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Resenha do filme o óleo de Lorenzo

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RESENHA 
O FILME “O ÓLEO DE LORENZO: UMA ESPERANÇA PARA A VIDA”
MILLER, G.; MITCHEL, D. Óleo de Lorenzo. [Filme-vídeo]. Produção de Doug Mitchel, direção de George Miller. Estados Unidos, Universal Pictures Internacional, 1992. 1DVD, 129 min.color.son.
George Miller nasceu na Austrália em 1945. É produtor de filmes, diretor de cinema, roteirista e médico. Entre seus filmes mais conhecidos destacam-se: Mad Max (1979); Happy Feet - O pinguim (2006), que recebeu o Oscar de Melhor Filme de Animação; Babe: Um Porquinho na Cidade (1998), que foi indicado ao Oscar de Melhor Filme; etc. Ao longo de sua trajetória, O Óleo de Lorenzo é o único filme feito por Miller, que não possui um toque de fantasia. Este lhe rendeu duas indicações para o Oscar: uma de Melhor Atriz para Susan Sarandon, que interpretou Michaela Odone, a mãe de Lorenzo e a outra foi de Roteiro Original. 
O Filme “O Óleo de Lorenzo” retrata a história real de uma família que enfrentou uma grande batalha pela vida. Tendo como personagem principal, um menino chamado Lorenzo Odone que levava uma vida normal ao lado de seus pais Augusto e Michaela Odone. Até que por volta de seus seis anos de idade, começou a apresentar sinais de hiperatividade, desequilíbrio corporal e surdez. Após recorrerem a vários médicos e a exames específicos, foi então diagnosticado que o menino possuía uma doença genética rara, chamada de adrenoleucodistrofia (ADL), transmitida somente pela mãe para filhos do sexo masculino. Tal doença provocava uma incurável degeneração do cérebro e o levaria a morte em no máximo dois anos.
A princípio, os pais de Lorenzo procuraram conhecer e entender a doença do filho, passaram dias e noites em bibliotecas, lendo livros, estudando genética, biomedicina, neurologia e todos os ramos da ciência que pudessem lhes ajudar na descoberta de um tratamento. Na época, não contavam com computadores pessoais e Internet, pois estes eram praticamente desconhecidos.
Após a frustrante constatação de que os médicos não conheciam profundamente a doença, consequentemente não haviam medicamentos e tratamento adequado e que não havia nada a ser feito até então, além de uma dieta que não surtia efeito, os pais de Lorenzo o matricularam em uma experiência. Os resultados foram tratados como uma contribuição à ciência e a individualidade de Lorenzo desconsiderada, bem como sua luta e de seus pais por sua vida. Observando que a doença avançava mais rapidamente que os resultados das pesquisas, seus pais começam a procurar formas de elaborar um tratamento com a finalidade de amenizar ou conter a doença. 
Buscando apoio, o casal envolveu-se em uma ONG de pais com filhos que tinham a mesma doença de Lorenzo, onde eles puderam constatar que os membros desta instituição, mais se preocupavam com a aceitação da doença, do que com a cura, e não questionavam as atitudes dos médicos em relação à doença. O casal chegou inclusive a arrecadar fundos para organizar um simpósio sobre a doença, o primeiro da história, esta reunião contou com diversos estudiosos do mundo todo e instigou debates relevantes na busca da cura da doença. 
Depois de muito estudo, pesquisas, descobertas e testes, e sempre sofrendo o descrédito dos médicos e cientistas, os pais de Lorenzo chegaram à composição de dois óleos de cozinha, que não curava efetivamente a doença, mas que a estagnava. Lorenzo não voltou ao seu estado normal, mas a partir da paralisação da doença diversos tratamentos surtiram melhoras significativas. 
Os pais de Lorenzo revolucionaram a história, que exigiu deles irem além de seus conhecimentos, de seu tempo e além de onde estudiosos titulados haviam chegado, contrariando a estimativa de vida apresentada pela medicina a seu filho. Tal atitude reforça a afirmação de que não se deve ficar preso aos conhecimentos dos outros, mesmo que estes conhecimentos sejam científicos ou filosóficos. 
O drama vivenciado pela família Odone aflora os sentimentos, isso porque os atores que interpretam os pais de Lorenzo, conseguem passar para quem assiste ao filme, toda a emoção vivenciada em cada cena, desde o sofrimento causado pela dor da descoberta da doença, o sentimento de culpa carregado pela mãe, a angústia e solidão do pai, que em alguns momentos refugiava-se no cigarro, o cansaço extremo que os consumia até a esperança que os encorajava em busca de uma cura, a união que fortalecia o casal e a inegável dedicação ao filho, que sempre foi tratado de forma amável e que nunca foi visto por seus pais, como um ser inválido e sem a percepção do que acontecia ao seu redor.
O filme faz uma crítica a falta de interesse dos pesquisadores e mostra a dificuldade e a demora para que os progressos científicos aconteçam. Também discute o fato da ciência por seus incessantes questionamentos não dar credibilidade a propostas que poderiam vir a resultar em grandes descobertas. Será que não há interesse na cura de algumas doenças como o HIV, por exemplo, pois se ganha muito mais dinheiro vendendo remédios e tratamentos intermináveis do que investindo na cura de doenças? 
Diante disso, podemos constatar que, de certa maneira, o conhecimento científico se torna uma fonte não confiável, pois quando vamos questionar a sua competência, temos que muitas vezes, ampliar o nosso próprio conhecimento. E este conhecimento pode se desenvolver em cada um, a partir de um estímulo, seja uma necessidade ou uma pré-disposição. 
A sociedade em que vivemos foi moldada a partir da busca pelo conhecimento. Todos os grandes acontecimentos da humanidade surgiram de mentes criativas, de pessoas que dedicaram seus esforços para se aperfeiçoar e ganhar destaque no que faziam. Várias dessas mentes brilhantes, estudaram nas melhores universidades do mundo, mas as grandes ideias que tiveram surgiram de um exercício pessoal para buscar uma solução, a partir de algum problema que descobriram.
Recomendo este filme, pois o mesmo nos faz refletir sobre até onde somos capazes de ir, impulsionados pelo amor verdadeiro e guiados pela esperança, enfrentando a tudo e a todos para alcançarmos os nossos objetivos. 
“O conhecimento é como a luz de uma vela, conforme ele se expande, também se expande a escuridão ao seu redor” (Autor desconhecido).
Discente: Antonia Marta Nogueira da Silva

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