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1 MATERIAL DE APOIO – PROCESSO DO TRABALHO CONCEITO Trata-se de um meio de instrumentalização e efetivação das normas de Direito do Trabalho; Ramo da ciência Jurídica – com princípios e regras próprias; Tem como objeto: evitar, dirimir e pacificar controvérsia que envolva relações de trabalho e de emprego; individual ou coletivamente Características do Direito Processual do Trabalho: Integra o direito processual comum, instrumento de execução nas normas substanciais (direito material), visando garantir que as normas sejam realmente respeitadas e cumpridas; Pela CF 88 foi alçado ao rol de direito Fundamental, condição que coaduna com o que se espera de um Etado Democrático de Direto. Conforme previsto na CLT: art. 769 e 889 da CLT é subsidiário do processo comum; Subsidiariedade não impede a autonomia do Direito do Trabalho, que possui regras que indicam o caminhio possível para solucionar conflitos trabalhistas, seja individual ou coletivo; Sistema de órgãos normatizados que integram a Justiça do Trabalho; O Direito Processual do Trabalho está inserido no campo de Direito Público, por não restringir-se a análise de documentos entre as partes; Trata-se de uma sistematização que ao aplicar os princípios e regras efetiva a jurisdição (poder do Estado para dirimir os conflitos, extinguido os conflitos trabalhistas e pacificando a vida em sociedade; Outro ponto que indica tal condição é o fato das fontes formais do Direito processual do trabalho são de origem estatal, ademais, somente a União poderá legislar sobre o direito processual (art. 22-I, da constituição Federal). AUTONOMIA DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO: Condições que indicam a autonomia de determinada ciência: Ser vasta – possuindo estudo próprio; 2 Doutrina homogênea, com presença de conceitos gerais comuns, distintos dos conceitos gerais que informar outras disciplinas; Método próprio, empregando processos especiais para o conhecimento das verdades que constituem o objeto de suas investigações. Importante frisar que a autonomia do Direito Processual do trabalho decorre da Constituição Federal de 1988, posterior e efetivamente alterada pela EC 45/2004 e recentemente pela Reforma trabalhista; Auxilia na identificação da autonomia a presença de princípios próprios, regras próprias, legislação específica, institutos peculiares, um número razoável de estudos doutrinários e a presença de um objeto próprio: Presença de duas correntes que se opõe: Teoria monista (unitarista): o O direito processual é único e suas regras são universais; “Verifica-se que o processo do trabalho possui, realmente, características especiais, mas que são ditadas pelas peculiaridades do direito material que ele instrumentaliza.” Teoria dualista: o Não desconsidera a existência de uma relação jurídica entre o direito processual geral, contudo existe uma alto grau de especificidade que não permite o englobamento do todo. “(...) a dualidade e a autonomia não significa que um ramo do Direito Processual autônomo não possa ser servir de regras de outro Direito Processual. As diferenças e peculiaridades que foram suficientes a determinar a autonomia não são de molde a proibir a busca subsidiária Ainda no sentido de se garantir a autonomia, verifica-se a presença de instituições com conhecimento jurídico especializado, com Varas e Tribunais do Trabalho, presença de órgãos auxiliares (MTE – MPT); 3 EVOLUÇÃO HISTÓRICA Caminho percorrido pelo direito do Trabalho no Brasil foi longo, o momento em que estamos inseridos, sequer pode ser chamado de ponto final, tendo em vista a recente reforma consubstancial sofrida pela legislação trabalhista. Em forma de linha cronológica, assim podemos assinalar a evolução da legislação especializada: 1907: Lei 1.637 de 05/11/1907 – Criação dos concelhos permanentes de conciliação e arbitragem: Órgão de natureza sindical que resolveria imbróglios entre empregado e empregador, contudo não foi colocada em prática: 1911: Lei 1.299-1 – Do Estado de São Paulo, criou o Patronato Agrícola: Finalidade de conceder assistência judiciária ao trabalhador agrícola – relevante para o momento de imigração vivido pelo Brasil; 1922: Lei Estadual 1.869 de SP – Criação dos Tribunais Rurais: Modelo rudimentar de mediação e arbitragem, composta por um juiz de direito da comarca e por um indicado pelo proprietário de terra e outro pelo trabalhador rural; Atuação limitada a questões salariais de até 500 mil réis 1923: Decreto 16.027de 30/04/1923 – Instituição do Conselho Nacional do Trabalho Ligado ao Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio; Órgão de natureza consultiva; Acumulava ainda a função de atuar em questões previdenciárias e ainda sobre a dispensa de empregados públicos detentores de estabilidade; 1930: Golpe de Estado (Getúlio Vargas) – Decreto 19.433 26/11/1930 – Criação do Ministério do Trabalho e Emprego; 1932: Criação das Comissões mistas de conciliação: Buscar conciliar conflitos coletivos, sem contudo ter poder par julgar; Havendo acordo a solução seria um juízo arbitral; Não havendo acordo, seria decidido pelo Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio; Existiu até 1941, ano em que foi criada a Justiça do Trabalho. 1932: Decreto 22.132 – 25/11/1932 – Criação das Juntas de Conciliação e Julgamento; Competência para dirimir dissídios individuais; Eram órgãos de natureza administrativa; 4 Embora decidisse, não detinha competência para executar suas decisões, que deveriam ser remetidos a Justiça Comum 1934: Pela Constituição Federal foi criada a Justiça do Trabalho: Art. 122 – contudo não pertencia ao poder judiciário 1937: Nova Carta Constitucional – reproduziu em síntese o que já dispunha a anterior; O que faz concluir a ligação da Justiça do Trabalho com o poder executivo: 1939: Decretos 1.237 e 1.346 – Institucionalizam a Justiça do Trabalho; 1940: Decreto 6.9596 – Organização da Justiça do Trabalho: Funcionamento autônomo do poder executivo e da justiça comum; Possibilidade de executar as decisões emanadas pelo órgão; Exercia atividade judicial, porém ainda não integraria o Poder Judiciário; 1941: Instalação da Justiça do Trabalho: 08 conselhos e 36 juntas de conciliação e julgamento; Estruturada em três instâncias: Juntas de Conciliação e Julgamento: o Instância inicial, composta por um presidente (indicado pelo presidente da república) e dois vogais, representantes do empregado e empregador o Competência para julgamento de ações individuais. Conselhos Regionais do Trabalho: o Finalidade de julgar os recursos das juntas de conciliação; o Competência para julgar inicialmente conflitos coletivos Conselho Nacional do Trabalho: o Subdividido em duas Câmaras: Justiça do Trabalho; Previdência Social; Criação no mesmo período da Procuradoria da Justiça do Trabalho – embrião do Ministério Público do Trabalho; 1946: Constituição Federal: Justiça do trabalho passa a integrar o Poder Judiciário da União; Garantias aos detentores do cargo na magistratura (inamobilidade, irredutibilidade). 5 o 1967: EC 1 de 1969: Membros do TST, passam a gozar do status de ministro; 1969: Decreto 777 – Normas processuais trabalhista, que aplica-s aos entes públicos; o 1999: EC 24 de 1999: Reestruturação da justiça do trabalho, deixou de ter juízes classistas; Alteração da nomenclatura – Varas do Trabalho Contemporâneo a criação do procedimento sumaríssimo (art. 852-A – CLT); 2004: EC45/2004 – Revolução na Justiça do Trabalho, ampliação na da justiça especializada Edição de Súmula Vinculante 22: A justiça do trabalho é competentepara processar e julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho proposta por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro e em grau quando empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional 45/2004 Súmula Vinculante 23– A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada. Súmula Vinculante 25 – É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito. Súmula Vinculante 40 – A contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da Constituição Federal, só é exigível dos filiados ao sindicato respectivo. Súmula Vinculante 53 – A competência da Justiça do Trabalho prevista no art. 114, VIII, da Constituição Federal, alcança a execução de ofício das contribuições previdenciárias relativas ao objeto da condenação constante das sentenças que proferir e acordos por ela homologados. 2017: Lei 13.467/2017 – Reforma Trabalhista, profunda alteração: Diminuiu o guarda-chuva protetor do Estado sobre a pessoa do trabalhador; Facultou a negociação coletiva entre sindicatos e empregadores; E, diretamente entre o patrão e o empregado; Admitiu a arbitragem nas lides individuais de trabalho, o trabalhador com remuneração superior a duas vezes o teto da Previdência Social; 6 Transformou a contribuição sindical obrigatória em facultativa; Inverteu a hierarquia das normas trabalhistas, estabelecendo a supremacia do negociado sobre a legislação do trabalho; Flexibilizou a entrada do trabalhador no mercado de trabalho, com vários tipos de contratos precários, desde por hora (intermitente), em regimes diferenciados 12 x 36; teletrabalho etc.; Flexibiliza a saída do empregado da empresa, colocando no mesmo plano a dispensa individual, plúrima e coletiva; Promoveu a tarifação do dano extrapatrimonial trabalhista; Veda a ultratividade das normas trabalhistas; Desnecessidade de homologação da rescisão do contrato de trabalho e demissão de empregado com mais de um ano; Revogação do intervalo de 15 minutos para a mulher (art. 384 da CLT); Pagamento apenas da parte suprimida do intervalo intrajornada e pagamento de natureza indenizatória em caso de supressão; Prevalência do acordo coletivo sobre a convenção coletiva; Competência da Justiça do Trabalho para homologar acordo extrajudicial entre patrão e empregado; Cabimento da litigância de má-fé no Processo do Trabalho, bem como pagamento de custas e honorários sucumbenciais pelo empregado; Eliminação de execução ex officio, salvo se a parte estiver desacompanhada de advogado; Aplicabilidade da desconsideração da pessoa jurídica na forma do CPC/2015; Alteração do conceito de grupo econômico e da sucessão trabalhista, bem como da condenação de sócios retirantes; Prescrição intercorrente de dois anos, ex officio; Necessidade de comprovação do estado de pobreza para obtenção do benefício da gratuidade de justiça, sem isenção de pagamento de custas no caso de arquivamento e ajuizamento de nova ação; Honorários advocatícios entre 5% e 15%; Litigância de má-fé até mesmo para as testemunhas; Exceção de incompetência territorial antes da audiência, com suspensão do processo; Preposto não necessita mais ser empregado; 7 Revelia com advogado presente, permite o recebimento da contestação e documentos; Eliminação do pagamento das horas in itinere; Livre estipulação contratual para parcelas do art. 611-A para aqueles que ganham o equivalente a duas vezes o piso da Previdência Social; Equiparação salarial apenas para os empregados do mesmo estabelecimento e criação de mais um requisito (4 anos de tempo de casa, além de 2 anos de função) com plano de cargo e salário, sem necessidade de critérios de promoção, alterna dos ora por merecimento, ora por antiguidade; Supressão da gratificação de função de confiança, mesmo depois de 10 anos, se revertida o empregado ao cargo efetivo anterior, mantendo-se o benefício, se já incorporado ao patrimônio jurídico do empregado (direito adquirido); Contrato por tempo parcial de 26 horas semanais (mais 6 horas extras) ou 30 horas semanais, com a revogação do art. 130-A da CLT; Exclusão dos teletrabalhadores das horas extras, intervalo, hora noturna e adicional noturno; Autorização de jornada móvel variada e do trabalho móvel variado; Exigência de quórum qualificado para a alteração ou fixação de Súmula ou Tese Prevalecente, além de outros requisitos e limitação da atuação da jurisprudência; Terceirização em atividade-fim, sem equivalência salarial; Dispensa de depósito recursal para beneficiário da gratuidade de justiça, entidades filantrópicas e empresa em recuperação; Pagamento de 50% do depósito recursal para pequenas e microempresas; Limite de pagamento de custas de até 4 vezes o teto da Previdência Social; Estabilidade dos representantes eleitos das empresas com mais de 200 empregados; Limitação da nulidade das normas coletivas apenas quando violado o art. 104 do Código Civil; Prêmios e gratificações contratuais ou espontâneas sem natureza salarial; Trabalhador formalizado com contrato autônomo não é mais considerado empregado; Banco de horas por acordo individual escrito entre patrão e empregado para compensação em 8 até 6 meses; Validade de acordo de compensação tácito ou oral para compensação dentro do mês; Validade de acordo de compensação por horas extras habituais; Parcelamento das férias em até 3 vezes; Autorização do trabalho insalubre para grávidas e lactantes; Exclusão da responsabilidade do sócio retirante, que pede sua saída da sociedade após 2 anos, na forma do Código Civil Brasileiro. Direito Processual em outros Países: França: Conflitos Dissolvidos pelo COnseils de Prud’hommes na hipótese de conflito individual e via mediação ou arbitragem quando conflito coletivo; Não é necessário a intervenção do advogado; Não ocorrendo audiência, resultado dado na própria audiência; Cabendo recurso de acordo com o valor da causa. Itália: Criado aproximadamente em 1878 existe os Collegi di Proibiviri; Composição tripartite: Representante do Estado, dos empregados e dos empregadores No período de 1927 até 1942 – Presença da Carta del lavoro, direito do trabalho autônomo; Atualmente os dissídios individuais são julgados por juízes togados, já os dissídios coletivos são resolvidos por meio de greve, convenções coletivas, arbitragem e mediação Alemanha: Semelhante ao modelo brasileiro; Estrutura em três graus de hierarquia: Arbeitsgericht – (1º grau); Landesararbitsgerichte – (2º grau); Bundesararbeitsgerichte (Tribunal Federal do Trabalho. Estados Unidos: Não há justiça do trabalho; Escassez de legislação sobre a matéria; 9 Via de regra os conflitos são realizados pela arbitragem privada, custeados de modo geral pelo próprio sindicato; Na hipótese de conflitos coletivos, é obrigatório a conciliação, sendo infrutífera, será conduzido pela estado passando pela arbitragem 10 PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO Base Estruturante; Para Norberto Bobbio: Princípios gerais são normas como qualquer outra positivida, ademais, sua função ao caso concreto é idêntica ao que desempenha as normas, qual seja: regular o caso concreto; Segundo o mesmo, tanto os princípios expressos quanto os inexpressos possuem asmesmas características e funções; PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS FUNDAMENTAIS: No Título I, a CF confere aos princípios o caráter de autêntica normas constitucionais, passando a figurar como fontes normativas primária do ordenamento: Importante destaque, conforme dizeres de Geraldo Ataliba (BLp. 78): “o princípio é muito mais importante do que uma norma”, uma vez que o princípio é, também, uma norma; mas “é muito mais do que uma norma, uma diretriz, é um norte do sistema, é um rumo apontado para ser seguido por todo o sistema, sempre que se vai debruçar sobre os preceitos contidos no sistema” Em consonância a teoria de Dworkin: a utilização dos princípios para preenchimento de lacunas nos possibilita visualizar que princípios não revoga princípios, permitem uma harmonização e assim aplica-se o conceito de justiça ao caso concreto, sempre que ocorrer essa harmonização, não haverá uma derrogação do princípio; Exercem uma tríplice função no ordenamento jurídico, quais sejam: INFORMATIVA – INTERPRETATIVA – NORMATIVA INFORMATIVA: Serve de inspiração a atividade legislativa, movida por valores poíticos, éticos, sociais, econômicos; Indicam que, havendo alteração do entorno social, as regras deverão ser atualizadas de modo a manter a sintonia entre os anseios da sociedade e a perfeita tutela dos jurisdicionados 11 INTERPRETATIVA: Endereçada ao aplicador do direito, compreende a tarefa de interpretar de acordo com os métodos hermenêuticos disponíveis e o caso em concreto; NORMATIVA: Meios de utilização dos princípios para resolução do caso em concreto, sua aplicação pode ser entendida sob duas formas: Direta: o Ocorre quando uma norma é derrogada expressamente por utilização de um princípio (ocorre com o princípio da norma mais favorável ao trabalhador – art. 7º caput CF) Indireta: o Ocorre que pela integração na hipótese de lacuna, (art. 128 CPC); Diretrizes gerais ao operador; PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO: Classificados como princípios INFORMATIVOS e FUNDAMENTAIS: PRINCÍPIOS INFORMATIVOS: Dotados da característica da universalidade, e são por conseguinte incontroversos, aplicados em todas as áreas do Direito, condição da qual não comporta discussão: Valendo-se dos ensinamento de Ada Pellegrini Grinover e Dinamarco, são os princípios informativos do Direito Processual: Princípio Lógico: o Escolha dos fatos e forma aptos a possibilitar a descoberta da verdade; o Indica a logicidade do processo, seria a ordem natural a ser seguida em qualquer demanda (inicial, contestação, decisão, recurso, etc) Princípio Jurídico: 12 o Assegura aos litigantes que o tratamento será dado ao caso e não de acordo com a parte que recorre ao judiciário; o Conceito máximo de impessoalidade, não se analisa o processo, o resultado buscado é a justiça: o “não se repara o avião durante o voo” Princípio Político: o Garantia social com o menor sacrifício individual, na medida em que nenhum processo deixará de ter sua decisão, ainda que presente lacunas; o E toda decisão buscará a cumprir com a justiça, tentando sempre que possível minimizar os efeitos de sua decisão Princípio Econômico: o Equilibra a balança entre os custos do processo e o acesso de todos jurisdicionados aos tribunais; o Contribuição será de acordo com as condições das partes; o Gratuidade de justiça é uma aplicação desse princípio. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS São os chamados princípios gerais, que sempre estarão presentes e sobre os quais o sisteme jurídico poderá optar (quando houver embate), considerando aspectos, políticos, ideológicos, econômicos Igualdade: Previsão constitucional, artigo 5º caput, todos são iguais perante a lei; Trata-se de igualdade forma, princípio da paridade das armas; Ampla Defesa e Contraditório; Previsão constitucional, art. 5º LV Prevê a bilateralidade da ação, aproveita para todas as partes e interessados do processo; Interessante disposto no artigo 10º do CPC, que veda a decisão do juiz, em qualquer grau de jurisdição, quando não tiver sido ofertado para todas às partes o direito de se manifestar; Por sua vez a ampla deesa é um complemento ao contraditório; Igualmente é um princípio bilateral, exigível por todas 13 as partes e interessados; Sua ausência tem o poder trazer nulidade aos fatos praticados sem sua observância Imparcialidade do Juiz; Somente aventa-se um devido processo legal quando não houver motivos escusos que conduzem a sentença; Assim a justa lide será aquela em que a resolução do imbróglio se de por um processo regular, com igual tratamento entre as partes, obedecendo o devido processo legal, sendo execrável a figura de juízes que não atendam essa característica Motivação das decisões; Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei, se o interesse público o exigir, limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes em casos no quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação. Devido Processo Legal; O princípio em tela encontra raízes no due process of law, do direito norte-americano, e está albergado, explicitamente, no art. 5º, LIV, da CF, in verbis: “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”; Do princípio do devido processo legal extraem-se outros princípios, de ordem constitucional e infraconstitucional,tais como os princípios do juiz natural, do promotor natural, do duplo grau de jurisdição, da recorribilidade das decisões e da motivação das decisões judiciais, do contraditório e ampla defesa, o da duração razoável do processo etc. Como corolário, é factível dizer que o devido processo legal deve ser compreendido também como princípio do “devido processo justo”. O NCPC refere expressamente o princípio do devido processo legal nos arts. 26, I, e 36. Juiz Natural; Aquele investido de função jurisdicional, afastando julgamentos por outro poder, como ainda impede a criação de tribunais de exceção ou ad hoc para o julgamento de causas cíveis ou penais 14 Promotor Natural; Duplo Grau de Jurisdição; Principio da Inafastabilidade do controle jurisdicional; Está consagrado expressamente no art. 5º, XXXV, da CF,in verbis: “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”. Este princípio tem por destinatário não apenas o legislador (“a lei não excluirá ..”.), pois o comando constitucional atinge a todos indistintamente. Em outros termos, a ninguém (Estado, sociedade ou cidadão) é permitido impedir o direito fundamental de qualquer pessoa de ajuizar ação perante o Poder Judiciário. O problema do acesso à justiça ganhou nova dimensão a partir da Constituição Federal de 1988, que, inovando substancialmente em relação à Carta que lhe antecedeu, catalogou os princípios da inafastabilidade do controle jurisdicional e do devido processo legal no rol dos direitos e garantias fundamentais, especificamente no capítulo concernente aos direitos e deveres individuais e coletivos. Amplia-se, então, no plano mais elevado do nosso ordenamento, o conceito jurídico de acesso ao Poder Judiciário, não somente para a tutela jurisdicional na hipótese de lesão, mas, também, na de ameaça a direito. Duração Razoável do Processo; O escopo do princípio ora focalizado, portanto, reside na efetividade da prestação jurisdicional, devendo o juiz empregar todos os meios e medidas judiciais para que o processo tenha uma “razoável duração”, que, na verdade, é uma expressão que guarda um conceitoindeterminado, razão pela qual somente no caso concreto poder-se-á afirmar se determinado processo teve ou está tendo tramitação com duração razoável. Princípio da Demanda; Na esfera civil, o poder de provocar a tutela jurisdicional foi entregue à própria parte interessada, isto é, àquela que se sentisse atingida pelo comportamento alheio, podendo ela vir a juízo apresentar a sua pretensão, se quiser ou da forma que lhe aprouver, assim como dela desistir, respeitadas as exigências legais. Princípio Impulso oficial; O princípio inquisitivo está consagrado expressamente no art. 2º do NCPC, que dispõe textualmente: “O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções 15 previstas em lei” Após o ajuizamento da ação, o juiz assume o dever de prestar a jurisdição de acordo com os poderes que o ordenamento jurídico lhe confere Princípio da Instrumentalidade; O processo não é um fim em si mesmo. Ao revés, o processo deve ser instrumento de Justiça. É por meio de leque o Estado presta a jurisdição, dirimindo conflitos, promovendo a pacificação e a segurança aos jurisdicionados. Princípio da Impugnação especificada; Corolário do contraditório, o princípio da impugnação especificada está previsto no art. 341 do NCPC, segundo o qual: “Incumbe também ao réu manifestar- se precisamente sobre as alegações de fato constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas”. A inobservância do princípio da impugnação especificada deságua na presunção de veracidade dos fatos nãoimpugnados. Princípio da Estabilidade da Lide; O princípio da estabilidade da lide informa que se o autor já propôs sua demanda e deduziu os seus pedidos, e se o réu já foi citado para sobre eles se pronunciar, não poderá mais o autor modificar sua pretensão sem anuência do réu e, depois de ultrapassado o momento da defesa, nem mesmo com o consentimento de ambas as partes isso será possível. o I – até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu; o II – até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar. o Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo à reconvenção e à respectiva causa de pedir Princípio da Eventualidade; É o princípio da eventualidade, que está inserto no art. 336 do NCPC, in verbis: “Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido 16 do autor e especificando as provas que pretende produzir”. Princípio da Preclusão; O princípio em tela também está previsto no art. 507 do NCPC, segundo o qual “é vedado à parte discutir no processo as questões já decididas a cujo respeito se operou a preclusão”. Essa norma tem por destinatários todos os que figuram no processo, inclusive o juiz, na medida em que este não poderá examinar questão já superada, sendo lhe permitido, no entanto, a qualquer momento, antes da prolação da sentença, conhecer de questão de ordem pública, tal como preveem os arts. 485, § 3º, 337, § 5º, e 342, II, do NCPC Preclusão consumativa Preclusão temporal Preclusão lógica Preclusão ordinatória Preclusão máxima Preclusão pro judicat Princípio da Economia Processual; obter da prestação jurisdicional o máximo de resultado com o mínimo de atos processuais, evitando-se dispêndios desnecessários de tempo e dinheiro para os jurisdicionados. Princípio do Ônus da prova; previsto no art. 333 do CPC/73, que diz: “O ônus da prova incumbe: I – ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito; II – ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor”. Princípio da Oralidade; A rigor, ele se exterioriza interagindo com outros quatro princípios: I – princípio da imediatidade; II – princípio da identidade física do juiz; III – princípio da concentração; e IV – princípio da irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias. Princípio da Lealdade Processual; Princípio da Perpetuatio Jurisdictionis; Princípios do Acesso à Justiça: PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DO DIREITO DO TRABALHO: Aplicação = tutela do hipossuficiente (Trabalhador); Manutenção Principiológica (garantida pela reforma trabalhista) Enunciado n.º. 4 da 2ª Jornada de Direito Material e Processual do Trabalho: 17 A Lei 13-467/2017, da Reforma Trabalhista, não afetou os fundamentos, do Direito do Trabalho positivados na CLT (art. 8°), bem como os princípios da proteção (Títulos li a IV), dá primazia da realidade (arts: 3º e 442), da irrenunciabilidade (arts. 9º e 468), da norma mais favorável, da imodificabilidade contratual em prejuízo do trabalhador (art. 468), da supremacia do crédito trabalhista (arts. 100 da CF e 186 do CTN) e dos poderes inquisitórios do juiz do trabalho (art. 765), entre outros, cuja observância é requisito para a validade da norma jurídica trabalhista. Princípios do Direito do Trabalho reconhecimento variável: Autores Reconhecem mais, outros menos: Princípios Gerais sempre serão aplicáveis ao Direito do Trabalho São princípios que tendem. a incorporar as diretrizes centrais da própria noção do Direito (ilustrativamente, os princípios da lealdade e boa-fé ou da não alegação da própria torpeza) ou as diretrizes centrais do conjunto dos sistemas jurídicos contemporâneos ocidentais (como, ilustrativamente, o princípio da inalterabilidade dos contratos). Tendem a ser, portanto, princípios que se irradiam por todos os seguimentos da ordem jurídica, cumprindo o relevante papel' de assegurar organicidade e coerência integradas à totalidade do universo normativo de uma sociedade política. Princípio da Proteção ao Trabalhador: Garantia de Direitos Mínimos ao hipossuficiente; Estabelecimento de equilíbrio à Relação de emprego (equilíbrio econômico); Situação econômica empregador x proteção legal ao trabalhador; Pela regra do Direito Civil, todos são iguais perante a lei e devem ser tratados de forma igualitária por ela. Isso não ocorre no Direito Laboral. Reconhece- se que não existe uma igualdade 'entre empregados e empregadores, em face da superioridade econômica e jurídica destes últimos em relação aos primeiros. Para equilibrar a relação havida entre os atores sociais, o Direito do Trabalho procura proteger o empregado contra o desejo insaciável cje lucro do empresário. Defesa da autonomia da vontade; Possibilidade do trabalhador recusar ordens abusivas sem correr riscos ilegais de perda de emprego; Empregador Hiperssuficiente (Inovação da Reforma): o Art. 444 CLT: A livre estipulação a que se refere o caput deste artigo aplica-se às hipóteses previstas no art. 611-A desta Consolidação, com a mesma eficácia legal e preponderância sobre os instrumentos coletivos, no caso de empregado portador de diploma de nível superior e que perceba salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de 18 Previdência Social. Requisitos para reconhecimento: Diploma Curso Superior: Salário superior 2X ao teto do INSS ( R$ 5.645,80) R$ 11.291,60. Cláusulas negociadas efeitos de instrumento coletivo: Contradição ao artigo 3º da CLT (Tratamento igual em relação à condição de Trabalhador). In dubio Pro operario: Várias interpretações sobre a mesma norma; Interpretação mais favorável ao trabalhador; Princípio ultrapassado (Norma mais favorável); Utilização vedada no processo do Trabalho: o Impossibilidade de tratamento diferente no rito processual. Norma mais favorável: Escolhada norma mais favorável em relação ao trabalhador: Súmula 202 TST: o Existindo, ao mesmo tempo, gratificação por tempo de serviço outorgada pelo empregador e outra: da mesma natureza prevista em acordo coletivo, convenção coletiva ou sentença normativa, o empregado tem direito a receber, exclusivamente, a que lhe seja mais benéfica. o Exemplo CCT adicional de 70% e CF adicional de 50%, aplica-se a CCT. Não possui Caráter absoluto o Observância de questão de ordem Pública: Ampliação do prazo para ajuizamento da demanda (analogia do Código Civil) Restrição de aplicabilidade artigos 611-A e 620 (CLT); A aplicação da lei específica se mais benéfica prevalecerá sobre norma hierarquicamente superior; Após a reforma, o acordo coletivo se sobreporá a Convenção Coletiva, por representar realidade mais próxima ao dia a dia; Significa dizer que, relativizou- se a norma mais favorável, para prevalecer o negociado sobre o legislado. Condição Mais Benéfica: 19 Fundamento artigo 468 CLT: o Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia. Conquistas não regredirão: Aplicabilidade restrita quando se trata de instrumentos coletivos: o Condições benéficas permanecem pelo tempo de vigência do Instrumento, prazo máximo de 2 anos: Súmula 277 do TST: As cláusulas normativas dos acordos coletivos ou convenções coletivas integram os contratos individuais de trabalho e somente poderão ser modificadas ou suprimidas mediante negociação coletiva de trabalho. Art. 614 § 3º CLT: Não será permitido estipular duração de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho superior a dois anos, sendo vedada a ultratividade. Pós Reforma, auxílio alimentação não incorpora ao contrato de trabalho: o Art. 457 § 2º CLT Princípio da Imperatividade das normas Trabalhistas: Impossibilidade de alteração de normas cogentes (obrigatórias), ambiente pré reforma: Para esse princípio prevalece a restrição à autonomia da vontade no contrato trabalhista, em contraponto à diretriz civil de soberania das partes no ajuste das condições contratuais. Esta restrição é tida como instrumento assecuratório eficaz de garantias fundamentais ao trabalhador, em face do desequilíbrio de poderes inerente ao contrato de emprego. Pós reforma, reconhecimento de flexibilização: Convenções e acordos coletivos prevalecem sobre a lei; Disposição das matérias elencadas do art. 611-A CLT; Flexibilização também prevista ao hiperssuficiente. Princípio da Primazia da Realidade: Realidade se sobrepõe ao que estiver escrito; Intuito de afastar fraudes nas relações trabalhistas. 20 Princípio da Inalterabilidade Contratual lesiva ao empregado: Inalterabilidade prejudicial, previsão expressa artigo 468 CLT; Consentimento não elimina o vício; Impossibilidade de expressar livremente a vontade; Princípio da Continuidade da Relação de Emprego: A regra é o contrato de trabalho por prazo indeterminado; Ônus de provar a ruptura é do empregador: Súmula 212 TST: o O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado. Hipóteses de não prestação de trabalho e manutenção do contrato(interrupção e suspensão do contrato): Exceções: o Contrato por prazo determinado: o Trabalho intermitente. Quarentena de 18 meses, vigência expirada do artigo 452 G da CLT Princípio da Irrenunciabilidade ou Indisponibilidade dos Direitos Trabalhistas: O empregado não pode renunciar Direito que lhe prevê a lei: Ainda que haja bilateralidade (comum acordo); Previsão expressa impossível de renúncia; Renunciar ao 13º, ao direito de férias, aviso prévio Irredutibilidade Salarial: Proteção ao Salário; Exceto se por Convenção ou acordo coletivo, visando a manutenção do emprego (durante vigência do documento): Art. 611-A § 3º CLT: o Se for pactuada cláusula que reduza o salário ou a jornada, a convenção coletiva ou o acordo coletivo de trabalho deverão prever a proteção dos empregados contra. dispensa imotivada durante o prazo de vigência do instrumento coletivo. Intangibilidade Salarial: 21 Proteção do salário em face de credores: o Deve haver previsão expressa (Lei, CCT ou ACT); o Impenhorabilidade do salário. DIREITO FUNDAMENTO LEGAL Compensação de Jornada Art. 59 § 6º CLT Banco de Horas Semestral Art 59 § 5º CLT JORNADA 12 X 36 Art 59-A CLT Alteração de presencial para teletrabalho Art. 75-C § 1º CLT Compra e Manutenção de aparelho (Teletrabalho Art. 75-D CLT Fracionamento de Férias Art. 134 § 1º CLT Intervalo para amamentação Art 396 CLT Hiperssuficiente Art 444§ único e 611-A CLT Pagamento Verbas Rescisórias Art 477 § 4º CLT Eficácia Plano de Demissão Voluntária Art 477-B, parte final CLT Distrato Art 484-A CLT Cláusula de arbitragem Art 507-A CLT Quitação anual de obrigações Art 507-B CLT P ROTEÇÃO I MPERATIVIDADE P RIMAZIA QUADRO MNEMÔNICO: In dubio pro operario Norma mais favorável Condição mais benéfica I INALTERABILIDADE LESIVA C ONTINUIDADE DA RELAÇÃO DE EMPREGO Irredutibilidade Salarial I RRENUNCIABILIDADE Intangibilidade Salarial POSSIBILIDADED DE ALTERAÇÃO POR ACORDO INDIVIDUAL 22 FONTES DO DIREITO DO TRABALHO: FONTES DO DIREITO Pedra fundamental do Direito: sendo na realidade fundamental para todos os estudos jurídicos, indica a origem do direito, ou ao menos qual o intuito com sua criação; Anseio de aclarar a origem do Direito e a forma pela qual se exterioriza; Fundamentos para se considerar válida a norma jurídica: Quanto a forma de classificação não há unanimidade, tendo aqueles que classificam em: Primárias - Leis Secundárias – Costumes, jurisprudências e doutrina Mediatas Imediatas Materiais – Fato social que obrigatoriamente será anterior a positivação Formais – leis, costumes, jurisprudência, analogia, equidade, princípios gerais de direito. Pela abrangência e melhor didática, abordaremos a fontes como encontrada na doutrina em Carlos Henrique Bezerra Leite e Enoque Ribeiro dos Santos, valendo da classificação como Material e formal; Ressalva-se que a escolha pela terminologia, não impede a compreensão, mormente que as fontes sempre exercem a mesma atividade; FONTES DO DIREITO DO TRABALHO Fontes Materiais: Acontecimentos sociais, políticos, econômicos, filosóficos, culturais, morais, que inspiram o legislador; São na realidade, valores sociais que informam o conteúdo das normas jurídicas; As fontes materiais não é o Direito positiviado, sendo sua formação, a medida que são os fatos da sociedade que conduzem ao Não possui força obrigatória (reinvindicações dos 23 trabalhadores e empregados); “Afinal, entre os escopos do processo está o de promover a realização do direito matéria. Com a ampliação da competência da Justiça do Trabalho para processar e julgar ações oriundas das relações de trabalho diversas da relação de emprego, além de outras demandas pertinentes ao direito previdenciário ( execução das contribuições previdenciárias), ao direito tributário (retenção do imposto de renda), à representação sindical e à greve, houve extraordinário elastecimento das fontes materiais do direito processual do trabalho” (Curso de Direito Processual do Trabalho – Carlos Henrique Bezerra Leita, 2018. P. 70) Prévia ao surgimento das fontes formais; Redução da carga horária; Estabilidade ao marido da gestante; Redução do rigor trabalhista; Flexibilização do Direito do Trabalho; Período marcado por pressão de classe social (empregados e empregadores); Fontes Formais: Fontes pelas quais o Direito Positivo se expressa: O conceito de positivismo jurídico conduz a conclusão de que não há Direito sem Estado, de tal sorte que, forças sociais, econômicas, políticas, etc, seriam a causa material do Direito, sem sua positivação o Estado não teria completa a atividade jurisdicional; Herdado do legalismo francês, pós revolução burguesa, que enxerga na lei um instrumento de controle tanto do Estado quando da jurisdição; Entendimento de que a norma escrita é a principal fonte de direito; Próprio do sistema romano germânico (civil law) tem em seu positivismo um expressivo apego a texto de lei, devendo a conduta humana calcada em comandos normativos: Na busca de uma maior segurança jurídica, o positivismo jurídico, fruto do positivismo filosófico, pregava que a ciência do Direito, como todas as demais, tinha de estar fundamentada em juízos de fato (representativos do conhecimento da realidade), e não em juízo de valor (que diriam respeito a uma tomada de posição diante da realidade e, portanto, uma concepção mais crítica da realidade). Pregava, portanto, uma grande aproximação entre o Direito e a norma. Esta representaria quase plenamente aquele; 24 Cientes de nossa inserção no chamado pós-positivismo, que em síntese prega uma aproximação ao modelo britânico (comon law), de modo que direito e moral devem possuir sintonia, devendo os princípios executarem no exercício do direito o papel da moral: Na visão pós-positivista a normatividade dos princípios e a centralidade da argumentação jurídica e dos direitos fundamentais são determinantes para que direito e moral sejam pensados não como esferas autônomas, mas complementares. (Marcelo Novelino apud, Santos 2018, p. 47). O que se extrai desse novo momento é descrito em Kant, para quem o Direito deve ser criado e interpretado sob a ótica humana, o ser humano é o início e o fim do Direito, o não reconhecimento desses valores inviabiliza o reconhecimento do direito. Exteriorização das normas jurídicas: Força obrigatória; Normas de observância geral: Leis: Convenções Coletivas; Acordos Coletivos: SUBDIVISÃO: Assim quanto terminologia, não há consenso, no entanto durante o estudo da matéria contemplaremos todas as formas possíveis e conhecidas de subdivisão das fontes formais do Direito do Trabalho: TERÍAMOS UMA PRIMEIRA CLASSIFICAÇÃO DA SEGUINTE MANEIRA: Lei: toda forma de positivação pelo poder Constitucional Competente – Legislativo: Constituição Federal: o Dentro do ordenamento jurídico se apresenta como superior às demais fontes; o A CF/88 apresenta uma organização da competência da justiça do trabalho, com ulteriores alterações; o Cuidou de inserir no plano dos direitos humanos fundamentais o direitos difusos e 25 coletivos; Regulados por um microssistema de tutela coletiva: Lei da Ação Civil Pública (7.347/85); CDC (8.078/90) Lei, em Sentido Geral: que seriam a legislação aplicável ao Direito Trabalho como um todo, formado por um sistema integrado de normas que complementam-se: o CLT (Decreto 5.452/1943) o Lei 5.584/70 – normas de procedimento do processo do trabalho; o Lei 7.701/88 – Organização do TST; o CPC (Lei 13.105/2015), aplicável de forma subsidiária; o Lei 6.830/80 – Lei da Execução Fiscal; o Lei 7.647/85 – Lei da Ação Civil Pública; o CDC – Parte processual; o ECA; o Lei Orgânica do MP; o Lei 13.146/2015 – Estatuto da Pessoa com Deficiência; o Lei 13.467/2017 (Reforma Trabalhista) Regimentos Internos do Tribunais: Aqui um certo grau de divergência, contudo para fins didáticos e práticos, não é possível negar a influência que tais regimentos afetam o processo do trabalho, de forma direta ou indireta, trata dos trâmites dos recursos e processos de competência originária de 2º ou 3º grau; o Dentre os pontos que corroboram com essa classificação: Agravo Regimental; Incidente de Uniformização de Jurisprudência; Correição Parcial; Costumes: Outro ponto de relevância e que suscita debate, costumes não estaria inserido no plano das fontes materiais? Por certo não, a prática induz a criação de obrigatoriedades no curso do processo do trabalho, 26 que passa a ser de observância obrigatória; Ademais, claramente o artigo 8º da CLT permite que os costumes sema utilizados como fontes normativas: o Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por equidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito doTrabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. Exemplos de aplicação prática dos costumes no processo do trabalho: o Até a reforma trabalhista a apresentação de defesa pela CLT art. 847 era oral; o Protestos em audiência com finalidade de evitar a preclusão, art. 795 CLT; o Procuração apud acta; Jurisprudência: Que representa o conjunto de decisões convergentes e reiteradas dos tribunais, que escancara o entendimento de certo tribunal sobre determinado assunto; Consagrado pelo art. 8º da CLT; Assim é inegável que decisões reiteradas como norte, tem uma atuação impositiva aos juízes de instâncias inferiores, influenciando a interpretação de dado assunto; No sistema da Civil Law, destaca-se a dupla função da jurisprudência: o Interpretar a lei e estabelecer limites ao texto: o Adequar o texto ao momento social vivido, que poderão ao longo dos anos sofrer alteração; Função semelhante ao que exercem nos países que tenham sistema common law, que tenham por núcleo central o poder criador e inspirador dos cases law ou leading cases (decisões judiciais); Importante destacar um certo traço de common law após a promulgação da CF/88, dando destaque a súmula vinculante, antecipação de tutela, etc, precedentes judiciais (pós novo CPC e reforma trabalhista); o Súmula vinculante de caráter geral – criação pela Emenda Constitucional 45/2004; 27 o O CPC claramente tem a uniformização como objetivo, visto o disposto no artigo 926 e seguintes; o Precedentes Judiciais: Traços presentes nos seguintes momentos: Repercussão geral como pressuposto para julgamento de recurso extraordinário (1.035 e 1.036 CPC); Recurso especial repetitivo 1.036 CPC); Súmula impeditiva de recurso (1.010 CPC); Julgamento prima facie (art. 332 CPC); Decisão monocrática do relator (932 CPC); o O CPC criou ainda como meio de demonstrar a Distinguishing relevância da jurisprudência , ao criar o Incidente de Resolução de demandas repetitivas (IRDR), previsto no artigo 976; Trata-se de uma ferramenta que busca fazer com que as decisões repetitivas dos tribunais superiores tornem-se vinculantes para os tribunais locais e juízes de primeiro grau; Tendo em vista o preceito contido tanto na CLT (769) quanto no CPC (15), essa criação terá sua utilização determinada na Justiça do Trabalho; Importante frisar que precedentes criados por determinado tribunal, apenas poderão ser revistos pelo mesmo; Distinguishing: afastamento do precedente quanto presentes peculiaridades Overruling: superação da tese jurídica elaborada no precedente; o Na Justiça do Trabalho, ações idênticas ficam paralisadas no grau em que estiver até que o tribunal julgue o processo que suscitou esse precedente, sendo obrigatório a aplicação do resultado em todos os casos semelhantes– exceção quando o processo estiver em fase de execução; o Atenção deve ser dada inclusive ao artigo 702 da CLT, especialmente no inciso I, alínea “f” e §§ 3º e 4º, além de 896-B e C; Art. 702: f) estabelecer ou alterar súmulas e outros enunciados de jurisprudência uniforme, pelo voto de pelo menos dois terços de seus 28 membros, caso a mesma matéria já tenha sido decidida de forma idêntica por unanimidade em, no mínimo, dois terços das turmas em pelo menos dez sessões diferentes em cada uma delas, podendo, ainda, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de sua publicação no Diário Oficial; (...) § 3º As sessões de julgamento sobre estabelecimento ou alteração de súmulas e outros enunciados de jurisprudência deverão ser públicas, divulgadas com no mínimo, trinta dias de antecedência, e deverão possibilitar a sustentação oral pelo Procurador-Geral do Trabalho, pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, pelo Advogado- Geral da União e por confederações sindicais ou entidades de classe de âmbito nacional. § 4º O estabelecimento ou a alteração de súmulas e outros enunciados de jurisprudência pelos Tribunais Regionais do Trabalho deverão observar o disposto na alínea f do inciso I e no § 3º deste artigo, com rol equivalente de legitimidade para sustentação oral, observada a abrangência de sua circunscrição judiciária. Art. 896-B. Aplicam-se ao recurso de revista, no que couber, as normas da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil), relativas ao julgamento dos recursos extraordinário e especial repetitivos. (grifo nosso) Art. 896-C. Quando houver multiplicidade de recursos de revista fundados em idêntica questão de direito, a questão poderá ser afetada à Seção Especializada em Dissídios Individuais ou ao Tribunal Pleno, por decisão da maioria simples de seus membros, mediante requerimento de um dos Ministros que compõem a Seção Especializada, considerando a relevância da matéria ou a existência de entendimentos divergentes entre os Ministros dessa Seção ou das Turmas do Tribunal. Princípios: 29 Igualmente citado no artigo 8º da CLT, não pode ser desconsiderada sua função enquanto fonte; Caráter de dever-ser, como se norma fosse, abandonando a figura de preencher lacunas para desempenhar clara na função de solução do caso concreto; UMA SEGUNDA CLASSIFICAÇÃO: Fontes Formais Diretas: No topo das fontes formais diretas encontra-se a lei máxima do Estado, ou seja, Constituição Federal; Em sede de norma infraconstitucional, no que tange ao Direito do Trabalho, encontra-se toda legislação que possui aplicação direta na disciplina: o CLT (Decreto-Lei n. 5.452/1943), com título próprio sobre o processo do Trabalho o Lei n. 5.584/70, que estabelece algumas importantes normas procedimentais e complementares aplicáveis ao processo do trabalho; o CPC (art. 15) em caso de lacuna da legislação processual trabalhista, desde que haja compatibilidade daquele com os valores, princípios e regras do direito processual do trabalho (CLT, art. 769); o Lei n. 6.830/80 (Lei de Execução Fiscal), aplicada subsidiariamente (CLT, art. 889) na execução trabalhista; o Lei n. 7.701/88, que dispõe sobre organização e especialização dos tribunais para processar e julgar dissídios coletivos e individuais. o Lei n. 7.347/85 (Lei da Ação Civil Pública); o Parte processual da Lei n. 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor); Lei n. 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente); o Lei n. 7.853/89 (Lei de Proteção à Pessoa Portadora de Deficiência). Ainda na condição de fonte formal direta, estão os Decretos-Leis, utilizados preponderantemente no período ditatorial; Regimentos internos dos tribunais, por expressa inteligência do artigo 96, inciso I, alínea “a” da CF: Ponto de divergência: o O TST no ano de 2016, editou a Instrução 30 Normativa 39, que versava sobre a aplicabilidade do CPC no processo do Trabalho, contudo existem uma ADI (5.516) discutindo a Constitucionalidade, por entender que há uma grave ofensa ao princípio da independência dos magistrados; Fontes Formais Indiretas: Aqui insere-se as condições práticas que induzem novos rumos ao direito; Destaque tanto a doutrina quanto à jurisprudência, pelo auxílio na interpretação do processo do trabalho: o A doutrina permite o aprimoramento técnico, conferindo ferramentas para a interpretação; o Já as jurisprudências, tem a finalidade de uniformizar a jurisprudência; Merece comento também as súmulas vinculantes; Novo CPC – Precedentes Judiciais: o Implementação do sistema de precedentes judiciais, ao determinar a uniformização da jurisprudência; Divergência: questiona-se a constitucionalidade do artigo 927 III, IV e V do CPC, por asseverar que somente Emenda Constitucional teria essa competência: Reforma Trabalhista – Preponderância da Jurisprudência: o Verifica-se que o § 2º do art. 8º da CLT, em dissonância com os preceitos do CPC, busca tolher a autonomia dos magistrados, afirmando que súmulas e jurisprudências, não poderão restringir direitos legalmente previstos nem criar obrigações que não estejam previstas em lei; Seria reduzir as funções dos tribunais a meros replicadores de lei, essa redução da atividade hermenêutica é prejudicial; o Essa redução não coaduna com o modelo constitucional de processo, visto que o CPC (art. 1º e 8º) determina que as leis devem ser interpretadas em conformidade aos valores democráticos e republicanos, atendendo ao princípio da dignidade da pessoa humana; 31 Fontes Formais de Explicitação: Função de Integração, partindo do pressuposto que no Estado Democrático de Direito, o juiz deverá cumprir com as exigências do bem comum, garantindo a dignidade da pessoa humana, aos fins sociais, primando pela proporcionalidade, razoabilidade, legalidade, publicidade e eficiência; UMA TERCEIRA CLASSIFICAÇÃO: Fontes Formais Autônomas: Discutidas e confeccionadas pelas partes interessadas; Vontade da parte em criar a norma; Espécies: Convenção Coletiva: o Acordo entre sindicatos (empregados X empregadores); o Art. 611 CLT: Acordo Coletivo: o Acordo entre empresa e sindicato; o Art. 611 § 1º CLT; Regulamento da Empresa; o Reflexo do dia a dia; o Vigorará, se for lícito a alteração; o Limitação ao acordo coletivo, Convenção Coletiva e Lei; Costume o Prática reiterada em determinada região, art. 460 CLT: Fontes Formais Heterônomas: Não há participação direta dos destinatários: Origem na atividade estatal: Executivo; Legislativo; Judiciário: Espécies: Constituição Federal: o Lei Fundamental e Suprema: o Estabelece funcionamento do Estado Tratados e Convenções Internacionais: o Necessária ratificação (art. 49 I e 84 VIII CF); 32 o Convenções OIT; o Observância do § 3º do art. 5º da CF; A forma como o tratado será recepcionado no Brasil dependerá do quórum de aprovação, podendo ser no nível de Lei Ordinário ou de Emenda Constitucional; Leis: o Elaboradas pelo legislativo: o Competência da União (art. 22, I CF); Medidas Provisórias: o Editado pelo poder Executivo; Situações de relevância e urgência Fundamento: art 59 e 62 CF o Exemplo MP. 808 Decretos: o Atos do Poder Executivo; o Finalidade de explicar as leis; Art 84, IV CF; o Não poderão alterar o texto aprovado pelo legislativo: Sentenças Normativas: o Sentenças que os Tribunais encerram uma demanda; o Criando novas situações de trabalho; o Poder normativo da justiça do Trabalho; Criação de normas gerais, abstratas e impessoais; o Aplicação em caso de dissídios (art. 868 CLT); o Vigência máxima de 04anos (art. 868 § único CLT); o Importante ressalva: Reforma trabalhista inseriu o § 3º do artigo 8º da CLT: Intervenção mínima na autonomia da vontade coletiva; Súmula Vinculante: o Posicionamento majoritário do DTF; o Segurança Jurídica em matéria polêmica: Art. 103-A da CF/88) o Não são possíveis contrariedades a essas decisões; o Contradição: Vedação da utilização do salário mínimo como indexador, Súmula 33 Vinculante nº 4º do STF, na prática ocorre o contrário: Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial. Recurso de Revista Repetitivo: o Trazido pela lei 13.105 de 2014; o Julgamento por amostragem; o Escolha de alguns recursos de revistas para unificar a tese jurídica; Processos com trânsito em julgado não são atingidos por essa inovação. 34 35 HIERARQUIA DAS FONTES Prevalência da fonte mais favorável ao trabalhador; Regra era clara antes da reforma; Ambiente pós reforma buscou a fidedignidade ao ambiente do trabalho, de modo que relativizou o direito: Exceções: Acordo Coletivo se sobrepõe ao texto da Convenção Coletiva: Art. 620 CLT; Prevalência do negociado sobre o legislado (rol taxativo, Art. 611-A CLT). Conflito Fontes Formais: Antes da Reforma, aplicação da norma mais favorável. Após a reforma, a resolução do conflito, dependerá de quais fontes estão se contrapondo: Conflito entre CCT e ACT: o Art. 620 prevalecerá o contido no ACT Conflito entre Instrumento Coletivo e Lei: o Prevalência do negociado sobre o legislado (art. 611-A); o Limites: Direitos assegurados pela CF não flexibilizados pela própria; Reforma status infraconstitucional; Itens Contidos no Art. 611-B da CLT. Demais Conflitos entre fontes formais: o Teoria do Conglobamento (majoritária): Aplicação de apenas uma fonte; Aplicação do acordo em caso de ser mais favorável: o Teoria da acumulação: Aplica-se todas as fontes simultaneamente: Considerando tudo que for favorável e excluindo tudo que for prejudicial: o Ônus excessivo ao empregador: o Fragmentação do Direito: 36 INTEGRAÇÃO: Reconhecimento da impossibilidade estatal de criar lei para todos os acontecimentos sociais; Integração – meio de evitar que um conflito fique sem solução Integrar – Tarefa de completar as lacunas deixadas pelo legislador Técnicas: Analogia: Utilização de lei semelhante para regular o caso em que não existe lei específica: o Art 72 CLT (intervalo para mecanografia), TST Súmula 346 – Estendeu esse benefício aos digitadores: Súmula n° 346 do TST: Os digitadores, por aplicação analógica do art. 72 da CLT, equiparam-se aos trabalhadores nos serviços de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), razão pela qual têm direito a intervalos de descanso de 10 (dez) minutos a cada 90' (noventa) de trabalho consecutivo. Equidade: Justiça aplicada com bom senso, razoabilidade: Criação de norma jurídica ao caso concreto: Fundamento Art. 8º CLT; Princípios gerais possuem grande relevância nessa atividade, exercem função de integração, sem contudo extinguir a existência daquele que ficou sem utilização: Os costumes – práticas reiteradas, servem de instrumento de integração; Direito Comparado: Análise e Estudo de leis de Diversos Estados; Função de estabelecer diferenças e semelhanças entre as ordens jurídicas; Havendo uma lacuna em nosso ordenamento – o Direito comparado poderá preenche-la. Direito comum como fonte Subsidiária ( Pós Reforma 37 Trabalhista): Acréscimo no Art. 8º, pós reforma: Utilização legislativa, que possibilita a utilização do Direito Civil, Penal e demais áreas no preenchimento de lacunas; Inovação trazida: O Direito Comum, poderá se sobrepor aos princípios específicos do Direito do Trabalho: Crítica feita pela doutrina, no sentido de a aplicação irrestrita desse permissivo, descaracterizaria a J.T, não existe o mesmo protecionismo em todos os ramos do Direito; Limitação à Jurisprudência Trabalhista (Pós Reforma Trabalhista): Jurisprudência – instrumento de preencher lacunas: o Inovação trazida pela reforma: o Art. 8º § 2º - Restrição da atuação dos Tribunais, no sentido de que não poderão restringir ou criar obrigações que não estejam previstas em lei; Julgador = reprodutor da lei; Contrariedade ao artigo 489 § 1º, do CPC. Igualmente contrário ao Enunciado 2 da 2ª Jornada de Direito Material e Processual do Trabalho: o O caput, prevê no entanto a jurisprudência como meio de integração: FORMAS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS TRABALHISTAS AUTODEFESA: Autotutela; Imposição de agir a outrem, a favor ou contra sua vontade; Solução Direta; Sobreposição do interesse do mais forte sobre o mais fraco; Podem solucionar, ou forçar uma composição entre as partes; Ex: Greve AUTOCOMPOSIÇÃO: Solução Direta; Acordo; Renúncia recíproca; Possibilidade de mediação (Ministério Público do Trabalho ou MTE); 38 Comissão de Conciliação Prévia; Ex. Acordo Coletivo, Convenção Coletiva; HETEROCOMPOSIÇÃO: Solução dada por um terceiro; Solução indireta – não decidida pelas partes; Formas de solução com a intervenção do Estado Ex. Arbitragem, Jurisdição, Dissídio Coletivo. 39 COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO: 1. Previsão Constitucional: A Seção V da Constituição Federal é reservada para o tratamento das particularidades e condições da organização da Justiça do Trabalho, cuidando inclusive da extensão e compreensão de sua competência; Merece destaque o ponto em que firma a competência da Justiça especializada no artigo 114, que será inclusive o ponto de consulta quando diante de caso divergente, o mesmo tem a seguinte redação: o Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) II as ações que envolvam exercício do direito de greve; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros. 40 § 2º Recusando-sequalquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Conforme percebe-se do texto, fica claro o quanto a competência sofreu alteração com a Emenda Constitucional nº 45, de 2004; Para adentrar ao cerne do tópico faz-se imprescindível estabelecer a distinção entre Jurisdição e Competência: o Jurisdição: Reside na competência (legitimidade) que o Estado detém para julgar o caso concreto: Reside na ideia de imparcialidade do juiz quando chamado a resolver caso de alguma parte que se sentir violada em seu(s) direito(s); Podemos considerar duas formas de Jurisdição: Voluntária: o Interesses convergentes das partes; Contenciosa: o Interesses conflitantes; Imunidade de Jurisdição: Características própria de Estados estrangeiros, seus representantes diplomáticos e organizações internacionais, ao não se submeterem à jurisdição do país em que esteja instalado; o A imunidade de Jurisdição não se aplica aos casos trabalhistas; Em que pese ser retornada a imunidade no momento de execução, não sendo possível executar decisões em face do privilégio das Representações nos países instalados; (convenção de Viena 1961 e 1963); Importante ressaltar que em se tratando de bens não afetos à missão diplomática essa imunidade não será observada: 41 o Primeiro reconhecer que não se trata de empregado com função diplomática; o Possibilidade de levantamento do depósito recursal; o Impossibilidade de bloqueio de contas de Estado estrangeiro; o Não é equivocado afirmar que jurisdição e competência possuem relação muito próxima, ao passo que é a competência que legitima o exercício do poder jurisdicional; o Competência: É a possibilidade de exercer a jurisdição, em falas mais simples seria a forma de divisão quanto a jurisdição de cada justiça: Podemos dizer que no direito brasileiro a competência foi dividida da seguinte maneira: o Justiça Estadual; o Justiça Federal; o Justiça do Trabalho; o Justiça Eleitoral; Justiças o Justiça Militar especializadas De outro ponto, como limite para a competência existe a Incompetência; Que opera em nosso ordenamento sob duas formas: o Absoluta: Não admite prorrogação da competência e pode ser arguida a qualquer momento, devendo ser declarada de ofício; o Relativa: Deverá ser arguida em contestação, e em seu silencia considera-se prorrogada a competência; Não poderá o juiz declarar de ofício a incompetência relativa; o Formas de Incompetência: Valor; Hierarquia; Matéria; Pessoa 42 Competência Absoluta Competência Relativa Espécies Competência material; Competência Territorial; Competência em Razão da Pessoa; Competência Funcional Competência em razão do valor da cusa Conhecimento Pode ocorrer de ofício Somente por provocação da parte Alegação Em qualquer momento e em qualquer instância Somente em sede de Exceção de Incompetência (contestação) Preclusão Não ocorrerá preclusão Não alegada em contestação, opera-se a preclusão Objeção (processo) Trata-se de matéria de ordem pública Não é uma objeção Processual Consequências Seu reconhecimento faz com que os autos sejam remetidos para o juízo competente, sendo nulo todos os atos praticados Seu reconhecimento faz com que os autos sejam remetidos para o juízo competente, sendo válido os atos praticados Ação Rescisória Pode ser objeto de ação rescisória Não será objeto de ação rescisória 43 Fonte: Manual Esquemático de Direito e Processo do Trabalho – Ives Gandra da Silva Martins Filho p. 228 2. Competência em Razão das Pessoas (COMPETÊNCIA RATIONE PERSONAE): Derivada da competência prevista no artigo 114 da Constituição Federal; Essa classificação quanto a competência está ligada a características das pessoas que a lei possibilita a figuração como parte de uma demanda trabalhista; Seria a resposta para a pergunta realizada por Bezerra Lei em seu livro: Quem são as pessoas que podem demandar na Justiça do Trabalho? o A resposta a essa indagação soluciona o tópico destinado a competência em razão da pessoa Recorrendo aos preceitos constitucionais , sua redação pós alterações determina a competência da Justiça do Trabalho para julgar demandas em que as seguintes partes figurar: o Sindicatos: o Entes de Direito Público Externo; o Órgãos da Administração Pública Direta, Autarquia ou Fundacional da União, dos Estados, Do Distrito Federal e dos Municípios da qualidade de empregadores; o A União, quando ajuizar as ações relativas às penalidades administrativas aos empregadores 44 o INSS, para promover a execução das contribuições Previdenciárias o MPT, na hipótese do § 3º do artigo 114 da CF ( Ajuizamento de Dissídio Coletivo em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão a interesse público; Ainda que delimitada a competência, não é de todo forçoso identificar as particularidades da competência outorgada pela CF: o Trabalhadores que podem demandar na Justiça do Trabalho: É importante determinar quais são as espécies de trabalhadores que terão suas relações em análise pela Justiça do trabalho: Preciso delimitar o alcance quando se trata de trabalhador: Por força da Reforma Trabalhista, ganhou força a posição doutrinária que classificou os trabalhadores em: o Trabalhadores Autônomos: A esse grupo exceto se comprovada a fraude na contratação, não será reservada proteção pela justiça do trabalho, trata-se de natureza civil; Portanto a regra é não serem tutelados, embora as relações de trabalho podem ser objetos do Direito do Trabalho o Trabalhadores Subordinados: Típicos: Empregados Urbano e Rural Atípicos: Eventual, Avulso, temporário, doméstico, servidor público; Eventual e servidor público também não terão a análise de sua relação tutelada pelo direito do Trabalho; De uma forma geral, a competência em razão da pessoa fica clara com a seguinte formatação: o Em se tratando de Trabalhadores subordinados típicos, todas as divergências serão dirimidas pela justiça do Trabalho; o Em se tratando da forma atípica, serão objetos da Justiça do Trabalho se: Não houver lei que defina outra competência o Os entes de Direito Público Externo: Aspecto de relevância pelo próprio tema, existe 45 possibilidade de processar entes estrangeiros dotado de imunidade diplomática? Para a resposta é importante estabelecer o seguinte raciocínio: o Os estado soberanos gozam de uma imunidade relativa que incidirá apenas sobre uma fase do processo – a Execução, uma vez que o processo de conhecimento será conduzido de forma simples e natural; o No que tange a organismos internacionais, ONU, OIT, UNESCO, a imunidade de jurisdição é absoluta – OJ 416 da SBDI- 1/TST IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO. ORGANIZAÇÃO OU ORGANISMO INTERNACIONAL (divulgado em 14, 15 e 16-2-2012). As organizações ou organismos internacionais gozam de imunidade absoluta de jurisdição quando amparados por norma internacional incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro, não se lhes aplicando a regra do Direito Consuetudinário relativa à natureza dos atos praticados. Excepcionalmente, prevalecerá a jurisdição brasileira na hipótese de renúncia expressaà cláusula de imunidade jurisdicional. o Sendo certo que nas duas situações é possível que o Estado ou Ente possa abrir mão dessa imunidade, aplicando-se nessa oportunidade a legislação brasileira integralmente; o Os servidores de cartórios extrajudiciais Houve um tempo em que eram tratados como servidor públicos lato sensu e por essa característica seria competente a Justiça comum; Daí resultou instalado um conflito de matéria constitucional, pois a previsão expressa contida no artigo 236 da Cf era de que o serviço notarial seria exercido em caráter privado, por delegação do poder público; Assim, reconheceu o STF que, relação entre trabalhadores e os titulares dos cartórios extrajudiciais é relação de emprego e por essa circunstância é competência para dirimir esse conflito a Justiça do Trabalho; 3. Competência em Razão da Função: 46 Fixada em razão de algumas atribuições especiais conferidas aos órgãos para determinados atos processuais; Possui uma classificação mais abrangente, subdividida: o Competência Funcional Vertical: Chamada de hierárquica, fixada em consonância com a distribuição de competência entre diversos órgãos: Seriam o caso das competências recursais; o Competência Funcional Horizontal: Atribuídas a órgãos judiciais do mesmo grau de jurisdição: São os casos de Execução de sentença (CLT 877); Concessão de medidas liminares (659 IX e X CLT); Distribuição por dependência (286 CPC); Partindo do pressuposto de como é a composição da Justiça do Trabalho, não é forçoso concluir que a competência funcional é desempenhada pelos três níveis da Justiça; o Competência Funcional das Varas do Trabalho: Exercida monocraticamente pelo juiz titular da Vara do Trabalho: o Competência prevista pelo artigo 652 da CLT: Art. 652. Compete às Varas do Trabalho: (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) a) conciliar e julgar: I - os dissídios em que se pretenda o reconhecimento da estabilidade de empregado; II - os dissídios concernentes a remuneração, férias e indenizações por motivo de rescisão do contrato individual de trabalho; III - os dissídios resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice; IV - os demais dissídios concernentes ao contrato individual de trabalho; V - as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão- de-Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001) b) processar e julgar os inquéritos para apuração de falta grave; 47 c) julgar os embargos opostos às suas próprias decisões; d) julgar os recursos interpostos das decisões do presidente, nas execuções; d) impor multas e demais penalidades relativas aos atos de sua competência; (Redação dada pelo Decreto-lei nº 6.353, de 20.3.1944) e) impor multa e demais penalidades relativas aos atos de sua competência. (Suprimida pelo Decreto-lei nº 6.353, de 20.3.1944) f) decidir quanto à homologação de acordo extrajudicial em matéria de competência da Justiça do Trabalho. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) Parágrafo único - Terão preferência para julgamento os dissídios sobre pagamento de salário e aqueles que derivarem da falência do empregador, podendo o Presidente da Junta, a pedido do interessado, constituir processo em separado, sempre que a reclamação também versar sobre outros assuntos. (Vide Constituição Federal de 1988) Além da competência pacificada, nos termos do artigo 653 da CLT: o Art. 653 - Compete, ainda, às Juntas de Conciliação e Julgamento: (Vide Constituição Federal de 1988) a) requisitar às autoridades competentes a realização das diligências necessárias ao esclarecimento dos feitos sob sua apreciação, representando contra aquelas que não atenderem a tais requisições; b) realizar as diligências e praticar os atos processuais ordenados pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou pelo Tribunal Superior do Trabalho; c) julgar as suspeições arguidas contra os seus membros; d) julgar as exceções de incompetência que lhes forem opostas; e) expedir precatórias e cumprir as que lhes forem deprecadas; 48 f) exercer, em geral, no interesse da Justiça do Trabalho, quaisquer outras atribuições que decorram da sua jurisdição. Com o fim dos classistas e se tornando unitária a jurisdição nas varas do trabalho, o juiz acumulou para si as seguintes competências: o Presidir as audiências; o Executar as próprias decisões ou as que lhe for deprecada; o Despachar nos recursos interpostos pelas partes; o Conceder media liminar; o Propor a Conciliação e todas as demais competências previstas no artigo 114 da Constituição; o Ainda que não seja a sede do MPT, as ações civis pública deverão ser distribuídas na Vara do Trabalho do local onde ocorreu a lesão ou a ameaça aos direitos metaindividuais; o Competência Funcional dos Tribunais Regionais do Trabalho: Quando em número suficiente para ser dividido em turma, observa-se o artigo 6º da lei 7.701/88: Art. 6º - Os Tribunais Regionais do Trabalho que funcionarem divididos em Grupos de Turmas promoverão a especialização de um deles com a competência exclusiva para a conciliação e julgamento de dissídios coletivos, na forma prevista no "caput" do Art. 1º desta Lei. Parágrafo único. O Regimento Interno disporá sobre a constituição e funcionamento do Grupo Normativo, bem como dos demais Grupos de Turmas de Tribunal Regional do Trabalho. Ademais, quanto a competência do TRT, observa-se o artigo 678 da CLT: Art. 678 - Aos Tribunais Regionais, quando divididos em Turmas, compete: (Redação dada pela Lei nº 5.442, de 24.5.1968) I - ao Tribunal Pleno, especialmente: (Incluído pela Lei nº 5.442, de 24.5.1968) a) processar, conciliar e julgar originariamente os dissídios coletivos; 49 b) processar e julgar originariamente: 1) as revisões de sentenças normativas; 2) a extensão das decisões proferidas em dissídios coletivos; 3) os mandados de segurança; 4) as impugnações à investidura de vogais e seus suplentes nas Juntas de Conciliação e Julgamento; c) processar e julgar em última instância: 1) os recursos das multas impostas pelas Turmas; 2) as ações rescisórias das decisões das Juntas de Conciliação e Julgamento, dos juízes de direito investidos na jurisdição trabalhista, das Turmas e de seus próprios acórdãos; 3) os conflitos de jurisdição entre as suas Turmas, os juízes de direito investidos na jurisdição trabalhista, as Juntas de Conciliação e Julgamento, ou entre aqueles e estas; d) julgar em única ou última instâncias: 1) os processos e os recursos de natureza administrativa atinentes aos seus serviços auxiliares e respectivos servidores; 2) as reclamações contra atos administrativos de seu presidente ou de qualquer de seus membros, assim como dos juízes de primeira instância e de seus funcionários. II - às Turmas: (Incluído pela Lei nº 5.442, de 24.5.1968) a) julgar os recursos ordinários previstos no art. 895, alínea a; b) julgar os agravos de petição e de instrumento, estes de decisões denegatórias de recursos de sua alçada; c) impor multas e demais penalidades relativas e atos de sua competência jurisdicional, e julgar os recursos interpostos das decisões das Juntas dos juízes de direito que as impuserem. Parágrafo único. Das decisões das Turmas não caberá recurso para o Tribunal Pleno, exceto no caso do item I, alínea "c" inciso 1, deste artigo. Não sendo o Tribunal dividido em turmas, observa-se o artigo 679 da CLT; 50 Ou seja: os recursos das multas impostas pelas Turmas; Nos termos do artigo 680 da CLT: seriam competentes os tribunais para: Art. 680. Compete, ainda,
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