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12 - TUTELA E CURATELA

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TUTELA
TENTATIVA CONCEITUAL
Durante a menoridade, o ser humano precisa de alguém que o proteja, defenda e administre os seus bens.
Protetores naturais: pai e mãe
Absolutamente incapazes: (até os 16 anos) – necessitam serem representados.
Relativamente incapazes (16 até 18 anos) – precisam serem assistidos.
Poder familiar dos pais (art. 1.630 do CC e ECA).
Na ausência dos pais, o poder familiar é exercido por outro (art. 1.631 do CC)
TUTELA
O tutor ocupa o lugar jurídico deixado pelo vazio da autoridade parental. 
A tutela é um múnus público que dispõe de uma estrutura jurídico familiar. A preferência é que seja nomeado entre os parentes, para zelar por uma pessoa menor de idade. 
Responsabilidade pela educação – é exercido por pessoa física. 
OBS: protutor – pode ser pessoa jurídica (art. 1.743 do CC)
Tutor: titular de um poder-dever sobre as pessoa e bens do pupilo
Encargos do tutor – de ordem patrimonial. 
Comprovada a dependência econômica: pode o tutelado ter direito a pensão previdenciária do tutor
O período de tutela é de, no mínimo, 02 anos (CC 1.765)
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 
(Lei n. 8.069/90)
Estão sujeitos à tutela os menores de 18 anos de idade (ECA 36).
Competência da Vara de Família: estando a criança/adolescente, ainda que órfão, vivendo no âmbito de uma família.
Competência da Vara da Infância e Juventude: nomeação de tutor para quem está em situação de risco (ECA 98). 
Legitimidade do Ministério Público para propor ação de nomeação (ECA 201, III e IV)
Família substituta (ECA 28)
Suspensão ou perda do poder familiar: autoriza a nomeação do tutor. 
OBS: criança sob o poder familiar  pode ser deferida a guarda a outrem
COMPARTILHA
Sendo nomeado mais de um tutor, sem ordem de preferência  entende-se que a tutela é cometida pelo primeiro (art. 1.733, §1º do CC).
Ex. um casal. 
ESPÉCIES DE TUTELA
A nomeação de um tutor é um negócio jurídico unilateral, devendo obedecer forma especial, sob pena de nulidade (CC 107 e 166, IV). 
ESPÉCIES DE TUTELA
1. Documental: o direito de nomear um tutor compete aos pais (aptos (CC 1.729)). 
Se o genitor não está no exercício do poder familiar, sua nomeação é nula (CC 1.730). OBS: se a nomeação é feita antes da perda, ela é válida. 
Documento autêntico, firmado por um ou por ambos os pais. Pode ser levada a efeito por escritura pública, escrito particular, carta. 
2. Testamentária:
É vedado testamento em conjunto (CC 1.863), podem os pais indicar o tutor em instrumento distinto. 
Após a abertura da sucessão, no prazo de 30 dias, cabe ao tutor ingressar com o pedido de controle judicial do ato (ECA 37). 
Podem os pais excluir algumas pessoas para o exercício da tutela (art. 1.735, III do CC). 
O tutor assume o cargo quando o genitor morre ou ocorre a perda do poder familiar (ou suspensão).
Mãe nomeia A e pai nomeia B = compete ao juiz decidir. 
3. Legitima:
Não feita a nomeação pelos pais, são convocados os parentes consanguíneos (art. 1.731 do CC).
4. Dativa:
 
Na falta ou exclusão de tutor legitimo ou testamentário, bem como na ausência de parentes em condições de exercer a tutela, cabe ao juiz conferi-la a uma pessoa estranha. Pessoa idônea, que resida no domicílio do menor (CC 1.732)
IMPEDIMENTOS
Art. 1.735. Não podem ser tutores e serão exonerados da tutela, caso a exerçam:
I - aqueles que não tiverem a livre administração de seus bens;
II - aqueles que, no momento de lhes ser deferida a tutela, se acharem constituídos em obrigação para com o menor, ou tiverem que fazer valer direitos contra este, e aqueles cujos pais, filhos ou cônjuges tiverem demanda contra o menor;
III - os inimigos do menor, ou de seus pais, ou que tiverem sido por estes expressamente excluídos da tutela;
IV - os condenados por crime de furto, roubo, estelionato, falsidade, contra a família ou os costumes, tenham ou não cumprido pena;
V - as pessoas de mau procedimento, ou falhas em probidade, e as culpadas de abuso em tutorias anteriores;
VI - aqueles que exercerem função pública incompatível com a boa administração da tutela.
DIREITO DE RECUSA
A tutela é um encargo imposto por lei, sendo que a não ser em determinadas hipóteses não pode ser recusada a nomeação (CC 1.736).
Art. 1.736. Podem escusar-se da tutela:
I - mulheres casadas;
II - maiores de sessenta anos;
III - aqueles que tiverem sob sua autoridade mais de três filhos;
IV - os impossibilitados por enfermidade;
V - aqueles que habitarem longe do lugar onde se haja de exercer a tutela;
VI - aqueles que já exercerem tutela ou curatela;
VII - militares em serviço.
Art. 1.737. Quem não for parente do menor não poderá ser obrigado a aceitar a tutela, se houver no lugar parente idôneo, consanguíneo ou afim, em condições de exercê-la
MANIFESTAÇÃO DO TUTELADO
O estatuto processual não prevê a necessidade de colher a manifestação de vontade do tutelado. Somente depois da nomeação, é recomendável que se ouça o pupilo adolescente (CC 1.740, III).
ECA: deve a criança e o adolescente, quando possível, ser ouvido por equipe interprofissional (ECA 28, §1º), vez que o menor tem direito de ser ouvido sobre a adoção (ECA 45, §2º)
AÇÃO DE NOMEAÇÃO DO TUTOR: levado a efeito por meio de jurisdição voluntária. 
Legitimidade: Ministério Público ou Interessado. 
Pode ocorrer o declínio da nomeação (art. 1.783 do CC)  05 dias para indicar nova pessoa (760 do CPC).
Tutor nomeado  presta compromisso (ECA 32), podendo ser ouvido o tutelado. 
Pode ser condicionado, o exercício da tutela, à prestação de caução (CC 1.745) (ônus facultativo, OBS: inidoneidade moral). 
EXERCÍCIO
O tutor passa a administrar os bens do tutelado, mas não adquire a condição de usufrutuário. 
Fiscalização dos atos do tutor  nomeação de um protutor: pessoa física ou jurídica, quem realiza exercício parcial de tutela (CC 1.742).
Quando o juiz não nomeia o tutor: tem responsabilidade direta e pessoal (CC 1.744, I).
Quando o juiz não exigir caução ou não remover o tutor: tem responsabilidade subsidiária para com este (CC 1.744, II). 
Atribuições exercidas pelo tutor, independente de autorização judicial (CC 1.747)
Atribuições exercidas pelo tutor, dependente de autorização judicial (CC 1.748).
Venda de imóvel pertencente ao tutelado: apenas com alvará judicial (CC 1.750). 
OBS: CC 1.752: O tutor responde pelos prejuízos que, por culpa, ou dolo, causar ao tutelado; mas tem direito a ser pago pelo que realmente despender no exercício da tutela, salvo no caso do art. 1.734, e a perceber remuneração proporcional à importância dos bens administrados.
PRESTAÇÃO DE CONTAS: a cada ano, deve submeter a apreciação do juiz um balanço (CC 1.765).
A cada 02 anos, tem a obrigação de prestar constas de sua administração, mesmo que os pais do menor o tenham dispensado do encargo (CC 1.755).
CESSAÇÃO: a tutela se extingue com a maioridade ou emancipação do pupilo.
DESTITUIÇÃO: (ECA 38)  procedimento para remoção (CPC 761 e 762). Fica o tutor responsável pelos prejuízos que causar. 
Infração administrativa: multa (ECA 249 (de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de reincidência))
CURATELA
TENTATIVA CONCEITUAL
Por presunção legal, os maiores de 18 anos de idade tem plena capacidade e são capazes de administrar sua pessoa e bens. No entanto, seja por razão de doença, deficiência mental ou intelectual, se encontra impossibilitado de cuidar de seus próprios interesses.
A curatela é instituto protetivo dos maiores de idade, mais incapazes de zelar por seus próprios interesses. 
OBS: Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/2015)
Art. 2o  Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com asdemais pessoas.  
ESPÉCIES DE CURATELA
1. AUTOCURATELA: 
Uma pessoa capaz firma uma declaração de vontade para quem, diante de uma situação de incapacidade, previsível ou não, organize sua futura curatela (instrumento: mandato permanente ou procuração preventiva).
Mesmo que a parte escolha seu curador, nada impede a nomeação de outra pessoa. 
2. CURATELA COMPARTILHADA:
O CC confere legitimidade ao pai ou à mãe para o exercício da curatela (CC 1.775, §1º). Mas a jurisprudência passou a conceder a curatela compartilhada a ambos os genitores (esta possibilidade foi acolhida pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência (CC 1.775-A). 
3. TOMADA DE DECISÃO APOIADA:
Termo introduzido pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência. Termo protetivo para pessoas em situação de vulnerabilidade. 
A pessoa com deficiência elege, ao menos 02 pessoas, que gozem de sua confiança para assessorá-lo de modo que possa exercer a sua capacidade (CC 1.783-A).
O beneficiário conserva sua capacidade de fato, estando privada de praticar determinados atos da vida civil. 
Pessoa com deficiência e apoiadores  apresentam um termo ao juiz com a indicação dos limites do apoio, o compromisso dos apoiadores e o prazo de vigência (CC 1.783-A, §2º).
Juiz  contata equipe multidisciplinar  ouve-se o Ministério Público  designa audiência para ouvir a todos  homologa ou não o termo. 
4. ENFERMO E PESSOA COM DEFICIÊNCIA:
Não só o enfermo, mas também pessoa com deficiência física incapacitante pode requerer que lhe seja nomeado curador para administrar seus bens ou negócios (CC 1.780). É a conhecida “curatela-mandato”. 
Para o seu exercício, basta a atribuição de poderes para a mera administração de negócios ou bens do curatelado, sem autorização para a transferência ou renúncia de direitos (deve ter expressa manifestação de vontade do curatelado).
Esta possibilidade pode beneficiar pessoas idosas, que não conseguem se locomover. 
OBS: mais fácil outorgar uma procuração.
LEGITIMIDADE PARA EXERCER A CURATELA
Art. 747 (CPC).  A interdição pode ser promovida:
I - pelo cônjuge ou companheiro;
II - pelos parentes ou tutores;
III - pelo representante da entidade em que se encontra abrigado o interditando;
IV - pelo Ministério Público.
Parágrafo único.  A legitimidade deverá ser comprovada por documentação que acompanhe a petição inicial.
Não há ordem de preferência. Trata-se de uma legitimidade concorrente. 
EXERCÍCIO
Tudo o que compete ao tutor, também compete ao curador, desde as possibilidades de escusa (CC 1.736) às normas de exercício (CC 1.740 A 1.752), como o que diz respeito aos bens (CC 1.753) e, principalmente, o dever de prestar contas (CC 1.755 A 1.765). 
Quando é vultuoso o patrimônio do curatelado, pode o juiz determinar a prestação de caução (hipótese facultativa (CC 1.745, § único). 
O exercício da curatela é múnus público, mas o curador faz jus à remuneração pelos bens administrados e despesas que tiver (CC 1.752, 1.774, 1,781). 
Fiscalizar atos – nomeia-se um pró-curador.
PRESTAÇÃO DE CONTAS 
Como os pais, em face do poder familiar, são usufrutuários dos bens dos filhos, aqueles estão dispensados de prestar contas. 
Encargo exercido por cônjuge: no reg. De comunhão universal de bens, é dispensada a prestação de contas. 
Comunhão parcial de bens e união estável: nada justifica a imposição de prestação de contas. 
As contas devem ser apresentadas em procedimento próprio e não nos autos de curatela. 
LEVANTAMENTO DA CURATELA
 
Cessada a causa ou incapacidade, a curatela deve ser levantada (CPC 756)  cita-se o curador, o qual deve prestar contas até o momento  o juiz nomeia perito ou equipe multidisciplinar para proceder ao exame do interdito  designa audiência de instrução e julgamento  levanta-se a curatela.
Pode haver o levantamento parcial da curatela? SIM (CPC 756, §4º)
INCAPACIDADE PROVISÓRIA
Impossibilidade momentânea. O juiz concede alvará para atender a necessidades específicas. 
O Estatuto da Pessoa com Deficiência, em casos de relevante urgência, autoriza o juiz, de ofício, a requerimento do interessado ou do MP, a nomear curador provisório (EPD 87). 
Proposta a ação de curatela, o juiz pode nomear curador provisório: tutela antecipada antecedente (CPC 305)