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Cefaleias: causas e tratamentos

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CEFALEIAS
SAÚDE INTEGRAL DO ADULTO I
Dra. Brenna Pinheiro Zuttion
INTRODUÇÃO
Dor dos olhos à implantação do cabelo
3º causa de atendimento em ambulatório de CM
1° causa de atendimento em ambulatório de Neurologia
Está entre as cinco principais causas de procura ao serviço de pronto-atendimento.
97% mulheres e 94% dos homens terão dor em algum momento da vida, e 80% terão dor pelo menos uma vez ao ano.
Anamnese e exame físico são importantes para diferenciar causas primária e secundárias, selecionando pacientes para exames complementares (geralmente TC crânio).
INTRODUÇÃO
A cronologia e a intensidade da dor são muito relevantes para auxiliar no seu diagnóstico e classificação das cefaleias.
Primária x Secundária = Sinais de alerta = Exames complementares
Cefaleia primária X Cefaleia secundária 
Sinais de alerta:
 Primeira crise, repentina, afebril. “a pior da vida”
 Mudança no padrão das dores
 Idade incomum
 Sintomas sistêmicos (febre, perda de peso) ou fatores de risco secundários (HIV)
 Cefaleias novas, antecedentes de viroses
 Associada a síncopes, atividade sexual, valsalva
 Que acorda o paciente
Sintomas neurológicos ou sinais anormais
Dor ocular 
CLASSIFICAÇÃO
Cefaleias crônicas primárias
 Cefaleia tensional (40%)
 Enxaqueca (15%)
 Cefaleia em salvas (1%)
 Outras
Cefaleias secundárias
 Hipertensão Intracraniana
 Arterite temporal ou de células gigantes
 Tumores cerebrais
 Hematomas subdurais crônicos
 Neuralgias
 Infecções do SNC
 Cefaleia de esforço
EXAMES COMPLEMENTARES
Utilizados para excluir cefaleia secundária:
1 – Radiografia simples de crânio e face.
2 – Tomografia computadorizada
3 – Ressonância magnética de crânio
4 – Eletroencefalograma
5 – Doppler arterial
6 – Marcadores bioquímicos
ENXAQUECA
Também chamada de Migrânea.
 Características semiológicas:
 Pulsátil
 Unilateral / Hemicraniana
 Intensidade moderada a severa (limita atividades habituais)
 Duração de 4 a 72h (com ou sem tratamento)
 Associa náuseas, vômitos, fono e fotofobia
 Piora com esforço físico
ENXAQUECA
 Características semiológicas:
 Pródomos (até 24h antes): alterações de humor, paladar, mal-estar 
 Aura- 20% (5 a 60 min antes da dor), mas pode ser também durante, após ou não ter relação com a dor. São sintomas neurológicos focais, principalmente visuais. Escotomas cintilantes, parestesias periorais ou dimidiadas, vertigem, diplopia, hemianopsia, hemiplegia.
 Resolução (até vários dias após o desaparecimento da dor): exaustão, sonolência, astenia, vômitos, dificuldade de concentração, irritabilidade, hiporexia (pósdromo)
ENXAQUECA – Diagnóstico
Pelo menos 5 crises preenchendo critérios B-D.
B) Crise de cefaleia durando 4 a 72 horas (não tratadas ou tratadas sem sucesso).Em crianças com menos de 15 anos, as crises podem durar 2 a 48 horas. Se o paciente dormir e acordar sem a crise, a duração da crise é considerada até a hora do despertar.
C) A cefaleia tem no mínimo 2 das seguintes características:
	1. Localização unilateral
	2. Qualidade pulsátil
	3. Intensidade moderada ou forte (limitando atividades diárias)
	4. Agravamento por esforços físicos ou atividade física de rotina
ENXAQUECA – Diagnóstico
D) Durante a cefaleia há no mínimo um dos seguintes sintomas:
	1. Náuseas e/ou vômitos
	2. Fotofobia e fonofobia
E) Não atribuível a outra patologia: Investigar cefaleias secundárias, e realizar exames complementares.
ENXAQUECA - Tratamento
Não farmacológico e farmacológico 
Pode ser abortivo (momento agudo) ou profilático.
ABORTIVO: 
 Agonistas serotoninérgicos (Triptanos), AINES, derivados da ergotamina (em desuso), isometepteno (neosaldina)
PROFILÁTICO: (indicado se ≥ 4 crises/mês, duração >12h ou impacto vida diária)
 1° linha: Betabloqueadores, Antidepressivos tricíclicos, Flunarizina
 Alternativas: Valproato de sódio e Topiramato 
CEFALEIA TENSIONAL
Características semiológicas:
 Caráter opressivo, aperto
 Fronto-occipital ou temporooccipital bilateral
 Intensidade leve a moderada (não compromete atividades habituais, não acorda o paciente)
 Duração prolongada (30 min até 7 dias)
 Inicia geralmente período vespertino ou noturno, após um dia estressante ou aborrecimento.
 Fono e fotofobia podem ocorrer.
 Não agrava com atividades físicas e não acompanha náuseas.
CEFALEIA TENSIONAL - Diagnóstico
Episódica (< 12 dias/ano); Episódica frequente (< 180/ano); Crônica (> 180/ano ou 15 dias/mês)
Pelo menos 10 crises de cefaleia que preenchem os critério B a D.
Cefaleia durando de 30 minutos a 7 dias
Pelo menos duas das seguintes características da dor:
	1. Qualidade de aperto/pressão (não pulsátil)
	2. Intensidade leve a moderada (pode limitar, mas não impede 	atividades)
	3. Localização bilateral
	4. Não é agravada por subir degraus ou atividade física 	semelhante de rotina diária
CEFALEIA TENSIONAL - Diagnóstico
D. Ambos os seguintes:
	1. Ausência de náusea ou vômitos (anorexia pode ocorrer);
	2. Fotofobia e fonofobia estão ausentes, ou apenas 1 deles 	está presente.
E. Não atribuível outra patologia
CEFALEIA TENSIONAL - Tratamento
Abortivo:
 Analgésicos (dipirona, paracetamol), AINES e relaxantes musculares
Profilático:
 Antidepressivos tricíclicos
 Exercícios físicos regulares
CEFALEIA EM SALVAS
 Causa incomum de cefaleia, ocorrendo mais em homens que mulheres na proporção 4:1
Características semiológicas
 Ocorre diariamente por um período curto, seguido por um período assintomático. Daí o nome em Salvas.
 Episódios sucessivos, geralmente noturnos
 Cefaleia frontorbitária, periorbitária ou temporal unilateral 
 Intensidade severa (acorda o paciente)
 Curta duração 15 a 180 min.
CEFALEIA EM SALVAS
Características semiológicas
Sintomas autonômicos ipsilaterais: lacrimejamento, congestão nasal e conjuntival, edema periorbitário, ptose, sudorese frontal e facial.
 Durante a crise, os pacientes costumam ficar agitados, agridem-se e ameaçam suicídio pela intensidade da dor.
 Gatilhos: ingestão de bebidas alcoólicas, exposição a odores fortes
CEFALEIA EM SALVAS - Diagnóstico
Pelo menos 5 crises preenchendo B a D
Crises intensas de dor unilateral, orbitária, supraorbitária e/ou temporal, durando de 15 a 180 min se não tratada.
A cefaleia é associada a pelo menos 1 dos seguintes sintomas que deve estar presente no lado da dor:
	1. Injeção conjuntival e lacrimejamento
	2. Congestão nasal e/ou rinorreia
	3. Edema palpebral ipsilateral
	4. Sudorese da fronte e da face ipsilateral
	5. Miose e/ou ptose ipsilateral
	6. Surgimento de inquietude e agitação.
CEFALEIA EM SALVAS - Diagnóstico
D. A frequência das crises varia de um dia a dias alternados e até 8 crises por dia.
E. Não atribuível a outra patologia
CEFALEIA EM SALVAS - Tratamento
Abortivo:
 Oxigenoterapia (máscara facial com 10-12L/min de O2 por 15-20 min)
 Sumatriptano subcutâneo (max 3 injeções por dia) ou inalatório.
 Ergotamina
 Corticóides (prednisona, dexametasona)
Profilático:
 Verapamil (droga de escolha)
 Outras opções: Carbonato de lítio, topiramato, valproato
CEFALEIAS SECUNDÁRIAS
Deve ser suspeitada quando:
 As características da cefaleia não se encaixam nas causas primárias; 
 A cefaleia é progressiva (surgiu há pouco tempo ou piorou o padrão de uma cefaleia antiga); 
 Refratária ao tratamento convencional; 
 Associada a um déficit neurológico ou sinais e sintomas de uma doença orgânica;
 Cefaleia em paciente imunodeprimido. 
CEFALEIAS SECUNDÁRIAS
Cefaleia por uso excessivo de medicação (CEM)
 Cefaleia superior a 15 dias/mês (tipo de cefaleia crônica diária)
 Associada ao uso abusivo de analgésicos por pelo menos 3 meses
Dor surge ou piora durante uso excessivo de analgésicos (analgésicos isolados > 15 dias/mês; analgésicos combinados > 10 dia/mês)
Cefaleia cervicogênica
 Desenvolve a partir de lesões ou distúrbios da coluna cervical ou partes moles do pescoço.
CEFALEIAS SECUNDÁRIAS
Cefaleia da Hipertensão Intracraniana
 Costumaser intensa, contínua, matinal e progressiva
 Associada a náuseas ou vômitos em jato
 Exame físico: papiledema, paralisia do VI par craniano (n. abducente), sinais neurológicos focais, rigidez de nuca, alteração do nível de consciência.
 Exames: TC crânio, exame de líquor, medida de PIC
CEFALEIAS SECUNDÁRIAS
Cefaleia da Arterite temporal
 Frontotemporal ou temporocciptal
 Uni ou bilateral
 Mais comum em idosos (> 60 anos)
 Tipo de vasculite sistêmica relacionando com sintomas gerais
 perda ponderal, astenia, febre, síndrome de polimialgia reumática (dor e rigidez da cintura escapular e pélvica) 
 Associa ainda claudicação da mandíbula
 Podem ser palpados nódulos dolorosos nas têmporas
CEFALEIAS SECUNDÁRIAS
Cefaleia da Arterite temporal
 Laboratório: anemia normo/normo e VHS aumentado (>55mmHg)
 Diagóstico: Biópsia da artéria temporal (arterite de células gigantes)
 Complicação: Amaurose por vasculite de artéria oftálmica
 Tratamento: Resposta dramática aos corticoides, sendo a prednisona em altas doses o tratamento de escolha.
OBRIGADA!!!

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