SEGUNDA FASE DA DOSIMETRIA DA PENA - ATENUANTES GENÉRICAS

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Art. 67 - No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximar-se do limite indicado 
pelas circunstâncias preponderantes, entendendo-se como tais as que resultam dos motivos 
determinantes do crime, da personalidade do agente e da reincidência (em regra uma uma 
neutraliza a outra, entretanto, quando presentes, as mais valiosas, especificadas no caput, 
devem preponderar)
CP, art. 65, I - ser o 
agente menor de 21
(vinte e um), na data do 
fato, ou maior de 70 
(setenta) anos, na data 
da sentença
CP, art. 65, II - o 
desconhecimento da lei
CP, art. 65, III - ter o 
agente
a) cometido o crime por motivo de relevante valor social 
ou moral;
b) procurado, por sua espontânea vontade e com 
eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as 
conseqüências (não é arrependimento eficaz), ou ter, 
antes do julgamento (em 1ª instância), reparado o dano 
(não é arrependimento posterior);
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir 
(responde em concurso de pessoas), ou em cumprimento 
de ordem de autoridade superior manifestamente ilegal
(responde em concurso), ou sob a influência de violenta 
emoção, provocada por "ato injusto da vítima" (diferente 
de privilégio, onde a reação deve ser imediata);
d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a 
autoria do crime, até o trânsito em julgado da ação;
e) cometido o crime sob a influência de multidão em 
tumulto (crimes multitudinários), se não o provocou.
Art. 66 - A pena poderá 
ser ainda atenuada em 
razão de circunstância 
relevante, anterior ou 
posterior ao crime, 
embora não prevista 
expressamente em lei 
(atenuantes inonimadas 
ou de clemência)
São circunstâncias legais, de aplicação compulsória pelo magistrado, não integrantes da 
estrutura do tipo penal, mas ligadas a ele com a finalidade de diminuir a pena, podendo ser 
genéricas, contidas em rol exemplificativo na Parte Geral do CP (arts. 65 e 66), ou específicas, 
contidas em legislações específicas, vadada sua aplicação quando causa de diminuição de 
pena, devendo-se respeitar o limite de mínimo de pena abstratamente cominado (Súmula 
231/STJ), pois não possuem percentual definido para aumento e diminuição, ficando, a sua 
valoração, à discricionariedade do magistrado