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1 - PROCESSO DO TRABALHO - MATERIAL DE APOIO 1ª PARTE

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1 
 
MATERIAL DE APOIO – PROCESSO DO TRABALHO 
 
 
CONCEITO 
 
 Trata-se de um meio de instrumentalização e efetivação das normas de 
Direito do Trabalho; 
 Ramo da ciência Jurídica – com princípios e regras próprias; 
 Tem como objeto: evitar, dirimir e pacificar controvérsia que 
envolva relações de trabalho e de emprego; individual ou 
coletivamente 
 Características do Direito Processual do Trabalho: 
 Integra o direito processual comum, instrumento de execução nas 
normas substanciais (direito material), visando garantir que as 
normas sejam realmente respeitadas e cumpridas; 
 Pela CF 88 foi alçado ao rol de direito Fundamental, 
condição que coaduna com o que se espera de um Etado 
Democrático de Direto. 
 Conforme previsto na CLT: art. 769 e 889 da CLT é subsidiário do 
processo comum; 
 Subsidiariedade não impede a autonomia do Direito do 
Trabalho, que possui regras que indicam o caminhio 
possível para solucionar conflitos trabalhistas, seja 
individual ou coletivo; 
 Sistema de órgãos normatizados que integram a Justiça do 
Trabalho; 
 O Direito Processual do Trabalho está inserido no campo de Direito 
Público, por não restringir-se a análise de documentos entre as partes; 
 Trata-se de uma sistematização que ao aplicar os princípios e 
regras efetiva a jurisdição (poder do Estado para dirimir os 
conflitos, extinguido os conflitos trabalhistas e pacificando a vida 
em sociedade; 
 Outro ponto que indica tal condição é o fato das fontes formais do 
Direito processual do trabalho são de origem estatal, ademais, 
somente a União poderá legislar sobre o direito processual (art. 
22-I, da constituição Federal). 
 
 AUTONOMIA DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO: 
 Condições que indicam a autonomia de determinada ciência: 
 Ser vasta – possuindo estudo próprio; 
2 
 
 Doutrina homogênea, com presença de conceitos gerais 
comuns, distintos dos conceitos gerais que informar outras 
disciplinas; 
 Método próprio, empregando processos especiais para o 
conhecimento das verdades que constituem o objeto de 
suas investigações. 
 Importante frisar que a autonomia do Direito Processual do 
trabalho decorre da Constituição Federal de 1988, posterior e 
efetivamente alterada pela EC 45/2004 e recentemente pela 
Reforma trabalhista; 
 Auxilia na identificação da autonomia a presença de princípios 
próprios, regras próprias, legislação específica, institutos 
peculiares, um número razoável de estudos doutrinários e a 
presença de um objeto próprio: 
 Presença de duas correntes que se opõe: 
 Teoria monista (unitarista): 
o O direito processual é único e suas regras 
são universais; 
 “Verifica-se que o processo do 
trabalho possui, realmente, 
características especiais, mas que são 
ditadas pelas peculiaridades do direito 
material que ele instrumentaliza.” 
 Teoria dualista: 
o Não desconsidera a existência de uma 
relação jurídica entre o direito processual 
geral, contudo existe uma alto grau de 
especificidade que não permite o 
englobamento do todo. 
 “(...) a dualidade e a autonomia não 
significa que um ramo do Direito 
Processual autônomo não possa ser 
servir de regras de outro Direito 
Processual. As diferenças e 
peculiaridades que foram suficientes a 
determinar a autonomia não são de 
molde a proibir a busca subsidiária 
 Ainda no sentido de se garantir a autonomia, verifica-se a 
presença de instituições com conhecimento jurídico 
especializado, com Varas e Tribunais do Trabalho, presença de 
órgãos auxiliares (MTE – MPT); 
 
 
 
 
3 
 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA 
 
 Caminho percorrido pelo direito do Trabalho no Brasil foi longo, o 
momento em que estamos inseridos, sequer pode ser chamado de 
ponto final, tendo em vista a recente reforma consubstancial sofrida pela 
legislação trabalhista. 
 Em forma de linha cronológica, assim podemos assinalar a evolução da 
legislação especializada: 
 1907: Lei 1.637 de 05/11/1907 – Criação dos concelhos 
permanentes de conciliação e arbitragem: 
 Órgão de natureza sindical que resolveria imbróglios entre 
empregado e empregador, contudo não foi colocada em 
prática: 
 1911: Lei 1.299-1 – Do Estado de São Paulo, criou o Patronato 
Agrícola: 
 Finalidade de conceder assistência judiciária ao 
trabalhador agrícola – relevante para o momento de 
imigração vivido pelo Brasil; 
 1922: Lei Estadual 1.869 de SP – Criação dos Tribunais Rurais: 
 Modelo rudimentar de mediação e arbitragem, composta 
por um juiz de direito da comarca e por um indicado pelo 
proprietário de terra e outro pelo trabalhador rural; 
 Atuação limitada a questões salariais de até 500 mil réis 
 1923: Decreto 16.027de 30/04/1923 – Instituição do Conselho 
Nacional do Trabalho 
 Ligado ao Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio; 
 Órgão de natureza consultiva; 
 Acumulava ainda a função de atuar em questões 
previdenciárias e ainda sobre a dispensa de empregados 
públicos detentores de estabilidade; 
 1930: Golpe de Estado (Getúlio Vargas) – Decreto 19.433 
26/11/1930 – Criação do Ministério do Trabalho e Emprego; 
 1932: Criação das Comissões mistas de conciliação: 
 Buscar conciliar conflitos coletivos, sem contudo ter poder 
par julgar; 
 Havendo acordo a solução seria um juízo arbitral; 
 Não havendo acordo, seria decidido pelo Ministério do 
Trabalho, Indústria e Comércio; 
 Existiu até 1941, ano em que foi criada a Justiça do 
Trabalho. 
 1932: Decreto 22.132 – 25/11/1932 – Criação das Juntas de 
Conciliação e Julgamento; 
 Competência para dirimir dissídios individuais; 
 Eram órgãos de natureza administrativa; 
4 
 
 Embora decidisse, não detinha competência para executar 
suas decisões, que deveriam ser remetidos a Justiça 
Comum 
 1934: Pela Constituição Federal foi criada a Justiça do Trabalho: 
 Art. 122 – contudo não pertencia ao poder judiciário 
 1937: Nova Carta Constitucional – reproduziu em síntese o que já 
dispunha a anterior; 
 O que faz concluir a ligação da Justiça do Trabalho com o 
poder executivo: 
 1939: Decretos 1.237 e 1.346 – Institucionalizam a Justiça do 
Trabalho; 
 1940: Decreto 6.9596 – Organização da Justiça do Trabalho: 
 Funcionamento autônomo do poder executivo e da justiça 
comum; 
 Possibilidade de executar as decisões emanadas pelo 
órgão; 
 Exercia atividade judicial, porém ainda não integraria o 
Poder Judiciário; 
 1941: Instalação da Justiça do Trabalho: 
 08 conselhos e 36 juntas de conciliação e julgamento; 
 Estruturada em três instâncias: 
 Juntas de Conciliação e Julgamento: 
o Instância inicial, composta por um presidente 
(indicado pelo presidente da república) e dois 
vogais, representantes do empregado e 
empregador 
o Competência para julgamento de ações 
individuais. 
 Conselhos Regionais do Trabalho: 
o Finalidade de julgar os recursos das juntas 
de conciliação; 
o Competência para julgar inicialmente conflitos 
coletivos 
 Conselho Nacional do Trabalho: 
o Subdividido em duas Câmaras: 
 Justiça do Trabalho; 
 Previdência Social; 
 Criação no mesmo período da Procuradoria da Justiça do 
Trabalho – embrião do Ministério Público do Trabalho; 
 1946: Constituição Federal: 
 Justiça do trabalho passa a integrar o Poder Judiciário da 
União; 
 Garantias aos detentores do cargo na magistratura 
(inamobilidade, irredutibilidade). 
5 
 
o 1967: EC 1 de 1969: 
 Membros do TST, passam a gozar do status de ministro; 
 1969: Decreto 777 – Normas processuais trabalhista, que aplica-s 
aos entes públicos; 
o 1999: EC 24 de 1999: 
 Reestruturação da justiça do trabalho, deixou de ter juízes 
classistas; 
 Alteração da nomenclatura – Varas do Trabalho 
 Contemporâneo a criação do procedimento sumaríssimo 
(art. 852-A – CLT); 
 2004: EC45/2004 – Revolução na Justiça do Trabalho, ampliação 
na da justiça especializada 
 Edição de Súmula Vinculante 22: 
 A justiça do trabalho é competentepara processar e julgar 
as ações de indenização por danos morais e patrimoniais 
decorrentes de acidente de trabalho proposta por 
empregado contra empregador, inclusive aquelas que 
ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro e em 
grau quando empregador, inclusive aquelas que ainda não 
possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da 
promulgação da Emenda Constitucional 45/2004 
 Súmula Vinculante 23– A Justiça do Trabalho é competente para 
processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do 
exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa 
privada. 
 Súmula Vinculante 25 – É ilícita a prisão civil de depositário infiel, 
qualquer que seja a modalidade do depósito. 
 Súmula Vinculante 40 – A contribuição confederativa de que trata 
o art. 8º, IV, da Constituição Federal, só é exigível dos filiados ao 
sindicato respectivo. 
 Súmula Vinculante 53 – A competência da Justiça do Trabalho 
prevista no art. 114, VIII, da Constituição Federal, alcança a 
execução de ofício das contribuições previdenciárias relativas ao 
objeto da condenação constante das sentenças que proferir e 
acordos por ela homologados. 
 2017: Lei 13.467/2017 – Reforma Trabalhista, profunda alteração: 
 Diminuiu o guarda-chuva protetor do Estado sobre a 
pessoa do trabalhador; 
 Facultou a negociação coletiva entre sindicatos e 
empregadores; 
 E, diretamente entre o patrão e o empregado; 
 Admitiu a arbitragem nas lides individuais de trabalho, o 
trabalhador com remuneração superior a duas vezes o teto 
da Previdência Social; 
6 
 
 Transformou a contribuição sindical obrigatória em 
facultativa; 
 Inverteu a hierarquia das normas trabalhistas, 
estabelecendo a supremacia do negociado sobre a 
legislação do trabalho; 
 Flexibilizou a entrada do trabalhador no mercado de 
trabalho, com vários tipos de contratos precários, desde 
por hora (intermitente), em regimes diferenciados 12 x 36; 
teletrabalho etc.; 
 Flexibiliza a saída do empregado da empresa, colocando 
no mesmo plano a dispensa individual, plúrima e coletiva; 
 Promoveu a tarifação do dano extrapatrimonial trabalhista; 
 Veda a ultratividade das normas trabalhistas; 
 Desnecessidade de homologação da rescisão do contrato 
de trabalho e demissão de empregado com mais de um 
ano; 
 Revogação do intervalo de 15 minutos para a mulher (art. 
384 da CLT); 
 Pagamento apenas da parte suprimida do intervalo 
intrajornada e pagamento de natureza indenizatória em 
caso de supressão; 
 Prevalência do acordo coletivo sobre a convenção coletiva; 
 Competência da Justiça do Trabalho para homologar 
acordo extrajudicial entre patrão e empregado; 
 Cabimento da litigância de má-fé no Processo do Trabalho, 
bem como pagamento de custas e honorários 
sucumbenciais pelo empregado; 
 Eliminação de execução ex officio, salvo se a parte estiver 
desacompanhada de advogado; 
 Aplicabilidade da desconsideração da pessoa jurídica na 
forma do CPC/2015; 
 Alteração do conceito de grupo econômico e da sucessão 
trabalhista, bem como da condenação de sócios retirantes; 
 Prescrição intercorrente de dois anos, ex officio; 
 Necessidade de comprovação do estado de pobreza para 
obtenção do benefício da gratuidade 
 de justiça, sem isenção de pagamento de custas no caso 
de arquivamento e ajuizamento de nova ação; 
 Honorários advocatícios entre 5% e 15%; 
 Litigância de má-fé até mesmo para as testemunhas; 
 Exceção de incompetência territorial antes da audiência, 
com suspensão do processo; 
 Preposto não necessita mais ser empregado; 
7 
 
 Revelia com advogado presente, permite o recebimento da 
contestação e documentos; 
 Eliminação do pagamento das horas in itinere; 
 Livre estipulação contratual para parcelas do art. 611-A 
para aqueles que ganham o equivalente a duas vezes o 
piso da Previdência Social; 
 Equiparação salarial apenas para os empregados do 
mesmo estabelecimento e criação de mais um requisito (4 
anos de tempo de casa, além de 2 anos de função) com 
plano de cargo e salário, sem necessidade de critérios de 
promoção, alterna dos ora por merecimento, ora por 
antiguidade; 
 Supressão da gratificação de função de confiança, mesmo 
depois de 10 anos, se revertida o empregado ao cargo 
efetivo anterior, mantendo-se o benefício, se já incorporado 
ao patrimônio jurídico do empregado (direito adquirido); 
 Contrato por tempo parcial de 26 horas semanais (mais 6 
horas extras) ou 30 horas semanais, com a revogação do 
art. 130-A da CLT; 
 Exclusão dos teletrabalhadores das horas extras, intervalo, 
hora noturna e adicional noturno; 
 Autorização de jornada móvel variada e do trabalho móvel 
variado; 
 Exigência de quórum qualificado para a alteração ou 
fixação de Súmula ou Tese Prevalecente, além de outros 
requisitos e limitação da atuação da jurisprudência; 
 Terceirização em atividade-fim, sem equivalência salarial; 
 Dispensa de depósito recursal para beneficiário da 
gratuidade de justiça, entidades filantrópicas e empresa em 
recuperação; 
 Pagamento de 50% do depósito recursal para pequenas e 
microempresas; 
 Limite de pagamento de custas de até 4 vezes o teto da 
Previdência Social; 
 Estabilidade dos representantes eleitos das empresas com 
mais de 200 empregados; 
 Limitação da nulidade das normas coletivas apenas 
quando violado o art. 104 do Código Civil; 
 Prêmios e gratificações contratuais ou espontâneas sem 
natureza salarial; 
 Trabalhador formalizado com contrato autônomo não é 
mais considerado empregado; 
 Banco de horas por acordo individual escrito entre patrão e 
empregado para compensação em 
8 
 
 até 6 meses; 
 Validade de acordo de compensação tácito ou oral para 
compensação dentro do mês; 
 Validade de acordo de compensação por horas extras 
habituais; 
 Parcelamento das férias em até 3 vezes; 
 Autorização do trabalho insalubre para grávidas e 
lactantes; 
 Exclusão da responsabilidade do sócio retirante, que pede 
sua saída da sociedade após 2 anos, 
 na forma do Código Civil Brasileiro. 
 Direito Processual em outros Países: 
 França: 
 Conflitos Dissolvidos pelo COnseils de Prud’hommes na 
hipótese de conflito individual e via mediação ou 
arbitragem quando conflito coletivo; 
 Não é necessário a intervenção do advogado; 
 Não ocorrendo audiência, resultado dado na própria 
audiência; 
 Cabendo recurso de acordo com o valor da causa. 
 Itália: 
 Criado aproximadamente em 1878 existe os Collegi di 
Proibiviri; 
 Composição tripartite: 
 Representante do Estado, dos empregados e dos 
empregadores 
 No período de 1927 até 1942 – Presença da Carta 
del lavoro, direito do trabalho autônomo; 
 Atualmente os dissídios individuais são julgados por 
juízes togados, já os dissídios coletivos são 
resolvidos por meio de greve, convenções coletivas, 
arbitragem e mediação 
 Alemanha: 
 Semelhante ao modelo brasileiro; 
 Estrutura em três graus de hierarquia: 
 Arbeitsgericht – (1º grau); 
 Landesararbitsgerichte – (2º grau); 
 Bundesararbeitsgerichte (Tribunal Federal do 
Trabalho. 
 Estados Unidos: 
 Não há justiça do trabalho; 
 Escassez de legislação sobre a matéria; 
9 
 
 Via de regra os conflitos são realizados pela arbitragem 
privada, custeados de modo geral pelo próprio sindicato; 
 Na hipótese de conflitos coletivos, é obrigatório a 
conciliação, sendo infrutífera, será conduzido pela estado 
passando pela arbitragem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO 
 Base Estruturante; 
 Para Norberto Bobbio: 
 Princípios gerais são normas como qualquer outra positivida, 
ademais, sua função ao caso concreto é idêntica ao que 
desempenha as normas, qual seja: regular o caso concreto; 
 Segundo o mesmo, tanto os princípios expressos quanto os 
inexpressos possuem asmesmas características e funções; 
 
 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS FUNDAMENTAIS: 
 
 No Título I, a CF confere aos princípios o caráter de autêntica normas 
constitucionais, passando a figurar como fontes normativas primária do 
ordenamento: 
 
 Importante destaque, conforme dizeres de Geraldo Ataliba (BLp. 78): 
 
 “o princípio é muito mais importante do que uma norma”, uma vez que o 
princípio é, também, uma norma; mas “é muito mais do que uma norma, 
uma diretriz, é um norte do sistema, é um rumo apontado para ser seguido 
por todo o sistema, sempre que se vai debruçar sobre os preceitos contidos 
no sistema” 
 
 Em consonância a teoria de Dworkin: a utilização dos princípios para 
preenchimento de lacunas nos possibilita visualizar que princípios não 
revoga princípios, permitem uma harmonização e assim aplica-se o 
conceito de justiça ao caso concreto, sempre que ocorrer essa 
harmonização, não haverá uma derrogação do princípio; 
 
 Exercem uma tríplice função no ordenamento jurídico, quais sejam: 
INFORMATIVA – INTERPRETATIVA – NORMATIVA 
 
 INFORMATIVA: 
 
 Serve de inspiração a atividade legislativa, movida por valores 
poíticos, éticos, sociais, econômicos; 
 
 Indicam que, havendo alteração do entorno social, as regras 
deverão ser atualizadas de modo a manter a sintonia entre os 
anseios da sociedade e a perfeita tutela dos jurisdicionados 
11 
 
 
 INTERPRETATIVA: 
 
 Endereçada ao aplicador do direito, compreende a tarefa de 
interpretar de acordo com os métodos hermenêuticos 
disponíveis e o caso em concreto; 
 
 
 NORMATIVA: 
 
 Meios de utilização dos princípios para resolução do caso em 
concreto, sua aplicação pode ser entendida sob duas formas: 
 
 Direta: 
o Ocorre quando uma norma é derrogada 
expressamente por utilização de um princípio 
(ocorre com o princípio da norma mais favorável 
ao trabalhador – art. 7º caput CF) 
 
 Indireta: 
o Ocorre que pela integração na hipótese de 
lacuna, (art. 128 CPC); 
 
 
 Diretrizes gerais ao operador; 
 
 PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO: 
 
 Classificados como princípios INFORMATIVOS e FUNDAMENTAIS: 
 
 PRINCÍPIOS INFORMATIVOS: 
 
 Dotados da característica da universalidade, e são por 
conseguinte incontroversos, aplicados em todas as áreas do 
Direito, condição da qual não comporta discussão: 
 Valendo-se dos ensinamento de Ada Pellegrini Grinover e 
Dinamarco, são os princípios informativos do Direito 
Processual: 
 
 Princípio Lógico: 
o Escolha dos fatos e forma aptos a possibilitar a 
descoberta da verdade; 
o Indica a logicidade do processo, seria a ordem 
natural a ser seguida em qualquer demanda 
(inicial, contestação, decisão, recurso, etc) 
 
 Princípio Jurídico: 
12 
 
o Assegura aos litigantes que o tratamento será 
dado ao caso e não de acordo com a parte que 
recorre ao judiciário; 
o Conceito máximo de impessoalidade, não se 
analisa o processo, o resultado buscado é a 
justiça: 
o “não se repara o avião durante o voo” 
 
 Princípio Político: 
o Garantia social com o menor sacrifício individual, 
na medida em que nenhum processo deixará de 
ter sua decisão, ainda que presente lacunas; 
o E toda decisão buscará a cumprir com a justiça, 
tentando sempre que possível minimizar os 
efeitos de sua decisão 
 
 Princípio Econômico: 
o Equilibra a balança entre os custos do processo 
e o acesso de todos jurisdicionados aos 
tribunais; 
o Contribuição será de acordo com as condições 
das partes; 
o Gratuidade de justiça é uma aplicação desse 
princípio. 
 
 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS 
 
 São os chamados princípios gerais, que sempre estarão presentes e 
sobre os quais o sisteme jurídico poderá optar (quando houver 
embate), considerando aspectos, políticos, ideológicos, econômicos 
 
 Igualdade: 
 Previsão constitucional, artigo 5º caput, todos são 
iguais perante a lei; 
 Trata-se de igualdade forma, princípio da paridade das 
armas; 
 
 Ampla Defesa e Contraditório; 
 Previsão constitucional, art. 5º LV 
 Prevê a bilateralidade da ação, aproveita para todas as 
partes e interessados do processo; 
 Interessante disposto no artigo 10º do CPC, que veda a 
decisão do juiz, em qualquer grau de jurisdição, quando 
não tiver sido ofertado para todas às partes o direito de 
se manifestar; 
 Por sua vez a ampla deesa é um complemento ao 
contraditório; 
 Igualmente é um princípio bilateral, exigível por todas 
13 
 
as partes e interessados; 
 Sua ausência tem o poder trazer nulidade aos fatos 
praticados sem sua observância 
 
 Imparcialidade do Juiz; 
 Somente aventa-se um devido processo legal quando 
não houver motivos escusos que conduzem a 
sentença; 
 Assim a justa lide será aquela em que a resolução do 
imbróglio se de por um processo regular, com igual 
tratamento entre as partes, obedecendo o devido 
processo legal, sendo execrável a figura de juízes que 
não atendam essa característica 
 
 Motivação das decisões; 
 Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário 
serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, 
sob pena de nulidade, podendo a lei, se o interesse 
público o exigir, limitar a presença, em determinados 
atos, às próprias partes e a seus advogados, ou 
somente a estes em casos no quais a preservação do 
direito à intimidade do interessado no sigilo não 
prejudique o interesse público à informação. 
 
 Devido Processo Legal; 
 O princípio em tela encontra raízes no due process of 
law, do direito norte-americano, e está albergado, 
explicitamente, no art. 5º, LIV, da CF, in verbis: 
“ninguém será privado da liberdade ou de seus bens 
sem o devido processo legal”; 
 Do princípio do devido processo legal extraem-se 
outros princípios, de ordem constitucional e 
infraconstitucional,tais como os princípios do juiz 
natural, do promotor natural, do duplo grau de 
jurisdição, da recorribilidade das decisões e da 
motivação das decisões judiciais, do contraditório e 
ampla defesa, o da duração razoável do processo etc. 
Como corolário, é factível dizer que o devido processo 
legal deve ser compreendido também como princípio 
do “devido processo justo”. 
 O NCPC refere expressamente o princípio do devido 
processo legal nos arts. 26, I, e 36. 
 
 Juiz Natural; 
 Aquele investido de função jurisdicional, afastando 
julgamentos por outro poder, como ainda impede a 
criação de tribunais de exceção ou ad hoc para o 
julgamento de causas cíveis ou penais 
14 
 
 
 Promotor Natural; 
 Duplo Grau de Jurisdição; 
 Principio da Inafastabilidade do controle jurisdicional; 
 Está consagrado expressamente no art. 5º, XXXV, da 
CF,in verbis: “a lei não excluirá da apreciação do Poder 
Judiciário lesão ou ameaça a direito”. Este princípio tem 
por destinatário não apenas o legislador (“a lei não 
excluirá ..”.), pois o comando constitucional atinge a 
todos indistintamente. Em outros termos, a ninguém 
(Estado, sociedade ou cidadão) é permitido impedir o 
direito fundamental de qualquer pessoa de ajuizar ação 
perante o Poder Judiciário. 
 O problema do acesso à justiça ganhou nova dimensão 
a partir da Constituição Federal de 1988, que, inovando 
substancialmente em relação à Carta que lhe 
antecedeu, catalogou os princípios da inafastabilidade 
do controle jurisdicional e do devido processo legal no 
rol dos direitos e garantias fundamentais, 
especificamente no capítulo concernente aos direitos e 
deveres individuais e coletivos. 
 Amplia-se, então, no plano mais elevado do nosso 
ordenamento, o conceito jurídico de acesso ao Poder 
Judiciário, não somente para a tutela jurisdicional na 
hipótese de lesão, mas, também, na de ameaça a 
direito. 
 
 Duração Razoável do Processo; 
 O escopo do princípio ora focalizado, portanto, reside 
na efetividade da prestação jurisdicional, devendo o juiz 
empregar todos os meios e medidas judiciais para que 
o processo tenha uma “razoável duração”, que, na 
verdade, é uma expressão que guarda um conceitoindeterminado, razão pela qual somente no caso 
concreto poder-se-á afirmar se determinado processo 
teve ou está tendo tramitação com duração razoável. 
 
 Princípio da Demanda; 
 Na esfera civil, o poder de provocar a tutela jurisdicional 
foi entregue à própria parte interessada, isto é, àquela 
que se sentisse atingida pelo comportamento alheio, 
podendo ela vir a juízo apresentar a sua pretensão, se 
quiser ou da forma que lhe aprouver, assim como dela 
desistir, respeitadas as exigências legais. 
 
 Princípio Impulso oficial; 
 O princípio inquisitivo está consagrado expressamente 
no art. 2º do NCPC, que dispõe textualmente: “O 
processo começa por iniciativa da parte e se 
desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções 
15 
 
previstas em lei” 
 Após o ajuizamento da ação, o juiz assume o dever de 
prestar a jurisdição de acordo com os poderes que o 
ordenamento jurídico lhe confere 
 
 Princípio da Instrumentalidade; 
 O processo não é um fim em si mesmo. Ao revés, o 
processo deve ser instrumento de Justiça. É por meio 
de leque o Estado presta a jurisdição, dirimindo 
conflitos, promovendo a pacificação e a segurança aos 
jurisdicionados. 
 
 Princípio da Impugnação especificada; 
 Corolário do contraditório, o princípio da impugnação 
especificada está previsto no art. 341 do NCPC, 
segundo o qual: “Incumbe também ao réu manifestar- 
se precisamente sobre as alegações de fato constantes 
da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não 
impugnadas”. 
 A inobservância do princípio da impugnação 
especificada deságua na presunção de veracidade dos 
fatos nãoimpugnados. 
 
 Princípio da Estabilidade da Lide; 
 O princípio da estabilidade da lide informa que se o 
autor já propôs sua demanda e deduziu os seus 
pedidos, e se o réu já foi citado para sobre eles se 
pronunciar, não poderá mais o autor modificar sua 
pretensão sem anuência do réu e, depois de 
ultrapassado o momento da defesa, nem mesmo com o 
consentimento de ambas as partes isso será possível. 
o I – até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a 
causa de pedir, independentemente de 
consentimento do réu; 
o II – até o saneamento do processo, aditar ou 
alterar o pedido e a causa de pedir, com 
consentimento do réu, assegurado o 
contraditório mediante a possibilidade de 
manifestação deste no prazo mínimo de 15 
(quinze) dias, facultado o requerimento de prova 
suplementar. 
o Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste 
artigo à reconvenção e à respectiva causa de 
pedir 
 
 Princípio da Eventualidade; 
 É o princípio da eventualidade, que está inserto no art. 
336 do NCPC, in verbis: “Incumbe ao réu alegar, na 
contestação, toda a matéria de defesa, expondo as 
razões de fato e de direito com que impugna o pedido 
16 
 
do autor e especificando as provas que pretende 
produzir”. 
 
 Princípio da Preclusão; 
 O princípio em tela também está previsto no art. 507 do 
NCPC, segundo o qual “é vedado à parte discutir no 
processo as questões já decididas a cujo respeito se 
operou a preclusão”. Essa norma tem por destinatários 
todos os que figuram no processo, inclusive o juiz, na 
medida em que este não poderá examinar questão já 
superada, sendo lhe permitido, no entanto, a qualquer 
momento, antes da prolação da sentença, conhecer de 
questão de ordem pública, tal como preveem os arts. 
485, § 3º, 337, § 5º, e 342, II, do NCPC 
 Preclusão consumativa 
 Preclusão temporal 
 Preclusão lógica 
 Preclusão ordinatória 
 Preclusão máxima 
 Preclusão pro judicat 
 
 Princípio da Economia Processual; 
 obter da prestação jurisdicional o máximo de resultado 
com o mínimo de atos processuais, evitando-se 
dispêndios desnecessários de tempo e dinheiro para os 
jurisdicionados. 
 
 Princípio do Ônus da prova; 
 previsto no art. 333 do CPC/73, que diz: “O ônus da 
prova incumbe: I – ao autor, quanto ao fato constitutivo 
do seu direito; II – ao réu, quanto à existência de fato 
impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor”. 
 
 Princípio da Oralidade; 
 A rigor, ele se exterioriza interagindo com outros quatro 
princípios: I – princípio da imediatidade; II – princípio da 
identidade física do juiz; III – princípio da concentração; 
e IV – princípio da irrecorribilidade imediata das 
decisões interlocutórias. 
 
 Princípio da Lealdade Processual; 
 Princípio da Perpetuatio Jurisdictionis; 
 Princípios do Acesso à Justiça: 
 
 PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DO DIREITO DO TRABALHO: 
 
 Aplicação = tutela do hipossuficiente (Trabalhador); 
 Manutenção Principiológica (garantida pela reforma trabalhista) 
 Enunciado n.º. 4 da 2ª Jornada de Direito Material e Processual do 
Trabalho: 
17 
 
 A Lei 13-467/2017, da Reforma Trabalhista, não afetou os 
fundamentos, do Direito do Trabalho positivados na CLT (art. 
8°), bem como os princípios da proteção (Títulos li a IV), dá 
primazia da realidade (arts: 3º e 442), da irrenunciabilidade 
(arts. 9º e 468), da norma mais favorável, da 
imodificabilidade contratual em prejuízo do trabalhador (art. 
468), da supremacia do crédito trabalhista (arts. 100 da CF e 
186 do CTN) e dos poderes inquisitórios do juiz do trabalho 
(art. 765), entre outros, cuja observância é requisito para a 
validade da norma jurídica trabalhista. 
 Princípios do Direito do Trabalho reconhecimento variável: 
 Autores Reconhecem mais, outros menos: 
 Princípios Gerais sempre serão aplicáveis ao Direito do Trabalho 
 São princípios que tendem. a incorporar as diretrizes centrais da própria 
noção do Direito (ilustrativamente, os princípios da lealdade e boa-fé ou da 
não alegação da própria torpeza) ou as diretrizes centrais do conjunto dos 
sistemas jurídicos contemporâneos ocidentais (como, ilustrativamente, o 
princípio da inalterabilidade dos contratos). Tendem a ser, portanto, 
princípios que se irradiam por todos os seguimentos da ordem jurídica, 
cumprindo o relevante papel' de assegurar organicidade e coerência 
integradas à totalidade do universo normativo de uma sociedade política. 
 
 Princípio da Proteção ao Trabalhador: 
 Garantia de Direitos Mínimos ao hipossuficiente; 
 Estabelecimento de equilíbrio à Relação de emprego 
(equilíbrio econômico); 
 Situação econômica empregador x proteção legal ao 
trabalhador; 
 Pela regra do Direito Civil, todos são iguais perante a 
lei e devem ser tratados de forma igualitária por ela. 
Isso não ocorre no Direito Laboral. Reconhece- se 
que não existe uma igualdade 'entre empregados e 
empregadores, em face da superioridade econômica e 
jurídica destes últimos em relação aos primeiros. Para 
equilibrar a relação havida entre os atores sociais, o 
Direito do Trabalho procura proteger o empregado 
contra o desejo insaciável cje lucro do empresário. 
 Defesa da autonomia da vontade; 
 Possibilidade do trabalhador recusar ordens abusivas 
sem correr riscos ilegais de perda de emprego; 
 Empregador Hiperssuficiente (Inovação da Reforma): 
o Art. 444 CLT: A livre estipulação a que se 
refere o caput deste artigo aplica-se às 
hipóteses previstas no art. 611-A desta 
Consolidação, com a mesma eficácia legal e 
preponderância sobre os instrumentos 
coletivos, no caso de empregado portador de 
diploma de nível superior e que perceba salário 
mensal igual ou superior a duas vezes o limite 
máximo dos benefícios do Regime Geral de 
18 
 
Previdência Social. 
 Requisitos para reconhecimento: 
 Diploma Curso Superior: 
 Salário superior 2X ao teto do 
INSS ( R$ 5.645,80) 
 R$ 11.291,60. 
 Cláusulas negociadas efeitos de 
instrumento coletivo: 
 Contradição ao artigo 3º da CLT 
(Tratamento igual em relação à condição 
de Trabalhador). 
 In dubio Pro operario: 
 Várias interpretações sobre a mesma norma; 
 Interpretação mais favorável ao trabalhador; 
 Princípio ultrapassado (Norma mais favorável); 
 Utilização vedada no processo do Trabalho: 
o Impossibilidade de tratamento diferente no rito 
processual. 
 Norma mais favorável: 
 Escolhada norma mais favorável em relação ao 
trabalhador: 
 Súmula 202 TST: 
o Existindo, ao mesmo tempo, gratificação por 
tempo de serviço outorgada pelo empregador e 
outra: da mesma natureza prevista em acordo 
coletivo, convenção coletiva ou sentença 
normativa, o empregado tem direito a receber, 
exclusivamente, a que lhe seja mais benéfica. 
o Exemplo CCT adicional de 70% e CF adicional 
de 50%, aplica-se a CCT. 
 Não possui Caráter absoluto 
o Observância de questão de ordem Pública: 
 Ampliação do prazo para ajuizamento da 
demanda (analogia do Código Civil) 
 Restrição de aplicabilidade artigos 611-A 
e 620 (CLT); 
 A aplicação da lei específica se 
mais benéfica prevalecerá sobre 
norma hierarquicamente superior; 
 Após a reforma, o acordo coletivo 
se sobreporá a Convenção 
Coletiva, por representar 
realidade mais próxima ao dia a 
dia; 
 Significa dizer que, relativizou- se 
a norma mais favorável, para 
prevalecer o negociado sobre o 
legislado. 
 Condição Mais Benéfica: 
19 
 
 Fundamento artigo 468 CLT: 
o Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho 
só é lícita a alteração das respectivas 
condições por mútuo consentimento, e ainda 
assim desde que não resultem, direta ou 
indiretamente, prejuízos ao empregado, sob 
pena de nulidade da cláusula infringente desta 
garantia. 
 Conquistas não regredirão: 
 Aplicabilidade restrita quando se trata de 
instrumentos coletivos: 
o Condições benéficas permanecem pelo tempo 
de vigência do Instrumento, prazo máximo de 2 
anos: 
 Súmula 277 do TST: 
 As cláusulas normativas dos 
acordos coletivos ou 
convenções coletivas integram os 
contratos individuais de trabalho e 
somente poderão ser modificadas 
ou suprimidas mediante 
negociação coletiva de trabalho. 
 Art. 614 § 3º CLT: 
 Não será permitido estipular 
duração de convenção coletiva ou 
acordo coletivo de trabalho 
superior a dois anos, sendo 
vedada a ultratividade. 
 Pós Reforma, auxílio alimentação não incorpora ao 
contrato de trabalho: 
o Art. 457 § 2º CLT 
 Princípio da Imperatividade das normas Trabalhistas: 
 Impossibilidade de alteração de normas cogentes 
(obrigatórias), ambiente pré reforma: 
 Para esse princípio prevalece a restrição à autonomia 
da vontade no contrato trabalhista, em contraponto à 
diretriz civil de soberania das partes no ajuste das 
condições contratuais. Esta restrição é tida como 
instrumento assecuratório eficaz de garantias 
fundamentais ao trabalhador, em face do desequilíbrio 
de poderes inerente ao contrato de emprego. 
 Pós reforma, reconhecimento de flexibilização: 
 Convenções e acordos coletivos prevalecem sobre a 
lei; 
 Disposição das matérias elencadas do art. 611-A CLT; 
 Flexibilização também prevista ao hiperssuficiente. 
 Princípio da Primazia da Realidade: 
 Realidade se sobrepõe ao que estiver escrito; 
 Intuito de afastar fraudes nas relações trabalhistas. 
20 
 
 
 Princípio da Inalterabilidade Contratual lesiva ao empregado: 
 Inalterabilidade prejudicial, previsão expressa artigo 468 
CLT; 
 Consentimento não elimina o vício; 
 Impossibilidade de expressar livremente a vontade; 
 
 Princípio da Continuidade da Relação de Emprego: 
 A regra é o contrato de trabalho por prazo indeterminado; 
 Ônus de provar a ruptura é do empregador: 
 Súmula 212 TST: 
o O ônus de provar o término do contrato de 
trabalho, quando negados a prestação de 
serviço e o despedimento, é do empregador, 
pois o princípio da continuidade da relação de 
emprego constitui presunção favorável ao 
empregado. 
 Hipóteses de não prestação de trabalho e 
manutenção do contrato(interrupção e suspensão do 
contrato): 
 Exceções: 
o Contrato por prazo determinado: 
o Trabalho intermitente. 
 Quarentena de 18 meses, vigência expirada do artigo 
452 G da CLT 
 Princípio da Irrenunciabilidade ou Indisponibilidade dos Direitos 
Trabalhistas: 
 O empregado não pode renunciar Direito que lhe prevê a lei: 
 Ainda que haja bilateralidade (comum acordo); 
 Previsão expressa impossível de renúncia; 
 Renunciar ao 13º, ao direito de férias, aviso prévio 
 Irredutibilidade Salarial: 
 Proteção ao Salário; 
 Exceto se por Convenção ou acordo coletivo, visando 
a manutenção do emprego (durante vigência do 
documento): 
 Art. 611-A § 3º CLT: 
o Se for pactuada cláusula que reduza o salário 
ou a jornada, a convenção coletiva ou o acordo 
coletivo de trabalho deverão prever a proteção 
dos empregados contra. dispensa imotivada 
durante o prazo de vigência do instrumento 
coletivo. 
 
 Intangibilidade Salarial: 
21 
 
 Proteção do salário em face de credores: 
o Deve haver previsão expressa (Lei, CCT ou 
ACT); 
o Impenhorabilidade do salário. 
 
 
 
DIREITO FUNDAMENTO LEGAL 
Compensação de Jornada Art. 59 § 6º CLT 
Banco de Horas Semestral Art 59 § 5º CLT 
JORNADA 12 X 36 Art 59-A CLT 
Alteração de presencial para 
teletrabalho 
Art. 75-C § 1º CLT 
Compra e Manutenção de aparelho 
(Teletrabalho 
Art. 75-D CLT 
Fracionamento de Férias Art. 134 § 1º CLT 
Intervalo para amamentação Art 396 CLT 
Hiperssuficiente Art 444§ único e 611-A CLT 
Pagamento Verbas Rescisórias Art 477 § 4º CLT 
Eficácia Plano de Demissão 
Voluntária 
Art 477-B, parte final CLT 
Distrato Art 484-A CLT 
Cláusula de arbitragem Art 507-A CLT 
Quitação anual de obrigações Art 507-B CLT 
 
 
 
 
P ROTEÇÃO 
 
 
I MPERATIVIDADE 
P RIMAZIA 
QUADRO MNEMÔNICO: 
In dubio pro operario 
Norma mais favorável 
Condição mais benéfica 
I INALTERABILIDADE LESIVA 
C ONTINUIDADE DA RELAÇÃO DE EMPREGO 
Irredutibilidade Salarial 
 
I RRENUNCIABILIDADE 
Intangibilidade Salarial 
POSSIBILIDADED DE ALTERAÇÃO POR ACORDO INDIVIDUAL 
22 
 
 
 
 
 
FONTES DO DIREITO DO TRABALHO: 
 
 
 FONTES DO DIREITO 
 Pedra fundamental do Direito: sendo na realidade fundamental para 
todos os estudos jurídicos, indica a origem do direito, ou ao menos 
qual o intuito com sua criação; 
 Anseio de aclarar a origem do Direito e a forma pela qual se 
exterioriza; 
 Fundamentos para se considerar válida a norma jurídica: 
 Quanto a forma de classificação não há unanimidade, tendo 
aqueles que classificam em: 
 
 Primárias - Leis 
 Secundárias – Costumes, jurisprudências e doutrina 
 
 Mediatas 
 Imediatas 
 
 Materiais – Fato social que obrigatoriamente será anterior a 
positivação 
 Formais – leis, costumes, jurisprudência, analogia, 
equidade, princípios gerais de direito. 
 
 Pela abrangência e melhor didática, abordaremos a fontes como 
encontrada na doutrina em Carlos Henrique Bezerra Leite e 
Enoque Ribeiro dos Santos, valendo da classificação como 
Material e formal; 
 Ressalva-se que a escolha pela terminologia, não impede a 
compreensão, mormente que as fontes sempre exercem a mesma 
atividade; 
 
 FONTES DO DIREITO DO TRABALHO 
 
 Fontes Materiais: 
 
 Acontecimentos sociais, políticos, econômicos, filosóficos, 
culturais, morais, que inspiram o legislador; 
 São na realidade, valores sociais que informam o conteúdo 
das normas jurídicas; 
 As fontes materiais não é o Direito positiviado, sendo sua 
formação, a medida que são os fatos da sociedade que 
conduzem ao 
 Não possui força obrigatória (reinvindicações dos 
23 
 
trabalhadores e empregados); 
 “Afinal, entre os escopos do processo está o de 
promover a realização do direito matéria. Com a 
ampliação da competência da Justiça do Trabalho para 
processar e julgar ações oriundas das relações de 
trabalho diversas da relação de emprego, além de outras 
demandas pertinentes ao direito previdenciário ( 
execução das contribuições previdenciárias), ao direito 
tributário (retenção do imposto de renda), à 
representação sindical e à greve, houve extraordinário 
elastecimento das fontes materiais do direito processual 
do trabalho” (Curso de Direito Processual do Trabalho – 
Carlos Henrique Bezerra Leita, 2018. P. 70) 
 Prévia ao surgimento das fontes formais; 
 Redução da carga horária; Estabilidade ao marido da gestante; 
 Redução do rigor trabalhista; 
 Flexibilização do Direito do Trabalho; 
 Período marcado por pressão de classe social 
(empregados e empregadores); 
 
 Fontes Formais: 
 
 Fontes pelas quais o Direito Positivo se expressa: 
 O conceito de positivismo jurídico conduz a conclusão 
de que não há Direito sem Estado, de tal sorte que, 
forças sociais, econômicas, políticas, etc, seriam a 
causa material do Direito, sem sua positivação o 
Estado não teria completa a atividade jurisdicional; 
 
 Herdado do legalismo francês, pós revolução burguesa, que 
enxerga na lei um instrumento de controle tanto do Estado 
quando da jurisdição; 
 Entendimento de que a norma escrita é a principal 
fonte de direito; 
 Próprio do sistema romano germânico (civil law) tem em seu 
positivismo um expressivo apego a texto de lei, devendo a 
conduta humana calcada em comandos normativos: 
 Na busca de uma maior segurança jurídica, o 
positivismo jurídico, fruto do positivismo filosófico, 
pregava que a ciência do Direito, como todas as 
demais, tinha de estar fundamentada em juízos de 
fato (representativos do conhecimento da realidade), 
e não em juízo de valor (que diriam respeito a uma 
tomada de posição diante da realidade e, portanto, 
uma concepção mais crítica da realidade). Pregava, 
portanto, uma grande aproximação entre o Direito e a 
norma. Esta representaria quase plenamente aquele; 
24 
 
 
 Cientes de nossa inserção no chamado pós-positivismo, que 
em síntese prega uma aproximação ao modelo britânico 
(comon law), de modo que direito e moral devem possuir 
sintonia, devendo os princípios executarem no exercício do direito 
o papel da moral: 
 Na visão pós-positivista a normatividade dos 
princípios e a centralidade da argumentação jurídica e 
dos direitos fundamentais são determinantes para 
que direito e moral sejam pensados não como esferas 
autônomas, mas complementares. (Marcelo Novelino 
apud, Santos 2018, p. 47). 
 
 O que se extrai desse novo momento é descrito em Kant, 
para quem o Direito deve ser criado e interpretado sob a 
ótica humana, o ser humano é o início e o fim do Direito, o 
não reconhecimento desses valores inviabiliza o 
reconhecimento do direito. 
 
 Exteriorização das normas jurídicas: 
 Força obrigatória; 
 Normas de observância geral: 
 Leis: 
 Convenções Coletivas; 
 Acordos Coletivos: 
 
SUBDIVISÃO: 
 
Assim quanto terminologia, não há consenso, no entanto durante o 
estudo da matéria contemplaremos todas as formas possíveis e 
conhecidas de subdivisão das fontes formais do Direito do 
Trabalho: 
 
 TERÍAMOS UMA PRIMEIRA CLASSIFICAÇÃO DA SEGUINTE 
MANEIRA: 
 
 Lei: toda forma de positivação pelo poder Constitucional 
Competente – Legislativo: 
 
 Constituição Federal: 
 
o Dentro do ordenamento jurídico se apresenta 
como superior às demais fontes; 
o A CF/88 apresenta uma organização da 
competência da justiça do trabalho, com 
ulteriores alterações; 
o Cuidou de inserir no plano dos direitos 
humanos fundamentais o direitos difusos e 
25 
 
coletivos; 
 Regulados por um microssistema de 
tutela coletiva: 
 Lei da Ação Civil Pública 
(7.347/85); 
 CDC (8.078/90) 
 Lei, em Sentido Geral: que seriam a legislação 
aplicável ao Direito Trabalho como um todo, formado 
por um sistema integrado de normas que 
complementam-se: 
 
o CLT (Decreto 5.452/1943) 
o Lei 5.584/70 – normas de procedimento do 
processo do trabalho; 
o Lei 7.701/88 – Organização do TST; 
o CPC (Lei 13.105/2015), aplicável de forma 
subsidiária; 
o Lei 6.830/80 – Lei da Execução Fiscal; 
o Lei 7.647/85 – Lei da Ação Civil Pública; 
o CDC – Parte processual; 
o ECA; 
o Lei Orgânica do MP; 
o Lei 13.146/2015 – Estatuto da Pessoa com 
Deficiência; 
o Lei 13.467/2017 (Reforma Trabalhista) 
 
 Regimentos Internos do Tribunais: 
 
 Aqui um certo grau de divergência, contudo para fins 
didáticos e práticos, não é possível negar a influência 
que tais regimentos afetam o processo do trabalho, 
de forma direta ou indireta, trata dos trâmites dos 
recursos e processos de competência originária de 2º 
ou 3º grau; 
o Dentre os pontos que corroboram com essa 
classificação: 
 Agravo Regimental; 
 Incidente de Uniformização de 
Jurisprudência; 
 Correição Parcial; 
 
 Costumes: 
 
 Outro ponto de relevância e que suscita debate, 
costumes não estaria inserido no plano das fontes 
materiais? 
 Por certo não, a prática induz a criação de 
obrigatoriedades no curso do processo do trabalho, 
26 
 
que passa a ser de observância obrigatória; 
 Ademais, claramente o artigo 8º da CLT permite que 
os costumes sema utilizados como fontes normativas: 
o Art. 8º - As autoridades administrativas e a 
Justiça do Trabalho, na falta de disposições 
legais ou contratuais, decidirão, conforme o 
caso, pela jurisprudência, por analogia, por 
equidade e outros princípios e normas gerais 
de direito, principalmente do direito doTrabalho, 
e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o 
direito comparado, mas sempre de maneira que 
nenhum interesse de classe ou particular prevaleça 
sobre o interesse público. 
 
 Exemplos de aplicação prática dos costumes no 
processo do trabalho: 
o Até a reforma trabalhista a apresentação de 
defesa pela CLT art. 847 era oral; 
o Protestos em audiência com finalidade de 
evitar a preclusão, art. 795 CLT; 
o Procuração apud acta; 
 
 Jurisprudência: 
 
 Que representa o conjunto de decisões convergentes 
e reiteradas dos tribunais, que escancara o 
entendimento de certo tribunal sobre determinado 
assunto; 
 Consagrado pelo art. 8º da CLT; 
 Assim é inegável que decisões reiteradas como norte, 
tem uma atuação impositiva aos juízes de instâncias 
inferiores, influenciando a interpretação de dado 
assunto; 
 No sistema da Civil Law, destaca-se a dupla função 
da jurisprudência: 
o Interpretar a lei e estabelecer limites ao texto: 
o Adequar o texto ao momento social vivido, que 
poderão ao longo dos anos sofrer alteração; 
 Função semelhante ao que exercem nos países que 
tenham sistema common law, que tenham por núcleo 
central o poder criador e inspirador dos cases law ou 
leading cases (decisões judiciais); 
 Importante destacar um certo traço de common law 
após a promulgação da CF/88, dando destaque a 
súmula vinculante, antecipação de tutela, etc, 
precedentes judiciais (pós novo CPC e reforma 
trabalhista); 
o Súmula vinculante de caráter geral – criação 
pela Emenda Constitucional 45/2004; 
27 
 
o O CPC claramente tem a uniformização como 
objetivo, visto o disposto no artigo 926 e 
seguintes; 
o Precedentes Judiciais: 
 Traços presentes nos seguintes 
momentos: 
 Repercussão geral como pressuposto 
para julgamento de recurso 
extraordinário (1.035 e 1.036 CPC); 
 Recurso especial repetitivo 1.036 CPC); 
 Súmula impeditiva de recurso (1.010 CPC); 
 Julgamento prima facie (art. 332 CPC); 
 Decisão monocrática do relator (932 
CPC); 
o O CPC criou ainda como meio de demonstrar a 
Distinguishing relevância da jurisprudência , ao 
criar o Incidente de Resolução de demandas 
repetitivas (IRDR), previsto no artigo 976; 
 Trata-se de uma ferramenta que busca 
fazer com que as decisões repetitivas 
dos tribunais superiores tornem-se 
vinculantes para os tribunais locais e 
juízes de primeiro grau; 
 Tendo em vista o preceito contido tanto 
na CLT (769) quanto no CPC (15), essa 
criação terá sua utilização determinada 
na Justiça do Trabalho; 
 Importante frisar que precedentes 
criados por determinado tribunal, 
apenas poderão ser revistos pelo 
mesmo; 
 Distinguishing: afastamento do 
precedente quanto presentes 
peculiaridades 
 Overruling: superação da tese 
jurídica elaborada no precedente; 
o Na Justiça do Trabalho, ações idênticas ficam 
paralisadas no grau em que estiver até que o 
tribunal julgue o processo que suscitou esse 
precedente, sendo obrigatório a aplicação do 
resultado em todos os casos semelhantes– 
exceção quando o processo estiver em fase de 
execução; 
o Atenção deve ser dada inclusive ao artigo 702 
da CLT, especialmente no inciso I, alínea “f” e 
§§ 3º e 4º, além de 896-B e C; 
 Art. 702: 
f) estabelecer ou alterar súmulas e outros 
enunciados de jurisprudência uniforme, pelo 
voto de pelo menos dois terços de seus 
28 
 
membros, caso a mesma matéria já tenha 
sido decidida de forma idêntica por 
unanimidade em, no mínimo, dois terços 
das turmas em pelo menos dez sessões 
diferentes em cada uma delas, podendo, 
ainda, por maioria de dois terços de seus 
membros, restringir os efeitos daquela 
declaração ou decidir que ela só tenha 
eficácia a partir de sua publicação no Diário 
Oficial; 
(...) 
§ 3º As sessões de julgamento sobre 
estabelecimento ou alteração de súmulas e 
outros enunciados de jurisprudência 
deverão ser públicas, divulgadas com no 
mínimo, trinta dias de antecedência, e 
deverão possibilitar a sustentação oral pelo 
Procurador-Geral do Trabalho, pelo 
Conselho Federal da Ordem dos 
Advogados do Brasil, pelo Advogado- Geral 
da União e por confederações sindicais ou 
entidades de classe de âmbito nacional. 
§ 4º O estabelecimento ou a alteração de 
súmulas e outros enunciados de 
jurisprudência pelos Tribunais Regionais do 
Trabalho deverão observar o disposto na 
alínea f do inciso I e no § 3º deste artigo, 
com rol equivalente de legitimidade para 
sustentação oral, observada a abrangência 
de sua circunscrição judiciária. 
 
Art. 896-B. Aplicam-se ao recurso de revista, no 
que couber, as normas da Lei nº 5.869, de 
11 de janeiro de 1973 (Código de Processo 
Civil), relativas ao julgamento dos recursos 
extraordinário e especial repetitivos. (grifo 
nosso) 
 
Art. 896-C. Quando houver multiplicidade de 
recursos de revista fundados em idêntica 
questão de direito, a questão poderá ser 
afetada à Seção Especializada em Dissídios 
Individuais ou ao Tribunal Pleno, por 
decisão da maioria simples de seus 
membros, mediante requerimento de um 
dos Ministros que compõem a Seção 
Especializada, considerando a relevância 
da matéria ou a existência de 
entendimentos divergentes entre os 
Ministros dessa Seção ou das Turmas do 
Tribunal. 
 
 
 
 Princípios: 
29 
 
 
 Igualmente citado no artigo 8º da CLT, não pode ser 
desconsiderada sua função enquanto fonte; 
 Caráter de dever-ser, como se norma fosse, 
abandonando a figura de preencher lacunas para 
desempenhar clara na função de solução do caso 
concreto; 
 
 UMA SEGUNDA CLASSIFICAÇÃO: 
 
 Fontes Formais Diretas: 
 
 No topo das fontes formais diretas encontra-se a lei 
máxima do Estado, ou seja, Constituição Federal; 
 Em sede de norma infraconstitucional, no que tange 
ao Direito do Trabalho, encontra-se toda legislação 
que possui aplicação direta na disciplina: 
 
o CLT (Decreto-Lei n. 5.452/1943), com título 
próprio sobre o processo do Trabalho 
o Lei n. 5.584/70, que estabelece algumas 
importantes normas procedimentais e 
complementares aplicáveis ao processo do 
trabalho; 
o CPC (art. 15) em caso de lacuna da legislação 
processual trabalhista, desde que haja 
compatibilidade daquele com os valores, 
princípios e regras do direito processual do 
trabalho (CLT, art. 769); 
o Lei n. 6.830/80 (Lei de Execução Fiscal), 
aplicada subsidiariamente (CLT, art. 889) na 
execução trabalhista; 
o Lei n. 7.701/88, que dispõe sobre organização 
e especialização dos tribunais para processar 
e julgar dissídios coletivos e individuais. 
o Lei n. 7.347/85 (Lei da Ação Civil Pública); 
o Parte processual da Lei n. 8.078/90 (Código de 
Defesa do Consumidor); Lei n. 8.069/90 
(Estatuto da Criança e do Adolescente); 
o Lei n. 7.853/89 (Lei de Proteção à Pessoa 
Portadora de Deficiência). 
 Ainda na condição de fonte formal direta, estão os 
Decretos-Leis, utilizados preponderantemente no 
período ditatorial; 
 Regimentos internos dos tribunais, por expressa 
inteligência do artigo 96, inciso I, alínea “a” da CF: 
 Ponto de divergência: 
o O TST no ano de 2016, editou a Instrução 
30 
 
Normativa 39, que versava sobre a 
aplicabilidade do CPC no processo do 
Trabalho, contudo existem uma ADI (5.516) 
discutindo a Constitucionalidade, por entender 
que há uma grave ofensa ao princípio da 
independência dos magistrados; 
 
 Fontes Formais Indiretas: 
 
 Aqui insere-se as condições práticas que induzem 
novos rumos ao direito; 
 Destaque tanto a doutrina quanto à jurisprudência, 
pelo auxílio na interpretação do processo do trabalho: 
o A doutrina permite o aprimoramento técnico, 
conferindo ferramentas para a interpretação; 
o Já as jurisprudências, tem a finalidade de 
uniformizar a jurisprudência; 
 Merece comento também as súmulas vinculantes; 
 
 Novo CPC – Precedentes Judiciais: 
 
o Implementação do sistema de precedentes 
judiciais, ao determinar a uniformização da 
jurisprudência; 
 Divergência: questiona-se a 
constitucionalidade do artigo 927 III, IV e 
V do CPC, por asseverar que somente 
Emenda Constitucional teria essa 
competência: 
 
 Reforma Trabalhista – Preponderância da 
Jurisprudência: 
 
o Verifica-se que o § 2º do art. 8º da CLT, em 
dissonância com os preceitos do CPC, busca 
tolher a autonomia dos magistrados, afirmando 
que súmulas e jurisprudências, não poderão 
restringir direitos legalmente previstos nem 
criar obrigações que não estejam previstas em 
lei; 
 Seria reduzir as funções dos tribunais a 
meros replicadores de lei, essa redução 
da atividade hermenêutica é prejudicial; 
o Essa redução não coaduna com o modelo 
constitucional de processo, visto que o CPC 
(art. 1º e 8º) determina que as leis devem ser 
interpretadas em conformidade aos valores 
democráticos e republicanos, atendendo ao 
princípio da dignidade da pessoa humana; 
31 
 
 
 Fontes Formais de Explicitação: 
 
 Função de Integração, partindo do pressuposto que 
no Estado Democrático de Direito, o juiz deverá 
cumprir com as exigências do bem comum, 
garantindo a dignidade da pessoa humana, aos fins 
sociais, primando pela proporcionalidade, 
razoabilidade, legalidade, publicidade e eficiência; 
 
 UMA TERCEIRA CLASSIFICAÇÃO: 
 
 Fontes Formais Autônomas: 
 Discutidas e confeccionadas pelas partes interessadas; 
 Vontade da parte em criar a norma; 
 Espécies: 
 Convenção Coletiva: 
o Acordo entre sindicatos (empregados X 
empregadores); 
o Art. 611 CLT: 
 
 Acordo Coletivo: 
o Acordo entre empresa e sindicato; 
o Art. 611 § 1º CLT; 
 
 Regulamento da Empresa; 
o Reflexo do dia a dia; 
o Vigorará, se for lícito a alteração; 
o Limitação ao acordo coletivo, Convenção 
Coletiva e Lei; 
 
 Costume 
o Prática reiterada em determinada região, art. 
460 CLT: 
 Fontes Formais Heterônomas: 
 Não há participação direta dos destinatários: 
 Origem na atividade estatal: 
 Executivo; 
 Legislativo; 
 Judiciário: 
 Espécies: 
 Constituição Federal: 
o Lei Fundamental e Suprema: 
o Estabelece funcionamento do Estado 
 Tratados e Convenções Internacionais: 
o Necessária ratificação (art. 49 I e 84 VIII CF); 
32 
 
o Convenções OIT; 
o Observância do § 3º do art. 5º da CF; 
 A forma como o tratado será 
recepcionado no Brasil dependerá do 
quórum de aprovação, podendo ser no 
nível de Lei Ordinário ou de Emenda 
Constitucional; 
 Leis: 
o Elaboradas pelo legislativo: 
o Competência da União (art. 22, I CF); 
 Medidas Provisórias: 
o Editado pelo poder Executivo; 
 Situações de relevância e urgência 
 Fundamento: art 59 e 62 CF 
o Exemplo MP. 808 
 Decretos: 
o Atos do Poder Executivo; 
o Finalidade de explicar as leis; 
 Art 84, IV CF; 
o Não poderão alterar o texto aprovado pelo 
legislativo: 
 Sentenças Normativas: 
o Sentenças que os Tribunais encerram uma 
demanda; 
o Criando novas situações de trabalho; 
o Poder normativo da justiça do Trabalho; 
 Criação de normas gerais, abstratas e 
impessoais; 
o Aplicação em caso de dissídios (art. 868 
CLT); 
o Vigência máxima de 04anos (art. 868 § único 
CLT); 
o Importante ressalva: 
 Reforma trabalhista inseriu o § 3º do 
artigo 8º da CLT: 
 Intervenção mínima na 
autonomia da vontade coletiva; 
 
 Súmula Vinculante: 
o Posicionamento majoritário do DTF; 
o Segurança Jurídica em matéria polêmica: 
 Art. 103-A da CF/88) 
o Não são possíveis contrariedades a essas 
decisões; 
o Contradição: 
 Vedação da utilização do salário 
mínimo como indexador, Súmula 
33 
 
Vinculante nº 4º do STF, na prática 
ocorre o contrário: 
 Salvo nos casos previstos na 
Constituição, o salário mínimo 
não pode ser usado como 
indexador de base de cálculo de 
vantagem de servidor público 
ou de empregado, nem ser 
substituído por decisão judicial. 
 
 Recurso de Revista Repetitivo: 
o Trazido pela lei 13.105 de 2014; 
o Julgamento por amostragem; 
o Escolha de alguns recursos de revistas para 
unificar a tese jurídica; 
 Processos com trânsito em julgado 
não são atingidos por essa inovação. 
34 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
 
 HIERARQUIA DAS FONTES 
 Prevalência da fonte mais favorável ao trabalhador; 
 Regra era clara antes da reforma; 
 Ambiente pós reforma buscou a fidedignidade ao ambiente do 
trabalho, de modo que relativizou o direito: 
 Exceções: 
 Acordo Coletivo se sobrepõe ao texto da Convenção 
Coletiva: Art. 620 CLT; 
 Prevalência do negociado sobre o legislado (rol 
taxativo, Art. 611-A CLT). 
 
 Conflito Fontes Formais: 
 Antes da Reforma, aplicação da norma mais favorável. 
 Após a reforma, a resolução do conflito, dependerá de 
quais fontes estão se contrapondo: 
 Conflito entre CCT e ACT: 
o Art. 620 prevalecerá o contido no ACT 
 Conflito entre Instrumento Coletivo e Lei: 
o Prevalência do negociado sobre o legislado 
(art. 611-A); 
o Limites: 
 Direitos assegurados pela CF não 
flexibilizados pela própria; 
 Reforma status 
infraconstitucional; 
 Itens Contidos no Art. 611-B da CLT. 
 
 Demais Conflitos entre fontes formais: 
 
o Teoria do Conglobamento (majoritária): 
 Aplicação de apenas uma fonte; 
 Aplicação do acordo em caso de ser 
mais favorável: 
 
o Teoria da acumulação: 
 Aplica-se todas as fontes 
simultaneamente: 
 Considerando tudo que for 
favorável e excluindo tudo que 
for prejudicial: 
o Ônus excessivo ao 
empregador: 
o Fragmentação do Direito: 
 
36 
 
 
 
 
 INTEGRAÇÃO: 
 
 Reconhecimento da impossibilidade estatal de criar lei para todos 
os acontecimentos sociais; 
 Integração – meio de evitar que um conflito fique sem solução 
 Integrar – Tarefa de completar as lacunas deixadas pelo 
legislador 
 Técnicas: 
 Analogia: 
 Utilização de lei semelhante para regular o caso em 
que não existe lei específica: 
o Art 72 CLT (intervalo para mecanografia), 
TST Súmula 346 – Estendeu esse benefício 
aos digitadores: 
 Súmula n° 346 do TST: Os digitadores, 
por aplicação analógica do art. 72 da 
CLT, equiparam-se aos trabalhadores 
nos serviços de mecanografia 
(datilografia, escrituração ou cálculo), 
razão pela qual têm direito a intervalos 
de descanso de 10 (dez) minutos a 
cada 90' (noventa) de trabalho 
consecutivo. 
 
 Equidade: 
 Justiça aplicada com bom senso, razoabilidade: 
 Criação de norma jurídica ao caso concreto: 
 Fundamento Art. 8º CLT; 
 Princípios gerais possuem grande relevância nessa 
atividade, exercem função de integração, sem contudo 
extinguir a existência daquele que ficou sem utilização: 
 Os costumes – práticas reiteradas, servem de instrumento 
de integração; 
 Direito Comparado: 
 Análise e Estudo de leis de Diversos Estados; 
 Função de estabelecer diferenças e semelhanças 
entre as ordens jurídicas; 
 Havendo uma lacuna em nosso ordenamento – o 
Direito comparado poderá preenche-la. 
 
 Direito comum como fonte Subsidiária ( Pós Reforma 
37 
 
Trabalhista): 
 Acréscimo no Art. 8º, pós reforma: 
 Utilização legislativa, que possibilita a utilização do Direito 
Civil, Penal e demais áreas no preenchimento de lacunas; 
 Inovação trazida: O Direito Comum, poderá se sobrepor 
aos princípios específicos do Direito do Trabalho: 
 Crítica feita pela doutrina, no sentido de a aplicação 
irrestrita desse permissivo, descaracterizaria a J.T, não 
existe o mesmo protecionismo em todos os ramos do 
Direito; 
 Limitação à Jurisprudência Trabalhista (Pós Reforma Trabalhista): 
 Jurisprudência – instrumento de preencher lacunas: 
o Inovação trazida pela reforma: 
o Art. 8º § 2º - Restrição da atuação dos 
Tribunais, no sentido de que não poderão 
restringir ou criar obrigações que não estejam 
previstas em lei; 
 Julgador = reprodutor da lei; 
 Contrariedade ao artigo 489 § 
1º, do CPC. 
 Igualmente contrário ao 
Enunciado 2 da 2ª Jornada de 
Direito Material e Processual do 
Trabalho: 
 
o O caput, prevê no entanto a jurisprudência 
como meio de integração: 
 
 FORMAS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS TRABALHISTAS 
 
 
 AUTODEFESA: 
 Autotutela; 
 Imposição de agir a outrem, a favor ou contra sua vontade; 
 Solução Direta; 
 Sobreposição do interesse do mais forte sobre o mais 
fraco; 
 Podem solucionar, ou forçar uma composição entre as 
partes; 
 Ex: Greve 
 
 AUTOCOMPOSIÇÃO: 
 Solução Direta; 
 Acordo; 
 Renúncia recíproca; 
 Possibilidade de mediação (Ministério Público do Trabalho 
ou MTE); 
38 
 
 Comissão de Conciliação Prévia; 
 Ex. Acordo Coletivo, Convenção Coletiva; 
 
 HETEROCOMPOSIÇÃO: 
 Solução dada por um terceiro; 
 Solução indireta – não decidida pelas partes; 
 Formas de solução com a intervenção do Estado 
 Ex. Arbitragem, Jurisdição, Dissídio Coletivo. 
39 
 
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO: 
 
1. Previsão Constitucional: 
 
 A Seção V da Constituição Federal é reservada para o tratamento das 
particularidades e condições da organização da Justiça do Trabalho, 
cuidando inclusive da extensão e compreensão de sua competência; 
 
 Merece destaque o ponto em que firma a competência da Justiça 
especializada no artigo 114, que será inclusive o ponto de consulta 
quando diante de caso divergente, o mesmo tem a seguinte redação: 
 
o Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes 
de direito público externo e da administração pública direta e 
indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 
2004) 
II as ações que envolvam exercício do direito de greve; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre 
sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , 
quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua 
jurisdição; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição 
trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, 
decorrentes da relação de trabalho; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) 
VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas 
aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de 
trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no 
art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das 
sentenças que proferir; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
45, de 2004) 
IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na 
forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 
2004) 
§ 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger 
árbitros. 
40 
 
§ 2º Recusando-sequalquer das partes à negociação coletiva ou 
à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar 
dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do 
Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas 
legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas 
anteriormente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
45, de 2004) 
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade 
de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho 
poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho 
decidir o conflito. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
45, de 2004) 
 
 Conforme percebe-se do texto, fica claro o quanto a competência sofreu 
alteração com a Emenda Constitucional nº 45, de 2004; 
 
 Para adentrar ao cerne do tópico faz-se imprescindível estabelecer a 
distinção entre Jurisdição e Competência: 
 
o Jurisdição: 
 Reside na competência (legitimidade) que o Estado detém 
para julgar o caso concreto: 
 Reside na ideia de imparcialidade do juiz quando 
chamado a resolver caso de alguma parte que se 
sentir violada em seu(s) direito(s); 
 Podemos considerar duas formas de Jurisdição: 
 Voluntária: 
o Interesses convergentes das partes; 
 Contenciosa: 
o Interesses conflitantes; 
 Imunidade de Jurisdição: 
 Características própria de Estados estrangeiros, 
seus representantes diplomáticos e organizações 
internacionais, ao não se submeterem à jurisdição 
do país em que esteja instalado; 
o A imunidade de Jurisdição não se aplica aos 
casos trabalhistas; 
 Em que pese ser retornada a 
imunidade no momento de execução, 
não sendo possível executar decisões 
em face do privilégio das 
Representações nos países 
instalados; (convenção de Viena 1961 
e 1963); 
 Importante ressaltar que em se 
tratando de bens não afetos à 
missão diplomática essa 
imunidade não será observada:
41 
 
o Primeiro reconhecer que 
não se trata de 
empregado com função 
diplomática; 
o Possibilidade de 
levantamento do 
depósito recursal; 
o Impossibilidade de 
bloqueio de contas de 
Estado estrangeiro; 
 
o Não é equivocado afirmar que jurisdição e competência possuem 
relação muito próxima, ao passo que é a competência que 
legitima o exercício do poder jurisdicional; 
 
o Competência: 
 É a possibilidade de exercer a jurisdição, em falas mais 
simples seria a forma de divisão quanto a jurisdição de 
cada justiça: 
 Podemos dizer que no direito brasileiro a 
competência foi dividida da seguinte maneira: 
o Justiça Estadual; 
o Justiça Federal; 
o Justiça do Trabalho; 
o Justiça Eleitoral; Justiças 
o Justiça Militar especializadas 
 De outro ponto, como limite para a competência existe a 
Incompetência; 
 Que opera em nosso ordenamento sob duas 
formas: 
o Absoluta: 
 Não admite prorrogação da 
competência e pode ser arguida a 
qualquer momento, devendo ser 
declarada de ofício; 
o Relativa: 
 Deverá ser arguida em contestação, e 
em seu silencia considera-se 
prorrogada a competência; 
 Não poderá o juiz declarar de ofício a 
incompetência relativa; 
o Formas de Incompetência: 
 Valor; 
 Hierarquia; 
 Matéria; 
 Pessoa 
 
 
 
 
42 
 
 Competência Absoluta Competência Relativa 
Espécies Competência material; Competência Territorial; 
 Competência em Razão 
da Pessoa; Competência 
Funcional 
Competência em razão do 
valor da cusa 
Conhecimento Pode ocorrer de ofício Somente por provocação 
da parte 
Alegação Em qualquer momento e 
em qualquer instância 
Somente em sede de 
Exceção de Incompetência 
(contestação) 
Preclusão Não ocorrerá preclusão Não alegada em 
contestação, opera-se a 
preclusão 
Objeção 
(processo) 
Trata-se de matéria de 
ordem pública 
Não é uma objeção 
Processual 
Consequências Seu reconhecimento faz 
com que os autos sejam 
remetidos para o juízo 
competente, sendo nulo 
todos os atos praticados 
Seu reconhecimento faz 
com que os autos sejam 
remetidos para o juízo 
competente, sendo válido 
os atos praticados 
Ação 
Rescisória 
Pode ser objeto de ação 
rescisória 
Não será objeto de ação 
rescisória 
43 
 
 
Fonte: Manual Esquemático de Direito e Processo do Trabalho – Ives Gandra da 
Silva Martins Filho p. 228 
 
2. Competência em Razão das Pessoas (COMPETÊNCIA RATIONE 
PERSONAE): 
 
 Derivada da competência prevista no artigo 114 da Constituição Federal; 
 
 Essa classificação quanto a competência está ligada a características 
das pessoas que a lei possibilita a figuração como parte de uma 
demanda trabalhista; 
 
 Seria a resposta para a pergunta realizada por Bezerra Lei em seu livro: 
Quem são as pessoas que podem demandar na Justiça do Trabalho? 
 
o A resposta a essa indagação soluciona o tópico destinado a 
competência em razão da pessoa 
 
 Recorrendo aos preceitos constitucionais , sua redação pós alterações 
determina a competência da Justiça do Trabalho para julgar demandas 
em que as seguintes partes figurar: 
o Sindicatos: 
o Entes de Direito Público Externo; 
o Órgãos da Administração Pública Direta, Autarquia ou 
Fundacional da União, dos Estados, Do Distrito Federal e dos 
Municípios da qualidade de empregadores; 
o A União, quando ajuizar as ações relativas às penalidades 
administrativas aos empregadores 
44 
 
o INSS, para promover a execução das contribuições 
Previdenciárias 
o MPT, na hipótese do § 3º do artigo 114 da CF ( Ajuizamento de 
Dissídio Coletivo em caso de greve em atividade essencial, com 
possibilidade de lesão a interesse público; 
 
 Ainda que delimitada a competência, não é de todo forçoso identificar as 
particularidades da competência outorgada pela CF: 
 
o Trabalhadores que podem demandar na Justiça do Trabalho: 
 É importante determinar quais são as espécies de 
trabalhadores que terão suas relações em análise pela 
Justiça do trabalho: 
 Preciso delimitar o alcance quando se trata de trabalhador: 
 Por força da Reforma Trabalhista, ganhou força a 
posição doutrinária que classificou os trabalhadores 
em: 
o Trabalhadores Autônomos: 
 A esse grupo exceto se comprovada a 
fraude na contratação, não será 
reservada proteção pela justiça do 
trabalho, trata-se de natureza civil;
 Portanto a regra é não serem 
tutelados, embora as relações de 
trabalho podem ser objetos do Direito 
do Trabalho
o Trabalhadores Subordinados: 
 Típicos: 
 Empregados Urbano e Rural 
 
 Atípicos: 
 Eventual, Avulso, temporário, 
doméstico, servidor público; 
 Eventual e servidor público 
também não terão a análise de 
sua relação tutelada pelo direito 
do Trabalho; 
 De uma forma geral, a competência em razão da 
pessoa fica clara com a seguinte formatação: 
 
o Em se tratando de Trabalhadores 
subordinados típicos, todas as divergências 
serão dirimidas pela justiça do Trabalho; 
o Em se tratando da forma atípica, serão 
objetos da Justiça do Trabalho se: 
 Não houver lei que defina outra 
competência 
 
o Os entes de Direito Público Externo: 
 Aspecto de relevância pelo próprio tema, existe 
45 
 
possibilidade de processar entes estrangeiros dotado de 
imunidade diplomática? 
 Para a resposta é importante estabelecer o seguinte 
raciocínio: 
o Os estado soberanos gozam de uma 
imunidade relativa que incidirá apenas sobre 
uma fase do processo – a Execução, uma 
vez que o processo de conhecimento será 
conduzido de forma simples e natural; 
 
o No que tange a organismos internacionais, 
ONU, OIT, UNESCO, a imunidade de 
jurisdição é absoluta – OJ 416 da SBDI- 
1/TST 
 IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO. 
ORGANIZAÇÃO OU ORGANISMO 
INTERNACIONAL (divulgado em 14, 15 e 
16-2-2012).
As organizações ou organismos 
internacionais gozam de imunidade 
absoluta de jurisdição quando amparados 
por norma internacional incorporada ao 
ordenamento jurídico brasileiro, não se 
lhes aplicando a regra do Direito 
Consuetudinário relativa à natureza dos 
atos praticados. Excepcionalmente, 
prevalecerá a jurisdição brasileira na 
hipótese de renúncia expressaà cláusula 
de imunidade jurisdicional. 
o Sendo certo que nas duas situações é 
possível que o Estado ou Ente possa abrir 
mão dessa imunidade, aplicando-se nessa 
oportunidade a legislação brasileira 
integralmente; 
 
o Os servidores de cartórios extrajudiciais 
 Houve um tempo em que eram tratados como servidor 
públicos lato sensu e por essa característica seria 
competente a Justiça comum; 
 
 Daí resultou instalado um conflito de matéria constitucional, 
pois a previsão expressa contida no artigo 236 da Cf era 
de que o serviço notarial seria exercido em caráter privado, 
por delegação do poder público; 
 
 Assim, reconheceu o STF que, relação entre trabalhadores 
e os titulares dos cartórios extrajudiciais é relação de 
emprego e por essa circunstância é competência para 
dirimir esse conflito a Justiça do Trabalho; 
 
 
3. Competência em Razão da Função: 
46 
 
 
 Fixada em razão de algumas atribuições especiais conferidas aos 
órgãos para determinados atos processuais; 
 
 Possui uma classificação mais abrangente, subdividida: 
 
o Competência Funcional Vertical: 
 Chamada de hierárquica, fixada em consonância com a 
distribuição de competência entre diversos órgãos: 
 Seriam o caso das competências recursais; 
 
o Competência Funcional Horizontal: 
 Atribuídas a órgãos judiciais do mesmo grau de jurisdição: 
 São os casos de Execução de sentença (CLT 877); 
Concessão de medidas liminares (659 IX e X CLT); 
Distribuição por dependência (286 CPC); 
 
 Partindo do pressuposto de como é a composição da Justiça do 
Trabalho, não é forçoso concluir que a competência funcional é 
desempenhada pelos três níveis da Justiça; 
 
o Competência Funcional das Varas do Trabalho: 
 Exercida monocraticamente pelo juiz titular da Vara do 
Trabalho: 
o Competência prevista pelo artigo 652 da CLT: 
Art. 652. Compete às Varas do Trabalho: 
(Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
a) conciliar e julgar: 
 
I - os dissídios em que se pretenda o 
reconhecimento da estabilidade de empregado; 
 
II - os dissídios concernentes a remuneração, 
férias e indenizações por motivo de rescisão do 
contrato individual de trabalho; 
 
III - os dissídios resultantes de contratos de 
empreitadas em que o empreiteiro seja operário 
ou artífice; 
 
IV - os demais dissídios concernentes ao contrato 
individual de trabalho; 
 
V - as ações entre trabalhadores portuários e os 
operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão- 
de-Obra - OGMO decorrentes da relação de 
trabalho; (Incluído pela Medida 
Provisória nº 2.164-41, de 2001) 
 
b) processar e julgar os inquéritos para apuração 
de falta grave; 
 
47 
 
c) julgar os embargos opostos às suas próprias 
decisões; 
 
d) julgar os recursos interpostos das decisões do 
presidente, nas execuções; 
 
d) impor multas e demais penalidades relativas 
aos atos de sua competência; 
(Redação dada pelo Decreto-lei nº 6.353, de 
20.3.1944) 
 
e) impor multa e demais penalidades relativas aos 
atos de sua competência. 
(Suprimida pelo Decreto-lei nº 6.353, de 
20.3.1944) 
 
f) decidir quanto à homologação de acordo 
extrajudicial em matéria de competência da 
Justiça do Trabalho. (Incluído pela 
Lei nº 13.467, de 2017) 
 
Parágrafo único - Terão preferência para 
julgamento os dissídios sobre pagamento de 
salário e aqueles que derivarem da falência do 
empregador, podendo o Presidente da Junta, a 
pedido do interessado, constituir processo em 
separado, sempre que a reclamação também 
versar sobre outros assuntos. (Vide 
Constituição Federal de 1988) 
 
 Além da competência pacificada, nos termos do 
artigo 653 da CLT:
 
o Art. 653 - Compete, ainda, às Juntas de 
Conciliação e Julgamento: (Vide 
Constituição Federal de 1988) 
 
a) requisitar às autoridades competentes a 
realização das diligências necessárias ao 
esclarecimento dos feitos sob sua apreciação, 
representando contra aquelas que não atenderem 
a tais requisições; 
 
b) realizar as diligências e praticar os atos 
processuais ordenados pelos Tribunais Regionais 
do Trabalho ou pelo Tribunal Superior do 
Trabalho; 
 
c) julgar as suspeições arguidas contra os seus 
membros; 
 
d) julgar as exceções de incompetência que lhes 
forem opostas; 
 
e) expedir precatórias e cumprir as que lhes 
forem deprecadas; 
48 
 
 
f) exercer, em geral, no interesse da Justiça do 
Trabalho, quaisquer outras atribuições que 
decorram da sua jurisdição. 
 
 Com o fim dos classistas e se tornando unitária a 
jurisdição nas varas do trabalho, o juiz acumulou 
para si as seguintes competências:
 
o Presidir as audiências; 
o Executar as próprias decisões ou as que lhe 
for deprecada; 
o Despachar nos recursos interpostos pelas 
partes; 
o Conceder media liminar; 
o Propor a Conciliação e todas as demais 
competências previstas no artigo 114 da 
Constituição; 
o Ainda que não seja a sede do MPT, as ações 
civis pública deverão ser distribuídas na Vara 
do Trabalho do local onde ocorreu a lesão ou 
a ameaça aos direitos metaindividuais; 
 
o Competência Funcional dos Tribunais Regionais do Trabalho: 
 
 Quando em número suficiente para ser dividido em turma, 
observa-se o artigo 6º da lei 7.701/88: 
 
 Art. 6º - Os Tribunais Regionais do Trabalho que 
funcionarem divididos em Grupos de Turmas 
promoverão a especialização de um deles com a 
competência exclusiva para a conciliação e julgamento 
de dissídios coletivos, na forma prevista no "caput" do 
Art. 1º desta Lei.
 
Parágrafo único. O Regimento Interno disporá sobre a 
constituição e funcionamento do Grupo Normativo, bem 
como dos demais Grupos de Turmas de Tribunal 
Regional do Trabalho. 
 
 Ademais, quanto a competência do TRT, observa-se o 
artigo 678 da CLT: 
 
 Art. 678 - Aos Tribunais Regionais, quando divididos em 
Turmas, compete: (Redação dada pela Lei nº 5.442, de 
24.5.1968)
 
I - ao Tribunal Pleno, especialmente: (Incluído pela Lei nº 
5.442, de 24.5.1968) 
 
a) processar, conciliar e julgar originariamente os 
dissídios coletivos; 
 
49 
 
b) processar e julgar originariamente: 
 
1) as revisões de sentenças normativas; 
 
2) a extensão das decisões proferidas em dissídios 
coletivos; 
 
3) os mandados de segurança; 
 
4) as impugnações à investidura de vogais e seus 
suplentes nas Juntas de Conciliação e Julgamento; 
 
c) processar e julgar em última instância: 
 
1) os recursos das multas impostas pelas Turmas; 
 
2) as ações rescisórias das decisões das Juntas de 
Conciliação e Julgamento, dos juízes de direito investidos 
na jurisdição trabalhista, das Turmas e de seus próprios 
acórdãos; 
 
3) os conflitos de jurisdição entre as suas Turmas, os 
juízes de direito investidos na jurisdição trabalhista, as 
Juntas de Conciliação e Julgamento, ou entre aqueles e 
estas; 
 
d) julgar em única ou última instâncias: 
 
1) os processos e os recursos de natureza administrativa 
atinentes aos seus serviços auxiliares e respectivos 
servidores; 
 
2) as reclamações contra atos administrativos de seu 
presidente ou de qualquer de seus membros, assim como 
dos juízes de primeira instância e de seus funcionários. 
 
II - às Turmas: (Incluído pela Lei nº 5.442, de 24.5.1968) 
 
a) julgar os recursos ordinários previstos no art. 895, 
alínea a; 
 
b) julgar os agravos de petição e de instrumento, estes de 
decisões denegatórias de recursos de sua alçada; 
 
c) impor multas e demais penalidades relativas e atos de 
sua competência jurisdicional, e julgar os recursos 
interpostos das decisões das Juntas dos juízes de direito 
que as impuserem. 
 
Parágrafo único. Das decisões das Turmas não caberá 
recurso para o Tribunal Pleno, exceto no caso do item I, 
alínea "c" inciso 1, deste artigo. 
 
 Não sendo o Tribunal dividido em turmas, observa-se o 
artigo 679 da CLT; 
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 Ou seja: os recursos das multas impostas pelas 
Turmas;
 
 Nos termos do artigo 680 da CLT: seriam competentes os 
tribunais para: 
 Art. 680. Compete, ainda,

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