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Bases Neurobiológicas da Aprendizagem

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Instituto Saber
 BASES NEUROBIOLÓGICAS DAS 
DIFICULDADES E DISTÚRBIOS DA 
APRENDIZAGEM
 Prof. Gláucia Corrêa Peres
 “O homem deve saber que de nenhum outro lugar, 
mas apenas do encéfalo vem a alegria, o prazer, o 
riso e a diversão, o pesar, o luto, o desalento e a 
lamentação. E por isso, de uma maneira especial, 
nós adquirimos sabedoria e conhecimento e 
enxergamos e ouvimos e sabemos o que é justo e 
injusto, o que é bom e o que é ruim, o que é doce e o 
que é insípido... E pelo mesmo órgão nos tornamos 
loucos e delirantes, e medos e temores nos 
assombram... Todas essas coisas nós temos que 
suportar do encéfalo quando não está sadio... Nesse 
sentido, opino que é o encéfalo quem exerce o 
maior poder sobre o homem.”
- Hipócrates, Sobre a Doença Sagrada (séc. IV a.C) -
NEUROCIÊNCIAS
• A palavra data de 1970, mas o estudo é tão 
antigo quanto a própria ciência
• Objetivo: compreender como o sistema nervoso 
funciona
• Nível de análise: tentar entender o cérebro, para 
tanto ele foi desmembrado em pequenas partes 
passíveis de uma análise experimental 
sistemática.
Neurociências
Níveis de Análise – 
• Molecular
• Celular
• De Sistemas
• Comportamentais – estudam como os sistemas neurais trabalham juntos 
produzindo comportamentos integrados. 
 Existem diferentes formas de memória executadas por diferentes 
sistemas? 
 Onde agem as drogas que alteram a mente? 
 Qual a contribuição desses sistemas para a regulação do humor e do 
comportamento? 
 De onde vêm os sonhos? 
 Qual sistema neural é responsável pelos comportamentos de cada 
gênero?
• Cognitivas - compreender os mecanismo neurais responsáveis pelas 
atividades mentais superiores do homem:a consciência, a imaginação e a 
linguagem
 
 A pesquisa neste nível investiga como a atividade do encéfalo cria 
 A MENTE.
Bases Estruturais do SN
• Neurônio
• Sinapse
• Transmissão do Impulso Nervoso
• Mecanismos Celulares da Aprendizagem - 
processos que controlam a comunicação sináptica são vitais 
na aprendizagem e memória
• Neuroplasticidade
• Organização do SN
EVOLUÇÃO DO CÉREBRO HUMANO
EVOLUÇÃO DO CÉREBRO HUMANO
 Ao longo de sua evolução, o cérebro humano adquiriu três componentes 
que foram surgindo e se superpondo:
 1. A parte inferior, a mais primitiva, correspondendo ao cérebro dos 
répteis, é onde se encontram algumas estruturas como as do tronco 
cerebral, responsáveis pela ações involuntárias e o controle de certas 
funções viscerais (cardíaca, pulmonar, intestinal, etc), indispensáveis à 
preservação da vida.
 2. A porção intermediária corresponde ao cérebro dos mamíferos antigos, 
formada pelas estruturas que regem as nossas emoções, as estruturas do 
sistema límbico. 
 3. A porção mais externa do cérebro, conhecida como cérebro superior ou 
racional, compreendendo a maior parte dos hemisférios cerebrais 
(formado por um tipo de córtex mais recente – o neocórtex).
REGIÕES E FUNÇÕES CEREBRAIS
TELENCÉFALO OU CÉREBRO
HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - FUNÇÕES
• Esquerdo
Verbal
Proposicional
Analítico
Lógico
Abstrato
Categórico
• Direito
Literal
Holístico
Sintético
Analógico
Concreto
Perceptual
NEURÔNIOS
• Células do Sistema Nervoso 
 O SN contém cerca de 100 bilhões de 
neurônios
O número de sinapses por neurônio é de, 
aproximadamente 1000
 Boa parte das sinapses de um determinado 
neurônio se faz dentro de uma área de 1-2 mm, 
ou seja, são predominantemente locais
VIAS NEURAIS
VIAS NEURAIS
SINAPSE
 Como os fios do sistema elétrico de uma casa, as células nervosas 
se comunicam entre si em circuitos chamados vias neurais. 
 Ao contrário dos fios de sua casa, as células nervosas não se tocam, 
mas ficam próximas em sinapses. 
 Na sinapse, as duas células nervosas estão separadas por um 
pequeno espaço, ou fenda sináptica.
 O neurônio transmissor se chama célula pré-sináptica, ao passo 
que o receptor se chama célula pós-sináptica.
 As células nervosas enviam mensagens químicas com os 
neurotransmissores em uma única direção pela sinapse a partir da 
célula pré-sináptica para a pós-sináptica.
NEUROTRANSMISSORES
• São mensageiros químicos que permitem a 
comunicação no cérebro e no corpo. Estas moléculas 
fluem de uma célula nervosa para outra. 
• A transmissão de informação através do neurônio é 
um processo elétrico. 
• A passagem do impulso nervoso começa numa 
extremidade do neurônio, percorrendo toda a célula, 
até atingir a extremidade oposta, que se encontra 
junto a uma segunda célula nervosa. 
 dopamina norepinefrina serotonina
Plasticidade do sistema nervoso
• Na tentativa de explicar a recuperação de funções 
após uma injúria cerebral, neurologistas levantam 
conceitos de reorganização funcional ou substituição 
funcional do sistema nervoso central (Ramirez, 1996; 
Sabel , 1997). 
• Vários estudos têm descrito que neurônios 
sobreviventes a um insulto no SNC passam por um 
processo de brotamento de sistemas axonais, 
formando contatos funcionais com regiões 
deprivadas de suas aferências originais. 
• Dada a natureza universal dessa resposta de 
brotamento, existe a possibilidade de que a formação 
desses novos contatos seja o substrato neural 
responsável pela reorganização funcional. 
PLASTICIDADE DO SITEMA NERVOSO CENTRAL
• A plasticidade neural contribui para o aprendizado e 
memória e participa do processo de restauração 
funcional que se segue a um insulto cerebral
• Plasticidade pode ser definida como qualquer 
mudança duradoura nas propriedades morfológicas 
ou funcionais do córtex cerebral em resposta a 
mudanças ambientais ou lesões
PLASTICIDADE DO SISTEMA NERVOSO 
• Admitia-se que era uma capacidade do cérebro 
em desenvolvimento mas hoje sabemos que 
ocorre também no adulto
• As alterações plásticas ocorrem ao nível das 
sinapses
• O córtex cerebral com sua extensa rede de 
sinapses reúne as condições para a ocorrência 
dos processos plásticos
 APRENDIZAGEM
• Definições 
- Aprendizagem é a aquisição de conhecimento ou especialização; 
faz-nos ignorar todo processo oculto existente no ato de aprender;
- Mudança permanente de comportamento, resultado de exposição 
a condições do meio ambiente;
- Um processo evolutivo e constante, que implica uma seqüência de 
modificações observáveis e reais no comportamento do indivíduo, 
de forma global (físico e biológico), e do meio que o rodeia, onde 
esse processo se traduz pelo aparecimento de formas realmente 
novas compromissadas com o comportamento.
APRENDIZAGEM
 Na visão neurológica e em diversas correntes psicológicas, a 
aprendizagem, apresenta pontos comuns e com significados 
intrínsecos - convergem para o fato de que tudo aquilo que se 
sabe, o homem deve aprendê-lo. 
 É na escola que há um vínculo integrativo da sociedade, cuja 
principal forma de ação é sobre o indivíduo em seu 
desenvolvimento global, direta e abrangentemente, visando à 
maior possibilidade de renovação e liberdade.
Prestar atenção, compreender, aceitar, reter, transferir e agir 
são alguns dos componentes principais da aprendizagem. Se 
isso não ocorrer, com o aprendiz, implica que há um Distúrbio 
de Aprendizagem.
DISTÚRBIO OU DIFICULDADE?
• DISTÚRBIO → perturbação, transtorno.
• PERTURBAR → alterar, modificar, mudar, 
desarranjar, atrapalhar, transtornar.
• TRANSTORNO → alterar a ordem, 
desorganizar.
Um DISTÚRBIO ou um TRANSTORNO é uma 
alteração na aquisição e/ou no 
desenvolvimento das habilidades necessárias 
para execução de atividades.
DIFICULDADESDE APRENDIZAGEM
• Há potencial normal de aprendizagem, 
caracterizado por discrepância entre as 
capacidades e o nível de realização.
• Verifica-se integridade global sensorial, 
motora, uma inteligência média (ou alta), mas 
com desempenho, rendimento escolar abaixo 
do esperado para o estágio de 
desenvolvimento.
DISTÚRBIO OU DIFICULDADE?
• Conforme (Fonseca: 1995) distúrbio de 
aprendizagem está relacionado a um grupo de 
dificuldades específicas e pontuais, 
caracterizadas pela presença de uma 
disfunção neurológica. Já a dificuldade de 
aprendizagem é um termo mais global e 
abrangente com causas relacionadas ao 
sujeito que aprende, aos conteúdos 
pedagógicos, ao professor, aos métodos de 
ensino, ao ambiente físico e social da escola. 
DISTÚRBIO OU DIFICULDADE?
• Já em (Ciasca e Rossini: 2000) as autoras 
defendem que a dificuldade de aprendizagem 
é um déficit específico da atividade 
acadêmica, enquanto o distúrbio de 
aprendizagem é uma disfunção intrínseca da 
criança relacionada aos fatores neurológicos. 
 DISTÚRBIO OU DIFICULDADE?
• Os fatores neurológicos citados significa que essas 
dificuldades estão relacionadas na aquisição e no uso 
da audição, fala, leitura, escrita, raciocínio ou 
habilidades matemáticas que se referem as 
disfunções no sistema nervoso central. 
• As dificuldades de aprendizagem podem ocorrer 
concomitantemente com outras situações 
desfavoráveis, como: alteração sensorial, retardo 
mental, distúrbio emocional, ou social, ou mesmo 
influências ambientais de qualquer natureza. 
 DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
 As causas mais freqüentes:
1- Escola - inadequação de currículos, de programas, de 
sistemas de avaliação, de métodos de ensino, e 
relacionamento professor – aluno.
2- Fatores intelectuais ou cognitivos.
3- Déficits físicos e ou sensoriais.
4- Desenvolvimento da linguagem.
5- Fatores afetivos-emocionais.
6- Fatores ambientais (nutrição e saúde).
7- Diferenças culturais e ou sociais.
8- Dislexia.
9- Deficiência não verbais.
 DISTÚRBIO
 No Brasil, foi ( Lefèvre:1975) que introduziu o 
termo distúrbio de aprendizagem como sendo: 
“síndrome que se refere à criança de inteligência 
próxima à média, média ou superior à média, 
com problemas de aprendizagem e/ou certos 
distúrbios do comportamento de grau leve a 
severo, associados a discretos desvios de 
funcionamento do Sistema Nervoso Central 
(SNC), que podem ser caracterizados por várias 
combinações de déficit na percepção, 
conceituação, linguagem, memória, atenção e na 
função motora”. 
 MAS O QUE É…
• Distúrbio de Aprendizagem?
 Crianças que apresentam dificuldades de aquisição de matéria 
teórica, embora apresentem inteligência normal, e não 
demonstrem desfavorecimento físico, emocional ou social.
Segundo essa definição, as crianças portadoras de distúrbio de 
aprendizagem não são incapazes de aprender, pois os distúrbios 
não é uma deficiência irreversível, mas uma forma de imaturidade 
que requer atenção e métodos de ensino apropriados. 
Os distúrbios de aprendizagem não devem ser confundidos com 
deficiência mental.
 DISTÚRBIO DE APRENDIZAGEM
 Considera-se que uma criança tenha distúrbio de 
aprendizagem quando: 
 a) Não apresenta um desempenho compatível 
com sua idade quando lhe são fornecidas 
experiências de aprendizagem apropriadas;
 b) Apresenta discrepância entre seu desempenho 
e sua habilidade intelectual em uma ou mais das 
seguintes áreas; expressão oral e escrita, 
compreensão de ordens orais, habilidades de 
leitura e compreensão e cálculo e raciocínio 
matemático.
CRITÉRIOS NO DIAGNÓSTICO DE 
DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM
 Para que a criança possa ser incluída neste grupo, ela 
deverá: 
 a) Apresentar problemas de aprendizagem em uma ou 
mais áreas; 
 b) Apresentar uma discrepância significativa entre seu 
potencial e seu desempenho real; 
 c) Apresentar um desempenho irregular, isto é, a 
criança tem desempenho satisfatório e insatisfatório 
alternadamente, no mesmo tipo de tarefa; 
 d) O problema de aprendizagem não é devido a 
deficiências visuais, auditivas, nem a carências 
ambientais ou culturais, nem problemas emocionais.
DIAGNÓSTICO DOS DISTÚRBIOS DE 
APRENDIZAGEM
O processo de diagnosticar é como levantar hipóteses. 
Uma boa hipótese ou teoria explica uma grande 
quantidade de dados observáveis que são originados 
de diferentes níveis de análise. 
Para diagnosticar deve haver:
• Sintomas apresentados
• O histórico inicial do desenvolvimento
• Histórico escolar
• O comportamento durante os testes 
• Os resultados dos testes.
 DIAGNÓSTICO DOS DISTÚRBIOS 
DE APRENDIZAGEM
• Crianças com distúrbios de aprendizagem têm 
freqüentemente um segundo diagnóstico psiquiátricos co-
morbido, que pode ou não estar separado dos distúrbios 
de aprendizagem.
• Duas dimensões são observadas: 
 1. distúrbios de aprendizagem 
 2. distúrbios psiquiátricos. 
• A finalidade do diagnóstico é encontrar o ponto neste 
espaço bidimensional que melhor se ajuste ao 
funcionamento cognitivo e emocional presente do 
paciente.
 DIAGNÓSTICO DOS DISTÚRBIOS 
DE APRENDIZAGEM
• Não se supõe que os dois eixos tenham diferentes 
implicações , com os distúrbios de aprendizagem 
sendo mais orgânico e os distúrbios emocionais mais 
“ambientais”. Ao contrário, todos os diagnósticos em 
cada eixo são conceitualizados como resultado do 
funcionamento alterado do sistema nervoso central 
(SNC).
• As alterações são causadas por certa mistura de 
influências genéticas e ambientais, em que 
influências ambientais se referem a fatores de riscos 
tanto neuro-evolutivos, como ferimento na cabeça, 
quanto à história de aprendizagem social da criança.
 CAUSAS DOS DISTÚRBIOS DE 
APRENDIZAGEM e 
ajustamento escolar
• Físicas – perturbações somáticas transitórias ou permanentes. 
São provenientes de qualquer perturbação do estado físico geral da 
criança/ como por exemplo: febre, dor de cabeça, dor de ouvido, 
colicas intestinais, anemia, asma, verminoses e todos os males que 
atinjam o físico de uma pessoa, levando-a a um estado anormal de 
saúde.
• Sensoriais – atingem os órgãos dos sentidos responsáveis pela 
percepção que o indivíduo tem do meio exterior. Problemas que 
afetam os órgãos responsáveis pela visão, audição, gustação, 
olfato, tato, equilíbrio, reflexo postural, ou os respectivos sistemas 
de condução entre esses órgãos e o sistema nervoso, causarão 
problemas no modo de captar as mensagens do mundo exterior e, 
dificultando a compreensão do que se passa nele.
 CAUSAS DOS DISTÚRBIOS DE 
APRENDIZAGEM
• Neurológicas – são as perturbações do sistema nervoso, tanto do cérebro, 
como do cerebelo, da medula e dos nervos. O sistema nervoso, comanda 
todas as ações físicas e mentais do ser humano. Qualquer distúrbio em 
uma dessas partes se constituirá em um problema de maior ou menor 
grau, de acordo com a área lesada. 
• Emocionais – são distúrbios psicológicos, ligados às emoções e aos 
sentimentos dos indivíduos e à sua personalidade. Esses problemas 
geralmente não aparecem sozinhos, eles estão associados a problemas de 
outras áreas, como por exemplo da área motora, sensorial etc.
• Intelectuais ou Cognitivas – são aquelas que dizem respeito à inteligência 
do indivíduo, isto é, à sua capacidade de conhecer e compreender o 
mundo em que vive, de raciocinar sobre os seres animados ou inanimados 
que o cercam e de estabelecer relações entre eles.
 CAUSAS DOS DISTÚRBIOS DE 
APRENDIZAGEM
• Educacionais – o tipo de educação que a pessoa recebe na 
infância irá condicionar distúrbios de origem educacional, 
que a prejudicarão na adolescência e na idade adulta, tanto 
no estudo quanto no trabalho. Portanto, asfalhas de seu 
processo educativo terão repercussões futuras.
 
• Sócio-econômicas – não são distúrbios que se revelam no 
aluno. São problemas que se originam no meio social e 
econômico do indivíduo. O meio físico e social exerce 
influência sobre o indivíduo, podendo ser favorável ou 
desfavorável à sua subsistência e também às suas 
aprendizagens.
 CLASSIFICAÇÃO DOS DISTÚRBIOS 
(Lerner, 1989)
Distúrbios da atenção e concentração que retrata os comportamentos 
das crianças com e sem hiperatividade e impulsividade; 
• Problemas receptivos e de processamento da informação diz 
respeito à competência lingüística, como as atividades de escrita, 
distinção de sons e de estímulos visuais, aquisição de léxico, 
compreensão e expressão verbal; 
• Dificuldades de leitura manifestada pela aquisição das 
competências básicas relacionadas a fase de decodificação, como 
sendo a compreensão e interpretação de textos, as dificuldades de 
escrita e presença de erros ortográficos em gera. 
• Dificuldades na matemática, que se revelam na aquisição da noção 
de números, no lidar com quantidades e relações espaços-
temporais e problemas de aquisição e utilização de estratégias para 
aprender, manifestados na falta de organização e utilização de 
funções metacognitivas, comprometendo o sucesso na 
aprendizagem. 
DISTÚRBIOS DA LINGUAGEM 
E DA FALA
• Podemos dizer que há um problema de 
linguagem em uma criança quando sua 
maneira de falar interfere na comunicação 
(distraindo a atenção do ouvinte sobre o que 
ela diz para enfocá-la no como ela diz) ou 
quando a própria criança se sente 
excessivamente tímida e/ou apreensiva com 
seu modo de falar. Porém, é preciso muito 
cuidado ao classificar a linguagem, pois a 
fala normal tolera muitas “anomalias”.
 DISTÚRBIOS DA LINGUAGEM 
 E DA FALA
• Afasia – se caracteriza, mais especificamente, por 
falhas na compreensão e na expressão verbal, 
relacionadas à insuficiência de vocabulário, má 
retenção verbal, gramática deficiente e anormal, 
escolha equivocada de palavras. A afasia pode ser 
observada em criança que: ouve a palavra mas não a 
interioriza com significado; demora para compreender 
o que é dito; apresenta gestos deficientes e 
inadequados; confunde a palavra ou frase com outras 
similares; tem dificuldade de evocação, exteriorizada 
por ausências de respostas ou tentativas incompletas 
para achar a expressão ou emissões que a substituem.
 DISTÚRBIO DA LINGUAGEM
 E DA FALA
• Mudez – esta incapacidade de articular palavras, 
geralmente é decorrente de transtornos do 
sistema nervoso central. Em boa parte dos casos, 
é decorrência de problemas na audição. 
• Atraso na linguagem - as principais 
características da criança que tem atraso na 
linguagem, são: deficiência no vocabulário; 
deficiência na capacidade de formular idéias e 
desenvolvimento retardado da estruturação de 
sentenças.
DISTÚRBIO DA LINGUAGEM E DA 
FALA
• Problemas de articulação – crianças com mais de 7 anos que não 
conseguem pronunciar corretamente todas as consoantes e suas 
combinações 
 
 1. dislalia - omissão, distorção, substituição ou acréscimo de sons na 
palavra falada; 
 2. disartria – dificuldade para realizar alguns ou muitos dos movimentos 
necessários à emissão verbal;
 
 3. linguagem tatibite – conserva voluntariamente a linguagem infantil; 
 4. rinolalia – ressonância nasal maior ou menor que a do padrão correto da 
fala, que pode ser causada por problemas nas vias nasais, vegetação 
adenóide, lábio leporino ou fissura palatina.
TRANSTORNOS ESPECÍFICOS DAS 
HABILIDADES ESCOLARES
• Os Transtornos de Aprendizagem compreendem uma inabilidade 
específica, como leitura, escrita ou matemática, em indivíduos que 
apresentam resultados significativamente abaixo do esperado para o seu 
nível de desenvolvimento, escolaridade e capacidade intelectual.
• Um conjunto de sinais sintomatológicos que provocam uma série de 
perturbações no aprender da criança, interferindo no processo de 
aquisição e manutenção de informações de uma forma acentuada. 1
• Nunca foram obtidas evidências conclusivas de danos ou lesões cerebrais 
significativas
• O que tem sido sugerido é que o cérebro de indivíduos afetados 
apresentam desvios dos padrões habituais de assimetria observados 
naquelas regiões cerebrais envolvidas com as funções da linguagem e 
funções correlatas
 - Transtorno da Leitura – DISLEXIA
(Características gerais – DSM-IV – TR 2002)
 Contração do prefixo dis = difícil, prejudicada e lexis = palavra
 Dislexia, antes de qualquer definição, é um jeito de ser e de aprender; 
reflete a expressão individual de uma mente, muitas vezes arguta e até 
genial, mas que aprende de maneira diferente...
 Dislexia é uma dificuldade específica de aprendizado da Linguagem: em 
Leitura, Soletração, Escrita, em Linguagem Expressiva ou Receptiva, em 
Razão e Cálculo Matemáticos, como na Linguagem Corporal e Social. 
 Não tem como causa falta de interesse, de motivação, de esforço ou de 
vontade, como nada tem a ver com acuidade visual ou auditiva como 
causa primária. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BEAR, M.,CONNORS, B.,PARADISO, M. Neurociências – desvendando o 
sistema nervoso. São Paulo: Artmed, 2008.
SCHARTZMAN, S. Neurologia da Infância e da adolescência. 
www.schartzman.com.br/ novo/jss.html
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