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APOSTILA-CURSO-CIPA

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EMPRESA: 
_____________________________________________________________________________ 
ALUNO:______________________________________________________DATA__/___/_____ 
INSTRUTOR:___________________________________________________________________
CIPA 
 
MANUAL DE PREVENÇÃO DE 
ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO 
 CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO 
 
2 
 
APRESENTAÇÃO 
 Nas minhas conversas com empregados, com colegas e apresentações de consultoria 
aos empresários digo sempre que, se fosse eu sócio, diretor ou administrador de uma 
sociedade empresarial não teria uma CIPA em meu estabelecimento. 
Teria duas. 
 Diante do espanto causado por tamanha audácia, frente aqueles que abominam a 
comissão de prevenção de acidentes, esclareço minha idéia, um tanto absurda, que teria mais 
de uma comissão de prevenção de acidentes em minha empresa, considerando que nessa 
comissão disponho de vários empregados, todos com os olhos voltados para a organização dos 
locais de trabalho, dos processos de produção; um grupo, literalmente de “colaboradores”, 
dispostos a proceder uma série de fiscalizações e inspeções nos atos inseguros cometidos pelos 
colegas e das condições de insegurança que possam causar um acidente ou uma doença no 
trabalho. 
 Indo além nesse raciocínio, digo que esses processos de fiscalização e inspeção dos atos 
e condições inseguras são prevencionistas de passivos trabalhistas, aqueles gerados por 
infortúnios laborais e dos atos de fiscalização dos agentes de inspeção do trabalho. 
 Uma Comissão de Prevenção de Acidentes que cuida dos meus negócios sem exigir 
nenhum adicional salarial, tão somente pelo desejo de participar, em conjunto com outros 
colegas de trabalho, na atenção e cuidado com seus semelhantes. 
 E com isso ganham os empregados, suas famílias, a empresa e a sociedade de uma 
forma geral quando, com as ações da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, o local de 
trabalho seja também um lugar de vida. 
 Que esse trabalho na elaboração desse material para enriquecer os cursos de Prevenção 
de Acidentes e Doenças no Trabalho seja de utilidade para todos. 
A todos os empregados que, voluntariamente participam das ações prevencionistas da 
CIPA, meus respeito e admiração. 
 Um forte abraço fraternal e amigo. 
 Do autor 
 Odemiro J B Farias 
 CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO 
 
3 
 
 
ÍNDICE 
O Acidente de Trabalho 
 Histórico 
 No Brasil – Estatísticas 
 Conseqüências dos Acidentes do Trabalho 
A PREVENÇÃO DE ACIDENTES 
A LEGISLAÇÃO - O MINISTÉRIO DO TRABALHO 
A CIPA 
Conceito –– Estruturação - Exercícios – Atribuições 
Funcionamento 
 O SEESMT 
O ACIDENTE DO TRABALHO 
 Exercício. Conceito de Acidentes do Trabalho 
Conceito Legal de Acidente e Doença do Trabalho - quadro 
 Causas dos Acidentes – Fatores das causas 
 Formulário de Exercício prático 
RISCOS OCUPACIONAIS 
INSALUBRIDADE 
PERICULOSIDADE 
E.P.I. 
MAPA DE RISCOS 
ANÁLISE E INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES 
INSPEÇÃO DE SEGURANÇA 
 AIDS - DST 
 PRIMEIROS SOCORROS 
 PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIOS 
 CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO 
 
4 
 
 
 
HISTÓRIA SOBRE A ORIGEM DA CIPA 
 
A idéia da criação de um grupo de funcionários que, além de terem suas 
atribuições normais, se preocupassem também com a Prevenção de Acidentes 
foi desenvolvida pela OIT - Organização Internacional do Trabalho. 
 A OIT, fundada em 1919, com sede em Genebra, na Suíça, tem por 
objetivo fazer recomendações buscando a solução de problemas 
relacionados com o trabalho. Como não poderia deixar de ser, o ACIDENTE DE 
TRABALHO, tendo-se em vista os altos índices já registrados na época, levou a 
OIT a preocupar-se com o fato a ponto de, em 1921, surgir a idéia de criar os 
Comitês de Segurança nas empresas com pelo menos 25 empregados. A idéia 
ficou em estudo durante 2 (dois) anos, sendo recomendada ao mundo em 
1923. 
 No Brasil, essa recomendação foi atendida parcialmente por meio do 
Art.82 do Decreto-Lei nº 7036, de 10/11/44, que determinava que todas as 
empresas com 100 (cem) ou mais empregados deveriam providenciar em seus 
estabelecimentos a organização de Comissões Internas de Prevenção de 
Acidentes. 
 Posteriormente, esse Decreto-Lei foi sendo aperfeiçoado por meio de 
Portarias Ministeriais que o regulamentam até os dias atuais, conforme se 
seguem: 
 1ª) Portaria nº 229, de 19/06/45: evidenciou melhor o caráter 
obrigatório da implantação das Comissões nas empresas com 100 ou 
mais empregados. 
 2ª) Portaria nº 155, de 27/11/53: oficializou a sigla CIPA e obrigou a 
criação de uma CIPA CENTRAL nos estabelecimentos com 
Departamentos com mais de 100 empregados. Recomendava CIPAs 
espontâneas nas empresas com menos de 100 empregados. 
 CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO 
 
5 
 
 3ª) Portaria nº 32, de 29/11/68: além de manter o limite de 100 
empregados, passou a distribuir as empresas por categorias 
econômicas. Limitou a obrigatoriedade das CIPAs às empresas 
vinculadas à CNI, a CNC (1º grupo-atacadista; 2º grupo-
armazenador), à CNT marítimos, fluviais e aéreos e à CNT terrestres. 
Deixou de mencionar a CIPA CENTRAL e aboliu a recomendação das 
CIPAs constituídas espontaneamente. 
 4ª) Portaria nº 3456, de 03/08/77: reduziu de 100 para 50 o número-
limite de empregados que obrigava as empresas a constituírem 
CIPAs. 
5ª) Portaria nº 3214-NR.5, de 08/06/78: manteve o limite de 50 
empregados e criou a obrigatoriedade de treinamento dos membros 
da CIPA com carga horária mínima de 12 horas. Criou a estabilidade 
para o membro titular dos empregados na CIPA. 
 6ª) Portaria nº 33, de 27/10/83: criou um quadro que, com base no 
grau de risco e no número mínimo de empregados. Cita também a 
obrigatoriedade de o empregador indicar um responsável pela 
segurança na empresa, caso não precise ter a CIPA. Ampliou de 12 
horas para 18 horas a carga horária do Treinamento em Prevenção 
de Acidentes de Trabalho para componentes da CIPA. 
 7ª) Portaria de nº 8, de 23/02/99, que introduziu mudanças como: 
conteúdo programático do Curso para Componentes, excluindo 
Primeiros Socorros e Prevenção e Combate a Incêndios, e 
acrescentando disciplinas como: Estudo do Ambiente e Condições 
de Trabalho, Prevenção a AIDS, Noções de Legislação Previdenciária. 
Ampliação de carga horário que passou de 18 para 20 horas, 
alteração dos critérios de redimensionamento da CIPA e extinção de 
formulários como: Anexo I, Anexo II, entre outros. 
 
 
 
 
 CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO 
 
6 
 
 
 
 
LEGISLAÇÃO 
 
 Para que os profissionais TSTs, Tecnólogos ou Engenheiros de Segurança 
no Trabalho possam desenvolver com eficiência o treinamento dos novos 
membros da CIPA, conforme o disposto no item 5.33 da NR-05, é preciso 
conhecimentos nas áreas de Legislação Trabalhistas e Previdenciária. 
 A Constituição Federal, A CLT, a Lei 6.514,77 que alterou o Capítulo V da 
CLT – da Saúde e Segurança no Trabalho – regulamentada pela Portaria 
3.214/78 e a Lei Previdenciária – Lei 8213/91 – que regulamenta os Benefícios da 
Previdência, são as leis que os profissionais de Segurança do Trabalho devem 
conhecercom relativa profundidade pára estarem capacitados em ministrar o 
Treinamento em Saúde e Segurança do Trabalho para os novos membros da 
CIPA. 
 A NR-05 no item 5.33 menciona que deverá ser abordado no treinamento 
noções sobre legislação trabalhista e previdenciária relativas à saúde e 
segurança do trabalho. 
 Dessa forma procuramos trazer aos profissionais da área de segurança 
de saúde um resumo da legislação trabalhista e previdenciária necessária para 
o desenvolvimento do curso e orientação aos membros da CIPA naquilo que é 
importante. 
 Iniciamos citando alguns incisos da Constituição Federal que fazem a 
previsão de trabalho seguro como sendo direito dos trabalhadores urbanos e 
rurais e outros direitos que são abordados nos tópicos seguintes, continuamos 
com abordagem da CLT no capítulo V nos artigos 154 a 201 que tratam da 
saúde e segurança do trabalhador 
 Por último analisamos a Lei Previdenciária 8.213/91 que regulamenta os 
benefícios previdenciários, em específico, as garantias ao doente ou 
acidentado no trabalho. 
 CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO 
 
7 
 
 
 
A CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
A Constituição Federal, a lei magna do país, a mãe 
de todas as leis faz uma previsão ao direito de condições 
de trabalho seguras para os trabalhadores urbanos e rurais. 
Esses preceitos constitucionais são utilizados com freqüências pelos 
advogados nas ações trabalhistas com pedidos de adicionais de insalubridade 
e nas ações de indenização por acidentes e ou doenças do trabalho. 
Vejamos. 
O Artigo 7° da CF garante aos trabalhadores rurais e urbanos um desfile 
de direito nos seus incisos. 
O primeiro mandamento da Constituição na matéria de segurança do 
trabalho está exposto no Inciso XXII: 
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de 
normas de saúde, higiene e segurança; 
De uma forma simples e objetiva a Constituição Federal faz a previsão 
expressa, afirmando que o trabalhador urbano e rural tem o direito a redução 
dos riscos do trabalho através da aplicação das normas de saúde, higiene e 
segurança no trabalho. 
Logo a seguir no Inciso XXIII a norma constitucional estabelece o direito 
ao adicional de insalubridade e periculosidade, aqueles mesmos dispostos nas 
NRs 15 e 16 da Portaria 3.214/78. 
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, 
insalubres ou perigosas, na forma da lei; 
De todas as previsões constitucionais dos direitos e garantias de trabalho 
seguro, o Inciso XXVIII é o mais importante de todos os demais. 
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo 
do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, 
quando incorrer em dolo ou culpa; 
 
 
 CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO 
 
8 
 
O Inciso XXVII do artigo 7° da CF garante ao trabalhador dois direitos ao 
mesmo tempo: 
a) O Direito ao Seguro contra Acidentes do Trabalho. Aquele 
seguro acidentário que todas as empresas recolhem 
mensalmente, calculado sobre a soma dos salários de todos os 
empregados constante na folha de pagamento com alíquotas 
que variam de 1% até 12% conforme o caso, dependendo do 
grau de risco da atividade do empregado e as condições de 
trabalho insalubre que garantem ao trabalhador o direito a 
aposentadoria especial; 
b) Mais importante nessa norma constitucional é a obrigação a 
indenização que o empregador está obrigado a pagar ao 
empregado, nos casos de acidentes ou doenças do trabalho, 
quando incorrer em dolo ou culpa. 
Esse inciso é muito utilizado pelos advogados nas ações trabalhistas com 
pedidos de indenização por acidentes ou doenças do trabalho nos casos em 
que esta caracterizada a culpa do empregador no acidente ou doença. 
Continuando, a Constituição no seu inciso trinta e três protege o 
trabalhador fazendo a previsão de proibição de trabalho noturno, perigoso ou 
insalubre para menores de dezoito anos. 
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a 
menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis 
anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze ano 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO 
 
9 
 
 
 
A CLT – CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO 
 
 
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)1 é a principal norma 
legislativa brasileira referente ao Direito do trabalho e ao Direito processual do 
trabalho. Ela foi criada através do Decreto-Lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943 e 
sancionada pelo então presidente Getúlio Vargas durante o período do Estado 
Novo, entre 1937 e 1945, unificando toda legislação trabalhista então existente 
no Brasil. É um mito que ela tenha sido fortemente inspirada na Carta del 
Lavoro do governo de Benito Mussolini na Itália. 
Seu objetivo principal é a regulamentação das relações individuais e 
coletivas do trabalho, nela previstas. 
Foi assinada em pleno Estádio de São Januário (Club de Regatas Vasco 
da Gama), que estava lotado para a comemoração da assinatura da CLT. 
Veja abaixo a transcrição do art. 1º da CLT. 
Art. 1º - Esta Consolidação estatui as normas que regulam as relações 
individuais e coletivas de trabalho, nela previstas. 
O termo "celetista", derivado da sigla "CLT", costuma ser utilizado para 
denominar o indivíduo que trabalha com registro em carteira de 
trabalho e previdência social. 
Em oposição a CLT, existem funcionários que são regidos por outras normas 
legislativas do trabalho, como aqueles que trabalham como pessoa 
jurídica (PJ), profissional autônomo, ou ainda como servidor 
público pelo regime jurídico estatutário federal.3 
A CLT surgiu como uma necessidade constitucional após a criação 
da Justiça do Trabalho em 1939. 
O país passava por um momento de desenvolvimento, mudando a 
economia de agrária para industrial, as mudanças eram extremamente 
necessárias. Em janeiro de 1942 o presidente Getúlio Vargas e o ministro do 
trabalho Alexandre Marcondes Filho trocaram as primeiras idéias sobre a 
 
1 Texto retirado da enciclopédia eletrônica Wikpedia 
 CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO 
 
10 
 
necessidade de fazer uma consolidação das leis do trabalho. A idéia primária 
foi de criar a "Consolidação das Leis do Trabalho e da Previdência Social". 
Foram convidados para fazer parte da empreitada os juristas José de 
Segadas Viana, Oscar Saraiva, Luís Augusto Rego Monteiro, Dorval Marcenal de 
Lacerda e Arnaldo Lopes Süssekind. 
Na primeira reunião ficou definido que a comissão seria dividida em 
Trabalho e Previdência e que seriam criadas duas consolidações diferentes. As 
fontes materiais da CLT foram, em primeiro lugar, as conclusões do 1° 
Congresso Brasileiro de Direito Social, realizado em maio de 1941, em São 
Paulo, para festejar o cinqüentenário da Encíclica Rerum Novarum, organizado 
pelo professor Antonio Ferreira Cesarino Júnior e pelo advogado e professor Rui 
de Azevedo Sodré. A segunda fonte foram as convenções internacionais do 
trabalho. A terceira foi a própria Encíclica Rerum Novarum e, finalmente, os 
pareceres dos consultores jurídicos Oliveira Viana e Oscar Saraiva, aprovados 
pelo ministro do Trabalho. 
Em novembro de 1942, foiapresentado o anteprojeto da CLT, publicado 
posteriormente no Diário Oficial para receber sugestões. Após estudar o 
projeto, Getúlio Vargas deu aos co-autores e nomeando os mesmos para 
examinar as sugestões e redigir o projeto final, finalmente assinado em 1º de 
maio de 1943, mas que não substituiu o publicado no DOU de 9.8.1943. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO 
 
11 
 
O CONCEITO LEGAL DE ACIDENTE DO TRABALHO 
 
A PORTARIA 3.214/78 e a C.L.T. 
 
 No ano seguinte após a promulgação da Lei 6.514/77, em 08 de Junho 
de 1978 seguiu-se a Portaria 3.214/78 regulamentando aquelas modificações 
que foram efetuadas no Capítulo V da CLT. 
 
 
 
Quadro I: A CLT foi modificada pela Lei 6.514/77 que foi regulamentada pela 
Portaria 3.214/78 
 
 Na prática da militância na Justiça do Trabalho, atuando ora como 
procurador nas Ações Trabalhistas e ora como assistente técnico nas pericias 
judiciais do trabalho, surpreendentemente denotamos o desconhecimento da 
legislação trabalhista e prevencionista por parte de profissionais do direito e 
dos profissionais das áreas de segurança do trabalho. 
 Os profissionais do direito teimam em não considerar a Portaria 3.214/78 
na condição de Direito do Trabalho, talvez pela complexidade técnica contida 
na sua árdua tarefa de regulamentar a Lei 6.514/77 que modificou o Capítulo V 
da CLT nos assuntos de Segurança e Saúde do Trabalho. 
 
LEI 6.514/77 
Alterando o 
Capítulo V da CLT 
Segurança e Saúde 
no Trabalho artigos 
154 a 201 
 CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO 
 
12 
 
 Essa teimosia dos advogados em reconhecer as normas técnicas 
contidas na Portaria 3.214/78 vem dos bancos escolares que absolutamente 
nada do seu conteúdo é ensinado nas faculdades de direito, com certeza 
exatamente pela sua complexidade, o que necessitaria de docentes 
conhecedores do assunto e considerando que somente advogados, por forca 
de lei, podem ministrar aulas no curso de direito, torna-se praticamente 
impraticável o ensino daquelas matérias nos cursos de direito. 
 Em relação aos profissionais das áreas de segurança do trabalho, 
engenheiros de segurança do trabalho técnicos e tecnólogos em segurança 
do trabalho, a carência dos conhecimentos técnicos e legais contidos na 
Portaria 3.214/78 advém de falha nos conteúdos ensinados no cursos formadores 
daqueles profissionais. 
 
 As NORMAS REGULAMENTADORAS 
 
 No site do Ministério do Trabalho e emprego – www.mte.gov.br – no Link de 
LEGISLAÇÃO – Normas Regulamentadoras, podemos denotar 
 
 
 
 
 CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO 
 
13 
 
 Atualmente são 36 normas Regulamentadoras: 
 
Norma Regulamentadora Nº 01 - Disposições Gerais 
Norma Regulamentadora Nº 02 - Inspeção Prévia 
Norma Regulamentadora Nº 03 - Embargo ou Interdição 
Norma Regulamentadora Nº 04 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em 
Medicina do Trabalho 
Norma Regulamentadora Nº 05 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes 
Norma Regulamentadora Nº 06 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI 
Norma Regulamentadora Nº 07 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional - 
PCMSO 
Norma Regulamentadora Nº 08 - Edificações 
Norma Regulamentadora Nº 09 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais 
Norma Regulamentadora Nº 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade 
Norma Regulamentadora Nº 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de 
Materiais 
Norma Regulamentadora Nº 11 Anexo I, - Regulamento Técnico de Procedimentos para 
Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Chapas de Mármore, Granito e outras Rochas 
Norma Regulamentadora Nº 12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos 
Norma Regulamentadora Nº 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão 
Norma Regulamentadora Nº 14 - Fornos 
Norma Regulamentadora Nº 15 - Atividades e Operações Insalubres 
Norma Regulamentadora Nº 16 - Atividades e Operações Perigosas 
Norma Regulamentadora Nº 17 - Ergonomia 
Norma Regulamentadora Nº 17 Anexo I - Trabalho dos Operadores de Checkouts - 
Norma Regulamentadora Nº 17 Anexo II - Trabalho em Teleatendimento / Telemarketing 
Norma Regulamentadora Nº 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Ind Construção 
Norma Regulamentadora Nº 19 - Explosivos 
Norma Regulamentadora Nº 20 - Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e 
Combustíveis. 
Norma Regulamentadora Nº 21 - Trabalho a Céu Aberto 
Norma Regulamentadora Nº 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração 
Norma Regulamentadora Nº 23 - Proteção Contra Incêndios 
Norma Regulamentadora Nº 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho 
Norma Regulamentadora Nº 25 - Resíduos Industriais 
Norma Regulamentadora Nº 26 - Sinalização de Segurança 
Norma Regulamentadora Nº 27 - Revogada pela Portaria GM- Fiscalização e Penalidades 
Norma Regulamentadora Nº 29 - Segurança e Saúde no Trabalho Portuário 
Norma Regulamentadora Nº 30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário 
Norma Regulamentadora Nº 30 - Anexo I - Pesca Comercial e Industrial- 
Norma Regulamentadora Nº 30 - Anexo II - Plataformas e Instalações de Apoio - 
Norma Regulamentadora Nº 31 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho 
na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura 
Norma Regulamentadora Nº 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Est de Saúde 
Norma Regulamentadora Nº 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados 
Norma Regulamentadora Nº 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da 
Construção e Reparação Naval. 
Norma Regulamentadora Nº 35 - Trabalho em Altura. 
Norma Regulamentadora n.º 36 -Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e 
Processamento de Carnes e Derivados. 
 CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO 
 
14 
 
A LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA 
 
 
 
A principal composição das leis Previdenciária é formada pelas Leis 8.212/91 e 
8.213/91; as Instruções Normativas do INSS e os Decretos, completadas com outros 
dispositivos legais que regulamentam todas as atividades, financiamentos e benefícios 
da Previdência Social Brasileira. 
A Lei 8.212/91 normatiza as fontes de arrecadação da previdência 
A Lei 8.213/91 normatiza os benefícios da Previdência em favor dos 
trabalhadores assegurados. 
 
LEI 8.213/91 – CONCEITO DE ACIDENTE E DOENÇA DO TRABALHO 
Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a 
serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII 
do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a 
morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o 
trabalho. 
 § 1º A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e 
individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador. 
 § 2º Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de 
cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho. 
 § 3º É dever da empresa prestarinformações pormenorizadas sobre os riscos da 
operação a executar e do produto a manipular. 
 CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO 
 
15 
 
 § 4º O Ministério do Trabalho e da Previdência Social fiscalizará e os sindicatos e 
entidades representativas de classe acompanharão o fiel cumprimento do disposto 
nos parágrafos anteriores, conforme dispuser o Regulamento. 
 Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as 
seguintes entidades mórbidas: 
 I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo 
exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva 
relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social; 
 II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em 
função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione 
diretamente, constante da relação mencionada no inciso I. 
 § 1º Não são consideradas como doença do trabalho: 
 a) a doença degenerativa; 
 b) a inerente a grupo etário; 
 c) a que não produza incapacidade laborativa; 
 d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela 
se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato 
direto determinado pela natureza do trabalho. 
 § 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação 
prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais em que o 
trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve 
considerá-la acidente do trabalho. 
 Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei: 
 I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja 
contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua 
capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a 
sua recuperação; 
 II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em 
conseqüência de: 
 a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou 
companheiro de trabalho; 
 CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO 
 
16 
 
 b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa 
relacionada ao trabalho; 
 c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de 
companheiro de trabalho; 
 d) ato de pessoa privada do uso da razão; 
 e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de 
força maior; 
 III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no 
exercício de sua atividade; 
 IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de 
trabalho: 
 a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da 
empresa; 
 b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar 
prejuízo ou proporcionar proveito; 
 c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por 
esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, 
independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de 
propriedade do segurado; 
 d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, 
qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do 
segurado. 
 § 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da 
satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o 
empregado é considerado no exercício do trabalho. 
 § 2º Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a 
lesão que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às 
conseqüências do anterior. 
 Art. 21-A. A perícia médica do INSS considerará caracterizada a natureza 
acidentária da incapacidade quando constatar ocorrência de nexo técnico 
epidemiológico entre o trabalho e o agravo, decorrente da relação entre a atividade 
da empresa e a entidade mórbida motivadora da incapacidade elencada na 
Classificação Internacional de Doenças - CID, em conformidade com o que dispuser o 
regulamento. 
 CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO 
 
17 
 
 § 1o A perícia médica do INSS deixará de aplicar o disposto neste artigo quando 
demonstrada a inexistência do nexo de que trata o caput deste artigo 
 § 2o A empresa poderá requerer a não aplicação do nexo técnico 
epidemiológico, de cuja decisão caberá recurso com efeito suspensivo, da empresa 
ou do segurado, ao Conselho de Recursos da Previdência Social 
 Art. 22. A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social 
até o 1º (primeiro) dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de 
imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo 
e o limite máximo do salário-de-contribuição, sucessivamente aumentada nas 
reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social. 
 § 1º Da comunicação a que se refere este artigo receberão cópia fiel o 
acidentado ou seus dependentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua 
categoria. 
 § 2º Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o 
próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico 
que o assistiu ou qualquer autoridade pública, não prevalecendo nestes casos o prazo 
previsto neste artigo. 
 § 3º A comunicação a que se refere o § 2º não exime a empresa de 
responsabilidade pela falta do cumprimento do disposto neste artigo. 
 § 4º Os sindicatos e entidades representativas de classe poderão acompanhar a 
cobrança, pela Previdência Social, das multas previstas neste artigo. 
 § 5o A multa de que trata este artigo não se aplica na hipótese do caput do art. 
21-A. (Incluído pela Lei nº 11.430, de 2006) 
 Art. 23. Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional ou 
do trabalho, a data do início da incapacidade laborativa para o exercício da 
atividade habitual, ou o dia da segregação compulsória, ou o dia em que for 
realizado o diagnóstico, valendo para este efeito o que ocorrer primeiro. 
 
 
 
 
 
 
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18 
 
O ACIDENTE DO TRABALHO 
 No Brasil – Estatísticas 
 
 FONTE: Anuário Estatístico da Revista Proteção 
 
 
 
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19 
 
PARTES DO CORPO MAIS ATINGIDAS 
 
 FONTE: Anuário Estatístico da Revista Proteção 
 
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20 
 
 As Conseqüências dos Acidentes do Trabalho 
Para o Trabalhador 
 
 
É a principal vítima, sofre com as dores e as 
demais conseqüências do acidente, afeta a auto 
estima, reduz a capacidade laboral 
 
Para a família do 
acidentadoA família sofre as conseqüências diretamente com 
o acidente do trabalhador, na falta do pai, na 
diminuição da capacidade financeira, dos gastos 
e das preocupações com o acidentado 
 
Para a Empresa 
 
O Acidente afeta o sistema de produção, causa 
gastos com treinamento de substitutos, gastos nos 
acidentes com máquinas; indenizações pelo 
passivo trabalhista causado pelo acidente 
 
Para a Sociedade 
 
A sociedade sofre as conseqüências com os 
acidentes do trabalho sustentando as vítimas no 
sistema SUS, gerando gastos volumosos com 
seguros de acidentes do trabalho e pagamentos 
de salários e aposentadorias para os acidentados 
 CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO 
 
21 
 
A CIPA - Conceito 
 
C 
 
 
 
I 
 
 
P 
 
A 
 
 
 CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO 
 
22 
 
 
 
 
 
 
CIPA 
RELATA DIRETORIA 
SEESMT 
ENCARREGADO 
MEIOS DE 
COMUNICAÇÃO 
VERBAL 
ESCRITO 
COMUNICAÇÃO INTERNA 
ATA DA CIPA 
CIPA 
OBSERVA ATOS INSEGUROS 
CONDIÇÕES INSEGURAS 
FLUXOGRAMA DE FUNCIONAMENTO DA CIPA 
 CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO 
 
23 
 
 
COMPOSIÇÃO DA CIPA DA EMPRESA 
 Preencher os Quadros
 
MEMBROS 
REPRESENTANTES 
EMPRESA 
REPRESENTANTES 
EMPREGADOS 
 
TITULARES 
 
 
SUPLENTES 
 
 
PRESIDENTE DA 
CIPA 
 
 
VICE 
PRESIDENTE DA 
CIPA 
 
 
SECRETÁRIO(A) 
 
 
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24 
 
ELEIÇÕES DA CIPA 
 
 
ATO ELEITORAL 
 
 
ITEM NR 
 
QUANDO FAZER 
Convocação das Eleições pelo 
empregador 
 
5.38 
60 dias antes do término 
do mandato em curso 
Constituição da Comissão Eleitoral 
5.39 
55 dias antes do término 
do mandato em curso 
Publicação e Divulgação do Edital 5.40 “a” 45 dias antes do final do 
mandato em curso 
Realização da Eleição 5.40 “e” 30 dias antes do final do 
mandato em curso 
Treinamento dos novos membros Antes da posse 
Posse No último dia do mandato 
anterior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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25 
 
DO PROCESSO ELEITORAL 
5.38 Compete ao empregador convocar eleições para escolha dos representantes dos 
empregados na CIPA, no prazo mínimo de 60 (sessenta) dias antes do término do mandato em curso. 
5.38.1 A empresa estabelecerá mecanismos para comunicar o início do processo eleitoral ao 
sindicato da categoria profissional. 
5.39 O Presidente e o Vice Presidente da CIPA constituirão dentre seus membros, no prazo 
mínimo de 55 (cinqüenta e cinco) dias antes do término do mandato em curso, a Comissão Eleitoral – 
CE, que será a responsável pela organização e acompanhamento do processo eleitoral. 
5.39.1 Nos estabelecimentos onde não houver CIPA, a Comissão Eleitoral será constituída pela 
empresa. 
5.40 O processo eleitoral observará as seguintes condições: 
a) publicação e divulgação de edital, em locais de fácil acesso e visualização, no prazo 
mínimo de 45 (quarenta e cinco) dias antes do término do mandato em curso; 
b) inscrição e eleição individual, sendo que o período mínimo para inscrição será de 
quinze dias; 
c) liberdade de inscrição para todos os empregados do estabelecimento, 
independentemente de setores ou locais de trabalho, com fornecimento de 
comprovante; 
d) garantia de emprego para todos os inscritos até a eleição; 
e) realização da eleição no prazo mínimo de 30 (trinta) dias antes do término do 
mandato da CIPA, quando houver; 
f) realização de eleição em dia normal de trabalho, respeitando os horários de turnos e 
em horário que possibilite a participação da maioria dos empregados. 
g) voto secreto; 
h) apuração dos votos, em horário normal de trabalho, com acompanhamento de 
representante do empregador e dos empregados, em número a ser definido pela 
comissão eleitoral; 
i) faculdade de eleição por meios eletrônicos; 
j) guarda, pelo empregador, de todos os documentos relativos à eleição, por um período 
mínimo de cinco anos. 
 
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26 
 
 
DAS ATRIBUIÇÕES DA CIPA 
 
5.16 A CIPA terá por atribuição: 
a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a 
participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde 
houver; 
b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de 
problemas de segurança e saúde no trabalho; 
c) participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de 
prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais 
de trabalho; 
d) realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho 
visando a identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e 
saúde dos trabalhadores; 
e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu 
plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas; 
f) divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho; 
g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo 
empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de 
trabalho relacionados à segurança e saúde dos Trabalhadores; 
h) requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina 
ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos 
trabalhadores; 
i) colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros 
programas relacionados à segurança e saúde no trabalho; 
j) divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como 
cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e 
saúde no trabalho; 3 
 CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO 
 
27 
 
l) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador, da 
análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de 
solução dos problemas identificados; 
m) requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham 
interferido na segurança e saúde dos trabalhadores; 
n) requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas; 
o) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna 
de Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT; 
p) participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de 
Prevenção da AIDS. 
 
 
REUNIÃO DA CIPA – ATA DE REUNIÕES 
 
 
A NR-05 no seu item 5.23 estabelece que a Comissão deve reunir-se 
mensalmente de acordo com um calendário anual pré estabelecido. Essas 
Reuniões ordinárias – resultantes de uma ordem cronológica e pré estabelecida 
– deverão ser realizadas durante o horário de expediente normal da empresa 
em local apropriado. 
 
Nas Reuniões da CIPA devem participar, obrigatoriamente os membros 
titulares, representantes dos empregados e dos empregadores. 
 
O horário de início da reunião e o localdevem estar estabelecidos no 
calendário anual e o seu tempo de duração será de acordo com as 
necessidades das discussões dos temas relacionados na ordem do dia. 
 
Os assuntos abordados devem unicamente se relacionar com os assuntos 
de prevenção de acidentes e doenças do trabalho; observações dos 
comportamentos inadequados e condições de insegurança nos locais de 
trabalho devem ser relatados e debatidos entre os membros da comissão. 
 
 CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO 
 
28 
 
Das observações realizadas pelos membros da Comissão, trazidas para 
discussão em reunião, deverá haver uma proposta de prevenção. 
 
Na reunião a Comissão deve também analisar e investigar os acidentes 
ocorridos com a emissão de recomendações prevencionistas à empresa, aos 
encarregados dos setores, ao SEESMT e a todos os empregados. 
 
Todos os assuntos debatidos em reunião, das recomendações e 
observações feitas pela comissão, deve ser lavrada uma ata, um registro por 
escrito, assinada por todos os membros, devendo ser arquivado, em papel ou 
meio eletrônico, ficando a disposição do empregador, dos empregados e das 
autoridades. 
 
A comissão deverá reunir-se em caráter extraordinário em caso de 
denúncia de grave riscos; na ocorrência de acidente grave ou quando houver 
solicitação da empresa ou uma das partes representantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO 
 
29 
 
 
SIPAT 
A realização da SIPAT – Semana Interna de Prevenção de 
Acidentes é uma das atribuições da CIPA e deve ser 
realizada anualmente, em conjunto com o SEESMT, quando 
houver e atingir o maior número possível de funcionários 
através dos eventos programados naquela semana. 
NR-05 – Item 5.16 
o) promover, anualmente, em conjunto 
com o SESMT, onde houver, a Semana 
Interna de Prevenção de Acidentes do 
Trabalho – SIPAT; 
 
A NR-05 não estabelece nenhuma forma de realização da SIPAT, ficando a 
critério da Comissão os eventos e formas de abordagem dos assuntos programados. 
Na realização da SIPAT devem ser abordados todos os assuntos de prevenção 
de Saúde e Segurança do Trabalho através: 
 - Palestras 
 - Filmes 
 - Debates 
 - Campanhas Internas 
 - Concursos 
Para a realização dos eventos, a Comissão pode convidar profissionais de todas 
as áreas prevencionistas: Médicos, Engenheiros, Técnicos de Segurança, Tecnólogos, 
Fisioterapeutas, Bombeiros e tantos outros para a explanação das diversas formas de 
prevenção de acidentes e doenças no trabalho. 
Previamente a direção da empresa deve ser comunicada da realização da 
SIPAT e os eventos relacionados, ficando a empresa obrigada a permitir a 
participação dos eventos programados naquela semana de prevenção. 
Todos os eventos da SIPAT devem ser relacionados na ATA de Reunião da CIPA 
no mês subseqüente. 
 
 CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO 
 
30 
 
 
O SEESMT 
 
 Dependendo do Grau de Risco da atividade da empresa e o n° de 
empregados, fica obrigada a constituir um SEESMT – SERVIÇOS ESPECIALIZADOS 
EM ENGENHARIA E SEGURANÇA DO TRABALHO conforme determina a NR 04. 
4.1 As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da administração direta e indireta e dos 
poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis 
do Trabalho - CLT, manterão, obrigatoriamente, Serviços Especializados em Engenharia de 
Segurança e em Medicina do Trabalho, com a finalidade de promover a saúde e proteger a 
integridade do trabalhador no local de trabalho. (Alterado pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de 
outubro de 1983) 
4.2 O dimensionamento dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em 
Medicina do Trabalho vincula-se à gradação do risco da atividade principal e ao número total de 
empregados do estabelecimento, constantes dos Quadros I e II, anexos, observadas as exceções 
previstas nesta NR. 
 
 Os profissionais que compõe o SEESMT são: 
 - TÉCNICOS EM SEGURANÇA DO TRABALHO 
 - MÉDICO DO TRABALHO 
 - ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO 
- ENFERMEIRO DO TRABALHO 
- AUXILIAR DE ENFERMAGEM DO TRABALHO 
Cada um desses profissionais tem a sua atribuição definida de acordo com a 
sua profissão nos termos na NR-04 
Dependendo o grau de risco da empresa e do número de empregados, deverá 
ser contratado um ou mais de um dos profissionais acima relacionados 
 
 
 
 CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO 
 
31 
 
 
O ACIDENTE DO TRABALHO 
 Exercício. Conceito de Acidentes do Trabalho 
1. MANOCRÉU, no horário do almoço jogando futebol no campo 
da empresa quebrou a perna e deve ficar afastado por trinta 
dias 
 
[ ] SIM [ ] NÃO 
2. ANTONIO BELO, que reside no Sitio Cercado, trabalha na CIC, 
ao final do expediente, indo para casa, acidentou-se na Santa 
Cândida. 
 
[ ] SIM [ ] NÃO 
 
3. PEDRINO PACO acidentou-se no banheiro depois de meia 
hora em que estava “matando o tempo” lendo uma 
revistinha. 
 
[ ] SIM [ ] NÃO 
4. GEREMUNDA, durante o expediente, brigou com sua colega 
IRMANACILDA disputando as graças do colega MANOCRÉU. 
IRMACILDA teve o braço quebrado e deve ficar afastada 
trinta dias. 
 
[ ] SIM [ ] NÃO 
5. ESTUDANILDO DA SILVA, mora no Bairro Alto e estuda no 
centro da cidade. Voltando da aula as 23h00min acidentou-se 
e deve ser afastado. 
 
[ ] SIM [ ] NÃO 
6. PREGONILDO dos Santos, durante o expediente fincou um 
prego no pé. Não tomou a injeção recomendada, teve tétano 
e perdeu o pé. 
 
[ ] SIM [ ] NÃO 
7. VIAJANDINO DA SILVA viajou a serviço da empresa. Durante 
a noite foi visitar algumas casas noturnas e sofreu um 
acidente. 
 
[ ] SIM [ ] NÃO 
8. GASTRÔNCIO das Neves, passeando em frente da empresa no 
domingo percebeu um incêndio. Entrou para ajudar a apagar 
o fogo e se acidentou. 
[ ] SIM [ ] NÃO 
9. GASTORINA de Souza comeu a maionese estragada que 
serviram no almoço e teve um grave problema intestinal, foi 
internada e deve ficar afastada por vinte dias 
[ ] SIM [ ] NÃO 
 
 
 
 CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO 
 
32 
 
 
CONCEITO LEGAL DE ACIDENTE DO TRABALHO 
 
Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da 
empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 
desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou 
a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ACIDENTES 
DO TRABALHO 
EXERCÍCIO DO 
TRABALHO 
SERVIÇO DA 
EMPRESA 
 
PROVOCANDO 
PERTURBAÇÃO 
FUNCIONAL 
LESÃO CORPORAL 
 
CAUSANDO 
MORTE 
PERDA DA 
CAPACIDADE PARA 
TRABALHO 
TEMPORÁRIA 
DEFINITIVA 
 CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO 
 
33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO 
 
34 
 
 
DOENÇA DO TRABALHOArt. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as 
seguintes entidades mórbidas: 
 I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada 
pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da 
respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência 
Social; 
 II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada 
em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se 
relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I. 
 § 1º Não são consideradas como doença do trabalho: 
 a) a doença degenerativa; 
 b) a inerente a grupo etário; 
 c) a que não produza incapacidade laborativa; 
 d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em 
que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou 
contato direto determinado pela natureza do trabalho. 
 § 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na 
relação prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais 
em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a 
Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO 
 
35 
 
 
CAUSA DOS ACIDENTES DO TRABALHO 
 
ATO INSEGURO: Comportamento inadequado do trabalhador que causa um 
acidente. Também denominado de “falha humana” ou “comportamento 
inadequado” pode ser causado por três principais razões: 
 
IMPERÍCIA: Falta de conhecimento técnico ou prático na função ou 
tarefa desenvolvida. 
Exemplo: Empregado designado para executar um trabalho em 
altura sem treinamento. 
IMPRUDENCIA: Desrespeito a uma determinada norma de segurança que 
causa o acidente. 
 Exemplo: Empregado que não utilizada o EPI recomendado 
NEGLIGÊNCIA: Deixar de observar situações de potencial perigo que 
pode causar um acidente. 
Exemplo: Abandonar uma empilhadeira sem os freios acionados 
em local de declive. 
 
FATORES CAUSADORES DOS ATOS/COMPORTAMENTOS INSEGUROS 
a) Problemas Sociológicos: Os problemas de ordens sociais, financeiros e 
de relacionamento com família, parentes, vizinhanças, colegas de 
trabalho, etc., é próprio do ser humano. Esses problemas afetam o 
trabalhador na concentração de suas atividades, na profissão ou no 
exercício da sua atividade laboral. A falta de atenção é grande 
causador de Acidentes no Trabalho 
b) Falta de Treinamento – Reconhecimento dos Riscos: A Legislação 
prevencionista, a NR-01, obriga o empregador a treinar e orientar o 
empregado dos riscos inerentes a sua atividade. A falta de 
treinamento ou de esclarecimento dos riscos ocupacionais também 
são grandes causadoras de acidentes no trabalho. 
 CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO 
 
36 
 
c) Problemas de Saúde: Exercer as atividades laborais com algum 
sintoma de doença, tais como febre, dor de cabeça, resfriados ou 
outros sintomas, pode ocasionar acidentes no trabalho. 
d) Gerenciamento Inadequado: O gerenciamento inadequado, 
cobrança excessiva de produção, supervisão rígida ou tratamento 
áspero podem causar acidentes do trabalho 
 
CONDIÇÃO INSEGURA: Todas as condições perigosas presentes no ambiente de 
trabalho que podem causar um acidente do trabalho. 
 
 MÁQUINAS PERIGOSAS 
 EQUIPAMENTOS PERIGOSOS 
 FERRAMENTAS COM DEFEITOS 
 PROCESSO DE PRODUÇÃO PERIGOSO 
 PISO ESBURACADO 
 ESCADAS COM DEFEITOS 
 ELETRICIDADE 
 INCÊNDIO 
 MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS 
 MOVIMENTAÇÃO DE VEÍCULOS 
 
 
 
 
 
 
 
 CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO 
 
37 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIO 
PRÁTICO 
MEMBROS DA CIPA 
 
Analise com calma e olhar crítico o desenho na página seguinte, veja todos os 
atos praticados pelos empregados e as condições existentes no local de 
trabalho: 
Agora você vai marcar, fazendo uma anotação simples dos: 
ATOS INSEGUROS – marque com as letras AT 
CONDIÇÕES DE INSEGURANÇA marque com as letras CI 
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38 
 
 
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39 
 
BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA 
 Dentre os vários benefícios da Previdência Social destinado ao 
trabalhador contribuinte, destacam-se dois: 
 
 
 
1. SEGURO CONTRA ACIDENTES DO TRABALHO 
 
 
Todos os trabalhadores têm o direito ao SEGURO CONTRA 
ACIDENTES DO TRABALHO – SAT – em caso de sofre um Acidente do 
Trabalho ou ficar doente em decorrência de uma doença do trabalho. 
As empresas recolhem ao INSS, para pagamento do SAT – Seguro contra 
Acidentes do Trabalho, valores correspondente a 1%, 2%, 3% e 4% sobre 
os salários dos trabalhadores, dependendo do grau de riscos da 
atividade da empresa que trabalham, para garantir ao trabalhador o 
recebimento do seu salário, quase que integral, em caso de acidente ou 
doença do trabalho. 
 
 
 
2. AUXILIO DOENÇA 
 
O Auxilio Doença é um dos mais importantes benefícios 
concedidos pela Previdência Social em caso de afastamento do 
trabalho motivado por acidentes ou doenças que não sejam 
consideradas do trabalho, conforme exposto acima. 
 
 CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO 
 
40 
 
Dos Salários pagos no afastamento 
A diferença de maior importância no recebimento desses benefícios são 
os valores pagos pela previdência social. 
Quando um trabalhador é afastado por acidente ou doença, 
independente do fato haver ocorrido dentro ou fora da empresa, o 
Salário dos primeiros quinze dias de afastamento é pago pela empresa. 
Do décimo sexto dia em diante o salário é pago pela Previdência Social. 
No benefício do Seguro Acidente Trabalho os valores pagos pela 
previdência aproximam-se do salário real recebido pelo empregado. 
No benefício do Auxilio Doença os valores são calculados em um 
percentual calculado sobre a média dos salários dos últimos anos, o que 
representa, ao final, benefícios com valores muito abaixo dos salários 
recebidos na empresa. 
 
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41 
 
RISCOS AMBIENTAIS 
FÍSICOS QUIMICOS BIOLÓGICOS ACIDENTES ERGONÔMICOS 
RUÍDO – acima de 85 Db 
FRIO 
CALOR 
UMIDADE 
VIBRAÇÕES 
RADIAÇÕES NÃO IÔNICAS 
RADIAÇÕES IONIZANTES 
PRODUTOS QUÍMICOS -
SÓLIDOS - 
LIQUIDOS - 
GASOSOS 
POEIRA 
NÉVOAS 
NEBLINAS 
VIRUS 
FUNGOS 
BACTÉRIAS 
MAQUINAS PERIGOSAS 
EQUIPAMENTOS 
FERRAMENTAS ARRANJO 
FÍSICO ELETRICIDADE 
INCENDIO 
POSTURAS INADEQUDAS 
MOVIMENTOS REPETITIVOS 
ESFORÇOS FISICOS STRESS 
TRABALHO EM TURNO 
TRABALHO NOTURNO 
DOENÇAS CAUSADAS 
SURDEZ 
PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS 
CEGUEIRADOENÇAS 
CIRCULATÓRIAS 
 
INTOXICAÇÕES CÂNCER 
PROBLEMAS DE PELE 
 
CONTAMINAÇÃO POR 
AGENTES INFECTO 
CONTAGIOSOS 
 
ACIDENTE COM PÉS – 
MÃOS - CABEÇA - OLHOS 
 
D.O.R.T. 
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL 
PROTETOR AURICULAR 
PROTETOR FACIAL ROUPAS 
ESPECIAIS 
PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA 
LUVAS ROUPAS 
ESPECIAIS 
PROTETOR RESPIRATÓRIO 
PROTETOR FACIAL LUVAS 
ROUPAS ESPECIAIS 
CAPACETE - CALÇADO 
LUVAS - ÓCULOS AVENTAL 
CINTO SEGURANÇA 
 
 CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO 
 
42 
 
 
 
 
 
 
1. OS RISCOS FÍSICOS 
 
RUÍDOS Entende-se por ruído um barulho ou som indesejável 
freqüentemente produzido por máquinas, equipamentos ou processos, 
cujos efeitos no organismo são: 
 - Distúrbios gastrointestinais 
 - Irritabilidade 
 - Vertigens 
 - Nervosismo 
 - Aceleração de pulso 
 - Elevação de pressão arterial 
VIBRAÇÕES 
São oscilações, balanços, tremores, movimentos vibratórios e 
trepidações produzidas por máquinas e equipamentos motorizados 
quando em funcionamento. 
Caso a exposição seja por tempo prolongado as vibrações podem 
produzir danos físicos ao organismo, tais como: 
 - Alterações musculares e ósseas 
 - Problemas Nervosos 
 - Patologias ortopédicas 
 - Problemas em articulações 
 - Distúrbios na articulação motora 
 - Enjôo e náuseas 
 - Diminuição do tato 
 CIPA - PREVENÇÃO DE ACIDENTES E DOENÇAS NO TRABALHO 
 
43 
 
 CALOR 
Os trabalhadores expostos a trabalhos com calor podem apresentar 
problemas como insolação, câimbras e problemas com o cristalino do 
glóbulo ocular devido à exposição excessiva ao calor 
FRIO 
Efeitos do frio: Os casos que se destacam pela ação do frio, mais 
comuns são: Queimaduras, gripes, inflamações das amígdalas, resfriados, 
algumas alergias, congelamento dos pés e mãos e problemas 
circulatórios. 
 PRESSÕES ANORMAIS 
Entre as atividades que expõe o Homem à condição de pressão 
superior a uma atm (1 Kg/cm2). 
 Os riscos à saúde são: 
- Barotrauma - Incapacidade de equilíbrio de 
pressões interna e externa. 
- Embolia Gasosa - Consequência de rápida subida 
à tona 
 - Intoxicação por dióxido de carbono 
 
RADIAÇÕES 
 1 NÃO IONIZANTE 
Apresenta importância visto que seus efeitos sobre a saúde podem 
implicar em lesões e doenças. Esta radiação é do tipo eletromagnética e 
apresenta-se na forma de raios infravermelhos, ultravioletas , microondas 
e laser 
São observadas nos trabalhos em siderurgia, fusão de metais, 
processos de solda, caldeiras, fornalhas, fornos, etc. 
Produzem alterações na pele e olhos, conjuntivite, cataratas, lesões 
na retina. 
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2 IONIZANTES 
São do tipo alfa, beta, gama, raios x e não podem ser 
detectadas pelo ser humano, mesmo quando atravessam seu corpo. A 
exposição a essas radiações pode resultar em: queda de cabelos, lesões 
na córnea e cristalina, perda de imunidade biológica, câncer e até 
mutações genéticas em longo prazo, com efeitos em gerações futuras. 
Podem ser encontrados em clínicas de radiologias, hospitais, 
consultórios odontológicos, na indústria e em laboratórios de pesquisas. 
 
UMIDADE 
 
Os trabalhadores expostos à umidade são aqueles que exercem suas 
atividades em locais alagados, encharcados ou com umidade excessiva. 
Nessa situação, pode ocorrer estagnação do sangue produzindo 
diminuição da oxigenação dos tecidos e paralisação dos pés e pernas, 
acompanhados de fortes dores. Podem também ocorrer gripes, 
resfriados, bronquites, reumatismo e pneumonias. 
 
 
 
 
 
 
 
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2 OS RISCOS QUÍMICOS 
 
 
São agentes ambientais em potencial de doenças profissionais devido 
à sua ação sobre o organismo humano. 
Grande parte dessas substâncias possui características tóxicas e 
constituem uma ameaça à saúde do trabalhador e podem ser encontradas 
sob estados físicos da matéria : sólido, líquido e gasoso 
 
POEIRA 
São partículas sólidas em suspensão no ar, originadas de operações 
tais como: 
 - esmerilhamento - trituração - lixamento 
 - impacto 
 - em outros processos ou manejo de variedade de materiais tais como: 
 - metais, madeira, grãos, minerais e outros 
NEBLINA 
São partículas finas suspensas no ar, produzidas pela condensação de 
vapores. 
Ex.: Todas as neblinas de ácidos (clorídricos, nítricos, crômicos, 
fluorídrico, sulfurico, etc.) afetam seriamente a saúde , 
principalmente o sistema respiratório. 
 
 
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46 
 
FUMOS 
São partículas sólidas suspensas no ar, geradas pelo processo de 
condensação de vapores metálicos, produzidos pela sublimação 
(passagem direta do sólido para o gasoso) de um metal. Geralmente é 
produto da reação de vapores metálicos com o oxigênio do ar. Os fumos 
são produzidos em operações como : Fundição, corte de metais com 
oxigênio, desbaste de esmeril e solda. 
Os principais metais que apresentam risco para a saúde são: 
Antimônio, arsênio, manganês, mercúrio ,selênio, telúrio, tálio, urânio, 
cobre, berílio, cádmio, cromo, cobalto, ferro, chumbo e outros. 
O chumbo é contaminante de grande toxidade. Os sintomas 
aparecem no corpo somente após a acumulação de uma quantidade 
expressiva. Pode-se passar meses para que níveis tóxicos de chumbo 
desenvolvam-se no organismo, porém os sintomas de envenenamento 
podem surgir da noite para o dia. 
Os fumos metálicos do zinco e seus óxidos se inalados podem 
provocar uma enfermidade chamada febre de fumo metálico; os 
sintomas geralmente desaparecem dentro de um dia. 
Os fumos metálicos de magnésio, cobre e de outros elementos 
também, podem provocar a mesma síndrome. 
As fontes de zinco são, principalmente, a solda e o corte de latão, 
zinco ou outros metais galvanizados e a limpeza abrasiva de superfícies 
galvanizadas. 
 
FUMAÇA 
São partículas combinadas com gases que se originam das 
combustões incompletas de materiais orgânicos podendo ser sólidas ou 
líquidas. 
Ex.: queima de madeiras - carvão - produtos derivados de petróleo 
líquidos inflamáveis, vegetais, etc. 
 As fumaças contêm gases, gotículas e partículas secas. 
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47 
 
GASES 
São substâncias que em condições normais de temperatura e 
pressão estão no estado gasoso. 
 Ex: hidrogênio, nitrogênio, ar, argônio, acetileno, dióxido de carbono, 
 monóxido de carbono, dióxido de enxofre, GLP, amônia, etc. 
É importante conhecer as características particulares dos gases a 
serem manipulados, a fim de evitar danos à saúde. Podem ser corrosivos, 
tóxicos, asfixiantes 
VAPORES 
É a fase gasosa de uma substância que normalmente é sólida ou 
líquida em condições normais de temperatura e pressão. 
Pode-se encontrar concentrações de vapores quando se 
empregam solventes orgânicos, diluentes de tintas, agentes de limpeza, 
alcool, xileno, tetracloreto de carbono,benzeno, tolueno, cloreto de 
etila, gasolina, etc. 
 
PRODUTOS QUÍMICOS DIVERSOS 
Podem englobar qualquer uma das formas de agentes químicos 
apresentadas anteriormente, bem como, os produtos usados diariamente 
nas empresas. 
Ex.: Soda cáustica, ácido clorídrico, ácido sulfúrico, 
carbonatos de sódio e cálcio e uma infinidade de produtos sob 
as mais diversas marcas comerciais. 
OS PRODUTOS QUÍMICOS PODEM SER: 
IRRITANTES: Aqueles que devido a uma ação química ou corrosiva 
tenham a propriedade de produzir inflamação nos tecidos 
ASFIXIANTES: Estas substâncias tem a capacidade de deslocar o 
oxigênio do ambiente. Provocam asfixia. 
ANESTÉSICOS: Apresentam efeitos anestésico no sistema nervoso 
central 
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Classificam-se em: 
 
 PROTOZOÁRIOS: Causam doenças como a desinteria 
amebiana e giardíase 
 FUNGOS: Causam mofos e bolores, deterioram alimentos, 
podem produzir toxinas no homem, além de causar micoses. 
 BACTÉRIAS: Causam pneumonia, infecções alimentares, cólera, 
leptosporiose e toxiplasmose 
 BACILOS: São bactérias em formas de bastonetes que causam, 
por exemplo, a tuberculose. 
 VIRUS :Causam no homem doenças como a gipe, hepatite, 
herpes (genital e labial), hidrofobias, AIDS, etc. 
Estão sujeitos aos agentes biológicos os trabalhadores de hospitais, 
laboratórios. cortumes, tratamento de água e esgoto, açougue, 
Frigoríficos, coleta de lixo, etc. 
 
 
 
 
3. RISCOS BIOLÓGICOS 
São caracterizados pela presença de 
microorganismos invisíveis a olho nu, presentes 
no ambiente de trabalho capazes de causar 
doenças, deteriorização de produtos 
alimentícios, de madeiras, de couros, mau 
cheiro, interrupção de processos industriais, 
etc. Por apresentarem muita facilidade de 
reproduzir-se, além de contar com diversos 
mecanismos para transmissão ou 
contaminação das pessoas, ambientes ou 
animais 
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4. RISCOS DE ACIDENTES 
 
Caracterizam-se pela presença e ou contato do 
homem com máquinas, objetos cortantes, 
escoriantes, abrasivos e perfurantes, explosivos, 
inflamáveis, choques elétricos e outros capazes de 
causar danos físicos à saúde do trabalhador. 
ARRANJO FÍSICO INADEQUADO: Disposição irracional de máquinas e 
equipamentos e processos do ambiente de trabalho. 
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS: Sem proteção, defeituosas e sem 
sinalização 
FERRAMENTAS: Inadequadas, perigosas, defeituosas, impróprias. 
ELETRICIDADE: Contato com linha viva, falta de aterramento e 
improvisações 
SINALIZAÇÃO: Ausência de indicação de riscos. 
PROBABILIDADE DE INCÊNDIO E EXPLOSÃO: Risco com produtos 
inflamáveis, armazenagem, sobrecarga elétrica, etc. 
TRANSPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS: Batida contra, Batida por, 
choque contra, queda de objetos, esmagamento, etc. 
EDIFICAÇÕES: Pisos inadequados, canaletas, rampas, escadas impróprias 
ausência de espaço físico. 
ILUMINAÇÃO: A determinação de iluminação necessária a um ambiente 
de trabalho tem por finalidade adequar os níveis de iluminamento às 
atividades desenvolvidas. Como o homem necessita de boa iluminação 
para perceber pequenos objetos e detalhes, o ambiente de trabalho 
deve proporcionar uma iluminação adequada às características 
individuais e da atividade. 
 O importante é que cada atividade tenha um nível de iluminamento adequado 
às características do posto de trabalho. 
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5 RISCOS ERGONÔMICOS 
 
 
 O estudo dos agentes ergonômicos 
visa estabelecer parâmetros que permitam a 
adaptação das condições de trabalho às 
características psicofisiológicas dos 
trabalhadores, de modo a proporcionar o 
máximo de conforto, segurança e 
desempenho. 
 
As condições de trabalho relacionados com ergonomia, incluem 
aspectos ligados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao 
mobiliário, aos equipamentos e às condições de postos de trabalho e a 
própria organização do trabalho. 
 Na avaliação dos agentes ergonômicos, a preocupação deve ser com 
as pessoas do ambiente de trabalho para atender às relações complexas 
entre trabalhadores, máquinas, demandas e métodos de trabalho. 
 Todo o trabalho, independente de sua natureza, produz uma tensão 
tanto física como mental no indivíduo que a executa. Enquanto essas 
tensões forem mantidas dentro de limites razoáveis, o desempenho do 
trabalhador será satisfatório e a sua saúde e bem-estar serão mantidos. Caso 
as tensões sejam excessivas, haverá resultados não desejados manifestados 
em forma de erros e acidentes, causando lesões, danos à saúde, danos 
materiais e afetando a qualidade dos serviços. 
 O objetivo final de um estudo ergonômico, deve ser o de projetar 
instalações de fábricas, escritórios, móveis , ferramentas, equipamentos e 
procedimentos de trabalho de forma que sejam compatíveis com as 
dimensões, capacidades, limitações e expectativas do ser humano. 
 
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RISCOS ERGONÔMICOS 
 Esforço físico intenso. 
 Levantamento e transporte manual de pesos 
 Exigência de posturas inadequadas 
 Controle rígido de produtividade 
 Imposição de ritmos excessivos 
 Trabalho em turno e noturno 
 Jornada de trabalho prolongada 
 Monotonia e repetitividade 
 Outras situações causadoras de stress físico e psicológico 
 
EFEITOS DOS RISCOS ERGONÔMICOS 
 
- Dores nas articulações - Dores nas costas - Dores de Cabeça 
- Problemas circulatórios - Ardência dos olhos - Nervosismo 
- Problemas nos tendões - Queda nos níveis de qualidade, 
produtividade e segurança. 
 
 
 
 
 
 
 
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INSALUBRIDADE – NR-15 
 São consideradas atividades ou operações insalubres aquelas 
desenvolvidas em algumas situações onde os riscos ocupacionais estão acima 
do LIMITE DE TOLERÃNCIA definida na lei. 
 Exemplos: 
RISCOS FÍSICOS 
 Ruído Acima de 85 dB 
 Calor – Acima do limite e Definido por Laudo Técnico 
 Frio – Em condições estabelecidas por Laudo Técnico 
 RISCOS BIOLÓGICOS 
Nas atividades exposição a doenças e doentes infecto 
contagiosas; na manipulação de lixo e esgoto urbano e 
outras situações de exposição demonstrada em Laudo 
Técnico 
 RISCOS QUÍMICOS 
Na exposição ou manipulação de algum produto químico 
relacionado na nos anexos 11 e 12 da NR15 comprovados 
através de Laudo Técnico 
 
PERICULOSIDADE – NR 16 
 TRANSPORTE DE COMBUSTÍVEIS 
 EXPLOSIVOS 
 ELETRICIDADE 
 VIGILÂNCIA PATRIMONIAL 
 
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53 
 
E.P.I. 
 NR-06 
 Direitos e Deveres 
 
6.1 Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora - NR, 
considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou 
produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de 
riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.6.3 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI 
adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas 
seguintes circunstâncias: 
 
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa 
proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais 
e do trabalho; 
 
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo 
implantadas; e, 
 
c) para atender a situações de emergência. 
 
 
6.5 Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e 
em Medicina do Trabalho – SESMT, ouvida a Comissão Interna de Prevenção de 
Acidentes - CIPA e trabalhadores usuários, recomendar ao empregador o EPI 
adequado ao risco existente em determinada atividade. (Alterado pela Portaria 
SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010) 
 
1.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI: 
 
a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade; 
b) exigir seu uso; 
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional 
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; 
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e 
conservação; 
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54 
 
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; 
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e, 
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada. 
h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados 
livros, fichas ou sistema eletrônico. 
(Inserida pela Portaria SIT n.º 107, de 25 de agosto de 2009) 
 
1.7 Responsabilidades do trabalhador. 
 
6.7.1 Cabe ao empregado quanto ao EPI: 
a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; 
b) responsabilizar-se pela guarda e conservação; 
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio 
para uso; e, 
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. 
 
 
6.9 Certificado de Aprovação - CA 
 
6.9.1 Para fins de comercialização o CA concedido aos EPI terá validade: 
(Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010) 
a) de 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio 
que não tenham sua conformidade avaliada no 
âmbito do SINMETRO; 
b) do prazo vinculado à avaliação da conformidade no âmbito do 
SINMETRO, quando for o caso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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55 
 
 
 
 
FICHA DE ENTREGA DE EPIs 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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56 
 
 
OS E.P.Is E A PARTE DO CORPO PROTEGIDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CABEÇA 
 
 
 
 
FACE 
 
 
 
 
 
 
 
 
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57 
 
 
 
OLHOS 
 
 
 
 
OUVIDOS 
 
 
 
RESPIRAÇÃO 
 
 
 
CINTOS DE 
SEGURANÇA 
 
 
 
 
 
 
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LUVAS 
 
 
 
 
 
PÉS 
 
 
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59 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRONCO 
 
 
 
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 INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE ACIDENTES 
 
 A Análise e Investigação de acidentes ou doenças do trabalho é 
uma atividade obrigatória da CIPA em conjunto com o SESMT da 
empresa, quando houver. 
 
 O item 5.16da NR-05 esclarece assim: 
 
5.16 A CIPA terá por atribuição: 
....................................................................... 
l) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o 
empregador, da análise das causas das doenças e acidentes de 
trabalho e propor medidas de solução dos problemas identificados; 
 
 
 Por sua vez, a NR-04 estabelece o seguinte: 
 
1.12 Compete aos profissionais integrantes dos Serviços Especializados 
em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho: (Alterado 
pela Portaria SSMT n.º 33, de 27 de outubro de 1983) 
.................................................................................. 
 h) analisar e registrar em documento(s) específico(s) todos os acidentes 
ocorridos na empresa ou estabelecimento, com ou sem vítima, e todos os 
casos de doença ocupacional, descrevendo a história e as 
características do acidente e/ou da doença ocupacional, os fatores 
ambientais, as características do agente e as condições do(s) 
indivíduo(s) portador(es) de doença ocupacional ou acidentado(s); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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61 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA – ANÁLISE E INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTE 
 
 
 
 
 
“Manocréu trabalha no setor de Manutenção. Admitido na 
empresa há trinta dias, sem experiência. 
 
Certo dia foi mandado instalar um Extintor de Incêndio na sala da 
contabilidade. 
 
Manocréu foi até o local com os seguintes equipamentos: 
 - Uma furadeira elétrica 
 - Uma escada 
 
Iniciou os trabalhos com a furação da parede. 
A escada tinha um degrau quebrado. 
O cabo elétrico da furadeira tinha uma emenda na tomada. 
O furo era numa viga de concreto. A broca não era a indicada. 
Forçou a furadeira, a broca quebrou, a tomada elétrica deu um 
curto circuito e produziu um estouro, Manocréu se assustou; o 
degrau da escada quebrou; a broca se partiu e atingiu o olho 
direito de Manocréu que estava sem óculos de proteção; no susto 
caiu e quebrou o braço direito” 
 
 
 
 
 
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62 
 
INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE de AT 
EMPRESA: 
1. DADOS DO ACIDENTADO 
NOME: FUNÇÃO: 
SETOR: ADMISSÃO: ___/___/___ NO SETOR DESDE: ___/___/___ 
2. DESCRIÇÃO DO ACIDENTE 
 
3. PARTE DO CORPO ATINGIDA 
( ) Cabeça ( ) Tronco ( ) Mão ( ) Braço ( ) Pé ( ) Perna ( ) olhos 
( ) outra parte do corpo 
AFASTAMENTO:____ dias 
( ) ACIDENTE TÍPICO ( ) ACIDENTE DE TRAJETO 
4. DECLARAÇÃO DO ACIDENTADO 
 
5. TESTEMUNHAS – Declarações 
 
6. CONCLUSÃO DA COMISSÃO DE INVESTIGAÇÃO 
 
7. RECOMENDAÇÕES DA COMISSÃO 
ASSINATURAS 
 
 
Local de Data ___/___/___ 
COMISSÃO INVESTIGAÇÃO 
NOME: 
NOME: 
NOME: 
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63 
 
 
Podemos Classificar as Inspeções da seguinte forma:

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