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HIPERDIAHIPERDIA O Hiperdia é um sistema informatizado que permite cadastrar e acompanhar os portadores de hipertensão arterial e/ou diabetes mellitus, captados e vinculados às unidades de saúde ou equipes de Estratégia de Saúde da Família do Sistema Único de Saúde – SUS. Além do cadastro, o sistema permite acompanhar e monitorar de forma contínua a qualidade clínica da população assistida, garante o recebimento dos medicamentos prescritos, ao mesmo tempo que, a médio prazo, pode se definir um perfil epidemiológico da população e conseqüentemente desenvolver políticas de saúde pública que levem à modificação do quadro atual e a melhoria da qualidade de vida dessas pessoas. HIPERDIAHIPERDIA Lei nº. 11.347/ 06 - Dispõe sobre a distribuição gratuita de medicamentos e materiais necessários aos portadores de diabetes. Portarias Portaria nº 371/GM, de 04 de março de 2002 - Institui o Programa Nacional de Assistência Farmacêutica para Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus. Portaria nº. 16, de 03 de janeiro de 2002 - Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial e ao Diabetes Mellitus. Portaria nº. 204/ GM de 29/01/2007 - Regulamenta o financiamento e a transferência dos recursos federais para as ações e os serviços de saúde. Portaria nº.2.583/GM de 10/10/2007 – Define elenco de medicamentos e insumos disponibilizados pelo SUS aos portadores de Diabetes Mellitus. HIPERDIAHIPERDIA Objetivo: Estabelecer diretrizes e metas para a Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial e ao Diabetes Mellitus e consequentemente reduzir o número de internações, a procura por pronto atendimento e os gastos com tratamento de complicações e sequelas, aposentadorias precoces e a mortalidade cardiovascular, promovendo assim, melhoria da qualidade de vida da população. Diretrizes: *Atualizar os profissionais da saúde da rede básica; *Rastrear novos portadores de hipertensão e diabetes; *Assegurar o acesso aos portadores de HA e DM a medicamentos incluídos no elenco mínimo definido pelo Ministério da Saúde; *Assegurar o diagnóstico e a vinculação do paciente às unidades de saúde para tratamento e acompanhamento sistemático; *Promover a reestruturação e ampliação do atendimento resolutivo e de qualidade para os portadores dessas patologias na rede de atenção básica. HIPERDIAHIPERDIA Introdução A hipertensão arterial e o diabetes mellitus representam dois dos principais fatores de risco, contribuindo decisivamente para o agravamento deste cenário em nível nacional, que tendem a crescer nos próximos anos, não só pelo crescimento e envelhecimento da população mas, sobretudo, pela persistência de vários fatores de riscos modificáveis como o tabagismo, a inatividade física, alimentação inadequada, a obesidade, a dislipidemia e o consumo de álcool. Os fatores de riscos somados à urgência em deter o crescimento destes agravos no país, justifica a adoção de estratégias integradas e sustentáveis de vigilância e monitoramento desses fatores, além da adoção de medidas de promoção à saúde, prevenção e controle da hipertensão e diabetes. HIPERDIAHIPERDIA Este desafio é sobretudo da Atenção Básica, notadamente da Saúde da Família, espaço prioritário e privilegiado de atenção à saúde que atua com equipe multiprofissional e cujo processo de trabalho pressupõe vínculo dos usuários às Unidades. Básicas de Saúde. Investir na prevenção é decisivo não só para garantir a qualidade de vida como também para evitar a hospitalização. Se for possível prevenir e evitar danos à saúde do cidadão, este é o caminho a ser seguido. HIPERDIAHIPERDIA Justificativas para a abordagem conjunta da HA e DM: A possibilidade de associação das duas doenças é de ordem de 50%, o que requer, na grande maioria dos casos, o manejo das duas patologias num mesmo paciente. A HA e o DM são doenças que apresentam vários aspectos em comum: •ETIOPATOGENIA: Identifica-se presença, em ambas, de resistência insulínica, resistência vascular periférica aumentada e disfunção endotelial; •FATORES DE RISCOS: Obesidade, dislipidemia e sedentarismo; •CRONICIDADE: Doenças incuráveis, requerendo acompanhamento eficaz e permanente; HIPERDIAHIPERDIA Tratamento não medicamentoso: As mudanças propostas nos hábitos de vida são semelhantes para ambas as situações; •Complicações crônicas que podem ser evitadas quando precocemente identificadas e adequadamente tratadas; •Geralmente assintomática na maioria dos casos; •Difícil adesão no tratamento pela necessidade da mudança de hábitos e participação do indivíduo; •Necessidade de controle rigoroso para evitar complicações; •Alguns medicamentos são comuns; •Necessidade de acompanhamento multidisciplinar; •Fácil diagnóstico para a população. HIPERDIAHIPERDIA HIPERTENSÃO ARTERIAL – HA A hipertensão arterial é defina como uma pressão arterial sistólica maior ou igual a 140mmhg e uma pressão arterial diastólica maior ou igual a 90mmhg, em indivíduos que não estão fazendo uso de medicação anti-hipertensiva. HIPERDIAHIPERDIA ANAMNESE *Hábito de fumar, uso exagerado de álcool, ingestão excessiva de sal, aumento de peso, sedentarismo, estresse, antecedentes pessoais; •Utilização de medicações como: anticoncepcionais,corticosteróides, antiinflamatórios não- hormonais, estrógenos, descongestionantes nasais, formulas para emagrecimento e etc; •Sinais e sintomas sugestivos de lesão de órgãos-alvo; •Tratamento medicamentoso anterior; •História familiar de hipertensão arterial ou doenças cônicas. *Juntamente com um adequado exame físico e exames laboratoriais. HIPERDIAHIPERDIA Controle da hipertensão arterial: Responsabilidades: Diagnóstico dos casos; •Busca ativa dos casos; •Tratamento dos casos; •Diagnóstico precoce de complicações; •Atendimento de urgência Atividades: Diagnóstico clínico; *Aferição da PA, visita domiciliar, informações; •Acompanhamento do paciente, fornecimento de medicações, acompanhamento domiciliar (pact. sequelas de AVC); •Realização ou referência para exames; •Atendimento nas crises hipertensivas. HIPERDIAHIPERDIA Diabetes Mellitus – DM É uma síndrome de etiologia múltiplas, decorrentes da falta de insulina e ou da incapacidade de insulina exercer adequadamente seus efeitos. Caracteriza-se por hiperglicemia crônica com distúrbios do metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas. Suas consequencias ao longo prazo, incluem disfunção e falência de vários órgãos, em especial: rins,olhos, nervos, coração e vasos sangüíneos. HIPERDIAHIPERDIA Classificação: •Diabetes Mellitus – Tipo 1 •Diabetes Mellitus – Tipo 2 •Diabetes Mellitus Gestacional HIPERDIAHIPERDIA ANAMNESE •Sinais e sintomas; •Exames laboratoriais; •Padrões de alimentação, estado nutricional, evolução do peso; •Tratamento prévio e o resultado; •Prática de atividade física; •Intercorrências metabólicas anteriores(hiper ou hipoglicemia); •Infecções de pés, pele, dentária e geniturinária; •Úlceras de extremidades, distúrbios visuais e parestesias; •Uso de medicações que alteram a glicemia; •Fatores de rico para aterosclerose ( hipertensão, dislipidemia, tabagismo, história familiar); •História familiar ou gestacional; •Passado cirúrgico. HIPERDIAHIPERDIA Exame físico: • Peso e altura; • Palpação da tireóide; • Exame da cavidade oral ( gengivite, candidíase, problemas odontológicos); • Avaliação pulsos arteriais periféricos e edema MMII; • Exame dos pés; • Exame neurológicos: reflexos tendinosos, sensibilidade térmica e vibratória; • Verificação da PA; • Exame de fundo de olho. HIPERDIAHIPERDIA Rastreamento: •Poliúria / nictúria; •Polidipsia, polifagia; •Emagrecimento rápido; •Fraqueza / astenia/ letargia; •Prurido vulvar; •Diminuição brusca da acuidade visual; •Achado de hiperglicemia ou glicosúriaem exames de rotina. HIPERDIAHIPERDIA Controle da Diabetes Melittus Responsabilidade Diagnósticos dos casos; Cadastramento dos portadores; Tratamento dos casos; Monitoramento da glicemia; Diagnóstico de complicações; Encaminhamento de casos graves. Atividades Investigação dos usuários com fatores de riscos; Alimentação do sistema de registro do Hiperdia; Acompanhamento ambulatorial e domiciliar; Educação terapêutica, fornecimento de medicações,curativos; Realização de glicemias nas UBS, exames, encaminhamento para assistência secundária e terciária. HIPERDIAHIPERDIA Tratamento da DM e HAS Princípios gerais: O tratamento do DM e HAS inclui as seguintes estratégias: educação, modificações dos hábitos de vida e, se necessário, medicamento. •Tratamento não-medicamentoso: terapia nutricional e educação alimentar. A equipe de saúde deve: •Realizar campanhas educativas periódicas, abordando fatores de riscos com jovens na faixa escolar e com grupos religiosos; •Programar , periodicamente, atividades de lazer individual e comunitário; •Reafirmar a importância dessas medidas para duas populações especiais: os indivíduos situados em normal- limítrofe (HAS) e a de indivíduos considerados como intolerantes à glicose.