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Como Avaliar a Aprendizagem dos Estudantes v 10 pdf

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Como Avaliar a 
Aprendizagem dos 
Estudantes?
Disciplina: Metodologia do Ensino
Jamile Neme de Queiroz
Marlon Mendes Silva
Agenda:
1. Introdução
2. O que um professor deve buscar avaliar?
3. Formas de avaliação no ensino superior.
4. Adequar avaliação aos objetivo de aprendizagem. 
5. Avaliações formativas ou somativas?
6. Como escolher um modelo de avaliação?
7. Como deve ser a construção de uma questão avaliativa?
8. Uma boa avaliação seria composta de questões fechadas e/ou 
abertas?
9. Qual a importância a autoavaliação do estudante e do docente?
10.Como o estudante espera ser avaliado?
11.O insucesso do estudante numa atividade avaliativa é uma 
sinalização de erro de escolha do instrumento avaliativo? 2
Introdução
 A avaliação é parte integrante do processo ensino/aprendizagem e ganhou na
atualidade espaço muito amplo nos processos de ensino, é uma tarefa didática
necessária e constante do trabalho docente, que tem por finalidade acompanhar
passo a passo o processo de ensino e aprendizagem.
 Os resultados que vão sendo obtidos no decorrer do trabalho docente em
conjunto com os alunos devem ser comparados com os objetivos propostos, a
fim de constatar progressos, dificuldades e, também, reorientar o trabalho
docente.
 A avaliação é uma tarefa complexa que não se resume a realização de provas e
atribuições de notas, consiste em uma reflexão sobre o nível de qualidade do
trabalho escolar tanto do professor como dos alunos. (Oliveira et al, 2008)
3
Introdução
 “A avaliação é um processo que permite colocar sobre a
mesa as nossas concepções sobre a sociedade, sobre a
escola, sobre a educação, sobre o trabalho dos professores”
(Santos Guerra, 1996)
 Ensinar implica, sempre, avaliar os saberes dos alunos e
propor estratégias pertinentes, para que os alunos
possam, progressivamente, ir reestruturando e
ressignificando esquemas e conhecimentos e, assim,
diminuir a distância que separa estes dos conteúdos
curriculares.
4
Introdução
 A avaliação na perspectiva da taxonomia de Bloom:
5
Avaliação
Síntese
Análise
Aplicação
Compreensão
Conhecimento
(Bloom, 1976)
Introdução
 A construção de conhecimentos gera a necessidade de que a escola garanta a
continuidade do processo de aprendizagem, desde que se inicia a aprendizagem até
à sua conceptualização.
 Ainda que o processo de aprendizagem não seja linear, deve ser sistemático.
 O aluno vai traçando um caminho sinuoso e repleto de contradições, erros e
conflitos. Mas é precisamente este espaço de dúvidas e incertezas o que permite
avaliar as suas produções, sejam ou não realizadas de forma correta, e identificar
os erros ou conhecimentos como indicadores didaticos que facilitem as intervenções
do docente e a produção de aprendizagens genuínas. (Chaves, 2004)
6
O que é avaliação?
 A avaliação é um instrumento que não deve servir apenas para atribuição
de notas ou certificados, mas sim para uma orientação, através de um
trabalho conjunto entre o professor e o aluno, para que se possa obter um
acompanhamento integral no processo ensino-aprendizagem.
 A avaliação precisa verificar se as condições para a aquisição do
conhecimento ocorrem de forma consistente, ou seja, é necessário verificar
se o aluno mantém uma frequência às aulas e se ele vai se adaptar à
metodologia aplicada pelo educador, dando prosseguimento ao processo a
que é submetido.
(Galocha et al, 2017)
7
O que é avaliação?
 É uma das mais importantes fases do ensino -aprendizagem e, deve alcançar o
estado e a capacidade reflexiva do educando, incentivando a crítica e a
criatividade do educando, futuro profissional que irá atuar, em muitos casos,
de forma individual e, sendo assim, deve-se buscar a qualidade do
aprendizado para que esse cidadão tenha consciência de como é a sua
realidade
 O professor, durante o processo de ensino/aprendizagem, tem o dever de
usar diferentes instrumentos para avaliar seu aluno e, assim, fazer um
diagnóstico, não só no final desse processo, mas também ao longo e no final
do processo educativo com essas ferramentas de avaliação, visando um
resultado e, a partir dele, a progressão do aluno.
(Galocha et al, 2017) 8
Formas de Avaliação
(Luckesi, 2003)
Diagnóstica Formativa
Somativa
9
Formas de Avaliação
 Ao se iniciar um curso ou um período letivo, dado à diversidade de saberes, o
professor deve verificar o conhecimento prévio dos alunos com a finalidade de
constatar os pré-requisitos necessários de conhecimento ou habilidades
imprescindíveis de que os educandos possuem para o preparo de novas
aprendizagens.
 Pode ser considerada o ponto de partida para todo o trabalho a ser desenvolvido
pelos educadores.
 Possui 3 objetivos:
1. Identificar a realidade dos alunos que irão participar do processo;
2. Verificar se os alunos apresentam ou não habilidades e/ou pré-requisitos para o
processo;
3. Identificação das causas, de dificuldades recorrentes na aprendizagem
DIAGNÓSTICA
10
Formas de Avaliação
 Possui a função controladora sendo
realizada durante todo o decorrer do período letivo, com o intuito de verificar
se os alunos estão atingindo os objetivos previstos.
 Avaliar se o aluno domina gradativamente e hierarquicamente cada etapa da
aprendizagem, antes de prosseguir para uma outra etapa subsequente de ensino-
aprendizagem, os objetivos em questão.
 A avaliação formativa permite ao professor detectar e identificar deficiências na
forma de ensinar, orientando-o na reformulação do seu trabalho didático, visando
aperfeiçoá-lo. Ela deve ser planejada em função dos objetivos, deste modo o docente
continuará seu trabalho ou irá direciona-lo, de modo que a maioria dos alunos
alcance. (Pellegrini, 2002);
FORMATIVA
11
Formas de Avaliação
 “É formativa no sentido em que indica como os alunos vão se modificando em direção
aos desejados”. (Bloom, Benjamin 1971).
 Para que a avaliação formativa possa processar deve-se:
1. Saber o que se quer avaliar e a finalidade dos resultados;
2. Obter as evidências que descrevem os eventos que interessa;
3. Determinar critérios conforme os níveis de aproveitamento e diagnosticar os
resultados corrigindo as falhas do processo ensino-aprendizagem;
4. Emitir um juízo de valor que sirva de base para ações futuras.
(Cerqueira, 2008)
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional determina que a avaliação seja
contínua e cumulativa e que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos
FORMATIVA
12
Formas de Avaliação
 Possui como função básica a classificação dos alunos sendo
realizada ao final de um curso ou unidade de ensino,
classificando os alunos de acordo com os níveis de
aproveitamento previamente estabelecidos. (Cerqueira, 2008)
 “Objetiva avaliar de maneira geral o grau em que os
resultados mais amplos têm sido alcançados ao longo e final
de um curso”. (Bloom, 1983)
SOMATIVA
13
“
”
O que seria melhor: avaliações 
formativas ou somativas?
14
O que um professor deve buscar avaliar?
 A avaliação da aprendizagem serve de parâmetro para o professor e o aluno
perceberem e reverem os caminhos de compreensão e ação sobre o
conhecimento. Para tanto ela deve ser contínua, democrática, diagnóstica,
formativa e mediadora da aprendizagem. (PPP, 2008)
 No âmbito do conhecimento, o ensino superior percebe a necessidade de se
abrir para o diálogo com outras fontes de produção de conhecimento e de
pesquisa, e os professores já se reconhecem como não mais os únicos
detentores do saber a ser transmitido, mas como um dos parceiros a quem
compete compartilhar seus conhecimentos com outros e mesmo aprendercom outros, inclusive com os próprios alunos. É um novo mundo, uma nova
atitude, uma nova perspectiva na relação entre o professor e o aluno no
ensino superior (MASETTO, 2003, p. 14).
15
O que um professor deve buscar avaliar?
 “O modelo de docente universitário porta-voz de um saber
dogmatizado, capaz de transferir, pelo dom da oratória, em
aulas magistrais, seus saberes profissionais, não mais atende às
necessidades da sociedade contemporânea”. (Soares e Cunha,
2010, p. 13)
16
Formas de Avaliação Aplicadas no Ensino 
Superior
 “Como a avaliação é um processo em função da aprendizagem, deduz-
se que os objetivos da aprendizagem são os que definirão as
técnicas avaliativas” (Masetto, 2003, p. 159).
 Prova:
Tende-se a pensar que apenas uma prova tradicional revela o que
os alunos sabem e quais são seus erros e suas dificuldades, quando
de fato pode-se utilizar múltiplas fontes de informação e aplicar
instrumentos variados que se adaptam à diversidade de estilos
motivacionais e de aprendizagem dos estudantes, e igualmente às
formas de ensino dos professores, que também são diferentes
(SANMARTÍ, 2009, p. 97)
17
Formas de Avaliação Aplicadas no Ensino 
Superior
 Trabalhos e Monografias:
“Exigirá que o aluno aprenda a buscar informações, fichá-las, compará-las, analisá-las,
criticá-las [...]” (MASETTO, 2010, p. 169).
O aluno poderá desenvolver várias aprendizagens e necessitará da orientação de um
professor.
 Observação:
“É a técnica mais usada quando queremos informar ao aluno se ele está capaz de usar
o conhecimento adquirido em situações profissionais” (MASETTO, 2010, p. 170).
Acontece em aulas práticas, laboratórios, atividades profissionais simuladas, estágios,
clínicas, sempre com um acompanhamento do professor que irá observar o momento
de atuação do aluno
18
Formas de Avaliação Aplicadas no Ensino 
Superior
 Diário de curso (portfólio):
“Consiste no registro diário e conciso das atividades realizadas no curso pelo aluno”
(MASETTO, 2010, p. 171).
São as reações que o aluno sentiu e a quaisquer outras reações referentes aos colegas
ou ao professor, ao seu relacionamento com os objetivos propostos, a pequenas
descobertas ou “insights” que aconteceram durante o dia em termos de seu estudo, de
sua pesquisa.
 Seminários:
“É uma técnica riquíssima de aprendizagem que permite ao aluno desenvolver sua
capacidade de pesquisa, de produção de conhecimento, de comunicação, de
organização e fundamentação de ideias [...]” (MASETTO, 2010, p. 111)
19
Adequação Avaliação x Objetivo
 “[...] o professor profissional é, antes de tudo, um
profissional da articulação do processo ensino-
aprendizagem em determinada situação, um profissional
da interação das significações partilhadas.” (Altet, 2001,
p. 26)
 O professor deve ser o artífice, junto com os estudantes,
de estratégias e procedimentos de ensino que favoreçam
uma aprendizagem significativa, ancorada nas estruturas
culturais, afetivas e cognitivas dos estudantes. (Soares e
Cunha, 2010)
20
Adequação Avaliação x Objetivo
 É importante não encarar os processos de avaliação com
sendo um bom e outro mau. Habitualmente o professor
utiliza diferentes métodos de avaliação mas é
importante considerar os significados por trás das
diferentes práticas. (Cortesão, 2002)
 A avaliação terá que ser contínua, global e integradora,
buscando acabar com a fragmentação e parcialização dos
saberes, erradicar os “testes”, colocando ênfase nas
aprendizagens significativas e gerar alunos autónomos,
capazes de fazer juízos críticos em contraponto a alunos
que apenas repetem os conteúdos sem os compreender
(Boggino, 2009)
21
Como saber adequar a avaliação ao 
objetivo de aprendizagem?
 Os alunos que aprendem de maneira mais significativa são os que
reconhecem o que lhes pretende ensinar o professor e de que
maneira pensa fazê-lo.
 É necessário que o professor explicite os objetivos que se propõe
a alcançar na sequência que se inicia.
 Os objetivos são formulados a partir da lógica do especialista,
sem muita relação com a lógica de funcionamento de cada aluno,
que responde a uma lógica própria.
22
Jorba; Sanmarti (2003)
Como saber adequar a avaliação ao 
objetivo de aprendizagem?
 O problema fundamental, do ponto de vista didático, não
é a definição dos objetivos por um especialista, mas a
construção da representação desses objetivos pelos
alunos.
23
Jorba; Sanmarti (2003)
Como saber adequar a avaliação ao 
objetivo de aprendizagem?
24
 NÃO basta enumerar os objetivos tal como os formulou o
professor; deve-se planejar atividades que facilitem a
elaboração, por cada aluno, de uma primeira
representação das intenções explicitadas pelo professor.
 Essas atividades deverão ser aquelas com as quais cada
estudante da turma sinta-se envolvido, seja qual for sua
situação inicial.
 Atividades com caráter simples e concreto, sejam as
mais manipulativas possíveis e estejam próximas dos
interesses e das vivências pessoais dos estudantes.
Jorba; Sanmarti (2003)
Como saber adequar a avaliação ao 
objetivo de aprendizagem?
25
Atividade
Situar o estudante nos 
conteúdos iniciais do 
estudo
O aluno possa fazer uma 
primeira representação 
do que se quer 
conseguir com a 
aprendizagem
Jorba; Sanmarti (2003)
Como saber adequar a avaliação ao 
objetivo de aprendizagem?
26
 Em cada etapa do processo de aprendizagem, os
objetivos explicitados pelos professores são
traduzidos pelo aluno segundo suas representações
anteriores e de forma compatível com os meios de
que dispõe no momento para alcançá-los.
 Ao final do processo, deve-se avaliar se
aprendizagem teve êxito ou não.
Jorba; Sanmarti (2003)
27
Jorba; Sanmarti (2003)
Como escolher um modelo avaliativo?
 Não existe uma receita de “avaliação eficiente”, mas existem 
algumas questões a serem pensadas na elaboração de uma 
avaliação, que tem relação direta com o sucesso ou não da mesma.
 A preparação do instrumento avaliativo tem de ser coerente com 
os objetivos propostos pelo professor em seu planejamento 
curricular.
28
Como escolher um modelo avaliativo?
 Se desejamos que os estudantes desenvolvam um pensamento
criativo e reflexivo, por exemplo, teremos de desenhar um
currículo compatível com essa expectativa, o que implica em
selecionar novos conteúdos e competências para serem
trabalhados com os alunos, e também repensar de modo amplo os
diversos aspectos do processo de ensino-aprendizagem, incluindo as
práticas de avaliação que estamos utilizando no ensino
universitário. (Garcia, 2009)
29
Como escolher um modelo avaliativo?
 Avaliação Qualitativa: 
 Consideram o domínio dos conceitos pelos alunos, e em geral requerem que os 
mesmos construam uma explicação sobre um fenômeno baseado em dados e 
informações.
 Ao invés de solicitar a reprodução ou a definição de conceitos, o professor 
precisa elaborar situações onde os conceitos possam ser aplicados.
 Questões Objetivas:
 São aquelas respondidas com poucas palavras ou até mesmo por indicação de 
letras ou números.
 Nesse tipo de questão, a correção é mais fácil e objetiva, permite incluir vários 
assuntos numa só prova e os alunos levam menos tempo para respondê-la.
30
Como escolher um modelo avaliativo?
 Questões Associativas: 
 São aquelas em que os alunos associam dois termos dentro de um critério, por
exemplo: estruturas às suas funções, descobertas às suas datas, etc.
 Questões Dissertativas:
 Exigem dos alunos respostas estruturadas e interpretação, e auxiliam na
avaliação da capacidade do aluno em analisar problemas, sintetizar ideias e
conhecimentos,compreender conceitos, dentre outros.
 Exigem dos alunos respostas estruturadas e interpretação, e auxiliam na
avaliação da capacidade do aluno em analisar problemas, sintetizar ideias e
conhecimentos, compreender conceitos, dentre outros.
 O direcionamento nesse tipo de questão é fundamental.
31
Como deve ser a construção de uma questão 
avaliativa?
32
 A avaliação ao longo dos últimos séculos vinculou-se quase
exclusivamente à função seletiva da escola, entretanto
deve ser entendida como parte integrante do processo de
aprendizagem (Gil 2018).
 Assim, o importante é potenciar as funções mais ricas da
avaliação (diagnóstico, compreensão, melhoria,
aprendizagem, apoio) e diminuir as indesejáveis
(comparação, descriminação, hierarquização) (Santos
Guerra, 1996).
Como deve ser a construção de uma questão 
avaliativa?
33
 O primeiro passo na avaliação da aprendizagem consiste na
definição dos objetivos que se pretende alcançar, o que
significa que este processo se inicia com o planejamento,
bem antes, portanto, das próprias aulas em que os
conteúdos foram ministrados (Gil, 2018).
 Quando os objetivos tiverem sido
definidos, procede-se à
determinação da técnica de mais
adequada (Gil, 2018).
Como deve ser a construção de uma questão 
avaliativa?
34
 Com relação aos tipos de questões avalitivas, a utilização de
cada uma delas depende de diversos fatores, como: o
tamanho das classes, a duração do curso e, principalmente,
os objetivos de aprendizagem.
 Podem ser desenvolvidas questões: objetivas, discursivas,
práticas e orais.
Como deve ser a construção de uma questão 
avaliativa?
35
 Questões objetivas:
 Tipo Certo ou Errado;
 Tipo Múltipla Escolha;
 Tipo Resposta Múltipla;
 Tipo Asserção-razão;
 Tipo Associação;
 Tipo Classificação.
Como deve ser a construção de uma questão 
avaliativa?
36
 Questões objetivas:
 Críticas: medem apenas a capacidade de memorização;
inibem a criatividade dos alunos; desestimulam a escrita.
 Potencialidades: julgamento imparcial; rapidez na correção;
feedback imediato ao estudante; verificação extensa da
matéria; comparação; identificação das diferenças
individuais; contribuem para a avaliação do trabalho
docente.
Como deve ser a construção de uma questão 
avaliativa?
37
 Questões discursivas:
 Tipo Dissertativa;
 Tipo Perguntas Curtas.
Como deve ser a construção de uma questão 
avaliativa?
38
 Questões discursivas:
 Críticas: excessivo gasto de tempo na correção;
subjetividade do professor; dificuldade para avaliar o
aprendizado de toda a matéria; a interpretação inadequada
de seus propósitos pelos estudantes; dificuldade para
fornecer feedback específico.
 Potencialidades: avaliar: o raciocínio lógico dos estudantes;
a capacidade de analisar, hierarquizar e sintetizar as ideias;
a justificativa das opiniões; a clareza de expressão.
Como deve ser a construção de uma questão 
avaliativa?
39
 Questões práticas e orais:
 Práticas: avaliar destrezas cuja medição não pode ser feita
com provas escritas, como, por exemplo: manejar
instrumentos, operar máquinas, tocar instrumentos musicais
etc.
 Orais: Poucas são as circunstâncias que recomendam seu
emprego. Podem ser necessárias para a avaliação de
estudantes portadores de necessidades especiais.
Uma boa avaliação seria composta de questões 
fechadas e/ou abertas?
40
 A avaliação deve estar alinhada aos objetivos propostos. As
avaliações devem estar voltadas para um projeto de
formação profissional e para os objetivos educacionais
esperados (Chaves, 2003).
Uma boa avaliação seria composta de questões 
fechadas e/ou abertas?
41
 Alguns aspectos norteadores para o desenvolvimento da
avaliação da aprendizagem na educação superior:
1. Atentar para os processos e não só para os resultados;
2. Dar possibilidades aos protagonistas de se expressarem e de se 
avaliarem;
3. Utilizar procedimentos variados para avaliar a aprendizagem;
4. Intervir em favor da superação das dificuldades detectadas;
5. Configurar a avaliação a serviço da aprendizagem, como 
estímulo aos avaliados e não como ameaça;
Uma boa avaliação seria composta de questões 
fechadas e/ou abertas?
42
 Alguns aspectos norteadores para o desenvolvimento da
avaliação da aprendizagem na educação superior:
6. Contextualizar e integrar a avaliação ao processo de aprendizagem;
7. Definir as regras do jogo avaliativo desde o início do processo;
8. Difundir as informações e trabalhar os resultados;
9. Realizar meta – avaliação, paralela aos processos de avaliação 
propriamente ditos;
10. Considerar e respeitar as diferenças e as dificuldades 
manifestadas em sala de aula.
Uma boa avaliação seria composta de questões 
fechadas e/ou abertas?
43
 Não confundir avaliação e classificação;
 Organizar o conhecimento como se fosse uma rede ou teia
com múltiplas intersecções;
 Considerar a avaliação como uma estratégia para uma
aprendizagem altamente significativa, de forma a
possibilitar a continuidade do processo de aprendizagem
para além da área, ciclo ou nível de ensino;
 Facilitar a compreensão e romper com a mecanização, que
pode bloquear ou dificultar o processo de aprendizagem.
(Boggino, 2009)
Importância da autoavaliação do
estudante e do docente?
 Autoavaliação é o processo pelo qual o indivíduo
identifica o quanto aprendeu e em que medida se tornou
capaz de proporcionar a si mesmo informações necessárias
para o desenvolvimento da aprendizagem (Gil, 2018).
 É um processo de observar a si mesmo, de comparar e
relacionar seu desempenho com os objetivos propostos,
atitudes e honestidade pessoal para reconhecer seus
sucessos e falhas (Gil, 2018).
44
Importância da autoavaliação do
estudante e do docente?
 A autoavaliação dos estudantes:
 É um instrumento muito precioso para que os mesmos
tomem consciência do processo de aprendizagem e
assumam o seu papel no processo (Masetto, 2003).
 O processo de autoavaliação resulta na produção de
conhecimento e no ganho de novos elementos para
reflexão futura, com repercussões para uma maior
autonomia do agente (Carvalho e Martinez, 2005)
45
Importância da autoavaliação do
estudante e do docente?
 A autoavaliação dos estudantes:
 Não significa de forma alguma, solicitar ao aluno que se
atribua uma nota. A autoavaliação significa criar
situações em que o aluno precise comparar sua atuação,
refletir sobre ela e avaliá-la a partir de critérios
previamente discutidos e definidos pelo coletivo da sala
de aula (Veiga e Naves 2005).
 Deve ser feita através de roteiros que avaliem diferentes
aspectos das atividades acadêmicas, constituindo-se em
um importante instrumento de formação do aluno (Veiga e
Naves 2005).
46
Importância da autoavaliação do
estudante e do docente?
 Autoavaliação dos Professores:
 A autoavaliação dos professores gera um processo de
reflexão que é capaz de motivar, alterar ou aperfeiçoar
práticas docentes e permite que o professor desenvolva o
comprometimento com a educação e com o seu papel de
educador (Vasconcellos, Oliveira e Berbel, 2006).
47
Como o estudante espera ser avaliado?
 Só é possível interpretar o real a partir das possibilidades de
aprender de cada aluno, possibilidades dadas pela sua estrutura
cognitiva, pelos seus conhecimentos (escolares e extra escolares),
pelos seus valores, sistema de crenças, etc).
 Ensinar implica, sempre, avaliar os saberes dos alunos e propor
estratégias pertinentes, para que os alunos possam,
progressivamente, ir reestruturando e ressignificando esquemas econhecimentos e, assim, diminuir a distância que separa estes dos
conteúdos curriculares.
48
(Boggino, 2009)
Como o estudante espera ser avaliado?
 É recorrente a preocupação dos estudantes no que diz respeito, por
exemplo, ao “jeito” como supostamente os professores “gostam” da
redação das respostas em uma prova escrita, ou da estrutura e do
conteúdo de um trabalho.
 Nesse cenário, haveria relação entre o sucesso nas avaliações e o
conhecimento do “jeito” de demonstrar a aprendizagem preferido
pelos professores, ou que é destacado na cultura de um curso.
49(Garcia, 2009)
Como o estudante espera ser avaliado?
 Pesquisas apontam que as práticas pedagógicas dos professores
universitários têm impacto sobre as crenças dos alunos a respeito
da aprendizagem, e influenciam os resultados obtidos por eles.
 Essa abordagem também pode nos ajudar a pensar as razões do
fracasso dos estudantes na graduação. O fracasso poderia resultar
não apenas da ausência de inteligência ou da capacidade para
aprender, mas da falta de compatibilidade entre os estilos de
pensamento de determinados alunos em relação àqueles
destacados ou solicitados pelos professores – na forma como
avaliam, por exemplo.
50
(Garcia, 2009)
O insucesso do estudante numa atividade avaliativa 
é uma sinalização de erro de escolha do 
instrumento avaliativo?
51
 O processo de avaliação deve posibilitar não somente
verificar o que o estudante foi capaz de memorizar, mas
também o nível de compreensão do significado de tal
conteúdo e a transferência do que foi aprendido em aula para
outras situações. (GIL 2018)
 Assim, o insucesso do estudante numa atividade avaliativa não
é necessariamente uma sinalização de erro da escolha do
instrumento utilizado, mas sim um sinalizador de que o
processo de aprendizagem deve ser reavaliado.
O insucesso do estudante numa atividade avaliativa 
é uma sinalização de erro de escolha do 
instrumento avaliativo?
52
 É necessário verificar o contexto e objetivos em questão.
Fatores como motivação, clima favorável (entre alunos e
professores), adquação dos conteúdos aos propósitos podem
ter relação com o sucesso do estudante (Gil 2018).
O insucesso do estudante numa atividade avaliativa 
é uma sinalização de erro de escolha do 
instrumento avaliativo?
53
 Neste sentido tem-se ainda a figura da teoria da atribuição,
sob aqual existe uma tendência a associar sucesso acadêmico
a fatores internos enquanto os elementos que levam ao
fracasso acadêmico tendem a ser associados a fatores externos
(Cornachione Júnior et al 2010).
O insucesso do estudante numa atividade avaliativa 
é uma sinalização de erro de escolha do 
instrumento avaliativo?
54
 Na pesquisa realizada por Cornachione Júnior et al 2010, a
qual teve como objetivo investigar a existência de
associação entre elementos atributivos comuns na literatura
e o desempenho acadêmico de alunos da graduação em
ciências contábeis, os autores observaram que o
desempenho acadêmico superior é mais atribuído a causas
internas que o desempenho acadêmico inferior.
55
“Não é possível que os dois (professores e alunos)
desconheçam suas expectativas e responsabilidades.
Por isso, eu me bato para que o estudo das
responsabilidades e das expectativas vire quase
conteúdo... todos os professores numa administração
democrática estariam aptos a discutir suas
responsabilidades e suas expectativas”. (Freire, Paulo.
1995, p.6)
56
Referências
 BLOOM, B. S.; ENGELHART, M. D.; FURST, E. J. et al. Taxonomia de objetivos educacionais:
domínio cognitivo. Tradução v. 1 de Flávia Maria Sant’Anna. 5. ed. Porto Alegre: Globo, 1976.
 Boggino, N. (2009). A avaliação como estratégia de ensino. Avaliar processos e
resultados. Sísifo. Revista de Ciências da Educação, 9, 79-86.
 Chaves, S. M. (2003). Avaliação da aprendizagem no ensino superior: realidade, complexidade e
possibilidades. São Paulo (SP): Universidade de São Paulo.
 Cornachione Junior, E. B., Alves da Cunha, J. V., Mendes De Luca, M. M., & Ott, E. (2010). O
bom é meu, o ruim é seu: perspectivas da teoria da atribuição sobre o desempenho acadêmico
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