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Responsabilidade Civil - Aula 07 III

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RESPONSABILIDADE CIVIL 
 
 
 
 
1a Questão 
 
 
Paulo contratou com a empresa de Plano de Saúde VIVA JÁ S/A um plano de saúde. Contudo, no 
momento da assinatura do contrato o mesmo negou a informação de uma doença preexistente que 
expressamente o plano não iria cobrir. Momentos após a feitura do contrato, Paulo necessitou de um 
procedimento médico por conta da doença preexistente que possui o que foi negado pelo Plano. Diante 
da situação hipotética narrada, assinale a opção correta: 
 
 
 
Ainda que tenha omitido informações, deveria a empresa de plano de saúde cobrir as despesas 
médica e após cobrar de Paulo 
 
O hospital responsável pelo tratamento de Paulo poderá ser civilmente responsabilizado, ainda 
que a empresa de plano de saúde negou cobrir o tratamento 
 
Tanto o Hospital quanto a empresa VIVA JÁ serão solidariamente responsáveis pelos danos 
morais e/ou materiais experimentados por Paulo, uma vez que a vida é um bem maior, 
protegido constitucionalmente 
 Paulo agiu com má-fé, desta forma não há que se falar em responsabilidade civil por 
conta da empresa de plano de saúde, conforme pacificado na jurisprudência; 
 
Há que se falar em responsabilidade civil por parte da empresa de plano de saúde, podendo 
esta, entretanto, ingressar com ação regressiva em face de Paulo 
 
 
2a Questão 
 
 
(OAB Nacional 2007.III) No que concerne ao ato ilícito à responsabilidade civil, assinale a opção 
correta. 
 
 
 A responsabilidade por ato de terceiro é objetiva e permite estender a obrigação de 
reparar o dano a pessoa diversa daquela que praticou a conduta danosa, desde que 
exista uma relação jurídica entre o causador do dano e o responsável pela 
indenização 
 
A concorrência de culpas do agente causador do dano e da vítima por acidente de trânsito, por 
exemplo, no caso de colisão de veículos, acarreta a compensação dos danos, devendo cada 
parte suportar os prejuízos sofridos 
 
Quando inúmeras e sucessivas causas contribuem para a produção do evento danoso, todas 
essas causas são consideradas como adequadas a produzir o acidente e a gerar a 
responsabilidade solidária para aqueles que o provocaram. Nessa situação, cabe à vítima 
escolher a quem imputar o dever de reparar 
 
Os atos praticados em legítima defesa, no exercício regular de um direito ou em estado de 
necessidade, que provoquem danos morais ou materiais a outrem, embora sejam considerados 
atos ilícitos, exoneram o causador do dano da responsabilidade pela reparação do prejuízo 
 
 
3a Questão 
 
 
(Exame de Ordem Unficado/XIX/2016 - adaptada) - Amadeu, aposentado, aderiu ao plano de saúde 
coletivo ofertado pelo sindicato ao qual esteve vinculado por força de sua atividade laborativa por 
mais de 30 anos. Ao completar 60 anos, o valor da mensalidade sofreu aumento significativo (cerca 
de 400%), o que foi questionado por Amadeu, a quem os funcionários do sindicato explicaram que o 
aumento decorreu da mudança de faixa etária do aposentado. 
A respeito do tema, assinale a afirmativa correta. 
 
 
 
O aumento do preço é abusivo, mas o microssistema consumerista não deve ser utilizado na 
hipótese, sob pena de incorrer em colisão de normas, uma vez que o Estatuto do Idoso 
estabelece a disciplina aplicável às relações jurídicas que envolvam pessoa idosa. 
 
O aumento do preço não é abusivo, mas o microssistema consumerista e a legislação civil não 
devem ser utilizados na hipótese, sob pena de incorrer em colisão de normas, uma vez que o 
Estatuto do Idoso estabelece a disciplina aplicável às relações jurídicas que envolvam pessoa 
idosa. 
 
O aumento do valor da mensalidade é legítimo, uma vez que a majoração de preço é natural e 
periodicamente aplicada aos contratos de trato continuado, motivo pelo qual o CDC autoriza 
que o critério faixa etária sirva como parâmetro para os reajustes econômicos. 
 
O aumento do preço é legítimo, tendo em vista que o idoso faz maior uso dos serviços 
cobertos e o equilíbrio contratual exige que não haja onerosidade excessiva para qualquer das 
partes, não se aplicando o CDC à hipótese, por se tratar de contrato de plano de saúde 
coletivo envolvendo pessoas idosas. 
 O aumento do preço é abusivo e a norma consumerista deve ser aplicada ao caso, 
mesmo em se tratando de plano de saúde coletivo e, principalmente, que envolva 
interessado com amparo legal no Estatuto do Idoso. 
 
 
4a Questão 
 
 
Se um plano de saúde colocar à venda um novo plano de saúde que inclue um tratamento novo 
desenvolvido pela empresa, que promete emagrecimento instantâneo e cura para a diabetes. Indaga-
se caso esse produto ainda estiver em teste, ter-se-á, qual forma de responsabilidade no caso de dano 
ao paciente? 
 
 
 
responsabilidade subjetiva fundada na teoria risco-proveito. 
 
responsabilidade objetiva fundada na teoria da causalidade adequada 
 
responsabilidade objetiva fundada na teoria das causas diretas e imediatas 
 responsabilidade objetiva fundada na teoria risco-proveito. 
 
responsabilidade subjetiva fundada na teoria da causalidade adequada 
 
 
5a Questão 
 
 
(FUNESP/2017/TJ/SP- adaptada) - Vítima de acidente automobilístico, Joana fica hospitalizada 
durante 90 (noventa) dias. Joana é contratante individual de plano de assistência médica e 
hospitalar. A administradora do plano de saúde se recusa a cobrir a totalidade dos custos da 
internação, alegando que o contrato limita a obrigação a 30 (trinta) dias. Durante o período de 
hospitalização, Joana deixa de efetuar o pagamento das prestações mensais do plano de saúde. 
Após se recuperar, Joana propõe ação requerendo seja o plano de saúde condenado ao pagamento 
das despesas referentes a todo o período de internação. Por sua vez, a administradora do plano de 
saúde apresenta contestação e propõe reconvenção pleiteando a condenação de Joana ao 
pagamento das prestações em atraso, acrescido da multa contratual de 10% (dez por cento). É 
correto afirmar que a ação de Joana deve ser julgada 
 
 
 
procedente, pois a limitação temporal da internação hospitalar é admitida somente nos 
contratos coletivos de assistência médica; a reconvenção é improcedente, pois a conduta 
abusiva da administradora do plano de saúde exclui a obrigação de Joana efetuar o pagamento 
das mensalidades referentes ao período de hospitalização. 
 procedente, pois é abusiva a cláusula contratual que limita o tempo de internação 
hospitalar; a reconvenção é parcialmente procedente, pois Joana está obrigada ao 
pagamento das mensalidades do plano de saúde, mesmo diante da recusa de 
cobertura, mas a multa contratual não pode exceder 2% (dois por cento). 
 
Nenhuma das respostas acima. 
 
parcialmente procedente, devendo as partes dividirem equitativamente os custos da 
internação hospitalar que ultrapassaram o limite de 30 (trinta) dias, como forma de não gerar 
desequilíbrio contratual; a reconvenção é improcedente, pois ao plano de saúde não é lícito, 
enquanto não cumprir sua obrigação, exigir o cumprimento daquela atribuída a Joana. 
 
improcedente, pois não há abusividade na cláusula contratual que limita o tempo de internação 
hospitalar; a reconvenção é procedente, pois o ilícito contratual foi praticado por Joana, que 
está obrigada ao pagamento das mensalidades do plano de saúde, com acréscimo da multa 
contratual de mora. 
 
 
6a Questão 
 
 
Os planos de saúde poem escolher funcionar no modelo de livre escolha de médicos e hospitais. 
Nesta forma de contratação indaga-se, caso Maria Guilhermina não ficasse satisfeita com o 
atendimento do Dr Avelino Silva e Silva ela poderia acionar o plano de saúde? 
 
 
 
Não, pois não se pode considerar que a insatisfação e o descontentamento seja motivo de 
indenização, vez que nesta modalidadede responsabilidade civil não se admite dano moral 
 
Sim, mas apenas o hosital, credenciado direto do hospital, pois o médico só possi relação 
empregatícia com o hospital e não com o plano de saúde 
 
Sim, mas apenas o médico, responsável direto pelo atendimento, pois só ele é preposto do 
plano de saúde 
 Não, pois não há nexo de causalidade e consequentemente não se pode 
responsabilizar o plano de saúde pela desídea do médico. 
 
Sim, pois o médico é o preposto do plano de saúde asssim como o hospital, devendo a 
paciente realizar o processo com litisconsórcio passivo obrigatório 
 
 
7a Questão 
 
 
(XIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO) Um homem foi submetido a cirurgia para remoção de cálculos 
renais em hospital privado. A intervenção foi realizada por equipe médica não integrante dos 
quadros de funcionários do referido hospital, apesar de ter sido indicada por esse mesmo hospital. 
Durante o procedimento, houve perfuração do fígado do paciente, verificada somente três dias após 
a cirurgia, motivo pelo qual o homem teve que se submeter a novo procedimento cirúrgico, que lhe 
deixou uma grande cicatriz na região abdominal. O paciente ingressou com ação judicial em face do 
hospital, visando a indenização por danos morais e estéticos. Partindo dessa narrativa, assinale a 
opção CORRETA: 
 
 
 O hospital responde objetivamente pelos danos morais e estéticos decorrentes do 
erro médico, tendo em vista que ele indicou a equipe médica. 
 
O hospital não responderá pelos danos, tendo em vista que não se aplica a norma 
consumerista à relação entre médico e paciente, mas, sim, o Código Civil, embora a 
responsabilidade civil dos profissionais liberais seja objetiva 
 
O hospital não responderá pelos danos, uma vez que se trata de responsabilidade objetiva da 
equipe médica, sendo o hospital parte ilegítima na ação porque apenas prestou serviço de 
instalações e hospedagem do paciente. 
 
O hospital responderá pelos danos, mas de forma alternativa, não se acumulando os danos 
morais e estéticos, sob pena de enriquecimento ilícito do autor. 
 
 
8a Questão 
 
 
(CESGRANRIO/Petrobras 2017) - 
Ao requerer autorização de funcionamento junto ao órgão competente, uma determinada operadora 
de planos privados de assistência à saúde omitiu-se em informar a descrição pormenorizada de suas 
instalações, os equipamentos destinados à prestação de serviços e a especificação dos recursos 
humanos qualificados e habilitados, inclusive com responsabilidade técnica de acordo com as leis que 
regem a matéria. 
Assim sendo, e de acordo com a Lei no 9.656/1998 e posteriores alterações, fica a referida 
operadora: 
 
 
 
impedida de proceder a atendimentos emergenciais. 
 
autorizada a funcionar, desde que apresente a documentação pendente no prazo de 15 dias. 
 
autorizada a funcionar parcialmente, até que complemente o restante da documentação. 
 
impedida de proceder a internações e cirurgias eletivas. 
 impedida de funcionar até que apresente a documentação pendente, no prazo 
estabelecido pela autoridade competente.

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