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PESTE SUÍNA CLÁSSICA

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PESTE SUÍNA CLÁSSICA
Enfermidade que afeta suínos domésticos e
selvagens.
ETIOLOGIA
Doença com alto poder de disseminação, com
consequências econômicas e sanitárias graves.
Gênero: Pestivirus
Família: Flaviviridae
Composto de 3 sorogrupos, constituído por vários
sorotipos.
Genoma RNA, envolto em capsídeo proteico
recoberto por envelope lipoproteico derivado da
membrana de células infectadas. Apesar de ser
envelopado, trata-se de um vírus que resiste até 2
semanas no meio ambiente. Sensível a detergentes e
solventes de gorduras, devido à presença de lipídios
de membrana.
EPIDEMIOLOGIA
A forma aguda (clássica) da peste suína clássica é
caracterizada por quadro hemorrágico de surgimento
abrupto, comprometimento sistêmico e mortalidade
elevada. 
Vários níveis de virulência caracterizam os Vírus
da peste suína clássica; o somatório de idade, estado
nutricional, imunização ou exposição prévia pode
levar a apresentação de diferentes manifestações.
Animais jovens tendem a ser mais severamente
afetados. Em países que utilizam vacinas, o quadro
clínico pode se manifestar de forma atípica.
Fontes de infecção: Sus scrofa scrofa e Sus scrofa
domesticus são os ÚNICOS reservatórios naturais da
doença. Pode ser transmitido por contato direto
(principal) ou indireto (secreções, sangue, sêmen,
fômites ou produtos de origem suína). O vírus pode
ser carreado por pessoas que tiveram contato com
suídeos infectados; veículos, equipamentos, roupas,
etc. podem ser vetores de transmissão. Infecção
transplacentária: pode ser transmitido por via
placentária para os fetos; leitões infectados
congenitamente podem se tornar portadores e
disseminar a doença, desenvolvendo-a tardiamente.
Obs.: mecanismo é resultado de imunotolerância
devido infecções transplacentárias com cepas de baixa
virulência. 
A doença já foi erradicada em vários países
(América do Norte, Oceania e parte da Europa); no
entanto, tem distribuição mundial, sendo endêmica na
ÁSIA.
Na América Latina é considerada endêmica, com
baixa prevalência devido à vacinação e programas de
sanidade animal. 
No Brasil era endêmica; atualmente passa por fase
de erradicação. Duas áreas podem ser observadas; a
área livre, com 80% do rebanho livre da doença, no
Sul, Sudeste, Centro Oeste e parte do Nordeste; e a
área de foco, no Norte e Nordeste, principalmente em
criações de subsistência. 
ALTA MORBIDADE e ALTA MORTALIDADE.
PATOGENIA
O período de incubação varia de 2 a 14 dias; 
Ocorre entrada do vírus via oro-nasal, que passa a
se localizar em mucosas do trato digestório e aparelho
respiratório. O vírus atinge tonsilas e tecidos
linfoides em geral, onde se multiplica. Depois, é
distribuído para os linfonodos regionais.
Posteriormente, é distribuído a todos os órgãos e
tecidos por via hematógena ou linfática, infectando as
células epiteliais desses diversos órgãos.
CLÍNICA
Vírus de baixa virulência reduzem os índices
reprodutivos, manifesta-se de forma subclínica.
Vírus de alta virulência podem causar mortalidade
de 100% em animais de até 2 semanas. Além disso,
provoca febre, fraqueza, anorexia, diarreia,
conjuntivites, manchas hemorrágicas em pele,
mucosas e órgãos em geral.
Fêmeas prenhes podem manifestar sinais como:
abortos, perdas reprodutivas, nascimento de leitões
fracos e até infecção dos fetos. 
DIAGNÓSTICO
Clínico: observação de aspectos epidemiológicos e
sinais sugestivos da doença. A maior prevalência de
casos se dá por cepas de baixa virulência; sendo
assim, o diagnóstico clínico é pouco efetivo.
Presuntivo. 
Laboratorial: é feito por meio de isolamento viral
e/ou detecção de anticorpos. 
Testes de detecção do agente:
IMUNOFLUORESCÊNCIA direta – realizada em
cortes de tonsilas, baço, rins, linfonodos e íleo; em
casos de resultado positivo, é preciso excluir a
possibilidade de que a doença tenha sido causada por
outros pestivírus.
ISOLAMENTO VIRAL – feito em cultivos
celulares, é mais sensível. Geralmente realizado
paralelamente no laboratório que realizará a
imunofluorescência direta; o material suspeito
(mesmo usado na IFD) é inoculado em células para
crescimento, após 24 a 72 horas é realizado o teste de
imunofluorescência. 
RT-PCR – identificação do genoma viral; realiza-se
a técnica de transcrição reversa, seguida de PCR
(técnica recomendada); identifica a quantificação viral
em tempo real. 
Testes sorológicos: detecção de vírus circulantes no
rebanho. Importante instrumento de vigilância
sanitária.
ELISA – capaz de diferenciar animais infectados
com PSC daqueles infectados por outros pestivírus. 
NEUTRALIZAÇÃO VIRAL – utilizado quando
não há disponibilidade de testes de soroneutralização;
o soro dos animais suspeitos é titulado frente a
diferentes amostras de pestivírus. O pestivírus
responsável pela infecção irá neutralizar com maior
intensidade, ou seja, a amostra que apresentar maior
título de anticorpos neutralizantes. 
CONTROLE E PROFILAXIA
1. Vacina preparada com vírus atenuados vivos em
áreas endêmicas. Têm-se mostrado um método eficaz
no combate à infecção.
2. Política de não vacinação e abate sanitário em
áreas livres ou em processo de erradicação.
Doença de notificação obrigatória; é realizado o
sacrifício de animais positivos. Além disso, realizar o
controle de trânsito e desinfecção de veículos. 
A vacinação é proibida em todo o país, exceto em
zonas de delimitação pelo departamento de defesa
animal.

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