operatória Mocho Rodante Ergonômico Mocho Rodante Ergonômico Posicionamento ergonômico de CD e auxiliar Posicionamento ergonômico de CD e auxiliar Elbert Thompson Salt Lake City, USA Suctor de Alta Potência Suctor de Alta Potência Trabalho sem interrupções para cuspir Trabalho sem interrupções para cuspir Elbert Thompson Salt Lake City, USA 16/03/2018 11 Outras Evoluções Outras Evoluções Instrumentos para preparo cavitário Instrumentos para preparo cavitário Broca de mão Outras Evoluções Outras Evoluções Instrumentos para preparo cavitário Instrumentos para preparo cavitário Outras Evoluções Outras Evoluções RefletoresRefletores Outras Evoluções Outras Evoluções RefletoresRefletores Outras Evoluções Outras Evoluções InstrumentaisInstrumentais Precisão e segurançaPrecisão e segurança Outras Evoluções Outras Evoluções InstrumentaisInstrumentais Precisão e segurançaPrecisão e segurança 16/03/2018 12 O CD deve, preferencialmente, executar ações diretas (movimentos 1 e 2); Sempre que possível, delegar para auxiliares as ações indiretas e os movimentos amplos (3, 4 e 5) Encurtar ao máximo o tempo de espera PORTO, 1994 Prática Odontológica Racionalização Prática Odontológica Racionalização Prática Odontológica Irracionalização Prática Odontológica Irracionalização Sinônimo de Racionalização e Funcionalidade prof.josuepierote@inapos.edu.br josuepierote@hotmal.com josueperote@gmail.com
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