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ALTA IDADE MÉDIA Alta Idade média é basicamente um resumo dos Francos (há resumo sobre os francos aqui no passei direto na minha pagina) (sec 5 ao 10). Características da Alta Idade Média: -- Politica: fragmentada - ausência de um poder centralizado, ausência do monopólio do uso da força devido a suserania e vassalagem - fidelidade militar (originada do comitatus dos barbaros) e ausência da estrutura de um Estado político. Obs: suserania e vassalagem: os reis ofertavam terras aos nobres e os nobres prestavam fidelidade militar ao rei. Essa relação pode ser vista na vertical, mas pode ser vista na horizontal em que o rei ofertava terra ao nobre e o nobre ofertava parte da terra para nobres despossuídos (verdadeiro exército). "O vassalo do meu vassalo não é meu vassalo" - rei não consegue mandar na nobreza despossuída, portando não controla o exército. -- Economia: a partir do declínio do império romano do ocidente, há retração no comercio, êxodo urbano, ruralizarão da economia e agricultura de subsistência - Roma tinha uma agricultura mais comercial. Os feudos buscavam a autossuficiência - declínio das trocas e dos comercio - não era o fim do comércio pois no feudalismo ainda existiam as cidades (burgos) onde geralmente viviam os artesãos que produziam artesanato, se deslocavam até os feudos e montavam feiras para trocar (trocas restritas) seu artesanato por comida ou até mesmo por moedas (moedas sem padrão e com baixo valor - política não centralizada). Economia de subsistência com uma restrita taxa de troca com pequena taxa de comercio com restrito uso de moedas. -- Sociedade: estamental (baixa mobilidade social, mas há) com criterio de nascimento. No topo da pirâmide há o Clero - maior portador de terras (40% das terras férteis da Europa, maior poder econômico), produção do conhecimento, poder da oratória (justificativas ideologicas para o mundo feudal). Depois há os Nobres (belatore) exercem o dever de proteção, de exército, guerreiros. Caso houvessem guerras, os servos lutavam a frente sem treinamento militar (peão no xadrez). Abaixo dos nobres há os Servos (70% da sociedade) com o trabalho agrícola (laboratore). Justificativa dessa estrutura social a partir do segmento religioso da Santa Trindade em que o Pai exerce a onipotência (clero), o Filho vem a terra para morrer por nós (nobres) e o Espírito Santo faz as obras de Deus na terra (servos) - assim na terra como nos céus. Portanto, lutar contra essa estrutura era como lutar contra a propria santíssima trindade. Relação de servidão originada do colonato romano, o servo recebe o uso da terra do senhor feudal e em troca o senhor feudal da ao servo proteção militar. Os servos em troca disso tinham que pagar "impostos" (obrigações) que seriam: - Corveia: durante 3 dias o servo deveria trabalhar no manso senhorial (terra do senhor). A semana do servo tinha 6 dias, portanto metade do seu tempo era usado para a produção para o senhor. - Talia: deixariam metade do que produziu para o senhor feudal. - Banalidades: quando o servo usasse o forno, moinho etc ele deveria pagar por essas facilidades, mão morta: teria que pagar o imposto de quem ja morreu. Desse modo, há um acumulo muito grande de dívidas. O servo não é escravo, pois pode deixar o feudo quando pagar o que deve, no entanto raramente um servo paga o que deve devido a esse acumulo. Igreja Católica Ap. Romana: maior proprietária de terras, monopólio na divulgação do conhecimento (latim) - monges copistas que fazendo manuscritos dos livros. A maioria da nobreza era analfabeta. -Teocentrismo: Deus como a gente produtor de todo o conhecimento, o homem é o receptor e não produtor. -Dogmatismo: não questionar o conhecimento - fé, acreditar. -Geocentrismo: tudo gira ao redor da terra. Subdivisão do clero: clero regular (isolados) e clero secular (lida com mundo). Alto clero (filhos de nobres são bispos, arcebispos, cardeais) e baixo clero (filhos de servos, padres, freis, cônegos) - hierarquia na Igreja - reprodução da sociedade no clero. BAIXA IDADE MÉDIA Crise da sociedade feudal: sec. 11 ao 15. - Fome: consequência do sistema feudal que fazia uso de uma economia fechada e de subsistência - baixa produtividade. Junto a isso, há um alto crescimento demográfico estimulado pelo fim das invasões barbaras. Consequências: alguns senhores feudais expulsaram parte de seus servos, já que não havia produção suficiente para manter um alto número de servos, outros liberam seus servos de suas dívidas. Isso levou a um ÊXODO RURAL - parte da população rural passou a se dirigir aos burgos. Esses servos expulsos ou livres passaram a ser homens livres nas cidades - burgueses (viviam nos burgos): RENASCIMENTO URBANO. Vários desses homens se tornaram aprendizes em oficinas de artesanato., esse artesanato era trocado nas feiras por produtos e alimentos. Nessa época, há a formação de regiões que ficam especializadas em determinados tipos de produtos (regionalização da produção). Há também a formação das corporações de ofício em que oficinas que produzem produtos semelhantes se associam - aumento do artesanato. No entanto, nada disso resolve a crise feudal da fome. Assim, era necessário adotar outras medidas para a recuperação do feudalismo. Concílio de Clermont: alta nobreza e alto clero liderado pelo Papa Urbano 2 (em 1095) decidem empreender uma expansão territorial em nome da fé (Guerra Santa). Tinham como objetivo oficial expandir a fé católica para os infiéis (principalmente os mulçumanos) - CRUZADAS. Além disso, a nobreza precisava de mais terras e as cruzadas dariam a possibilidade de expansão territorial. As cruzadas também fariam o controle populacional. Houveram 8 cruzadas oficiais, as mais famosas foram a 3 (cruzada dos reis - Ricardo Coração de Leão), a 4 cruzada (comercial) empreendida por Veneza (burguesia) que viu nas cruzadas uma oportunidade de fazer contato comercial com o oriente - chance de retomar rotas comerciais com o oriente - porto de Constantinopla. Essa 4 Cruzada retoma o contato comercial com o oriente - retoma a atividade comercial plenamente - RENASCIMENTO COMERCIAL. No fim das cruzadas, esse contato trouxe uma agricultura com técnicas mais avançadas para a Europa - aumento da produtividade momentânea. Fim do século 13. Século 14: século da grande crise feudal. - Grande fome: esgotamento das terras devido ao aumento da produção sem os cuidados devidos com a terra que gerou a queda da produtividade agrícola. - Guerra dos 100 anos: reino inglês e reino francês com muitos mortos. - Peste Negra: devido ao crescimento populacional e a falta de higiene. Matou 1/3 da população feudal. Controle da peste por conhecimento dos mouros (árabes) - Igreja, detentora do conhecimento, não soluciona cura para a peste - perda da legitimidade do monopolio do conhecimento - legitimidade comprometida. Século 15: fim da peste, fim da grande crise. Há o crescimento do comércio (mais rápido que a recuperação da agricultura) e a burguesia cresce e expande seu poder econômico. No entanto, maiores crescimentos são barrados devido a falta de um poder centralizado (para unificar a moeda etc), pela Igreja com a proibição da usura (juros). Então, a burguesia busca um aliado, o rei - aliança. A burguesia pagaria impostos ao rei e o rei contrararia um exército com o dinheiro desses impostos - monopólio da força. Assim, ele centralizaria o poder, unificando a moeda, padronizando leis, pesos e medidas. Além disso, o rei passa a favorecer projetos da burguesia: - manter a balança comercial favorável. - metalismo - protecionismo - intervenção do Estado na economia. Tudo a fim de dar mais dinheiro a burguesia, visto que trariam mais impostos ao rei. - formação dos Estados Modernos Absolutistase do Mercantilismo.
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