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A COMUNICAÇÃO NO AMBIENTE HOSPITALAR

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No ambiente hospitalar, é essencial que os profissionais envolvidos em tarefas comuns estabeleçam uma boa comunicação. A certificação de qualidade analisa essa habilidade da equipe em seguir o que está descrito para cada função e a corrigir em suas devidas conformidades. De acordo com Wegner et al. (2016), a cultura da segurança do paciente e da educação para a segurança do paciente trazem a importância do erro como fonte de ensinamento, do trabalho em equipe, do consumo de pesquisas, da mudança para um modelo assistencial pautado pela integralidade, da educação permanente e das mudanças curriculares nos cursos de formação dos profissionais de saúde. 
Uma estratégia de promoção da Gestão da Qualidade focada na educação e treinamento em seus conceitos e valores é importante para disseminar novas culturas e paradigmas. Essa disseminação deve se iniciar na Alta Administração do hospital até chegar aos níveis mais operacionais. Educação e treinamento devem ocorrer com todos os profissionais do hospital. Essa gestão deve ser conduzida por um Comitê ou departamento voltado para a Gestão da Qualidade. (ALASTICO, G. P.; TOLEDO, J. C, 2013, p. 816)
Os princípios da acreditação hospitalar são pautados num caráter eminentemente educativo, métodos e técnicas que possam promover melhoria contínua dos processos.  Desta forma, a qualidade passa a ser integrada a cultura da instituição, com vista à  promoção das boas práticas nos processos do hospital. Os protocolos de atendimento e de segurança do paciente são guias que norteiam as atividades desenvolvidas dentro da instituição. Quando a equipe domina esses protocolos, o trabalho tende a ser mais harmonioso e menos propenso a falhas.
A efetividade da comunicação nas instituições de saúde reduz a ocorrência de erros e resulta na melhoria da segurança do paciente. Uma análise do conjunto das estratégias utilizadas pensando na adoção de uma cultura de segurança ao paciente, é realizada por Wegner et al (2016), através de estudo exploratório com abordagem qualitativa, nas Unidades de Internação Pediátricas de um Hospital Público, Geral e Universitário de Grande Porte do Sul do Brasil, no período
entre agosto e dezembro de 2010. 
O referido artigo evidencia de maneira clara como se dá processo de implantação da cultura de segurança do paciente. Trata-se de um trabalho complexo, pois inclui a participação de diversos indivíduos, fazendo com que um dos pressupostos para alcançar os melhores resultados venha do trabalho em equipe. 
O exercício da profissão de quem trabalha na Saúde é sempre levado ao limite já que direta ou indiretamente os colaboradores lidam com  vidas, e um pequeno erro pode trazer graves consequências. No entanto, Wegner et al (2016) ressalta, ao longo de todo o artigo, a importância de se aprender com os erros, através do comunicado e da notificação e de uma cultura não punitiva. Identificou-se, assim, promover um bom relacionamento e cooperação na equipe favorece a segurança do paciente, evidenciando a importância da comunicação dentro da instituição. 
É nesse ponto que as obras de Wegner et al (2016) e Aguiar e Mendes (2016) se unem. Segundo este último, diversos canais de comunicação existem dentro de uma organização hospitalar com intuito de assegurar a qualidade da informação, sendo a falta de comunicação entre as várias unidades de um hospital, um fator negativo atualmente observável nessas organizações. Em contrapartida, existe o desafio de operacionalizar um modelo de gestão aberto e flexível, que incorpore a dimensão comunicativa e uma distribuição mais homogênea do poder.
Ainda mantendo a análise de ambos os estudos, é unânime a defesa ao investimento na formação profissional incentivando o uso da
Comunicação e das Informações, levando em conta a cultura da segurança do paciente. Wegner et al (2016) afirma que a incorporação dessa temática ao longo da formação acadêmica dos profissionais para que seja possível modificar o panorama atual, no qual as práticas em saúde acumulam riscos e potencializam
falhas.
Dessa forma, é possível entender que a comunicação e a cultura da segurança do paciente, são interdependentes e pilares da Acreditação, pois estes viabilizam os processos organizacionais que atestam a qualidade do serviço ofertado na instituição. 
REFERÊNCIAS
AGUIAR, F. C.; MENDES, V. L. P. S. Acreditação Hospitalar: A Importância da Comunicação e da Informação para a Segurança do Paciente. Revista Baiana
de Saúde Pública, v. 40, p. 202-216, jan./mar. 2016.
ALASTICO, G. P.; TOLEDO, J. C. Acreditação Hospitalar: proposição de roteiro para implantação. Gest. Prod., São Carlos, v. 20, p. 815-831, 2013.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar. Secretaria de Assistência à Saúde. 3. ed. rev. e atual. Brasília: Ministério da Saúde, 2002.
WEGNER, W. et al. Educação para cultura da segurança do paciente: Implicações para a formação profissional. Escola Anna Nery, Rio Grande do Sul, jul./set. 2016.
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