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Livro Eletrônico
Aula 01
Direito Civil p/ TJ-MA (Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
Aline Baptista Santiago, Renata Armanda, Paulo H M Sousa
04779565308 - Giscleide Kenia Pereira Silveira
 
 
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1. Pessoas Jurídicas e Domicílio......................................................................................... 2 
1.1 à? Apresentação da Aula 01 ......................................................................................................... 2 
2. Cronograma da Aula ..................................................................................................... 2 
3. Pessoas Jurídicas ............................................................................................................ 2 
4. Constituição da Pessoa Jurídica ...................................................................................... 4 
5. Capacidade e Representação da Pessoa Jurídica ............................................................ 8 
6. Classificação da Pessoa Jurídica ..................................................................................... 8 
7. Grupos Despersonalizados ........................................................................................... 14 
8. Sociedades de Fato ...................................................................................................... 16 
9. Começo e Fim (extinção) da Existência Legal da Pessoa Jurídica ................................... 16 
10. Processo de Extinção da Pessoa Jurídica .................................................................... 20 
11. Associações ................................................................................................................ 21 
12. Fundações .................................................................................................................. 26 
13. Desconsideração da Pessoa Jurídica ........................................................................... 34 
 ? ? ?��ĞƐĐŽŶƐŝĚĞƌĂĕĆŽ� “ŝŶǀĞƌƐĂ ?�ĚĂ�WĞƐƐŽĂ�:ƵƌşĚŝĐĂ ........................................................... 36 
15. Proteção dos Direitos da Personalidade ..................................................................... 37 
16. Responsabilidade das Pessoas Jurídicas ..................................................................... 38 
17. Domicílio da Pessoa Jurídica ...................................................................................... 39 
18. Considerações Finais .................................................................................................. 40 
19. Resumo da Matéria .................................................................................................... 41 
20 ? Questões .................................................................................................................. 43 
20.1 à? Questões Comentadas .......................................................................................................... 43 
20.2 à? Lista de Questões .................................................................................................................. 98 
20.3 à? Gabarito .............................................................................................................................. 118 
 
 
Aline Baptista Santiago, Renata Armanda, Paulo H M Sousa
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1. PESSOAS JURÍDICAS E DOMICÍLIO 
1.1 ? APRESENTAÇÃO DA AULA 01 
KůĄà?�ƋƵĞƌŝĚŽƐ�ĂůƵŶŽƐà? 
�ƐƚĂ�ĂƵůĂà?�ĂƐƐŝŵ�ĐŽŵŽ�Ă�ŶŽƐƐĂ�ĂƵůĂ�ĂŶƚĞƌŝŽƌà?�ŶĆŽ�ƚĞŵ�Ƶŵ�ĐŽŶƚĞƷĚŽ�ƚĞſƌŝĐŽ�ŵƵŝƚŽ�ĞdžƚĞŶƐŽà?�DĂƐ�ƚĞŶŚĂ�
ĐƵŝĚĂĚŽà?�KƐ�ĂƐƐƵŶƚŽƐàP�WĞƐƐŽĂ�EĂƚƵƌĂů�Ğ�WĞƐƐŽĂ�:ƵƌşĚŝĐĂ�ŶŽƌŵĂůŵĞŶƚĞ�ƐĆŽ�ĐŽďƌĂĚŽƐ�Ğŵ�ƉƌŽǀĂƐ�Ğ�ĂƐ�
ƋƵĞƐƚƁĞƐ�ƋƵĞ�ĞŶǀŽůǀĞŵ�ĞƐƚĞƐ� ŝƚĞŶƐà?�ĚĞ�ĐĞƌƚĂ� ĨŽƌŵĂà?�ŶĆŽ�ĂƉƌĞƐĞŶƚĂŵ�ŐƌĂŶĚĞƐ�ĚŝĨŝĐƵůĚĂĚĞƐà?�ƐĞŶĚŽ�
ŵƵŝƚĂƐ�ǀĞnjĞƐ�ƋƵĞƐƚƁĞƐ�à“ƌĞƉĞƚŝĚĂƐà?�ŽƵà?�ĞŶƚĆŽà?�ůŝƚĞƌĂŝƐ�ĂŽ�ƚĞdžƚŽ�ĚĂ�ůĞŝà?�ƉŽƌƚĂŶƚŽà?�ƉƌŽĐƵƌĞ�ĂƐƐŝŵŝůĂƌ�ďĞŵ�
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EĞƐƚĂ�ĂƵůĂà?�ĨĂůĂƌĞŵŽƐ�ĂŝŶĚĂ�ƐŽďƌĞ�Ž�ĚŽŵŝĐşůŝŽ�Đŝǀŝůà?�ĂŐŽƌĂ�ŶŽ�ƋƵĞ�Ěŝnj�ƌĞƐƉĞŝƚŽ�ă�ƉĞƐƐŽĂ�ũƵƌşĚŝĐĂà?� 
 
sĂŵŽƐ�ĐŽŵĞĕĂƌ�ŽƐ�ƚƌĂďĂůŚŽƐà? 
 
2. CRONOGRAMA DA AULA 
AULAS TÓPICOS ABORDADOS NO EDITAL DATA 
Aula 01 Das pessoas jurídicas. Domicílio. 26/04/2019 
 
AULAS TÓPICOS ABORDADOS NO EDITAL ARTIGOS DA LEI 
Aula 01 Das pessoas jurídicas. Domicílio Civil. 
Art. 40 - 69 
Art. 75 - 78 
Código Civil 
 
3. PESSOAS JURÍDICAS 
Em nossa aula passada, estudamos as pessoas naturais, a respeito do seu começo e do seu fim, da 
capacidade e da personalidade. Estas pessoas (pessoas naturais) são dotadas de capacidade jurídica, 
porém, para a realização de determinados empreendimentos uma só pessoa se torna fraca e, 
sozinha, dificilmente alcançaria seus objetivos. Com isto, surge a necessidade de se agrupar as 
pessoas para que, então, juntas tenham mais força de realização. 
Da necessidade de conjugação de esforços, para a realização de determinados fins, temos a 
atribuição de capacidade jurídica a entes abstratos, formados ora pelo ¹conjunto de pessoas, ora 
por ²conjugação patrimonial. 
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As pessoas jurídicas são entidades as quais a lei confere personalidade. Uma vez tendo 
personalidade jurídica, estas pessoas podem ser sujeitos de direitos e obrigações. 
É importante observarmos que a personalidade da pessoa jurídica não se confunde, em regra, com 
a personalidade de cada um dos seus membros. 
Desta forma, uma de suas principais características é a atuação na vida jurídica com personalidade 
distinta da de seus membros. Esta separação de personalidades leva também à separação dos 
patrimônios àW respeitando o princípio da Autonomia Patrimonial. Assim, em regra, não podem, por 
exemplo, ser penhorados os bens dos sócios por dívidas da sociedade1. 
As pessoas jurídicas que surgirão poderão ter os mais variados fins, sem agora numerá-las 
taxativamente, podemos citar, desde o próprio conceito de Estado, passando pelas fundações, pelas 
sociedades, associações de bairro e associações esportivas. 
 
 
 
Para a Teoria Negativista só existem no Direito os seres humanos, carecendo as denominadas 
pessoas jurídicas de qualquer atributo de personalidade. Por isso chama-se negativista, porque nega 
existência à pessoa jurídica. Os que a defendem sustentam que a denominação pessoa jurídica 
mascara um patrimônio coletivo ou uma propriedade coletiva. 
As Teorias Afirmativistas estão divididas entre ¹Teorias da Ficção e ²Teorias da Realidade. 
 
São duas as Teorias da Ficção: 
A Teoria da Ficção Legal àW criada por Savigny, que considera a pessoa jurídica uma criação artificial 
da lei, ou seja, uma ficção jurídica, uma abstração diversa da realidade. Deste modo, os adeptos 
desta teoria dizem que os direitos são prerrogativas concedidas apenas ao homem nas relações com 
seus semelhantes. Pois somente o homem tem existência real e psíquica para expressar a sua 
vontade para deliberar e o seu poder de ação. Assim, quando se atribuem direitos a pessoas de outra 
natureza, isso se trata de simples criação da mente humana, constituindo-se uma ficção jurídica. A 
capacidade das pessoas jurídicas, sendo criação ficta do legislador, é limitada na medida de seus 
interesses; 
 
1 Você verá que, em algumas situações, o patrimônio dos sócios poderá ser atingido. Isto será explicado ainda nesta aula. 
 “D�^����KE���s�D���E�dhZ���:hZ1�/�����^d�^�W�^^K�^ ? ?
Existem diversas teorias que tentam explicara natureza jurídica da pessoa
jurídica. Dentre essas teorias existem as que negam a existência da pessoa
jurídica àW¹Teorias Negativistas, e as que afirmam sua existência àW²Teorias
Afirmativistas.
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A Teoria da Ficção Doutrinária àW que vem a ser uma variação da teoria explicada acima, defende que 
a pessoa jurídica não tem existência real, mas apenas intelectual, sendo uma ficção criada pela 
doutrina. 
 
São três as Teorias da Realidade: 
A primeira é a Teoria da Realidade Objetiva ou Orgânica àW a pessoa jurídica é considerada por esta 
teoria como sendo uma realidade sociológica, que nasce através de imposição das forças sociais; 
A segunda é a Teoria da Realidade Jurídica ou Institucionalista àW é parecida com a teoria objetiva 
pela importância dada aos eventos sociológicos. Deste modo, considera a pessoa jurídica como uma 
organização social destinada a um serviço ou ofício e, por isso, personificada; 
A terceira é a Teoria da Realidade Técnica àW que diz que a personificação de grupos sociais é um 
expediente de ordem técnica. É um atributo deferido pelo Estado a certas entidades que o merecem 
e que observaram os requisitos por ele estabelecidos. 
 
A teoria da realidade técnica é a adotada pelo código civil de 2002. 
 
Passada a rápida conceituação acima, retornamos agora a ideia trabalhada anteriormente de que 
todo o ordenamento jurídico é destinado a regular a vida dos indivíduos. O direito tem por finalidade 
o homem como sujeito de direitos. Deste modo, criam-se institutos jurídicos em prol do indivíduo, 
criam-se também pessoas jurídicas como forma de se atribuir maior força ao ser humano, para que, 
assim, este possa realizar determinadas tarefas que seriam impraticáveis se estivesse sozinho. 
Mas entenda que da mesma forma que o Direito atribui direitos ele também impõe obrigações às 
pessoas jurídicas. Existirão, para cada tipo de pessoa jurídica, condições, objetivas e subjetivas, 
determinadas em lei. Portanto, o conceito de pessoa jurídica é uma objetivação do ordenamento 
jurídico. Encara-se a pessoa jurídica como uma realidade técnica, como uma criação do direito, 
porque assim está estabelecido em lei. 
 
4. CONSTITUIÇÃO DA PESSOA JURÍDICA 
Não basta simplesmente que as pessoas se agrupem para formar uma pessoa jurídica. Há um 
requisito muito importante, qual seja, a vontade das pessoas sobre a criação de uma pessoa jurídica 
e para um determinado fim. É esta vinculação de vontades, vinculação jurídica entre as pessoas que 
dá unidade orgânica ao ente criado, com isto, este ente se torna uma pessoa com características 
próprias, uma pessoa jurídica, desvinculada da vontade e da personalidade daquelas pessoas que a 
criaram e com autonomia perante seus membros. 
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Através desta unidade de vontades de criar um ente abstrato surge a personificação. 
 
Vocês se recordam, quando estudamos pessoas naturais, que a partir do momento em que uma 
pessoa nasce com vida ela adquire personalidade? Pois bem, para a pessoa jurídica este momento 
de aquisição da personalidade se dá quando há uma conjunção de vontades em torno da criação 
deste ente abstrato. A partir deste momento este adquire personalidade própria, independente da 
personalidade de seus sócios. 
Contudo, entenda que não basta a simples vontade dos indivíduos para a constituição da pessoa 
jurídica. Certos requisitos são impostos por lei, estes requisitos serão mais severos ou menos 
severos de acordo com a modalidade de ente a ser criado. 
Preenchendo estes requisitos, a pessoa jurídica será considerada regular e estará apta a utilizar-se 
de todas as suas prerrogativas em sua vida jurídica. 
Acreditamos que você já pôde perceber que se regula a pessoa jurídica de modo muito parecido 
com a pessoa natural. Haverá o ŵŽŵĞŶƚŽ�ĚŽ�à“ŶĂƐĐŝŵĞŶƚŽà?à?�ƌĞŐŝƐƚƌŽà?�ĂƋƵŝƐŝĕĆŽ�ĚĞ�ƉĞƌƐŽŶĂůŝĚĂĚĞà?�
ĐĂƉĂĐŝĚĂĚĞà?�ĚĞƚĞƌŵŝŶĂĕĆŽ�ĚŽ�ĚŽŵŝĐşůŝŽà?�à“ŵŽƌƚĞà?�- podendo inclusive, existir uma regulação quanto 
à sucessão. 
Além do explicado até aqui (mas pensando especificamente em questões de provas), saiba que para 
as pessoas jurídicas de direito privado (assunto que abordaremos mais a frente) temos o seguinte: 
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato 
constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do 
Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo. 
Parágrafo único. Decai2 em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de 
direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no 
registro. 
 
Art. 46. O registro declarará: 
I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver; 
II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores; 
III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente; 
IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo; 
 
2 Os institutos da decadência e da prescrição serão abordados detalhadamente em outra aula. Mas você já pode à?ŝƌ�ŵĞŵŽƌŝnjĂŶĚŽà? 
alguns prazos. 
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V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais; 
VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso. 
 
Desta forma os estatutos e os atos constitutivos das pessoas jurídicas de direito privado são 
registrados no Cartório de Registro Civil das pessoas jurídicas. Este registro além de servir de prova, 
possui natureza constitutiva, por ser o atributivo de personalidade e da capacidade da pessoa 
jurídica. 
 
Não esqueça esta informação! A existência legal da pessoa jurídica de direito privado começa com 
o registro do ato constitutivo. Não é quando as pessoas celebram o contrato e não é quando 
elaboram o estatuto. Ela começa quando ocorre o registro. 
 
Para a constituição da pessoa jurídica existem três requisitos básicos: ¹a vontade humana criadora, 
²a obediência às condições legais para sua formação e ³a finalidade lícita. 
 
A ¹vontade humana criadora ou o direcionamento da vontade de várias pessoas em torno de uma 
finalidade comum e de um novo organismo é fundamental. No início existe apenas uma pluralidade 
de membros que, por sua vontade, formarão uma unidade, a pessoa jurídica que futuramente 
passará a existir como um ente autônomo. 
Superada esta primeira fase de manifestação da vontade a pessoa jurídica já existe em um estado 
latente, mas para que exista de fato será preciso observar um segundo requisito: ²a observância das 
determinações legais. Deve se respeitar e cumprir, em especial, o que a lei determinar a respeito de 
sua criação. É a lei que ditará qual o caminho a seguir para que aquela vontade se materialize num 
corpo coletivo. 
Por fim, a pessoa jurídica, que resultou de uma vontade, que foi criada de acordo com a lei, deve 
também obedecer a um terceiro requisito: ³ter um fim lícito. Não se pode admitirque uma pessoa 
jurídica, criada de acordo com a lei, venha a atentar contra esta, através de atos ilícitos. A sua 
finalidade e seus atos precisam estar em conformidade com a lei, em prol de toda a sociedade, de 
acordo com os bons costumes e com o direito, ou seja, a sua finalidade precisa ser lícita. 
 
(FAURGS/TJ-RS ? 2015) 
A existência legal das pessoas jurídicas de direito privado começa 
(A) com a aprovação do estatuto social. 
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(B) com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro. 
(C) com a aprovação da lei autorizativa da sua constituição. 
(D) com a concessão do alvará pelo Poder Público. 
Comentários: 
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do 
ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou 
aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o 
ato constitutivo. 
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de 
direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição 
no registro. 
Gabarito letra B. 
 
(CONSULPLAN / TJ-MG ? 2015) 
Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato 
constitutivo no respectivo registro. O registro declarará, EXCETO: 
(A) a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver. 
(B) o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores. 
(C) as disposições para liquidação da pessoa jurídica. 
(D) se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo. 
Comentários: 
Art. 46. O registro declarará: 
I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver; 
II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores; 
III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e 
extrajudicialmente; 
IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo; 
V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais; 
VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso. 
Gabarito: Letra C. 
 
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5. CAPACIDADE E REPRESENTAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA 
Quando estudamos a capacidade da pessoa natural, vimos que ela é decorrente da personalidade 
atribuída à pessoa. Com a pessoa jurídica ocorre o mesmo, porém, se para a pessoa natural esta 
capacidade será plena para a pessoa jurídica ela vai ser limitada à finalidade para a qual a pessoa 
foi criada. 
Os poderes atribuídos à pessoa jurídica estão estipulados nos ¹atos constitutivos, em seu 
²ordenamento interno e, também, na ³lei, uma vez que seus estatutos não podem contrariar normas 
cogentes. 
Assim, depois de registrada a pessoa jurídica o Direito reconhece a atividade no mundo jurídico. 
Neste momento de reconhecimento, a pessoa jurídica recebe: denominação, domicílio e 
nacionalidade (todos decorrentes da personalidade). 
Sob o aspecto da representação, para o exercício do direito, a pessoa jurídica não pode agir senão 
através do homem. Há, portanto, uma vontade humana que opera na pessoa jurídica, condicionada 
a suas finalidades3. Na realidade, nem sempre a vontade do diretor ou administrador que se 
manifesta pela pessoa jurídica coincide com a sua própria vontade. Ele é apenas um instrumento ou 
órgão da pessoa jurídica, entendendo-se assim, que há duas vontades que não se confundem. Por 
exemplo, o diretor ou presidente pode manifestar a vontade da pessoa jurídica em assembleia geral, 
mas esta vontade não necessariamente precisará coincidir com a sua própria vontade. 
 
6. CLASSIFICAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA 
Este item, apesar de não estar expresso no edital, também compõe o assunto pessoas jurídicas 
(tacitamente é preciso estudá-lo -). 
 
Preste muita atenção nesta classificação! Apesar de não ser muito extensa, ela apresenta alguns 
detalhes e subdivisões, sendo amplamente cobrada em provas. 
Vamos a ela! 
I. Quanto à nacionalidade. 
 
3 Não há de se confundir esta representação da pessoa jurídica, com aquela representação dos incapazes. Enquanto no caso dos 
incapazes a representação irá ocorrer porque existe a incapacidade de fato ou de exercício, no caso da pessoa jurídica a 
representação existe apenas para que esta possa agir e praticar atos da vida civil. 
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(estas podem ser ¹nacionais e ²estrangeiras. A nacionalidade da pessoa jurídica deve ser 
vista sob o prisma da sua constituição). 
¾ A nacional é a que foi organizada conforme a lei brasileira e tem no país a sede de sua 
administração. 
¾ A estrangeira, qualquer que seja o seu objeto, não poderá, sem autorização do Poder 
Executivo, funcionar no país, ainda que por estabelecimentos subordinados, podendo, 
todavia, ressalvados os casos previstos em lei, ser acionista de sociedade anônima brasileira. 
Se autorizada a funcionar no Brasil: sujeitar-se-á às leis e aos tribunais brasileiros, quanto 
aos atos aqui praticados; deverá ter representante no Brasil; e poderá nacionalizar-se, 
transferindo sua sede para o Brasil. 
 
II. Quanto à estrutura interna . 
(estas podem ser divididas em ¹corporação e ²fundação). 
¾ A corporação (universitas personarum) é um conjunto de pessoas que, apenas 
coletivamente, goza de certos direitos e os exerce por meio de uma vontade única. Exemplos: 
as associações e as sociedades. 
¾ A fundação (universitas bonorum) é o patrimônio personalizado destinado a um fim que lhe 
dá unidade. São as fundações (públicas e privadas). 
 
As associações e as sociedades também têm um patrimônio, que representa um meio para a 
consecução dos fins perseguidos pelos sócios, mas, nas fundações, juntamente com o objetivo a que 
esta se destina, o patrimônio é o elemento principal. 
 
III. A terceira classificação (e, talvez, a mais importante pensando em provas) é quanto à 
função e capacidade. 
(sendo divididas em duas espécies, conforme expresso no CC, as pessoas jurídicas de 
¹direito público e as pessoas jurídicas de ²direito privado). 
¾ As pessoas jurídicas de direito público - são aquelas previstas em lei e que podem ser de 
Direito Público Externo ou Interno. 
¾ As pessoas jurídicas de direito privado àW são instituídas por iniciativa de particulares e 
dividemàWse em: fundações particulares, associações, sociedades simples e empresárias, 
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organizações religiosas, partidos políticos e, ainda, incluídas pela lei 12.441 de 2011, as 
empresas individuais de responsabilidade limitada. 
 
Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito privado. 
 
Veja que as pessoas jurídicas de direito público sãosubdivididas em direito público interno ou 
externo. 
 
Direito público externo, regulamentadas pelo direito internacional e abrangendo: as nações 
estrangeiras, a Santa Sé, as Uniões Aduaneiras, os Organismos Internacionais. Neste sentido, temos 
artigo 42 do CC: 
Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas 
que forem regidas pelo direito internacional público. 
 
Direito público interno, que podem ser da administração direta (União, Estados, Territórios4, Distrito 
Federal e Municípios) ou podem ser da administração indireta àW descentralizados, criados por lei, 
com personalidade jurídica própria para o exercício de atividades de interesse público, tais como as 
Autarquias, as Associações Públicas, as Fundações Públicas, as Agências executivas e reguladoras. 
 
Estão elencados no art. 41: 
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: 
I - a União; 
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; 
III - os Municípios; 
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; 
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei. 
 
As pessoas jurídicas de direito privado estão preistas no art. 41 do CC : 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
I - as associações; 
 
4 A classificação dos territórios não é pacifica. Alguns civilistas os colocam como fazendo parte da administração direta, já para o 
direito administrativo estes são colocados como da administração indireta. De todo modo, destacamos que conforme a 
Constituição Federal, art.18, §2, os territórios federais integram a União, ou seja, territórios não são considerados entes da 
federação. 
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II - as sociedades; 
III - as fundações. 
IV - as organizações religiosas; 
V - os partidos políticos. 
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. 
 
Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado. 
Os sindicatos embora não mencionados expressamente no art. 44, possuem natureza de associação 
civil, estando, pois, dentro das pessoas jurídicas de direito privado. 
Cuidado para não confundir um profissional autônomo com empresa individual. Empresa 
individual está normatizada no art. 980-��ĚŽ���à?�ƋƵĞ�ĚŝnjàP�à“A empresa individual de responsabilidade 
limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente 
integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-ŵşŶŝŵŽ� ǀŝŐĞŶƚĞ� ŶŽ� WĂşƐà?à? 
(Artigo incluído pela Lei nº 12.441, de 2011). Assim, de acordo com o Enunciado 468 da V Jornada 
de Direito Civil: à?��ĞŵƉƌĞƐĂ�ŝŶĚŝǀŝĚƵĂů�ĚĞ�ƌĞƐƉŽŶƐĂďŝůŝĚĂĚĞ�ůŝŵŝƚĂĚĂ�Ɛſ�ƉŽĚĞƌĄ�ƐĞƌ�ĐŽŶƐƚŝƚƵşĚĂ�ƉŽƌ�
pessoa naturalà?à? Já o profissional autônomo é pessoa física que presta serviços de forma eventual 
sem relação de emprego. Enquadra-se também como profissional autônomo, o profissional liberal, 
que é aquela pessoa que exerce, por conta própria, atividade econômica, de natureza urbana, com 
fins lucrativos ou não. 
Outro detalhe importante é o que diz respeito às fundações, estas, embora genericamente estejam 
listadas entre as pessoas jurídicas de direito privado, se tiverem atuação que, de certa forma, se 
assemelhem às Autarquias, terão personalidade jurídica de direito público (em prova, estará escrito 
unicamente Fundações Públicas). 
 
 
 
Temos como exemplos destas entidades: a família; a massa falida; o espólio; o condomínio; a 
herança jacente ou vacante. Em geral, estes grupos, embora não possuam personalidade, possuem 
 “sK��^�WK��D��yW>/��Z��KDK�&/�����^/dh���K ?�WKZ��y�DW>K ?����
CONDOMÍNIOS E DE SOCIEDADES IRREGULARES? EM QUE CLASSIFICAÇÃO 
�^d�^��Ed/����^�^���EYh��Z�D ? ?
Há determinadas entidades com muitas das características das pessoas
jurídicas que vimos até agora, mas que, no entanto, não chegam a ganhar
personalidade, são grupos despersonalizados. Faltam requisitos
imprescindíveis à personificação, são os grupos com personificação
anômala, alguns autores utilizam também o termo personalidade
judiciária.
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uma capacidade processual e também legitimidade ativa e passiva para demandar e ser demandado 
em ações judiciais. 
 
(IF-RS / IF-RS ?2015) 
São pessoas jurídicas de Direito Público: 
(A) as autarquias. 
(B) as sociedades. 
(C) as fundações. 
(D) os partidos políticos 
(E) as associações. 
Comentários: 
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: 
I - a União; 
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; 
III - os Municípios; 
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; 
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei. 
... 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
I - as associações; 
II - as sociedades; 
III - as fundações. 
IV - as organizações religiosas; 
V - os partidos políticos. 
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. 
Gabarito: Letra A. 
 
(FAUEL / CÂMARA MUNICIPAL DE MARIALVA-PR ? 2015) 
São pessoas jurídicas de direito público interno: 
(A) Associações públicas. 
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(B) Sociedades. 
(C) Partidos políticos. 
(D) Organizações religiosas. 
Comentários: 
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: 
I - a União; 
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; 
III - os Municípios; 
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; 
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei. 
... 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
I - as associações; 
II - as sociedades; 
III - as fundações. 
IV - as organizações religiosas; 
V - os partidos políticos. 
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. 
Gabarito: Letra A. 
 
(CAIP-IMES / CRAISA DE SANTO ANDRÉ-SP ? 2016) 
São pessoas jurídicas de direito público interno: 
(A) as associações; as sociedades; as fundações; as organizações religiosas; os partidos políticos 
e as empresas individuais de responsabilidade limitada. 
(B) a União; os Estados; o Distrito Federal; os Municípios; as autarquias; as fundações e os 
partidos políticos. 
(C) a União; os Estados; o Distrito Federal e os Territórios; os Municípios; as autarquias, 
inclusive as associações públicas e as demais entidades de caráter público criadas por lei. 
(D) a União; os Estados; o Distrito Federal; os Municípios; as fundações; os partidos políticos; 
as autarquias, inclusive as associações públicas. 
Comentários: 
Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito privado. 
... 
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Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: 
I - a União; 
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; 
III - os Municípios; 
IV - as autarquias, inclusive as associaçõespúblicas; 
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei. 
... 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
I - as associações; 
II - as sociedades; 
III - as fundações. 
IV - as organizações religiosas; 
V - os partidos políticos. 
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. 
Gabarito: Letra C. 
 
7. GRUPOS DESPERSONALIZADOS 
Os grupos despersonalizados que mais aparecem em questões de concurso são: 
 
A massa falida - nome que é dado ao conjunto de bens após a sentença 
declaratória de falência. Será representado por um síndico, que será o 
substituto da empresa ou pessoa que faliu. 
 
A herança jacente ou vacante - herança jacente é o nome que se dá a herança 
quando uma pessoa morre sem deixar testamento e não se conhece nenhum 
herdeiro. Os bens da herança jacente são declarados vacantes quando não se 
apresentar nenhum herdeiro ou, se aparecer algum, este renunciar a herança. 
Este acervo de bens será representado por um curador. 
 
O espólio - é o conjunto de direitos e obrigações do de cujus5. Será 
representado em juízo, até que se nomeie um inventariante, por um 
administrador provisório. 
 
5 Expressão jurídica para denominar a pessoa que faleceu. 
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O condomínio àW sobre o condomínio há controvérsias na doutrina. Quando se 
tratar de condomínio que é a propriedade comum ou conjunta sobre alguma 
coisa, este não possui personalidade jurídica. O problema está nos 
condomínios de edifícios. Portanto tenha uma atenção extra se isto aparecer 
em prova. Como regra considere-os despersonalizados. Será representado 
pelo síndico. 
 
As sociedades e associações sem personalidade jurídica denominadas 
sociedades de fato ou irregulares àW serão representadas em juízo, ativa e 
passivĂŵĞŶƚĞà?� à“ƉĞůĂ�ƉĞƐƐŽĂ�Ă�ƋƵĞŵ�ĐŽƵďĞƌ�Ă�ĂĚŵŝŶŝƐƚƌĂĕĆŽ�ĚŽƐ�ƐĞƵƐ�ďĞŶƐà?�
(CPC, art. 75, IX). São as entidades já criadas e em funcionamento que, no 
entanto, não têm existência legal, por falta de registro no órgão competente 
ou por falta de autorização legal (CC, art. 986)6. 
 
Também se destaca a família como uma entidade não personificada, pois, 
apesar de seus laços de sangue, cada membro preserva sua individualidade e 
é responsável por suas obrigações. 
 
(FCC/ TJ-PA ?2009) 
Considerando que a ideia de personalidade exprime a aptidão genérica para adquirir direitos e 
contrair obrigações, diante do Direito Positivo, é correto afirmar que os órgãos públicos, o 
espólio, a massa falida e a herança jacente são dotados de personalidade. 
Comentários: 
Os órgãos públicos, o espólio, a massa falida e a herança jacente são entes despersonalizados. 
Gabarito: Errado. 
 
(FCC/ TRT - 24ª REGIÃO ?2014) 
Assinale a alternativa em que nenhum ente mencionado possui personalidade jurídica 
(A) a organização religiosa, a família e o partido político. 
(B) a fundação, o espólio e a família. 
(C) a família, o espólio e a sociedade em conta de participação. 
(D) o espólio, a associação e o condomínio. 
 
6 Carlos Roberto Gonçalves. Direito Civil: Parte Geral. Esquematizado, v. 1, 2016. p.223. 
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(E) a sociedade em nome coletivo, a empresa individual de responsabilidade limitada e a firma 
individual. 
Comentários: 
A família não possui personalidade jurídica. 
O espólio não possui personalidade jurídica. Será representado por um inventariante. 
A sociedade em conta de participação não possui personalidade jurídica. O sócio ostensivo é a 
pessoa jurídica, não a sociedade. 
Gabarito: Letra C. 
 
8. SOCIEDADES DE FATO 
As sociedades sem personalidade jurídica - são aquelas que existem e funcionam, mas não possuem 
existência legal justamente porque não fizeram seu registro no órgão competente ou então porque 
lhes falta autorização legal para funcionamento. Serão representadas pela pessoa a quem couber a 
administração de seus bens. 
As sociedades irregulares ou de fato são aquelas que não cumpriram alguns requisitos para sua 
regular formação, como por exemplo, uma empresa que deixa de registrar seu ato constitutivo na 
Junta Comercial. Estas empresas possuem legitimidade para cobrar em juízo seus créditos, não 
podendo o devedor alegar a irregularidade de sua constituição para se negar ao pagamento da 
dívida. Mas não podem ser sujeitos de direitos, e os bens particulares dos sócios respondem 
igualmente com os bens da empresa por dívidas contraídas em nome desta. 
 
9. COMEÇO E FIM (EXTINÇÃO) DA EXISTÊNCIA LEGAL DA PESSOA JURÍDICA 
A pessoa jurídica tem sua origem, em regra, com um ¹ato jurídico ou ²em decorrência de normas. 
Existe diferença, porém, entre a origem das pessoas jurídicas de direito público e das de direito 
privado. 
As pessoas jurídicas de direito público se não são criadas em razão de fatos históricos (criação do 
próprio Estado, por exemplo), o são por normas, sejam estas: constitucionais; legais; ou, até mesmo, 
por meio de tratados internacionais (no caso das pessoas jurídicas de direito público externo). 
Já as pessoas jurídicas de direito privado obedecem a um processo que pode se dar de três formas: 
o ¹sistema da livre associação (a emissão de vontade dos instituidores é suficiente para a criação do 
ente personificado); o ²sistema do reconhecimento (há necessidade de um decreto de 
reconhecimento); e o ³sistema das disposições normativas (neste sistema dá-se liberdade de criação 
humana, sem necessidade de ato estatal que a reconheça, mas exige-se que a criação dessa pessoa 
obedeça a condições predeterminadas). 
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Em nosso direito, são duas as fases para a concretização da pessoa jurídica: o ¹ato constitutivo e a 
formalidade do ²registro. 
 
Na primeira fase, há a constituição da pessoa jurídica por um ato unilateral entre pessoas vivas ou 
por testamento (se a pessoa faleceu e deixou estipulado a sua criação como ato de última vontade). 
Nesta fase temos um elemento material que se exterioriza nos atos de reunião dos sócios, nas 
condições dos estatutos, etc. Há, também, um elemento formal que é a transcrição do que foi 
acertado por escrito. Este ato poderá ser público ou particular. As fundações são exceção, pois para 
elas o instrumento público ou o testamento são essenciais. 
 
Após a existência do ato escrito e da autorização passa-se à segunda fase: o registro. O ato de 
constituição das pessoas jurídicas de direito privado e o seu registro estão normatizados nos artigos 
45 e 46 do CC: 
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato 
constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do 
Poder Executivo, averbando-se no registo todas as alterações por que passar o ato constitutivo. 
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito 
privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro. 
Art. 46. O registro declarará: 
I - a denominação, os fins, asede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver; 
II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores; 
III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente; 
IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo; 
V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais; 
VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso. 
 
(FCC/ TCE-AL ?2008) 
A existência legal das pessoas jurídicas de direito privado começa com a inscrição do ato 
constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou 
aprovação do Poder Executivo. 
Comentários: 
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do 
ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou 
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aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar 
o ato constitutivo. 
Gabarito: Correto. 
 
(FCC/ AL-PB ? 2013) 
Quanto às pessoas jurídicas, é correto afirmar: Decai em três anos o direito de anular a 
constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o 
prazo da publicação de sua inscrição no registro. 
Comentários: 
Art. 45. Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas 
jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de 
sua inscrição no registro. 
Gabarito: Correto. 
 
Enquanto para a pessoa natural o fim da existência ocorre com a morte (real ou presumida), para a 
pessoa jurídica pode ocorrer por causas diversas. Basicamente, o fim da existência legal da pessoa 
jurídica, pode ocorrer: 
 De forma convencional àW ou seja, quando seus membros decidirem pelo seu fim, de acordo com o 
quórum previsto nos estatutos da empresa ou na lei. 
De forma legal àW em razão de motivos determinados em lei, mais precisamente no art. 1.034 do CC: 
Art. 1.034 A sociedade pode ser dissolvida judicialmente, a requerimento de qualquer dos sócios, 
quando: 
I - anulada a sua constituição; 
II - exaurido o fim social, ou verificada a sua inexequibilidade. 
De forma administrativa àW quando a pessoa jurídica, para seu funcionamento, precisa de 
autorização do poder público e pratica atos nocivos ou contrários aos seus fins. 
 De forma Judicial àW que decorre dos casos de dissolução previstos em lei ou no estatuto, 
principalmente quando a sociedade se desviar dos fins para os quais foi constituída. 
 
As formas de extinção se relacionam, e como vimos acima são a convencional, a legal, a 
administrativa e a judicial. 
 
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No entanto, a extinção legal tem este nome porque os motivos que levam à sua extinção advêm da 
lei (exemplo art. 1.034). Mas entenda que a extinção não é automática, para que ela aconteça 
também serão necessárias algumas medidas judiciais. 
A extinção pela forma administrativa acontecerá quando for necessária uma autorização da 
administração pública para o funcionamento da Pessoa Jurídica. Neste caso, quando a PJ pratica atos 
nocivos ou contrários aos seus fins, o mesmo poder administrativo que concedeu esta autorização 
poderá retirá-la ou, então, negar a sua renovação. 
 
(FCC/ SEFAZ-SP ? 2013) 
No tocante às pessoas naturais e jurídicas: 
a) A existência legal das pessoas jurídicas de direito privado começa com o início efetivo de 
suas atividades civis ou empresariais. 
b) As autarquias, União, Estados e Municípios, bem como os partidos políticos, são pessoas 
jurídicas de direito público interno. 
c) As associações, as fundações, as organizações religiosas, os partidos políticos e as empresas 
individuais de responsabilidade limitada são pessoas jurídicas de direito privado. 
d) A personalidade civil da pessoa natural começa do nascimento com vida, evento a partir do 
qual serão protegidos também os direitos do nascituro. 
e) Somente as pessoas naturais possuem atributos da personalidade e, assim, apenas elas 
podem sofrer danos morais. 
Comentários: 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
I - as associações; 
II - as sociedades; 
III - as fundações. 
IV - as organizações religiosas; 
V - os partidos políticos. 
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. 
Gabarito: Letra C. 
 
(FCC/ TRT - 12ª REGIÃO ? 2013) 
No tocante às pessoas jurídicas: 
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(A) começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com o início efetivo de 
suas atividades ao público. 
(B) de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que, nessa 
qualidade, causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do 
dano, se houver por parte destes culpa ou dolo. 
(C) a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das instituições 
religiosas é condicional, por ser laico o Estado brasileiro, que deverá autorizar ou não seu 
reconhecimento e registro. 
(D) os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito público interno. 
(E) as autarquias e as associações públicas são pessoas jurídicas de direito privado. 
Comentários: 
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos 
seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo 
contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo. 
Gabarito: Letra B. 
 
10. PROCESSO DE EXTINÇÃO DA PESSOA JURÍDICA 
Após o encerramento das atividades da pessoa jurídica, o seu processo de extinção se realizará 
através da ¹dissolução e da ²liquidação. Este processo se mostra necessário para que se dê 
destinação aos bens da empresa, se pague todas as dívidas e para que se faça a partilha do que 
restar entre os sócios. 
A liquidação da pessoa jurídica, segundo o art. 51 do CC, ocorrerá nos casos de dissolução ou de 
cassação de autorização para funcionamento: 
Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu 
funcionamento, ela subsistirá para os fins de liquidação, até que esta se conclua. 
§ 1º. Far-se-á, no registro onde a pessoa jurídica estiver inscrita, a averbação de sua dissolução. 
§ 2º. As disposições para a liquidação das sociedades aplicam-se, no que couber, às demais pessoas 
jurídicas de direito privado. 
§ 3º. Encerrada a liquidação, promover-se-á o cancelamento da inscrição da pessoa jurídica. 
 
(INSTITUTO AOCP / EBSERH ? 2015) 
Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu funcionamento, 
ela será prontamente extinta e cancelada sua inscrição. 
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Comentários: 
Art. 51. Nos casos de dissolução dapessoa jurídica ou cassada a autorização para seu 
funcionamento, ela subsistirá para os fins de liquidação, até que esta se conclua. 
Gabarito: Errado. 
 
Desta forma, podemos perceber que o cancelamento da inscrição da pessoa jurídica no registro não 
acontece no momento em que ela é dissolvida. 
O cancelamento da sua inscrição acontece somente depois de encerrada a sua regular liquidação. 
 
Continuando a análise do Código Civil, há duas pessoas jurídicas, para as quais o nosso o código 
reservou alguns itens específicos, são elas: ¹as associações e ²as fundações. 
 
Então vamos ao seu estudo mais detalhado! 
 
11. ASSOCIAÇÕES 
No código civil de 2002, as associações estão compreendidas entre os artigos 53 a 61. O artigo 53 
nos dá uma primeira ideia sobre as associações: 
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não 
econômicos. 
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos. 
 
As associações se prestam aos mais variados fins, desde que não econômicos, e preenchem, assim, 
as mais variadas finalidades na sociedade. Qualquer atividade lícita e de fins não econômicos pode 
ser buscada por uma associação. 
Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos. Uma vez que as associações não se 
formam por contrato e sim pela união de pessoas sem direitos e obrigações recíprocos7. 
Uma observação que devemos fazer é a seguinte: 
A associação até pode obter lucro, no entanto, este lucro deverá ser reinvestido na própria entidade. 
A associação não pode ter o lucro como finalidade essencial e nem distribuí-lo entre seus associados.
 
 
 
7 Nelson Nery Júnior, Código Civil Comentado, Revista dos Tribunais, 8ª ed., pág. 271. 
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No artigo 54 do CC estão enumerados os requisitos obrigatórios que devem constar nos estatutos 
de toda e qualquer associação: 
Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá: 
I - a denominação, os fins e a sede da associação; 
II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados; 
III - os direitos e deveres dos associados; 
IV - as fontes de recursos para sua manutenção; 
V à? o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos; 
VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução. 
VII à? a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas. 
 
Outras disposições podem ser acrescentadas, mas estas, que estão no texto da lei, são essenciais. 
Os estatutos são a lei orgânica da pessoa jurídica, a norma de obediência obrigatória para os 
fundadores da associação e, também, para todos aqueles que no futuro venham a ela se associar. A 
vontade dos novos membros se manifesta através da adesão à associação e consequentemente aos 
seus regulamentos. 
 
Nada impede que a associação tenha várias sedes, sendo uma principal e outras subsidiárias; 
A admissão de novos sócios deve atender aos interesses da associação, o estatuto pode determinar 
que sejam preenchidos certos requisitos para que alguém tenha a qualidade de sócio; 
A demissão não se confunde com a exclusão, porque esta tem caráter de penalidade e só pode ser 
aplicada se for dado direito à ampla defesa ao associado envolvido (art. 57), já a demissão decorre 
da iniciativa do próprio interessado, por oportunidade ou conveniência sua; 
É importante que o estatuto estabeleça a providência de fundos, se este vai ser proveniente de 
contribuições dos próprios sócios ou de terceiros, ou se, então, a associação vai exercer alguma 
atividade que lhe forneça meios financeiros, entretanto sem que com isso descaracterize sua 
finalidade. 
 
O artigo 55 do CC nos diz: 
Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, MAS o estatuto poderá instituir categorias com 
vantagens especiais. 
 
Este artigo pode dar margem para algumas confusões. A dificuldade estaria no sentido de se saber, 
no caso concreto, se é válida a atribuição de vantagens especiais a sócios, o que contraria a finalidade 
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primeira do dispositivo que é a igualdade de direitos. O melhor é interpretar que toda associação 
deve garantir os direitos mínimos aos associados e que as vantagens são excepcionais a algumas 
categorias, que por sua natureza sejam diferenciadas. 
 
Seguindo com a nossa conversa! No art. 56 encontramos o seguinte: 
Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário. 
Parágrafo único: Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da associação, a 
transferência daquela não importará, de per si, na atribuição da qualidade de associado ao 
adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do estatuto. 
 
Temos aqui a figura dos associados com e sem em quotas ou fração ideal do patrimônio da entidade 
(chamados respectivamente de sócios patrimoniais e de sócios meramente contributivos). Na 
verdade, o que este artigo quer proteger é o interesse da associação, pois cabe à própria entidade 
definir quem poderá ingressar como associado. 
K�ƐŝŵƉůĞƐ�ĨĂƚŽ�ĚĞ�ƚƌĂŶƐĨĞƌŝƌ�ƵŵĂ�ƋƵŽƚĂ�ŽƵ�Ă�à“ƋƵĂůŝĚĂĚĞà?�ĚĞ�ĂƐƐŽĐŝĂĚŽ�ƉĂƌĂ�ŽƵƚƌĂ�ƉĞƐƐŽĂ�ƉŽĚĞ�ŶĆŽ�
ser o suficiente para esta pessoa passar a ser sócia, é preciso analisar a permissão estatutária. 
 A ideia fundamental é no sentido de permitir que a associação faça um juízo de oportunidade e 
conveniência para a admissão de novos associados. Uma vez admitido o associado, a sua exclusão 
somente será possível por justa causa, obedecido o estatuto. É o que diz o artigo 57 do CC: 
Art. 57. A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim reconhecida em 
procedimento que assegure o direito de defesa e de recurso, nos termos previstos no estatuto. 
 
Nenhuma decisão de exclusão de associado pode prescindir de procedimento que permita ao sócio 
produzir sua defesa e suas provas, ainda que o estatuto permita e ainda que decidida em assembleia 
geral, convocada para tal fim. Também neste sentido temos o artigo 58 do CC: 
Art. 58. Nenhum associado poderá ser impedido de exercer direito ou função que lhe tenha sido 
legitimamente conferido, a não ser nos casos e pela forma previstos na lei ou no estatuto. 
 
O estatuto ou a lei estabelecerão os limites ao exercício dos direitos sociais. 
A assembleia geral Ġ� ſƌŐĆŽ� ŶĞĐĞƐƐĄƌŝŽ� ĚĂ� ĂƐƐŽĐŝĂĕĆŽà?� ĞdžĞƌĐĞ� ƉĂƉĞů� ĚĞ� à“ƉŽĚĞƌ� ůĞŐŝƐůĂƚŝǀŽà?� ŶĂ�
instituição8. O artigo 59 do CC elenca as matérias privativas da assembleia. 
 
Art. 59. Compete privativamente à assembleia geral: 
 
8 K�à“WŽĚĞƌ��džĞĐƵƚŝǀŽà?�ĚĂ�ƉĞƐƐŽĂ�ũƵƌşĚŝĐĂ�Ġ�ĞdžĞƌĐŝĚŽ�ƉŽƌ�Ƶŵ�ĚŝƌĞƚŽƌ�ŽƵ�ƵŵĂ�ĚŝƌĞƚŽƌŝĂà?�ƉŽĚĞŶĚŽ�ƐĞƌ�ĐƌŝĂĚŽƐ�ŽƵƚƌŽƐ�ſƌŐĆŽƐ�ĂƵdžŝůŝĂƌes, 
dependendo do tamanho da entidade. 
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I à? destituir os administradores; 
II à? alterar o estatuto. 
Parágrafo único: Para as deliberações a que se referem os incisos I e II deste artigo é exigido 
deliberação da assembleia especialmente convocada para este fim, cujo quórum será o estabelecido 
no estatuto,bem como os critérios de eleição dos administradores. 
 
No mesmo sentido o artigo 60 do CC determina: 
A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto, garantindo a 1/5 (um quinto) 
dos associados o direito de promovê-la. 
 
De acordo com a norma legal do artigo 59 do CC àW que é uma norma de ordem pública, ou seja, é 
preceito imperativo, que não admite disposição em contrário pela vontade privada, competirá 
somente à assembleia geral a ¹destituição dos administradores e a ²alteração do estatuto. 
 
 
 
Art. 61. Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido, depois de deduzidas, se 
for o caso, as quotas ou frações ideais referidas no parágrafo único do art. 56, será destinado à 
entidade de fins não econômicos designada no estatuto, ou, omisso este, por deliberação dos 
associados, à instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes. 
§ 1º. Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por deliberação dos associados, podem estes, antes 
da destinação do remanescente referida neste artigo, receber em restituição, atualizado o respectivo 
valor, as contribuições que tiverem prestado ao patrimônio da associação. 
§ 2º. Não existindo no Município, no Estado, no Distrito Federal ou no Território, em que a associação 
tiver sede, instituição nas condições indicadas neste artigo, o que remanescer do seu patrimônio se 
devolverá à Fazenda do Estado, do Distrito Federal ou da União. 
 
 “sK��^�&�>�Z�D��D��/^^K>h��K����W�^^K��:hZ1�/�� ?�D�^�K�Yh��
ACONTECERÁ COM O PATRIMÔNIO DE UMA ASSOCIAÇÃO QUANDO ESTA 
&KZ��/^^K>s/�� ? ?
A resposta à sua pergunta está no art. 61, o seu estudo deve ser literal ao
texto do CC (assim é cobrado em prova!
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Para finalizarmos o assunto associação, observe este enunciado do STJ: Jornada III STJ 142 àW à?KƐ�
partidos políticos os sindicatos e as associações religiosas possuem natureza associativa, 
aplicando-se-ůŚĞƐ�Ž���à?à? 
 
(FCC/ TJ-PE ? 2013) 
Em relação às associações, é correto afirmar: 
(A) A exclusão do associado depende unicamente das disposições estatutárias, podendo 
ocorrer por ato imotivado dos órgãos deliberativos, se assim dispuser o estatuto. 
(B) Os associados devem ter iguais direitos e, em consequência, é vedado que se estabeleçam 
no estatuto categorias com vantagens especiais. 
(C) Como regra, a qualidade de associado é transmissível livremente 
(D) Entre os associados, são estabelecidos direitos e obrigações recíprocos. 
(E) Compete privativamente à assembleia geral, especialmente convocada para esses fins, 
destituir os administradores e alterar o estatuto associativo. 
Comentários: 
Art. 59. Compete privativamente à assembléia geral: 
I à? destituir os administradores 
II à? alterar o estatuto. 
Parágrafo único. Para as deliberações a que se referem os incisos I e II deste artigo é exigido 
deliberação da assembleia especialmente convocada para esse fim, cujo quorum será o 
estabelecido no estatuto, bem como os critérios de eleição dos administradores. 
Gabarito: Letra E. 
 
(VUNESP / DESENVOLVESP ? 2014) 
Assinale a alternativa correta acerca das associações. 
(A) Em sua essência, assim como nas sociedades, as associações têm por finalidade a obtenção 
de lucro, a ser distribuído entre os associados. 
(B) A exclusão dos associados, nas hipóteses em que o estatuto permitir, independe de 
procedimento que assegure o direito de defesa. 
(C) As associações podem ser públicas, sendo classificadas como pessoa jurídica de direito 
público interno. 
(D) Em razão de sua natureza, não se admite a existência de categorias de associados com 
vantagens especiais. 
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(E) Em caso de dissolução da associação, não se admite a restituição das contribuições que os 
associados prestaram à associação, devendo o patrimônio integral ser revertido para 
instituição de fins idênticos ou semelhantes. 
Comentários: 
AůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ăà?�- errada. 
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não 
econômicos. 
AůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“ďà?�- errada. 
Art. 57. A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim reconhecida em 
procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos termos previstos no estatuto. 
AůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Đà?�- correta. 
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: 
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; 
AůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ěà?�- errada. 
Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir categorias com 
vantagens especiais. 
AůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ğà?�- errada. 
Art. 61. Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido, depois de 
deduzidas, se for o caso, as quotas ou frações ideais referidas no parágrafo único do art. 56, 
será destinado à entidade de fins não econômicos designada no estatuto, ou, omisso este, por 
deliberação dos associados, à instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou 
semelhantes. 
Gabarito: Letra C. 
 
12. FUNDAÇÕES 
Antes de iniciarmos nosso estudo sobre as fundações, temos que noticiá-lo sobre uma importante 
alteração ocorrida dia 29/07/2015, onde a Lei nº 13.151 alterou vários dispositivos do CC/2002 
sobre as fundações privadas. Deste modo, vamos fazer um quadro comparativo entre como era o 
artigo ou inciso, e como ficou. Mas, desde já alertamos que a citada lei já está em vigor, pois, de 
acordo com seu art. 7º, ela entra em vigor na data de sua publicação. 
Então vamos lá! 
Vimos que, nas associações, o que importa são as pessoas, a reunião de pessoas, a coletividade. Já 
nas fundações, há de início um patrimônio despersonalizado, destinado a um fim. 
 
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As fundações têm sua razão de ser no patrimônio destinado a determinada finalidade. A 
Lei nº 13.151, de 2015 alterou a redação do artigo 62 do CC, da seguinte forma: 
Lei nº 10.406, de 2002 Lei nº 13.151, de 2015 
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu 
instituidor fará, por escritura pública ou 
testamento, dotação especial de bens 
livres, especificando o fim a que se 
destina, e declarando, se quiser, a 
maneira de administrá-la. 
Parágrafo único. A fundação somente 
poderá constituir-se para fins religiosos, 
morais, culturais ou de assistência. 
 
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu 
instituidor fará, por escritura pública ou 
testamento, dotação especial de bens livres, 
especificando o fim a que se destina, e 
declarando, se quiser, a maneira de administrá-
la. 
Parágrafo único. A fundação somente poderá 
constituir-se para fins de: 
I à? assistência social; 
II à? cultura, defesa e conservação do patrimônio 
histórico e artístico; 
III à? educação; 
IV à? saúde; 
V à? segurança alimentar e nutricional; 
VI à? defesa, preservação e conservação do meio 
ambiente e promoção do desenvolvimento 
sustentável; 
VII à? pesquisa científica, desenvolvimento de 
tecnologias alternativas, modernização de 
sistemas de gestão, produção e divulgação de 
informações e conhecimentos técnicos e 
científicos;VIII à? promoção da ética, da cidadania, da 
democracia e dos direitos humanos; 
IX à? atividades religiosas; 
 
Trata-se, como se depreende do artigo, de um conjunto de bens, que recebe personalidade para a 
realização de um fim determinado. O patrimônio se personaliza quando obtém sua existência legal, 
deste modo, uma fundação não é qualquer conjunto de bens. A dotação se fará por escritura pública 
ou testamento. 
A construção da fundação é voltada para a realização de fins socialmente relevantes, úteis e nobres. 
Afasta-se assim taxativamente no parágrafo único a possibilidade de instruírem-se fundações com 
fins ociosos e fúteis. 
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A fundação somente poderá constituir-se para fins de assistência social; cultura, defesa e 
conservação do patrimônio histórico e artístico; educação; saúde; segurança alimentar e 
nutricional; defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento 
sustentável; pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de 
sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos; 
promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos; e das atividades religiosas. 
 
Observe que agora a finalidade da fundação, ou seja, seu campo de atuação ficou maior e mais 
determinado. Temos, no parágrafo único do art. 62, um campo de atuação maior do que tínhamos 
na antiga redação, o que reforça os entendimentos da doutrina, tribunais e enunciados, de que a 
fundação poderia atuar em outros campos além dos descritos no antigo § único do art. 62. suceder 
os filhos, ainda não concebidos, de pessoas indicadas pelo testador, desde que vivas estas ao abrir-
ƐĞ�Ă�ƐƵĐĞƐƐĆŽà?à? 
 
Tenha em mente que esta é a redação atual do art. 62 do CC. A Lei nº 13.151 já está em vigor. 
 
Para que se aperfeiçoe a personalidade jurídica da fundação, ou seja, para que se possa dizer que 
esta existe como pessoa jurídica, é necessário o preenchimento dos seguintes requisitos: instituição, 
por meio de escritura pública ou testamento, de dotação especial de bens livres de ônus, da qual 
conste a finalidade específica da fundação, que somente poderá constituir-se para fins de assistência 
social; cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; educação; saúde; segurança 
alimentar e nutricional; defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do 
desenvolvimento sustentável; pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, 
modernização de sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos 
técnicos e científicos; promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos; 
atividades religiosas; estatutos que a regerão; aprovação dos estatutos pelo órgão do Ministério 
Público e o registro da escritura de instituição. 
A criação da fundação se dá pelo denominado negócio jurídico fundacional e o registro a personifica, 
fazendo com que tenha capacidade, patrimônio, sede e administração9. 
No primeiro requisito (instituição) para a criação de uma fundação, existem dois momentos bem 
definidos: um é a ¹vontade de sua constituição, que neste caso se exterioriza no ato de fundação 
propriamente dito; e o outro é o ato de ²dotação de um patrimônio, que lhe dará vida. Neste ato 
 
9 Diniz. Direito Fundacional. 
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de dotação, estão compreendidos: a reserva de bens livres10, a indicação dos fins e a maneira pela 
qual o acervo será administrado. 
 
Modalidades de formação da fundação: 
Direta àW neste modo, a própria pessoa instituidora projeta e regulamenta a fundação. 
Fiduciária àW neste modo, o instituidor entrega a tarefa de organizá-la a outra pessoa. 
 
Atenção! O instituidor da fundação pode ser tanto pessoa natural quanto pessoa jurídica. 
 
Vimos que a constituição da fundação é feita com dotação de bens, mas o que ocorre quando esta 
dotação não for suficiente? Esta situação está expressa no art. 63 do CC: 
Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão, se de outro 
modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha a fim igual ou 
semelhante. 
 
Então, se caso os bens forem insuficientes para a constituição da fundação, eles serão destinados a 
outra fundação que tenha a mesma ou semelhante finalidade da que não pôde ser criada, mas isso 
só acontecerá se o instituidor não tiver disposto de forma diferente no estatuto. 
A tarefa de elaborar o estatuto àW que é a lei interna da fundação - cabe ao instituidor ou, então, o 
instituidor deverá designar quem elabore o estatuto. Depois de ultrapassada esta fase, o estatuto 
será apresentado ao Ministério Público11àW órgão fiscalizador das fundações, que examinará se 
foram observadas as bases da fundação e se os bens são suficientes para atender as suas finalidades. 
Neste sentido temos o artigo 66 do CC: 
Art.66 Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas. 
§ 1º Se funcionarem no Distrito Federal ou em Território, caberá o encargo ao Ministério Público do 
Distrito Federal e Territórios 
§2º Se estenderem a atividade por mais de um Estado, caberá o encargo, em cada um deles, ao 
respectivo Ministério Público. 
 
10 Estes bens têm que ser livres, pois qualquer ônus sobre eles colocaria em risco a existência da entidade. 
11 Esta fiscalização será feita por meio da Promotoria de Justiça das Fundações, nas cidades em que houver este cargo na divisão 
administrativa da instituição. Nas cidades menores esta tarefa caberá ao Promotor Público. 
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De acordo caput do art. 66 do CC, as fundações depois de criada, serão fiscalizadas pelo Ministério 
Público do Estado onde situadas. 
 
Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas. 
 
O caput do art. 66 fala em Ministério Público do Estado. E se a fundação estiver situada no Distrito 
Federal, quem irá fiscalizá-la? Quem vela pelas fundações localizadas no DF? O Ministério Público 
do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). 
 
A Lei n.º 13.151/2015 alterou o §1º do art. 66 do CC com o objetivo de deixar isso expresso no 
texto do Código: 
§ 1º. Se funcionarem no Distrito Federal ou em Território, caberá o encargo ao Ministério Público 
do Distrito Federal e Territórios. 
 
Desse modo, mesmo antes da alteração da Lei n° 13.151/2015, por força de decisão do STF, a 
atribuição para fiscalizar as fundações privadas localizadas no DF já era do MPDFT. 
 
(CESPE / CGU ?2017) 
De acordo com o STF, cabe ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios velar pelas 
fundações públicas e de direito privado em funcionamento no DF, sem prejuízo da atribuição, 
ao Ministério Público Federal, da veladura das fundações federais de direito público que 
funcionem, ou não, no DF ou nos eventuais territórios. 
Comentários: 
Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas. 
§ 1º Se funcionarem no DistritoFederal ou em Território, caberá o encargo ao Ministério Público 
do Distrito Federal e Territórios. 
§ 2° Se estenderem a atividade por mais de um Estado, caberá o encargo, em cada um deles, 
ao respectivo Ministério Público. 
Gabarito: Correto. 
 
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A Lei nº 13.151/2015 corrige a falha do Código Civil e se adequa ao que foi decidido pelo STF, 
deixando claro que se a fundação privada funcionar no Distrito Federal ou em Território caberá o 
encargo ao MPDFT. 
 
 
 
(CESPE / CGU ?2017) 
Se uma fundação estender suas atividades por mais de um estado, independentemente de ser 
federal ou estadual, sua veladura caberá ao Ministério Público Federal. 
Comentário: 
Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas. 
§ 2° Se estenderem a atividade por mais de um Estado, caberá o encargo, em cada um deles, 
ao respectivo Ministério Público. 
Gabarito: Errado. 
 
Compete, então, ao Ministério Público do Distrito Federal velar pelas fundações no DF. 
 
Em se tratando de fundações federais de direito público esta atribuição de velar cabe, sim, ao 
Ministério Público Federal, independentemente de funcionar ou não no DF ou nos eventuais 
Territórios. 
Nos Estados, esta competência é do Ministério Público do Estado em que se situa a fundação. 
 
Nesta mesma perspectiva, de ação do Ministério Público, temos o parágrafo único, do artigo 65 do 
CC: 
E SE A FUNDAÇÃO ABRANGER MAIS DE UM ESTADO/DF? SE ELA 
FUNCIONAR EM DOIS, TRÊS, QUATRO ESTADOS/DF, QUEM FISCALIZA?
Se as atividades da fundação se estenderem por mais de um Estado, caberá
o encargo, em cada um deles, ao respectivo Ministério Público (à?2º do art.
66). Ex: Fundação à“�à?atua em SP, MG e DF. O MPSP irá fiscalizar as
atividades dessa fundação em SP, o MPRJ no MG e o MPDFT no DF.
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Art. 65. Aqueles a quem o instituidor cometer a aplicação do patrimônio, em tendo ciência do 
encargo, formularão logo, de acordo com as suas bases (art.62), o estatuto da fundação projetada, 
submetendo-o, em seguida, à aprovação da autoridade competente, com recurso ao juiz. 
Parágrafo único. Se o estatuto não for elaborado no prazo assinado pelo instituidor, ou, não havendo 
prazo, em 180 (cento e oitenta) dias, a incumbência caberá ao Ministério Público. 
 
Como vimos, se o instituidor não fizer o estatuto e a pessoa por ele designada também não fizer, 
caberá ao Ministério Público esta tarefa. Qualquer alteração do estatuto também deve ser 
submetida à apreciação do Ministério Público. 
 
Sobre alterações no estatuto temos o artigo 67 do CC: 
Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma: 
I à? seja deliberada por 2/3 (dois terços) dos componentes para gerir e representar a fundação; 
II à? não contrarie ou desvirtue o fim desta; 
III à? seja aprovada pelo órgão do Ministério Público, e, caso este a denegue, poderá o juiz supri-la, 
a requerimento do interessado. 
 
E, aqui, temos a última alteração. Agora temos um prazo máximo para que o MP analise a proposta 
de mudança do estatuto. Observe como ficou a nova redação do inciso III do art. 67 do CC: 
Art. 67. III à? seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45 (quarenta e 
cinco) dias, findo o qual ou no caso de o Ministério Público a denegar, poderá o juiz supri-la, a 
requerimento do interessado. 
Deste modo o art. 67 ficou da seguinte forma: 
Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma: 
I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação; 
II - não contrarie ou desvirtue o fim desta; 
III à? seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias, 
findo o qual ou no caso de o Ministério Público a denegar, poderá o juiz supri-la, a requerimento do 
interessado. 
 
Colocamos os dispositivos, o antigo e o novo da Lei nº 13.151, como forma de comparação, mas o 
que está valendo é a redação nova. Fique atento. ;) 
 
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Caso a alteração não tenha sido aprovada por unanimidade, a minoria vencida poderá requerer a 
impugnação no prazo de 10 dias, isso conforme o artigo 68 do CC: 
Art. 68. Quando a alteração não houver sido aprovada por votação unânime, os administradores 
da fundação, ao submeterem o estatuto ao órgão do Ministério Público, requererão que se dê ciência 
à minoria vencida para impugná-la, se quiser, em 10 (dez) dias. 
 
Existem certas peculiaridades no que diz respeito às fundações: 
A primeira é quanto aos seus bens, estes não podem ser vendidos. Normalmente, tais bens são 
inalienáveis, porque é sua existência que assegura a vida das fundações, não podendo, desta forma, 
serem desviados de sua destinação original. É claro que, dependendo da situação, comprovada a 
necessidade da venda, esta pode ser autorizada pelo juiz competente12, com a audiência do 
Ministério Público. O produto da venda deve ser aplicado na fundação ou em outros bens destinados 
a sua manutenção; 
Na fundação, o elemento pessoa natural pode não ser múltiplo, uma vez que basta uma só pessoa 
para sua criação; 
O patrimônio é o elemento fundamental das fundações; 
Os fins também são imutáveis, porque são fixados pelo instituidor; 
Nas fundações os administradores não são sócios, podem ser denominados como membros 
contribuintes, fundadores, beneméritos, efetivos, etc. 
 
Outra peculiaridade está no artigo 64 do CC: 
Art. 64. Constituída a fundação por negócio Jurídico entre vivos, o instituidor é obrigado a transferir-
lhe a propriedade, ou outro direito real, sobre os bens dotados, e, se não o fizer, serão registrados, 
em nome dela, por mandado judicial. 
 
Portanto, a promessa do instituidor, que se materializa na dotação de bens ou direitos, possui 
caráter irrevogável e irretratável. Se uma pessoa prometer e não cumprir, poderá o juiz através de 
mandado judicial executar a promessa. 
 
Sobre o tema extinção da fundação temos o artigo 69 do CC e o artigo 765 do NCPC: 
CC/2002: Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou 
vencido o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe 
promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no ato 
constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou 
semelhante. 
 
12 Sem esta autorização a venda será nula. 
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NCPC: Art. 765. Qualquer interessado ou órgão do Ministério Público promoverá a extinção da 
fundação quando: 
I à? se tornar ilícito o seu objeto; 
II à? for impossível a sua manutenção; 
III à? se vencer o prazo de sua existência. 
 
Passemos agora a outro assunto muito importante, a chamada desconsideraçãoda pessoa jurídica! 
 
13. DESCONSIDERAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA 
Quando estudamos a natureza jurídica das pessoas jurídicas, as classificamos como realidade 
técnica. A pessoa jurídica decorre da técnica do direito, é uma criação jurídica para a realização de 
certos objetivos. 
Neste sentido temos que as pessoas jurídicas possuem existência distinta em relação a seus 
membros. Existem, porém, determinados casos onde esta distinção entre a pessoa jurídica e a 
pessoa natural não pode ser mantida. Casos estes em que a personalidade da pessoa jurídica foi 
utilizada para fugir das suas finalidades, para lesar terceiros. 
Quando isto acontece, a personalidade jurídica deve ser desconsiderada, decidindo o julgador como 
se o ato ou negócio houvesse sido praticado pela pessoa natural. 
Não se trata de considerar sistematicamente nula a pessoa jurídica, mas, em casos específicos e 
determinados, apenas desconsiderá-la temporariamente. O assunto está regulado pelo artigo 50 do 
CC: 
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo ¹desvio de finalidade, ou 
pela ²confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público 
quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de 
obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. 
 
Portanto, a teoria da desconsideração (ou disregard of the legal entity), como assinala Venosa13, 
à?à?à?à?ĂƵƚŽƌŝnjĂ�Ž�ũƵŝnjà?�ƋƵĂŶĚŽ�ŚĄ�ĚĞƐǀŝŽ�ĚĞ�ĨŝŶĂůŝĚĂĚĞà?�Ă�ŶĆŽ�ĐŽŶƐŝĚĞƌĂƌ�ŽƐ�ĞĨĞŝƚŽƐ�ĚĂ�ƉĞƌƐŽŶŝĨŝĐĂĕĆŽà?�para 
que sejam atingidos bens particulares dos sócios ou até mesmo de outras pessoas jurídicas, 
ŵĂŶƚŝĚŽƐ�ŝŶĐſůƵŵĞƐà?�ƉĞůŽƐ�ĨƌĂƵĚĂĚŽƌĞƐà?�ũƵƐƚĂŵĞŶƚĞ�ƉĂƌĂ�ƉƌŽƉŝĐŝĂƌ�ŽƵ�ĨĂĐŝůŝƚĂƌ�Ă�ĨƌĂƵĚĞà?à? 
 
 
13 Silvio de Salvo Venosa, Direito Civil I, 11 ed. 
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O abuso da personalidade jurídica conforme expresso no CC ocorre em dois casos: 
Desvio de finalidade14 
Confusão patrimonial15. 
 
Como assinala Galhardo Jr., à?ƉĂƌĂ�ƋƵĞ�ƐĞ�ĚĞƐĐŽŶƐŝĚĞƌĞ�Ă�ƉĞƐƐŽĂ�ũƵƌşĚŝĐĂà?�Ġ�ŶĞĐĞƐƐĄƌŝŽ�ƋƵĞ�Ž�ĚĂŶŽ�
causado seja decorrente do uso fraudulento ou abusivo da autonomia patrimonial. Quando a 
fraude e o abuso de direito podem ser combatidos sem a necessidade de afastar-se a personalidade 
distinta da pessoa jurídica (como quando é aplicável o regramento dos vícios dos atos jurídicos), a 
teoria da desconsideração é inócua à?à?à?à?à?à?à? 
 
 
 
Existem, no entanto, duas teorias sobre a desconsideração: 
A Teoria maior, em princípio, exige dois requisitos: o abuso e o prejuízo. É a teoria adotada pelo 
Código Civil. Apenas observando que no caso de confusão patrimonial, esta será o pressuposto 
necessário e suficiente. 
Teoria menor, que exige como requisito apenas o prejuízo ao credor. 
 
E veja dois enunciados relacionados ao assunto: 
Jornada I STJ 7: à?Ɛſ�ƐĞ�ĂƉůŝĐĂ�Ă�ĚĞƐĐŽŶƐŝĚĞƌĂĕĆŽ�ĚĂ�ƉĞƌƐŽŶĂůŝĚĂĚĞ�ũƵƌşĚŝĐĂ�ƋƵĂŶĚŽ�ŚŽƵǀĞƌ�Ă�ƉƌĄƚŝĐĂ�
de ato irregular, e limitadĂŵĞŶƚĞà?�ĂŽƐ�ĂĚŵŝŶŝƐƚƌĂĚŽƌĞƐ�ŽƵ�ƐſĐŝŽƐ�ƋƵĞ�ŶĞůĂ�ŚĂũĂŵ�ŝŶĐŽƌƌŝĚŽà?à? 
Jornada III STJ 146: à?EĂƐ� ƌĞůĂĕƁĞƐ� ĐŝǀŝƐà?� ŝŶƚĞƌƉƌĞƚĂŵ-se restritivamente os parâmetros de 
desconsideração da personalidade jurídica previstas no CC 50 (desvio de finalidade ou confusão 
patriŵŽŶŝĂůà?à? (Este Enunciado não prejudica o Jornada I STJ 7). 
 
A teoria menor por vezes é adotada pela jurisprudência, principalmente no que diz respeito às 
relações de consumo (art.28 e parágrafos da Lei 8.078/1990). Mas o assunto é polêmico. Também 
 
14 Desvio de finalidade - o ato intencional dos sócios em fraudar terceiros com o uso abusivo da personalidade jurídica. 
15 Confusão Patrimonial - subentendida como a inexistência, no campo dos fatos, de separação patrimonial entre o patrimônio 
da pessoa jurídica e de seus sócios, ou, ainda, dos haveres de diversas pessoas jurídicas. 
 “^�DWZ��^�Z��E���^^�Z/K�K�h^K�&Z�h�h>�EdK����W�^^K��
:hZ1�/�� ? ?
A disregard of legal entity originariamente foi feita para atingir casos de
fraude e de má-fé.
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é apontada pela doutrina uma problemática nas relações trabalhistas, pois, segundo ela, a teoria da 
desconsideração tem sido utilizada de forma indiscriminada. 
 
 Você precisa estar muito atento(a) em uma questão que aborde o tema. De todo modo, 
respondendo à pergunta, entenda que nem sempre será necessária a comprovação da intenção de 
fraudar. 
 
(FCC/ DPE-RS ? 2011) 
Pessoas jurídicas de direito privado, seu processo de personificação e desconsideração de sua 
personalidade jurídica. É cabível a desconsideração da personalidade jurídica "inversa", 
visando a alcançar bens de sócio que se valeu da pessoa jurídica para ocultar ou desviar bens 
pessoais, com prejuízo a terceiros. 
Comentários: 
Enunciado n. 283 da IV Jornada de Direito Civil do CJF àW Art. 50 do CC: 
É cabível a desconsideração da personalidade jurídica denominada "inversa" para alcançar 
bens de sócio que se valeu da pessoa jurídica para ocultar ou desviar bens pessoais, com 
prejuízo a terceiros. 
Gabarito: Correto. 
 
14. DESCONSIDERAÇÃO “INVERSA ? DA PESSOA JURÍDICA 
Existe uma situação que ocorre o seguinte: O sócio, com objetivo prejudicar a terceiro, oculta ou 
ĚĞƐǀŝĂ�ƐĞƵƐ�ďĞŶƐ�ƉĞƐƐŽĂŝƐ�ƉĂƌĂ�Ă�ƉĞƐƐŽĂ�ũƵƌşĚŝĐĂà?��ƐƚĞƐ�à“bens da pessoa jurídicaà?�à?ŶĂ�ƌĞĂůŝĚĂĚĞ�ƐĆŽ�
bens ocultos do sócio) poderão ser atingidos em uma desconsideração. 
 
 Jornada IV STJ 283: à?��ĐĂďşǀĞů�Ă�ĚĞƐĐŽŶƐŝĚĞƌĂĕĆŽ�ĚĂ�ƉĞƌƐŽŶĂůŝĚĂĚĞ�ũƵƌşĚŝĐĂ�ĚĞŶŽŵŝŶĂĚĂ�à?ŝŶǀĞƌƐĂà?�
para alcançar bens de sócio que se valeu da pessoa jurídica para ocultar ou desviar bens pessoais, 
ĐŽŵ�ƉƌĞũƵşnjŽ�Ă�ƚĞƌĐĞŝƌŽƐà?à? 
 
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Sobre o assunto há inclusive o seguinte Enunciado da Jornada IV STJ 281: à?��ĂƉůŝĐĂĕĆŽ�ĚĂ�ƚĞŽƌŝĂ�ĚĂ�
desconsideração, descrita no CC 50, prescinde da demonstração de insolvênĐŝĂ�ĚĂ�ƉĞƐƐŽĂ�ũƵƌşĚŝĐĂà?à? 
 
15. PROTEÇÃO DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE 
As pessoas jurídicas são abrangidas pela proteção dos direitos da personalidade. 
 
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade. 
 
 
(FCC/ TJ-PE ? 2015) 
Segundo a legislação civil vigente, aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos 
direitos da personalidade. 
Comentários: 
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade. 
Gabarito correto. 
 
(FCC/ TRE-PB ? 2015) 
Não se aplica, em qualquer hipótese, a proteção dos direitos da personalidade tratando-se de 
incompatibilidade legal de institutos. 
Comentários: 
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da 
personalidade. 
 “WZK&�^^KZ�^ ?��Ed�^�����E��ZZ�Z�K��^^hEdK ?��h�>/��>'K�^K�Z����
NECESSIDADE DE INSOLVÊNCIA E A DESCONSIDERAÇÃO DA 
W�Z^KE�>/�����:hZ1�/�� ?�K�Yh����/^dK ? ?
A comprovação da insolvência (que é quando a PJ não pode cumprir com
suas obrigações) não é necessária. Além disso, segundo a doutrina, a
aplicação da teoria da desconsideração conforme já falamos não importa
dissolução ouanulação da sociedade. Importa apenas a sua
desconsideração.
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Gabarito: Errado. 
 
(FCC/ PGE-RR ? 2006) 
Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade. 
Comentários: 
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade. 
Gabarito: Correto. 
 
Observe que a aplicação da proteção aos direitos da personalidade não é feita indistintamente para 
todos os casos. Quanto a este assunto temos o seguinte enunciado 227 do STJ: à?Ă�pessoa jurídica 
ƉŽĚĞ�ƐŽĨƌĞƌ�ĚĂŶŽ�ŵŽƌĂůà?. 
 
Porém, atente que o dano moral será objetivo, relativo a atributos sujeitos à valoração 
extrapatrimonial da sociedade, como o bom nome, por exemplo. 
Isso porque a pessoa jurídica não tem direito à reparação do dano moral subjetivo, uma vez que não 
possui capacidade afetiva. E a honra subjetiva está relacionada aos sentimentos de autoestima. 
 
Este assunto já foi cobrado, mas por outra banca, no concurso do MPU/2013: A pessoa jurídica pode 
sofrer dano moral nos casos de violação à sua honra subjetiva. 
De acordo com o que vimos está incorreto. 
 
16. RESPONSABILIDADE DAS PESSOAS JURÍDICAS 
A responsabilização vai acontecer quando uma pessoa for prejudicada, quando houver um dano àW 
seja ele patrimonial ou moral, sendo necessário também que exista um nexo de causalidade entre 
este dano e o ato de um agente àW que foi o causador do dano. 
A existência de dano gera a responsabilidade e a obrigação de reparação deste dano. Sendo que a 
responsabilidade das pessoas jurídicas pode ocorrer no âmbito administrativo, no civil e no penal. 
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No âmbito penal, por exemplo, a Lei nº 9605 de 12 de fevereiro de 1998, que fala sobre os crimes 
ambientais, responsabiliza administrativa, civil e penalmente as pessoas jurídicas, aplicando penas 
restritivas de direitos, prestação de serviços à comunidade e multa. 
 
No âmbito civil a responsabilidade da pessoa jurídica pode ser: 
Contratual - ƋƵĞ�ĞƐƚĄ�ŶŽ�Ăƌƚà?�à?à?à?�ĚŽ���àP�à“Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas 
e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e 
ŚŽŶŽƌĄƌŝŽƐ�ĚĞ�ĂĚǀŽŐĂĚŽà?à? 
Extracontratual - também chamada de delitual ou aquiliana, que decorre de atos ilícitos e impõe a 
todos o dever de não lesar. Se mesmo assim a pessoa o fizer, ocorrerá a obrigação de reparar este 
dano. 
 
Toda pessoa jurídica de direito privado responde pelos danos causados a terceiros, qualquer que 
seja a natureza de seus fins. Para as pessoas jurídicas de direito público a responsabilidade é 
objetiva sob a modalidade do risco administrativo, conforme art. 43: 
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus 
agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os 
causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo. 
 
Na responsabilidade civil objetiva, as pessoas jurídicas de direito público interno têm a obrigação 
de reparar tão somente pela existência do fato danoso e do nexo causal (que é a chamada Teoria do 
Risco), não existe a necessidade de culpa. É assegurado a estas pessoas, no entanto, o direito de 
ação contra os causadores do dano se estes agirem com culpa ou dolo. 
Porém se houver a culpa concorrente entre o agente e a vítima a indenização será reduzida pela 
metade. E se a culpa for exclusiva da vítima o Estado se exonerará da obrigação de indenizar. O 
mesmo acontecendo no caso de força maior e fato exclusivo de terceiro. 
 
17. DOMICÍLIO DA PESSOA JURÍDICA 
É a sede jurídica da pessoa jurídica, é onde os credores podem demandar o cumprimento das 
obrigações. É o local de suas atividades habituais, de seu governo, administração ou direção, ou 
ainda, aquele determinado no ato constitutivo. Estabelece o artigo 75 do CC: 
Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é: 
I - da União, o Distrito Federal; 
II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais; 
III - do Município, o lugar onde funcione a administração municipal; 
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IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e 
administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos. 
§ 1º. Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles será 
considerado domicílio para os atos nele praticados. 
§ 2º. Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio da pessoa 
jurídica, no tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do 
estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder. 
 
O § 1º do artigo 75, vem ajudar às pessoas que necessitam processar uma entidade com 
estabelecimentos em vários lugares, ao dizer que cada um deles será considerado domicílio para os 
atos neles praticados. Já, o § 2º do artigo 75 diz respeito às pessoas jurídicas estrangeiras que 
tenham estabelecimento no Brasil, e que serão demandadas no foro de sua agência aqui localizada, 
de acordo com as obrigações contraídas por cada uma delas. 
 
18. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Terminada mais uma aula, caros amigos, como de costume, vamos à prática, com a resolução de 
mais questões. 
Mandem suas dúvidas para o fórum de dúvidas do nosso curso. 
OBS: Mesmo que você encontre questões, sobre as Fundações, desatualizadas, em função da Lei nº 
13.151, vale a pena dar uma olhadinha, pois, assim, você entende como as bancas costumam pedir 
este tipo de assunto. 
 
Um abraço e bons estudos! 
 
�ůŝŶĞ��ĂƉƚŝƐƚĂ�^ĂŶƚŝĂŐŽà? 
 
 
 
 
 
 
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19. RESUMO DA MATÉRIA 
É importante que você saiba identificar e distinguir as pessoas jurídicas de direito público e as 
pessoas jurídicas de direito privado (é um ponto recorrente em provas). 
 
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: 
I - a União; 
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; 
III - os Municípios; 
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; 
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei. 
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público, a que se tenha 
dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu funcionamento, pelas 
normas deste Código. 
 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
I - as associações; 
II - as sociedades; 
III - as fundações. 
IV - as organizações religiosas; 
V - os partidos políticos. 
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. 
 
Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas 
que forem regidas pelo direito internacional público. 
 
à?O registro da pessoa jurídica declarará o modopor que se administra e representa, ativa e 
passivamente, judicial e extrajudicialmente.à? 
 
Informação: É decadencial o direito de anular as decisões tomadas por órgão de administração 
coletiva de pessoa jurídica, quando eivadas, por exemplo, de simulação. 
 
Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela maioria de 
votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso. 
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Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular as decisões a que se refere este artigo, 
quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude. 
 
Cuidado com o Art. 50! Não ocorre despersonalização, apenas a desconsideração àW isto quando há 
abuso da personalidade jurídica por ¹desvio de finalidade ou pela ²confusão patrimonial. Busca no 
patrimônio de particulares (sócios e administradores) a satisfação de dívidas da pessoa jurídica. 
 
Lembre-se também das figuras despersonalizadas (que não possuem personalidade jurídica 
própria), tais como a família; a massa falida; o espólio; o condomínio; a herança jacente ou vacante. 
Em geral, estes grupos possuem capacidade processual e também possuem legitimidade ativa e 
passiva para demandar e ser demandado em ações na justiça. 
 
Informação: A pessoa jurídica de direito privado responde como preponente pelos atos de seus 
empregados ou prepostos (responsabilidade por fato de terceiro), como também pelos de seus 
órgãos (diretores, administradores, assembleias). 
 
Domicílio: Para a pessoa jurídica que possua diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada 
um deles será considerado seu domicílio para os atos nele praticados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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20 ? QUESTÕES 
20.1 ? QUESTÕES COMENTADAS 
 
Vamos resolver questões do INSTITUTO IESES e das seguintes bancas examinadoras: Fundação 
Carlos Chagas (FCC), Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista (VUNESP), 
Fundação Getúlio Vargas (FGV) e do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de 
Promoção de Eventos (CEBRASPE/CESPE). Principalmente nos assuntos para os quais haja poucas 
questões do INSTITUTO IESES disponíveis. 
 
1. (IESES / ALGÁS ? 2017) 
As Fundações serão regidas consoante capítulo III do Código Civil de 2002. Para criar uma fundação, 
o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, 
especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la. Diante 
disto, podemos afirmar: 
(A) Dissolvida a Fundação, o remanescente do seu patrimônio líquido, depois de deduzidas as 
despesas do passivo, se for o caso, será destinado à entidade de fins não econômicos designada no 
estatuto, ou, omisso este, por deliberação de sua diretoria, à instituição municipal, estadual ou 
federal, de fins idênticos ou semelhantes. 
(B) Dentre outros fins das Fundações, podemos citar: defesa, preservação e conservação do meio 
ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável; pesquisa científica, desenvolvimento de 
tecnologias alternativas, modernização de sistemas de gestão, produção e divulgação de 
informações e conhecimentos técnicos e científicos; promoção da ética, da cidadania, da democracia 
e dos direitos humanos. 
(C) Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por deliberação de sua diretoria, podem estes, antes 
da destinação do patrimônio remanescente, receber em restituição, atualizado o respectivo valor, 
as contribuições que tiverem recebido ao patrimônio da Fundação. 
(D) Não constará como fins das Fundações: promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos 
direitos humanos e atividades religiosas. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ăà?�àW errada. 
Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou vencido o prazo 
de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe promoverá a extinção, 
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incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, 
em outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“ďà?�àW correta. 
Art. 62. Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de: 
I à? assistência social; 
II à? cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; 
III à? educação; 
IV à? saúde; 
V à? segurança alimentar e nutricional; 
VI à? defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento 
sustentável; 
VII à? pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de sistemas de 
gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos; 
VIII à? promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos; 
IX à? atividades religiosas; 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Đà?�àW errada. 
Esta é regra de associação, conforme art. 61 do CC/02: 
Art. 61. §1º. Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por deliberação dos associados, podem 
estes, antes da destinação do remanescente referida neste artigo, receber em restituição, atualizado 
o respectivo valor, as contribuições que tiverem prestado ao patrimônio da associação. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ěà?�àW errada. 
Art. 62. Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de: 
I à? assistência social; 
II à? cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; 
III à? educação; 
IV à? saúde; 
V à? segurança alimentar e nutricional; 
VI à? defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento 
sustentável; 
VII à? pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de sistemas de 
gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos; 
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VIII à? promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos; 
IX à? atividades religiosas; 
Gabarito: Letra B. 
 
2. (IESES / TJ-PA ? 2016) 
Segundo a classificação apresentada pelo Código Civil vigente, são pessoas jurídicas de direito 
privado: 
I. Partidos políticos. 
II. Organizações religiosas. 
III. Autarquias. 
IV. Associações, sociedades, fundações e empresas individuais de responsabilidade limitada. 
A sequência correta é: 
(A) As assertivas I, II, III e IV estão corretas. 
(B) Apenas as assertivas I e IV estão corretas. 
(C) Apenas a assertiva IV está correta. 
(D) Apenas as assertivas I, II e IV estão corretas. 
 
Comentários: 
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: 
I - a União; 
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; 
III - os Municípios; 
IV - as autarquias,inclusive as associações públicas; 
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei. 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
I - as associações; 
II - as sociedades; 
III - as fundações. 
IV - as organizações religiosas; 
V - os partidos políticos. 
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. 
Gabarito: Letra D. 
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3. (IESES / TJ-MS ? 2014) 
Assinale a alternativa correta: 
I. A pessoa jurídica de direito privado têm a sua existência reconhecida após a inscrição do ato 
constitutivo, porém a personalidade jurídica somente é adquirida após a pratica do primeiro ato 
civil. 
II. As fundações de direito privado somente poderão ser constituídas para fins religiosos, morais, 
culturais ou de assistência. 
III. As associações podem ter fins econômicos ou não econômicos, a serem definidos pelo seu 
estatuto social. 
Assinale a correta: 
(A) Apenas as assertivas I e II são verdadeiras. 
(B) Todas as assertivas são falsas. 
(C) Apenas a assertiva II é verdadeira. 
(D) Todas as assertivas são verdadeiras. 
 
Comentários: 
Assertiva I àW errada. 
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato 
constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do 
Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo. 
 
Assertiva II àW errada. 
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação 
especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de 
administrá-la. 
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de: 
I à? assistência social; 
II à? cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; 
III à? educação; 
IV à? saúde; 
V à? segurança alimentar e nutricional; 
VI à? defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento 
sustentável; 
VII à? pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de sistemas de 
gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos; 
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VIII à? promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos; 
IX à? atividades religiosas; 
 
Assertiva III àW errada. 
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não 
econômicos. 
Gabarito: Letra B. 
 
4. (IESES / TJ-MS ? 2014) 
No caso das associações civis, compete privativamente à assembleia geral: 
I. Indicar o conselho fiscal. 
II. Destituir os administradores. 
III. Alterar o estatuto. 
IV. Contrair financiamentos em nome da associação. 
A sequência correta é: 
(A) Apenas as assertivas II e III estão corretas. 
(B) Apenas as assertivas I e IV estão corretas. 
(C) Apenas a assertiva III está correta. 
(D) As assertivas I, II, III e IV estão corretas. 
 
Comentários: 
Art. 59. Compete privativamente à assembleia geral: 
I à? destituir os administradores; 
II à? alterar o estatuto. 
Gabarito: Letra A. 
 
5. (IESES / TJ-MS ? 2014) 
Na atual conjuntura jurídica do Código Civil Brasileiro uma fundação somente poderá constituir-se 
para fins: 
(A) Religiosos, políticos, culturais ou educacionais. 
(B) Religiosos, políticos, culturais ou de assistência. 
(C) Religiosos, educacionais, culturais ou de assistência. 
(D) Religiosos, morais, culturais ou de assistência. 
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48 
 
Comentários: 
Todas as alternativas estão erradas. A Lei nº 13.151 alterou vários dispositivos do CC/2002 sobre as 
fundações privadas. 
As fundações têm sua razão de ser no patrimônio destinado a determinada finalidade. A 
Lei nº 13.151, de 2015 alterou a redação do artigo 62 do CC, da seguinte forma: 
Lei nº 10.406, de 2002 Lei nº 13.151, de 2015 
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu 
instituidor fará, por escritura pública ou 
testamento, dotação especial de bens 
livres, especificando o fim a que se 
destina, e declarando, se quiser, a 
maneira de administrá-la. 
Parágrafo único. A fundação somente 
poderá constituir-se para fins religiosos, 
morais, culturais ou de assistência. 
 
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu 
instituidor fará, por escritura pública ou 
testamento, dotação especial de bens livres, 
especificando o fim a que se destina, e 
declarando, se quiser, a maneira de administrá-
la. 
Parágrafo único. A fundação somente poderá 
constituir-se para fins de: 
I à? assistência social; 
II à? cultura, defesa e conservação do patrimônio 
histórico e artístico; 
III à? educação; 
IV à? saúde; 
V à? segurança alimentar e nutricional; 
VI à? defesa, preservação e conservação do meio 
ambiente e promoção do desenvolvimento 
sustentável; 
VII à? pesquisa científica, desenvolvimento de 
tecnologias alternativas, modernização de 
sistemas de gestão, produção e divulgação de 
informações e conhecimentos técnicos e 
científicos; 
VIII à? promoção da ética, da cidadania, da 
democracia e dos direitos humanos; 
IX à? atividades religiosas; 
Gabarito: Letra X. 
 
 
 
 
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49 
 
6. (IESES / TJ-RO ? 2012) 
Assinale a assertiva correta, segundo o que expressamente estabelece o Código Civil para as 
situações mencionadas: 
(A) Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômico 
e, sob pena de nulidade, seus estatutos conterão: denominação, os fins e a sede da associação; os 
requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados; os direitos e deveres dos 
associados; as fontes de recursos para sua manutenção; o modo de constituição e de funcionamento 
dos órgãos deliberativos e administrativos; e as condições para a alteração das disposições 
estatutárias e para a dissolução. 
(B) Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela 
confusão patrimonial, pode o juiz decidir, de ofício ou a requerimento da parte ou do Ministério 
Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de 
obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. 
(C) Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado, com a inscrição do ato 
constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do 
Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo, 
sendo que o registro declarará a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, 
quando houver; o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores,e dos diretores; o 
modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente; se o 
ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo; se os membros 
respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais; as condições de extinção da pessoa 
jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso. 
(D) Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato 
constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do 
Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo, 
decaindo em dois anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, 
por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ăà?�- errada. 
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não 
econômicos. 
Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá: 
I - a denominação, os fins e a sede da associação; 
II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados 
III - os direitos e deveres dos associados; 
IV - as fontes de recursos para sua manutenção; 
V à? o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos; 
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50 
 
VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução. 
VII à? a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“ďà?�àW errada. 
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela 
confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando 
lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam 
estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Đà?�àW correta. 
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato 
constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do 
Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo. 
Art. 46. O registro declarará: 
I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver; 
II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores; 
III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente; 
IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo; 
V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais; 
VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ěà?�àW errada. 
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato 
constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do 
Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo. 
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito 
privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro. 
Gabarito: Letra C. 
 
7. (IESES / TJ-RN ? 2012) 
Em relação ao domicílio: 
I. Nos contratos escritos é possível eleger domicílio para que se cumpram os direitos e obrigações 
deles resultantes. 
II. O domicílio não pode ser estabelecido no local onde se exerce a atividade profissional, sendo 
regulado pelo local de residência com ânimo definitivo. 
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51 
 
III. O domicílio da pessoa jurídica deve ser sempre o mesmo do seu sócio majoritário. 
Assinale a correta: 
(A) Estão corretas as assertivas I e II. 
(B) Apenas a assertiva II está correta. 
(C) Apenas a assertiva I está correta. 
(D) Estão corretas as assertivas II e III. 
 
Comentários: 
Assertiva I àW correta. 
Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem e 
cumpram os direitos e obrigações deles resultantes. 
 
Assertiva II àW errada. 
Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar 
onde esta é exercida. 
Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles constituirá 
domicílio para as relações que lhe corresponderem. 
 
Assertiva III àW errada. 
Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é: 
I - da União, o Distrito Federal; 
II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais; 
III - do Município, o lugar onde funcione a administração municipal; 
IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e 
administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos. 
§ 1º. Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles será 
considerado domicílio para os atos nele praticados. 
Gabarito: Letra C. 
 
8. (FCC/ DPE-AM ? 2018) 
Quanto ao dano moral, considere: 
I. A pessoa jurídica pode sofrer dano moral. 
II. A correção monetária do valor da indenização do dano moral incide desde a data do evento 
danoso. 
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52 
 
III. Não caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado. 
IV. O contrato de seguro por danos pessoais compreende os danos morais, salvo cláusula expressa 
de exclusão. 
Corresponde a entendimentos sumulados pelo Superior Tribunal de Justiça o que se afirma APENAS 
em 
(A) II e III. 
(B) I e III. 
(C) I e IV. 
(D) II e IV. 
(E) I e II. 
 
Comentários: 
AůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“cà?�- correta. 
Corresponde a entendimentos sumulados pelo Superior Tribunal de Justiça o que se afirma APENAS 
em I e IV. 
 
Afirmativa I àW correta. 
Súmula 227/STJ: A pessoa jurídica pode sofrer dano moral. 
 
Afirmativa II àW errada. 
Súmula 362/STJ: A correção monetária do valor da indenização do dano moral incide desde a data 
do arbitramento. 
 
Afirmativa III àW errada. 
Súmula 370/STJ: Caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado. 
 
Afirmativa IV àW correta. 
Súmula 402/STJ: O contrato de seguro por danos pessoais compreende os danos morais, salvo 
cláusula expressa de exclusão. 
Gabarito: Letra C. 
 
9. (FCC/ TRT - 11ª REGIÃO ? 2017) 
A respeito das pessoas jurídicas, é correto afirmar que 
(A) As associações não podem ter finalidade econômica, mesmo com expressa previsão estatutária. 
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53 
 
(B) Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito público. 
(C) O registro dos atos constitutivos das organizações religiosas depende de autorização do poderpúblico. 
(D) As associações públicas são pessoas jurídicas de direito privado. 
(E) Velará pelas fundações o Ministério Público Federal, quando estenderem a atividade por mais de 
um Estado da Federação. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ăà?�- correta. 
As associações se prestam aos mais variados fins, desde que não econômicos, e preenchem, assim, 
as mais variadas finalidades na sociedade. Qualquer atividade lícita e de fins não econômicos pode 
ser buscada por uma associação. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não 
econômicos. 
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“ďà?�- errada. 
Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
I - as associações; 
II - as sociedades; 
III - as fundações. 
IV - as organizações religiosas; 
V - os partidos políticos. 
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Đà?�- errada. 
De acordo com o Código Civil: 
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54 
 
Art. 44. § 1º. São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das 
organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos 
atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ěà?�- errada. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: 
I - a União; 
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; 
III - os Municípios; 
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; 
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ğà?�- errada. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 66. § 2º. Se estenderem a atividade por mais de um Estado, caberá o encargo, em cada um 
deles, ao respectivo Ministério Público. 
Gabarito: Letra A. 
 
10. (FCC/ TST ? 2017) 
São pessoas jurídicas de direito privado: 
(A) as associações, as fundações, as sociedades, as organizações religiosas e as empresas individuais 
de responsabilidade limitada, enquanto a União, os Estados, o Distrito Federal e os Territórios são 
pessoas jurídicas de direito público externo. 
(B) as fundações, as sociedades, as organizações religiosas e as empresas individuais de 
responsabilidade limitada, enquanto as autarquias, as associações públicas e os partidos políticos 
são pessoas jurídicas de direito público interno. 
(C) as associações, os partidos políticos, as fundações, as sociedades, as organizações religiosas e as 
empresas individuais de responsabilidade limitada, enquanto a União, os Estados, o Distrito Federal 
e os Territórios são pessoas jurídicas de direito público interno. 
(D) as associações, as fundações e os partidos políticos, sendo que as empresas individuais de 
responsabilidade limitada não são consideradas pessoas jurídicas, pois se confundem com pessoa 
natural do seu titular. 
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55 
 
(E) as associações, as sociedades e as empresas individuais de responsabilidade limitada, enquanto 
a União, os Estados, o Distrito Federal, os Territórios, as autarquias e as organizações religiosas são 
pessoas jurídicas de direito público interno. 
 
Comentários: 
AůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“cà?�- correta. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: 
I - a União; 
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; 
III - os Municípios; 
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; 
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei. 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
I - as associações; 
II - as sociedades; 
III - as fundações. 
IV - as organizações religiosas; 
V - os partidos políticos. 
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. 
Gabarito: Letra C. 
 
11. (FCC/ PROCON-MA ? 2017) 
No tocante à pessoa jurídica, considere: 
I. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com o início efetivo de suas 
atividades societárias ou empresariais, após o que deverá proceder-se à inscrição de seu ato 
constitutivo no registro respectivo. 
II. As associações, as sociedades, as organizações religiosas, os partidos políticos e as empresas 
individuais de responsabilidade limitada são pessoas jurídicas de direito privado. 
III. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela 
confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando 
lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações 
sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. 
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56 
 
Está correto o que se afirma em 
(A) I e III , apenas. 
(B) I e II , apenas. 
(C) II e III , apenas. 
(D) I, II e III . 
(E) III, apenas 
 
Comentários: 
AůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“cà?�- correta. 
Está correto o que se afirma em II e III, apenas. 
 
Item I àW errado. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato 
constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do 
Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo. 
 
Item II àW correto. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
 I - as associações; 
II - as sociedades; 
III - as fundações. 
IV - as organizações religiosas; 
V - os partidos políticos. 
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. 
 
Item III àW correto. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo ¹desvio de finalidade, ou 
pela ²confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público 
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57 
 
quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de 
obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. 
Gabarito: Letra C. 
 
12. (FCC/ ARTESP ? 2017) 
Entre as pessoas jurídicas classificadas, pelo Código Civil Brasileiro (Lei n° 10.406/2002) como de 
direito público interno, inserem-se 
I. a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 
II. as Autarquias, inclusive as associações públicas. 
III. as empresas públicas e sociedades de economia mista. 
IV. os territórios. 
V. partidos políticos. 
Está correto o que consta APENAS em 
(A) I e V. 
(B) II e V. 
(C) I, II e V. 
(D) I, II e III. 
(E) I, II e IV. 
 
Comentários: 
AfirmativaI àW correta. 
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: 
I - a União; 
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; 
III - os Municípios; 
 
Afirmativa II àW correta. 
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: 
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; 
 
Afirmativa III àW errada. 
As empresas públicas e sociedades de economia mista estão no parágrafo único do art. 41 do CC/02: 
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58 
 
Art. 41. Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público, a que 
se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu funcionamento, 
pelas normas deste Código. 
 
Afirmativa IV àW correta. 
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: 
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; 
 
Afirmativa V àW errada. 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
V - os partidos políticos. 
Gabarito: Letra E. 
 
13. (FCC/ TRT - 24ª REGIÃO ? 2017) 
Sobre as pessoas jurídicas, à luz do Código Civil: 
(A) O prazo decadencial para anulação da constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por 
defeito do ato respectivo, é de 5 anos, contado o prazo da publicação da sua inscrição no registro. 
(B) Os partidos políticos são considerados pessoas jurídicas de direito público. 
(C) O juiz poderá nomear administrador provisório à sociedade, a requerimento de qualquer 
interessado, se a administração da pessoa jurídica vier a faltar. 
(D) Se uma determinada pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão, em 
regra, por no mínimo 1/3 dos votos dos presentes. 
(E) Cassada a autorização para funcionamento da pessoa jurídica ela não subsistirá para os fins de 
liquidação, uma vez que possui efeitos imediatos. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ăà?�àW errada. 
O prazo decadencial é de três anos, de acordo com o Código Civil: 
Art. 45. Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas 
de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no 
registro. 
 
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59 
 
Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado, de acordo com o Código Civil: 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
V - os partidos políticos. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Đà?�àW correta. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 49. Se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o juiz, a requerimento de qualquer 
interessado, nomear-lhe-á administrador provisório. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ěà?�àW errada. 
Se uma determinada pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela 
maioria de votos dos presentes, de acordo com o Código Civil: 
Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela maioria de 
votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ğà?�àW errada. 
Cassada a autorização para funcionamento da pessoa jurídica ela subsistirá para os fins de 
liquidação, de acordo com o Código Civil: 
Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu 
funcionamento, ela subsistirá para os fins de liquidação, até que esta se conclua. 
Gabarito: Letra C. 
 
14. (FCC/ TRT - 11ª REGIÃO ? 2017) 
A respeito das pessoas jurídicas, é correto afirmar que 
(A) as associações públicas são pessoas jurídicas de direito privado. 
(B) velará pelas fundações o Ministério Público Federal, quando estenderem a atividade por mais de 
um Estado da Federação. 
(C) as associações não podem ter finalidade econômica, mesmo com expressa previsão estatutária. 
(D) os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito público. 
(E) o registro dos atos constitutivos das organizações religiosas depende de autorização do poder 
público. 
 
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De acordo com o art. 41 do CC, são pessoas jurídicas de direito público interno. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“ďà?�àW errada. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 66. § 2º. Se estenderem a atividade por mais de um Estado, caberá o encargo, em cada um deles, 
ao respectivo Ministério Público. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Đà?�àW correta. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não 
econômicos. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ěà?�àW errada. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
V - os partidos políticos. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ğà?�àW errada. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 44. § 1º. São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das 
organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos 
atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento. 
Gabarito: Letra C. 
 
15. (FCC/ SEGEP-MA ? 2016) 
Jair é sócio e administrador da pessoa jurídica J. Jardinagem Ltda., que não possui conta corrente, 
utilizando a conta corrente pessoal de Jair para realizar movimentações financeiras. Surpreendido 
com dificuldades financeiras, decorrentes de suas obrigações pessoais, Jair gastou todos os recursos 
existentes em sua conta corrente. Com isto, a pessoa jurídica J. Jardinagem Ltda. viu-se 
impossibilitada de honrar compromissos. À vista do ocorrido, Manoel, credor civil da J. Jardinagem 
Ltda., requereu a desconsideração da personalidade jurídica da empresa, a fim de ver penhorados 
os bens particulares e penhoráveis de Jair. De acordo com o Código Civil, tal pedido 
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(A) Deve ser acatado, pois a confusão patrimonial caracteriza abuso da personalidade jurídica, 
autorizando a desconsideração da personalidade jurídica da sociedade, com o atingimento dos bens 
particulares e penhoráveis de Jair. 
(B) Não deve ser acatado, pois apenas o abuso da personalidade jurídica caracteriza a 
desconsideração da personalidade jurídica, o que não se dá com a confusão patrimonial. 
(C) Deve ser acatado, pois a confusão patrimonial caracteriza abuso da personalidade jurídica, 
autorizando a desconsideração da personalidade jurídica da sociedade, que leva à sua dissolução. 
(D) Não deve ser acatado, pois apenas nas relações de consumo se admite a desconsideração da 
personalidade jurídica. 
(E) Deve ser acatado, pois o inadimplemento, por si só, autoriza a desconsideração da personalidade 
jurídica. 
 
Comentários: 
AůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ăà?�- correta. 
Existem determinados casos onde esta distinção entre a pessoa jurídica e a pessoa natural não pode 
ser mantida. Casos estes em que a personalidade da pessoa jurídica foi utilizada para fugir das suas 
finalidades, para lesar terceiros. 
Quando isto acontece, a personalidade jurídica deve serdesconsiderada, decidindo o julgador como 
se o ato ou negócio houvesse sido praticado pela pessoa natural. 
Não se trata de considerar sistematicamente nula a pessoa jurídica, mas, em casos específicos e 
determinados, apenas desconsiderá-la temporariamente. O assunto está regulado pelo artigo 50 do 
CC: 
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo ¹desvio de finalidade, ou 
pela ²confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público 
quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de 
obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. 
O abuso da personalidade jurídica conforme expresso no CC ocorre em dois casos: 
Desvio de finalidade16. 
Confusão patrimonial17. 
A disregard of legal entity originariamente foi feita para atingir casos de fraude e de má-fé. Existem, 
no entanto, duas teorias sobre a desconsideração: 
 
16 Desvio de finalidade - o ato intencional dos sócios em fraudar terceiros com o uso abusivo da personalidade jurídica. 
17 Confusão Patrimonial - subentendida como a inexistência, no campo dos fatos, de separação patrimonial entre o patrimônio 
da pessoa jurídica e de seus sócios, ou, ainda, dos haveres de diversas pessoas jurídicas. 
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A Teoria maior, em princípio, exige dois requisitos: o abuso e o prejuízo. É a teoria adotada pelo 
Código Civil. Apenas observando que no caso de confusão patrimonial, esta será o pressuposto 
necessário e suficiente. 
Teoria menor, que exige como requisito apenas o prejuízo ao credor. 
Gabarito: Letra A. 
 
16. (FCC/ SEGEP-MA ? 2016) 
No cumprimento de sentença condenatória transitada em julgado, de natureza não fiscal nem ligada 
às relações de consumo, a Procuradoria do Estado do Maranhão constatou que a empresa X Ltda. 
não possuía bens suficientes ao pagamento do débito. Pretendendo a desconsideração da 
personalidade jurídica da empresa X, a Procuradoria do Estado do Maranhão deverá, de acordo com 
o Código Civil, comprovar 
(A) Abuso da personalidade jurídica. 
(B) Que o inadimplemento se deu por ato do cotista majoritário. 
(C) A mera insolvência. 
(D) Má gestão, ainda que o administrador não tenha dado causa a confusão patrimonial ou a desvio 
de finalidade. 
(E) Que a existência da pessoa jurídica dificulta o ressarcimento do erário, apenas. 
 
Comentários: 
AůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ăà?�- correta. 
Não se trata de considerar sistematicamente nula a pessoa jurídica, mas, em casos específicos e 
determinados, apenas desconsiderá-la temporariamente. O assunto está regulado pelo artigo 50 do 
CC: 
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo ¹desvio de finalidade, ou 
pela ²confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público 
quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de 
obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. 
Portanto, a teoria da desconsideração (ou disregard of the legal entity), como assinala Venosa18, 
à?à?à?à?ĂƵƚŽƌŝnjĂ�Ž�ũƵŝnjà?�ƋƵĂŶĚŽ�ŚĄ�ĚĞƐǀŝŽ�ĚĞ�ĨŝŶĂůŝĚĂĚĞà?�Ă�ŶĆŽ�ĐŽŶƐŝĚĞƌĂƌ�ŽƐ�ĞĨĞŝƚŽƐ�ĚĂ�Ɖersonificação, para 
que sejam atingidos bens particulares dos sócios ou até mesmo de outras pessoas jurídicas, 
ŵĂŶƚŝĚŽƐ�ŝŶĐſůƵŵĞƐà?�ƉĞůŽƐ�ĨƌĂƵĚĂĚŽƌĞƐà?�ũƵƐƚĂŵĞŶƚĞ�ƉĂƌĂ�ƉƌŽƉŝĐŝĂƌ�ŽƵ�ĨĂĐŝůŝƚĂƌ�Ă�ĨƌĂƵĚĞà?à? 
O abuso da personalidade jurídica conforme expresso no CC ocorre em dois casos: 
 
18 Silvio de Salvo Venosa, Direito Civil I, 11 ed. 
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Desvio de finalidade19 
Confusão patrimonial20. 
Como assinala Galhardo Jr., à?ƉĂƌĂ�ƋƵĞ�ƐĞ�ĚĞƐĐŽŶƐŝĚĞƌĞ�Ă�ƉĞƐƐŽĂ�ũƵƌşĚŝĐĂà?�Ġ�ŶĞĐĞƐƐĄƌŝŽ�ƋƵĞ�Ž�ĚĂŶŽ�
causado seja decorrente do uso fraudulento ou abusivo da autonomia patrimonial. Quando a 
fraude e o abuso de direito podem ser combatidos sem a necessidade de afastar-se a personalidade 
distinta da pessoa jurídica (como quando é aplicável o regramento dos vícios dos atos jurídicos), a 
teoria da desconsideração é inócua à?à?à?à?à?à?à? 
Gabarito: Letra A. 
 
17. (FCC/ PREFEITURA DE CAMPINAS ? SP ? 2016) 
>ŽƵƌĞŶĕŽ�ĂĚƋƵŝƌŝƵ�ŝŵſǀĞů�Ğŵ�ůŽĐĂůŝĚĂĚĞ�ƐĞƌǀŝĚĂ�ƉŽƌ�à“�ƐƐŽĐŝĂĕĆŽ�ĚĞ�DŽƌĂĚŽƌĞƐà?à?�ă�ƋƵĂů�>ŽƵƌĞŶĕŽ�
não se associou. Passado um mês em que se instalou no local, Lourenço recebeu, da associação, 
boleto de cobrança de taxa de manutenção, à qual não anuiu, bem como comunicado dando conta 
de que, em Assembleia Geral realizada um ano antes, decidiu-se que todas as pessoas que se 
instalassem no bairro seriam obrigadas a pagar contribuição, independentemente de anuência 
prévia, tendo em vista a necessidade de custeio de despesas, dentre as quais a contratação de 
segurança privada. O estatuto da referida associação nada dispõe sobre a transmissibilidade da 
qualidade de associado. De acordo com jurisprudência dominante do Superior Tribunal de Justiça, 
referida deliberação 
(A) Atingirá Lourenço, independentemente de qualquer requisito, se comprovado que Lourenço se 
beneficia dos serviços mantidos pela Associação de Moradores. 
(B) Não atinge Lourenço, porque as taxas de manutenção criadas por associações de moradores não 
obrigam os não associados ou que a elas não anuíram. 
(C) Atinge Lourenço, porque a associação impõe, aos associados, direitos e obrigações recíprocos. 
(D) Atinge Lourenço, porque, no silêncio do estatuto, presume-se que a qualidade de associado se 
transmite do antigo para o novo proprietário do imóvel. 
(E) Não atinge Lourenço, porque as taxas de manutenção criadas por associações de moradores, 
independentemente do que dispõe o estatuto, não possuem caráter obrigatório, ainda que os 
associados tenham a elas anuído. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“ďà?�- correta. 
De acordo com o Código Civil: 
 
19 Desvio de finalidade - o ato intencional dos sócios em fraudar terceiros com o uso abusivo da personalidade jurídica. 
20 Confusão Patrimonial - subentendida como a inexistência, no campo dos fatos, de separação patrimonial entre o patrimônio 
da pessoa jurídica e de seus sócios, ou, ainda, dos haveres de diversas pessoas jurídicas. 
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Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário. 
Parágrafo único: Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da associação, a 
transferência daquela não importará, de per si, na atribuição da qualidade de associado ao 
adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do estatuto. 
Além do artigo citado temos, também, a seguinte jurisprudência: 
DIREITO CIVIL. COBRANÇA DE TAXA DE MANUTENÇÃO EM CONDOMÍNIO DE FATO. RECURSO 
REPETITIVO (ART. 1.036. DO CPC E RES. 8/2008-STJ). TEMA 882. As taxas de manutenção criadas 
por associações de moradores não obrigam os não associados ou os que a elas não anuíram. REsp 
1.280.871-SP e REsp 1.439.163-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, Rel. para acórdão Min. Marco 
Buzzi,Segunda Seção, julgados em 11/3/2015, DJe 22/5/2015. 
Gabarito: Letra B. 
 
18. (FCC/ TRT - 14ª REGIÃO ? 2016) 
Para se alterar o estatuto de uma fundação, é mister que a reforma não contrarie ou desvirtue o fim 
desta e seja deliberada 
(A) Pela maioria simples dos competentes para gerir e representar a fundação, devendo, ainda, ser 
aprovada pelo órgão do Ministério Público, e, caso este a denegue, poderá o juiz supri-la, a 
requerimento do interessado. 
(B) Pela unanimidade dos competentes para gerir e representar a fundação, devendo, ainda, ser 
aprovada pelo órgão do Ministério Público, e, caso este a denegue, poderá o juiz supri-la, a 
requerimento do interessado. 
(C) Por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação, devendo, ainda, ser 
aprovada pelo órgão do Ministério Público, e, caso este a denegue, poderá o juiz supri-la, a 
requerimento do interessado. 
(D) Por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação, devendo, ainda, ser 
aprovada pelo órgão do Ministério Público, sem possibilidade de suprimento judicial a requerimento 
do interessado no caso de denegação. 
(E) Pela unanimidade dos competentes para gerir e representar a fundação, devendo, ainda, ser 
aprovada pelo órgão do Ministério Público, sem possibilidade de suprimento judicial a requerimento 
do interessado no caso de denegação. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Đà?�àW correta. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma: 
I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação; 
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II - não contrarie ou desvirtue o fim desta; 
III à? seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias, 
findo o qual ou no caso de o Ministério Público a denegar, poderá o juiz supri-la, a requerimento do 
interessado. 
Gabarito: Letra C. 
 
19. (FCC/ TRE-PB ? 2015) 
No tocante às pessoas jurídicas, é INCORRETO afirmar: 
(A) A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios, as autarquias e as associações públicas são 
pessoas jurídicas de direito público interno. 
(B) Não se aplica, em qualquer hipótese, a proteção dos direitos da personalidade tratando-se de 
incompatibilidade legal de institutos. 
(C) São de direito privado, dentre outras, as organizações religiosas, os partidos políticos e as 
empresas individuais de responsabilidade limitada. 
(D) Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato 
constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do 
Poder Executivo. 
(E) Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por 
defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ăà?�- correta. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: 
I - a União; 
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; 
III - os Municípios; 
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; 
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“ďà?�- errada. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade. 
 
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�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Đà?�- correta. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
I - as associações; 
II - as sociedades; 
III - as fundações. 
IV - as organizações religiosas; 
V - os partidos políticos. 
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ěà?�- correta. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato 
constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do 
Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ğà?�- correta. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 45. Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas 
de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no 
registro. 
Gabarito: Letra B. 
 
20. (FCC/ TRT - 9ª REGIÃO ? 2015) 
G e R são sócios da pessoa jurídica Tex, a qual, em razão da crise econômica, deixou de honrar 
compromissos com o fornecedor Xis, que requereu, em ação de execução, a penhora dos bens de G 
e R. De acordo com o Código Civil, o pedido deverá ser 
(A) Indeferido, pois a desconsideração da personalidade jurídica somente é possível com a 
decretação da falência. 
(B) Deferido, independentemente de qualquer requisito, pois os sócios respondem, em regra, direta 
e pessoalmente pelas obrigações contraídas pela pessoa jurídica. 
(C) Deferido apenas se comprovado que Tex não possui recursos para pagamento do débito. 
(D) Indeferido, pois em nenhuma hipótese os sócios respondem pelas obrigações contraídas pela 
pessoa jurídica. 
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(E) Deferido se comprovado abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade 
ou pela confusão patrimonial. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ğà?�- correta. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo ¹desvio de finalidade, ou 
pela ²confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público 
quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de 
obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. 
Portanto, a teoria da desconsideração (ou disregard of the legal entity), como assinala Venosa21, 
à?à?à?à?ĂƵƚŽƌŝnjĂ�Ž�ũƵŝnjà?�ƋƵĂŶĚŽ�ŚĄ�ĚĞƐǀŝŽ�ĚĞ�ĨŝŶĂůŝĚĂĚĞà?�Ă�ŶĆŽ�ĐŽŶƐŝĚĞƌĂƌ�ŽƐ�ĞĨĞŝƚŽƐ�ĚĂ�ƉĞƌƐŽŶŝĨŝĐĂĕĆŽà?�para 
que sejam atingidos bens particulares dos sócios ou até mesmo de outras pessoas jurídicas, 
ŵĂŶƚŝĚŽƐ�ŝŶĐſůƵŵĞƐà?�ƉĞůŽƐ�ĨƌĂƵĚĂĚŽƌĞƐà?�ũƵƐƚĂŵĞŶƚĞ�ƉĂƌĂ�ƉƌŽƉŝĐŝĂƌ�ŽƵ�ĨĂĐŝůŝƚĂƌ�Ă�ĨƌĂƵĚĞà?à? 
O abuso da personalidade jurídica conforme expresso no CC ocorre em dois casos: 
Desvio de finalidade22 
Confusão patrimonial23. 
Como assinala Galhardo Jr., à?ƉĂƌĂ�ƋƵĞ�ƐĞ�ĚĞƐĐŽŶƐŝĚĞƌĞ�Ă�ƉĞƐƐŽĂ�ũƵƌşĚŝĐĂà?�Ġ�ŶĞĐĞƐƐĄƌŝŽ�ƋƵĞ�Ž�ĚĂŶŽ�
causado seja decorrente do uso fraudulento ou abusivo da autonomia patrimonial. Quando a 
fraude e o abuso de direito podem ser combatidos sem a necessidade de afastar-se a personalidade 
distinta da pessoa jurídica (como quando é aplicável o regramento dos vícios dos atos jurídicos), a 
teoria da desconsideração é inócua à?à?à?à?à?à?à? 
Gabarito: Letra E. 
 
21. (FCC/ TJ-AL ? 2015) 
São pessoas jurídicas de direito público externo 
(A) A União e os Estados federados, quando celebram contratos internacionais. 
(B) Somente os organismos internacionais, como a Organização das Nações Unidas. 
(C) Apenas os Estados estrangeiros. 
(D) Os Estados estrangeiros e a União.21 Silvio de Salvo Venosa, Direito Civil I, 11 ed. 
22 Desvio de finalidade - o ato intencional dos sócios em fraudar terceiros com o uso abusivo da personalidade jurídica. 
23 Confusão Patrimonial - subentendida como a inexistência, no campo dos fatos, de separação patrimonial entre o patrimônio 
da pessoa jurídica e de seus sócios, ou, ainda, dos haveres de diversas pessoas jurídicas. 
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(E) Os Estados estrangeiros e aquelas regidas pelo direito internacional público. 
 
Comentários: 
AůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ğà?�- correta. 
Direito público externo, regulamentadas pelo direito internacional e abrangendo: as nações 
estrangeiras, a Santa Sé, as Uniões Aduaneiras, os Organismos Internacionais. Neste sentido, temos 
artigo 42 do CC: 
Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas 
que forem regidas pelo direito internacional público. 
Direito público interno, que podem ser da administração direta (União, Estados, Territórios24, 
Distrito Federal e Municípios) ou podem ser da administração indireta àW descentralizados, criados 
por lei, com personalidade jurídica própria para o exercício de atividades de interesse público, tais 
como as Autarquias, as Associações Públicas, as Fundações Públicas, as Agências executivas e 
reguladoras. 
Gabarito: Letra E. 
 
22. (FCC/ MPE-PB ? 2015) 
No que concerne às pessoas jurídicas, é correto afirmar: 
(A) As fundações que tiverem finalidade lucrativa serão fiscalizadas pelo Ministério Público. 
(B) As autarquias são pessoas jurídicas de direito privado. 
(C) As associações podem ter finalidade lucrativa, de acordo com o que dispuserem a respeito os 
seus estatutos. 
(D) O direito de anular deliberações de administradores que forem eivadas de erro, dolo, simulação 
ou fraude decai em 3 anos. 
(E) Nas associações, os direitos e obrigações recíprocos entre os associados devem estar 
regulamentados no respectivo estatuto. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ăà?�- errada. 
As fundações NÃO têm finalidade lucrativa. 
 
 
24 A classificação dos territórios não é pacifica. Alguns civilistas os colocam como fazendo parte da administração direta, já para o 
direito administrativo estes são colocados como da administração indireta. De todo modo, destacamos que conforme a 
Constituição Federal, art.18, §2, os territórios federais integram a União, ou seja, territórios não são considerados entes da 
federação. 
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69 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“ďà?�- errada. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito PÚBLICO interno: 
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Đà?�- errada. 
As associações NÃO têm finalidade lucrativa, MAS podem obter lucro que não pode ser distribuído, 
mas sim reinvestido na própria associação. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ěà?�- correta. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 48 Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular as decisões a que se refere este artigo, 
quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ğà?�àW errada. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não 
econômicos. 
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos. 
Gabarito: Letra D. 
 
23. (FCC/ TCM-RJ ? 2015) 
No que concerne às fundações, é INCORRETO afirmar: 
(A) Constituída a fundação por negócio jurídico entre vivos, o instituidor é obrigado a transferir-lhe 
a propriedade, ou outro direito real, sobre os bens dotados, e, se não o fizer, serão registrados, em 
nome dela, por mandado judicial. 
(B) Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação 
especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de 
administrá-la. 
(C) Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão, se de outro 
modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha a fim igual ou 
semelhante. 
(D) Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma seja deliberada pela 
unanimidade dos membros competentes para gerir e representar a fundação, bem como que a 
reforma não contrarie ou desvirtue o fim desta. 
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(E) Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou vencido o prazo de 
sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe promoverá a extinção, 
incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, 
em outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ăà?�- correta. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 64. Constituída a fundação por negócio Jurídico entre vivos, o instituidor é obrigado a transferir-
lhe a propriedade, ou outro direito real, sobre os bens dotados, e, se não o fizer, serão registrados, 
em nome dela, por mandado judicial. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“ďà?�- correta. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação 
especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de 
administrá-la. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Đà?�- correta. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão, se de outro 
modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha a fim igual ou 
semelhante. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ěà?�àW errada. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma: 
I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação; 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ğà?�- correta. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou vencido o prazo 
de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe promoverá a extinção, 
incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, 
em outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante. 
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Gabarito: Letra D. 
 
24. (FCC/ TJ-PE ? 2015) 
Segundo a legislação civil vigente, 
(A) A proteção dos direitos da personalidade é de aplicação irrestrita para as pessoas jurídicas. 
(B) Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade. 
(C) Apenas quanto à utilização do nome é que se aplica às pessoas jurídicas a proteção dos direitos 
da personalidade. 
(D) Para caracterização de dano moral àpessoa jurídica é imprescindível que também ocorra dano 
patrimonial. 
(E) Às pessoas jurídicas não se concede indenização por dano moral. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“ďà?�- correta. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade. 
Gabarito: Letra B. 
 
25. (FCC/ TRE-RR ? 2015) 
No tocante as pessoas jurídicas, considere: 
I. As organizações religiosas e os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado. 
II. O prazo decadencial para anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito 
do ato respectivo, é de dois anos a contar da publicação de sua inscrição no registro. 
III. Em regra, se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela maioria 
de votos dos presentes. Neste caso, o prazo decadencial para anular as referidas decisões que 
violarem a lei ou estatuto é de dois anos. 
IV. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
(A) II e III 
(B) I e II e IV. 
(C) III e IV. 
(D) I, II e III. 
(E) I e IV. 
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Comentários: 
AůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“eà?�- correta. 
Está correto o que se afirma APENAS em I e IV. 
 
Afirmativa I - correta. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
IV - as organizações religiosas; 
V - os partidos políticos. 
 
Afirmativa II àW errada. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato 
constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do 
Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo. 
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito 
privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro. 
 
Afirmativa III àW errada. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela maioria de 
votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso. 
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular as decisões a que se refere este artigo, 
quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude. 
 
Afirmativa IV - correta. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade. 
Gabarito: Letra E. 
 
26. (FCC/ TCM-GO ? 2015) 
No tocante às fundações, considere: 
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==1229dd==
 
 
 
 
73 
 
I. Constituem elas um acervo de bens, que recebe personalidade jurídica para a realização de fins 
determinados, de interesse público, de modo permanente e estável. 
II. Podem ser constituídas para fins científicos, educacionais ou de promoção do meio ambiente, 
mesmo que com fins lucrativos. 
III. Quando insuficientes para constitui-las, os bens a ela destinados serão, se de outro modo não 
dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha a fim igual ou semelhante. 
IV. Os fins ou objetivos da fundação não podem em princípio ser modificados, a não ser pela vontade 
unânime de seus dirigentes. 
Está correto o que se afirma em 
(A) III e IV, apenas 
(B) I, II, III e IV 
(C) I, II e IV, apenas. 
(D) I, III e IV, apenas. 
(E) I e III, apenas. 
 
Comentários: 
Afirmativa I - correta. 
Fundação é o patrimônio personalizado destinado a um fim que lhe dá unidade. São as fundações 
(públicas e privadas). 
 
Afirmativa II - errada. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação 
especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de 
administrá-la. 
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de: 
I à? assistência social; 
II à? cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; 
III ʹ educação; 
IV à? saúde; 
V à? segurança alimentar e nutricional; 
VI à? defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento 
sustentável; 
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VII à? pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de sistemas de 
gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos; 
VIII à? promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos; 
IX à? atividades religiosas; e 
X à? (VETADO). 
 
Afirmativa III - correta. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão, se de outro 
modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha a fim igual ou 
semelhante. 
 
Afirmativa IV àW errada. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma: 
I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação; 
II - não contrarie ou desvirtue o fim desta; 
III à? seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias, 
findo o qual ou no caso de o Ministério Público a denegar, poderá o juiz supri-la, a requerimento do 
interessado. 
Gabarito: Letra E. 
 
27. (FCC/ TCM-GO ? 2015) 
Morrinhos Futebol Clube é uma associação esportiva sem fins lucrativos, que decide, para aumentar 
seus ganhos, montar um restaurante em sua sede, aberto aos associados e familiares, bem como 
uma loja para vender camisas dos uniformes de seus jogadores, bolas e réplicas dos troféus 
conquistados. Essa conduta 
(A) Não é possível, pois associações não podem ter fins econômicos, o que se caracterizaria em 
ambas as situações, só podendo a imagem da associação ser cedida onerosamente a terceiros. 
(B) É possível, mesmo com ganhos pessoais aos associados, pois associações podem ter os mesmos 
fins econômicos que uma sociedade por quotas de responsabilidade limitada. 
(C) É possível, desde que não haja ganhos pessoais aos associados, pois a realização eventual de 
negócios para manter ou aumentar o patrimônio da associação não a desnatura 
(D) É possível somente em relação à venda de uniformes, bolas e troféus, pois a abertura de um 
restaurante, mesmo que sem ganhos pessoais aos associados, desnatura sua condição de 
associação, por não ter nexo com suas atividades esportivas. 
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(E) É possível somente em relação à abertura do restaurante, desde que somente para os associados 
e familiares, pois a venda de uniformes, bolas e troféus, porser livre à população em geral, tem fins 
lucrativos que a desnaturam enquanto associação. 
 
Comentários: 
Alternativa à“Đà?�- correta. 
As associações não estão proibidas de gerar renda para manter sua existência ou aumentar suas 
atividades. O que não pode acontecer é esta renda ser distribuída entre os associados. 
Desta forma, uma associação pode possuir determinado patrimônio e realizar negócios para 
aumentar esse patrimônio. Isso não irá descaracteriza-la, uma vez que não irá proporcionar ganhos 
pessoais aos associados. 
Gabarito: Letra C. 
 
28. (FCC/ TRT - 9ª REGIÃO ? 2015) 
W assinou contrato com o banco Fox na cidade de Curitiba, lá obtendo financiamento. O banco Fox 
possui sede na Cidade de São Paulo e estabelecimentos em quase todas as cidades do Estado do 
Paraná, incluindo Pato Branco, onde W reside. De acordo com o Código Civil, com relação ao 
financiamento obtido por W, considera-se domicílio de Fox: 
(A) Curitiba, pois, tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos, em lugares diferentes, será 
considerado domicílio a capital do Estado em que o ato tiver sido praticado. 
(B) São Paulo, pois a pessoa jurídica de direito privado tem como domicílio sua sede, apenas, para 
todo e qualquer ato que vier a praticar. 
(C) Pato Branco, pois, tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos, em lugares diferentes, será 
considerado domicílio o local em que reside o consumidor. 
(D) Qualquer cidade em que Fox tiver estabelecimento, pois, tendo a pessoa jurídica diversos 
estabelecimentos, todos eles serão considerados seu domicílio, para todo e qualquer ato que vier a 
praticar. 
(E) Curitiba, pois, tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos, em lugares diferentes, cada um 
deles será considerado domicílio para os atos nele praticados. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ğà?�- correta. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 75. § 1º. Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles 
será considerado domicílio para os atos nele praticados. 
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O § 1º do artigo 75, vem ajudar às pessoas que necessitam processar uma entidade com 
estabelecimentos em vários lugares, ao dizer que cada um deles será considerado domicílio para os 
atos neles praticados. 
Gabarito: Letra E. 
 
29. (FCC/ TRE-SE ? 2015) 
DĄƌŝŽ�Ġ�ĞŵƉƌĞŐĂĚŽ�ĚŽ�WĂƌƚŝĚŽ�WŽůşƚŝĐŽ�à“yà?�ĞdžĞƌĐĞŶĚŽ�ĨƵŶĕƁĞƐ�ĂĚŵŝŶŝƐƚƌĂƚŝǀĂƐ�ĚĞ�ĂĐŽƌĚŽ�ĐŽŵ�Ž�ƐĞƵ�
nível de escolaridade (terceiro grau completo). Seu pai, Clodoaldo, é militar da marinha; seu tio, 
Fernando, é marítimo; sua mãe, Vera, é costureira sendo que atualmente está presa na penitenciária 
à“tà?�ƉĞůĂ�ƉƌĄƚŝĐĂ�ĚĞ�ĐŽŶĚƵƚĂ�ƚŝƉŝĨŝĐĂĚĂ�ĐŽŵŽ�ĐƌŝŵŝŶŽƐĂ�ƉĞůĂ�ůĞŐŝƐůĂĕĆŽ�ĐŽŵƉĞƚĞŶƚĞà?�EĞƐƚĞƐ�ĐĂƐŽƐà?�
analisando esta família sob os dados fornecidos, de acordo com o Código Civil brasileiro, possuem 
domicílio necessário 
(A) Clodoaldo, Fernando e Vera, apenas. 
(B) Mário, Clodoaldo, Fernando e Vera. 
(C) Clodoaldo e Vera, apenas. 
(D) Fernando e Vera, apenas. 
(E) Clodoaldo e Fernando, apenas. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ăà?�- correta. 
De acordo com o Código Civil: 
�ƌƚà?�à?à?à?�dġŵ�ĚŽŵŝĐşůŝŽ�ŶĞĐĞƐƐĄƌŝŽ�Ž�ŝŶĐĂƉĂnjà?�Ž�ƐĞƌǀŝĚŽƌ�ƉƷďůŝĐŽà?�Ž�ŵŝůŝƚĂƌà?�Ž�ŵĂƌşƚŝŵŽ�Ğ�Ž�ƉƌĞƐŽà? 
 
Figura 1. Representação DOMICÍLIO NECESSÁRIO. 
&RPR�S�H[��R�UHFpP�QDVFLGR�DGTXLUH�R�GRPLFtOLR�GRV�SDLV�DR�QDVFHU��R�VHUYLGRU�S~EOLFR�WHP�SRU�
GRPLFtOLR� R� OXJDU� RQGH� H[HUFH� SHUPDQHQWHPHQWH� VXD� IXQomR�� 2� GRPLFtOLR� QHFHVViULR� VH�
Domicílio 
Necessário
1.Incapaz
2.Servidor 
público
3.Militar4.Marítimo
5.Preso
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VXEGLYLGH� DLQGD� HP� RULJLQiULR� �TXDQGR� DGTXLULGR� DR� QDVFHU�� H[HPSOR� GR� EHEr�� H� OHJDO�
�TXDQGR�SUHVXPLGR�RX�IL[DGR�HP�OHL�� 
2�GRPLFtOLR�VHUi�YROXQWiULR�TXDQGR�D�SHVVRD�SXGHU�HVFROKr�OR�OLYUHPHQWH��4XDOTXHU�SHVVRD�
TXH� QmR� HVWHMD� VXMHLWD� D� GRPLFtOLR� QHFHVViULR� SRGHUi� OLYUHPHQWH� HVFROKHU� RQGH� IL[DUi� VXD�
UHVLGrQFLD�H�RQGH�LUi�H[HUFHU�VXD�SURILVVmR� 
'ĂďĂƌŝƚŽ P�>ĞƚƌĂ�� ? 
 
30. (FCC/ TRT - 24ª REGIÃO ? 2014) 
Assinale a alternativa em que nenhum ente mencionado possui personalidade jurídica 
(A) A organização religiosa, a família e o partido político. 
(B) A fundação, o espólio e a família. 
(C) A família, o espólio e a sociedade em conta de participação. 
(D) O espólio, a associação e o condomínio. 
(E) A sociedade em nome coletivo, a empresa individual de responsabilidade limitada e a firma 
individual. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Đà?�- correta. 
A família - não possui personalidade jurídica. 
O espólio - não possui personalidade jurídica. Será representado por um inventariante. 
A sociedade em conta de participação - não possui personalidade jurídica. O sócio ostensivo é a 
pessoa jurídica, não a sociedade. 
Os grupos despersonalizados que mais aparecem em questões de concurso são: 
 
A massa falida - nome que é dado ao conjunto de bens após a sentença 
declaratória de falência. Será representado por um síndico, que será o 
substituto da empresa ou pessoa que faliu. 
 
A herança jacente ou vacante - herança jacente é o nome que se dá a herança 
quando uma pessoa morre sem deixar testamento e não se conhece nenhum 
herdeiro. Os bens da herança jacente são declarados vacantes quando não se 
apresentar nenhum herdeiro ou, se aparecer algum, este renunciar a herança. 
Este acervo de bens será representado por um curador. 
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O espólio - é o conjunto de direitos e obrigações do de cujus25. Será 
representado em juízo, até que se nomeie um inventariante, por um 
administrador provisório. 
 
O condomínio àW sobre o condomínio há controvérsias na doutrina. Quando se 
tratar de condomínio que é a propriedade comum ou conjunta sobre alguma 
coisa, este não possui personalidade jurídica. O problema está nos 
condomínios de edifícios. Portanto tenha uma atenção extra se isto aparecer 
em prova. Como regra considere-os despersonalizados. Será representado 
pelo síndico. 
 
As sociedades e associações sem personalidade jurídica denominadas 
sociedades de fato ou irregulares àW serão representadas em juízo, ativa e 
ƉĂƐƐŝǀĂŵĞŶƚĞà?� à“ƉĞůĂ�ƉĞƐƐŽĂ�Ă�ƋƵĞŵ�ĐŽƵďĞƌ�Ă�ĂĚŵŝŶŝƐƚƌĂĕĆŽ�ĚŽƐ�ƐĞƵƐ�ďĞŶƐà?�
(CPC, art. 75, IX). São as entidades já criadas e em funcionamento que, no 
entanto, não têm existência legal, por falta de registro no órgão competente 
ou por falta de autorização legal (CC, art. 986)26. 
 
Também se destaca a família como uma entidade não personificada, pois, 
apesar de seus laços de sangue, cada membro preserva sua individualidade e 
é responsável por suas obrigações. 
Gabarito: Letra C. 
 
31. (FCC/ DPE-PB ? 2014) 
Carlos emprestou R$ 1.000,00 a Pedro, sócio da "Construtora Bertolai Ltda.", empresa de grande 
porte. O contrato foi formalizado em instrumento subscrito por duas testemunhas. Na data em que 
o dinheiro deveria ser devolvido, Pedro negou-se ao pagamento, afirmando insuficiência de 
recursos. Diante do inadimplemento, Carlos ajuizou execução de título executivo extrajudicial, 
contra a qual não foram opostos embargos. Na fase de indicação de bens à penhora, constatou-se 
somente que Pedro não possuía bens penhoráveis.Por esta razão, Carlos requereu desconsideração 
inversa da personalidade jurídica, a qual deverá ser 
(A) Indeferida, pois a mera ausência de bens penhoráveis não autoriza o pedido. 
(B) Deferida, pois a empresa de que Pedro é sócio possui condições suficientes para pagar o débito. 
(C) Deferida apenas se provado que Pedro ostenta cargo de gerência na empresa de que é sócio. 
(D) Indeferida, pois não é possível a desconsideração inversa da personalidade jurídica. 
 
25 Expressão jurídica para denominar a pessoa que faleceu. 
26 Carlos Roberto Gonçalves. Direito Civil: Parte Geral. Esquematizado, v. 1, 2016. p.223. 
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(E) Deferida, pois se está diante de relação de consumo. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ăà?�- correta. 
Existe uma situação que ocorre o seguinte: O sócio, com objetivo prejudicar a terceiro, oculta ou 
ĚĞƐǀŝĂ�ƐĞƵƐ�ďĞŶƐ�ƉĞƐƐŽĂŝƐ�ƉĂƌĂ�Ă�ƉĞƐƐŽĂ�ũƵƌşĚŝĐĂà?��ƐƚĞƐ�à“bens da pessoa jurídicaà?�à?ŶĂ�ƌĞĂůŝĚĂĚĞ�ƐĆŽ�
bens ocultos do sócio) poderão ser atingidos em uma desconsideração. 
 Jornada IV STJ 283: à?��ĐĂďşǀĞů�Ă�ĚĞƐĐŽŶƐŝĚĞƌĂĕĆŽ�ĚĂ�ƉĞƌƐŽŶĂůŝĚĂĚĞ�ũƵƌşĚŝĐĂ�ĚĞŶŽŵŝŶĂĚĂ�à?ŝŶǀĞƌƐĂà?�
para alcançar bens de sócio que se valeu da pessoa jurídica para ocultar ou desviar bens pessoais, 
ĐŽŵ�ƉƌĞũƵşnjŽ�Ă�ƚĞƌĐĞŝƌŽƐà?à? 
à?WƌŽĨĞƐƐŽƌĞƐà?� �ŶƚĞƐ� ĚĞ� ĞŶĐĞƌƌĂƌ� Ž� ĂƐƐƵŶƚŽà?� ĞƵ� ůŝ� ĂůŐŽ� ƐŽďƌĞ� Ă� ŶĞĐĞƐƐŝĚĂĚĞ� ĚĞ� ŝŶƐŽůǀġŶĐŝa e a 
ĚĞƐĐŽŶƐŝĚĞƌĂĕĆŽ�ĚĂ�ƉĞƌƐŽŶĂůŝĚĂĚĞ�ũƵƌşĚŝĐĂà?�Ž�ƋƵĞ�Ġ�ŝƐƚŽà?à? 
A comprovação da insolvência (que é quando a PJ não pode cumprir com suas obrigações) não é 
necessária. Além disso, segundo a doutrina, a aplicação da teoria da desconsideração conforme já 
falamos não importa dissolução ou anulação da sociedade. Importa apenas a sua desconsideração. 
Sobre o assunto há inclusive o seguinte Enunciado da Jornada IV STJ 281: à?��ĂƉůŝĐĂĕĆŽ�ĚĂ�ƚĞŽƌŝĂ�ĚĂ�
desconsideração, descrita no CC 50, prescinde da demonstração de ŝŶƐŽůǀġŶĐŝĂ�ĚĂ�ƉĞƐƐŽĂ�ũƵƌşĚŝĐĂà?à? 
DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE TÍTULO 
EXTRAJUDICIAL. DESCONSIDERAÇÃO INVERSA DA PERSONALIDADE JURÍDICA. MEDIDA 
EXCEPCIONAL. REQUISITOS AUSENTES. IMPOSSIBILIDADE. EM FACE DA EXCEPCIONALIDADE DA 
MEDIDA, CORRETA A DECISÃO QUE INDEFERE PEDIDO DE DESCONSIDERAÇÃO INVERSA DA 
PERSONALIDADE JURÍDICA, UMA VEZ QUE A AUSÊNCIA DE BENS PENHORÁVEIS EM NOME DO 
DEVEDOR, POR SI SÓ, NÃO ENSEJA SUA IMEDIATA APLICAÇÃO. INEXISTINDO ELEMENTOS 
INDICATIVOS DE QUE HOUVE AÇÃO FRAUDULENTA OU ABUSIVA DO DEVEDOR, COM DESVIO DE 
FINALIDADE OU CONFUSÃO PATRIMONIAL ENTRE SEUS BENS E O DA PESSOA JURÍDICA, NÃO TEM 
LUGAR A CONSTRIÇÃO DE BENS DAQUELE. AGRAVO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. (TJ-DF - Agravo 
de Instrumento: AGI 20130020119539 DF 0012788-26.2013.8.07.0000) 
Gabarito: Letra A. 
 
32. (FCC/ TJ-CE ? 2014) 
A empresa individual de responsabilidade limitada é 
(A) Ente despersonalizado, porque suas atividades são exercidas pela pessoa física ou jurídica que a 
instituir. 
(B) Pessoa jurídica de direito privado, que só poderá ser instituída por outra pessoa jurídica também 
de direito privado, mas não terá capital social. 
(C) Pessoa jurídica de direito privado e será constituída por uma única pessoa titular da totalidade 
do capital social. 
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(D) Pessoa jurídica de direito privado cuja personalidade se confunde com a de seu instituidor e não 
possui capital social. 
(E) Pessoa jurídica de direito público, ou de direito privado, segundo seja seu instituidor uma pessoa 
natural ou um ente público. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Đà?�àW correta. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. 
Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa 
titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) 
vezes o maior salário-mínimo vigente no País. 
Gabarito: Letra C. 
 
33. (FGV / CÂMARA DE SALVADOR ? BA ? 2018) 
Por meio de escritura pública, Juscelino institui Fundação Pró-Meio Ambiente (FPMA), que tem por 
objeto a pesquisa de tecnologia para o desenvolvimento sustentável. Destinou, para a pessoa 
jurídica, determinado número de bens, os quais, no entanto, verificou-se que são insuficientes para 
a constituição da FPMA. 
Tendo em vista que nada se dispôs no estatuto acerca dessa hipótese, sobre o destino dos bens da 
Fundação, é correto afirmar que: 
(A) serão destinados a outra fundação de livre escolha a ser efetuada por Juscelino; 
(B) incorporarão o patrimônio do Município em que foi constituída; 
(C) serão destinados a fundo próprio do Ministério Público Estadual; 
(D) retornarão ao patrimônio de Juscelino, pois é condição resolutiva tácita de sua constituição a 
existência de bens suficientes para suas atividades; 
(E) serão incorporados ao patrimônio de fundação que possua finalidade semelhante. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“eà?�àW correta. 
Para respondermos a esta questão precisamos ter conhecimento do art. 63 do CC/02, pois a questão 
exigia a literalidade do artigo. 
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Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão, se de 
outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha a fim igual 
ou semelhante. 
Gabarito: Letra E. 
 
34. (FGV / SEFIN-RO ? 2018) 
Acerca da aplicação da desconsideração da personalidade jurídica da sociedade empresária, analise 
as afirmativas a seguir. 
I. Na falência da sociedade empresária, a desconsideração não poderá ser decretada antes do 
encerramento da arrecadação e ficará restrita às pessoas naturais que exerciam a administração ao 
tempo da decretação. 
II. Decretada em incidente processual a desconsideração da personalidade jurídica, deverá ser 
dissolvida compulsoriamente a sociedade, investindo os sócios o liquidante na representação da 
pessoa jurídica. 
III. Em caso de desvio de finalidade, o juiz poderá decretar a desconsideração da personalidade 
jurídica para estender os efeitos de obrigações assumidas pela sociedade aos sócios. 
Está correto o que se afirma em 
(A) I, apenas. 
(B) I e III, apenas. 
(C) II, apenas. 
(D) III, apenas. 
(E) I e II, apenas. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“dà?�àW correta. 
Está correto o que se afirma em III, apenas. 
 
Afirmação I àW errada. 
Para responder esta questão vamos utilizar o art. 28 do CDC: 
Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento 
do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou 
violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver 
falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má 
administração. 
 
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Afirmação II àW errada. 
Não há dissolução da personalidade. 
 
Afirmação III àW correta. 
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela 
confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando 
lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam 
estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. 
Gabarito: Letra D. 
 
35. (FGV / PREFEITURA DE CUIABÁ-MT ? 2016) 
A Associação de Amigos das Aves (AAA), por meio de Maria Helena, sua representante e presidente, 
celebra contrato de locação com Orlando, tendo como objeto imóvel de propriedade deste. 
O imóvel servirá de sede da associação, conforme consta do contrato de locação. Após assinado o 
contrato e de posse das chaves do imóvel, Maria Helena passa a nele residir com sua filha. Após seis 
meses de locação, a AAA deixa de pagar os valores referentes ao aluguel, num total de R$ 12.000,00. 
Depois de uma tentativa frustrada de cobrança amigável dos aluguéis atrasados, Orlando ingressa 
com uma ação de cobrança contra a AAA e Maria Helena. Ao fim do processo, somente Maria Helena 
é condenada a pagar o valor dos aluguéis atrasados, tendo em vista que a AAA dispunha somente 
de R$ 100,00 em seu patrimônio. 
Tendo a situação descrita como referência, assinale a afirmativa correta. 
(A) A ação de cobrança deveria ter sido intentada contra a associação, sendo certo que Maria Helena 
jamais poderá ser obrigada a pagar os valores devidos, com fundamento no princípio da separação 
patrimonial. 
(B) A ação de cobrança deveria ter sido intentada contra a associação, sendo certo que Maria Helena 
somente poderá ser obrigada a pagar os valores devidos se houver a desconsideração da 
personalidade da sociedade. 
(C) A ação de cobrança deveria ter sido intentada contra a associação e contra Maria Helena, na 
medida em que esta passa a residir no imóvel locado pela associação, tornando-se sua comodatária. 
(D) A ação de cobrança deveria ter sido intentada somente contra Maria Helena, na medida em que 
ela é a representante da pessoa jurídica. 
(E) A ação de cobrança deveria ter sido intentada somente contra Maria Helena, na medida em que 
a associação não possui meios de pagamento da dívida. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“bà?�àW correta. 
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Como o imóvel servirá de sede da associação, conforme consta do contrato de locação, a ação de 
cobrança deveria ter sido intentada contra a associação, sendo certo que Maria Helena somente 
poderá ser obrigada a pagar os valores devidos se houver a desconsideração da personalidade da 
sociedade. 
Neste sentido temos que as pessoas jurídicas possuem existência distinta em relação a seus 
membros. Existem, porém, determinados casos onde esta distinção entre a pessoa jurídica e a 
pessoa natural não pode ser mantida. Casos estes em que a personalidade da pessoa jurídica foi 
utilizada para fugir das suas finalidades, para lesar terceiros. 
Quando isto acontece, a personalidade jurídica deve ser desconsiderada, decidindo o julgador como 
se o ato ou negócio houvesse sido praticado pela pessoa natural. 
Não se trata de considerar sistematicamente nula a pessoa jurídica, mas, em casos específicos e 
determinados, apenas desconsiderá-la temporariamente. O assunto está regulado pelo artigo 50 do 
CC: 
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo ¹desvio de finalidade, ou 
pela ²confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público 
quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de 
obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. 
Gabarito: Letra B. 
 
36. (FGV / TJ-PI ? 2015) 
Juliana, servidora pública do TJPI, lotada em Teresina, mora com seu cônjuge e filhas na cidade de 
Cabrobó (PE), e loca, durante a semana, um imóvel na cidade de Picos (PI), apenas para facilitar seu 
deslocamento. Sobre a situação narrada, considera-se: 
(A) Que o domicílio legal de Juliana estabeleceu-se em Picos; 
(B) Teresina o domicílio voluntário de Juliana; 
(C) Que Cabrobó seja o domicílio legal de Juliana; 
(D) Que o domicílio legal de Juliana estabeleceu-se em Teresina; 
(E) Que o domicílio voluntário de Juliana estabeleceu-se em Picos. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“dà?�àW correta. 
O domicílio é onde a pessoa natural está fixada, é uma necessidade jurídica, é um conceito criado 
por lei, pela necessidade de fixar a pessoa a um determinado lugar, para se ter onde encontrá-la 
caso seja preciso. 
O domicilio é diferente de residência e de habitação. Residência é o lugar em que a pessoa habita, 
é onde a pessoa mora, sua casa. Já habitação ou moradia possui um caráter de transitoriedade, sem 
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ânimo de permanecer, é o caso, por exemplo, quando uma pessoa aluga uma casa no litoral para 
passar uma temporada. Assim, temos o artigo 70 do CC: 
Art. 70. O domicílio civil da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo 
definitivo. 
O domicílio pode ser classificado quanto a sua origem e quanto a sua natureza. 
1. Quanto à sua origem pode ser ¹necessário ou legal e o ²voluntário. O domicílio quando é 
necessário ou legal, advém da lei, ou seja, é imposto por lei, independente da vontade das partes, 
nos demais casos será voluntário. Neste sentido temos o artigo 76 do CC: 
Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso. 
Como p.ex. o recém-nascido adquire o domicílio dos pais ao nascer; o servidor público tem por 
domicílio o lugar onde exerce permanentemente sua função. O domicílio necessário se subdivide 
ainda em originário (quando adquirido ao nascer, exemplo do bebê) e legal (quando presumido ou 
fixado em lei). 
O domicílio será voluntário quando a pessoa puder escolhê-lo livremente. Qualquer pessoa que não 
esteja sujeita a domicílio necessário poderá livremente escolher onde fixará sua residência e onde 
irá exercer sua profissão. 
2. Quanto à sua natureza, o domicílio pode ser ¹geral e pode ser ²especial. Será geral quando fixado 
nos termos vistos acima, quais sejam, nos necessários e nos voluntários. Será especial quando 
decorre de um acordo entre as partes, ou seja, as partes de um contrato p.ex. o contratante e o 
contratado acordam onde será o domicílio para uma eventual pendência jurídica. 
 
Figura 1. Representação DOMICÍLIO NECESSÁRIO. 
Gabarito: Letra D. 
 
37. (FGV / TJ-RO ? 2015) 
^ŽďƌĞ�Ž�ƚĞŵĂ�à“ƉĞƐƐŽĂƐ�ũƵƌşĚŝĐĂƐà?à?�Ġ�ĐŽƌƌĞƚŽ�ĂĨŝƌŵĂƌ�ƋƵĞàP 
(A) Os Estados estrangeiros, a União e o Distrito Federal são pessoas jurídicas de direito público 
externo; 
Domicílio 
Necessário
1.Incapaz
2.Servidor 
público
3.Militar4.Marítimo
5.Preso
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(B) Todas as entidades de caráter público criadas por lei são pessoas jurídicas de direito público 
interno; 
(C) As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveispor atos de seus 
agentes, desde que não tenham eles condições de responder com seu patrimônio pelo 
ressarcimento dos prejuízos causados à vítima; 
(D) Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito público interno; 
(E) As associações são constituídas por pessoas que se organizam para fins econômicos. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ăà?�àW errada. 
Os estados estrangeiros são pessoas jurídicas de direito público externo. Já a União e o Distrito 
Federal são pessoas jurídicas de direito público interno. 
Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas 
que forem regidas pelo direito internacional público. 
 
AlternatŝǀĂ�à“ďà?�àW correta. 
Conforme inteligência do inciso V, do art. 41 do CC/02: 
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: 
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Đà?�àW errada. 
As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes 
que nessa qualidade causem danos a terceiros, conforme art. 43 do CC/02: 
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus 
agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os 
causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ěà?�àW errada. 
Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado. 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
V - os partidos políticos. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ğà?�àW errada. 
As associações são constituídas por pessoas que se organizam para fins NÃO econômicos. 
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Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não 
econômicos. 
Gabarito: Letra B. 
 
38. (FGV / SEFAZ- MT ? 2014) 
A diretoria executiva da empresa TADV encaminha consulta ao setor jurídico sobre a possibilidade 
de o patrimônio particular dos seus sócios e administradores ser atingido pelos efeitos de certas e 
determinadas obrigações assumidas pela sociedade. De acordo com determinação expressa do 
Código Civil de 2002, sobre a teoria da desconsideração da personalidade jurídica, assinale a 
afirmativa correta. 
(A) O patrimônio particular dos sócios e dos administradores da empresa TADV poderá ser atingido 
caso se configure abuso da personalidade jurídica, caracterizada por desvio de finalidade, 
inadimplemento obrigacional ou confusão patrimonial. 
(B) O patrimônio particular dos sócios e dos administradores da TADV poderá ser atingido caso o 
juiz, de ofício, determine a extensão dos efeitos das relações obrigacionais da sociedade não apenas 
aos administradores da empresa, mas também aos demais sócios. 
(C) O patrimônio particular dos sócios da TADV poderá ser atingido em caso de abuso da 
personalidade, que ocorre quando há desvio de finalidade ou confusão patrimonial, se o juiz decidir 
pela desconsideração a requerimento da parte ou do Ministério Público. 
(D) O patrimônio particular dos sócios da TADV só será atingido em virtude de obrigações 
decorrentes de relações de consumo, ao passo que o patrimônio particular dos administradores da 
empresa poderá ser atingido em caso de desvio de finalidade ou de confusão patrimonial, por 
determinação, de ofício, do juiz. 
(E) O patrimônio particular dos sócios poderá ser atingido por força da teoria da desconsideração da 
personalidade jurídica quando houver celebração de negócio jurídico simulado, fraude à execução 
ou desvio de finalidade. A confusão patrimonial e o inadimplemento obrigacional configuram razão 
para atingir especificamente o patrimônio pessoal dos administradores. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“cà?�àW correta. 
Não se trata de considerar sistematicamente nula a pessoa jurídica, mas, em casos específicos e 
determinados, apenas desconsiderá-la temporariamente. O assunto está regulado pelo artigo 50 do 
CC: 
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo ¹desvio de finalidade, ou 
pela ²confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público 
quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de 
obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. 
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Portanto, a teoria da desconsideração (ou disregard of the legal entity), como assinala Venosa27, 
à?à?à?à?ĂƵƚŽƌŝnjĂ�Ž�ũƵŝnjà?�ƋƵĂŶĚŽ�ŚĄ�ĚĞƐǀŝŽ�ĚĞ�ĨŝŶĂůŝĚĂĚĞà?�Ă�ŶĆŽ�ĐŽŶƐŝĚĞƌĂƌ�ŽƐ�ĞĨĞŝƚŽƐ�ĚĂ�ƉĞƌƐŽŶŝĨŝĐĂĕĆŽà?�para 
que sejam atingidos bens particulares dos sócios ou até mesmo de outras pessoas jurídicas, 
mantidos incólumes, pelos fraudadores, justamente para propiĐŝĂƌ�ŽƵ�ĨĂĐŝůŝƚĂƌ�Ă�ĨƌĂƵĚĞà?à? 
O abuso da personalidade jurídica conforme expresso no CC ocorre em dois casos: 
Desvio de finalidade28. 
Confusão patrimonial29. 
Gabarito: Letra C. 
 
39. (VUNESP / PREFEITURA DE MOGI DAS CRUZES ? SP ? 2016) 
Quanto ao dano moral, assinale a alternativa correta. 
(A) Pessoa jurídica não pode reclamar dano moral, tendo em vista que somente a pessoa natural 
tem atributos biopsíquicos. 
(B) A inscrição indevida em cadastro de inadimplentes, já havendo outras inscrições legítimas 
contemporâneas, não enseja, por si só, dano moral. 
(C) O absolutamente incapaz, portador de atraso severo cognitivo, não pode sofrer dano moral. 
(D) A pessoa jurídica de direito público tem direito à indenização por danos morais relacionados à 
violação da honra ou da imagem. 
(E) É prescritível a pretensão de recebimento de indenização por dano moral decorrente de atos de 
tortura ocorridos durante o regime militar de exceção. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ăà?�àW errada. 
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade. 
Enunciado 227 da Súmula do STJ: "Pessoa jurídica pode sofrer dano moral". 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“ďà?�àW correta. 
Súmula n. 385 do STJ: à?�Ă� ĂŶŽƚĂĕĆŽ� ŝƌƌĞŐƵůĂƌ� Ğŵ� ĐĂĚĂƐƚƌŽ� ĚĞ� ƉƌŽƚĞĕĆŽ� ĂŽ� ĐƌĠĚŝƚŽà?� ŶĆŽ� Đabe 
indenização por dano moral, quando preexistente legítima inscrição, ressalvado o direito ao 
ĐĂŶĐĞůĂŵĞŶƚŽà?à? 
 
27 Silvio de Salvo Venosa, Direito Civil I, 11 ed. 
28 Desvio de finalidade - o ato intencional dos sócios em fraudar terceiros com o uso abusivo da personalidade jurídica. 
29 Confusão Patrimonial - subentendida como a inexistência, no campo dos fatos, de separação patrimonial entre o patrimônio 
da pessoa jurídica e de seus sócios, ou, ainda, dos haveres de diversas pessoas jurídicas. 
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�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Đà?�àW errada. 
Informativo 559 do Superior Tribunal de Justiça: à?K� ĂďƐŽůƵƚĂŵĞŶƚĞ� ŝŶĐĂƉĂnjà?� ĂŝŶĚĂ� ƋƵĂŶĚŽ�
impassível de detrimento anímicŽà?�ƉŽĚĞ�ƐŽĨƌĞƌ�ĚĂŶŽ�ŵŽƌĂůà?à? (REsp 1.245.550 - MG, Rel. Min. Luis 
Felipe Salomão, julgado em 17/3/2015) 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ěà?�àW errada. 
Informativo 534 do Superior Tribunal de Justiça: à?��ƉĞƐƐŽĂ�ũƵƌşĚŝĐĂ�ĚĞ�ĚŝƌĞŝƚŽ�ƉƷďůŝĐŽ�ŶĆŽ�ƚĞŵ�ĚŝƌĞŝƚŽ�
à indenização por danos ŵŽƌĂŝƐ�ƌĞůĂĐŝŽŶĂĚŽƐ�ă�ǀŝŽůĂĕĆŽ�ĚĂ�ŚŽŶƌĂ�ŽƵ�ĚĂ�ŝŵĂŐĞŵà?à?�(REsp1.258.389-
PB, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 17/12/2013) 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ğà?�àW errada. 
Informativo 523 do Superior Tribunal de Justiça: à?��ŝŵƉƌĞƐĐƌŝƚşǀĞů�Ă�ƉƌĞƚĞŶƐĆŽ�ĚĞ�ƌĞĐĞďŝŵĞŶƚŽ�ĚĞ�
indenização por dano moral decorrente de atos de tortura ocorridos durante o regime militar de 
ĞdžĐĞĕĆŽà?à? (REsp 1.374.376-CE, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 25/6/2013) 
Gabarito Letra B. 
 
40. (VUNESP / PREFEITURA DE SERTÃOZINHO-SP ? 2016) 
Sobre as regras de domicílio, é correto afirmar que 
(A) se considera como domicílio da União todas as capitais dos Estados da federação. 
(B) as sociedades empresárias possuem domicílio no endereço de qualquer de seus sócios. 
(C) o marítimo e o militar, em razão de suas atribuições, possuem domicílio itinerante. 
(D) o servidor público possui domicílio necessário. 
(E) o domicilio do Município é eleito pelo seu prefeito. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ăà?�àW errada. 
Como já vimos: 
Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é: 
I - da União, o Distrito Federal; 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“ďà?�àW errada. 
Também já visto por nós, neste pdf: 
Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é: 
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IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e 
administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Đà?�àW errada. 
Trata-se de domicílio necessário. 
Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ěà?�àW correta. 
Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ğà?�àW errada. 
Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é: 
III - do Município, o lugar onde funcione a administração municipal; 
Gabarito: Letra D. 
 
41. (VUNESP / PREFEITURA DE SERTÃOZINHO-SP ? 2016) 
É correto afirmar que 
(A) As pessoas jurídicas de direito público interno não respondem objetivamente pelos danos 
causados por atos de seus agentes, no exercício de suas funções. 
(B) A existência legal das pessoas jurídicas inicia-se, em regra, com o inicio de suas atividades. 
(C) O sistema brasileiro admite a constituição de empresa individual de responsabilidade limitada. 
(D) Para a desconsideração da personalidade jurídica, o Código Civil de 2002 adotou a denominada 
teoria menor, pela qual haverá desconsideração sempre que a personalidade jurídica representar 
empecilho para saldar o crédito de terceiros. 
(E) As fundações são pessoas jurídicas de direito privado, constituídas pela união de pessoas que se 
organizem para fins não econômicos. 
 
Comentários: 
��ĂůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ăà?�- errada. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus 
agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os 
causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo. 
 
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��ĂůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“ďà?�- errada. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato 
constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do 
Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo. 
 
��ĂůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Đà?�- correta. 
De acordo com o Código Civil: 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. 
 
��ĂůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ěà?�- errada. 
De acordo com o Código Civil: 
Quando a personalidade da pessoa jurídica for utilizada para fugir das suas finalidades deverá ser 
desconsiderada, decidindo o julgador como se o ato ou negócio houvesse sido praticado pela pessoa 
natural. 
Não se trata de considerar sistematicamente nula a pessoa jurídica, mas, em casos específicos e 
determinados, apenas desconsiderá-la temporariamente. 
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo ¹desvio de finalidade, ou 
pela ²confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público 
quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de 
obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. 
Portanto, a teoria da desconsideração (ou disregard of the legal entity), como assinala Venosa30, 
à?à?à?à?ĂƵƚŽƌŝnjĂ�Ž�ũƵŝnjà?�ƋƵĂŶĚŽ�ŚĄ�ĚĞƐǀŝŽ�ĚĞ�ĨŝŶĂůŝĚĂĚĞà?�Ă�ŶĆŽ�ĐŽŶƐŝĚĞƌĂƌ�ŽƐ�ĞĨĞŝƚŽƐ�ĚĂ�ƉĞƌƐŽŶŝĨŝĐĂĕĆŽà?�para 
que sejam atingidos bens particulares dos sócios ou até mesmo de outras pessoas jurídicas, 
ŵĂŶƚŝĚŽƐ�ŝŶĐſůƵŵĞƐà?�ƉĞůŽƐ�ĨƌĂƵĚĂĚŽƌĞƐà?�ũƵƐƚĂŵĞŶƚĞ�ƉĂƌĂ�ƉƌŽƉŝĐŝĂƌ�ŽƵ�ĨĂĐŝůŝƚĂƌ�Ă�ĨƌĂƵĚĞà?à? 
O abuso da personalidade jurídica conforme expresso no CC ocorre em dois casos: 
Desvio de finalidade31 
Confusão patrimonial32. 
A disregard of legal entity originariamente foi feita para atingir casos de fraude e de má-fé. Existem, 
no entanto, duas teorias sobre a desconsideração: 
 
30 Silvio de Salvo Venosa, Direito Civil I, 11 ed. 
31 Desvio de finalidade - o ato intencional dos sócios em fraudar terceiros com o uso abusivo da personalidade jurídica. 
32 Confusão Patrimonial - subentendida como a inexistência, no campo dos fatos, de separação patrimonial entre o patrimônio 
da pessoa jurídica e de seus sócios, ou, ainda, dos haveres de diversas pessoas jurídicas. 
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A Teoria maior, em princípio, exige dois requisitos: o abuso e o prejuízo. É a teoria adotada pelo 
Código Civil. Apenas observando que no caso de confusão patrimonial, esta será o pressuposto 
necessário e suficiente. 
Teoria menor, que exige como requisito apenas o prejuízo ao credor. 
 
��ĂůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ğà?�- errada. 
São as associações que constituídas pela união de pessoas que se organizem para fins não 
econômicos. De acordo com o Código Civil: 
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não 
econômicos 
Gabarito: Letra C. 
 
42. (VUNESP / CRO-SP ? 2016) 
Assinale a alternativa correta sobre as pessoas jurídicas. 
(A) Por constituir uma ficção jurídica, a pessoa jurídica não possui proteção aos direitos inerentes à 
personalidade. 
(B) Nas associações, a qualidade de associado é, em regra, intransmissível. 
(C) O desvio de finalidade e a confusão patrimonial são requisitos cumulativos para aplicação do 
instituto da desconsideração da personalidade jurídica. 
(D) As fundações são, em regra, pessoas jurídicas de direito público interno, com regime de direito 
privado. 
(E) A alteração do estatuto de uma fundação exige a aprovação pelo Ministério Público, salvo se a 
deliberação se der pelo quórum mínimo de dois terços dos representantes. 
 
Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ăà?�àW errada. 
Enunciado 227 da Súmula do STJ: "Pessoa jurídica pode sofrer dano moral". 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“ďà?�àW correta. 
Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatutonão dispuser o contrário. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Đà?�àW errada. 
São requisitos alternativos, conforme art. 50 do CC/02: 
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela 
confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando 
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lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam 
estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ěà?�àW errada. 
Temos fundações públicas e particulares. Geralmente, se você estiver resolvendo as questões de 
Direito Civil, e falar fundações, entenda como particulares (arts. 62 a 69 do CC/2002). As fundações 
públicas são instituídas pelo Estado, pertencendo seus bens ao patrimônio público, com destinação 
especial, regendo-se pelas normas de Direito Administrativo. 
As fundações públicas de direito privado são criadas através de autorização legislativa, e adquirem 
personalidade com a inscrição da escritura pública de sua constituição no Registro Civil de Pessoas 
Jurídicas. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ğà?�àW errada. 
Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma: 
I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação; 
II - não contrarie ou desvirtue o fim desta; 
III à? seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias, 
findo o qual ou no caso de o Ministério Público a denegar, poderá o juiz supri-la, a requerimento do 
interessado. 
Gabarito: Letra B. 
 
43. (VUNESP / CÂMARA MUNICIPAL DE ITATIBA-SP ? 2016) 
O Código Civil traz em seu bojo regramento específico sobre as pessoas jurídicas. Nos exatos termos 
da legislação, 
(A) incluem-se no rol de pessoas jurídicas de direito público interno as autarquias, exceto as 
associações públicas. 
(B) as pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos de seus 
agentes que nessa qualidade causem dano, sendo defeso o direito regressivo contra os causadores 
do dano, se houver, por parte desses, culpa ou dolo. 
(C) são consideradas pessoas jurídicas de direito privado as organizações religiosas, as fundações, os 
Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional. 
(D) decai em três anos o direito de anular a constituição de pessoas jurídicas de direito privado, por 
defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro. 
(E) as pessoas jurídicas não possuem personalidade e por isso não há que se cogitar a ocorrência de 
danos morais contra elas. 
 
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Comentários: 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ăà?�àW errada. 
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: 
I - a União; 
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; 
III - os Municípios; 
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; 
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“ďà?�àW errada. 
O direito de regresso não é defeso (proibido), vide art. 43 do CC/02: 
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus 
agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os 
causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Đà?�àW errada. 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
I - as associações; 
II - as sociedades; 
III - as fundações. 
IV - as organizações religiosas; 
V - os partidos políticos. 
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. 
Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas 
que forem regidas pelo direito internacional público. 
 
�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ěà?�àW correta. 
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato 
constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do 
Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo. 
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de 
direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no 
registro. 
 
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�ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂ�à“Ğà?�àW errada. 
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade. 
Enunciado 227 da Súmula do STJ: "Pessoa jurídica pode sofrer dano moral". 
Gabarito: Letra D. 
 
44. (CESPE/ STJ ? 2018) 
Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso. 
 
Comentários: 
Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso. 
Gabarito: Correto. 
 
45. (CESPE/ ABIN ? 2018) 
Julgue o item a seguir, acerca de pessoa jurídica e desconsideração de sua personalidade, direitos 
da personalidade e prova do fato jurídico, de acordo com o disposto no Código Civil. 
O ordenamento assegura a liberdade de criação e funcionamento das organizações religiosas, mas 
isso não impede que o Poder Judiciário analise a compatibilidade dos atos praticados por essas 
instituições com a lei e com seus respectivos estatutos. 
 
Comentários: 
Art. 44. § 1º. São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das 
organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos 
atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento. 
Enunciado n. 143, CJF/STJ: à?��ůŝďĞƌĚĂĚĞ�ĚĞ�ĨƵŶĐŝŽnamento das organizações religiosas não afasta o 
controle de legalidade e legitimidade constitucional de seu registro, nem a possibilidade de reexame 
pelo Judiciário da compatibilidade de seus atos com a lei e com seus estatutosà?à? 
Gabarito: Correto. 
 
46. (CESPE/ PC-MA ? 2018) 
O início da personalidade civil das pessoas físicas e das pessoas jurídicas de direito privado ocorre, 
respectivamente, com 
(A) o nascimento com vida e com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida 
de autorização ou aprovação do Poder Executivo, quando necessária. 
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(B) o registro civil do nascido com vida e com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, 
precedida de autorização ou aprovação do Poder Executivo, quando necessária. 
(C) a concepção do nascituro e com a autorização ou aprovação do Poder Executivo, quando 
necessária. 
(D) o registro civil do nascido com vida e com a autorização ou aprovação do Poder Executivo. 
(E) a concepção do nascituro e com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida 
de autorização ou aprovação do Poder Executivo, quando necessária. 
 
Comentários: 
Art. 2º. A personalidadecivil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde 
a concepção, os direitos do nascituro. 
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato 
constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação 
do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo. 
Gabarito: Letra A. 
 
47. (CESPE/ TRF - 1ª REGIÃO ? 2017) 
Julgue o item a seguir, considerando o entendimento legal e doutrinário acerca da figura jurídica do 
empresário e das pessoas jurídicas. 
As associações são consideradas pessoas jurídicas de direito privado e, por esse motivo, elas devem 
ser regularmente inscritas no registro de empresas. 
 
Comentários: 
As associações são pessoas jurídicas de direito privado, no entanto, seus atos constitutivos (seu 
estatuto) serão inscritos no Registro Civil Público de Pessoas Jurídicas. 
Gabarito: Errado. 
 
48. (CESPE/ TRF - 1ª REGIÃO ? 2017) 
[...] muitas vezes os sócios ou administradores, agindo contrariamente às finalidades estatutárias ou 
abusando da personalidade jurídica da pessoa jurídica, acarretam prejuízos a terceiros [...] A fim de 
pôr cobro a esses desvios, formou-se a doutrina conhecida como disregard of legal entity, para 
vincular o patrimônio dos sócios. 
Nestor Duarte. Código civil comentado. São Paulo: Ed. Manole, 2007, p. 432 (com adaptações). 
Considerando o texto precedente e aspectos a ele inerentes, julgue o item a seguir, com base no 
Código Civil. 
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O texto trata da teoria da desconsideração da personalidade jurídica. 
 
Comentários: 
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo ¹desvio de finalidade, ou 
pela ²confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público 
quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de 
obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. 
Portanto, a teoria da desconsideração (ou disregard of the legal entity), como assinala Venosa33, 
à?à?à?à?ĂƵƚŽƌŝnjĂ�Ž�ũƵŝnjà?�ƋƵĂŶĚŽ�ŚĄ�ĚĞƐvio de finalidade, a não considerar os efeitos da personificação, para 
que sejam atingidos bens particulares dos sócios ou até mesmo de outras pessoas jurídicas, 
ŵĂŶƚŝĚŽƐ�ŝŶĐſůƵŵĞƐà?�ƉĞůŽƐ�ĨƌĂƵĚĂĚŽƌĞƐà?�ũƵƐƚĂŵĞŶƚĞ�ƉĂƌĂ�ƉƌŽƉŝĐŝĂƌ�ŽƵ�ĨĂĐŝůŝƚĂƌ�Ă�ĨƌĂƵĚĞà?à? 
O abuso da personalidade jurídica conforme expresso no CC ocorre em dois casos: 
Desvio de finalidade34 
Confusão patrimonial35. 
Como assinala Galhardo Jr., à?ƉĂƌĂ�ƋƵĞ�ƐĞ�ĚĞƐĐŽŶƐŝĚĞƌĞ�Ă�ƉĞƐƐŽĂ�ũƵƌşĚŝĐĂà?�Ġ�ŶĞĐĞƐƐĄƌŝŽ�ƋƵĞ�Ž�ĚĂŶŽ�
causado seja decorrente do uso fraudulento ou abusivo da autonomia patrimonial. Quando a 
fraude e o abuso de direito podem ser combatidos sem a necessidade de afastar-se a personalidade 
distinta da pessoa jurídica (como quando é aplicável o regramento dos vícios dos atos jurídicos), a 
teoria da desconsideração é inócua à?à?à?à?à?à?à? 
Gabarito: Correto. 
 
49. (CESPE/ TRF - 1ª REGIÃO ? 2017) 
[...] muitas vezes os sócios ou administradores, agindo contrariamente às finalidades estatutárias ou 
abusando da personalidade jurídica da pessoa jurídica, acarretam prejuízos a terceiros [...] A fim de 
pôr cobro a esses desvios, formou-se a doutrina conhecida como disregard of legal entity, para 
vincular o patrimônio dos sócios. 
Nestor Duarte. Código civil comentado. São Paulo: Ed. Manole, 2007, p. 432 (com adaptações). 
Considerando o texto precedente e aspectos a ele inerentes, julgue o item a seguir, com base no 
Código Civil. 
Os patrimônios dos sócios, embora vinculados, sob nenhuma hipótese poderão ser expropriados 
para satisfazer os credores da empresa. 
 
 
33 Silvio de Salvo Venosa, Direito Civil I, 11 ed. 
34 Desvio de finalidade - o ato intencional dos sócios em fraudar terceiros com o uso abusivo da personalidade jurídica. 
35 Confusão Patrimonial - subentendida como a inexistência, no campo dos fatos, de separação patrimonial entre o patrimônio 
da pessoa jurídica e de seus sócios, ou, ainda, dos haveres de diversas pessoas jurídicas. 
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Comentários: 
Como vimos no comentário da questão acima, em alguns casos o patrimônio dos sócios pode ser 
expropriados para satisfazer os credores. 
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo ¹desvio de finalidade, ou 
pela ²confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público 
quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de 
obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa 
jurídica. 
Gabarito: Errado. 
 
50. (CESPE/ TRF - 1ª REGIÃO ? 2017) 
[...] muitas vezes os sócios ou administradores, agindo contrariamente às finalidades estatutárias ou 
abusando da personalidade jurídica da pessoa jurídica, acarretam prejuízos a terceiros [...] A fim de 
pôr cobro a esses desvios, formou-se a doutrina conhecida como disregard of legal entity, para 
vincular o patrimônio dos sócios. 
Nestor Duarte. Código civil comentado. São Paulo: Ed. Manole, 2007, p. 432 (com adaptações). 
Considerando o texto precedente e aspectos a ele inerentes, julgue o item a seguir, com base no 
Código Civil. 
Descumprimento de finalidades estatutárias significa o mesmo que desrespeito aos objetivos sociais 
da empresa. 
 
Comentários: 
O descumprimento de finalidades estatutárias caracteriza desvio de finalidade, e significa 
desrespeito aos objetivos sociais da empresa. 
Gabarito: Correto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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20.2 ? LISTA DE QUESTÕES 
 
Vamos resolver questões do INSTITUTO IESES e das seguintes bancas examinadoras: Fundação 
Carlos Chagas (FCC), Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista (VUNESP), 
Fundação Getúlio Vargas (FGV) e do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de 
Promoção de Eventos (CEBRASPE/CESPE). Principalmente nos assuntos para os quais haja poucas 
questões do INSTITUTO IESES disponíveis. 
 
1. (IESES / ALGÁS ? 2017) 
As Fundações serão regidas consoante capítulo III do Código Civil de 2002. Para criar uma fundação, 
o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, 
especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la. Diante 
disto, podemos afirmar: 
(A) Dissolvida a Fundação, o remanescente do seu patrimônio líquido, depois de deduzidas as 
despesas do passivo, se for o caso, será destinado à entidade de fins não econômicos designada no 
estatuto, ou, omisso este, por deliberação de sua diretoria, à instituição municipal, estadual ou 
federal, de fins idênticos ou semelhantes. 
(B) Dentre outros fins das Fundações, podemos citar: defesa, preservação e conservação do meio 
ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável; pesquisa científica, desenvolvimento de 
tecnologias alternativas, modernização de sistemas de gestão, produção e divulgaçãode 
informações e conhecimentos técnicos e científicos; promoção da ética, da cidadania, da democracia 
e dos direitos humanos. 
(C) Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por deliberação de sua diretoria, podem estes, antes 
da destinação do patrimônio remanescente, receber em restituição, atualizado o respectivo valor, 
as contribuições que tiverem recebido ao patrimônio da Fundação. 
(D) Não constará como fins das Fundações: promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos 
direitos humanos e atividades religiosas. 
 
2. (IESES / TJ-PA ? 2016) 
Segundo a classificação apresentada pelo Código Civil vigente, são pessoas jurídicas de direito 
privado: 
I. Partidos políticos. 
II. Organizações religiosas. 
III. Autarquias. 
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IV. Associações, sociedades, fundações e empresas individuais de responsabilidade limitada. 
A sequência correta é: 
(A) As assertivas I, II, III e IV estão corretas. 
(B) Apenas as assertivas I e IV estão corretas. 
(C) Apenas a assertiva IV está correta. 
(D) Apenas as assertivas I, II e IV estão corretas. 
 
3. (IESES / TJ-MS ? 2014) 
Assinale a alternativa correta: 
I. A pessoa jurídica de direito privado têm a sua existência reconhecida após a inscrição do ato 
constitutivo, porém a personalidade jurídica somente é adquirida após a pratica do primeiro ato 
civil. 
II. As fundações de direito privado somente poderão ser constituídas para fins religiosos, morais, 
culturais ou de assistência. 
III. As associações podem ter fins econômicos ou não econômicos, a serem definidos pelo seu 
estatuto social. 
Assinale a correta: 
(A) Apenas as assertivas I e II são verdadeiras. 
(B) Todas as assertivas são falsas. 
(C) Apenas a assertiva II é verdadeira. 
(D) Todas as assertivas são verdadeiras. 
 
4. (IESES / TJ-MS ? 2014) 
No caso das associações civis, compete privativamente à assembleia geral: 
I. Indicar o conselho fiscal. 
II. Destituir os administradores. 
III. Alterar o estatuto. 
IV. Contrair financiamentos em nome da associação. 
A sequência correta é: 
(A) Apenas as assertivas II e III estão corretas. 
(B) Apenas as assertivas I e IV estão corretas. 
(C) Apenas a assertiva III está correta. 
(D) As assertivas I, II, III e IV estão corretas. 
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5. (IESES / TJ-MS ? 2014) 
Na atual conjuntura jurídica do Código Civil Brasileiro uma fundação somente poderá constituir-se 
para fins: 
(A) Religiosos, políticos, culturais ou educacionais. 
(B) Religiosos, políticos, culturais ou de assistência. 
(C) Religiosos, educacionais, culturais ou de assistência. 
(D) Religiosos, morais, culturais ou de assistência. 
 
6. (IESES / TJ-RO ? 2012) 
Assinale a assertiva correta, segundo o que expressamente estabelece o Código Civil para as 
situações mencionadas: 
(A) Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômico 
e, sob pena de nulidade, seus estatutos conterão: denominação, os fins e a sede da associação; os 
requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados; os direitos e deveres dos 
associados; as fontes de recursos para sua manutenção; o modo de constituição e de funcionamento 
dos órgãos deliberativos e administrativos; e as condições para a alteração das disposições 
estatutárias e para a dissolução. 
(B) Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela 
confusão patrimonial, pode o juiz decidir, de ofício ou a requerimento da parte ou do Ministério 
Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de 
obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. 
(C) Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado, com a inscrição do ato 
constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do 
Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo, 
sendo que o registro declarará a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, 
quando houver; o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores; o 
modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente; se o 
ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo; se os membros 
respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais; as condições de extinção da pessoa 
jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso. 
(D) Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato 
constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do 
Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo, 
decaindo em dois anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, 
por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro. 
 
7. (IESES / TJ-RN ? 2012) 
Em relação ao domicílio: 
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I. Nos contratos escritos é possível eleger domicílio para que se cumpram os direitos e obrigações 
deles resultantes. 
II. O domicílio não pode ser estabelecido no local onde se exerce a atividade profissional, sendo 
regulado pelo local de residência com ânimo definitivo. 
III. O domicílio da pessoa jurídica deve ser sempre o mesmo do seu sócio majoritário. 
Assinale a correta: 
(A) Estão corretas as assertivas I e II. 
(B) Apenas a assertiva II está correta. 
(C) Apenas a assertiva I está correta. 
(D) Estão corretas as assertivas II e III. 
 
8. (FCC/ DPE-AM ? 2018) 
Quanto ao dano moral, considere: 
I. A pessoa jurídica pode sofrer dano moral. 
II. A correção monetária do valor da indenização do dano moral incide desde a data do evento 
danoso. 
III. Não caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado. 
IV. O contrato de seguro por danos pessoais compreende os danos morais, salvo cláusula expressa 
de exclusão. 
Corresponde a entendimentos sumulados pelo Superior Tribunal de Justiça o que se afirma APENAS 
em 
(A) II e III. 
(B) I e III. 
(C) I e IV. 
(D) II e IV. 
(E) I e II. 
 
9. (FCC/ TRT - 11ª REGIÃO ? 2017) 
A respeito das pessoas jurídicas, é correto afirmar que 
(A) As associações não podem ter finalidade econômica, mesmo com expressa previsão estatutária. 
(B) Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito público. 
(C) O registro dos atos constitutivos das organizações religiosas depende de autorização do poder 
público. 
(D) As associações públicas são pessoas jurídicas de direito privado. 
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(E) Velará pelas fundações o Ministério Público Federal, quando estenderem a atividade por mais de 
um Estado da Federação.10. (FCC/ TST ? 2017) 
São pessoas jurídicas de direito privado: 
(A) as associações, as fundações, as sociedades, as organizações religiosas e as empresas individuais 
de responsabilidade limitada, enquanto a União, os Estados, o Distrito Federal e os Territórios são 
pessoas jurídicas de direito público externo. 
(B) as fundações, as sociedades, as organizações religiosas e as empresas individuais de 
responsabilidade limitada, enquanto as autarquias, as associações públicas e os partidos políticos 
são pessoas jurídicas de direito público interno. 
(C) as associações, os partidos políticos, as fundações, as sociedades, as organizações religiosas e as 
empresas individuais de responsabilidade limitada, enquanto a União, os Estados, o Distrito Federal 
e os Territórios são pessoas jurídicas de direito público interno. 
(D) as associações, as fundações e os partidos políticos, sendo que as empresas individuais de 
responsabilidade limitada não são consideradas pessoas jurídicas, pois se confundem com pessoa 
natural do seu titular. 
(E) as associações, as sociedades e as empresas individuais de responsabilidade limitada, enquanto 
a União, os Estados, o Distrito Federal, os Territórios, as autarquias e as organizações religiosas são 
pessoas jurídicas de direito público interno. 
 
11. (FCC/ PROCON-MA ? 2017) 
No tocante à pessoa jurídica, considere: 
I. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com o início efetivo de suas 
atividades societárias ou empresariais, após o que deverá proceder-se à inscrição de seu ato 
constitutivo no registro respectivo. 
II. As associações, as sociedades, as organizações religiosas, os partidos políticos e as empresas 
individuais de responsabilidade limitada são pessoas jurídicas de direito privado. 
III. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela 
confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando 
lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações 
sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. 
Está correto o que se afirma em 
(A) I e III , apenas. 
(B) I e II , apenas. 
(C) II e III , apenas. 
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(D) I, II e III . 
(E) III, apenas 
 
12. (FCC/ ARTESP ? 2017) 
Entre as pessoas jurídicas classificadas, pelo Código Civil Brasileiro (Lei n° 10.406/2002) como de 
direito público interno, inserem-se 
I. a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 
II. as Autarquias, inclusive as associações públicas. 
III. as empresas públicas e sociedades de economia mista. 
IV. os territórios. 
V. partidos políticos. 
Está correto o que consta APENAS em 
(A) I e V. 
(B) II e V. 
(C) I, II e V. 
(D) I, II e III. 
(E) I, II e IV. 
 
13. (FCC/ TRT - 24ª REGIÃO ? 2017) 
Sobre as pessoas jurídicas, à luz do Código Civil: 
(A) O prazo decadencial para anulação da constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por 
defeito do ato respectivo, é de 5 anos, contado o prazo da publicação da sua inscrição no registro. 
(B) Os partidos políticos são considerados pessoas jurídicas de direito público. 
(C) O juiz poderá nomear administrador provisório à sociedade, a requerimento de qualquer 
interessado, se a administração da pessoa jurídica vier a faltar. 
(D) Se uma determinada pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão, em 
regra, por no mínimo 1/3 dos votos dos presentes. 
(E) Cassada a autorização para funcionamento da pessoa jurídica ela não subsistirá para os fins de 
liquidação, uma vez que possui efeitos imediatos. 
 
14. (FCC/ TRT - 11ª REGIÃO ? 2017) 
A respeito das pessoas jurídicas, é correto afirmar que 
(A) as associações públicas são pessoas jurídicas de direito privado. 
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(B) velará pelas fundações o Ministério Público Federal, quando estenderem a atividade por mais de 
um Estado da Federação. 
(C) as associações não podem ter finalidade econômica, mesmo com expressa previsão estatutária. 
(D) os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito público. 
(E) o registro dos atos constitutivos das organizações religiosas depende de autorização do poder 
público. 
 
15. (FCC/ SEGEP-MA ? 2016) 
Jair é sócio e administrador da pessoa jurídica J. Jardinagem Ltda., que não possui conta corrente, 
utilizando a conta corrente pessoal de Jair para realizar movimentações financeiras. Surpreendido 
com dificuldades financeiras, decorrentes de suas obrigações pessoais, Jair gastou todos os recursos 
existentes em sua conta corrente. Com isto, a pessoa jurídica J. Jardinagem Ltda. viu-se 
impossibilitada de honrar compromissos. À vista do ocorrido, Manoel, credor civil da J. Jardinagem 
Ltda., requereu a desconsideração da personalidade jurídica da empresa, a fim de ver penhorados 
os bens particulares e penhoráveis de Jair. De acordo com o Código Civil, tal pedido 
(A) Deve ser acatado, pois a confusão patrimonial caracteriza abuso da personalidade jurídica, 
autorizando a desconsideração da personalidade jurídica da sociedade, com o atingimento dos bens 
particulares e penhoráveis de Jair. 
(B) Não deve ser acatado, pois apenas o abuso da personalidade jurídica caracteriza a 
desconsideração da personalidade jurídica, o que não se dá com a confusão patrimonial. 
(C) Deve ser acatado, pois a confusão patrimonial caracteriza abuso da personalidade jurídica, 
autorizando a desconsideração da personalidade jurídica da sociedade, que leva à sua dissolução. 
(D) Não deve ser acatado, pois apenas nas relações de consumo se admite a desconsideração da 
personalidade jurídica. 
(E) Deve ser acatado, pois o inadimplemento, por si só, autoriza a desconsideração da personalidade 
jurídica. 
 
16. (FCC/ SEGEP-MA ? 2016) 
No cumprimento de sentença condenatória transitada em julgado, de natureza não fiscal nem ligada 
às relações de consumo, a Procuradoria do Estado do Maranhão constatou que a empresa X Ltda. 
não possuía bens suficientes ao pagamento do débito. Pretendendo a desconsideração da 
personalidade jurídica da empresa X, a Procuradoria do Estado do Maranhão deverá, de acordo com 
o Código Civil, comprovar 
(A) Abuso da personalidade jurídica. 
(B) Que o inadimplemento se deu por ato do cotista majoritário. 
(C) A mera insolvência. 
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(D) Má gestão, ainda que o administrador não tenha dado causa a confusão patrimonial ou a desvio 
de finalidade. 
(E) Que a existência da pessoa jurídica dificulta o ressarcimento do erário, apenas. 
 
17. (FCC/ PREFEITURA DE CAMPINAS ? SP ? 2016) 
>ŽƵƌĞŶĕŽ�ĂĚƋƵŝƌŝƵ�ŝŵſǀĞů�Ğŵ�ůŽĐĂůŝĚĂĚĞ�ƐĞƌǀŝĚĂ�ƉŽƌ�à“�ƐƐŽĐŝĂĕĆŽ�ĚĞ�DŽƌĂĚŽƌĞƐà?à?�ă�ƋƵĂů�>ŽƵƌĞŶĕŽ�
não se associou. Passado um mês em que se instalou no local, Lourenço recebeu, da associação, 
boleto de cobrança de taxa de manutenção, à qual não anuiu, bem como comunicado dando conta 
de que, em Assembleia Geral realizada um ano antes, decidiu-se que todas as pessoas que se 
instalassem no bairro seriam obrigadas a pagar contribuição, independentementede anuência 
prévia, tendo em vista a necessidade de custeio de despesas, dentre as quais a contratação de 
segurança privada. O estatuto da referida associação nada dispõe sobre a transmissibilidade da 
qualidade de associado. De acordo com jurisprudência dominante do Superior Tribunal de Justiça, 
referida deliberação 
(A) Atingirá Lourenço, independentemente de qualquer requisito, se comprovado que Lourenço se 
beneficia dos serviços mantidos pela Associação de Moradores. 
(B) Não atinge Lourenço, porque as taxas de manutenção criadas por associações de moradores não 
obrigam os não associados ou que a elas não anuíram. 
(C) Atinge Lourenço, porque a associação impõe, aos associados, direitos e obrigações recíprocos. 
(D) Atinge Lourenço, porque, no silêncio do estatuto, presume-se que a qualidade de associado se 
transmite do antigo para o novo proprietário do imóvel. 
(E) Não atinge Lourenço, porque as taxas de manutenção criadas por associações de moradores, 
independentemente do que dispõe o estatuto, não possuem caráter obrigatório, ainda que os 
associados tenham a elas anuído. 
 
18. (FCC/ TRT - 14ª REGIÃO ? 2016) 
Para se alterar o estatuto de uma fundação, é mister que a reforma não contrarie ou desvirtue o fim 
desta e seja deliberada 
(A) Pela maioria simples dos competentes para gerir e representar a fundação, devendo, ainda, ser 
aprovada pelo órgão do Ministério Público, e, caso este a denegue, poderá o juiz supri-la, a 
requerimento do interessado. 
(B) Pela unanimidade dos competentes para gerir e representar a fundação, devendo, ainda, ser 
aprovada pelo órgão do Ministério Público, e, caso este a denegue, poderá o juiz supri-la, a 
requerimento do interessado. 
(C) Por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação, devendo, ainda, ser 
aprovada pelo órgão do Ministério Público, e, caso este a denegue, poderá o juiz supri-la, a 
requerimento do interessado. 
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(D) Por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação, devendo, ainda, ser 
aprovada pelo órgão do Ministério Público, sem possibilidade de suprimento judicial a requerimento 
do interessado no caso de denegação. 
(E) Pela unanimidade dos competentes para gerir e representar a fundação, devendo, ainda, ser 
aprovada pelo órgão do Ministério Público, sem possibilidade de suprimento judicial a requerimento 
do interessado no caso de denegação. 
 
19. (FCC/ TRE-PB ? 2015) 
No tocante às pessoas jurídicas, é INCORRETO afirmar: 
(A) A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios, as autarquias e as associações públicas são 
pessoas jurídicas de direito público interno. 
(B) Não se aplica, em qualquer hipótese, a proteção dos direitos da personalidade tratando-se de 
incompatibilidade legal de institutos. 
(C) São de direito privado, dentre outras, as organizações religiosas, os partidos políticos e as 
empresas individuais de responsabilidade limitada. 
(D) Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato 
constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do 
Poder Executivo. 
(E) Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por 
defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro. 
 
20. (FCC/ TRT - 9ª REGIÃO ? 2015) 
G e R são sócios da pessoa jurídica Tex, a qual, em razão da crise econômica, deixou de honrar 
compromissos com o fornecedor Xis, que requereu, em ação de execução, a penhora dos bens de G 
e R. De acordo com o Código Civil, o pedido deverá ser 
(A) Indeferido, pois a desconsideração da personalidade jurídica somente é possível com a 
decretação da falência. 
(B) Deferido, independentemente de qualquer requisito, pois os sócios respondem, em regra, direta 
e pessoalmente pelas obrigações contraídas pela pessoa jurídica. 
(C) Deferido apenas se comprovado que Tex não possui recursos para pagamento do débito. 
(D) Indeferido, pois em nenhuma hipótese os sócios respondem pelas obrigações contraídas pela 
pessoa jurídica. 
(E) Deferido se comprovado abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade 
ou pela confusão patrimonial. 
 
 
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21. (FCC/ TJ-AL ? 2015) 
São pessoas jurídicas de direito público externo 
(A) A União e os Estados federados, quando celebram contratos internacionais. 
(B) Somente os organismos internacionais, como a Organização das Nações Unidas. 
(C) Apenas os Estados estrangeiros. 
(D) Os Estados estrangeiros e a União. 
(E) Os Estados estrangeiros e aquelas regidas pelo direito internacional público. 
 
22. (FCC/ MPE-PB ? 2015) 
No que concerne às pessoas jurídicas, é correto afirmar: 
(A) As fundações que tiverem finalidade lucrativa serão fiscalizadas pelo Ministério Público. 
(B) As autarquias são pessoas jurídicas de direito privado. 
(C) As associações podem ter finalidade lucrativa, de acordo com o que dispuserem a respeito os 
seus estatutos. 
(D) O direito de anular deliberações de administradores que forem eivadas de erro, dolo, simulação 
ou fraude decai em 3 anos. 
(E) Nas associações, os direitos e obrigações recíprocos entre os associados devem estar 
regulamentados no respectivo estatuto. 
 
23. (FCC/ TCM-RJ ? 2015) 
No que concerne às fundações, é INCORRETO afirmar: 
(A) Constituída a fundação por negócio jurídico entre vivos, o instituidor é obrigado a transferir-lhe 
a propriedade, ou outro direito real, sobre os bens dotados, e, se não o fizer, serão registrados, em 
nome dela, por mandado judicial. 
(B) Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação 
especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de 
administrá-la. 
(C) Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão, se de outro 
modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha a fim igual ou 
semelhante. 
(D) Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma seja deliberada pela 
unanimidade dos membros competentes para gerir e representar a fundação, bem como que a 
reforma não contrarie ou desvirtue o fim desta. 
(E) Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou vencido o prazo de 
sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe promoverá a extinção, 
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incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, 
em outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante. 
 
24. (FCC/ TJ-PE ? 2015) 
Segundo a legislação civil vigente, 
(A) A proteção dos direitos da personalidade é de aplicação irrestrita para as pessoas jurídicas. 
(B) Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade. 
(C) Apenas quanto à utilização do nome é que se aplica às pessoas jurídicas a proteção dos direitos 
da personalidade. 
(D) Para caracterizaçãode dano moral à pessoa jurídica é imprescindível que também ocorra dano 
patrimonial. 
(E) Às pessoas jurídicas não se concede indenização por dano moral. 
 
25. (FCC/ TRE-RR ? 2015) 
No tocante as pessoas jurídicas, considere: 
I. As organizações religiosas e os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado. 
II. O prazo decadencial para anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito 
do ato respectivo, é de dois anos a contar da publicação de sua inscrição no registro. 
III. Em regra, se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela maioria 
de votos dos presentes. Neste caso, o prazo decadencial para anular as referidas decisões que 
violarem a lei ou estatuto é de dois anos. 
IV. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
(A) II e III 
(B) I e II e IV. 
(C) III e IV. 
(D) I, II e III. 
(E) I e IV. 
 
26. (FCC/ TCM-GO ? 2015) 
No tocante às fundações, considere: 
I. Constituem elas um acervo de bens, que recebe personalidade jurídica para a realização de fins 
determinados, de interesse público, de modo permanente e estável. 
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II. Podem ser constituídas para fins científicos, educacionais ou de promoção do meio ambiente, 
mesmo que com fins lucrativos. 
III. Quando insuficientes para constitui-las, os bens a ela destinados serão, se de outro modo não 
dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha a fim igual ou semelhante. 
IV. Os fins ou objetivos da fundação não podem em princípio ser modificados, a não ser pela vontade 
unânime de seus dirigentes. 
Está correto o que se afirma em 
(A) III e IV, apenas 
(B) I, II, III e IV 
(C) I, II e IV, apenas. 
(D) I, III e IV, apenas. 
(E) I e III, apenas. 
 
27. (FCC/ TCM-GO ? 2015) 
Morrinhos Futebol Clube é uma associação esportiva sem fins lucrativos, que decide, para aumentar 
seus ganhos, montar um restaurante em sua sede, aberto aos associados e familiares, bem como 
uma loja para vender camisas dos uniformes de seus jogadores, bolas e réplicas dos troféus 
conquistados. Essa conduta 
(A) Não é possível, pois associações não podem ter fins econômicos, o que se caracterizaria em 
ambas as situações, só podendo a imagem da associação ser cedida onerosamente a terceiros. 
(B) É possível, mesmo com ganhos pessoais aos associados, pois associações podem ter os mesmos 
fins econômicos que uma sociedade por quotas de responsabilidade limitada. 
(C) É possível, desde que não haja ganhos pessoais aos associados, pois a realização eventual de 
negócios para manter ou aumentar o patrimônio da associação não a desnatura 
(D) É possível somente em relação à venda de uniformes, bolas e troféus, pois a abertura de um 
restaurante, mesmo que sem ganhos pessoais aos associados, desnatura sua condição de 
associação, por não ter nexo com suas atividades esportivas. 
(E) É possível somente em relação à abertura do restaurante, desde que somente para os associados 
e familiares, pois a venda de uniformes, bolas e troféus, por ser livre à população em geral, tem fins 
lucrativos que a desnaturam enquanto associação. 
 
28. (FCC/ TRT - 9ª REGIÃO ? 2015) 
W assinou contrato com o banco Fox na cidade de Curitiba, lá obtendo financiamento. O banco Fox 
possui sede na Cidade de São Paulo e estabelecimentos em quase todas as cidades do Estado do 
Paraná, incluindo Pato Branco, onde W reside. De acordo com o Código Civil, com relação ao 
financiamento obtido por W, considera-se domicílio de Fox: 
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(A) Curitiba, pois, tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos, em lugares diferentes, será 
considerado domicílio a capital do Estado em que o ato tiver sido praticado. 
(B) São Paulo, pois a pessoa jurídica de direito privado tem como domicílio sua sede, apenas, para 
todo e qualquer ato que vier a praticar. 
(C) Pato Branco, pois, tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos, em lugares diferentes, será 
considerado domicílio o local em que reside o consumidor. 
(D) Qualquer cidade em que Fox tiver estabelecimento, pois, tendo a pessoa jurídica diversos 
estabelecimentos, todos eles serão considerados seu domicílio, para todo e qualquer ato que vier a 
praticar. 
(E) Curitiba, pois, tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos, em lugares diferentes, cada um 
deles será considerado domicílio para os atos nele praticados. 
 
29. (FCC/ TRE-SE ? 2015) 
DĄƌŝŽ�Ġ�ĞŵƉƌĞŐĂĚŽ�ĚŽ�WĂƌƚŝĚŽ�WŽůşƚŝĐŽ�à“yà?�ĞdžĞƌĐĞŶĚŽ�ĨƵŶĕƁĞƐ�ĂĚŵŝŶŝƐƚƌĂƚŝǀĂƐ�ĚĞ�ĂĐŽƌĚŽ�ĐŽŵ�Ž�ƐĞƵ�
nível de escolaridade (terceiro grau completo). Seu pai, Clodoaldo, é militar da marinha; seu tio, 
Fernando, é marítimo; sua mãe, Vera, é costureira sendo que atualmente está presa na penitenciária 
à“tà?�ƉĞůĂ�ƉƌĄƚŝĐĂ�ĚĞ�ĐŽŶĚƵƚĂ�ƚŝƉŝĨŝĐĂĚĂ�ĐŽŵŽ�ĐƌŝŵŝŶŽƐĂ�ƉĞůĂ�ůĞŐŝƐůĂĕĆŽ�ĐŽŵƉĞƚĞŶƚĞà?�EĞƐƚĞƐ�ĐĂƐŽƐà?�
analisando esta família sob os dados fornecidos, de acordo com o Código Civil brasileiro, possuem 
domicílio necessário 
(A) Clodoaldo, Fernando e Vera, apenas. 
(B) Mário, Clodoaldo, Fernando e Vera. 
(C) Clodoaldo e Vera, apenas. 
(D) Fernando e Vera, apenas. 
(E) Clodoaldo e Fernando, apenas. 
 
30. (FCC/ TRT - 24ª REGIÃO ? 2014) 
Assinale a alternativa em que nenhum ente mencionado possui personalidade jurídica 
(A) A organização religiosa, a família e o partido político. 
(B) A fundação, o espólio e a família. 
(C) A família, o espólio e a sociedade em conta de participação. 
(D) O espólio, a associação e o condomínio. 
(E) A sociedade em nome coletivo, a empresa individual de responsabilidade limitada e a firma 
individual. 
 
 
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31. (FCC/ DPE-PB ? 2014) 
Carlos emprestou R$ 1.000,00 a Pedro, sócio da "Construtora Bertolai Ltda.", empresa de grande 
porte. O contrato foi formalizado em instrumento subscrito por duas testemunhas. Na data em que 
o dinheiro deveria ser devolvido, Pedro negou-se ao pagamento, afirmando insuficiência de 
recursos. Diante do inadimplemento, Carlos ajuizou execução de título executivo extrajudicial, 
contra a qual não foram opostos embargos. Na fase de indicação de bens à penhora, constatou-se 
somente que Pedro não possuía bens penhoráveis. Por esta razão, Carlos requereu desconsideração 
inversa da personalidade jurídica, a qual deverá ser 
(A) Indeferida, pois a mera ausência de bens penhoráveis não autoriza o pedido. 
(B) Deferida, pois a empresa de que Pedro é sócio possui condições suficientes para pagar o débito. 
(C) Deferida apenas se provado que Pedro ostenta cargo de gerência na empresa de que é sócio. 
(D) Indeferida, pois não é possível a desconsideração inversa da personalidade jurídica. 
(E) Deferida, pois se está diante de relação de consumo. 
 
32. (FCC/ TJ-CE ? 2014) 
A empresa individual de responsabilidade limitada é 
(A) Ente despersonalizado, porque suas atividades são exercidas pela pessoa física ou jurídica que a 
instituir. 
(B) Pessoa jurídica de direito privado, que só poderá ser instituída por outra pessoa jurídica também 
de direito privado, masnão terá capital social. 
(C) Pessoa jurídica de direito privado e será constituída por uma única pessoa titular da totalidade 
do capital social. 
(D) Pessoa jurídica de direito privado cuja personalidade se confunde com a de seu instituidor e não 
possui capital social. 
(E) Pessoa jurídica de direito público, ou de direito privado, segundo seja seu instituidor uma pessoa 
natural ou um ente público. 
 
33. (FGV / CÂMARA DE SALVADOR ? BA ? 2018) 
Por meio de escritura pública, Juscelino institui Fundação Pró-Meio Ambiente (FPMA), que tem por 
objeto a pesquisa de tecnologia para o desenvolvimento sustentável. Destinou, para a pessoa 
jurídica, determinado número de bens, os quais, no entanto, verificou-se que são insuficientes para 
a constituição da FPMA. 
Tendo em vista que nada se dispôs no estatuto acerca dessa hipótese, sobre o destino dos bens da 
Fundação, é correto afirmar que: 
(A) serão destinados a outra fundação de livre escolha a ser efetuada por Juscelino; 
(B) incorporarão o patrimônio do Município em que foi constituída; 
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(C) serão destinados a fundo próprio do Ministério Público Estadual; 
(D) retornarão ao patrimônio de Juscelino, pois é condição resolutiva tácita de sua constituição a 
existência de bens suficientes para suas atividades; 
(E) serão incorporados ao patrimônio de fundação que possua finalidade semelhante. 
 
34. (FGV / SEFIN-RO ? 2018) 
Acerca da aplicação da desconsideração da personalidade jurídica da sociedade empresária, analise 
as afirmativas a seguir. 
I. Na falência da sociedade empresária, a desconsideração não poderá ser decretada antes do 
encerramento da arrecadação e ficará restrita às pessoas naturais que exerciam a administração ao 
tempo da decretação. 
II. Decretada em incidente processual a desconsideração da personalidade jurídica, deverá ser 
dissolvida compulsoriamente a sociedade, investindo os sócios o liquidante na representação da 
pessoa jurídica. 
III. Em caso de desvio de finalidade, o juiz poderá decretar a desconsideração da personalidade 
jurídica para estender os efeitos de obrigações assumidas pela sociedade aos sócios. 
Está correto o que se afirma em 
(A) I, apenas. 
(B) I e III, apenas. 
(C) II, apenas. 
(D) III, apenas. 
(E) I e II, apenas. 
 
35. (FGV / PREFEITURA DE CUIABÁ-MT ? 2016) 
A Associação de Amigos das Aves (AAA), por meio de Maria Helena, sua representante e presidente, 
celebra contrato de locação com Orlando, tendo como objeto imóvel de propriedade deste. 
O imóvel servirá de sede da associação, conforme consta do contrato de locação. Após assinado o 
contrato e de posse das chaves do imóvel, Maria Helena passa a nele residir com sua filha. Após seis 
meses de locação, a AAA deixa de pagar os valores referentes ao aluguel, num total de R$ 12.000,00. 
Depois de uma tentativa frustrada de cobrança amigável dos aluguéis atrasados, Orlando ingressa 
com uma ação de cobrança contra a AAA e Maria Helena. Ao fim do processo, somente Maria Helena 
é condenada a pagar o valor dos aluguéis atrasados, tendo em vista que a AAA dispunha somente 
de R$ 100,00 em seu patrimônio. 
Tendo a situação descrita como referência, assinale a afirmativa correta. 
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(A) A ação de cobrança deveria ter sido intentada contra a associação, sendo certo que Maria Helena 
jamais poderá ser obrigada a pagar os valores devidos, com fundamento no princípio da separação 
patrimonial. 
(B) A ação de cobrança deveria ter sido intentada contra a associação, sendo certo que Maria Helena 
somente poderá ser obrigada a pagar os valores devidos se houver a desconsideração da 
personalidade da sociedade. 
(C) A ação de cobrança deveria ter sido intentada contra a associação e contra Maria Helena, na 
medida em que esta passa a residir no imóvel locado pela associação, tornando-se sua comodatária. 
(D) A ação de cobrança deveria ter sido intentada somente contra Maria Helena, na medida em que 
ela é a representante da pessoa jurídica. 
(E) A ação de cobrança deveria ter sido intentada somente contra Maria Helena, na medida em que 
a associação não possui meios de pagamento da dívida. 
 
36. (FGV / TJ-PI ? 2015) 
Juliana, servidora pública do TJPI, lotada em Teresina, mora com seu cônjuge e filhas na cidade de 
Cabrobó (PE), e loca, durante a semana, um imóvel na cidade de Picos (PI), apenas para facilitar seu 
deslocamento. Sobre a situação narrada, considera-se: 
(A) Que o domicílio legal de Juliana estabeleceu-se em Picos; 
(B) Teresina o domicílio voluntário de Juliana; 
(C) Que Cabrobó seja o domicílio legal de Juliana; 
(D) Que o domicílio legal de Juliana estabeleceu-se em Teresina; 
(E) Que o domicílio voluntário de Juliana estabeleceu-se em Picos. 
 
37. (FGV / TJ-RO ? 2015) 
^ŽďƌĞ�Ž�ƚĞŵĂ�à“ƉĞƐƐŽĂƐ�ũƵƌşĚŝĐĂƐà?à?�Ġ�ĐŽƌƌĞƚŽ�ĂĨŝƌŵĂƌ�ƋƵĞàP 
(A) Os Estados estrangeiros, a União e o Distrito Federal são pessoas jurídicas de direito público 
externo; 
(B) Todas as entidades de caráter público criadas por lei são pessoas jurídicas de direito público 
interno; 
(C) As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos de seus 
agentes, desde que não tenham eles condições de responder com seu patrimônio pelo 
ressarcimento dos prejuízos causados à vítima; 
(D) Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito público interno; 
(E) As associações são constituídas por pessoas que se organizam para fins econômicos. 
 
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38. (FGV / SEFAZ- MT ? 2014) 
A diretoria executiva da empresa TADV encaminha consulta ao setor jurídico sobre a possibilidade 
de o patrimônio particular dos seus sócios e administradores ser atingido pelos efeitos de certas e 
determinadas obrigações assumidas pela sociedade. De acordo com determinação expressa do 
Código Civil de 2002, sobre a teoria da desconsideração da personalidade jurídica, assinale a 
afirmativa correta. 
(A) O patrimônio particular dos sócios e dos administradores da empresa TADV poderá ser atingido 
caso se configure abuso da personalidade jurídica, caracterizada por desvio de finalidade, 
inadimplemento obrigacional ou confusão patrimonial. 
(B) O patrimônio particular dos sócios e dos administradores da TADV poderá ser atingido caso o 
juiz, de ofício, determine a extensão dos efeitos das relações obrigacionais da sociedade não apenas 
aos administradores da empresa, mas também aos demais sócios. 
(C) O patrimônio particular dos sócios da TADV poderá ser atingido em caso de abuso da 
personalidade, que ocorre quando há desvio de finalidade ou confusão patrimonial, se o juiz decidir 
pela desconsideração a requerimento da parte ou do Ministério Público. 
(D) O patrimônio particular dos sócios da TADV só será atingido em virtude de obrigações 
decorrentes de relações de consumo, ao passo que o patrimônio particular dos administradores da 
empresa poderá ser atingido em caso de desvio de finalidade ou de confusão patrimonial, por 
determinação, de ofício, do juiz. 
(E) O patrimônio particular dos sócios poderá ser atingido por força da teoria da desconsideração da 
personalidade jurídicaquando houver celebração de negócio jurídico simulado, fraude à execução 
ou desvio de finalidade. A confusão patrimonial e o inadimplemento obrigacional configuram razão 
para atingir especificamente o patrimônio pessoal dos administradores. 
 
39. (VUNESP / PREFEITURA DE MOGI DAS CRUZES ? SP ? 2016) 
Quanto ao dano moral, assinale a alternativa correta. 
(A) Pessoa jurídica não pode reclamar dano moral, tendo em vista que somente a pessoa natural 
tem atributos biopsíquicos. 
(B) A inscrição indevida em cadastro de inadimplentes, já havendo outras inscrições legítimas 
contemporâneas, não enseja, por si só, dano moral. 
(C) O absolutamente incapaz, portador de atraso severo cognitivo, não pode sofrer dano moral. 
(D) A pessoa jurídica de direito público tem direito à indenização por danos morais relacionados à 
violação da honra ou da imagem. 
(E) É prescritível a pretensão de recebimento de indenização por dano moral decorrente de atos de 
tortura ocorridos durante o regime militar de exceção. 
 
 
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40. (VUNESP / PREFEITURA DE SERTÃOZINHO-SP ? 2016) 
Sobre as regras de domicílio, é correto afirmar que 
(A) se considera como domicílio da União todas as capitais dos Estados da federação. 
(B) as sociedades empresárias possuem domicílio no endereço de qualquer de seus sócios. 
(C) o marítimo e o militar, em razão de suas atribuições, possuem domicílio itinerante. 
(D) o servidor público possui domicílio necessário. 
(E) o domicilio do Município é eleito pelo seu prefeito. 
 
41. (VUNESP / PREFEITURA DE SERTÃOZINHO-SP ? 2016) 
É correto afirmar que 
(A) As pessoas jurídicas de direito público interno não respondem objetivamente pelos danos 
causados por atos de seus agentes, no exercício de suas funções. 
(B) A existência legal das pessoas jurídicas inicia-se, em regra, com o inicio de suas atividades. 
(C) O sistema brasileiro admite a constituição de empresa individual de responsabilidade limitada. 
(D) Para a desconsideração da personalidade jurídica, o Código Civil de 2002 adotou a denominada 
teoria menor, pela qual haverá desconsideração sempre que a personalidade jurídica representar 
empecilho para saldar o crédito de terceiros. 
(E) As fundações são pessoas jurídicas de direito privado, constituídas pela união de pessoas que se 
organizem para fins não econômicos. 
 
42. (VUNESP / CRO-SP ? 2016) 
Assinale a alternativa correta sobre as pessoas jurídicas. 
(A) Por constituir uma ficção jurídica, a pessoa jurídica não possui proteção aos direitos inerentes à 
personalidade. 
(B) Nas associações, a qualidade de associado é, em regra, intransmissível. 
(C) O desvio de finalidade e a confusão patrimonial são requisitos cumulativos para aplicação do 
instituto da desconsideração da personalidade jurídica. 
(D) As fundações são, em regra, pessoas jurídicas de direito público interno, com regime de direito 
privado. 
(E) A alteração do estatuto de uma fundação exige a aprovação pelo Ministério Público, salvo se a 
deliberação se der pelo quórum mínimo de dois terços dos representantes. 
 
 
 
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43. (VUNESP / CÂMARA MUNICIPAL DE ITATIBA-SP ? 2016) 
O Código Civil traz em seu bojo regramento específico sobre as pessoas jurídicas. Nos exatos termos 
da legislação, 
(A) incluem-se no rol de pessoas jurídicas de direito público interno as autarquias, exceto as 
associações públicas. 
(B) as pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos de seus 
agentes que nessa qualidade causem dano, sendo defeso o direito regressivo contra os causadores 
do dano, se houver, por parte desses, culpa ou dolo. 
(C) são consideradas pessoas jurídicas de direito privado as organizações religiosas, as fundações, os 
Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional. 
(D) decai em três anos o direito de anular a constituição de pessoas jurídicas de direito privado, por 
defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro. 
(E) as pessoas jurídicas não possuem personalidade e por isso não há que se cogitar a ocorrência de 
danos morais contra elas. 
 
44. (CESPE/ STJ ? 2018) 
Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso. 
 
45. (CESPE/ ABIN ? 2018) 
Julgue o item a seguir, acerca de pessoa jurídica e desconsideração de sua personalidade, direitos 
da personalidade e prova do fato jurídico, de acordo com o disposto no Código Civil. 
O ordenamento assegura a liberdade de criação e funcionamento das organizações religiosas, mas 
isso não impede que o Poder Judiciário analise a compatibilidade dos atos praticados por essas 
instituições com a lei e com seus respectivos estatutos. 
 
46. (CESPE/ PC-MA ? 2018) 
O início da personalidade civil das pessoas físicas e das pessoas jurídicas de direito privado ocorre, 
respectivamente, com 
(A) o nascimento com vida e com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida 
de autorização ou aprovação do Poder Executivo, quando necessária. 
(B) o registro civil do nascido com vida e com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, 
precedida de autorização ou aprovação do Poder Executivo, quando necessária. 
(C) a concepção do nascituro e com a autorização ou aprovação do Poder Executivo, quando 
necessária. 
(D) o registro civil do nascido com vida e com a autorização ou aprovação do Poder Executivo. 
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(E) a concepção do nascituro e com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida 
de autorização ou aprovação do Poder Executivo, quando necessária. 
 
47. (CESPE/ TRF - 1ª REGIÃO ? 2017) 
Julgue o item a seguir, considerando o entendimento legal e doutrinário acerca da figura jurídica do 
empresário e das pessoas jurídicas. 
As associações são consideradas pessoas jurídicas de direito privado e, por esse motivo, elas devem 
ser regularmente inscritas no registro de empresas. 
 
48. (CESPE/ TRF - 1ª REGIÃO ? 2017) 
[...] muitas vezes os sócios ou administradores, agindo contrariamente às finalidades estatutárias ou 
abusando da personalidade jurídica da pessoa jurídica, acarretam prejuízos a terceiros [...] A fim de 
pôr cobro a esses desvios, formou-se a doutrina conhecida como disregard of legal entity, para 
vincular o patrimônio dos sócios. 
Nestor Duarte. Código civil comentado. São Paulo: Ed. Manole, 2007, p. 432 (com adaptações). 
Considerando o texto precedente e aspectos a ele inerentes, julgue o item a seguir, com base no 
Código Civil. 
O texto trata da teoria da desconsideração da personalidade jurídica. 
 
49. (CESPE/ TRF - 1ª REGIÃO ? 2017) 
[...] muitas vezes os sócios ou administradores, agindo contrariamente às finalidades estatutárias ou 
abusando da personalidade jurídica da pessoa jurídica, acarretam prejuízos a terceiros [...] A fim de 
pôr cobro a esses desvios, formou-se a doutrina conhecida como disregard of legal entity, para 
vincular o patrimônio dos sócios. 
Nestor Duarte. Código civil comentado. São Paulo: Ed. Manole, 2007, p. 432 (com adaptações). 
Considerandoo texto precedente e aspectos a ele inerentes, julgue o item a seguir, com base no 
Código Civil. 
Os patrimônios dos sócios, embora vinculados, sob nenhuma hipótese poderão ser expropriados 
para satisfazer os credores da empresa. 
 
50. (CESPE/ TRF - 1ª REGIÃO ? 2017) 
[...] muitas vezes os sócios ou administradores, agindo contrariamente às finalidades estatutárias ou 
abusando da personalidade jurídica da pessoa jurídica, acarretam prejuízos a terceiros [...] A fim de 
pôr cobro a esses desvios, formou-se a doutrina conhecida como disregard of legal entity, para 
vincular o patrimônio dos sócios. 
Nestor Duarte. Código civil comentado. São Paulo: Ed. Manole, 2007, p. 432 (com adaptações). 
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Considerando o texto precedente e aspectos a ele inerentes, julgue o item a seguir, com base no 
Código Civil. 
Descumprimento de finalidades estatutárias significa o mesmo que desrespeito aos objetivos sociais 
da empresa. 
 
20.3 ? GABARITO 
1. B 
2. A 
3. X 
4. C 
5. C 
6. C 
7. A 
8. C 
9. C 
10. E 
11. C 
12. C 
13. A 
14. A 
15. B 
16. C 
17. B 
18. E 
19. E 
20. D 
21. D 
22. B 
23. E 
24. E 
25. C 
26. E 
27. A 
28. C 
29. A 
30. C 
31. E 
32. D 
33. B 
34. D 
35. B 
36. C 
37. B 
38. D 
39. C 
40. B 
41. D 
42. C 
43. C 
44. A 
45. E 
46. C 
47. E 
48. C 
49. C 
50. C 
 
 
 
 
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