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Bruna de Paula – Módulo 205 tutorial 4 – climatério: fisiologia, mudanças e avaliação clínica. definições e termos inportantes Menopausa: Ponto no tempo um ano após a cessação da menstruação, média 51,5 anos. Pós-menopausa: Descreve os anos que se seguem a esse ponto. Insuficiência ovariana prematura: cessação da menstruação < 40a associada níveis de FSH Perimenopausa ou climatério: *termo antigo* tempo relativo ao finaldo período reprodutivo (40-50). Caracteriza-se pela irregularidade no ciclo menstrual e se estende até um ano após a cessação permanente da menstruação. Transição menopáusica: Terminologia mais correta para o período de transição, entre 4 a 7 anos, média 47 anos. STRAW: Stages of Reproductive Aging Workshop, 2001, definição das diretrizes para classificação padronizada do envelhecimento reprodutivo. Alterações fisiológicas Normal Durante a vida reprodutiva o núcleo arqueado do hipotálamo basal medial libera de forma pulsátil o GnRH. Ele se liga aos receptores de GnRH hipofisários para liberar de forma cíclica das gonadotrofinas (LH e FSH). Essas gonadotrofinas estimulam a produção dos esteroides sexuais ovarianos, estrogênio e progesterona, e peptídeo hormonal inibina (cls da granulosa). As cls da teca ao serem estimuladas pelo LH convertem o colesterol em androstenediona e testosterona esses pela ação da aromatase são convertidos nas cls da granulosa pela influência do FSH em estrona e estradiol que gera o pico de LH e a ovulação Estrogênio e progesterona feedback + e – nas gonadotrofinas hipofisárias (LH e FSH) e sobre amplitude frequência no GnRH. Inibina produzida nas cls da granulosa exerce papel importante no feedback – sobre a secreção de FSH pela adeno-hipófise. Alterações Diminuição da secreção de inibina pelos ovários leva ao de FSH O de FSH leva ao da resposta folicular ovariana e por sua vez uma elevação global dos níveis de estrogênio. Os níveis de estradiol oscila com as alterações de FSH, mas os níveis gerais não reduzem até a fase tardia. Os níveis de estradiol na fase tardia diminuem. No final da transição menopáusica a mulher apresenta foliculogênese e de ciclos anovulatórios O hormônio antimulleriano (AMH) é uma glicoperotína secretada pelas cls da granulosa principalmente dos folículos secundários e pré-antrais. As [] dessa glicoproteína é relativamente a mesma durantes os ciclos de mulheres em idade reprodutiva, assim serve como um marcador de reserva ovariana. Com a insuficiência ovariana os esteroides ovarianos cessam e o feedback – tbm elevando 4x os níveis de LH e FSH. Alterações nos níveis de globulina e ligação com os hormônios sexuais (SHBG). estradiol e testosterona livre Estradiol e testosterona circulam no sangue ligados a uma glicoproteína produzida pelo fígado SHBG.A produção desta declina pós menopausa o que aumenta os níveis de estrog. E testos. Livres Alterações endometriais Torna-se atrófico pela ausência de estrogênio; alterações proliferativas são achados comuns. Distúrbios menstruais Sangramento uterino é comum durante a fase de transição, os altos níveis de estrogênio e a baixa de progesterona predispõe a hiperplasias e carcinomas. Avaliação dos sangramentos US preferencial. Espessura do endométrio < ou = 4mm exclusão dr carcinoma e > indica biópsia. Biópsia endometrial indicada tbm Alterações na termorregulação central Fogachos: Aumento da PA sistólica. Freq.. 7 a 17 bcm ao mesmo tempo da vasodilatação periférica e sudorese . Duram de 1 a 5minutos. 10 a 15° nos dedos Podem durar até 5 anos em 50%. Associados a atividade física, tabagismo, FSH. Fisiopatologia: disfunção nos centros termorreguladores centrais do hipotálamo na área pré-óptica medial do hipotálamo que determina a zona termorreguladora. Estrogênios: suspeita-se que a abstinência do estrogênio ou suas rápidas oscilações gerem fogachos. Mulheres com disgenesia gonadal (síndrome de Turner) que não tem níveis de estrogênios normais NÃO apresentam fogachos, MAS se expostas e logo em seguida tiverem o tratamento com estrogênios suspenso apresentam. Neurotransmissores: A alteração nas concentrações de neurotransmissores pode criar uma zona termorreguladora estreita e reduzir o limiar para desencadeamento de sudorese. Pequenas alterações na temperatura internado corpo podem disparar mecanismos de perda de calor. Norepinefrina e serotonina. Disturbios do sono e fadiga: Alterações no remodelamento ósseo Em mulheres saudáveis pré-menopáusicas, o estrogênio limita a expressão de RANKL nos osteoblastos e, consequentemente, a formação de osteoclastos e a reabsorção óssea. A OPG se liga ao RANKL e limita ainda mais a disponibilidade deste ligante para estimular osteoclastos. O RANKL restante se liga aos precursores de osteoclastos. Estes se fundem, se diferenciam em osteoclastos e iniciam o processo de reabsorção óssea. A reabsorção é seguida pelo surgimento de osteoblastos que reconstroem o osso. Em última análise, reabsorção e formação encontram-se em equilíbrio nas mulheres pré-menopáusicas. Nas mulheres pós-menopáusicas, os níveis reduzidos de estrogênio levam a aumento na expressão do ligante de RANK. Essa sobreprodução pode ultrapassar a capacidade competitiva natural da OPG. Consequentemente, haverá RANKL em excesso disponível para se ligar ao RANK sobre os precursores de osteoclastos. Assim, é possível haver aumento em número, atividade e tempo de vida dos osteoclastos, assim como redução na taxa de apoptose. Segue-se reabsorção óssea sem que os osteoblastos consigam preencher totalmente as falhas deixadas. Assim, o aumento do RANKL após a menopausa leva a excesso de reabsorção óssea e potencialmente à osteoporose pós-menopáusica. A osteoporose primária se refere a perdas ósseas associadas ao envelhecimento e à deficiência estrogênica menopáusica.Como os níveis de estrogênio caem após a menopausa, perde-se o seu efeito regulador da reabsorção óssea. Como resultado,a reabsorção óssea é acelerada e, em geral, não é contrabalançada por formação óssea compensatória. Essa perda óssea acelerada é mais rápida nos anos iniciais da pós-menopausa (Gallagher, 2002). A osteoporose secundária é causada por outras doenças ou medicações (Stein, 2003). Alterações cardiovasculares Tendência para incidência 2 a 6 vezes maior de DCV em mulheres pós-menopáusicas níveis de HDL Alterações odontológicas epitélio bucal sofre atrofia em razão das perdas estrogênicas, resultando em redução na produção de saliva e na sensibilidade. Gosto ruim na boca, aumento na incidência de lesões cariogênicase perda de dentes também podem ocorrer devido a perda óssea alveolar. Diagnóstico Eminentemente clínico, as dosagens hormonais pode ser pedidas porém não são necessárias já que não irão alterar a conduta. Exame físico Inpeção estática edinâmica da vulva e exame especular Exame constitucionalimc, peso , circunferência Exame cognição Exame psicossocial Exame dermatológico Exame das mamas Exame da pelve Inspeção estática e dinâmica da vulva e exame especular tratamento Via oral menor custo, mais usado, simples. Parenteral transdermica, vaginal, intramuscular, nasal. Evita primeira passagem, diminuindo os efeitos hepáticos. Não leva a HAS, triglicerídios. Riscos: WHI CA mama, ca clon retal, MWS Ca mama com TER Indicações: sintomas vasomotores e urogeniatais. Prescrever pelo mês tempo possível e se tiver útero precrever progesterona para proteção endometrial. Contraindicação absoluta: doenças hepáticas, antecedentes recentes de ca de mama e endométrio. Tromboembolismo agudo e sangramento genital indeterminado. Tibolona: tratamento medicamentoso para fogachos, libidos e osteoporose.
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