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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA REGIÃO DA CAMPANHA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL ÉRICA HÖSEL FABIANA MENDONÇA ESTÁGIO SUPERVISIONADO II BAGÉ – RS 2019 ÉRICA HÖSEL FABIANA MENDONÇA Orientador Prof. Arthur H. C. R. de Oliveira Bagé – RS 2019 Relatório de estágio supervisionado apresentado à disciplina de Estágio Supervisionado II do Curso de Engenharia Civil, com finalidade de obter a aprovação na disciplina. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 4 2. DESENVOLVIMENTO ................................................................................................................. 5 2.1. CARACTERÍSTICAS ............................................................................................................... 5 2.2. ETAPAS ..................................................................................................................................... 5 2.3. PROCESSOS GERENCIAIS .................................................................................................. 5 2.4. GESTÃO DE EQUIPES ........................................................................................................... 7 3. PLANEJAMENTO DO EMPREENDIMENTO ......................................................................... 8 3.1. INICIAÇÃO ................................................................................................................................ 8 3.1.1. Administração de contratos ............................................................................................ 8 3.2. PLANEJAMENTO ..................................................................................................................... 9 3.3. PLANEJAMENTO DO ESCOPO ........................................................................................... 9 3.4. PLANEJAMENTO DO CRONOGRAMA DA OBRA .......................................................... 10 3.5. PLANEJAMENTO DO ORÇAMENTO................................................................................. 11 3.6. PADRÕES DE QUALIDADE ................................................................................................ 14 3.7. PLANEJAMENTO DE PESSOAS ........................................................................................ 15 3.8. PLANEJAMENTO DE RISCOS ............................................................................................ 16 3.9. PLANEJAMENTO DE FORNECEDORES ......................................................................... 18 3.10. ENCERRAMENTO ............................................................................................................. 19 3.11. MONITORAMENTO E CONTROLE ...................................................................................... 21 4. EMPREENDIMENTO ESTUDADO ......................................................................................... 23 4.1. LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO......................................................................... 23 REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 27 4 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho foi apresentado à disciplina de Estágio Supervisionado II, do curso de Engenharia Civil na Universidade da Região da Campanha – URCAMP, com o objetivo de preparar o acadêmico, através da aplicação de conhecimentos adquiridos ao longo da graduação, para a verdadeira realidade da profissão. Numa obra, a presença do Engenheiro Civil é fundamental em dois momentos: no da confecção de projetos e na execução da obra. Este profissional pode atuar tanto no Acompanhamento Técnico quanto na Administração de uma obra. O Engenheiro fiscaliza o consumo de materiais, o andamento de custos e o tempo gasto. A obra, geralmente, é dividida em etapas, com prazos e custos pré- definidos para cada uma delas, antes mesmo do início da mesma. Dessa forma as etapas vão sendo cumpridas e analisadas em tempo real. A presença de um Engenheiro na obra é fundamental para que o empreendimento traga todos os benefícios que os projetos pretendem. O gerenciamento de obras na construção civil visa organizar e coordenar ações para melhorar o desempenho, atingir um objetivo, sendo a chave do sucesso de qualquer empreendimento, público ou privado. Por meio do gerenciamento o gestor define as prioridades, estabelece a sequência de execução, compara alternativas de execução dentro de um projeto, monitora atrasos e desvios, entre outros benefícios. Sem um planejamento coeso, os empreendimentos perdem de vista seus principais indicadores: prazo, custo, lucro, retorno do investimento e o fluxo de caixa. Quais seriam os benefícios de um bom gerenciamento de obra? O conhecimento pleno da obra, detecção de situações desfavoráveis, agilidade nas decisões a serem tomadas, relação com o orçamento, referência para metas, criação de dados históricos, profissionalismo são alguns dos exemplos de benefícios. Neste contexto, o estágio desenvolve-se no canteiro de obra da Hösel e Mendonça construções, localizada na cidade de Hulha Negra – RS. Com o objetivo de analisar o sistema de gestão utilizado pela empresa e analisar as etapas construtivas executadas antes e durante o período de estágio. 5 2. DESENVOLVIMENTO 2.1. CARACTERÍSTICAS Este empreendimento é uma obra fictícia. A empresa Hösel e Mendonça construções está localizada na Rua Pedro Rabione Sacco, nº 513, AP 107, bairro Centro, na cidade de Hulha Negra - RS. Possui um número pequeno de funcionários totalizando 16 dentre eles, engenheiros, arquitetos, serventes e pedreiros. O empreendimento habitacional está localizado na Avenida Getúlio Vargas 1248, centro, na cidade de Hulha Negra – RS. Terá ao final da execução um total de 16 apartamentos, em uma torre com 4 pavimentos. Cada apartamento terá área de 45m², com dois dormitórios, sala, cozinha e banheiro. A execução do empreendimento está sendo dada através de alvenaria estrutural, com blocos cerâmicos. Os blocos cerâmicos possuem melhores características térmicas e acústicas e são mais leves, por isso optamos por esse sistema construtivo. Os projetos, estrutural e fundações, são de responsabilidade da Engenheira Civil Érica Hösel e os projetos arquitetônicos, hidrossanitário e PPCI (Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios) são de responsabilidade da Engenheira Civil Fabiana Mendonça. 2.2. ETAPAS Um projeto obrigatoriamente tem um início, um meio e um fim. Definimos então que para cada uma dessas fases existem processos que, integrados, são capazes de gerar os resultados desejados, como entrega de produtos e ou serviços. Essas etapas são: Iniciação, Planejamento, Execução, Monitoramento e Controle, e por fim Encerramento. 2.3. PROCESSOS GERENCIAIS No princípio de qualquer empreendimento, é essencial fazer o estudo de viabilidade técnica e econômica. Ao avaliar os custos de construção do imóvel e as possibilidades de venda, o construtor consegue avaliar se o investimento vale a pena. 6 Aldabó (2001), afirma que Gerenciamento de Projetos consiste em planejamento, programação e o controle das tarefas, visando alcançar os objetivos do projeto, com a diferença que, gerenciamento e gerência são executados uma única vez e a maioria das atividadesse repete. De acordo com Nascimento, gerenciamento são um conjunto de pessoas, sistemas, técnicas e tecnologias necessárias para conduzir um programa ou um projeto a uma conclusão favorável dentro do que foi analisado (tempo, custos, orçamento) e a ABNT, define processo como um grupo de recursos e atividades que se relacionam transformando insumos em resultados Deve-se considerar os materiais e métodos utilizados na obra e os custos envolvidos na contratação de funcionários e em todas as etapas. Além disso, a gestão de construção também demanda uma atenção em relação a fatores mais abrangentes. Entre eles estão: o zoneamento urbano, restrições geotécnicas da área, limitações legais, levantamento da taxa de ocupação e autorizações necessárias para a obra. Após a realização do estudo da viabilidade e da organização do orçamento, deve-se planejar outros detalhes da construção, montar um cronograma juntamente com um cronograma financeiro, ressaltando sempre as possíveis mudanças que ocorreram durante a execução do projeto. Algumas medidas que devem ser tomadas no início do planejamento, no canteiro de obras, são: Verificar o tempo necessário para obter as licenças junto aos órgãos públicos; Regularizar todos os procedimentos; Verificar atestados da rede elétrica e infraestrutura de água e esgoto; Definir um espaço para guardar os materiais; Cercar a área; Analisar as possibilidades para contratação de funcionários e a capacidade técnica deles; Ficar atento aos direitos trabalhistas; Definir o que será feito com os resíduos da obra. Faz parte da gestão de obra ficar atento às mudanças tecnológicas, porque estas influenciam também os processos do empreendimento. Uma solução 7 tecnológica eficiente auxilia em todas as etapas do gerenciamento de obra, permitindo o registro de várias informações e cenários das etapas de construção de um empreendimento, ajudando na escolha da alternativa mais vantajosa Segundo Michaelis (2009), gerenciar é administrar, dirigir uma organização ou uma empresa, já Oliveira, interpreta como uma capacidade de organizar pessoas e coisas para um resultado benéfico. As definições acima são verdadeiras, mas, generalizadas. De acordo com o ISO, gerir um projeto é um processo único, com atividades coordenadas e controladas com definição de começo e término, para finalmente chegar a um projeto propriamente dito 2.4. GESTÃO DE EQUIPES Ser um bom líder e atuar de maneira eficiente na gestão de equipes é um grande desafio para os executivos que ocupam cargos de comando dentro de uma empresa, e é fundamental saber como agir em relação aos subordinados para que a atuação destes seja, também, eficaz e produtiva. No entanto, essa não é uma tarefa fácil, tornando-se muito comum a desmotivação dos próprios colaboradores. Algumas atitudes são de grande ajuda para tornar possível liderar equipes de colaboradores de forma clara e com a geração de bons resultados, dente elas destacam-se: Executar o planejamento; Elaborar um plano de feedbacks; Selecionar bem os colaboradores. O desapego pelo controle total também se destaca já que, a capacidade de delegar é um grande pilar na atuação de qualquer líder. Manter uma comunicação clara, aberta e sem ruídos é de grande importância para o bom desempenho da equipe. Amenizar os conflitos entre os componentes de um grupo é essencial para evitar problemas ainda maiores e que possivelmente trarão prejuízos ou danos para a empresa. A empresa utiliza o cronograma da obra, juntamente com dados de produtividade já armazenados de obras realizadas pela construtora, sendo estipulado previamente o número necessário de colaboradores por etapa de execução de cada serviço. Os colaboradores recebem treinamentos específicos de acordo com o manual de Instrução de trabalho que faz parte do controle de 8 qualidade da empresa, o mesmo apresenta um passo a passo de todos os serviços já executados pela empresa. O gerenciamento e a avaliação semestral dos demais colaboradores, sendo eles, pedreiros, serventes, instalador elétrico, instalador hidráulico, pintor e carpinteiro, é realizada pela equipe de gerenciamento onde é preenchida uma planilha que consta diversos itens, entre eles assiduidade, disponibilidade e interesse do colaborador, onde ao obter ―100%‖ em todos os critérios, o mesmo recebe uma gratificação, iniciando com estrelas no capacete e chegando até o aumento salarial. 3. PLANEJAMENTO DO EMPREENDIMENTO 3.1. INICIAÇÃO No ciclo de vida de um projeto tudo começa com fase de Iniciação, seja durante a primeira fase do projeto de construção civil ou um projeto para elaboração de um novo software de serviço. Está etapa é de suma importância para um bom desenvolvimento de todo o empreendimento. Esta é a primeira das fases de um projeto onde se apresentam os processos necessários para a definição de um novo projeto ou uma nova fase através da obtenção de uma autorização para iniciar o mesmo. Neste primeiro momento deve- se identificar a real necessidade do projeto para a organização, a viabilidade do mesmo, orçamentos e cronogramas em um nível ainda macro. 3.1.1. Administração de contratos Administração de Contratos de engenharia vem se apresentando como um relevante e indispensável ferramenta gerencial de integração entre as áreas técnica e jurídica dos projetos de infraestrutura e construção em âmbito nacional e internacional. Segundo o PMI,(2000) - Project Management Institute, a Administração de Contratos é o processo de gerenciamento do contrato e da relação entre o comprador e o fornecedor, análise e documentação do desempenho atual ou passado de um fornecedor, a fim de estabelecer ações corretivas necessárias e fornece uma base para futuras relações com o fornecedor e o gerenciamento de mudanças relacionadas ao contrato e, quando adequado, gerenciamento da relação contratual com o comprador externo do projeto. 9 A administração de contratos inclui a aplicação dos processos de gerenciamento de projetos adequados à relação contratual e a integração das saídas desses processos ao gerenciamento geral do projeto. (PMI,2000) A administração contratual inicia-se com a assinatura do contrato, terminando com sua liquidação. Nesse tempo se decorrem as ações de toda obra, com a entrega e aceite da obra em questão. (CAVENDISH E MARTIN, 1997) 3.2. PLANEJAMENTO O planejamento do projeto é a mais crítica de todas as fases de um projeto. Dentro desta fase, as pessoas, recursos, dinheiro, fornecedores e tarefas devem estar corretamente programados, de maneira que o gerente de projetos possa monitorar e controlar as entregas do projeto efetivamente. De acordo com Maximiano (1995) os argumentos sobre a importância do planejamento ao comentar que os processos fiquem sem controles mostrando os caminhos a seguir, evitando e se preparando para eventuais surpresas. Destaca ainda, três importantes benefícios: a permanência das decisões, o equilíbrio e o melhor desempenho. Existem alguns tipos de planejamento que devem ser levados em consideração na execução de uma obra. O Planejamento Estratégico consiste em um processo gerencial em que o executivo define o rumo que será seguido pela empresa, com vista a obter um nível de aperfeiçoamento na relação da empresa e seu ambiente. O Planejamento Operacional se dá na formalização através de documentos escritos, das metodologias de desenvolvimentos e implantações estabelecidas. E por fim, o Planejamento Tático que reúne informações presentes para serem formalizadas a um tempo médio determinado. Nesta etapa também é primordiala execução de um cronograma muito bem firme, porem aberto aos imprevistos que podem ocorrer no decorre da obra. 3.3. PLANEJAMENTO DO ESCOPO O escopo do projeto é a parte do planejamento que envolve determinar e documentar uma lista de objetivos específicos, entregas, tarefas, custos e prazos. Ele é elaborado para explicar os limites de um projeto, estabelecer 10 responsabilidades de cada membro da equipe e apontar os procedimentos tanto para a realização quanto para a verificação e aprovação do trabalho. É também o escopo que fornece ao gestor, as diretrizes para a tomada de decisões sobre solicitações de mudança durante a realização. Afinal, é natural que partes de um grande projeto mudem ao longo do caminho. TENSTEP (2007), organização internacional de consultoria em Gestão de Projetos, expõe que os motivos dos fracassos dos projetos normalmente resultam de dois problemas: ou a equipe não despendeu tempo suficiente definindo o escopo de serviços ou houve uma falha no gerenciamento do escopo. SOTILLE et al (2007) ainda afirmam que quando há uma falha na definição do que será feito, provavelmente esta falha irá impactar o custo (e talvez o lucro) de um projeto, ou até mesmo produzir entregas que o cliente se recuse a aceitar. O gerenciamento do escopo é a base para o planejamento do projeto e para a criação de sua linha de base, e deve ser conduzido de modo preciso, uma vez que forma a base do trabalho a ser desenvolvido no projeto (e a ser pago pelo cliente). Portanto, sem uma definição apropriada do escopo do projeto, não é possível gerenciar eficientemente o mesmo. 3.4. PLANEJAMENTO DO CRONOGRAMA DA OBRA Planejar a execução de uma obra significa ordenar a realização das atividades pelas equipes de trabalho, de acordo com sua sequência e dentro dos intervalos de tempo previstos para elas. O planejamento de tempos na construção civil aborda principalmente o desenvolvimento de cronogramas para execução da obra. O cronograma é um instrumento de planejamento e controle semelhante a um diagrama, em que são definidas e detalhadas minuciosamente as atividades a serem executadas durante um período estimado. O cronograma é defini pelas seguintes Listar as Atividades; Sequenciar as Atividades / Interdependência; Estimar as Durações das Atividades; Definir Recursos das Atividades; Desenvolver o Cronograma. 11 O desenvolvimento do cronograma coloca-se em algum tipo de tabela, tarefas e suas datas estipuladas bem como a relação de pessoal para cada tarefa. 3.5. PLANEJAMENTO DO ORÇAMENTO O planejamento do orçamento de uma obra é de suma importância para ela, pois servirá de referência ao longo de toda execução do empreendimento. É o caso dos estudos de viabilidade técnico-econômica, quando dos estudos preliminares ou projetos básicos, para análise da legislação de uso dos solos, para estudo prévio de comercialização de obras e outros casos. Após a fase de planejamento, quando o projeto executivo se encontra concluído, os orçamentos são necessários para formulação de propostas de custos/preços em obras particulares, para preparação de propostas na participação em licitações de obras públicas, para se estabelecer preços de vendas. Assim sendo, classificam-se os orçamentos segundo dois critérios: seu grau de precisão e seu nível de detalhamento dos dados apresentados nas planilhas. Orçamentos quanto ao nível de detalhamento diz respeito à forma menos ou mais detalhada de se apresentar o orçamento ao cliente nas planilhas orçamentárias. • Orçamentos Sintéticos (Planilhas Sintéticas/Planilhas Resumo) São aqueles cujas planilhas apresentam dados de modo sintético ou resumido, não fornecendo subsídios para análises detalhadas dos custos/preços. São normalmente interpretados como sendo o resumo total do orçamento. As planilhas sintéticas são compostas da relação das etapas construtivas e seus respectivos custos/preços. • Orçamentos Analíticos (Planilhas Analíticas/Detalhadas) As planilhas analíticas são documentos que fornecem dados mais detalhados do orçamento, com a finalidade de se poder analisar e localizar os impactos de custos que se deseje alterar ou evitar, mudando-se as especificações técnicas e/ou projetos conforme as conveniências. Através das planilhas analíticas, o contratante tem em mãos dados como as etapas construtivas e seus custos/preços e ainda todos os serviços componentes de cada etapa, suas unidades de referência, seus 12 quantitativos, seus custos/preços unitários e os totais. Há órgãos públicos que costumam exigem também a inclusão das composições unitárias dos serviços. Sempre que se apresenta um orçamento ao contratante, estão obrigatoriamente incluídas as Planilhas Sintéticas (Resumo) bem como as Planilhas Analíticas. As primeiras proporcionam uma visão rápida e facilitada do orçamento e as últimas permitem a análise detalhada e pormenorizada dos custos em geral (parciais e totais). Orçamentos quanto ao grau de precisão apesar de se encontrar em alguns livros técnicos uma grande variedade de classificações para os orçamentos, estes se dividem em dois tipos principais, quanto ao grau de precisão: os orçamentos estimados (aproximados, estimativos ou inexatos) utilizados para projetos ainda em fase de planejamento, quando ainda não se tem projetos completos, quando não se necessita ou deseja custos/preços exatos e os orçamentos firmes (precisos ou exatos) para os casos de propostas firmes para obras particulares ou licitações e outros. Orçamentos Estimativos (ou aproximados) Orçamentos baseados no CUB (Custo Unitário Básico) - a estimativa dos custos pelo método do CUB ou custo unitário básico (custo de m² de obra pronta) é a metodologia mais simplificada que se dispõe para o cálculo aproximado dos custos de obras. O custo global é o resultado do produto da área total a construir pelo CUB. A área total é definida pelo projeto de arquitetura, em qualquer fase em que o mesmo se encontrar, e o custo unitário básico de construção é fornecido por diversas fontes, entre elas o boletim mensal do SINDUSCON (Sindicato das Indústrias da Construção Civil), e revistas técnicas especializadas. Normalmente são publicados custos mensais, segundo o padrão de acabamento da obra (alto, normal e baixo), para regiões diferentes do país, por natureza de obra, número de pavimentos e outras características. Custo total = área total de construção x CUB (da região e do padrão da obra) Orçamentos baseados na NBR 12721:2006 (Substituta da NB 140/65) - a NBR 12721:2006 (antiga NB 140) apresenta, em relação a seu conteúdo, as palavras-chave "Avaliação de custos unitários de construção - Orçamento de construção - Incorporação de Edifício" sendo o interesse do presente estudo o 13 cálculo dos custos de obras pelo método da "área equivalente de construção" previsto nessa norma, portanto consideramos como condição indispensável ter à mão o texto da mesma para conhecimento e consultas, sempre que necessárias. O método representa um aperfeiçoamento do anterior, pois leva em consideração que as obras não são constituídas por partes com o mesmo padrão de acabamento, ou seja, as garagens são diferentes dos terraços, que são diferentes dos banheiros, das salas, dos halls de entrada, dos halls dos andares, das caixas de escada etc. Assim, a norma determina a transformação das áreas de diferentes padrões de acabamento em áreas equivalentes de construção de uma dessas áreas, tomadas como padrão. Por exemplo, para uma obra que possui apartamentos, garagens e terraços sociais etc., toma-se como padrão os apartamentos e transforma-seas demais em áreas equivalentes de construção do padrão dos apartamentos. A área total, então, será a soma das áreas tomadas como padrão com as áreas calculadas como equivalentes à padrão. Calcula-se o custo total da mesma maneira, como sendo o produto da área total pelo CUB considerando-se o padrão escolhido. O que distingue este método do anterior é que não se somam áreas de construção de padrões diferentes, atribuindo-lhes o mesmo CUB. Custo total = (Área padrão + Áreas equivalentes à padrão) x CUB Orçamentos pelo custo dos itens principais - para se estimar o custo total de obras por este método, faz-se primeiramente uma listagem dos que são considerados os itens principais da obra. Entende-se por isso como sendo os itens mais representativos no custo global da obra. Estima-se, por exemplo, o custo das estacas de fundações e dos blocos e cintas da fundação, o concreto estrutural, incluindo-se armação e forma, o total de alvenaria e dos revestimentos diversos, seguindo-se com pinturas, vidros, esquadrias, pavimentações, coberturas, equipamentos como elevadores, escadas rolantes, de combate a incêndio, e assim por diante. As mesmas fontes que fornecem o CUB informam também, regionalmente, os custos unitários de serviços e itens de interesse, como os mencionados acima. O custo total da obra será o somatório dos custos dos serviços ou itens principais da obra. O tempo dedicado a essas atividades faz com que, cada vez mais, o engenheiro se familiarize com o método, de modo que o senso comum o leve a avaliar a ordem de grandeza dos resultados dos cálculos, indicando que 14 procedimentos devem ser adotados para se aproximar ainda mais dos custos totais reais. Orçamentos Firmes - Generalidades Os orçamentos firmes são, inegavelmente, um indispensável elemento na grande maioria das atividades de engenharia, no campo da prestação de serviços de todas as naturezas. Sua compreensão e assimilação são as bases para o profissional que fará uso deles como instrumento técnico de trabalho. São várias as opções disponíveis no mercado de softwares para orçamentação e outros elementos de programação, porém os profissionais que não têm formação sólida de orçamentação pouco ou nenhum proveito farão desses programas disponíveis, e muito constantemente estarão sujeitos a erros em virtude da falta do conhecimento necessário para efetuar as constantes adequações e adaptações exigidas pelos softwares. É importante ter em mente que os softwares são de grande valia para a agilização dos trabalhos, trazendo razoável economia de tempo, mas pouco ou nada proporcionam aos seus usuários em termos conceituais. Assim como as calculadoras mais modernas não transmitem conhecimento matemático aos seus usuários, também os softwares de programação de obras são mero auxílio de operações que requerem profundo conhecimento conceitual de seus usuários. O engenheiro não pode se colocar na condição de simples manipulador ou "desempacotador" de tecnologia. O caminho natural do aprendizado é o de adquirir e construir os conhecimentos técnicos necessários ao engenheiro, podendo usar seus conhecimentos com segurança na utilização de todos os recursos tecnológicos ao seu alcance. 3.6. PADRÕES DE QUALIDADE O uso de tecnologias e a aplicação dos padrões normativos são questões que não podem faltar em seu planejamento. Outro ponto muito importante está relacionado à segurança do trabalho. Já não é mais admissível improvisar ferramentas e trabalhar sem equipamentos de proteção individual, por exemplo. 15 Esses pontos são considerados na hora de realizar a gestão de qualidade em obras. Ao colocar isso em prática, você não abre brechas para falhas e acompanha tudo o que acontece no canteiro. Todos os trabalhos, do planejamento até a entrega das chaves ao proprietário, devem prezar pelo aumento de produtividade e pela redução dos riscos. A gestão de qualidade em obras segue os princípios do PDCA: Plan, Do, Check, Act/Adjust — ou Planejar, Desenvolver, Verificar, Agir/Ajustar. O significado de cada letra deixa bem claro o que deve ser feito, contudo, vamos explicar melhor cada uma delas com o exemplo abaixo: Uma construtora deseja iniciar uma obra ao perceber o aquecimento da economia do país. Antes de tomar qualquer atitude, é fundamental verificar os recursos financeiros disponíveis, as documentações necessárias e o possível retorno sob investimento. Com isso, ela tem em mãos todas as informações para planejar as atividades, definir metas e estipular um cronograma adequado. Todos esses itens fazem parte do planejamento, que ainda deve considerar o número de profissionais capacitados e as ferramentas a serem utilizadas. Os menores detalhes, como a quantidade de argamassa empregada na cerâmica, por exemplo, precisam ser estipulados nessa hora. Na etapa de verificação, é imprescindível detectar os pontos positivos e negativos do que foi planejado. Esse é o momento ideal para identificar riscos e propor soluções. Em seguida, os trabalhos podem começar sempre seguindo o que foi determinado nas etapas anteriores. Importante ressaltar que o planejamento pode (e deve) sofrer alterações sempre que algo de errado for detectado, já que imprevistos podem acontecer. Por isso, a gestão de qualidade em obras não para por aí. É necessário monitorar e coletar dados sobre os serviços para manter o controle e agir quando necessário. 3.7. PLANEJAMENTO DE PESSOAS Segundo Netto (1993) é preciso considerar que o sucesso de uma empresa é função do seu nível de competitividade, isto é, da atuação competitiva de seus 24 recursos humanos, daqueles que são agregados durante a sua existência. Portanto, se a empresa não mantiver, em seu quadro, as pessoas de melhor nível, os mais competentes, recuperando ou dispensando aqueles que não atendam às condições 16 necessárias de qualidade e produtividade, com certeza terá seu desempenho decadente, correndo o risco de tornar-se pouco competitiva. Na construção de edifícios um grande número de insumos e pessoas interagem em atividades desenvolvidas simultaneamente com outras, e dependentes de outras tantas que a antecederam; a comunicação é fator vital, na qualidade da coordenação deste complexo sistema de produção. Apesar desta importância, a comunicação é tratada de maneira extremamente displicente no subsetor, sendo responsável por inúmeros casos de patologias e retrabalhos. Na obra, predomina a comunicação oral; as ordens são transmitidas por este canal na cadeia: escritório – engenheiro da obra – mestre-de-obras – encarregados – oficiais – serventes, sem qualquer cuidado de melhoria da comunicação interpessoal, por exemplo, através da retroalimentação, e na maioria dos casos chegam totalmente deformadas às instâncias que vão executar as tarefas. O problema é agravado com a diversidade de termos técnicos utilizados na construção de edifícios, com diferenças entre regiões, entre ofícios, e entre a linguagem técnica utilizada nos projetos e especificações e àquela criada pelos operários, nos canteiros de obras, o que leva à necessidade de um verdadeiro glossário. Para obtenção da qualidade, deve-se não só propiciar treinamentos para melhoria da comunicação interpessoal, quanto também utilizar outros canais, além da comunicação oral, que possibilitem o registro e maior segurança da informação (PICCHI, 1993). 3.8. PLANEJAMENTO DE RISCOS A indústria da Construção Civil é um dos setores mais importantes da economia Brasileira. Entretanto, é muito dependente de mão de obra. Com isso, consequentemente, os acidentes de trabalho nos canteiros de obra apresentam números bastantesignificativos. Alguns fatores contribuem para a incidência de acidentes no local de trabalho. Os sete riscos mais comuns são: 1. Desorganização: a falta de organização no canteiro de obras oferece muitos riscos aos colaboradores. Os problemas se concentram principalmente na circulação de pessoas e no armazenamento de equipamentos e materiais; 17 2. Falta de atenção: o canteiro de obras exige muita concentração e foco dos colaboradores. Ao se distrair um funcionário pode se ferir ou causar um acidente com outro colega de trabalho; 3. Queda de Materiais: muito comum no canteiro de obras, a queda de materiais pode causar acidentes graves. Por isso, é importante lembrar que seus colaboradores devem seguir as NRs e utilizar os EPIs e EPCs; 4. Choques Elétricos: nas tarefas que envolvem energia elétrica, a recomendação principal é que: este trabalho seja feito por profissional qualificado, com todos os equipamentos de segurança necessários; 5. Queda de altura: para os colaboradores que exercem trabalho em altura acima de dois metros é extremamente importante utilizar equipamentos de segurança. Tais como: cintos paraquedistas ou dispositivo de sistemas de ancoragem; 6. Falta de Sinalização: ao sinalizar de maneira correta e clara o seu canteiro de obras, você informa aos colaboradores os riscos presentes em cada área da construção. Isso pode evitar acidentes. Use e abuse de placas, barreiras, fitas zebradas e outros métodos de sinalização; 7. Manuseio de Ferramentas: muitos acidentes na construção civil acontecem porque o colaborador não sabia utilizar uma ferramenta e nem sobre os riscos que ela poderia oferecer pelo mal-uso. Treine seus colaboradores e tenha certeza de que eles sabem exatamente o que estão fazendo. Com isso é de muita importância a execução de um gerenciamento de riscos fazendo isso é possível identificar, ainda na fase de planejamento, todos os riscos que pode haver no canteiro. Tornando possível tomar ações para evitar problemas graves. Com a gestão de riscos é possível identificar ameaças que podem causar danos, acidentes e prejuízos para a sua construtora. Tudo isso por meio de uma análise física do ambiente. Os riscos que você avaliou inicialmente podem ser classificados de acordo com o seu grau de gravidade por meio de grupos e cores. 18 Grupo I (Verde) – Físicos: energias com as quais o colaborador terá contato, tais como: ruídos, umidade, pressão, temperatura, entre outros; Grupo II (Vermelho) – Químicos: agentes que podem ser inalados pelo funcionário, como poeira e vapor; Grupo III (Marrom) – Biológicos: bactérias, fungos ou parasitas que podem atingir o operário; Grupo IV (Amarelo) – Ergonômicos: situações que podem causar desconforto no colaborador, como movimentos repetitivos e monotonia; Grupo V (Azul) – Acidentes: qualquer fator que coloque o trabalho em riscos de acidentes, afetando sua integridade física. Essa classificação vai ajudar os colaboradores no cumprimento de cada etapa do trabalho. Com ela, todos sabem o risco que cada atividade oferece. Com a identificação e a classificação dos riscos feitas deve-se fazer um monitoramento contínuo. Essa é a melhor forma de garantir que tudo continue em ordem. Como consequência, isso reduz os riscos de acidentes aos quais o colaborador está sujeito. Esse monitoramento pode ser feito de duas maneiras: Proativo: método que aplica ações preventivas para evitar acidentes. Se dá por meio de fiscalizações e vistorias; Reativo: avalia e acompanha incidentes que já aconteceram. Simultaneamente, propõe uma solução para evitar que ocorra novamente 3.9. PLANEJAMENTO DE FORNECEDORES É comum a adoção de critérios de seleção e avaliação de fornecedores que contemplem capacitação técnica, histórico de desempenho, qualidade do serviço, prazo para execução das atividades, além das condições comerciais e de conformidade legal. 19 A atividade deve ser exercida de forma permanente e contínua, através de várias etapas, entre as quais: Levantamento e pesquisa de mercado, Análise e Classificação, Avaliação de Desempenho. Além disso, um relacionamento saudável entre comprador e fornecedor é necessário para a saúde duradoura de qualquer organização. Em suma, relacionamentos saudáveis com clientes, empregados, donos e fornecedores asseguram bons negócios (HUNTER, 2004) 3.10. ENCERRAMENTO Assim como em todas as etapas de um projeto, a organização deve adequar a forma de conduzir os processos de encerramento com a natureza de suas atividades e os objetivos finais. Isso significa que a maneira de conduzir e as ferramentas utilizadas podem não ser as mesmas em todos os casos, mas as seguintes etapas são primordiais: Obtenção formal do aceite do cliente/patrocinador do projeto, autorizando o encerramento. Esse processo deve ser embasado no As Built(―Como Construído‖) ou documento similar, garantindo a aceitação da versão final do produto, serviço e/ou resultado entregue; Encerramento de todas as aquisições, assegurando a rescisão de quaisquer contratos de fornecimento atrelados ao projeto; Documentação das lições aprendidas e atualização do banco de dados, visando gerar informações históricas de suporte para os próximos projetos; Arquivamento de quaisquer documentações relevantes do projeto, que possam se fazer necessárias no futuro; Aplicação das atualizações apropriadas em ativos organizacionais decorrentes do impacto da conclusão do projeto; Avaliação e liberação da mão de obra do projeto no que se refere às suas atividades junto ao mesmo. Essas ações estão mostradas no esquema da Figura 1. 20 De acordo com a PMKB (2015), os benefícios advindos de um processo de encerramento bem feito, são: Resguardar a Organização executora e o Gerente de Projetos de pleitos futuros por algum aspecto do produto/serviço/resultado entregue; Manter um relacionamento transparente do Gerente de Projetos e da Organização executora com os fornecedores e com os Recursos Humanos aplicados no projeto; Documentar e permitir a utilização proveitosa das lições aprendidas e demais dados obtidos no desenvolvimento do projeto; Eliminar quaisquer pendências contratuais que possam, de alguma forma, gerar gastos futuros para a Organização executora; Alinhar o produto/serviço/resultado do projeto com os ativos Organizacionais. Isso demonstra o quanto é importante fazer um bom trabalho de encerramento, independentemente do porte do projeto. Merecendo atenção como qualquer outra etapa e é um dos principais meios de se prevenir contra problemas futuros. ENCERRAMENTO Aceite Aquisições Lições adquiridas Documentação Ativos da organização Recursos Humanos Fonte: Autora, 2019. Figura 1- Esquema do encerramento de projetos 21 3.11. MONITORAMENTO E CONTROLE O monitoramento e controle é a fase mais importante de um projeto, pois é ele que realiza todos os esforços necessários para que os parâmetros e resultados esperados e planejados sejam devidamente alcançados. O objetivo deste post é demonstrar essa importância e indicar as medidas que devem ser tomados para que o monitoramento e controle seja feito de forma prática e eficiente. O objetivo deste post é enfatizar a importância de se monitorar e controlar projetos e o que é preciso ser feito para que o mesmo alcance suas metas. Veremos o que é de fato monitorar e controlar um projeto, os aspectos a serem observados, sua relação com o planejamento e ferramentas que podem auxiliar nesse processo. Monitorar e controlar um projeto é o processo de acompanhamento,revisão e ajuste do progresso para atender aos objetivos de desempenho definidos no plano de gerenciamento. Esse monitoramento baseia-se em: Coleta, medição e disseminação de informações sobre desempenho; Avaliação de medições e tendências para efetuar melhorias no processo. É muito importante monitorar e controlar o trabalho do projeto, principalmente, para: Avaliar a saúde do seu projeto durante todo o projeto; Identificar áreas que exigem atenção especial; Recomendar ações para corrigir ou evitar os desvios; Garantir a qualidade (saúde) do projeto através do monitoramento, checklist e contingência prevista. Ou seja, é preciso sempre coletar e medir dados com precisão para que os mesmos possam ser gerenciados e analisados de acordo com o objetivo do projeto. Um erro muito comum em projetos é a ausência de mecanismos de controle e a presença de controles frágeis e vagos. O controle e monitoramento é tão importante quanto o planejamento, pois é nele que avaliamos a situação atual do projeto, se todos os parâmetros 22 estabelecidos no planejamento estão sendo cumpridos, e caso não estejam, determinar medidas corretivas para obter o resultado desejado. Para que o controle aconteça de maneira eficiente, é necessário que seja executado de forma consistente e periódica seguindo a sequência, definida previamente, do projeto, é durante esse acompanhamento que são coletados os dados a serem controlados. Ao final de cada fase são gerados um ou mais Resultados Principais, os quais são analisados de modo a descobrir se o projeto está dentro dos parâmetros esperados até o momento. Essas análises são ferramentas fundamentais para monitorar cada fase do projeto e determinar, baseando-se nos resultados, as medidas corretivas precisam ser tomadas. 23 4. EMPREENDIMENTO ESTUDADO 4.1. LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO A empresa Hösel e Mendonça construções está localizada na Rua Pedro Rabione Sacco, nº 513, AP 107, bairro Centro, na cidade de Hulha Negra - RS. A Figura 2 mostra a localização da empresa responsável pelo empreendimento. Fonte: Google Earth Pro, acesso em 05/06/2019 Figura 2- Localização da Construtora O empreendimento habitacional está localizado na Avenida Getúlio Vargas 1248, centro, na cidade de Hulha Negra – RS (Figura 3). Terá ao final da execução um total de 16 apartamentos, em uma torre com 4 pavimentos. Cada apartamento terá área de 45m², com dois dormitórios, sala, cozinha e banheiro. 24 Fonte: Google Earth Pro, acesso em 05/06/2019 Figura 3- Localização do empreendimento A Figura 4, apresenta a implementação da edificação dentro do canteiro de obras, assim como a disposição das instalações básicas necessárias no canteiro, como: Depósito de Materiais/Almoxarifado, Vestiário e Banheiros. 25 Fonte: Autora, 2019. Figura 4 - Canteiro de obras 4.2. ESTIMATIVA DE CUSTOS Para efetuar uma estimativa de custos do empreendimento em questão, utilizou-se o orçamento CUB (Custo Básico Unitário). Onde se fazem necessárias informações como o CUB do estado, e a área construída, que engloba a área dos apartamentos e a área comum do edifício. Como o empreendimento possui 16 apartamentos de 45 m² cada, dispostos em 4 pavimentos, estimasse a área total construída em 826 m². Tabela 1 - Custos da construção PROJETO Padrão de Acabamento Custo R$/m² R – 1 (Residência Unifamiliar) Baixo 1445,03 Normal 1826,32 Alto 2298,09 PP (Prédio Popular) Baixo 1328,45 Normal 1759,59 R – 8 (Residência Baixo 1263,48 26 Multifamiliar) Normal 1521,46 Alto 1868,64 R – 16 (Residência Multifamiliar) Normal 1480,01 Alto 1917,88 Fonte: CUB/RS - SINDUSCON Com base nos valores encontrados para o CUB e com a área construída, pode-se estimar o custo total do empreendimento. Foi utilizado o valor do CUB PP (prédio popular) com tipo de acabamento normal e chegou-se a um valor total estimado de R$ 1.453.421,34 para a execução desse empreendimento. 27 REFERÊNCIAS (PMI 2000/ 2004) PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE – PMI (PMBOK – Guide). A guide to the Project management body of knowledge. Syba: PMI Publishing Division, 2000. http://www.pmi.org. ALDABÓ, Ricardo. Gerenciamento de projetos: procedimentos básicos e etapas essenciais. 1ª Edição – São Paulo: Artliber Editora, 2001 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12721:2006. Avaliação de custos unitários de construção para incorporação imobiliária e outras disposições para condomínios edilícios - Procedimento. Rio de Janeiro, 2006. CAVENDISH, Penny; MARTIN, Martin D. Negotiating and contrating for project management in PROJECTMANAGEMENT INSTITUTE. Principles of project management: collected handbooks from the project management institute. Newtown Square (USA), PMI, 1997, p. 93. Guia PMBOK@, 3º ed., 2004, Project Management Institute. HUNTER, James C. O monge e o executivo: uma historia sobre a essência da liderança. 17. ed. Rio de Janeiro: Sextante, 2004. MATTOS, Aldo Dórea. Como preparar orçamentos de obras. São Paulo, PINI, 2006. MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Introdução à administração. São Paulo: Atlas, 2000. MICHAELLIS (2009) o Moderno Dicionário da Língua Portuguesa - "Michaellis", editora Melhoramentos, de 2009. NBR, ABNT. 12721: 2006. Avaliação de custos unitários de construção para incorporação imobiliária e outras disposições para condomínios edifícios. PICCHI F.A, AGOPYAN V. Sistemas da qualidade: uso em empresas de construção de edifícios. 1993 28 SOTILLE, M. A. Gerenciamento do escopo em projetos. 2ed. Rio de Janeiro: FGV, 2010.
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